"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 15 de maio de 2013

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA 'POLÍTICA' BRASILEIRA

Doutor em gente


“Ele não é um monstro e não deve ser demonizado pela mídia”.

Jaye Schlachet, advogado de Ariel Castro, acusado de estuprar e sequestrar três mulheres e mantê-las como reféns por 10 anos em Cleveland, nos Estados Unidos, preparando terreno para garantir que seu cliente é gente fina.

Servidores da nação

“A data deve ser comemorada anualmente, já que trouxe a libertação do Corinthians e merece entrar no calendário oficial”.

Goulart (PSD), David Soares (PSD) e Juscelino Gadelha (PSB), vereadores paulistanos, na justificativa do projeto de lei, aprovado nesta quarta-feira, que incluiu o 4 de julho no calendário oficial da cidade como “Dia da Independência Corintiana”.

Camelô de empreiteiro

“Os ricos não precisam de governo”.

Lula, revelando que resolveu instalar um poste na Presidência da República porque, depois de ter virado camelô de empreiteiro, entrou no clube dos que não precisam de governo.

Mãos dadas

“Mostrei que é possível um governante governar de forma republicana, sem odiar quem me odiava”.

Lula, na pajelança dos dez anos de governo do PT, explicando que uma das lições de ética que ministrou ao Brasil foi provar que é possível governar de mãos dadas (e sem algemas) com gente como José Sarney, Fernando Collor e Paulo Maluf.

Sem vergonha

“É normal ter a liberação de emendas”.

Ideli Salvatti, um berreiro à procura de uma ideia e ministra das Relações Institucionais, sobre a troca de verbas parlamentares por votos a favor da Medida Provisória dos Portos, confirmando que a tropa de choque do governo Dilma no Congresso agora faz às claras o que a quadrilha do mensalão achou que fazia escondido.

Palco e plateia

“Lula veio como espectador”.

Emir Sader, pensador federal, durante a pajelança sobre os dez anos de governo do PT, informando que Lula não faria discursos pouco antes de o palanque ambulante começar um palavrório de quase 40 minutos.
 

É, mas não é (2)

“Cobro caro e não digo quanto cobro. Se quiserem saber quanto eu cobro, me contratem”.

Lula, na pajelança sobre os dez anos de governo do PT, ao revelar que, embora não seja lobista, cobra caro para fazer lobby para empreiteiras.

É, mas não é

“Tem um jornal que está tentando me transformar em lobista. É fantástico. Não sou lobista, não sou conferencista, não sou consultor. Sou um divulgador das coisas que fiz neste governo”.

Lula, no debate sobre os dez anos de governo do PT, explicando que a definição de lobby (grupo de pessoas ou organização que tem como atividade profissional buscar influenciar, aberta ou veladamente, decisões do poder público em favor de determinados interesses privados) não pode ser empregada para definir suas viagens ao exterior, bancadas por empreiteiras que tiveram seus interesses com governos locais atendidos por causa da influência do ex-presidente.

Começou o ensaio

“O político ideal que vocês desejam, aquele cara sabido, aquele cara probo, irretocável do ponto de vista do comportamento ético e moral, aquele político que a imprensa vende que existe, mas que não existe, quem sabe esteja dentro de vocês”.

Lula, durante a pajelança dos dez anos de governo petista, ensaiando o que vai recitar quando tiver de responder a perguntas sobre o escândalo em que se meteu ao lado da segunda-dama Rose Noronha.

Faz sentido

“Eu odeio a classe média. A classe média é fascista, terrorista”.

Marilena Chauí, professora de Filosofia e sacerdotisa da seita lulopetista, confessando que se odeia.
 
15 de maio de 2013
Augusto Nunes

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