"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

REFLEXÕES DE UM ELEITOR (ARREPENDIDO) DE BRIZOLA NETO

Votei no “Brizola Neto” em sua primeira eleição para deputado federal. Tive uma decepção muito grande pois o primeiro discurso que vi dele na tribuna da Câmara, já com o PDT fora do Governo e com Brizola morto (para mim de forma suspeitíssima, estou contigo, Carlo Germani, nesse tema), foi elogiando o governo federal…

Não gosto do Lupi por ter sido para mim um aproveitador da proximidade do velho líder. Basta percebermos que logo após a morte do Brizola ele e outros pularam rapidamente no colo do Lulla e do PT. Com isso o partido ganhou espaço nacionalmente e se afundou moralmente, pois as gravíssimas acusações contra o governo e mesmo os flagrantes delito ocorridos nunca foram devidamente apurados.

Parece que Lupi também estava no hospital São Lucas, junto com Brizola quando ele estranhamente teve um ataque do coração após ter ido se tratar de uma complicação intestinal (virose). Isso à época do escândalo do mensalão com Lulla e o PT aterrorizados prla possibilidade real do impeachment. De certo que, Aquino, faço minhas suas palavras sobre o deputado federal Brizola Neto. Recentemente conheci o vereador Leonel Brizola Neto e senti nele o jeitão do avô. Nesse encontro cheguei a me emocionar, tão grande é a minha ligação com Brizola…

Conversamos sobre o rumo do PDT e ele se mostrou desconfortável com a bajulação do Partido em torno de pilantras patentes como Sir Ney e seus asseclas.

Quando a José Carlos Werneck, pelo visto se nutriu bem das informações mentirosas veiculadas pela fábrica de opiniões, a Rede Globo. E pelo jeito parece que está enganado todo o tempo e o tempo todo… Enéas foi um grande homem. Tinha muito respeito por ele. Não se deve querer desqualificá-lo por conta da figura caricata que foi.

Saudações brizolistas

admin | Geral | 5 comentários | terça-feira, 31 de janeiro de 2012 | 14:04
Concessões de Aeroportos. Um erro.
Martim Berto Fuchs

Na onda privatizante que correu o mundo na década de 90, a venda de patrimônio público foi a ordem do dia. Passados quase 20 anos, podemos analisar com mais frieza os resultados do ocorrido.

Classifico as vendas (privatizações) no Brasil, em função dos seus resultados, de quatro maneiras, todas interligadas:

1. Valor de venda de todas elas: ridículo.

2. Compradores: amigos do Rei. Negociatas.

3. Venda de empresas produtoras de bens como CSN, Embraer, Usiminas: positivas.

4. Venda de empresas prestadoras de serviço como telefonia: um erro.

Por que esse preâmbulo ? Está no título. Desta vez não vão vender, mas ceder para usufruto por 30 anos, novamente para amigos do Rei. Outros amigos obviamente, pois outro é o Rei, que na nossa Monarquia Republicana é chamado de Presidente, e que pelo sistema de revezamento acertado entre eles, – todos com tempo pré-determinado para poder usufruir das benesses do cargo – está há 9 anos com os sindicalistas, “representantes” do povo.

Claro, todos se esforçam para “segurar” a chave do cofre por mais tempo, mas isso é parte do principal passatempo dos comensais da Corte, o jogo de cena, mas identificado por eles como política; por nós como estupro.

Por que estão concedendo a administração dos aeroportos para os amigos, parceiros e financiadores da iniciativa privada, que os financiam com o próprio dinheiro ganho do Estado ?

1. Porque a administração pública, tendo como patrões os políticos, é um desastre.

2. Porque não têm coragem de enfrentar a questão da estabilidade no emprego dos funcionários públicos concursados e cuja aposentadoria não tem a contrapartida do governo. Desta forma, pagam uma fortuna com dinheiro dos impostos, mas conseguem romper os contratos com os mesmos. E é justamente esta negociação que emperra até agora as concessões, pois o sindicato exige que os já aposentados recebam parte igual. Para os políticos não faz muita diferença, pois o dinheiro não é deles.

3. Os amigos que vão passar a administrar os aeroportos, o farão por um prazo de 30 anos, sendo que TODAS melhorias necessárias serão bancadas pelo BNDES, com retorno pelo mesmo prazo. Juros ? De pai para filho.

4. Sendo um monopólio, como foi o das telefonias, o lucro é certo e o enriquecimento de poucos, garantido, mas não a excelência obrigatória dos serviços.

5. Quando terminar a concessão, devolverão apenas o bagaço da laranja para a árvore.

Só os amigos do Rei ganharão neste negócio e se forem “generosos”, como terão que ser, mais “gente” ganhará.

Que os políticos tenham a coragem de fazer o que foi feito em 1966 com os empregados da iniciativa privada, quando foram honrados os contratos em andamento caso o empregado não quisesse optar, e os novos contratados somente através do FGTS.

Pois tenham coragem e parem de enganar todos trabalhadores, honrando os contratos dos que não quiserem optar e aceitando (novas regras) os novos concursados somente pela CLT.

E se já estivéssemos sob um novo contrato social, num sistema que denomino de Capitalismo Social, o Estado venderia só parte dos aeroportos mas permaneceria majoritário, administrando o Conselho e fazendo as vezes das agências reguladoras mas com mão de ferro; entregaria a parte executiva da administração aos novos acionistas , não faria concessão, não precisaria do BNDES e o lucro deste negócio seria distribuído entre acionistas e trabalhadores e não apenas para os amigos do Rei e mais “alguns”.

E, importante, há dinheiro suficiente na mão de brasileiros, para honrar um negócio como esse. Não precisaríamos entregar também os aeroportos para empresas estrangeiras, e ainda financiadas com títulos do governo, via BNDES.

Empresas Sociais. Um novo paradigma. Este é o caminho. Capital e trabalho como parceiros. Metade do resultado para o capital e metade para o trabalho.

http://capitalismo-social.blogspot.com/

Rodrigo de Carvalho
31 de janeiro de 2012

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