Artigos - Governo do PT
O verdadeiro crime no Brasil culturalmente dominado pelo "pensamento" dos esquerdistas gramscianos não é o racismo nem a corrupção de fato, mas é ter a audácia de não ser um deles.
I.
Gilberto Gil: "O Estado deixou de representar o interesse público e passou a representar, cada vez mais, o interesse privado."
É verdade. O interesse, por exemplo, do próprio Gilberto Gil, o ex-ministro da Cultura [sic] — ex-titular, portanto, da pasta que concede benefícios a artistas brasileiros —, que recorreu em 2009 a seus antigos subordinados (e eternos aliados) para conseguir benefícios da Lei Rouanet para a realização do DVD “Gil Luminoso”.
Não é mesmo "luminoso" que Gilberto Gil, beneficiado pelo Estado, critique sem um só pingo de vergonha esse Estado por representar interesses privados, e que ainda o faça na mesa de "Culturas locais e globais" de uma festa organizada com dinheiro público como a Flip, com um curador (Miguel Conde) que só convida para ela seus miguxos ideológicos de esquerda?

1. "The only people who don't want to disclose the truth are people with something to hide.” (Barack Obama, 21 de agosto de 2010)
2. "A cara do corrupto é aquela cara de anjo, é aquele que mais fala contra a corrupção, o que mais denuncia, porque acha que não vai ser pego, que sempre vai dar no outro.” (Luiz Inácio Lula da Silva, 9 de dezembro de 2009)
3. "O Estado deixou de representar o interesse público e passou a representar, cada vez mais, o interesse privado." (Gilberto Gil, 4 de julho de 2013)
Que tal?
II.
Gil é mesmo um autor de aforismos. O Karl Kraus de Tororó. O Nicolás Gómez Dávila da tropicália. O George Orwell do MinC.
Também vou incluir — dessa vez na lista de pérolas do dilmês fluente — aquele com o qual, segundo O Globo Online, ele "levantou ainda a discussão de antíteses como tradição x contemporaneidade, passado x futuro, e sonho x pesadelo". Assim disse Gilberto "Leibniz-Hegel-Schopenhauer" Gil:
"Estamos cercados do conforto da tradição, onde o presente da contemporaneidade se deita. E o aspecto do defeso me parece estar embutido nessa necessidade de lutar contra a mutação."
Didi Mocó diria: "Cuma!!!???? Cuma, eçelença!???"
Mas eu, que de tudo que anunciou o Globo Online só vi mesmo o pesadelo, dou apenas os parabéns a Gil pela nota dez em dilmês.
Ele merece!
III.
Quando o pastor e deputado eleito democraticamente Marco Feliciano, enteado de um negro e filho de uma mestiça que a militância das cotas raciais também considera negra (sendo Feliciano mesmo, portanto, um potencial cotista), cita o Gênesis no Twitter, cometendo um errinho quanto à origem bíblica dos africanos ao dizer que eles — assim, genericamente, incluindo até os brancos africanos — descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé, sendo que Feliciano não é Noé, nem tampouco o ancestral (Canaã, filho de Cam), e está apenas constatando uma maldição alheia da forma estabanada como a interpretou (os outros filhos não amaldiçoados de Cam — Cuxe e Pute — é que teriam dado origem aos povos negros da África, a partir da Etiópia); quando isso acontece, repito, a grande mídia, a militância esquerdista, os artistas ativistas e os "idiotas úteis" de sempre (alô, parasitas!) saem xingando-o de racista sem poder prová-lo nos tribunais e caem de pau em cima dele metafórica e literalmente, em uma das maiores campanhas de "character assassination" da história brasileira recente.
Agora, quando o jornalista Paulo Henrique Amorim, cujo site "Conversa Afiada" recebeu R$ 628 mil de verba de publicidade federal em 2012, é condenado a um ano e oito meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por injúria racial ao jornalista Heraldo Pereira, da Rede Globo, por dizer que "Heraldo é negro de alma branca" — assim mesmo, especificamente — e "não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde", sem contar que, segundo Amorim, Heraldo "se ajoelha" e "se agacha" diante do ministro Gilmar Mendes, do STF; quando isso acontece, repito, ninguém dá a menor pelota, como não deu quando ele fez tais afirmações e nem durante todo o processo.
Porque o verdadeiro crime no Brasil culturalmente dominado pelo "pensamento" dos esquerdistas gramscianos não é o racismo nem a corrupção de fato, mas é ter a audácia de não ser um deles.
Por isso eu pergunto: até quando você vai ser idiota (ou canalha) o bastante para engrossar o coro histérico e intolerante dessa gente?
IV.
Regra número 1: Antes de opinar sobre os conflitos de um país, saiba onde ele fica.

08 de julho de 2013
Felipe Moura Brasil
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