Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
COURO DURO
Bastou o ex-presidente Lula recomendar que os ministros acusados de corrupção tivessem "couro duro" e resistissem às denúncias antes de jogarem a toalha, para que os últimos envolvidos em escândalos ensaiassem uma resistência patética. O ex-ministro do Esporte Orlando Silva esperneou muito antes de pedir para sair, e o máximo que conseguiu foi um enterro de primeira classe, com direito a salva de palmas e a declarações estranhíssimas da própria presidente, que afirmou que não perdera a confiança nele, mas, no entanto, abria mão de sua preciosa colaboração não se sabe bem por quê.
Já o ainda ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deixou-se levar pelo entusiasmo e piorou sua situação ao anunciar que só sairia do ministério "abatido à bala".
Tal resistência é um tanto exagerada e, mesmo como metáfora, seria mais produtiva para seus interesses se Lupi ameaçasse fazer um haraquiri em defesa de sua honra, em vez de ver alguém interessado em abatê-lo a tiros.
A provável saída do sexto ministro envolvido em denúncias de corrupção traz novamente à tona a responsabilidade do ex-presidente Lula, que foi o fiador de todos eles.
Tanta coincidência não é apenas constrangedora para a presidente Dilma como indica que há um método nessa divisão de feudos no governo, que obedece a uma distribuição de poder que Lula aprofundou com sua leniência e a presidente aceitou continuar, se não por comungar dos mesmos propósitos, por falta de força política para renegar, nunca por desconhecimento.
Chefe da Casa Civil durante a maior parte dos dois mandatos de Lula, beneficiária na sua eleição do apoio da coligação partidária que está representada em seu Ministério, a presidente Dilma conhecia a fundo cada um desses personagens e já tivera com o ministro do Trabalho um desentendimento que quase gerou a sua saída do ministério.
Na primeira discussão sobre o salário mínimo, Lupi, confirmado no cargo, passou a defender um montante maior do que a equipe econômica do novo governo havia estabelecido.
Criou um ambiente propício à dissidência de seu partido na votação em plenário, e, quando pressionado pelo Planalto, voltou atrás, não teve como controlar a bancada, e alguns deputados votaram por um mínimo maior.
Lupi foi colocado na geladeira e passou algumas reuniões de líderes partidários sem ser chamado.
Ele também já teve que enfrentar o Conselho de Ética do governo, na gestão Lula, quando foi identificado um conflito de interesses no acúmulo da função de ministro com a de presidente do PDT.
Ele resistiu até o ponto de colocar em xeque a própria existência do Conselho, e acabou tendo que ceder. Mas achou uma saída bem brasileira para o caso: continua informalmente à frente do PDT, mas sem ser seu presidente oficial, uma solução que preservou as aparências. O Conselho continuou a existir, embora claramente esvaziado, e o ministro do Trabalho continuou dando as cartas em seu partido.
A presidente Dilma está se aproveitando da situação para se livrar de todos os ministros que lhe foram impostos por Lula, demonstrando uma habilidade insuspeitada.
Passa à opinião pública a imagem de que prossegue na sua faxina ética, de que é menos conivente do que Lula com os "malfeitos" e, ao mesmo tempo, consegue não se atritar nem com o seu mentor político nem com as legendas que compõem sua base partidária, pois tem mantido rigorosamente inalterado o acordo que reserva para cada partido um feudo ministerial.
Cada ministro foi substituído por outro do mesmo partido, preservando o equilíbrio de forças na divisão ministerial.
O que já está ficando evidente, no entanto, é que ela não é tão avessa assim a esse tipo de jogo político, apenas tem um couro menos duro que o de Lula, ou se incomoda mais com as aparências.
Basta lembrar que Erenice Guerra, a pessoa de sua confiança que a substituiu na Casa Civil quando saiu para se candidatar, foi apanhada em "malfeitos", teve que ser substituída às pressas para não contaminar a candidatura, mas estava à vontade na cerimônia de posse de Dilma, meses depois, sem que nada tivesse acontecido de concreto a respeito do tráfico de influência que ela exercia no governo com seus parentes.
No caso atual do ministro do Trabalho, foi revelado que há três meses ele fora advertido de que havia irregularidades em seu território, o que mostra que os serviços de inteligência e fiscalização do governo encaminham informações ao Palácio do Planalto, que, no entanto, não age preventivamente, mas somente quando a imprensa descobre os "malfeitos".
A Polícia Federal já investiga os convênios do Ministério do Trabalho com ONGs há muito tempo.
A presidente claramente utiliza-se de uma tática para não brigar nem com os partidos aliados e muito menos com o ex-presidente Lula.
Há quem insinue que são os próprios aliados do Palácio do Planalto que vazam as denúncias para criar o clima político propício às demissões.
O fato é que a presidente Dilma não tem força política para brigar com Lula, nem com o PT, e está buscando uma forma de conviver com suas próprias contradições.
Tudo indica que ela não tem dificuldades de conviver com ministros corruptos, mas sim com ministros corruptos que são descobertos.
Essa derrubada em série de ministros - mesmo que Lupi ainda não tenha caído - indica que há algo de muito podre na formação dessa aliança governista no Congresso.
É uma evidência de que as relações políticas se baseiam em esquemas que frequentemente correm à margem das leis, e tirando os ministros, mas mantendo o mesmo esquema de poder nos feudos ministeriais, estamos caminhando para o enraizamento de um sistema político-partidário nefasto para a democracia brasileira.
O GLOBO, Novembro 09, 2011
MERVAL PEREIRA
A VERDADE CALA A BOCA DOS CANALHAS
Jornalista brilhante, autor de reportagens antológicas e livros indispensáveis, homem exemplarmente ético, o apresentador da TV Globo William Waack foi alvo nas últimas semanas de uma das mais repulsivas campanhas registradas na curta história da internet.
Nesta quinta-feira, um texto publicado no Observatório da Imprensa ─ e reproduzido na seção O País quer Saber ─ implodiu a torpeza concebida em parceria por blogueiros estatizados, velhotes que caíram na vida, farsantes arrendados por seitas e ressentidos incuráveis.
A partir de agora, quem tentar ressuscitar a invencionice abjeta terá de entender-se com a Justiça. A fila dos canalhas é de bom tamanho. Mas sempre cabe mais um.
10/11/2011 Direto ao Ponto
Augusto Nunes
De interlocutor a “informante”
TEXTO PUBLICADO NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA NESTA QUINTA-FEIRA
Marina Amaral e Natalia Viana
Fomos surpreendidas pela polêmica gerada por uma “notícia” publicada em um blog e reproduzida em grandes portais da internet de que o jornalista William Waack, da TV Globo, seria “informante” da embaixada americana – revelação que estaria dentre os documentos diplomáticos obtidos no ano passado pelo WikiLeaks. A notícia se espalhou pela internet, com grande repercussão nas redes sociais e no twitter. Chegou até mesmo ao site americano HuffingtonPost.
Alguns veículos reportaram ainda que Natalia Viana, uma das diretoras da Pública, como “representante do WikiLeaks no Brasil” teria confirmado tal informação. Dois equívocos: a jornalista Natalia Viana, não é, nem nunca foi, representante do WikiLeaks no Brasil. E não concordamos de modo algum que os documentos do WikiLeaks qualifiquem Waack como “informante” dos americanos.
Esclarecendo o primeiro ponto: em um trabalho voluntário para o WikiLeaks – organização que desafiou o jornalismo com sua exigência radical de transparência –, Natalia Viana foi responsável pela publicação e distribuição dos documentos diplomáticos referentes ao país, cujo conteúdo foi parcialmente relatado pelos jornais O Globo e Folha de S. Paulo,de novembro de 2010 a fevereiro deste ano.
Ao fundar a Pública, o primeiro centro de jornalismo investigativo do país, em abril deste ano, fechamos uma parceria com o WikiLeaks para trabalhar jornalisticamente com documentos obtidos pela organização de Julian Assange. Entre junho e agosto publicamos mais de 50 reportagens com base em documentos não publicados pela imprensa.
CULTIVAR FONTES
Em meio a documentos utilizados como base para uma reportagem que tratava da relação entre a mídia brasileira e a missão diplomática americana, havia, de fato, três documentos que citavam William Waack como interlocutor de representantes dos EUA em três ocasiões: duas vezes com o cônsul americano em São Paulo, e uma vez com o embaixador Thomas Shannon.
Em setembro de 2009, em um encontro com o cônsul na presença de Sérgio Fausto, à época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), Waack transmitiu uma versão, que circulava à época, de que os então governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, teriam acertado uma “chapa puro-sangue” do PSDB para disputar a presidência com Dilma Rousseff. O que, como sabemos hoje, jamais se concretizou.
Ao embaixador Thomas Shannon, em fevereiro de 2010, Waack teria dito que, em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostrado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”. Waack é classificado pelo embaixador como “crítico ferrenho” do governo Lula.
Em nenhuma passagem dos documentos se pede que a fonte (Waack) seja protegida – sinalizada pela observação de “please protect” (favor proteger) – que, nos documentos diplomáticos dos EUA, indicam fontes que passam informações relevantes, de bastidores ou internas. Há uma passagem dúbia em que se pode pensar que Waack é chamado de “insider”, mas nada na conversa aponta para o fato de ele ser mais do que um jornalista com algumas especulações sobre o futuro da disputa eleitoral.
O simples fato de um político, jornalista ou empresário ir até à embaixada ou ao consulado americano não significa que ele seja considerado um informante pelos diplomatas dos EUA. Como sabem diplomatas e jornalistas, representantes estrangeiros se reúnem o tempo todo com pessoas do país para se informar, sentir o que pensam determinados setores, para afinar sua visão sobre a política ou a economia do país; é esse o seu trabalho. Do mesmo modo, não se pode criticar políticos ou jornalistas por se aproximarem dos diplomatas, também com o objetivo de buscar informações ou cultivar fontes que possam trazer novidades sobre as relações bilaterais.
CONVICÇÕES POLÍTICAS
Waack foi apenas um dos jornalistas que conversaram com diplomatas americanos. Outros nomes – como Fernando Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ou Leonardo Sakamoto, jornalista que cobre e luta contra o trabalho escravo no país (e que é conselheiro da Pública) – também são citados nos documentos do WikiLeaks em conversas com diplomatas americanos.
Nada mais normal. Culpar um jornalista por ter conversado com um embaixador é como punir um mecânico por estar com as mãos sujas de graxa.
O fato de alguém ir ou não à embaixada só é notícia se o conteúdo da conversa é importante – uma informação de bastidor sobre o governo, por exemplo – ou se a própria visita à embaixada for algo que o público em geral jamais imaginaria.
É o caso, por exemplo, do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que segundo os documentos compartilhava abertamente com os americanos a antipatia em relação ao “antiamericanismo” do Itamaraty; não hesitou em contar que Evo Morales teria tido um tumor no nariz; e passou informações sobre a compra dos caças, de interesse comercial dos EUA, e sobre parcerias militares com outros países no combate ao narcotráfico.
Do mesmo modo, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu criticou Lula e o PT em um encontro com o ex-assessor do Departamento de Estado americano Bill Perry, isentando-se de responsabilidade pelo esquema que ficou conhecido como mensalão; e o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT, notório crítico da atuação americana e advogado de diversos integrantes do MST, contou bastidores do PT e do MST ao cônsul americano em São Paulo.
Já Wiliam Waack apenas transmitiu suas opiniões – a favor do PSDB e contra o PT – e arriscou palpites políticos em suas conversas com os diplomatas americanos. Talvez a preferência do jornalista da Globo pelo partido tucano seja algo não muito claro para o público que o assiste todo dia na televisão. Aqui, a polêmica é outra, e bem mais interessante: será que os jornalistas deveriam ser mais claros sobre as suas convicções políticas quando debatem o assunto diante do público? Infelizmente, todo o alvoroço que se fez sobre o caso jamais tocou nesse assunto.
AOS FATOS
Neste caso, como tem acontecido com uma velocidade impressionante, uma “notícia” mal apurada foi reproduzida por diversos veículos, na pressa de produzir mais, e não melhor.
Não há nada de novo no ar. Todos os documentos diplomáticos do WikiLeaks referentes ao Brasil estão disponíveis ao público desde julho deste ano. Dica da Pública: basta acessar o site www.cablesearchnet.orge buscar por palavra-chave para formar sua própria opinião sobre assunto.
Para nós, jornalistas, passado o vendaval de notícias, não seria má ideia se debruçar sobre esses ricos documentos que ainda escondem muitas histórias de interesse público e servem como ponto de partida para investigações relevantes. Ou será que já esquecemos as revelações sobre a prisão de suspeitos de terrorismo sob acusação de narcotráfico para “não levantar suspeitas”? Ou que 30 oficiais da DEA americana foram transferidos para o Brasil depois de expulsos da Bolívia por espionagem?
É hora, como dizemos na agência Pública, de deixar a polêmica vazia de lado e buscar os fatos.
Nesta quinta-feira, um texto publicado no Observatório da Imprensa ─ e reproduzido na seção O País quer Saber ─ implodiu a torpeza concebida em parceria por blogueiros estatizados, velhotes que caíram na vida, farsantes arrendados por seitas e ressentidos incuráveis.
A partir de agora, quem tentar ressuscitar a invencionice abjeta terá de entender-se com a Justiça. A fila dos canalhas é de bom tamanho. Mas sempre cabe mais um.
