"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 5 de março de 2012

PUTIN MOSTRA QUE FICA NO PODER NA RÚSSIA ENQUANTO BEM ENTENDER

Reportagem de Timothy Heritage e Guy Faulconbridge, da Agência Reuters, mostra que Vladimir Putin obteve uma retumbante vitória nas eleições presidenciais da Rússia, no domingo. Com isto, assegura um novo mandato de seis anos para assumir o Kremlin e para lidar com os protestos de oposição, que após a votação acusou de ter sido fraudada. Com isso, passará 18 anos seguidos no poder: 12 como presidente e seis como premier,

Duas pesquisas de boca de urna da televisão, divulgadas após o término da votação, deram a previsão que o primeiro-ministro venceria com 59,3 e 58,3 por cento dos votos, o que facilmente torna um segundo turno contra o candidato em segundo lugar desnecessário.

O seu rival mais próximo, o líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, ficou abaixo de 20 por cento em ambas as pesquisas. Zyuganov disse que seu partido não reconheceria os resultados oficiais da eleição, chamando-a de “ilegítima, desonesta e não transparente”.

Uma multidão enorme, em sua maioria de jovens apoiadores de Putin, se reuniu à noite em uma praça do lado de fora do Kremlin, acenando bandeiras russas.

Espera-se também que o ex-agente da KGB retorne ao Kremlin com duros discursos de luta contra o Ocidente, uma marca registrada de seu primeiro mandato como presidente e nas campanhas eleitorais. Economistas dizem que o principal teste da volta de Putin ao governo seria ver o quão longe ele estaria disposto a ir para reformar uma economia hoje extremamente dependente em exportação de energia.

Putin descartou rapidamente as acusações de fraude, que serão repetidas pela oposição em protestos que começam esta segunda-feira, quando saem os resultados oficiais.

“Esta é a eleição mais limpa em toda a história da Rússia”, disse o chefe da campanha de Putin, Stanislav Govorukhin. “As violações que nossos rivais e os opositores do presidente falarão agora são risíveis”.

05 de março de 2012

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