"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 18 de julho de 2013

ORÇADA EM R$ 70 MILHÕES, SEGURANÇA DO PAPA SERVIRÁ PARA BLINDAR POLÍTICOS CONTRA PROTESTOS

 

Massa de manobra – Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, é um chefe de Estado e como tal necessita de segurança em seus deslocamentos e viagens, mas o religioso argentino já deu mostras de sua aversão aos exageros que sempre emolduraram a pompa obsoleta do Vaticano.

No Brasil, onde participará da Jornada Mundial da Juventude, o chefe da Igreja Católica contará com esquema de segurança com 22 mil homens de forças militares e policiais.

O custo da operação está estimado em R$ 70 milhões, valor que corresponde a pouco mais de 103 mil salários mínimos e que o Estado brasileiro não tem condições de gastar nesse momento de crise econômica.

Adepto da proximidade com a população, o que explica seu comportamento enquanto bispo em Buenos Aires, o papa está sendo usado como desculpa para um aparato de segurança que servirá muito mais aos governantes brasileiros do que a ele próprio.

Há por parte das autoridades verde-louras uma preocupação crescente em relação a possíveis protestos durante a Jornada, os quais estão sendo diariamente convocados pelas redes sociais.

O enfrentamento entre policiais militares fluminenses e manifestantes que protestavam próximo à casa do governador Sérgio Cabral Filho, no Leblon, na Zona Sul carioca, retrata a preocupação dos políticos.
Vistas de lideres religiosos, como o papa, sempre são alvo da carona de alguns políticos que insistem em posar de santos para uma população que há muito deixou de ser incauta.

Por conta do medo que domina a cúpula dos governos federal e fluminense, encontros do papa com autoridades brasileiras estão sendo desmarcados. A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ainda não confirmou presença no Rio de Janeiro, mas um eventual encontro com o papa Francisco acontecerá em local reservado e longe das roucas vozes das ruas.
O mesmo deve acontecer com os políticos nacionais que insistirem em receber a bênção papal.

18 de julho de 2013
ucho.info

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