10/11/2011 Direto ao Ponto
Augusto Nunes
De interlocutor a “informante”
TEXTO PUBLICADO NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA NESTA QUINTA-FEIRA
Marina Amaral e Natalia Viana
Fomos surpreendidas pela polêmica gerada por uma “notícia” publicada em um blog e reproduzida em grandes portais da internet de que o jornalista William Waack, da TV Globo, seria “informante” da embaixada americana – revelação que estaria dentre os documentos diplomáticos obtidos no ano passado pelo WikiLeaks. A notícia se espalhou pela internet, com grande repercussão nas redes sociais e no twitter. Chegou até mesmo ao site americano HuffingtonPost.
Alguns veículos reportaram ainda que Natalia Viana, uma das diretoras da Pública, como “representante do WikiLeaks no Brasil” teria confirmado tal informação. Dois equívocos: a jornalista Natalia Viana, não é, nem nunca foi, representante do WikiLeaks no Brasil. E não concordamos de modo algum que os documentos do WikiLeaks qualifiquem Waack como “informante” dos americanos.
Esclarecendo o primeiro ponto: em um trabalho voluntário para o WikiLeaks – organização que desafiou o jornalismo com sua exigência radical de transparência –, Natalia Viana foi responsável pela publicação e distribuição dos documentos diplomáticos referentes ao país, cujo conteúdo foi parcialmente relatado pelos jornais O Globo e Folha de S. Paulo,de novembro de 2010 a fevereiro deste ano.
Ao fundar a Pública, o primeiro centro de jornalismo investigativo do país, em abril deste ano, fechamos uma parceria com o WikiLeaks para trabalhar jornalisticamente com documentos obtidos pela organização de Julian Assange. Entre junho e agosto publicamos mais de 50 reportagens com base em documentos não publicados pela imprensa.
CULTIVAR FONTES
Em meio a documentos utilizados como base para uma reportagem que tratava da relação entre a mídia brasileira e a missão diplomática americana, havia, de fato, três documentos que citavam William Waack como interlocutor de representantes dos EUA em três ocasiões: duas vezes com o cônsul americano em São Paulo, e uma vez com o embaixador Thomas Shannon.
Em setembro de 2009, em um encontro com o cônsul na presença de Sérgio Fausto, à época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), Waack transmitiu uma versão, que circulava à época, de que os então governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, teriam acertado uma “chapa puro-sangue” do PSDB para disputar a presidência com Dilma Rousseff. O que, como sabemos hoje, jamais se concretizou.
Ao embaixador Thomas Shannon, em fevereiro de 2010, Waack teria dito que, em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostrado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”. Waack é classificado pelo embaixador como “crítico ferrenho” do governo Lula.
Em nenhuma passagem dos documentos se pede que a fonte (Waack) seja protegida – sinalizada pela observação de “please protect” (favor proteger) – que, nos documentos diplomáticos dos EUA, indicam fontes que passam informações relevantes, de bastidores ou internas. Há uma passagem dúbia em que se pode pensar que Waack é chamado de “insider”, mas nada na conversa aponta para o fato de ele ser mais do que um jornalista com algumas especulações sobre o futuro da disputa eleitoral.
O simples fato de um político, jornalista ou empresário ir até à embaixada ou ao consulado americano não significa que ele seja considerado um informante pelos diplomatas dos EUA. Como sabem diplomatas e jornalistas, representantes estrangeiros se reúnem o tempo todo com pessoas do país para se informar, sentir o que pensam determinados setores, para afinar sua visão sobre a política ou a economia do país; é esse o seu trabalho. Do mesmo modo, não se pode criticar políticos ou jornalistas por se aproximarem dos diplomatas, também com o objetivo de buscar informações ou cultivar fontes que possam trazer novidades sobre as relações bilaterais.
CONVICÇÕES POLÍTICAS
Waack foi apenas um dos jornalistas que conversaram com diplomatas americanos. Outros nomes – como Fernando Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ou Leonardo Sakamoto, jornalista que cobre e luta contra o trabalho escravo no país (e que é conselheiro da Pública) – também são citados nos documentos do WikiLeaks em conversas com diplomatas americanos.
Nada mais normal. Culpar um jornalista por ter conversado com um embaixador é como punir um mecânico por estar com as mãos sujas de graxa.
O fato de alguém ir ou não à embaixada só é notícia se o conteúdo da conversa é importante – uma informação de bastidor sobre o governo, por exemplo – ou se a própria visita à embaixada for algo que o público em geral jamais imaginaria.
É o caso, por exemplo, do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que segundo os documentos compartilhava abertamente com os americanos a antipatia em relação ao “antiamericanismo” do Itamaraty; não hesitou em contar que Evo Morales teria tido um tumor no nariz; e passou informações sobre a compra dos caças, de interesse comercial dos EUA, e sobre parcerias militares com outros países no combate ao narcotráfico.
Do mesmo modo, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu criticou Lula e o PT em um encontro com o ex-assessor do Departamento de Estado americano Bill Perry, isentando-se de responsabilidade pelo esquema que ficou conhecido como mensalão; e o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT, notório crítico da atuação americana e advogado de diversos integrantes do MST, contou bastidores do PT e do MST ao cônsul americano em São Paulo.
Já Wiliam Waack apenas transmitiu suas opiniões – a favor do PSDB e contra o PT – e arriscou palpites políticos em suas conversas com os diplomatas americanos. Talvez a preferência do jornalista da Globo pelo partido tucano seja algo não muito claro para o público que o assiste todo dia na televisão. Aqui, a polêmica é outra, e bem mais interessante: será que os jornalistas deveriam ser mais claros sobre as suas convicções políticas quando debatem o assunto diante do público? Infelizmente, todo o alvoroço que se fez sobre o caso jamais tocou nesse assunto.
AOS FATOS
Neste caso, como tem acontecido com uma velocidade impressionante, uma “notícia” mal apurada foi reproduzida por diversos veículos, na pressa de produzir mais, e não melhor.
Não há nada de novo no ar. Todos os documentos diplomáticos do WikiLeaks referentes ao Brasil estão disponíveis ao público desde julho deste ano. Dica da Pública: basta acessar o site www.cablesearchnet.orge buscar por palavra-chave para formar sua própria opinião sobre assunto.
Para nós, jornalistas, passado o vendaval de notícias, não seria má ideia se debruçar sobre esses ricos documentos que ainda escondem muitas histórias de interesse público e servem como ponto de partida para investigações relevantes. Ou será que já esquecemos as revelações sobre a prisão de suspeitos de terrorismo sob acusação de narcotráfico para “não levantar suspeitas”? Ou que 30 oficiais da DEA americana foram transferidos para o Brasil depois de expulsos da Bolívia por espionagem?
É hora, como dizemos na agência Pública, de deixar a polêmica vazia de lado e buscar os fatos.
O CASO DA USP
QUEM QUISER SABER O QUE ACONTECE NA USP BASTA LEMBRAR QUE ESTA UNIVERSIDADE FOI E CONTINUA SENDO O BERÇO ACADÊMICO QUE AJUDA O PT A APARELHAR O PAÍS COM OS SEGUIDORES DO DECÁLOGO DE LÊNIN, QUE RECOMENDA EXPLICITAMENTE A CORRUPÇÃO DA JUVENTUDE.
LIBERDADE E DEMOCRACIA PARA ESSES MILITANTES DO PT É CONSUMIR DROGAS NO CAMPUS E FAZER DA UNIVERSIDADE UM BORDEL DA PROSTITUIÇÃO DA POLÍTICA, UM CAMPO DE TREINAMENTO PARA OS FUTUROS OCUPANTES DE CARGOS PÚBLICOS INDICADOS PELO PT.
É POR ESSAS E OUTRAS QUE A PRODUÇÃO UNIVERSITÁRIA DO PAÍS SEJA EM TALENTOS OU EMPREENDEDORISMO CIENTÍFICO ESTÁ DESPENCANDO NAS PESQUISAS INTERNACIONAIS.
GERALDO
LIBERDADE E DEMOCRACIA PARA ESSES MILITANTES DO PT É CONSUMIR DROGAS NO CAMPUS E FAZER DA UNIVERSIDADE UM BORDEL DA PROSTITUIÇÃO DA POLÍTICA, UM CAMPO DE TREINAMENTO PARA OS FUTUROS OCUPANTES DE CARGOS PÚBLICOS INDICADOS PELO PT.
É POR ESSAS E OUTRAS QUE A PRODUÇÃO UNIVERSITÁRIA DO PAÍS SEJA EM TALENTOS OU EMPREENDEDORISMO CIENTÍFICO ESTÁ DESPENCANDO NAS PESQUISAS INTERNACIONAIS.
GERALDO
QUADRILHEIROS
Chefes de quadrilha(3).
Delúbio Soares faz périplo em busca de apoio institucional ao projeto de seu site de compra e venda de imóveis sediado em Goiânia. O ex-tesoureiro do PT esteve na segunda-feira na direção do Creci-SP. No dia seguinte, participou da posse do novo dirigente da seção goiana do órgão, que congrega os corretores de imóveis. (Do Painel da Folha)
Postado por O EDITOR
Chefes de quadrilha(2).
De Brasília, José Dirceu tem orientado os pedetistas que se mobilizam na defesa da permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho a resistir "contra a mídia". De lá também saíram petardos contra petistas com assento no Planalto. E elogios ao vice, Michel Temer. (Do Painel da Folha)
Postado por O EDITOR
Chefes de quadrilha(1).
Com direito a fogos de artifício e a companhia de José Dirceu, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, lotou ontem uma churrascaria para celebrar 53 anos. Agnelo foi aclamado por mais de 600 aliados horas depois de a oposição entrar com cinco pedidos de impeachment contra ele e a Polícia Federal pedir autorização à Justiça para investigar se o governador recebeu propina. "Essa festa é a demostração de apoio político e da sociedade, que não quer mais o grupo político que afundou Brasília", disse Agnelo.
(Do Blog do Aleluia)
Delúbio Soares faz périplo em busca de apoio institucional ao projeto de seu site de compra e venda de imóveis sediado em Goiânia. O ex-tesoureiro do PT esteve na segunda-feira na direção do Creci-SP. No dia seguinte, participou da posse do novo dirigente da seção goiana do órgão, que congrega os corretores de imóveis. (Do Painel da Folha)
Postado por O EDITOR
Chefes de quadrilha(2).
De Brasília, José Dirceu tem orientado os pedetistas que se mobilizam na defesa da permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho a resistir "contra a mídia". De lá também saíram petardos contra petistas com assento no Planalto. E elogios ao vice, Michel Temer. (Do Painel da Folha)
Postado por O EDITOR
Chefes de quadrilha(1).
Com direito a fogos de artifício e a companhia de José Dirceu, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, lotou ontem uma churrascaria para celebrar 53 anos. Agnelo foi aclamado por mais de 600 aliados horas depois de a oposição entrar com cinco pedidos de impeachment contra ele e a Polícia Federal pedir autorização à Justiça para investigar se o governador recebeu propina. "Essa festa é a demostração de apoio político e da sociedade, que não quer mais o grupo político que afundou Brasília", disse Agnelo.
(Do Blog do Aleluia)
"EU TE AMO", DIZ LUPI PARA DILMA...
Este é o país da piada pronta.
Atolado na corrupção, com um orçamento de quase R$ 60 bilhões no FAT e outros quase R$ 50 bilhões no FGTS para gastar em 2011, o ministro do Trabalho do Brasil, Carlos Lupi, é uma excrescência.
Não tem nível. Não tem decoro.
Depois de dizer que só cai a bala e de grosso calibre porque é pesadão, ele acaba de lascar na Câmara: "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi minha intenção: eu te amo".
PODE???
coroneleaks
Atolado na corrupção, com um orçamento de quase R$ 60 bilhões no FAT e outros quase R$ 50 bilhões no FGTS para gastar em 2011, o ministro do Trabalho do Brasil, Carlos Lupi, é uma excrescência.
Não tem nível. Não tem decoro.
Depois de dizer que só cai a bala e de grosso calibre porque é pesadão, ele acaba de lascar na Câmara: "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi minha intenção: eu te amo".
PODE???
coroneleaks
O RIDÍCULO "BEIJA-MÃO"
A situação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi não é das melhores, o que até poderia ser visto como um elogio para as pessoas mais decentes, pois parlamentares do tipo do conhecidíssimo 'Paulinho da Força Sindical' e congêneres disseram não reconhecer o ministério como sendo ""do partido"", porque não o apóiam (seria um elogio, não é mesmo?). No governo, o ministro também caiu em desgraça e muitos apostam que Lupi não vai sobreviver até a reforma ministerial que ocorrerá no início do próximo ano."
Pela aparência, que demonstra uma certa repulsa,
parece que Dilma ainda não é uma veradeira política.
Caso não seja engano, ponto para ela.
Do blog Poder Online - portal IG
A ALMA MILITANTE: TODOS CONTRA UM
Artigos - Cultura
Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto?
Saudosos tempos aqueles em que os jovens esquerdistas investiam galhardamente contra cavalarianos armados de sabres! Atualmente eles se reúnem às centenas para intimidar um homem só, minoria absoluta no Congresso, e se acham uns heroizinhos por isso. Ou, montados no apoio do Estado e de ONGs bilionárias, se articulam maquiavelicamente para cortar os meios de subsistência de um pai de família que, perseguido e acuado em sua terra, vaga de país em país com a mulher e quatro filhos, rejeitado e humilhado por toda parte, sem ter onde cair morto.
Quem quiser conhecer a alma da juventude militante hoje em dia, dê uma espiada nos sites
http://pheeno.com.br/lifestyle/video-vaiado-bolsonaro-deixa-universidade-de-camburao e
http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/ noticiasfaltantes /perseguicao-anticrista/12426-ativistas-gays-cortam-a-conta-de-julio-severo-no-paypal.html.
