"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PROTEÇÃO AO TOTALITARISMO MARXISTA?

      
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
       
Os comunistas colombianos fazem parte da nova internacional extremista latino-americana fundada por Lula da Silva e Fidel Castro: o Foro de São Paulo.
Esse guerrilha marxista é responsável pelos assassinatos de milhares de ativistas, candidatos e responsáveis pelos partidos Liberal e Conservador. Estes foram mortos, seqüestrados e feridos pelas FARC nestes 50 anos.

Em 11 de outubro de 2012, o site da presidência da República da Colômbia emitiu um comunicado onde anunciaram a expedição do Decreto 2096, mediante o qual se porá em andamento o “Programa Especial de Proteção para dirigentes, membros e sobreviventes da União Patriótica (UP) e do Partido Comunista Colombiano (PCC)” [1].
O ministro do Interior, Fernando Carrillo, sublinhou que tal decreto “pretende fundamentalmente unificar, integrar e fortalecer todo o sistema de proteção dos dirigentes da oposição e de partidos independentes que de maneira legítima exercem esse direito”. As palavras do ministro Carrillo e os alcances desse decreto são unilaterais e ambíguos.

Por que reforçar apenas a proteção de membros do PCC e da UP no momento em que a imprensa anuncia que a segurança prestada pelo Estado a centenas de outras pessoas em perigo e ameaçadas pelo terrorismo poderia ser reduzida à porção congruente por razões financeiras?
Por que dar a entender que o PCC e a UP não estiveram protegidos pelo Estado? O PCC, a UP e os outros “partidos independentes” têm gozado sim, da proteção estatal.

O funcionamento legal de qualquer movimento ou partido político, sem importar se é ou não da oposição, está garantido na Colômbia. Junto a isso, a liberdade de associação - promovida pela filosofia liberal e não pelo marxismo que advoga por seu aniquilamento, pois isso faz parte da “democracia formal” ou “burguesa” - está consagrada em nossa Constituição.

É pertinente determinar, por outro lado, quê tipo de partido foi o PCC, partido nomeado explicitamente no boletim da presidência da República, que o classifica como partido “independente”.
Sem nenhum tipo de dúvidas, o PCC é um partido anti-democrático e totalitário. Portanto, sua oposição não pode ser mais que anti-democrática e totalitária. Para saber disso não há mais que ler seu nome, constatar suas práticas e analisar sua ideologia: o marxismo.

O PCC, ademais, não foi qualquer partido: esteve enfeudado e financiado por uma potência estrangeira anti-democrática e totalitária, a URSS, que tentou implantar um regime comunista em nosso país. Então, catalogar o PCC como um partido independente não é correto.

A vassalagem rendida a um Estado estrangeiro anti-democrático é uma prática que o PCC se nega a perder até o dia de hoje. Os comunistas colombianos fazem parte, ademais, da nova internacional extremista latino-americana fundada por Lula da Silva e Fidel Castro: o Foro de São Paulo.

Ninguém esquece que o PCC foi o criador e alimentador das FARC. Essas características do PCC fazem com que ele não seja um partido como os demais, pois foi agente de uma potência estrangeira e tem mantido, por mais de 50 anos, um braço armado que tem cometido imensa quantidade de crimes. Esse partido não renunciou ao marxismo nem se submeteu à crítica.

O PCC e seus companheiros de viagem tratam de aparecer agora como as vítimas, como os únicos que sofreram violência. Esse conto-do-vigário oculta a longa história criminal e terrorista do bando narco-marxista das FARC, braço armado do PCC. Isto não é novo. Os crimes e o terrorismo do M-19, do ELN, do EPL - guerrilhas marxistas - também ficaram no esquecimento e na impunidade. Essa façanha infame os chefes das FARC-PCC querem repeti-la agora em Oslo.

Em uma recente entrevista no programa radial La Hora de la Verdad, o analista político Alfredo Rangel expôs uma verdade que muitos querem calar: a transbordante atividade delinqüencial das FARC [2]. Segundo Rangel, essa guerrilha marxista é responsável pelos assassinatos de milhares de ativistas, candidatos e responsáveis pelos partidos Liberal e Conservador.

Estes foram mortos, seqüestrados e feridos pelas FARC nestes 50 anos. As FARC são responsáveis pela mutilação de aproximadamente 10 mil pessoas mediante as minas “quebra-pé” em todo o território nacional.
São responsáveis pela expulsão de prefeitos e policiais, sob pena de morte, de mais de 400 municípios na época anterior ao governo de Álvaro Uribe.
As matanças de civis como método para obrigar a população a pedir a retirada da Polícia nacional de suas respectivas cidades, também fazem parte dos crimes das FARC.

