"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

JUIZ AMERICANO PEDE DADOS SOBRE CONTAS DE FAMÍLIA KIRCHNER NO EXTERIOR

Juiz americano pede que banco argentino informe movimentação no exterior de família Kirchner. Pedido foi feito por Thomas Griesa ao Banco Nación
BUENOS AIRES e NOVA YORK - O juiz federal de Nova York, Thomas Griesa, em causa promovida pelo fundo-abutre NML-Elliot, pediu ao Banco Nación, da Argentina, que informe o suposto movimento de recursos ao exterior da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, Néstor Kirchner.

Segundo o documento obtido pelo jornal argentino “La Nación”, em que o juiz fez o pedido, a justificativa é conhecer os bens do Estado argentino no exterior, para pedir, eventualmente, seu embargo a fim de que o governo pague os credores privados que fizeram acordo com a Casa Rosada, entre 2001 e 2002, quando foi decretada a moratória da dívida externa argentina.

O documento explica que a Corte garantiu ao NML o acesso às informações, mas limitou-o aos bens que podem ser embargados, destacando que “o NML aceitou modificar o tamanho de seu pedido para não requerer informações sobre todos os depósitos na Argentina”. O pedido foi limitado, então, às movimentações do casal Kirchner.

Espera-se, para os próximos dias, uma audiência que pode definir multa de US$ 25 mil diários ao Banco Nación se a instituição se recusar a liberar a informação. O escritório de advocacia Dorsey & Whitney, que defende o banco nos Estados Unidos, argumenta que o Banco Nación não poderia fornecer os dados, amparado no direito ao segredo bancário que existe nos diferentes países onde opera.

O banco não respondeu às consultas do jornal argentino sobre o tema. Até agora, a entidade tem conseguido postergar os pedidos da justiça americana, lembra a publicação.

25 de fevereiro de 2013
O Globo, com ‘La Nación’

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