"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 11 de julho de 2013

O BRASIL LULOPETISTA É UM TEATRO DO ABSURDO

 

O Brasil é uma peça de Ionesco. Estamos vendo uma encenação política de A Cantora Careca. É o teatro do absurdo. Os personagens pouco dizem de lógico. O absurdo é o centro da trama. Assim é o Brasil lulopetista.

Não ouvem. Quando acreditam ter ouvido, confundem o português com o búlgaro clássico. E respondem em mandarim.

A plateia  fica abismada com o que ouve e não entende. Seria o teatro do absurdo elevado à enésima potência, se os autores ao menos soubessem escrever.

Queremos o fim da corrupção? Eles respondem com uma proposta de constituinte chavista.
Exigimos melhor educação? Eles propõem um plebiscito para financiarmos as campanhas de Collor e Renan. Nada mais didático.

Exigimos saúde? Eles criam o serviço civil obrigatório para que ministérios petistas aparelhados possam negociar para qual cidade mandar o médico em formação, a partir de módicas contribuições partidárias derivadas dos melhores locais.
Se houver recusa, não há diploma! Assim como pilotos da FAB são obrigados a transportar renans a casamentos e esperar até de madrugada pelo fim da festa, agora serão os médicos que deverão ─ por dois anos ─ atender onde os petistocratas definirem o local.

A inconstância partidária dos políticos de aluguel nos agride? Eles propõem que deixemos com eles ─ pela lista fechada ─ a escolha de quem deve nos representar.
É ou não um absurdo? Teatro, sabemos que é.

Ionesco não era surdo. Era iconoclasta e revolucionário.
Os petistas também não são surdos. São hipócritas e desonestos.
O absurdo não os une. Um era arte, outro é somente delírio ditatorial.

Dilma sequer é personagem cômica. É algo indefinível. Tenta ser amável humilhando a todos. Acredita ser simpática portando-se como guarda de presídio nazista.
Tem a simpatia das hienas. O carisma da personagem que entra muda em cena e sai calada. A subserviência ao dono que nem mesmo os romanos tinham com os imperadores.

Lula é um personagem à procura de um autor. Só tem a fixação de ser menor ─ sempre ─ em relação a quem mais admira. E tem a certeza que tudo o que fizer será perdoado, como um ébrio em peça de Nelson Rodrigues.

O teatro tem palco e plateia fiel. Um tipo de espectador diferente: o que não paga para ver a peça. Recebe para bater palmas.

Nesse aspecto, mais parece plateia de desfile na Alemanha hitlerista. Só que movida a tubaína, sanduíche e algum dinheiro vivo.

Os mais importantes não recebem o ajutório dentro do ônibus contratado para levar o coro dos felizes para a plateia do show. Já receberam na boca do caixa oficial.
É ou não é um absurdo? Sem nada de teatral.
Nesta quinta-feira, dia 11 de julho, veremos esta plateia pronta para aplaudir qualquer absurdo que venha a ser encenado.

E não será teatro.
É a distância do Brasil real do picadeiro barato que o lulopetismo imaginou ter transformado o Brasil. Onde além do palco, existem palhaços na plateia.

De novo, estão errados.
Ionesco era um gênio.
Lula e Dilma testam até onde vai a ignorância humana.
É mesmo um absurdo!

11 de julho de 2013
Reynaldo Rocha

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