"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 9 de fevereiro de 2013

PRESIDENTE DA CÂMARA CRIA CONFLITO COM O PT AO ANUNCIAR QUE CUMPRIRÁ DECISÃO DO STF NO CASO MENSALÃO

 


Torcendo o nariz – A situação do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional não é das mais confortáveis, mesmo com a base aliada.
A dupla que está no comando das duas Casas legislativas está longe de ser obediente, o que pode provocar uma zona de atrito com muita facilidade.
Renan Calheiros, senador pelo PMDB de Alagoas e presidente do Senado, não carece de maiores detalhes, pois seu currículo fala por si só.

Presidente da Câmara dos Deputados, o peemedebista potiguar Henrique Eduardo Alves também é um rebelde, que no máximo atende aos pedidos de Michel Temer, vice-presidente da República.
Na primeira semana como presidente da Casa, Henrique Alves arrumou um problema considerável para o Partido dos Trabalhadores.

Após visita ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, Alves mudou o discurso em relação à perda dos mandatos dos deputados condenados no processo do Mensalão do PT e disse que cumprirá a decisão da Corte, tão logo as sentenças condenatórias transitem em julgado.

Essa declaração era tudo o que os petistas não queriam ouvir, pois o partido continua insistindo em defender os mensaleiros, alegando que o julgamento do caso foi político.
A cúpula do PT sabe que esse palavrório ilógico não mudará a decisão do Supremo Tribunal Federal, mas serve para não diminuir o rebanho de eleitores da legenda.

Mesmo assim, está criada, na Câmara, a primeira saia justa entre o PT e PMDB, que, diga-se de passagem, está rachado. E um partido do tamanho do PMDB dividido significa dor de cabeça para Dilma Rousseff e seus assessores palacianos.

Quando o inverno chegar, época em que as sentenças da Ação Penal 470 entrarão em fase de execução, o clima há de esquentar em Brasília. Aguardemos, pois!

09 de fevereiro de 2013
ucho.info

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