Em ambos os casos, os ativistas imaginam, sentem e acreditam, no interior do seu teatrinho mental, que são ousados combatentes pela liberdade lutando contra o centro mesmo do poder opressor, quando na realidade são eles próprios o braço do maior esquema de poder que já se viu no mundo, a aliança do Estado com os organismos internacionais, as grandes fortunas globalistas e a mídia em peso, todos juntos contra focos isolados de resistência, ingênuos e desamparados idealistas que, certos ou errados, nada ganham e tudo arriscam para permanecer fiéis a seus valores.
É a caricatura grotesca, a inversão total da coragem cívica, a perda radical do senso da equivalência de forças, das leis do combate honroso que um dia prevaleceram até em brigas de rua, entre malandros, e hoje desapareceram por completo nos corações daqueles que, para cúmulo de ironia, continuam se achando a parcela mais esclarecida da população.
Quem os ensinou a ser assim? Quem arrancou de suas almas o sentimento mais elementar de justiça, de honra, de amor ao próximo e até mesmo daquela tolerância que tanto exaltam da boca para fora, substituindo-o pelo ódio projetivo, insano, misto de terror, que só enxerga no rosto do oponente a imagem do demônio que os intimida por dentro e os leva a sentir-se ameaçados quando ameaçam, perseguidos quando perseguem, oprimidos quando oprimem, odiados quando odeiam?
Quem os ensinou a temer a tal ponto os argumentos vindos de uma voz solitária que, ao menor risco de ouvi-la, sentem a necessidade de sufocá-la com gritos e ameaças, e acreditam ser isso a apoteose da democracia, da liberdade e dos direitos humanos? Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto? Quem os ensinou a imaginar a estrutura do poder de cabeça para baixo, com dois ou três cidadãos isolados e sem recursos no topo, e o conjunto das forças internacionais bilionárias em baixo, gemendo sob o jugo implacável de algum Jair Bolsonaro, Julio Severo ou Padre Lodi?
Quem os ensinou a enxergar "crimes de ódio", imputáveis à consciência religiosa, em cada assassinato de homossexuais praticado por garotos de programa, com toda a evidência homossexuais eles próprios, e desprovidos, é claro, de qualquer vestígio de escrúpulos religiosos? Quem os ensinou a proclamar, diante desses assassinatos, que "a Igreja tem as mãos sujas de sangue", quando o próprio Movimento Gay da Bahia confessa ser a maior parte deles cometida por profissionais do sexo e até hoje não se exibiu nem um único caso de homicídio cometido contra homossexuais por motivo de crença religiosa ou sentimentos conservadores?
Quem os ensinou a desprezar a tal ponto a realidade e apegar-se a lendas insanas, carregadas de ódio injusto contra inocentes que nunca lhes fizeram mal algum, além de discordar de suas opiniões, e que não têm aliás o mais mínimo meio de defesa contra os ataques multitudinários e bem subsidiados que se movem contra eles?
Posso explorar essas perguntas em artigos vindouros, mas nenhuma resposta vai jamais atenuar a estranheza de um fenômeno deprimente, abjeto, moralmente inaceitável: a perda do sentimento de justiça e de honra por toda uma geração de brasileiros.
Eu mesmo, quando escrevi O imbecil juvenil em 1998 (v. http://www.olavodecarvalho. org/textos/juvenil.htm), não esperava que o mecanismo sociológico ali descrito se tornasse, por assim dizer, oficializado, consagrando como virtudes cívicas a covardia, o servilismo grupal e o assalto coletivo a bodes expiatórios desproporcionalmente mais fracos.
Olavo de Carvalho, 25 Outubro 2011
Publicado no Diário do Comércio.
Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto?
Saudosos tempos aqueles em que os jovens esquerdistas investiam galhardamente contra cavalarianos armados de sabres! Atualmente eles se reúnem às centenas para intimidar um homem só, minoria absoluta no Congresso, e se acham uns heroizinhos por isso. Ou, montados no apoio do Estado e de ONGs bilionárias, se articulam maquiavelicamente para cortar os meios de subsistência de um pai de família que, perseguido e acuado em sua terra, vaga de país em país com a mulher e quatro filhos, rejeitado e humilhado por toda parte, sem ter onde cair morto.
Quem quiser conhecer a alma da juventude militante hoje em dia, dê uma espiada nos sites
http://pheeno.com.br/lifestyle/video-vaiado-bolsonaro-deixa-universidade-de-camburao e
http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/ noticiasfaltantes /perseguicao-anticrista/12426-ativistas-gays-cortam-a-conta-de-julio-severo-no-paypal.html.
Em ambos os casos, os ativistas imaginam, sentem e acreditam, no interior do seu teatrinho mental, que são ousados combatentes pela liberdade lutando contra o centro mesmo do poder opressor, quando na realidade são eles próprios o braço do maior esquema de poder que já se viu no mundo, a aliança do Estado com os organismos internacionais, as grandes fortunas globalistas e a mídia em peso, todos juntos contra focos isolados de resistência, ingênuos e desamparados idealistas que, certos ou errados, nada ganham e tudo arriscam para permanecer fiéis a seus valores.
É a caricatura grotesca, a inversão total da coragem cívica, a perda radical do senso da equivalência de forças, das leis do combate honroso que um dia prevaleceram até em brigas de rua, entre malandros, e hoje desapareceram por completo nos corações daqueles que, para cúmulo de ironia, continuam se achando a parcela mais esclarecida da população.
Quem os ensinou a ser assim? Quem arrancou de suas almas o sentimento mais elementar de justiça, de honra, de amor ao próximo e até mesmo daquela tolerância que tanto exaltam da boca para fora, substituindo-o pelo ódio projetivo, insano, misto de terror, que só enxerga no rosto do oponente a imagem do demônio que os intimida por dentro e os leva a sentir-se ameaçados quando ameaçam, perseguidos quando perseguem, oprimidos quando oprimem, odiados quando odeiam?
Quem os ensinou a temer a tal ponto os argumentos vindos de uma voz solitária que, ao menor risco de ouvi-la, sentem a necessidade de sufocá-la com gritos e ameaças, e acreditam ser isso a apoteose da democracia, da liberdade e dos direitos humanos? Quem os doutrinou para crer que qualquer desafio às suas convicções é crime e não pode ser tolerado nem por um minuto? Quem os ensinou a imaginar a estrutura do poder de cabeça para baixo, com dois ou três cidadãos isolados e sem recursos no topo, e o conjunto das forças internacionais bilionárias em baixo, gemendo sob o jugo implacável de algum Jair Bolsonaro, Julio Severo ou Padre Lodi?
Quem os ensinou a enxergar "crimes de ódio", imputáveis à consciência religiosa, em cada assassinato de homossexuais praticado por garotos de programa, com toda a evidência homossexuais eles próprios, e desprovidos, é claro, de qualquer vestígio de escrúpulos religiosos? Quem os ensinou a proclamar, diante desses assassinatos, que "a Igreja tem as mãos sujas de sangue", quando o próprio Movimento Gay da Bahia confessa ser a maior parte deles cometida por profissionais do sexo e até hoje não se exibiu nem um único caso de homicídio cometido contra homossexuais por motivo de crença religiosa ou sentimentos conservadores?
Quem os ensinou a desprezar a tal ponto a realidade e apegar-se a lendas insanas, carregadas de ódio injusto contra inocentes que nunca lhes fizeram mal algum, além de discordar de suas opiniões, e que não têm aliás o mais mínimo meio de defesa contra os ataques multitudinários e bem subsidiados que se movem contra eles?
Posso explorar essas perguntas em artigos vindouros, mas nenhuma resposta vai jamais atenuar a estranheza de um fenômeno deprimente, abjeto, moralmente inaceitável: a perda do sentimento de justiça e de honra por toda uma geração de brasileiros.
Eu mesmo, quando escrevi O imbecil juvenil em 1998 (v. http://www.olavodecarvalho. org/textos/juvenil.htm), não esperava que o mecanismo sociológico ali descrito se tornasse, por assim dizer, oficializado, consagrando como virtudes cívicas a covardia, o servilismo grupal e o assalto coletivo a bodes expiatórios desproporcionalmente mais fracos.
Olavo de Carvalho, 25 Outubro 2011
Publicado no Diário do Comércio.
GAYSTAPO VERDE-AMARELO
Artigos - Governo do PT
Disque-denúncia abre as portas para a repressão a tudo o que “ofende” os amantes do sexo anal e perversões semelhantes.
Está em plena atividade o telefone estatal especial criado para que praticantes do homossexualismo possam denunciar cidadãos do Brasil.
De acordo com o jornal Diário do Comércio, “O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) recebeu 856 denúncias de casos de homofobia no Brasil entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), as ligações totalizaram 2.432 violações aos direitos dos homossexuais, como violência e atendimento inadequado em delegacias, entre outros. O Estado de São Paulo lidera o ranking com 134 telefonemas sobre homofobia…”
O estado de São Paulo, onde foi aprovada uma lei anti-“homofobia” pelo PSDB em 2001, está na vanguarda de medidas políticas gayzistas. O PSDB está construindo no seu quintal paulistano todo um aparelho de repressão a favor da agenda gay. O Ministério Público Federal de São Paulo é o instrumento predileto dos ativistas gays. Embora com sede em Curitiba, no Paraná, a ABGLT, a maior entidade gay recebedora de verbas governamentais, só faz uso do MPF de São Paulo para reprimir os opositores, tendo inclusive já feito nesse MPF queixa contra o autor deste blog.
O Diário do Comércio não deu exemplo dos tipos de queixas que estão sendo feitas ao disque-denúncia, mas já expus o famoso caso de um jovem paulistano bêbado que foi multado em quase 15 mil reais apenas por ter chamado de “veado” um praticante do homossexualismo. De acordo com a lei anti-“homofobia” do Estado de São Paulo, a multa de 14.880 reais foi necessária porque a palavra “veado” provocou no homossexual declarado “constrangimento de ordem moral, em razão da sua orientação sexual, na modalidade de vexame, humilhação, aborrecimento e desconforto”.
Evidentemente, essa repressão não vale quando homossexuais provocam nas outras pessoas “constrangimento de ordem moral na modalidade de vexame, humilhação, aborrecimento e desconforto”, exibindo obscenidades publicamente na frente de famílias com suas crianças.
Na verdade, eles podem fazer isso e muito mais. Quando um homossexual pode se apresentar desrespeitosamente só de calcinha na frente dos deputados sem maiores consequências, é sinal de que, mesmo não tendo sido aprovada, a lei do privilégio já é realidade.
O disque-denúncia não foi criado para pessoas ofendidas pelos atos homossexuais. Foi criado apenas para que os homossexuais tenham as ferramentas certas para reprimir os que se sentem ofendidos com as obscenidades gays e com a infame agenda gay.
Essa paranoia tem a marca registrada do PT.
O disque denúncia foi lançado no ano passado por Maria do Rosário, a radical militante do PT que tem a pretensão ideológica de transformar em crime a autoridade dos pais de disciplinar os filhos fisicamente por desobediência. Os pais cristãos, que atendem diretamente ao mandamento bíblico de uso da vara em situações de rebeldia dos filhos, serão classificados como “criminosos”, se os planos de Rosário avançarem.
Como toda boa petista, Rosário não abre mão do aborto provocado como direito reprodutivo da mulher. Dê uma varada ou chinelada de correção em seu filho, e Rosário diz que sua atitude é crime. Mate seu filho antes de nascer, e Rosário dirá que esse assassinato é um sagrado direito reprodutivo de toda mulher.
O sonho dela é livrar as crianças do Brasil da “violência” da disciplina física dos pais e entregá-las às maravilhas do aprendizado estatal do sexo anal nas escolas.
Ela quer mudanças no ECA — em parceria com a ABGLT, que também quer “melhorias” no ECA —, para que as crianças sejam “protegidas” da autoridade corretiva dos pais. Os pais não podem se aproximar dos próprios filhos para discipliná-los, mas há total liberdade, com proteção governamental, para que crianças sejam levadas ao sexo anal através de porcas aulas de educação sexual.
Essa é a paranoia do PT: prisão para pais que exercem seu direito de usar a vara corretiva em seus filhos, e proteção e liberdade para mães que matam seus bebês antes de nascer ou para autoridades educacionais depravadas que treinam crianças para o sexo anal.
O que o Brasil precisa urgentemente é de um disque-denúncia de crimes homossexuais contra crianças. Milhares de meninos são vítimas de estupradores homossexuais no Brasil, mas o governo, em sua paranoia, dá proteção aos predadores, não às suas vítimas.
Qualquer autoridade governamental que esteja determinada a destruir a autoridade corretiva dos pais na vida dos filhos, dando em troca o “direito” e a “liberdade” de matar os filhos antes de nascer ou dando em troca aulas de sexo anal para crianças, precisa de uma camisa de força.
Os ativistas homossexuais recebem rios de dinheiro para elaborar materiais para doutrinar os filhos dos outros nas escolas, e não temos nenhum disque-denúncia para nos ajudar a denunciar esse crime.
O governo federal gasta milhões em políticas, eventos e leis para expandir a agenda gay na sociedade e nas escolas, e não temos nenhum disque-denúncia para denunciar esse vergonhoso investimento na sodomia.
Milhares de meninos são estuprados por homossexuais por ano, e não temos nenhum disque-denúncia para nos ajudar a cobrar do governo uma campanha ampla contra os predadores homossexuais. Pelo contrário, já denunciei várias defesas homossexuais à pedofilia, e o Ministério Público Federal e o próprio governo federal nem bocejam.
