"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PF REALIZA BUSCA EM ONG E EMPRESAS DA EX-JOGADORA KARINE

Documentos apreendidos na ONG da ex-jogadora de basquete  Karina Rodrigues (Foto: Bruna Stupiello/G1 Campinas)
A Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem, uma operação de busca e apreensão na residência da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, na sede da Organização Não Governamental (ONG) Pra Frente Brasil, gerenciada por ela, e em outros cinco endereços que seriam usados por empresas fantasmas e laranjas, nas cidades de Jaguariúna e Pedreira, no interior de São Paulo.

A operação Gol de Mão, da PF e da Controladoria Geral da União (CGU), apura desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. A ONG foi um dos pivôs do escândalo que derrubou, no ano passado, o então ministro Orlando Silva, do PCdoB.

De 2007 a 2011, a entidade recebeu mais de R$ 30 milhões da União em convênios com municípios paulistas. As suspeitas são que boa parte desse dinheiro tenha sido desviada.

Segundo a investigação, as contratações feitas pela ONG para implantar 180 núcleos de esporte educacional no Estado de São Paulo, promovendo a prática de esportes para 180 mil crianças, adolescentes e jovens, seriam direcionadas para empresas de parentes, pessoas ligadas à ex-atleta e para laranjas.

Nas investigações, apurou-se que os programas desenvolvidos pela ONG da ex-jogadora atendiam a até cinco vezes menos crianças carentes do que o previsto nos convênios assinados com o Ministério do Esporte. Ela não foi localizada para comentar a ação da PF.

O Tempo (MG) - 01/08/2012
Da Redação

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