"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

"HOMO HOMINI LUPUS"

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O século XXI está se tornando uma era de ouro para fármacos de má qualidade (Reprodução/Internet)

Remédios falsos, remédios ruins

A oferta mundial de remédios é global. Os governos fracassaram em fiscalizá-la

Pacientes esperam que remédios sejam seguros, mas até mesmo em sistemas de saúde supostamente bem administrados os fármacos podem ser inúteis – ou letais. Esteroides estragados de uma farmácia de manipulação perto de Boston mataram 11 pessoas com meningite fúngica e intoxicaram mais de 100 até o dia 10 de outubro.
Um afinador de sangue (heparina) contaminado, foi ligado à morte de 149 pessoas entre 2007 e 2008. Neste ano, soube-se que algumas ampolas no remédio de câncer Avastin não tinha princípio ativo algum.
Ninguém sabe exatamente a proporção de remédios que é falsa, mal fabricada, roubada ou desviada. Mas os remédios daninhos são um problema global contra o qual as agências de segurança farmacêutica nacionais estão agindo.

Tal problema afeta particularmente países em que as autoridades são subornáveis, os sistemas de saúde desorganizados e os consumidores desesperados.
Na Nigéria, o maior mercado africano para remédios, uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2011 descobriu que 64% das drogas antimalária eram falsas.

Mais de 70% dos remédios consumidos na Nigéria são importados da Índia e da China, países que são amplamente considerados como as maiores fontes de falsificações.

Mascates vendem curas milagrosas há milênios, mas o século XXI está se tornando uma era de ouro para fármacos de má qualidade.
A pressão dos preços encoraja até mesmo empresas farmacêuticas bem intencionadas a cortar custos.
Para os criminosos, o ramo dos remédios falsos é lucrativo e as penas costumam ser pequenas. De fato, a cadeia de fornecimento de remédios é um paraíso para os trapaceiros.

Fontes:The Economist-Bad medicine

17 de outubro de 2012
Opinião & notícia

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