"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FERNANDO MEIRELLES, O JARDINEIRO FIEL DO PUM DA MARINA, AGRIDE NOVAMENTE O AGRONEGÓCIO. E ATACA A INIMIGA NÚMERO UM DO ECOTERRORISMO: KÁTIA ABREU


Fernando Meirelles, com uvas chilenas e maçã americana à mesa, traça as estratégias com Marina Silva, entre as quais a de demonizar o agronegócio e as suas lideranças.
Kátia Abreu, em abril de 2011, quando reuniu 20.000 produtores rurais em Brasília, para pedir Paz no Campo e a aprovação do Código Florestal.
A edição da revista Globo Rural de janeiro traz uma entrevista com Fernando Meirelles, o cineasta marqueteiro da Marina Silva. Ele também brinca de ser produtor rural. Meirelles tem por hábito atacar, de forma agressiva e estúpida, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. É uma atitude sistemática, que faz parte do projeto político do PUM, Partido Único da Marina, do qual ele é um dos formuladores.
 
Na entrevista, Meirelles não poupou ataques, dizendo, absurdos como este: " quando leio "empresário do agronegócio, associo com o sujeito de terninho, que mora na cidade, gosta dos lucros mais do que a produção, fica empolgado quando ouve os negócios com a China e acha a Kátia Abreu o máximo da modernidade, quando na verdade ela pensa como os desenvolvimentistas do século XIX".
 
E prossegue nas agressões, citando, inclusive, de forma caluniosa, que a CNA tenha pago a campanha Time Agro Brasil, protagonizada por Pelé, para mostrar ao país o quanto a nossa agropecuária é motivo de orgulho.
 
Quem dera o cinema nacional fosse tão avançado quanto o agronegócio. E não é por falta de dinheiro. A Lei do Fundo Setorial do Audiovisual vem repassando milhões para Fernando Meirelles fazer cinema. Apenas para “Xingu”, foi R$ 1,4 milhão. E o filme foi um fracasso de bilheteria, com apenas 400.000 telespectadores.
 
Desde 2012, as TVs a cabo também estão obrigadas a exibir um mínimo de produções nacionais. Uma reserva de mercado, uma “cota” criada para favorecer grandes produtoras como a O2 Filmes, de Meirelles. Só este ano, a empresa do "produtor rural Meirelles" vai pegar R$ 2,8 milhões do governo, a fundo perdido, para produzir uma série de 13 episódios.
 
Já o “retrógrado” Agro, que participa com 22,4% do PIB, gera um terço dos empregos do País e ainda responde por 37% da balança comercial, não tem subsídios ou protecionismos.
 
Meirelles está fora de foco. Deveria escolher entre o cineasta, o fazendeiro e o marqueteiro político. A Natura, que financiou a campanha de Marina Silva, coloca milhões em projetos do cineasta. Será que esta grana toda vai para filmes opu para financiamento de campanha? O último filme do "produtor rural", Xingu, fracassou na bilheteria. Na política, ele não conseguiu eleger a sua cliente, inimiga número um da produção rural. Como fazendeiro, é apenas um urbanóide deslumbrado, pois o seu pão de cada dia não vem da terra. Além de dinheiro público a rodo, Meirelles é o cachê mais alto do país para direção de comerciais, muitos deles para empresas fornecedoras do agronegócio, que ele tanto combate.
 
No último Oscar, o Brasil, novamente, não concorreu na categoria de filme estrangeiro. Em vez do “Xingu” do Meirelles, que custou U$ 14 milhões, lá estava o filme chileno “No”, uma modestíssima produção feita em vídeo tape e que não teve um centavo de ajuda pública. E quem ganhou foi outra singela produção iraniana, " A Separação".
Mas a senadora Kátia Abreu não deixou por menos e respondeu, na própria revista:
" A entrevista do senhor Meirelles é uma melancólica repetição de preconceito de uma pequena elite urbana contra o Brasil que produz. Faz ataques gratuitos aos que vivem, neste momento, a luta para produzir a maior safra da história, em meio a incertezas do clima e do mercado, que todo ano põem em cheque o destino do produtor rural.
Quanto ao lucro, lembro que a ocupação da terra pelo homem, para produzir e viver melhor, foi e é um ato de progresso, que liberta a todos de privações da vida primitiva. Considerar maligna a ligação da agricultura com o lucro é renunciar às formas capitalistas de produção, únicas que permitem a criação de riqueza. Toda a sociedade que, em algum momento, escolheu outro caminho fracassou.
Sobre o fazendeiro Meirelles, lembro que se sua "unidade produtiva" se resume a tocas de onça, ele precisa saber que isso não é suficiente para a sociedade brasileira. É hobby de abastado. Ele se satisfaz, porque deve viver muito bem de outras fontes de renda.
O agronegócio põe a comida mais barata do mundo na mesa dos brasileiros pobres. O produtor rural lida com riscos; Meirelles, com a certeza do subsídio governamental, para produzir até fracassos de bilheteria."
 
04 de fevereiro de 2013
in coroneLeaks
 

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