Luiz Mott, o maior líder homossexual do Brasil, vem há anos sinalizando preferências claramente pedófilas, especialmente quando apresentou publicamente um museu erótico alisando a estátua de um bebê pelado.
Contudo, em vez de ser enquadrado criminalmente, ele é alvo de condecorações e adulações governamentais. Ele aplaudiu quando a ABGLT, a maior organização gayzista do Brasil, se queixou de mim ao Ministério Público Federal.
Mas se nos queixarmos dos abusos que a agenda gay e seus cúmplices governamentais estão cometendo contra nós e nossos filhos, os militantes homossexuais “ofendidos” podem nos denunciar pelo disque-denúncia criado especialmente para os amantes do sexo anal e perversões semelhantes.
Se permitirmos que as denúncias estúpidas deles neutralizem nossa capacidade de reação e defesa de nossas famílias, a opressão deles contra nossos filhos passará de mera doutrinação homossexual nas escolas para alisamento físico e muito mais.
Nessa altura, se nada fizermos, poderemos ser denunciados e criminalizados se não entregarmos nossos filhos aos tarados de Sodoma.
Julio Severo | 28 Outubro 2011
Disque-denúncia abre as portas para a repressão a tudo o que “ofende” os amantes do sexo anal e perversões semelhantes.
Está em plena atividade o telefone estatal especial criado para que praticantes do homossexualismo possam denunciar cidadãos do Brasil.
De acordo com o jornal Diário do Comércio, “O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) recebeu 856 denúncias de casos de homofobia no Brasil entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), as ligações totalizaram 2.432 violações aos direitos dos homossexuais, como violência e atendimento inadequado em delegacias, entre outros. O Estado de São Paulo lidera o ranking com 134 telefonemas sobre homofobia…”
O estado de São Paulo, onde foi aprovada uma lei anti-“homofobia” pelo PSDB em 2001, está na vanguarda de medidas políticas gayzistas. O PSDB está construindo no seu quintal paulistano todo um aparelho de repressão a favor da agenda gay. O Ministério Público Federal de São Paulo é o instrumento predileto dos ativistas gays. Embora com sede em Curitiba, no Paraná, a ABGLT, a maior entidade gay recebedora de verbas governamentais, só faz uso do MPF de São Paulo para reprimir os opositores, tendo inclusive já feito nesse MPF queixa contra o autor deste blog.
O Diário do Comércio não deu exemplo dos tipos de queixas que estão sendo feitas ao disque-denúncia, mas já expus o famoso caso de um jovem paulistano bêbado que foi multado em quase 15 mil reais apenas por ter chamado de “veado” um praticante do homossexualismo. De acordo com a lei anti-“homofobia” do Estado de São Paulo, a multa de 14.880 reais foi necessária porque a palavra “veado” provocou no homossexual declarado “constrangimento de ordem moral, em razão da sua orientação sexual, na modalidade de vexame, humilhação, aborrecimento e desconforto”.
Evidentemente, essa repressão não vale quando homossexuais provocam nas outras pessoas “constrangimento de ordem moral na modalidade de vexame, humilhação, aborrecimento e desconforto”, exibindo obscenidades publicamente na frente de famílias com suas crianças.
Na verdade, eles podem fazer isso e muito mais. Quando um homossexual pode se apresentar desrespeitosamente só de calcinha na frente dos deputados sem maiores consequências, é sinal de que, mesmo não tendo sido aprovada, a lei do privilégio já é realidade.
O disque-denúncia não foi criado para pessoas ofendidas pelos atos homossexuais. Foi criado apenas para que os homossexuais tenham as ferramentas certas para reprimir os que se sentem ofendidos com as obscenidades gays e com a infame agenda gay.
Essa paranoia tem a marca registrada do PT.
O disque denúncia foi lançado no ano passado por Maria do Rosário, a radical militante do PT que tem a pretensão ideológica de transformar em crime a autoridade dos pais de disciplinar os filhos fisicamente por desobediência. Os pais cristãos, que atendem diretamente ao mandamento bíblico de uso da vara em situações de rebeldia dos filhos, serão classificados como “criminosos”, se os planos de Rosário avançarem.
Como toda boa petista, Rosário não abre mão do aborto provocado como direito reprodutivo da mulher. Dê uma varada ou chinelada de correção em seu filho, e Rosário diz que sua atitude é crime. Mate seu filho antes de nascer, e Rosário dirá que esse assassinato é um sagrado direito reprodutivo de toda mulher.
O sonho dela é livrar as crianças do Brasil da “violência” da disciplina física dos pais e entregá-las às maravilhas do aprendizado estatal do sexo anal nas escolas.
Ela quer mudanças no ECA — em parceria com a ABGLT, que também quer “melhorias” no ECA —, para que as crianças sejam “protegidas” da autoridade corretiva dos pais. Os pais não podem se aproximar dos próprios filhos para discipliná-los, mas há total liberdade, com proteção governamental, para que crianças sejam levadas ao sexo anal através de porcas aulas de educação sexual.
Essa é a paranoia do PT: prisão para pais que exercem seu direito de usar a vara corretiva em seus filhos, e proteção e liberdade para mães que matam seus bebês antes de nascer ou para autoridades educacionais depravadas que treinam crianças para o sexo anal.
O que o Brasil precisa urgentemente é de um disque-denúncia de crimes homossexuais contra crianças. Milhares de meninos são vítimas de estupradores homossexuais no Brasil, mas o governo, em sua paranoia, dá proteção aos predadores, não às suas vítimas.
Qualquer autoridade governamental que esteja determinada a destruir a autoridade corretiva dos pais na vida dos filhos, dando em troca o “direito” e a “liberdade” de matar os filhos antes de nascer ou dando em troca aulas de sexo anal para crianças, precisa de uma camisa de força.
Os ativistas homossexuais recebem rios de dinheiro para elaborar materiais para doutrinar os filhos dos outros nas escolas, e não temos nenhum disque-denúncia para nos ajudar a denunciar esse crime.
O governo federal gasta milhões em políticas, eventos e leis para expandir a agenda gay na sociedade e nas escolas, e não temos nenhum disque-denúncia para denunciar esse vergonhoso investimento na sodomia.
Milhares de meninos são estuprados por homossexuais por ano, e não temos nenhum disque-denúncia para nos ajudar a cobrar do governo uma campanha ampla contra os predadores homossexuais. Pelo contrário, já denunciei várias defesas homossexuais à pedofilia, e o Ministério Público Federal e o próprio governo federal nem bocejam.
Luiz Mott, o maior líder homossexual do Brasil, vem há anos sinalizando preferências claramente pedófilas, especialmente quando apresentou publicamente um museu erótico alisando a estátua de um bebê pelado.
Contudo, em vez de ser enquadrado criminalmente, ele é alvo de condecorações e adulações governamentais. Ele aplaudiu quando a ABGLT, a maior organização gayzista do Brasil, se queixou de mim ao Ministério Público Federal.
Mas se nos queixarmos dos abusos que a agenda gay e seus cúmplices governamentais estão cometendo contra nós e nossos filhos, os militantes homossexuais “ofendidos” podem nos denunciar pelo disque-denúncia criado especialmente para os amantes do sexo anal e perversões semelhantes.
Se permitirmos que as denúncias estúpidas deles neutralizem nossa capacidade de reação e defesa de nossas famílias, a opressão deles contra nossos filhos passará de mera doutrinação homossexual nas escolas para alisamento físico e muito mais.
Nessa altura, se nada fizermos, poderemos ser denunciados e criminalizados se não entregarmos nossos filhos aos tarados de Sodoma.
Julio Severo | 28 Outubro 2011
MALÍCIA, IRRESPONSABILIDADE E INGENUIDADE
Artigos - Governo do PT
A própria presidente tem interesses diretos em que não se acendam luzes sobre roubos, assaltos e assassinatos praticados e cometidos pela organização comunista que integrava.
Em "Pombas e gaviões" aduzi, já na capa, o alerta que caracteriza os dez textos que nele se contêm: os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal intencionados. É uma preocupação que os últimos anos vieram acrescentar às que eu já tinha em relação ao futuro de nosso país. Com efeito, considero coisa certa, provada pelos fatos, que a única tese efetivamente abandonada pela esquerda para tomada do poder é a tesa da luta armada. O camarada Gramsci acendeu um farol sobre a formação da hegemonia como estratégia alternativa e mais eficiente (anote aí à margem: fazer do ENEM porta única para entrada da universidade é parte disso).
O Senado Federal aprovou, como se previa, a criação da tal Comissão da Verdade. Haverá prova mais contundente de que usam e abusam da ingenuidade alheia? E de que a encontram, no parlamento brasileiro, em quantidade suficiente para aprovar uma coisa dessas?
A ideia original de Lula e dos seus era bem outra. Era abortar a anistia ainda em 1979. O jornalista José Nêumanne (autor do livro "O que sei de Lula"), em entrevista ao jornal O Globo no dia 29 de agosto passado, contou ter sido procurado, entre 1978 e 1979, pelo então presidente da Arena, Cláudio Lembo, para cumprir uma missão solicitada pelo general Golbery do Couto e Silva. Golbery queria apoio de Lula para a volta dos exilados. A reunião, testemunhada pelo jornalista, ocorreu num sítio. Qual a resposta de Lula? “Doutor Cláudio, fala para o general que eu não entro nessa porque eu quero que esses caras se danem. Os caras estão lá tomando vinho e vêm para cá mandar em nós?…”. O elevado critério moral de Lula não prevaleceu, a anistia aconteceu em 1979 e foi constitucionalizada em 1988.
Pois eis que coube ao próprio Lula, três décadas depois daquela reunião relatada por Nêumanne, enviar ao Congresso Nacional, no ano passado, o projeto da Comissão Nacional da Verdade. O mundo deu umas quantas voltas, é certo, mas em nada se comparam ao efeito giratório que as conveniências políticas determinam sobre a moral de certas pessoas. É esse projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e acaba de sair do forno do Senado. Como Lula não conseguiu abortar a anistia em 1979 e a tentativa de matá-la quando já tinha 31 anos foi inviabilizada pelo STF em abril do ano passado, restou a alternativa da Comissão da Verdade.
Os ingênuos acreditam no que está estabelecido no parágrafo primeiro da lei que cria a Comissão, segundo o qual lhe caberá "efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional". No entanto, qualquer pessoa que junte "b" com "a" para fazer "ba" sabe que o julgamento pretendido pelos que queriam revogar a Lei de Anistia será substituído, agora, por mero linchamento sem processo nem direito de defesa. Durante dois anos (anote aí que isso será prorrogado pelo tempo que convier politicamente à esquerda) teremos uma Comissão de sete membros, escolhidos autocraticamente pela presidente Dilma, para investigar metade da verdade, posto que os crimes cometidos pelos guerrilheiros da luta armada não integram o escopo da Comissão, segundo se depreende do conjunto de suas atribuições. A própria presidente tem interesses diretos em que não se acendam luzes sobre roubos, assaltos e assassinatos praticados e cometidos pela organização comunista que integrava.
A mim não me convence essa defesa dos direitos humanos com foco ideológico e com as refrações óticas determinadas pelo tempo. O SOS Tortura, telefone de denúncia instalado de outubro de 2001 a setembro de 2002, registrou 25 mil comunicações! Relativas a fatos da atualidade. Mas a única tortura que interessa à esquerda militante é a ocorrida num tempo em que esse tipo de crime, embora sempre repugnante e hediondo, sequer estava tipificado como tal no Código Penal brasileiro antes de 1997.
Por fim, reitero: tortura é coisa de degenerados. Torturador é monstro que deve arder na cela mais quente do inferno. Junto com seus assemelhados do terrorismo. Mas a anistia pacificou e encaminhou o país para a normalidade institucional ao longo de três décadas. É importante que se acendam luzes sobre o passado, mas sem essas pretensões de linchamento público, de vender meia verdade como verdade inteira, ou de transformar em heróis da democracia aqueles que lutaram por um regime totalitário infinitamente pior do que o regime autoritário que combatiam.
A verdade sobre períodos históricos nunca foi e jamais será determinada por uma comissão. Conceder autorização legal para que sete pessoas, nomeadas por uma oitava interessada, execute tal tarefa é ato legislativo para cuja aprovação se somam a inequívoca malícia de uns, a inaceitável irresponsabilidade de outros e a ingenuidade das pombas frente a voracidade dos gaviões.
Percival Puggina, 29 Outubro 2011
A própria presidente tem interesses diretos em que não se acendam luzes sobre roubos, assaltos e assassinatos praticados e cometidos pela organização comunista que integrava.
Em "Pombas e gaviões" aduzi, já na capa, o alerta que caracteriza os dez textos que nele se contêm: os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal intencionados. É uma preocupação que os últimos anos vieram acrescentar às que eu já tinha em relação ao futuro de nosso país. Com efeito, considero coisa certa, provada pelos fatos, que a única tese efetivamente abandonada pela esquerda para tomada do poder é a tesa da luta armada. O camarada Gramsci acendeu um farol sobre a formação da hegemonia como estratégia alternativa e mais eficiente (anote aí à margem: fazer do ENEM porta única para entrada da universidade é parte disso).
O Senado Federal aprovou, como se previa, a criação da tal Comissão da Verdade. Haverá prova mais contundente de que usam e abusam da ingenuidade alheia? E de que a encontram, no parlamento brasileiro, em quantidade suficiente para aprovar uma coisa dessas?