A isto há que acrescentar que as matanças de civis não é uma prática recente dos comunistas colombianos. Pedro Antonio Marín, cognome “Tirofijo”, desde seus inícios como lugar-tenente de Jacobo Prías Alape, ou Fermín Charry, cognome “Charronegro”, e depois no comando de seu próprio bando, utilizou a extorsão e o assassinato de civis e de camponeses como uma forma para conseguir a adesão dos camponeses às idéias comunistas e, ao mesmo tempo, conseguir domínio territorial.

Essa prática também fez parte das ações criminosas de outros falsos “dirigentes agrários” marxistas, como Ciro Trujillo, José Enoc Leal, cognome “Diamante”, José Alfonso Castañeda, cognome “Capitão Richard”, Hermógenes Vargas, cognome “Vencedor” e Silvestre Bermúdez, cognome “Meia Vida”, entre outros.

Naqueles anos de 1950 e 1960, Tirofijo e os outros “dirigentes agrários” não atuaram sós. 90% dos mal-chamados “bandoleiros” já estavam sob a direção comunista - outras facções marxistas como o MOEC e o FUAR também tiveram aparato armado - e impuseram uma tática marxista do terror para ter influência na população e conseguir uma correlação de forças frente ao Exército colombiano.

A determinação do presidente da República de então, Guillermo León Valencia, e a valentia de nossos soldados e oficiais, conseguiram dobrar o movimento armado comunista. Não obstante, o Estado colombiano começou a perder a batalha política desde então.
Essa atitude de combater a agressão terrorista mas desatender a frente das idéias que guiam os terroristas foi uma das maiores falhas de segurança do Estado colombiano.
A incapacidade da esquerda colombiana de assumir uma atitude crítica ante a violência comunista é outro componente desse mesmo problema.

O capítulo sobre a Colômbia para O Livro Negro do Comunismo está por se escrever. Os colombianos temos sido vítimas da práxis do marxismo. A democracia colombiana, durante mais de cinco décadas, foi assediada de diversas formas. Pela violência e pela maneira gramsciana - infiltrando os meios políticos e culturais do país -, tenta-se trocá-la por um regime socialista.

A continuidade de toda democracia como sistema político depende de que esta seja vigilante e estrita, que saiba se defender de seus inimigos e que tenha a capacidade de exigir dos partidos políticos um comportamento democrático, e não um jogo hipócrita, subversivo e totalitário. Algo que parece ter sido esquecido na Colômbia.
Nas democracias mais avançadas do mundo os partidos e seitas comunistas devem funcionar dentro dos parâmetros da lei, e não por fora destes. Em caso contrário, essas formações são dissolvidas.

Um exemplo: nos Estados Unidos, o PCUSA não pode fazer parte de nenhum movimento político internacional. Desgraçadamente, esse nunca foi o caso da Colômbia, onde o simples fato de que um partido leve em seu nome a palavra “democracia” ou “democrático” o torna automaticamente democrata.

Em outras latitudes, a prática junto com a ideologia que um partido professa é o que define se ele é democrata ou não. Seria permitido um partido nacional-socialista na Colômbia? Evidentemente que não! Deveríamos condenar com toda energia um partido dessa vertente do socialismo.

Finalmente, a esquerda colombiana deveria refletir acerca da tragédia da UP. Sobre esse tema muito se especulou porém a verdade completa ainda não veio à tona. O PCC sempre acusou o Estado colombiano disso e desdenhou o papel do narco-tráfico, do para-militarismo, das dissidências das FARC e das próprias FARC nessa matança.

Em grande parte, essa tragédia deve-se aos que criaram a UP: as FARC e o Partido Comunista. Esqueceram-se os crimes anti-comunistas de um comunista como José Fedor Rey e as duvidosas proezas de Braulio Herrera.

Por exemplo, em novembro de 1989, em uma operação do Exército contra as FARC, na região santanderiana de Plan de Armas, foram encontrados documentos que provam que esse “comandante” das FARC, e alto dirigente da UP, havia ordenado o fuzilamento de 65 integrantes das FARC a quem ele acusava de ser “infiltrados”.
O presidente Santos e seus assessores deveriam ter em conta esses aspectos dramáticos da história recente da Colômbia.

Escrito por Carlos Alberto Romero Sánchez

Notas:
[1] http://wsp.presidencia.gov.co/Prensa/2012/Octubre/Paginas/20121011_02.aspx
[2] http://ww.lahoradelaverdad.com.co/post/detail/post=7912&_id=28

Tradução: Graça Salgueiro

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