"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO LEVA O SETOR DE ENERGIA A PREJUÍZOS BILIONÁRIOS EM APENAS QUATRO MESES

 

(Foto: Carlos Barria - Reuters)

Faca amolada – Reduzir a tarifa de energia elétrica parece que é a única arma que o governo da presidente Dilma Vana Rousseff encontrou para tentar reverter a economia brasileira, que enfrenta grave crise e registra crescimento pífio.

Mesmo com os baixos níveis de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, em consequência da falta de chuva, e tendo que acionar as termelétricas, o governo insiste na redução da tarifa de energia e procura uma forma de não transferir ao consumidor o custo pelo uso desse modal de geração, que é muito mais custoso. Não prejudicar o consumidor na conta de luz significa usar o dinheiro do contribuinte para cobrir o gasto com as usinas termelétricas, quase todas movidas a gás.
 
O projeto populista de reduzir a tarifa de energia foi ancorado na decisão da presidente Dilma de antecipar a renovação das concessões das usinas hidrelétricas, que teriam prejuízos milionários com o desrespeito aos contratuais que ainda estão em vigência.
Dilma só conseguiu emplacar seu projeto em parte das usinas, mas as hidrelétricas de Minas Gerais, Paraná e São Paulo não aceitaram a proposta, porque os contratos que têm em mãos ainda valem e abrigam cláusula de renovação automática, por igual período e nas mesmas condições.
 
Com essa decisão oportunista e radical, o governo do PT conseguiu corroer o valor das empresas de energia elétrica. De acordo com a consultoria Economatica, o valor de mercado de 34 empresas de capital aberto brasileiras do setor de energia elétrica teve queda de 18,03% (R$ 37,23 bilhões) do dia 6 de setembro de 2012, quando o governo anunciou a redução das tarifas de energia em 2013, até a quinta-feira, 10 de janeiro. O valor passou de R$ 206,40 bilhões para R$ 169,17 bilhões.
 
A empresa que registrou a maior perda nominal de valor de mercado foi a Cemig, que não aceitou a proposta palaciana. Em setembro, o valor de mercado da companhia era de R$ 28,42 bilhões e, em 10 de janeiro, de R$ 18,56 bilhões. Ou seja, uma perda de valor de 34,67%.
 
Segundo a Economatica, a Eletrobras foi a empresa de energia que registrou a maior perda percentual de valor no período analisado, passando de R$ 19,22 bilhões para R$ 9,90 bilhões em janeiro, o que representa queda de 48,46%.
 
Das 34 empresas analisadas, dez têm valor de mercado inferior ao seu patrimônio liquido. “A Eletrobras é a empresa que tem a menor relação, o valor de mercado da empresa em 10 de janeiro de 2012 é de R$ 9,90 bilhões contra patrimônio liquido de R$ 79,58 bilhões”, disse a Economatica, em nota.
 
O PT palaciano tenta compensar a própria incompetência causando prejuízos bilionários às empresas privadas e aos contribuintes, pois esses são os verdadeiros donos das estatais.
 
Há dez anos que o Partido dos Trabalhadores insiste em governar o Brasil como se fosse um boteco chinfrim de porta de fábrica, muito parecido aos que Lula frequentava nos tempos de sindicalismo. Governar um país como o Brasil, assim como qualquer outro, exige não apenas competência de sobra, mas vastos conhecimentos de planejamento. Não será com populismo barato, pirotecnia oficial, mudando os nomes de programas inócuos e sem planejamento que a economia brasileira se recuperará de forma sustentável.
 
Contudo, mesmo diante de um cenário que deixa a economia de pernas para o ar, a presidente Dilma Rousseff se recusa a demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que só teve êxito no comando da economia quando os ventos sopravam a favor. Enfim…

11 de janeiro de 2013
ucho.info

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