A ideia original de Lula e dos seus era bem outra. Era abortar a anistia ainda em 1979. O jornalista José Nêumanne (autor do livro "O que sei de Lula"), em entrevista ao jornal O Globo no dia 29 de agosto passado, contou ter sido procurado, entre 1978 e 1979, pelo então presidente da Arena, Cláudio Lembo, para cumprir uma missão solicitada pelo general Golbery do Couto e Silva. Golbery queria apoio de Lula para a volta dos exilados. A reunião, testemunhada pelo jornalista, ocorreu num sítio. Qual a resposta de Lula? “Doutor Cláudio, fala para o general que eu não entro nessa porque eu quero que esses caras se danem. Os caras estão lá tomando vinho e vêm para cá mandar em nós?…”. O elevado critério moral de Lula não prevaleceu, a anistia aconteceu em 1979 e foi constitucionalizada em 1988.
Pois eis que coube ao próprio Lula, três décadas depois daquela reunião relatada por Nêumanne, enviar ao Congresso Nacional, no ano passado, o projeto da Comissão Nacional da Verdade. O mundo deu umas quantas voltas, é certo, mas em nada se comparam ao efeito giratório que as conveniências políticas determinam sobre a moral de certas pessoas. É esse projeto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e acaba de sair do forno do Senado. Como Lula não conseguiu abortar a anistia em 1979 e a tentativa de matá-la quando já tinha 31 anos foi inviabilizada pelo STF em abril do ano passado, restou a alternativa da Comissão da Verdade.
Os ingênuos acreditam no que está estabelecido no parágrafo primeiro da lei que cria a Comissão, segundo o qual lhe caberá "efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional". No entanto, qualquer pessoa que junte "b" com "a" para fazer "ba" sabe que o julgamento pretendido pelos que queriam revogar a Lei de Anistia será substituído, agora, por mero linchamento sem processo nem direito de defesa. Durante dois anos (anote aí que isso será prorrogado pelo tempo que convier politicamente à esquerda) teremos uma Comissão de sete membros, escolhidos autocraticamente pela presidente Dilma, para investigar metade da verdade, posto que os crimes cometidos pelos guerrilheiros da luta armada não integram o escopo da Comissão, segundo se depreende do conjunto de suas atribuições. A própria presidente tem interesses diretos em que não se acendam luzes sobre roubos, assaltos e assassinatos praticados e cometidos pela organização comunista que integrava.
A mim não me convence essa defesa dos direitos humanos com foco ideológico e com as refrações óticas determinadas pelo tempo. O SOS Tortura, telefone de denúncia instalado de outubro de 2001 a setembro de 2002, registrou 25 mil comunicações! Relativas a fatos da atualidade. Mas a única tortura que interessa à esquerda militante é a ocorrida num tempo em que esse tipo de crime, embora sempre repugnante e hediondo, sequer estava tipificado como tal no Código Penal brasileiro antes de 1997.
Por fim, reitero: tortura é coisa de degenerados. Torturador é monstro que deve arder na cela mais quente do inferno. Junto com seus assemelhados do terrorismo. Mas a anistia pacificou e encaminhou o país para a normalidade institucional ao longo de três décadas. É importante que se acendam luzes sobre o passado, mas sem essas pretensões de linchamento público, de vender meia verdade como verdade inteira, ou de transformar em heróis da democracia aqueles que lutaram por um regime totalitário infinitamente pior do que o regime autoritário que combatiam.
A verdade sobre períodos históricos nunca foi e jamais será determinada por uma comissão. Conceder autorização legal para que sete pessoas, nomeadas por uma oitava interessada, execute tal tarefa é ato legislativo para cuja aprovação se somam a inequívoca malícia de uns, a inaceitável irresponsabilidade de outros e a ingenuidade das pombas frente a voracidade dos gaviões.
Percival Puggina, 29 Outubro 2011
O HOMEM-MASSA COMO BUROCRATA
Artigos - Cultura
Não é por acaso que, no vácuo de princípios intelectuais e morais genuínos, a burocracia alemã aderiu fielmente à ideologia nacional-socialista. Uma sociedade tradicionalmente servil ao Estado acabou encarnando uma ideologia perversa, pela isenção filosófica e moral e pelo culto da técnica.
Quando o ex-oficial nazista Adolf Eichmann foi capturado na Argentina por agentes do Mossad, o serviço secreto israelense, uma boa parte da opinião pensante achou que encontraria um monstro frio e diabólico. Sentiram-se frustrados. Se ele não fosse o responsável pelo massacre de judeus no Leste Europeu, qualquer pessoa veria no sujeito um burocrata mediano, uma criatura medíocre, que causaria indiferença, enfurnado em uma mesa de repartição pública. De fato, o mesmo se pôde esperar do capitão SS Rudolf Hoess, o chefão todo poderoso do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Em suas cartas e escritos, o sanguinário burocrata fala de seu emprego como um empreendimento maçante, estressante, menos cruel. Não havia remorso no que fazia, nem mesmo uma citação de clemência para suas vítimas. Ademais, ao lado de um dos maiores genocídios da história, o “respeitável” burocrata Hoess voltava em mais um dia de trabalho, beijava seus filhos e sua mulher, passeava pelos campos e parecia dormir calmamente. Jogar zyklon B nos judeus e cremá-los era um expediente tão estressante quanto marcar com carimbo uma boa papelada. Era, em suma, um ato impessoal. Como um burocrata, achava que fazia um bom serviço e tinha senso de dever. Tão assustador quanto o aspecto moral criminoso desses homens, era sua particular obsessão pela técnica, pela eficiência burocrática. Não havia contradição neles em beijar seus parentes e massacrar centenas de milhares de famílias judias inteiras. Eles poderiam ser o nosso vizinho ao lado, o sonolento funcionário que encontramos em uma mesa de escritório, ou mesmo um amigo de trabalho em uma festa de fim de semana.
Aí volto à questão do “senhorito arrogante”, do homem-massa do livro de Ortega y Gasset, “A Rebelião das Massas”. Alguns sujeitos ficaram escandalizados com as críticas que fiz a respeito da legião de bacharéis tecnocratas que hoje em dia são jogados pelas universidades brasileiras. Em particular, referia-me às faculdades de direito, onde os novos reizinhos querem moldar a sociedade pelo horizonte limitado de suas concepções meramente técnicas ou burocráticas. Há, no entanto, um vazio moral e filosófico perigoso na nova cepa de bacharéis. Eles não conseguem refletir em termos morais ou intelectuais genuínos, porém, em meras projeções sistêmicas e academicistas. Ou mais, crêem que as leis são um fim em si mesmo, tal qual a doutrina disseminada pelos juristas.
E existe algo bem pior: alguns se acham, inclusive, acima das leis. Sinceramente, o direito achado na academia dá náusea. É uma mera discussão de burocratas carreiristas por cargos públicos.
Aliás, a filosofia e história do direito, atualmente, são mal vistas. Na verdade, o que se convém chamar “filosofia do direito”, com algumas exceções, é mera discussão de grupos militantes, é mera ideologia. A erudição intelectual é algo virtualmente extinta nas universidades: o que há, de fato, é um proletariado cultural que destrói o conhecimento e o transforma em mera instrumentalização da retórica política. A sabedoria contemplativa, um bem precioso que existia até a época medieval, é um ser maldito nos tempos modernos. A meditação é inútil. O negócio mesmo é modificar o mundo sem entendê-lo. Ou instrumentalizar a técnica como uma interpretação gnóstica ou uma revelação divina do mundo.
Daí a existência de uma penca de juristas, promotores, juízes e advogados exigindo cada vez mais intervenção governamental na vida privada, em nome de “corrigir” ou “transformar” a sociedade, dentro de um voluntarismo pseudomoralizante. São os ativistas profissionais. O excesso de regulamentação que exigem do Congresso Nacional é o alargamento da “técnica” deles. Quando mais burocracia e leis, melhor para eles. Acabam controlando mais... é o mundo moldado pela tecnocracia jurídica.
É claro que em nosso país, essa obsessão por papeladas, por status burocrático e por títulos honoríficos de doutores não é de hoje. O culto da aparência intelectual formal, em detrimento do conteúdo essencial, é uma regra que existe desde que o romancista Lima Barreto escreveu uma sátira aos doutores, no famoso livro “Pais dos Bruzundangas”, no inicio do século XX. No entanto, algumas mazelas parecem se acentuar. O fenômeno da busca desenfreada do concurso público, dado um exemplo, constitui uma anomalia intelectual, social e econômica. É uma anomalia intelectual, pois o direcionamento do que se julga conhecer e desenvolver como “sabedoria” em universidades é meramente uma expressão técnica e formal do Estado. É uma anomalia social, pois constitui um agigantamento do Estado e uma diminuição de força política da sociedade civil privada. E é uma anomalia econômica, precisamente porque o Estado, que jamais foi produtor de riquezas, cada vez mais se apropria destas em favor de uma classe ociosa e inútil.
E há outro aspecto, que é mais grave: a mera instrumentalização da técnica e da retórica implica uma isenção moral dessa classe burocrática que hoje atua. Não me chocaria nem um pouco o porquê de existirem pessoas como Eichmamm ou Hoess no século XX. O burocrata frio que considera seu trabalho deportar populações inteiras a um campo de concentração, apenas no poder do carimbo, tem as mesmíssimas propensões da burocracia voluntariosa que ascende ao poder em nosso país e em alguns lugares do mundo. É uma classe de pessoas extremamente obediente, voluntariosa, corporativista e defensora de seus cargos de carreira. Entretanto, não são morais, no sentido tal como entendemos. Pelo contrário, a falta de um suporte intelectual e moral é ocupada pela técnica e preenchida pela ideologia. A adesão de uma boa parte da burocracia brasileira ao socialismo não é mera coincidência. É uma defesa férrea e apaixonada de um cadinho de poder pelo puro ativismo. A estatolatria se torna, por assim dizer, um “direito natural” do funcionário público.
A burocracia nazista, em parte, herdou a velha tradição prussiana, que via a sociedade como uma expressão técnica e extensiva do Estado. O Estado alemão tinha algo muito mais severo: era uma burocracia militarizada. Os funcionários públicos alemães usavam farda e compunham um exército. A disciplina militar obrigava ao funcionalismo ser obediente, em troca de favores e ascensão aos cargos públicos. E o sonho de cada prussiano médio era usar um uniforme e compor as fileiras do governo. Havia no povo alemão uma espécie de reverência quase religiosa pelos burocratas. Tal como engrenagens de um corpo sistêmico, a obediência estrita era lei. Não é por acaso que, no vácuo de princípios intelectuais e morais genuínos, a burocracia alemã aderiu fielmente à ideologia nacional-socialista. Uma sociedade tradicionalmente servil ao Estado acabou encarnando uma ideologia perversa, pela isenção filosófica e moral e pelo culto da técnica. Ou pelo favoritismo pessoal ativista.
O que o burocrata alemão médio perderia com o nazismo? Uma ideologia que diviniza o governo não somente o promove, como cria uma enormidade de prerrogativas e poderes jamais sonhados por eles. Massacrar judeus poderia ser um incômodo desagradável, maçante e estressante para alguns. E poderia ser até prazer para outros, fanatizados com a ideologia lunática da superioridade das raças de Hitler. Contudo, era algo compensável, já que a burocracia não pensa em outra coisa, senão em buscar status e mais status em órgãos públicos. Uma boa parte, senão a maioria dos alemães, talvez detestasse a idéia de crer que o seu governo estivesse massacrando os judeus. No entanto, o conforto material enganoso do Estado nazista parecia redimir o preço a ser pago por um grande crime. Quando Eichmamm foi interrogado num tribunal israelense, sobre os motivos de ter matado aquelas pessoas, aquele burocrata sonolento, submisso, insignificante, dizia que apenas recebia ordens. O protótipo do homem-massa, do senhorito arrogante, não contemplava outra coisa senão a obrigação de seguir a técnica e o oficio de um burocrata.
Em cada acadêmico tecnocrata pomposo e ativista, em cada burocrata voluntarioso, em cada funcionário público tapado, devemos ver sempre um potencial Eichmamm ou um Hoess, e ficarmos atentos. São “‘senhoritos satisfeitos’ e estupidamente arrogantes”. Os fascismos e demais socialismos têm muito a dever a esses tipos humanos. É a rebelião das massas sob o signo da falsa instrução e a falsa indignação moral, nivelando a cultura e os valores por baixo. E no final das contas, é tão somente o desejo de poder de pessoas medianas, incapazes de entender os dilemas graves de suas responsabilidades e os valores da civilização.
Leonardo Bruno, 29 Outubro 2011
Não é por acaso que, no vácuo de princípios intelectuais e morais genuínos, a burocracia alemã aderiu fielmente à ideologia nacional-socialista. Uma sociedade tradicionalmente servil ao Estado acabou encarnando uma ideologia perversa, pela isenção filosófica e moral e pelo culto da técnica.
Quando o ex-oficial nazista Adolf Eichmann foi capturado na Argentina por agentes do Mossad, o serviço secreto israelense, uma boa parte da opinião pensante achou que encontraria um monstro frio e diabólico. Sentiram-se frustrados. Se ele não fosse o responsável pelo massacre de judeus no Leste Europeu, qualquer pessoa veria no sujeito um burocrata mediano, uma criatura medíocre, que causaria indiferença, enfurnado em uma mesa de repartição pública. De fato, o mesmo se pôde esperar do capitão SS Rudolf Hoess, o chefão todo poderoso do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.
