"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 12 de julho de 2012

ALGO MAIS QUE LULA NUNCA VERIFICOU

 

Quando Lula usou suas coxas suculentas, inchadas de uísque, caña e Romanée Conti para em cima delas elaborar os projetos(?) de quatro refinarias sendo que uma delas em associação com o compadre Chapolim Colorado (Chavez) além de criar projetos com a consistência de fumaça de maconha ele e seus conselheiros para assuntos econômicos conselheiros para assuntos energéticos e conselheiros ara assuntos internacionais simplesmente ignoraram o momento venezuelano.


Devia ser óbvio, ao menos para quem por dever de ofício teria acesso aos números da área, que Chavez precisava de capacidade de refino, mas não no Brasil e sim na própria Venezuela.
A Venezuela naquele momento atravessava a crise de quem tinha nacionalizado as concessões estrangeiras de petróleo. Sua produção de petróleo tinha caído por dois motivos.
Demissão dos petroleiros que conheciam as manhas do poços produtivos e redução dos esforços para abrir novos campos petrolíferos. Estes gastos eram incorridos pelas petroleiras alijadas da Venezuela. A situação não mudou muito. A produção venezuelana está estagnada com tendências a cair. Hoje produz 23 por cento menos de óleo cru do que em 1998 quando Chavez assumiu o governo.

Chavez como todo bom socialista preferia gastar o dinheiro do petróleo. Não se preocupava muito em ganhar dinheiro. Então investiu em armas ajuda a outros países socialistas, em solapar o governos de outros países mais. E assim ficaram as coisas. Nada de integralizar sua parte da refinaria com a Petrobrás e nada de construir refinarias na Venezuela.
Para ter uma idéia, apesar de ser detentor das maiores reservas de petróleo (maior que a Arábia Saudita) do mundo, Chaves precisa importar 40.000 barris de gasolina diesel e refinados por dia, além de aditivos e produtos técnicos oriundos de refino.

Isto é 25% a mais do que em 2011 e isto em um país onde a atividade econômica está murchando.
O fornecedor destes produtos é o arqui-inimigo, o satã do mundo, Estados Unidos da América.
Está certo que os Estados Unidos compram 36% da produção de petróleo cru venezuelano, mas as perspectivas não são boas para a Venezuela. Nestes dois anos com as tecnologias de petróleo de xisto os Estados Unidos hoje exportam mais produtos finais do petróleo do que importam, na primeira reversão de tendência desde1949. Atendência é reduzirem cada vez mais a necessidade de importarem petróleo, donde vão escolher a dedo seus fornecedores.

O volume total de exportações de cru da Venezuela para os Estados Unidos caiu entre 1997 e 2011 para 50% do que era. E não caiu mais porque há refinarias americanas no Golfo do México especificamente dedicadas a petróleo tipo da bacia do Orenoco, mais viscoso. Contudo pode-se supor que à medida que estas refinarias caiam na obsolescência elas não sejam recuperadas ou sofram alguma reengenharia.

No meio de tudo isto tendo perdido peritos e com a produçãoem queda Chavezcontinua falando em aumentar a produção, fornecer petróleo barato aos países amigos e outras iniciativas.
Por uma questão de orgulho nacional a gasolina dos postos venezuelanos é a mais barata do mundo. Para isto o a PDVSA importa o barril de gasolina a US$ 200 e o revende a US$ 25.

Bom para os colombianos que compram gasolina na Venezuela e contrabandeiam para a Colômbia.
Sugeriríamos ao contrabandistas brasileiros resolver os problemas técnicos. Se conseguirem comprar gasolina na Venezuela e vendê-la no Rio e São Paulo não vale a penas mexer com cocaína ou armas.

(*) Foto: Chavéz e Lula, antes do câncer, discutindo sacanagens

Ralph J. Hofmann
12 de julho de 2012

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