"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

RÚSSIA E CHINA DE BRAÇOS DADOS

UNIDOS OUTRA VEZ

Rússia e China só estiveram unidos por pouco tempo, depois da vitória da revolução do presidente Mao. Rapidamente desfez-se a aliança socialista, chegando as duas nações a preparar-se para uma guerra que por sorte não se deflagrou. Mas permaneceram, desde os tempos de Kruchev, numa pax armada plena de diatribes e insultos.

Pois agora a situação é outra, gerada desde o fim da União Soviética e da transformação da China em potencia mais ou menos capitalista. As diferenças são enormes, ainda que lentamente se aproximem no plano político.

China e Rússia acabam de condenar a agressão da Otan ao Paquistão, como antes haviam condenado a interferência na Líbia.
Leia-se terem os governos de Moscou e Pequim enviado um alerta a Washington, pois a Otan nada mais é do que uma fachada dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, se não apóiam o regime dos aiatolás, no Irã, também não formam no grupo que prega a invasão daquele país. Muito pelo contrário.

Acrescente-se a concentração de forças russas na Síria, sinal evidente de que o mundo ocidental pensará duas vezes antes de promover o bombardeio de Damasco.

Arma-se um novo quadro na política mundial. É bom prestar atenção.

Carlos Chagas

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