"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

GRUPO DE RISCO


O número de jovens homossexuais masculinos com aids aumentou 60% em uma década, informa o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Em 2010 foram confirmadas 514 infecções entre gays de 15 a 24 anos, equivalente a 26,9% dos casos nessa faixa etária. Em 2000, haviam sido notificados 321 pacientes com o vírus. Entre jovens heterossexuais, a tendência é inversa: em 2000, eles respondiam por 29,8% dos casos confirmados da doença enquanto em 2010 representam 21,5%.

Os índices levaram a pasta a constatar que o risco de um jovem gay brasileiro ter o HIV é 13 vezes maior que o do restante da população da faixa etária. Ao lado de meninas de 13 e 19 anos e travestis, essa população é a que desperta maior preocupação.

O aumento de casos entre jovens gays destoa do que se verifica entre os números gerais. Em 2010, foram registrados no País 34.212 casos novos - pouco menos que os 35.979 de 2009. As mortes também caíram. Em 2010, foram 11.965, ante 12.097 informados em 2009. “A epidemia está estabilizada”, diz o diretor do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do ministério, Dirceu Greco.

De acordo com o boletim, a Região Sul concentra a maior taxa de incidência de aids no País, com 28,8 casos por 100 mil habitantes. Em seguida vem a Região Norte e Sudeste, com 20,6 e 17,6. No Centro-Oeste, a taxa foi de 15,7 e no Nordeste, de 12,6.

Pois é. Aí vêm os “especialistas” com suas teorias: o governo diz que essa população teria crescido num período em que a aids já não é mais vista como sentença de morte.
Sem ter vivenciado os problemas do início da epidemia, o grupo teria “relaxado”. Pesquisa de 2010 do ministério já mostrava que jovens gays usavam menos camisinha que a população em geral; o “viadólogo” e presidente do Grupo Pela Vidda, Mário Scheffer, culpa a dificuldade do acesso a ações de prevenção e à testagem do HIV, principalmente por causa da homofobia, dizendo que “há centros que não estão abertos para esse público. Daí a necessidade de estratégias específicas”.

Tudo muito bonitinho e politicamente correto, pena que tudo errado. Na glamurização dos gays em todos os meios de comunicação, no prestígio cada vez maior que se dá às manifestações de massa de homossexuais e na importância dada às reivindicações que eles fazem, ninguém fala.
Esse status todo acaba proporcionando aos jovens gays uma falsa sensação de poder e de liberdade, que acaba gerando o aumento do número absoluto de relações sexuais e do número relativo das que são feitas sem preservativos.

Na verdade, hoje se dá muito pouca importância a uma divisão criada nos primórdios da AIDS: os grupos de risco. Não é porque os efeitos da doença tenham sido atenuados significativamente pela ciência que esses grupos vão deixar de existir.

A promiscuidade é a mãe da AIDS, e enquanto ela for incentivada, glamurizada e enfatizada como sendo natural, não há ciência que dê jeito.
Por Ricardo Froes

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