"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 22 de julho de 2013

PELOS NOSSOS INTERESSES



Excelentíssimo Deputado Vital Rego:

Não pode haver confiança sem transparência.  Caixas pretas têm razão de ser em aviões, não na casa dos representantes do povo.  Elegemos representantes para que sejam porta-vozes da vontade popular.

Se a Câmara e os deputados julgam ter vida própria, independente da aprovação dos que constituem a nação em todas as classes, inapelavelmente perderão a representatividade e desmoralizarão o sistema democrático. 

"Aqueles que impedem a evolução pacífica", disse John Kennedy, "preparam o caminho para a revolução violenta". 

Não nos parece que a omissão e a manutenção do status quo alienado e distante da realidade, depois do recado claro da sociedade nas ruas, seja o caminho da sobrevivência da democracia.  Ou do parlamento, como tal.

Por que foi justamente a impressão de fraqueza e pusilanimidade pelos parlamentos na Europa continental, nas décadas de 20 e 30, que fomentaram o fortalecimento das doutrinas violentas que geraram ditaduras à esquerda e à direita.

É esta a história que queremos que se repita?

Nós os elegemos para que nos representem.

O recado que damos é muito simples:

1.  Fim do voto secreto agora, antes do recesso.  O remédio para o sistema viciado e injusto é a transparência.

2.  Reforma tributária com imediata redução de impostos.  Não há ficha limpa com   42% de imposto no sabonete.

3.  Fim de privilégios nas investigações jurídicas.  Imunidade parlamentar não é carta de corso autorizando crimes ou fraudes.

Não estamos sendo ingênuos, como se pedíssemos aos senhores deputados que votassem contra seus interesses.  Acontece que os representantes do povo não estão lá para cuidar dos seus interesses, mas dos nossos!
 
22 de julho de 2013
João Guilherme da Cruz Ribeiro é Empresário e, acima de tudo, Cidadão Brasileiro.
  

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