"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 10 de maio de 2012

FOGO NA PETRALHADA GOSMENTA

Críticas vêm de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão, diz Gurgel



Gurgel e o mensalão: ‘É compreensível que algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral. Eles estão morrendo de medo do julgamento do mensalão’
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu nesta quarta-feira críticas por não ter pedido abertura de inquérito para investigar as relações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Segundo o procurador, as críticas foram feitas por "pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão".
Sem citar nomes, Gurgel disse que é compreensível que pessoas "ligadas a mensaleiros" queiram atacá-lo e também atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que serão responsáveis por julgar o caso do mensalão.

"É compreensível que algumas pessoas ligadas a mensaleiros tenham essa postura de querer atacar o procurador-geral – e até atacar ministros do Supremo – com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal", disse o procurador.
Segundo ele, os ataques sofridos seriam uma "tentativa de imobilizar o procurador-geral da República para que ele não possa atuar como se deve, seja no caso que envolve o senador Demóstenes e todos os seus desdobramentos, seja preparando-se para o julgamento do mensalão, caso que, repito, classifiquei nas alegações finais, como talvez o mais grave atentado à democracia brasileira".

Gurgel também disse que os mentores das críticas são, "se não réus, protetores de réus", além de pessoas que já foram alvos do Ministério Público e que agora querem retaliar.
Questionado se haveria alguém específico por trás das críticas, ele se limitou a dizer que são "fatos notórios, que independem de prova".

"São pessoas que já foram alvo do Ministério Público e ficam querendo, compreensivelmente – é humano -, retaliar. E há outras pessoas com notórias ligações com réus do mensalão", disse. "Agora, minha preocupação é de continuar trabalhando, continuar investigando e de continuar levantar o véu e revelar cada vez mais fatos extremamente graves que estão submetidas também à Comissão Parlamentar, mas que parece mais preocupada com o julgamento do mensalão", finalizou.

O procurador-geral também disse que as críticas tem o objetivo de desviar o foco das discussões. Segundo ele, se ele tivesse tomado qualquer atitude em 2009, não teria existido a Operação Monte Carlo e todos os fatos relacionados a autoridades envolvidas não teriam vindo à tona agora.

"São pessoas que na verdade aparentemente estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmo, desvio de recurso, corrupção, etc., e ficam preocupados com a opção que procurador-geral, como o titular da persecução penal, tomou em 2009, opção essa altamente bem sucedida. Não fosse essa opção nós não teríamos a Monte Carlo, não teríamos todos esses fatos que acabaram vindo a tona. Desvio de foco que eu classificaria como no mínimo curioso", afirmou Gurgel.

Gurgel aproveitou para criticar o vazamento de informações sigilosas colhidas pela Polícia Federal. "Não há dúvida que esse é um dos casos de vazamento mais escandalosos da história. É preciso que se pare, no país, de achar que o sigilo é pra inglês ver, uma coisa formal". Folha Online

10 de maio de 2012
abobado

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