"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 8 de maio de 2013

APRENDIZ DE CAUDILHO

Nicolás Maduro desembarca em Brasília na quinta-feira

(Foto: AP)

Gazeta bolivariana – Após passar a terça-feira (7) em Montevidéu (Uruguai), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta quarta (8) a Buenos Aires (Argentina). Na quinta (9), o sucessor do caudilho Hugo Chávez desembarca em Brasília, onde se reunirá com Dilma Rousseff.

Esse périplo regional de Maduro, apenas em países onde ainda predomina o fracassado socialismo do século XXI, tem por objetivo a busca de apoio político e acontece no momento em que cresce a pressão para que a tendenciosa Justiça acolha as denúncias de fraude na recente eleição presidencial do país sul-americano.
 
A verborragia de Nicolás Maduro é tão mentirosa, que o inquilino do Palácio de Miraflores ousou dizer que o Mercosul é exemplo de recuperação econômica e produtiva. Um descomunal absurdo, pois os países que integram o bloco passal por sérias dificuldades no campo da economia, começando pela própria Venezuela, que vive um desastre doméstico que só não é maior por causa das reservas petrolíferas.
 
“Há um Mercosul social quando integramos empresas recuperadas pelos trabalhadores que sofreram na época do neoliberalismo. Estamos falando de um Mercosul ativo e de trabalho produtivo”, ressaltou Maduro. Segundo ele, um exemplo é a empresa uruguaia Urutransfor, recuperada pelos trabalhadores e encarregada de produzir transformadores elétricos.
 
O “chofeur bolivariano” lembrou que tais empresas são dirigidas por representantes da classe trabalhadora e têm como meta a produção de bens e serviços a partir do Mercosul. “É uma forma que está sendo construída, que só é possível na América Latina da parte Sul. Era impossível pensar isso há 20 ou 15 anos”, afirmou Maduro.
 
Em 28 de junho próximo, a intrusa Venezuela assume a presidência pró tempore do Mercosul, que atualmente está com o Uruguai. “[A viagem pelos países do Mercosul] é um giro para ratificar o caminho da integração profunda com o Uruguai, a Argentina e o Brasil, para seguir completando a equação perfeita”, acrescentou.
 
Na capital argentina, Nicolás Maduro esteve com a presidente Cristina Kirchner e, ao lado da inquilina da Casa Rosada, participou de homenagem à chamada “Pátria Grande”, referência à corrupta e esquerdista união latino-americana. De carona a cerimônia homenageou Hugo Chávez, financiador dos Kirchner e que oficialmente morreu em 5 de março (a morte oficial aconteceu no início de janeiro) em decorrência de complicações causadas por um câncer. “É tempo de ideias e projetos”, disse Maduro.
 
Sem o carisma totalitarista do antecessor e cercado por víboras do chavismo, além dos muitos agentes cubanos que o circundam diuturnamente, Nicolás Maduro se valerá desses eventos internacionais para garantir sua permanência no poder, pois do contrário sua duração no cargo pode ser muito curta, uma vez que não há mais medidas populistas capazes de abduzir a consciência do sofrido e enganado povo venezuelano.

08 de maio de 2013
ucho.info

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