"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

JOSÉ DIRCEU NÃO SERIA O PODEROSO CHEFÃO

 

A Máfia siciliana designa o grande chefão de “Capo di Tutti i Capi”. Mas o José Dirceu não seria o grande chefão, nem tampouco essa “cumpanheirada” que está sendo julgada no STF chegaria na altura de uma Máfia.
Os “Mensaleiros”, como diria minha “nonna”, atuam apenas pelo “bolso”. A Máfia o faz pela triangulação “bolso + cabeça + coração”.
Coisa bem mais complexa.


“Devia ter dado mais grana ao Jefferson…”

Para fazer o setup do esquema dos mensaleiros, não seria necessário a ida até a Itália, basta subir um morro carioca. E lá o organograma é simples, mas eficaz. O morro é dividido em várias “bocas”. Sabe aquela história capitalista de não colocar todos os ovos numa mesma cesta? Pois é! Cada boca é chefiada por um… “chefe da boca”. Quem comanda o morro todo é o…”chefe do tráfico do morro”. Simples assim!

Não podemos ter a ilusão que essa turma do PT operava apenas com o que se acostumou chamar de Mensalão, eles tinham, ou tem, outras atividades. Mas bem, o Dirceu “caiu” como “Chefe da Boca do Mensalão”. E o “Chefe do Tráfico do Morro”, ou como queiram, o “Capo di Tutti i Capi” continua assistindo a operação das outras “bocas”. Mas é questão de tempo, logo ele “cai”!

Vejam bem, o imbróglio mensalão veio a tona pela boca do Roberto Jefferson, que estava ressentido do Dirceu por algum motivo. E é aí que mora o perigo. Num morro carioca, quando isso acontece, o “chefe da boca” manda encher o desafeto de balas… Ou de grana.

Como o “Chefe da Boca do Mensalão”, por inabilidade política, não providenciou nenhuma das duas ações, deu no que deu. Claro que, se tratando das pessoas aqui em epígrafe, a primeira ação estaria totalmente fora de propósito, mas a segunda? Notaram que a casa caiu por um pequeno problema de operacionalização? É nisso que dá delegar à quem fez pós graduação em Cuba.

17 de outubro de 2012
Cao Zone

Nenhum comentário:

Postar um comentário