"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 11 de julho de 2013

PT IMPEDE VOTAÇÃO DOS ROYALTIES DO PRÉ-SAL PARA SAÚDE E EDUCAÇÃO

Em um exemplo claro das insatisfações que tomam conta do governo federal e tornam exposta a difícil relação entre parlamentares e a presidente Dilma Rousseff, o plenário da Câmara dos Deputados ignorou os apelos do Palácio do Planalto – e da chefe do Executivo em particular – e começou a consolidar nesta quarta-feira uma nova divisão dos royalties do petróleo. Mas a queda de braço entre partidos governistas acabou derrubando a sessão plenária por falta de quórum e impedindo que fosse concluída a votação que pretende destinar recursos recolhidos em royalties do petróleo para políticas de educação e saúde.
 
No auge do tensionamento entre a base dilmista, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), expôs em plenário o nomes dos mais recentes desafetos do Planalto: o PDT, que tem no relator André Figueiredo (PDT-CE) a principal resistência a destinar 100% dos royalties para a educação, e o neoaliado PSD, que contribuiu nesta noite com 33 votos contrários às pretensões do governo de reajustar as regras de distribuição dos recursos.
 
“Quem é governo tem ônus e bônus. Eu quero rediscutir a nossa relação com o PDT e com o PSD até para se estabelecer uma nitidez política na disputa”, atacou Guimarães. “Nós não estamos a fim de ser governo só quando me interessa. Esse tipo de coalização precisamos rediscutir, até para estabelecer limites”, ameaçou o petista.
 

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