Em suas cartas e escritos, o sanguinário burocrata fala de seu emprego como um empreendimento maçante, estressante, menos cruel. Não havia remorso no que fazia, nem mesmo uma citação de clemência para suas vítimas. Ademais, ao lado de um dos maiores genocídios da história, o “respeitável” burocrata Hoess voltava em mais um dia de trabalho, beijava seus filhos e sua mulher, passeava pelos campos e parecia dormir calmamente. Jogar zyklon B nos judeus e cremá-los era um expediente tão estressante quanto marcar com carimbo uma boa papelada. Era, em suma, um ato impessoal. Como um burocrata, achava que fazia um bom serviço e tinha senso de dever. Tão assustador quanto o aspecto moral criminoso desses homens, era sua particular obsessão pela técnica, pela eficiência burocrática. Não havia contradição neles em beijar seus parentes e massacrar centenas de milhares de famílias judias inteiras. Eles poderiam ser o nosso vizinho ao lado, o sonolento funcionário que encontramos em uma mesa de escritório, ou mesmo um amigo de trabalho em uma festa de fim de semana.
Aí volto à questão do “senhorito arrogante”, do homem-massa do livro de Ortega y Gasset, “A Rebelião das Massas”. Alguns sujeitos ficaram escandalizados com as críticas que fiz a respeito da legião de bacharéis tecnocratas que hoje em dia são jogados pelas universidades brasileiras. Em particular, referia-me às faculdades de direito, onde os novos reizinhos querem moldar a sociedade pelo horizonte limitado de suas concepções meramente técnicas ou burocráticas. Há, no entanto, um vazio moral e filosófico perigoso na nova cepa de bacharéis. Eles não conseguem refletir em termos morais ou intelectuais genuínos, porém, em meras projeções sistêmicas e academicistas. Ou mais, crêem que as leis são um fim em si mesmo, tal qual a doutrina disseminada pelos juristas.
E existe algo bem pior: alguns se acham, inclusive, acima das leis. Sinceramente, o direito achado na academia dá náusea. É uma mera discussão de burocratas carreiristas por cargos públicos.
Aliás, a filosofia e história do direito, atualmente, são mal vistas. Na verdade, o que se convém chamar “filosofia do direito”, com algumas exceções, é mera discussão de grupos militantes, é mera ideologia. A erudição intelectual é algo virtualmente extinta nas universidades: o que há, de fato, é um proletariado cultural que destrói o conhecimento e o transforma em mera instrumentalização da retórica política. A sabedoria contemplativa, um bem precioso que existia até a época medieval, é um ser maldito nos tempos modernos. A meditação é inútil. O negócio mesmo é modificar o mundo sem entendê-lo. Ou instrumentalizar a técnica como uma interpretação gnóstica ou uma revelação divina do mundo.
Daí a existência de uma penca de juristas, promotores, juízes e advogados exigindo cada vez mais intervenção governamental na vida privada, em nome de “corrigir” ou “transformar” a sociedade, dentro de um voluntarismo pseudomoralizante. São os ativistas profissionais. O excesso de regulamentação que exigem do Congresso Nacional é o alargamento da “técnica” deles. Quando mais burocracia e leis, melhor para eles. Acabam controlando mais... é o mundo moldado pela tecnocracia jurídica.
É claro que em nosso país, essa obsessão por papeladas, por status burocrático e por títulos honoríficos de doutores não é de hoje. O culto da aparência intelectual formal, em detrimento do conteúdo essencial, é uma regra que existe desde que o romancista Lima Barreto escreveu uma sátira aos doutores, no famoso livro “Pais dos Bruzundangas”, no inicio do século XX. No entanto, algumas mazelas parecem se acentuar. O fenômeno da busca desenfreada do concurso público, dado um exemplo, constitui uma anomalia intelectual, social e econômica. É uma anomalia intelectual, pois o direcionamento do que se julga conhecer e desenvolver como “sabedoria” em universidades é meramente uma expressão técnica e formal do Estado. É uma anomalia social, pois constitui um agigantamento do Estado e uma diminuição de força política da sociedade civil privada. E é uma anomalia econômica, precisamente porque o Estado, que jamais foi produtor de riquezas, cada vez mais se apropria destas em favor de uma classe ociosa e inútil.
E há outro aspecto, que é mais grave: a mera instrumentalização da técnica e da retórica implica uma isenção moral dessa classe burocrática que hoje atua. Não me chocaria nem um pouco o porquê de existirem pessoas como Eichmamm ou Hoess no século XX. O burocrata frio que considera seu trabalho deportar populações inteiras a um campo de concentração, apenas no poder do carimbo, tem as mesmíssimas propensões da burocracia voluntariosa que ascende ao poder em nosso país e em alguns lugares do mundo. É uma classe de pessoas extremamente obediente, voluntariosa, corporativista e defensora de seus cargos de carreira. Entretanto, não são morais, no sentido tal como entendemos. Pelo contrário, a falta de um suporte intelectual e moral é ocupada pela técnica e preenchida pela ideologia. A adesão de uma boa parte da burocracia brasileira ao socialismo não é mera coincidência. É uma defesa férrea e apaixonada de um cadinho de poder pelo puro ativismo. A estatolatria se torna, por assim dizer, um “direito natural” do funcionário público.
A burocracia nazista, em parte, herdou a velha tradição prussiana, que via a sociedade como uma expressão técnica e extensiva do Estado. O Estado alemão tinha algo muito mais severo: era uma burocracia militarizada. Os funcionários públicos alemães usavam farda e compunham um exército. A disciplina militar obrigava ao funcionalismo ser obediente, em troca de favores e ascensão aos cargos públicos. E o sonho de cada prussiano médio era usar um uniforme e compor as fileiras do governo. Havia no povo alemão uma espécie de reverência quase religiosa pelos burocratas. Tal como engrenagens de um corpo sistêmico, a obediência estrita era lei. Não é por acaso que, no vácuo de princípios intelectuais e morais genuínos, a burocracia alemã aderiu fielmente à ideologia nacional-socialista. Uma sociedade tradicionalmente servil ao Estado acabou encarnando uma ideologia perversa, pela isenção filosófica e moral e pelo culto da técnica. Ou pelo favoritismo pessoal ativista.
O que o burocrata alemão médio perderia com o nazismo? Uma ideologia que diviniza o governo não somente o promove, como cria uma enormidade de prerrogativas e poderes jamais sonhados por eles. Massacrar judeus poderia ser um incômodo desagradável, maçante e estressante para alguns. E poderia ser até prazer para outros, fanatizados com a ideologia lunática da superioridade das raças de Hitler. Contudo, era algo compensável, já que a burocracia não pensa em outra coisa, senão em buscar status e mais status em órgãos públicos. Uma boa parte, senão a maioria dos alemães, talvez detestasse a idéia de crer que o seu governo estivesse massacrando os judeus. No entanto, o conforto material enganoso do Estado nazista parecia redimir o preço a ser pago por um grande crime. Quando Eichmamm foi interrogado num tribunal israelense, sobre os motivos de ter matado aquelas pessoas, aquele burocrata sonolento, submisso, insignificante, dizia que apenas recebia ordens. O protótipo do homem-massa, do senhorito arrogante, não contemplava outra coisa senão a obrigação de seguir a técnica e o oficio de um burocrata.
Em cada acadêmico tecnocrata pomposo e ativista, em cada burocrata voluntarioso, em cada funcionário público tapado, devemos ver sempre um potencial Eichmamm ou um Hoess, e ficarmos atentos. São “‘senhoritos satisfeitos’ e estupidamente arrogantes”. Os fascismos e demais socialismos têm muito a dever a esses tipos humanos. É a rebelião das massas sob o signo da falsa instrução e a falsa indignação moral, nivelando a cultura e os valores por baixo. E no final das contas, é tão somente o desejo de poder de pessoas medianas, incapazes de entender os dilemas graves de suas responsabilidades e os valores da civilização.
Leonardo Bruno, 29 Outubro 2011
O CÂNCER DE LULA: CASTIGO DIVINO?
Artigos - Religião
O pecado está firmemente enraizado na natureza humana, trazendo morte, destruição e doenças. Por isso, pessoas que nunca mataram nem fizeram 1 por cento das maldades que Lula cometeu pegam câncer.
Com a notícia recente de que Lula está com câncer, alguns comentaram alegremente que enfim o juízo de Deus chegou, como se o câncer tivesse sido alguma sentença divina.
De fato, Lula foi perverso em seu governo. Provavelmente, o mais pervertido presidente do Brasil. Seu governo tratou bem os terroristas, como Cesare Battisti, Fidel Castro e Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irã.
* O terrorista comunista Battisti foi condenado por pelo menos quatro assassinatos na Itália. Mesmo assim, Lula mexeu todos os pauzinhos possíveis para que o governo brasileiro abrigasse o terrorista. (Mas o que Lula não suporta é a aflição dos inocentes: quando três atletas cubanos pediram asilo político no Brasil, o governo de Lula prontamente os devolveu aos braços amorosos de Fidel Castro. Não há nada que um socialista abomine mais do que ajudar inocentes.)
* O ditador comunista Castro já matou mais seres humanos do que baratas e moscas.
* O terrorista islâmico Ahmadinejad defende publicamente a destruição de Israel.
Lula é amigo deles.
Isso não é tudo. Seu governo passou oito anos tentando impor, em nome dos direitos humanos, o aborto na sociedade brasileira. Seu governo, desde o início, trabalhou febrilmente para impor a agenda gay não só no Brasil, mas também no mundo inteiro. Em 2003, o governo brasileiro sob Lula apresentou na ONU uma resolução pioneira classificando o homossexualismo como direito humano inalienável. Foi a primeira vez que um governo pediu para a ONU sacralizar a sodomia.
Depois de tudo isso, um câncer é um castigo?
Não tenho a menor dúvida de que Deus castiga aqueles que afrontam Sua santidade, e Lula não teve receio nenhum de afrontá-la repetidamente. Apesar disso, o câncer não é em si castigo.
Claro que em Sua soberania, Deus pode permitir que doenças e pestes sejam castigo, conforme confirma a Palavra de Deus: “Então enviou o SENHOR a peste a Israel, desde a manhã até ao tempo determinado; e desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.” (2 Samuel 24:15 ACF) Mas de forma geral, a doença está ligada à condição humana.
Desde que o pecado entrou na raça humana através da desobediência de Eva e Adão, todos merecemos morrer. Todos merecemos destruição e sofrimento, pois o pecado não faz outra coisa que trazê-los. E o pecado está em toda parte, tanto em pobres quanto em ricos, tanto em negros quanto brancos, tanto em religiosos quanto não religiosos. O pecado está firmemente enraizado na natureza humana, trazendo morte, destruição e doenças.
Por isso, pessoas que nunca mataram nem fizeram 1 por cento das maldades que Lula cometeu pegam câncer. Quase 25 anos atrás, visitei em São Paulo um hospital de crianças com câncer. Fiquei observando um bebê de poucas semanas cujos pais moravam no Nordeste. Eu estava no horário de visitas, e várias crianças estavam recebendo a visita de seus pais e parentes. Mas o bebê estava só. Orei por ele ali, com o coração cheio de compaixão. Orei também pelos pais dele, que eram pobres e não tinham condições de viajar a São Paulo. Voltei a visitar esse hospital outras vezes, e me doía o coração ver o bebê sozinho. Continuei orando por ele.
O câncer e muitas outras doenças e tragédias são o preço do pecado que está presente na humanidade, de modo que não penso que o câncer de Lula é em si um castigo divino. O real castigo está para vir. Será justo, rigoroso e eterno.
Em seu ministério terreno, Jesus passou grande parte do tempo pregando o Evangelho do Reino de Deus e fazendo milagres, especialmente curando os enfermos. Afinal, a doença é uma das ramificações do pecado. Talvez, por termos nos acostumado tanto à medicina, tenhamos nos esquecido de que um dos ministérios de Jesus para nós é a cura da nossa alma e corpo. Ele não abdicou desse ministério de que tanto precisamos.
Talvez também tenhamos nos esquecido de que quem mais nos alertou sobre o inferno foi o próprio Senhor Jesus. Nenhum sofrimento de câncer se compara ao castigo que uma alma sofre ao partir deste mundo sem ter entregado sua vida aos pés de Jesus Cristo. A condenação para todos aqueles que rejeitam ou não vivem o Evangelho é uma só: o inferno eterno. Esse é o castigo.
Não há punição mais justa e inescapável do que o sofrimento eterno no inferno. E ninguém pode barganhar com Deus para se livrar desse castigo.
Apesar de todas as maldades de Lula, penso que Deus pode salvá-lo de sofrer eternamente as consequências de suas próprias perversidades. Foi para esse propósito que Jesus veio, morreu e ressuscitou: para nos salvar.
Penso também que muitas pessoas estão orando por Lula. Se aprouver a Deus tocar nele, e ele responder positivamente ao convite que vem do céu, ficaremos maravilhados com um homem confessando publicamente que pecou contra o Brasil e suas famílias. Veremos também esse homem confessando publicamente o Senhor Jesus Cristo, reconhecendo o Reino de Deus e sua justiça indestrutível e eterna.
Creio em milagres, pois sou seguidor de Jesus Cristo, que me deu o maior dos milagres: resgatou minha vida do pecado e da condenação do inferno. E ele continua fazendo esse milagre em milhões de pessoas.
Ele pode fazer esse milagre na vida de Lula. Afinal, Lula é um grande pecador, e Jesus é um grande Salvador.
Julio Severo | 01 Novembro 2011
O pecado está firmemente enraizado na natureza humana, trazendo morte, destruição e doenças. Por isso, pessoas que nunca mataram nem fizeram 1 por cento das maldades que Lula cometeu pegam câncer.
Com a notícia recente de que Lula está com câncer, alguns comentaram alegremente que enfim o juízo de Deus chegou, como se o câncer tivesse sido alguma sentença divina.
