"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 8 de maio de 2013

CGU VETA NOVE TESTEMUNHAS DE DEFESA DE ROSEMARY NORONHA

de Controladoria-Geral da União indeferiu na terça-feira pedido para que a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo use nove testemunhas, entre elas o ministro Gilberto Carvalho e a ex-ministra Erenice Guerra

 
Rosemary Nóvoa de Noronha: ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo
Rosemary Nóvoa de Noronha: ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo (Jorge Araujo/Folhapress )

Rosemary Noronha tem mais um motivo para se irritar com a sindicância aberta pelo governo para impedi-la de assumir um novo cargo público. A Controladoria-Geral da União indeferiu na terça-feira o pedido para que a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo use nove pessoas como testemunhas de sua defesa. Pelo menos duas delas são figuras próximas da presidente Dilma: o ministro Gilberto Carvalho e a ex-ministra Erenice Guerra. A medida deverá agilizar ainda mais o fim do processo administrativo que investiga tráfico de influência e uso do cargo para benefício próprio.

No mês passado, Rosemary apresentou uma lista com vinte nomes de testemunhas que deveriam ser ouvidas na sindicância. Além de Gilberto e Erenice, outras figuras de alto escalão da República nos governos Lula e Dilma Rousseff também foram vetados pelo governo: José Viegas Filho, ex-ministro da Defesa; Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Ministério da Previdência; e Beto Vasconcellos, número dois da Casa Civil.


LEIA TAMBÉM: A investigação paralela para salvar Rosemary Noronha

Das onze testemunhas que a CGU autorizou Rosemary a usar na sindicância, a maioria é formada por funcionários que trabalhavam no escritório da Presidência em São Paulo. O único da lista que já teve uma posição notória no governo é o ex-presidente da Previ, Ricardo Flores.

Nas últimas semanas, os advogados de Rosemary anunciaram que pediriam a anulação da sindicância porque sua cliente nunca tinha sido ouvida no processo. A CGU, no entanto, não está preocupada com o movimento da defesa. Nos dias 21 e 26 de dezembro, Rosemary foi procurada no apartamento da sua filha em São Paulo e não foi encontrada.


A edição de VEJA desta semana mostra como foi montada uma investigação paralela para tentar sabotar a sindicância da Casa Civil que apurou o tráfico de influência no período em que Rosemary esteve à frente do escritório da Presidência em São Paulo. Partidos de oposição cobram que o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, explique os motivos da instalação da investigação.

08 de maio de 2013
Veja

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