"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 11 de julho de 2013

SÃO QUATRO APARELHOS DE RAIO X E 110 DETECTORES DE METAIS. CUSTARAM R$ 1 MILHÃO

Equipamentos adquiridos para Pan-2007 ficam ‘esquecidos’ num depósito da PF por seis anos
 

 
A Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio guarda em seu depósito equipamentos que o governo comprara em 2007 para utilizar nos jogos Pan-Americanos de 2007. São quatro aparelhos de raio X e 110 detectores de metais. Custaram R$ 1 milhão, em valores da época. Esquecidos, aguardam há seis anos pela chegada de alguém que os ligue na tomada.
 
Ao tomar conhecimento do descalabro, o procurador da República Fernando José Aguiar de Oliveira decidiu agir. Cutucou a PF, acordando-a para suas responsabilidades. Caindo em si, o delegado Fernando Durán Poch, diretor de Administração Logística da PF, informou à Procuradoria que irá transferir o maquinário para a Infraero, estatal que administra os aeroportos.
 
E o procurador Fernando José: “Não se pode admitir que um patrimônio desse vulto estivesse na sede da Polícia Federal, há tanto tempo, sem destinação alguma. Vamos acompanhar esse caso até o final. Enquanto esses bens não tiverem em efetiva operação, não vamos descansar.”
 
O ex-ministro Delfim Netto disse certa vez: “se o governo comprar um circo, o anão começa a crescer.” Imagine-se o que pode suceder num instante em que o Estado brasileiro organiza eventos grandiosos como a Copa-2014 e as Olimpíadas-2016.

11 de julho de 2013
Josias de Souza - UOL

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