De fato, Lula foi perverso em seu governo. Provavelmente, o mais pervertido presidente do Brasil. Seu governo tratou bem os terroristas, como Cesare Battisti, Fidel Castro e Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irã.
* O terrorista comunista Battisti foi condenado por pelo menos quatro assassinatos na Itália. Mesmo assim, Lula mexeu todos os pauzinhos possíveis para que o governo brasileiro abrigasse o terrorista. (Mas o que Lula não suporta é a aflição dos inocentes: quando três atletas cubanos pediram asilo político no Brasil, o governo de Lula prontamente os devolveu aos braços amorosos de Fidel Castro. Não há nada que um socialista abomine mais do que ajudar inocentes.)
* O ditador comunista Castro já matou mais seres humanos do que baratas e moscas.
* O terrorista islâmico Ahmadinejad defende publicamente a destruição de Israel.
Lula é amigo deles.
Isso não é tudo. Seu governo passou oito anos tentando impor, em nome dos direitos humanos, o aborto na sociedade brasileira. Seu governo, desde o início, trabalhou febrilmente para impor a agenda gay não só no Brasil, mas também no mundo inteiro. Em 2003, o governo brasileiro sob Lula apresentou na ONU uma resolução pioneira classificando o homossexualismo como direito humano inalienável. Foi a primeira vez que um governo pediu para a ONU sacralizar a sodomia.
Depois de tudo isso, um câncer é um castigo?
Não tenho a menor dúvida de que Deus castiga aqueles que afrontam Sua santidade, e Lula não teve receio nenhum de afrontá-la repetidamente. Apesar disso, o câncer não é em si castigo.
Claro que em Sua soberania, Deus pode permitir que doenças e pestes sejam castigo, conforme confirma a Palavra de Deus: “Então enviou o SENHOR a peste a Israel, desde a manhã até ao tempo determinado; e desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.” (2 Samuel 24:15 ACF) Mas de forma geral, a doença está ligada à condição humana.
Desde que o pecado entrou na raça humana através da desobediência de Eva e Adão, todos merecemos morrer. Todos merecemos destruição e sofrimento, pois o pecado não faz outra coisa que trazê-los. E o pecado está em toda parte, tanto em pobres quanto em ricos, tanto em negros quanto brancos, tanto em religiosos quanto não religiosos. O pecado está firmemente enraizado na natureza humana, trazendo morte, destruição e doenças.
Por isso, pessoas que nunca mataram nem fizeram 1 por cento das maldades que Lula cometeu pegam câncer. Quase 25 anos atrás, visitei em São Paulo um hospital de crianças com câncer. Fiquei observando um bebê de poucas semanas cujos pais moravam no Nordeste. Eu estava no horário de visitas, e várias crianças estavam recebendo a visita de seus pais e parentes. Mas o bebê estava só. Orei por ele ali, com o coração cheio de compaixão. Orei também pelos pais dele, que eram pobres e não tinham condições de viajar a São Paulo. Voltei a visitar esse hospital outras vezes, e me doía o coração ver o bebê sozinho. Continuei orando por ele.
O câncer e muitas outras doenças e tragédias são o preço do pecado que está presente na humanidade, de modo que não penso que o câncer de Lula é em si um castigo divino. O real castigo está para vir. Será justo, rigoroso e eterno.
Em seu ministério terreno, Jesus passou grande parte do tempo pregando o Evangelho do Reino de Deus e fazendo milagres, especialmente curando os enfermos. Afinal, a doença é uma das ramificações do pecado. Talvez, por termos nos acostumado tanto à medicina, tenhamos nos esquecido de que um dos ministérios de Jesus para nós é a cura da nossa alma e corpo. Ele não abdicou desse ministério de que tanto precisamos.
Talvez também tenhamos nos esquecido de que quem mais nos alertou sobre o inferno foi o próprio Senhor Jesus. Nenhum sofrimento de câncer se compara ao castigo que uma alma sofre ao partir deste mundo sem ter entregado sua vida aos pés de Jesus Cristo. A condenação para todos aqueles que rejeitam ou não vivem o Evangelho é uma só: o inferno eterno. Esse é o castigo.
Não há punição mais justa e inescapável do que o sofrimento eterno no inferno. E ninguém pode barganhar com Deus para se livrar desse castigo.
Apesar de todas as maldades de Lula, penso que Deus pode salvá-lo de sofrer eternamente as consequências de suas próprias perversidades. Foi para esse propósito que Jesus veio, morreu e ressuscitou: para nos salvar.
Penso também que muitas pessoas estão orando por Lula. Se aprouver a Deus tocar nele, e ele responder positivamente ao convite que vem do céu, ficaremos maravilhados com um homem confessando publicamente que pecou contra o Brasil e suas famílias. Veremos também esse homem confessando publicamente o Senhor Jesus Cristo, reconhecendo o Reino de Deus e sua justiça indestrutível e eterna.
Creio em milagres, pois sou seguidor de Jesus Cristo, que me deu o maior dos milagres: resgatou minha vida do pecado e da condenação do inferno. E ele continua fazendo esse milagre em milhões de pessoas.
Ele pode fazer esse milagre na vida de Lula. Afinal, Lula é um grande pecador, e Jesus é um grande Salvador.
Julio Severo | 01 Novembro 2011
A CALÚNIA DO APARTHEID EM ISRAEL
Artigos - Desinformação
Israel, caso único entre as democracias, está em um estado de guerra com muitos dos seus vizinhos que se recusam a aceitar a sua existência. Mesmo alguns árabes israelenses, por serem cidadãos de Israel, vêem-se por vezes sob suspeita de outros árabes como resultado desta inimizade de longa data.
Pedido da Autoridade Palestina para ser aceita como membro pleno nas Nações Unidas aumentou a pressão pela solução de dois Estados. A necessidade de reconciliação entre israelenses e palestinos nunca foi tão grande. Por isso, é importante separar a crítica legítima a Israel de ataques que visam isolá-lo, demonizá-lo e deslegitimá-lo.
Uma acusação particularmente perniciosa e duradoura é a de que Israel adota políticas de apartheid. Na Cidade do Cabo (África do Sul), a partir do próximo sábado, uma organização não-governamental com sede em Londres chamada Tribunal Russell sobre a Palestina vai realizar uma "audiência" sobre se Israel é culpado do crime de apartheid. Não será um "tribunal". As "evidências" serão unilaterais e os membros do "júri" são críticos cujas duras posições contra Israel são bem conhecidas.
Apesar de o termo "apartheid" poder ter um significado mais amplo, sua utilização destina-se a evocar a situação pré-1994 na África do Sul. Esta é uma calúnia injusta e imprecisa contra Israel, calculada para retardar, ao invés de avançar, as negociações de paz.
Eu conheço muito bem a crueldade do repugnante sistema de apartheid na África do Sul, em que os seres humanos caracterizados como negros não tinham direito a votar, ocupar cargos políticos, usar praias ou banheiros "brancos", casar com brancos, viver em áreas só para brancos ou até mesmo estar lá sem um passe. Negros gravemente feridos em acidentes de carro eram deixados sangrar até a morte, se não houvesse ambulância "negra" para levá-los a um hospital "negro". Hospitais “brancos” eram proibidos de salvar suas vidas.
Ao avaliar a acusação de que Israel adota políticas de apartheid que são, por definição, principalmente sobre raça ou etnia, é importante primeiro fazer a distinção entre as situações em Israel, onde os árabes são cidadãos, e em áreas da Cisjordânia que permanecem sob o controle israelense na ausência de um acordo de paz.
Em Israel, não há apartheid. Nada chega perto da definição de apartheid nos termos do Estatuto de Roma de 1998 ("Atos desumanos ... cometidos no contexto de um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial sobre qualquer outro grupo ou grupos raciais e comprometidos com a intenção de manter esse regime"). Árabes israelenses - 20 por cento da população de Israel - votam, têm partidos políticos e representantes no Knesset (parlamento) e ocupam posições de destaque, incluindo na Suprema Corte do país. Pacientes árabes ficam lado-a-lado de pacientes judeus em hospitais israelenses, recebendo tratamento idêntico.
Para sermos precisos, há uma separação “de fato” entre as populações judaica e árabe maior do que Israel deveria aceitar. Muito desta separação é resultado de escolhas das próprias comunidades. Alguns, resultado de discriminação. Mas não é apartheid, que, conscientemente, consagra a separação como um ideal. Em Israel, a igualdade de direitos é a Lei, a aspiração e o ideal; desigualdades são na maioria das vezes derrubadas com sucesso nos tribunais.
A situação na Cisjordânia é mais complexa. Mas também aqui não há a intenção de manter "um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial". Esta é uma distinção crítica, mesmo que lá Israel aja opressivamente contra os palestinos. A separação racial forçada na África do Sul tinha a intenção de beneficiar permanentemente a minoria branca, em detrimento de outras raças. Israel, ao contrário, concordou com o conceito da existência de um Estado palestino em Gaza e em quase toda a Cisjordânia, e está chamando os palestinos para negociar os parâmetros.
Mas até que haja uma paz de dois Estados, ou pelo menos enquanto os cidadãos de Israel permaneçam sob ameaça de ataques a partir da Cisjordânia e de Gaza, Israel verá barreiras em estradas e medidas similares como medidas necessárias à sua auto-defesa, mesmo que os palestinos sintam-se oprimidos por elas. Do jeito que as coisas estão, os ataques de um lado são retribuídos com contra-ataques do outro. E as profundas disputas e reclamações apenas endurecem quando a analogia ofensiva do "apartheid" é invocada.
Aqueles que procuram promover o mito do apartheid israelense muitas vezes citam os confrontos entre soldados israelenses fortemente armados e atiradores de pedras palestinos na Cisjordânia, ou a construção do que chamam de "muro do apartheid", ou o tratamento desigual em estradas da Cisjordânia. Mesmo que essas imagens sirvam para estimular uma comparação superficial, é hipócrita usá-las para distorcer a realidade. A barreira de segurança foi construída para impedir ataques terroristas implacáveis e, embora tenha infligido grandes dificuldades em alguns lugares, a Suprema Corte de Israel em muitos casos ordenou o Estado a corrigir sua rota para minimizar as dificuldades impostas. Restrições em estradas tornam-se mais intrusivas após ataques violentos e são aliviadas quando a ameaça é reduzida.
Claro que o povo palestino tem aspirações nacionais e direitos humanos que todos devem respeitar. Mas aqueles que confundem as situações em Israel e na Cisjordânia e as comparam à velha África do Sul prestam um desserviço a todos os que esperam por justiça e paz.
As relações entre árabes e judeus em Israel e na Cisjordânia não podem ser simplificadas em uma narrativa de discriminação judaica. Há hostilidade e desconfiança em ambos os lados. Israel, caso único entre as democracias, está em um estado de guerra com muitos dos seus vizinhos que se recusam a aceitar a sua existência. Mesmo alguns árabes israelenses, por serem cidadãos de Israel, vêem-se por vezes sob suspeita de outros árabes como resultado desta inimizade de longa data.
O reconhecimento mútuo e a proteção da dignidade humana de todas as pessoas são indispensáveis para pôr fim ao ódio e à raiva. A acusação de que Israel é um Estado que pratica o apartheid é falsa e maliciosa e se opõe à paz e à harmonia, ao invés de promovê-las.
Richard J. Goldstone, ex-juiz do Tribunal Constitucional Sul-Africano, liderou a comisssão de investigação da Organização das Nações Unidas sobre o conflito em Gaza em 2008-9.
Publicado em 01/11/2011 no The New York Times.
Link para texto original: http://www.nytimes.com/2011/11/01/opinion/israel-and-the-apartheid-slander.html
Tradução: Israel na Web
Israel, caso único entre as democracias, está em um estado de guerra com muitos dos seus vizinhos que se recusam a aceitar a sua existência. Mesmo alguns árabes israelenses, por serem cidadãos de Israel, vêem-se por vezes sob suspeita de outros árabes como resultado desta inimizade de longa data.
Pedido da Autoridade Palestina para ser aceita como membro pleno nas Nações Unidas aumentou a pressão pela solução de dois Estados. A necessidade de reconciliação entre israelenses e palestinos nunca foi tão grande. Por isso, é importante separar a crítica legítima a Israel de ataques que visam isolá-lo, demonizá-lo e deslegitimá-lo.
Uma acusação particularmente perniciosa e duradoura é a de que Israel adota políticas de apartheid. Na Cidade do Cabo (África do Sul), a partir do próximo sábado, uma organização não-governamental com sede em Londres chamada Tribunal Russell sobre a Palestina vai realizar uma "audiência" sobre se Israel é culpado do crime de apartheid. Não será um "tribunal". As "evidências" serão unilaterais e os membros do "júri" são críticos cujas duras posições contra Israel são bem conhecidas.
Apesar de o termo "apartheid" poder ter um significado mais amplo, sua utilização destina-se a evocar a situação pré-1994 na África do Sul. Esta é uma calúnia injusta e imprecisa contra Israel, calculada para retardar, ao invés de avançar, as negociações de paz.
Eu conheço muito bem a crueldade do repugnante sistema de apartheid na África do Sul, em que os seres humanos caracterizados como negros não tinham direito a votar, ocupar cargos políticos, usar praias ou banheiros "brancos", casar com brancos, viver em áreas só para brancos ou até mesmo estar lá sem um passe. Negros gravemente feridos em acidentes de carro eram deixados sangrar até a morte, se não houvesse ambulância "negra" para levá-los a um hospital "negro". Hospitais “brancos” eram proibidos de salvar suas vidas.
