"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FILHO DE PAI IGNOTO

 


vapqp

O Brasil estarrecido acabou de presenciar a eleição do canalha, Renan Calheiros como presidente do Senado Federal. Não satisfeito com esse descalabro e se deu ao mórbido prazer de esbofetear os brasileiros, cujo a grande maioria é e cumpridora de seus deveres e acima de tudo, está imbuída da honestidade patriótica, continuou

Primeiro, foi a divulgação da sua fotografia escandalosa, junto com o outro salafrário Fernando Collor, onde faz entender que está mangando dos brasileiros em geral.

Em seu discurso, cometeu, sem pejo, uma série de amoralidades, com destaque para a seguinte frase: “A ética não é um objetivo em si mesma. O objetivo em si mesmo é o interesse nacional. A ética é meio, não é fim”.

Mais ou menos parafraseou o músico e petista “festivo” Wagner Tiso, que se disse preocupado com resultados, não com a ética. Calheiros também seguiu a orientação do ator igualmente “festivo”, Paulo Betti, defensor da tese, que para governar faz-se necessário “enfiar a mão na merda”. Nesse último item o presidente do Senado foi além; entrou de corpo inteiro num espetacular mergulho.

Nunca será demais repetir, que dos 81 senadores, três não compareceram, dois votaram em branco e outros tantos anularam suas cédulas, Pedro Taques (PDT-MT) recebeu 18 votos (*) e Renan Calheiros (PMDB-AL) 56.

A pressão está aumentando de forma vertiginosa, a panela está por explodir, e exatamente aí é que mora o perigo, porque depois da explosão ninguém sabe o que acontecerá, portanto urge, que o poder Judiciário faça seu trabalho de impedir que esses políticos nocivos continuem ofendendo toda a nação.

(*) Registro a lista dos senadores que não votaram em Renan Calheiros: Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cícero Lucena (PSDB-PB), Cristovam Buarque (PDT-DF), Cyro Miranda (PSDB-GO), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), João Alberto Capiberibe (PSDB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Mário Couto (PSDB-PA), Paulo Bauer (PSDB-SC), Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Ricardo Ferraço (PMDB-ES)

(1) Fotomontagem: O símbolo atrás da cadeira do presidente do Senado, foi inspirado no acrônimo romano S.P.Q.R Senatus PopulusQue Romanus, ou seja, “O Senado e o Povo Romano”.
Esteve presente em todos os estandartes das legiões romanas, em seus prédios, em tudo para representar a ideologia romana, e era o nome oficial do Império Romano.

O que sugiro tem uma pequena variação R.V.P.Q.P, ou seja: “Renan Vá a Puta Que o Pariu”

04 de fevereiro de 2013
Giulio Sanmartini

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