"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 22 de março de 2012

O BRASIL PAGA MUITO MAL AOS SENADORES DA REPÚBLICA! ALGUMA SUGESTÃO?

Político brasileiro ganha mal! Vamos criar a 'bolsa cara de pau'?

VAMOS VER NOVAMENTE? QUEM SABE O SENADOR IVO CASSOL TEM RAZÃO?



À primeira vista, a frase parece ter sido dita por um ator cômico ironizando os elevados custos de um parlamentar brasileiro:
"O político no Brasil é muito mal remunerado! Tem que atender ao eleitor com pagamento de passagens, remédio, é convidado para patrono e tem que pagar as festas de formatura, porque os jovens não têm dinheiro".

Mas ela foi pronunciada pelo senador Ivo Cassol (PP-RO), que nesta terça-feira pediu vista do projeto que acaba com a regalia do pagamento a parlamentares de 14º e 15º salários, sem desconto de Imposto de Renda. O senador de Rondônia ainda teve a cara de pau dizendo ganhar pouco, exigindo que os senadores que votarem a favor devolvam os salários extras que receberam até agora.

Ele é mesmo muito engraçado e torna-se em mais um que está 'se lixando' para o povo que garante suas mordomias através do pagamento de impostos.

Essa declaração de Ivo Cassol não repercutiu muito bem na opinião pública, logo ele que conseguiu o 'milagre da multiplicação' de seus 12 assessores legais, fatiando-os em 67 cargos, que geram considerável aumento de despesas.
Houve até quem o ironizasse sugerindo que se ele acha que ganha tão mal, deveria mudar de profissão arranjando emprego melhor, como, por exemplo, o de professor da rede pública.
Indagado se esse papel de atender aos carentes não seria do Estado, caracterizando, então, uma troca de votos, Cassol respondeu: "Se for alguém bater na sua porta pedindo uma Cibalena você vai negar? O político não faz isso só por barganha de votos. Eu faço por uma questão humanitária".

Alguém argumentou sobre como pode o senador reclamar de um salário de mais de R$ 27 mil, com direito a auxílio-moradia, telefones fixos e celulares, plano de saúde vitalício, passagens aéreas, carro, motorista, dezenas de assessores, segurança, custando cada parlamentar cerca de R$ 170 mil aos cofres públicas, possa reclamar do que ganha, o que não pode fazer um trabalhador que recebe R$ 622,00 para trabalhos 8 horas diárias, ao contrário dos parlamentares, que só 'trabalham' três dias na semana.

Fica difícil entender qual a real interpretação do § 4º do Art. 39 da Constituição estabelecendo:
"O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI".

Como pode uma remuneração fixada em R$ 27 mil receber tantos penduricalhos e chegar à elevada soma de R$ 170 mil?
Qual é a mágica? O eleitor mais esclarecido gostaria de saber para entender melhor.


A cada episódio do tipo protagonizado por Ivo Cassol vem à mente de muimartos a indagação de sempre: "qual é mesmo a utilidade do Senado Federal?'

22 de março de 2012
Postado por Airton Leitão

Nenhum comentário:

Postar um comentário