"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 9 de outubro de 2012

O QUE ACONTECEU COM OS RESULTADOS NA NOITE DA ELEIÇÃO VENEZUELANA?



Em reportagem no site do jornal ABC, da Espanha, a conceituada jornalista venezuelana Ludmila Vinogradoff, resume o que aconteceu na angustiante noite de domingo, quando registrou-se uma demora silenciosa até que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), anunciasse o resultado da eleição em que Chávez foi eleito para ficar no poder até 2019, se é que está "curado" do câncer, segundo afirmam seus áulicos.

Em sua reportagem a jornalista descreve o rolo compressor chavista: "Nos toldos vermelhos dos ativistas chavistas ao redor dos centros de votação detinham a lista dos eleitores que haviam sido beneficiados pelas "missiones", o programa social de Chávez iam buscá-los em suas casas para obrigá-los a votar em Chávez. Mediante muitas formas de pressão como perder a bolsa, a pensão, ou a esperança de ter uma casa digna, o chavismo pôde superar Capriles em mais de 1,5 milhão de votos".

O que se depreende desta reportagem é que o caudilho Hugo Chávez é um ditador com poder absoluto sobre toda a Venezuela, sobre todas as instâncias estatais. Por outro lado, se verifica que os mais de 6 milhões de votos, quase a metade do eleitorado, indica que possivelmente a maioria dos venezuelanos seja contra o chavismo. Isto é aterrador, já que o próximo passo de Chávez, se não resultar detonado pelo câncer, é a implantação pura e simples na Venezuela do modelo cubano onde também tem eleições cujo resultado nunca será uma surpresa.
Leiam o que relata a reportagem no original em Espanhol:
EN ESPAÑOL - Los electores que votaron por el candidato de la oposición, que es casi la mitad de Venezuela, se preguntan qué pasó en la noche de las elecciones, si a las 18 horas, los sondeos a pie de urna daban de ganador a Henrique Capriles Radonski. Las agencias transmitieron los “exit polls” de CNN y de la encuestadora Varianzas que daban entre 6 y 3 puntos de ventaja al abanderado de la oposición. Así lo publicaron las páginas digitales de ABC y "Le Monde" pasada la medianoche de la hora europea.

Christian Burgazzi, uno de los analistas de encuestas que vaticinaba el triunfo de Capriles, trató de responder por qué no se cumplieron los pronósticos. "Lo que si están a la vista, son el ventajismo obsceno, el abuso sin límites y la coerción extrema del gobierno durante la campaña electoral; esto y la falta de tiempo para completar el remate asombroso que logró Capriles al ir cerrando la brecha, a un ritmo de hasta 14% mensual y 6% semanal al final de la campaña, fue lo que derrotó a la oposición, que sin embargo salió más fortalecida que nunca, con la votación alcanzada”.
Muchas teorías sobre manipulación de votos se tejen alrededor de lo que pasó esa noche, una de ellas es que se mantuvieron abiertos hasta las 21 horas de la noche muchos centros electorales después de las 18 h de la tarde. Teresa Albanes, presidenta de la Comisión Electoral de la alianza opositora, consideró que en el futuro habría que establecer como norma una hora oficial de cierre y no hasta que haya electores en la cola para votar.

Al «galope y remolque»

Esa noche las redes sociales dieron cuenta de la “operación galope y remolque” que habían activado los sectores oficialistas en los sectores populares de Caracas como Petare, 23 de Enero y Catia. En los toldos rojos los activistas chavistas alrededor de los colegios de votación que llevan la lista de los electores que han sido beneficiados por las “misiones” o programas sociales iban a buscarlos a sus casas para obligarlos a votar por Chávez.
Mediante muchas formas de presión como la de perder la beca, la pensión o la esperanza de tener una vivienda digna, el chavismo pudo aventajar en más de 1,5 millón de votos a Capriles. Do site do jornal ABC
 
09 de outubro de 2012
in aluizio amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário