"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 23 de abril de 2013

PERDEU A TRAMONTANA

 

O resumo do acórdão publicado pelo Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira, aponta, como foi decidido no julgamento do mensalão, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu como o responsável pela “organização” e pelo “controle” do esquema ilícito de compra de apoio político do Congresso no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
 
José Dirceu
José Dirceu
 
A quadrilha atuou do final de 2002 até junho de 2005, quando o esquema foi revelado pelo presidente do PTB licenciado, Roberto Jefferson . Segundo a publicação, que resume as decisões dos ministros ao longo das 53 sessões do julgamento no ano passado, ocorreu um “conluio entre o organizador do esquema criminoso” e o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

Ao longo das treze páginas, o resumo da decisão sustenta que há um conjunto de provas “harmonioso” que comprova o “amplo esquema de distribuição de dinheiro a parlamentares, os quais, em troca, ofereceram seu apoio e o de seus correligionários aos projetos de interesse do governo federal na Câmara dos Deputados”.

Esse acórdão deveria enterrar de vez as tentativas desesperadas de Dirceu em mostrar que é inocente. Mas não, ele agindo como hóspede em casa de alienados, foi encontrar uma patética saida. Disse Que vai pedir revisão criminal, alegando que o Supremo errou ao considerar, públicos, recursos da Visanet, um fundo ligado ao Banco do Brasil.
 
A Visanet abasteceu as empresas de Marcos Valério condenado como operador do mensalão. “Há um erro jurídico grave. O Supremo foi induzido a erro pela perícia. Recursos da Visanet não são públicos. Não são do Banco do Brasil”.
Com isso ele quer dizer que a corrupção ativa da compra de votos dos parlamentares não é crime.
 
Meu comentário: Nádegas a declarar.
 
23 de abril de 2013
Giulio Sanmartini

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