"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 1 de abril de 2013

ACERVO DO DEOPS DIGITALIZADO NA INTERNET

 

Acervo do DEOPS é digitalizado disponibilizado na internet
 
Arquivo Público do Estado de São Paulo publica a partir deste primeiro de abril quase um milhão de imagens de fichas, prontuários e dossiês em site público
 
No dia em que o Golpe Militar de 1964 completa 49 anos, o Arquivo Público do Estado de São Paulo em parceria com o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça publica oficialmente na internet uma importante parcela do seu acervo.
 
A partir de hoje, qualquer pessoa pode acessar, entre outros documentos, mais de 274.105 fichas digitalizadas, além de 12.874 prontuários, produzidos pela Delegacia Estadual de Ordem Política e Social, DEOPS-SP (1923-1983); pelo Departamento de Comunicação Social (1983-1999); e pelo DOPS de Santos.
Todo esse acerco, que levou dois anos para ser digitalizado e que consumiu mais de R$ 400 mil pode ser acessado no site “Memória Política e Resistência” (clique aqui).
 
 
Esta publicação online facilita o acesso do cidadão à documentação do Estado que lhe diz respeito - das fichas publicadas, boa parte é nominal, ou seja, fichas pessoais -, e ao mesmo tempo abre uma fonte de pesquisa a estudiosos, jornalistas e público em geral.
Trata-se de resgatar uma importante parte da história do país que aconteceu nos bastidores.
 
Segundo o coordenador do Arquivo Público, Carlos Bacellar, a publicação desta parcela do acervo na Internet sinaliza a ampliação do acesso à informação, no espírito da Lei Federal no 12.527, e do Decreto Estadual no 58.052, que a regulamenta. “O esforço de digitalização e publicação dos documentos do DEOPS vem neste sentido, assim como nosso trabalho de gestão documental, que garante o acesso da população às informações que lhe dizem respeito. E este trabalho não vem de hoje: garantimos o acesso à documentação do DEOPS desde 1994”.
 
A publicação destes documentos está apenas começando, mas pelo menos uma parte do acervo digitalizado já causou impacto: os livros de portaria do DEOPS, onde ficavam registradas as entradas de agentes da repressão e visitantes.
 
Levados ao conhecimento da Comissão Estadual da Verdade, esses livros suscitaram uma série de questionamentos: entre os registros, constavam visitantes do Consulado dos EUA e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Independente de descobertas bombásticas como essas, a utilidade social do acervo vem sendo provada no dia-a-dia do atendimento aos consulentes no Arquivo Público.
 
A digitalização do acervo do DEOPS acontece hoje, primeiro de abril de 2013, no evento MEMÓRIA DIGITAL: Os Arquivos do DEOPS de São Paulo na Internet.
Ele contará com a presença de Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão Nacional da Verdade; Paulo Abrão, secretário nacional da Justiça e presidente da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça; Marlon Weichert, procurador regional da República; Ivan Akselrud de Seixas, representante da Comissão Parlamentar Estadual da Verdade; Adriano Diogo, deputado estadual e presidente da Comissão Parlamentar Estadual da Verdade; Rogério Sotili, secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, e Vladimir Sacchetta, presidente da Associação de Amigos do Arquivo e membro do Núcleo de Preservação da Memória Política.
 
01 de abril de 2013
café história
Comentário de Antonio Paiva Rodrigues           
Essa comissão da verdade só existe verdade no título, visto que é uma pura mentira. Por que a Comissão só irá julgar um lado? E por que o outro lado recebeu as benesses da neglig~encia governamental? Ah! Brasil.
Comentário de Antonio Paiva Rodrigues           
Considero essa matéria discriminatória. Pergunto:por que não criam o museu da corrupção, do terrorismo que assolou o Brasil durante o governo dos militares.
Se existiram duas revoluções uma teria que vencer. Felizmente a mais fraca e desorganizada perdeu e feio e, agora querem culpar os militares por tudo de ruim que aconteceu no Brasil. Quando existem lutas feridos e mortos são inevitáveis.
O problema é que a mídia marron brasileira com receio de truculência do governo atual ficam jogando a honra dos militares no fogo. Duvido: se pelo menos um dos ex-presidentes militares estive vivo se essa baderna política estaria acontecendo.
A verdade é que tem muita gente escondendo o rabo para não queimar ou são "covardes" e usam artimanhas discriminatórias para melhor passar. Um governo com 29 ministérios mostra a incapacidade política e quer formar um grande cabide de empregos e quem paga os impostos somos nós da classe média.
O brasileiro gosta mesmo de sofrer ou viver de esmolas com vem acontecendo com as famigeradas bolsas, inclusive a imoral bolsa detenção. Quando se fala em cultura surge vale. Abraços.

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