"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 26 de julho de 2013

QUEDA DE BRAÇO NA QUESTÃO INDÍGENA


A pressão indigenista recrudesce. O lado nacionalista, sob pressão, dá mostras de fraquejar, mas a população está sendo esclarecida e terminará por colocar um freio nas ações apátridas da Funai.

Apesar de a presidente manter a decisão de rever o processo de demarcação de novas terras indígenas e de acabar com o monopólio exercido pela Funai na atividade,  incluindo outros órgãos (Embrapa e os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário), o Ministro da Justiça  José Eduardo Cardoso afirma que a presidente deixou claro que não pretende esvaziar a Funai, mas fortalecer esse órgão”.

Os indígenas, claro, se posicionaram contrários à inclusão dos outros órgãos e entregaram à Presidente um documento com 11 reivindicações e recebendo a promessa de que os seus pedidos serão atendidos.

À MARGEM DA LEI

Enquanto isto a Funai está promovendo, à margem da Lei, a demarcação de nova Terra Indígena em Santa Catarina e funcionários da Funai estariam empenhados em ampliar a reserva Xapecó e ainda índios de diversas etnias bloqueiam a estrada de ferro de Carajás. Os casos simultâneos de SC e do MA são típicos da questão indígena.

A Funai e o aparato indigenista que a apóia se concentram em demarcações de terras indígenas em áreas mineralizadas ou no mínimo produtivas e habitadas por não índios, fazendo o jogo do estrangeiro ambicioso e solerte. Torna-se evidente que, no Norte da Amazônia, o objetivo é a criação de novas nações dóceis e totalmente controladas, e ao Sul da Amazônia é prejudicar a concorrência agrícola.

Por esses e outros motivos, é mais que urgente uma ampla reformulação na política indígena, para que o Estado brasileiro possa assegurar plenamente os direitos reais, tanto dos índios como dos não-índios.

Algo indica que, enfraquecida, Dilma também cederá nesse importante setor, como já o fez na questão dos juros. Caso continue cedendo, nosso País estará realmente mal. Entretanto, por enquanto, ainda resta uma esperança.

26 de julho de 2013
Gelio Fregapani

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