"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 15 de julho de 2013

AUMENTO DAS DÍVIDAS DAS FAMÍLIAS E DIFICULDADES PARA QUITÁ-LAS AUMENTA DESGASTE DE IMAGEM DA DILMA


O valor total das dívidas das famílias brasileiras atingiu R$ 16,2 bilhões no ano de 2012. A média do endividamento é de R$ 1.950,00 por família. Pelo menos 22% estão com contas em atraso. A taxa de renda comprometida com o pagamento de dívidas é de 30%. Na comparação com o ano de 2011, o valor total da dívida das famílias teve um aumento real de R$ 346 milhões em 2012.

O reflexo destes números sobre o dia-a-dia das pessoas, tabulados pela pesquisa Fecomércio-SP “Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras”, com base em indicadores do IBGE, é que assustam o governo. O problema concreto na hora de pagar contas reflete na indignação da classe média. Afinal, a dívida pode aumentar com a alta do custo de vida e a subida de juros sob a desculpa de conter a suposta inflação (em um país que tem o Real como moeda sobrevalorizada).

Na interpretação da Fecomercio-SP, o valor das dívidas cresceu em função da maior oferta de crédito em 2012. Os números tendem a dar uma freada porque os bancos, mesmo com dinheiro sobrando, relutam em liberar novos financiamentos. A prioridade é facilitar renegociações dos débitos, o que gera ainda mais lucro, com a subidinha da taxa selic para 8,5%. De qualquer forma, o endividamento gera pressão psicossocial – o que reflete no mau humor dos encalacrados devedores em relação ao governo – o que afeta a popularidade da Presidenta Dilma Rousseff.

A Fecomercio adverte: “O sistema pode se tornar vulnerável diante de cenários imprevistos de inflação, como em 2012, quando houve uma imposição da redução de consumo e uma elevação do valor das dívidas em atraso”.

Coisas mudando...
 

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

15 de julho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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