"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 9 de outubro de 2012

MENDES TAMBÉM CONDENA.

Fica faltando apenas um voto contra Dirceu. Os outros (Delúbio, Genoino, Valério etc.) já eram...

Gilmar Mendes diz que Dirceu “tinha grande poder e influência no governo” e o próprio acusado admitiu ter influenciado nas indicações de nomes para cargos do governo e na formação da base aliada.


Mendes acompanha o relator

Mendes então fala sobre as acusações de Roberto Jefferson contra José Dirceu, que para os ministros Lewandowski e Toffoli disseram não serem suficientes para condenar o ex-chefe da Casa Civil. Diz que é verdade que um acusado pode mentir para livrar-se da culpa, mas que Jefferson se incriminou ao fazer as acusações contra Dirceu.

Mendes lembra que também pesam contra Dirceu as confissões de Delúbio, que negou ter agido sozinho e afirmou que “a cúpula do PT tinha ciência de tais empréstimos”.
Afirma não acreditar que Delúbio tenha agido sozinho, até porque não enxerga que o ex-tesoureiro tivesse tanto poder e autonomia no partido para determinar sozinho o desvio de milhões de origem pública.

Sobre José Genoino, Mendes cita depoimentos de vários acusados que relatam reuniões para fechar um acordo político com o PT, com a participação dele, coisa que o ex-presidente do PT não nega.

Mendes rebate o voto de Lewandowski, no ponto em que ele diz que a teoria do domínio do fato foi aplicada de forma errada pela acusação. O ministro diz que a teoria se encaixa no caso
“Não é crível que o acordo não contemplou uma contra partida”, diz Mendes sobre os repasses financeiros do PT para os outros partidos, se referindo à venda de apoio no Congresso.


E assim Mendes acompanha o voto de Joaquim Barbosa, condenando Dirceu, Delúbio, Genoino, Valério, seus ex-sócios, Simone e Tolentino, e absolvendo Geiza e Adauto.

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