Ao avaliar a acusação de que Israel adota políticas de apartheid que são, por definição, principalmente sobre raça ou etnia, é importante primeiro fazer a distinção entre as situações em Israel, onde os árabes são cidadãos, e em áreas da Cisjordânia que permanecem sob o controle israelense na ausência de um acordo de paz.
Em Israel, não há apartheid. Nada chega perto da definição de apartheid nos termos do Estatuto de Roma de 1998 ("Atos desumanos ... cometidos no contexto de um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial sobre qualquer outro grupo ou grupos raciais e comprometidos com a intenção de manter esse regime"). Árabes israelenses - 20 por cento da população de Israel - votam, têm partidos políticos e representantes no Knesset (parlamento) e ocupam posições de destaque, incluindo na Suprema Corte do país. Pacientes árabes ficam lado-a-lado de pacientes judeus em hospitais israelenses, recebendo tratamento idêntico.
Para sermos precisos, há uma separação “de fato” entre as populações judaica e árabe maior do que Israel deveria aceitar. Muito desta separação é resultado de escolhas das próprias comunidades. Alguns, resultado de discriminação. Mas não é apartheid, que, conscientemente, consagra a separação como um ideal. Em Israel, a igualdade de direitos é a Lei, a aspiração e o ideal; desigualdades são na maioria das vezes derrubadas com sucesso nos tribunais.
A situação na Cisjordânia é mais complexa. Mas também aqui não há a intenção de manter "um regime institucionalizado de opressão sistemática e dominação de um grupo racial". Esta é uma distinção crítica, mesmo que lá Israel aja opressivamente contra os palestinos. A separação racial forçada na África do Sul tinha a intenção de beneficiar permanentemente a minoria branca, em detrimento de outras raças. Israel, ao contrário, concordou com o conceito da existência de um Estado palestino em Gaza e em quase toda a Cisjordânia, e está chamando os palestinos para negociar os parâmetros.
Mas até que haja uma paz de dois Estados, ou pelo menos enquanto os cidadãos de Israel permaneçam sob ameaça de ataques a partir da Cisjordânia e de Gaza, Israel verá barreiras em estradas e medidas similares como medidas necessárias à sua auto-defesa, mesmo que os palestinos sintam-se oprimidos por elas. Do jeito que as coisas estão, os ataques de um lado são retribuídos com contra-ataques do outro. E as profundas disputas e reclamações apenas endurecem quando a analogia ofensiva do "apartheid" é invocada.
Aqueles que procuram promover o mito do apartheid israelense muitas vezes citam os confrontos entre soldados israelenses fortemente armados e atiradores de pedras palestinos na Cisjordânia, ou a construção do que chamam de "muro do apartheid", ou o tratamento desigual em estradas da Cisjordânia. Mesmo que essas imagens sirvam para estimular uma comparação superficial, é hipócrita usá-las para distorcer a realidade. A barreira de segurança foi construída para impedir ataques terroristas implacáveis e, embora tenha infligido grandes dificuldades em alguns lugares, a Suprema Corte de Israel em muitos casos ordenou o Estado a corrigir sua rota para minimizar as dificuldades impostas. Restrições em estradas tornam-se mais intrusivas após ataques violentos e são aliviadas quando a ameaça é reduzida.
Claro que o povo palestino tem aspirações nacionais e direitos humanos que todos devem respeitar. Mas aqueles que confundem as situações em Israel e na Cisjordânia e as comparam à velha África do Sul prestam um desserviço a todos os que esperam por justiça e paz.
As relações entre árabes e judeus em Israel e na Cisjordânia não podem ser simplificadas em uma narrativa de discriminação judaica. Há hostilidade e desconfiança em ambos os lados. Israel, caso único entre as democracias, está em um estado de guerra com muitos dos seus vizinhos que se recusam a aceitar a sua existência. Mesmo alguns árabes israelenses, por serem cidadãos de Israel, vêem-se por vezes sob suspeita de outros árabes como resultado desta inimizade de longa data.
O reconhecimento mútuo e a proteção da dignidade humana de todas as pessoas são indispensáveis para pôr fim ao ódio e à raiva. A acusação de que Israel é um Estado que pratica o apartheid é falsa e maliciosa e se opõe à paz e à harmonia, ao invés de promovê-las.
Richard J. Goldstone, ex-juiz do Tribunal Constitucional Sul-Africano, liderou a comisssão de investigação da Organização das Nações Unidas sobre o conflito em Gaza em 2008-9.
Publicado em 01/11/2011 no The New York Times.
Link para texto original: http://www.nytimes.com/2011/11/01/opinion/israel-and-the-apartheid-slander.html
Tradução: Israel na Web
AO MENOS DEIXEM OS PREGOS
Artigos - Movimento Revolucionário
O mesmo argumento que pretende a remoção do crucifixo (o mesmíssimo argumento!) quer silenciar os cristãos sempre que se debatem aspectos morais de propostas legislativas ou decisões judiciais.
Reafirmo meu pessimismo: mais cedo ou mais tarde, como vem ocorrendo com todas as teses provenientes desses segmentos ideológicos e políticos, os crucifixos serão arrancados das paredes. E o resíduo cultural cristão ainda persistente continuará cedendo lugar a um humanismo desumano, destituído de alma e avesso a Deus. Avesso ao Deus cuja proteção é invocada na Constituição. Não guardo ilusões. Quando se encontra com a omissão de muitos e a ingênua tolice de outros tantos, a malícia passa por cima e impõe o que pretende com quase nenhuma resistência.
Aparentemente é uma questão simples. Afinal, se o Estado é laico, os espaços públicos ou sob responsabilidade do Estado não deveriam ser isentos de qualquer religiosidade, como banheiros de estação? O crucifixo, na parede de uma repartição, seria, nessa perspectiva, um atropelo à equidade, um agravo à Constituição e à Justiça. Remova-se, então. Mas tenha-se a coragem de assumir perante a história o registro do que foi feito: preserve-se o prego! Preserve-se o prego para que todos reconheçam o extraordinário serviço prestado. Para que todos saibam que ali havia um crucifixo, e que ele foi removido por abusivo, ofensivo, intolerável às almas sensíveis que, em nome da Justiça, se mobilizaram contra ele.
Observe de onde procedem os ataques aos crucifixos. Nem todos os que tocam nessas bandas são contra os crucifixos e nem todos o são por malícia. Mas todos os que se opõem aos crucifixos tocam nessas bandas. Tocam numa certa esquerda e numa certa direita. Ajudam-se mutuamente no processo de destruição dos valores. A cara da utopia da igualdade é o focinho da utopia da liberdade sem limites. Quando discorrem sobre seus motivos em relação aos crucifixos, transmitem a ideia de estarem jungidas a um imperativo constitucional - o Estado, mesmo não sendo ateu, é laico. Não tem religião própria. E os ingênuos abanam a cabeça em concordância: afinal, se há lugar para um crucifixo, por que não revestir as paredes com os símbolos de todas as outras religiões e crenças existentes? Ou tem para todos, ou não tem para ninguém. Com tanta coisa contra que lutar, escalam como adversário Jesus de Nazaré...
O crucifixo na parede da repartição não é peça publicitária. Não é elemento de proselitismo religioso. Não transforma o espaço em local de culto. É referência a um patrimônio de valores universais sem similar na iconografia humana: amor a Deus e ao próximo mesmo se inimigo, solidariedade, justiça, misericórdia, paz. Se tirar o crucifixo, fica o prego.
Por outro lado, percebam todos ou não, a mobilização pela remoção é apenas mais um ato da longa empreitada do relativismo, do hedonismo e do materialismo visando à deliberada destruição das bases da civilização ocidental. Apenas mais um gesto. Querem a prova? O mesmo argumento que pretende a remoção do crucifixo (o mesmíssimo argumento!) quer silenciar os cristãos sempre que se debatem aspectos morais de propostas legislativas ou decisões judiciais. "O estado é laico e os argumentos baseados numa moral de origem religiosa não podem ser admitidos!", proclamam com enfatuada sabedoria. Ou seja, admitem-se nos debates as opiniões de ateus, de movimentos sociais, de sindicatos, de homossexuais, de partidos políticos, de endinheiradas ONGs, do que for. Admite-se opiniões do Além, psicografadas. Vale, até, opinião de quem não tem moral alguma. Mas não se toleram opiniões coincidentes ou fundadas na moral cristã. Pasmem os leitores: com esses argumentos de almanaque, com essa lógica de gibi, se consideram gênios da retórica, porta-estandartes da equidade. E não faltam ingênuos para aderir a essa conversa mole!
No entanto, saibam quantos lerem este artigo: o comunismo, ao refletir sobre suas dificuldades para expandir-se na Europa Ocidental, concluiu que seus maiores obstáculos estavam propostos pelas bases cristãs da cultura vigente. Desde então tem sido o que se viu. E só não percebe quem não se importa em servir de pomba para a refeição dos gaviões.
Percival Puggina, 03 Novembro 2011
O mesmo argumento que pretende a remoção do crucifixo (o mesmíssimo argumento!) quer silenciar os cristãos sempre que se debatem aspectos morais de propostas legislativas ou decisões judiciais.
Reafirmo meu pessimismo: mais cedo ou mais tarde, como vem ocorrendo com todas as teses provenientes desses segmentos ideológicos e políticos, os crucifixos serão arrancados das paredes. E o resíduo cultural cristão ainda persistente continuará cedendo lugar a um humanismo desumano, destituído de alma e avesso a Deus. Avesso ao Deus cuja proteção é invocada na Constituição. Não guardo ilusões. Quando se encontra com a omissão de muitos e a ingênua tolice de outros tantos, a malícia passa por cima e impõe o que pretende com quase nenhuma resistência.
Aparentemente é uma questão simples. Afinal, se o Estado é laico, os espaços públicos ou sob responsabilidade do Estado não deveriam ser isentos de qualquer religiosidade, como banheiros de estação? O crucifixo, na parede de uma repartição, seria, nessa perspectiva, um atropelo à equidade, um agravo à Constituição e à Justiça. Remova-se, então. Mas tenha-se a coragem de assumir perante a história o registro do que foi feito: preserve-se o prego! Preserve-se o prego para que todos reconheçam o extraordinário serviço prestado. Para que todos saibam que ali havia um crucifixo, e que ele foi removido por abusivo, ofensivo, intolerável às almas sensíveis que, em nome da Justiça, se mobilizaram contra ele.
Observe de onde procedem os ataques aos crucifixos. Nem todos os que tocam nessas bandas são contra os crucifixos e nem todos o são por malícia. Mas todos os que se opõem aos crucifixos tocam nessas bandas. Tocam numa certa esquerda e numa certa direita. Ajudam-se mutuamente no processo de destruição dos valores. A cara da utopia da igualdade é o focinho da utopia da liberdade sem limites. Quando discorrem sobre seus motivos em relação aos crucifixos, transmitem a ideia de estarem jungidas a um imperativo constitucional - o Estado, mesmo não sendo ateu, é laico. Não tem religião própria. E os ingênuos abanam a cabeça em concordância: afinal, se há lugar para um crucifixo, por que não revestir as paredes com os símbolos de todas as outras religiões e crenças existentes? Ou tem para todos, ou não tem para ninguém. Com tanta coisa contra que lutar, escalam como adversário Jesus de Nazaré...
O crucifixo na parede da repartição não é peça publicitária. Não é elemento de proselitismo religioso. Não transforma o espaço em local de culto. É referência a um patrimônio de valores universais sem similar na iconografia humana: amor a Deus e ao próximo mesmo se inimigo, solidariedade, justiça, misericórdia, paz. Se tirar o crucifixo, fica o prego.
Por outro lado, percebam todos ou não, a mobilização pela remoção é apenas mais um ato da longa empreitada do relativismo, do hedonismo e do materialismo visando à deliberada destruição das bases da civilização ocidental. Apenas mais um gesto. Querem a prova? O mesmo argumento que pretende a remoção do crucifixo (o mesmíssimo argumento!) quer silenciar os cristãos sempre que se debatem aspectos morais de propostas legislativas ou decisões judiciais. "O estado é laico e os argumentos baseados numa moral de origem religiosa não podem ser admitidos!", proclamam com enfatuada sabedoria. Ou seja, admitem-se nos debates as opiniões de ateus, de movimentos sociais, de sindicatos, de homossexuais, de partidos políticos, de endinheiradas ONGs, do que for. Admite-se opiniões do Além, psicografadas. Vale, até, opinião de quem não tem moral alguma. Mas não se toleram opiniões coincidentes ou fundadas na moral cristã. Pasmem os leitores: com esses argumentos de almanaque, com essa lógica de gibi, se consideram gênios da retórica, porta-estandartes da equidade. E não faltam ingênuos para aderir a essa conversa mole!
No entanto, saibam quantos lerem este artigo: o comunismo, ao refletir sobre suas dificuldades para expandir-se na Europa Ocidental, concluiu que seus maiores obstáculos estavam propostos pelas bases cristãs da cultura vigente. Desde então tem sido o que se viu. E só não percebe quem não se importa em servir de pomba para a refeição dos gaviões.
Percival Puggina, 03 Novembro 2011
ALFONSO CANO, CHEFE MÁXIMO DAS FARC, ESTÁ MORTO!
Artigos - Terrorismo
O Notalatina informa em edição extraordinária para anunciar uma notícia que acabou de ser confirmada há poucos minutos pelo Ministério da Defesa colombiana: Alfonso Cano, chefe máximo das FARC, está morto!
No princípio da noite as notícias davam conta de que numa operação conjunta do Exército, da Polícia e da Força Aérea num bombardeio entre os municípios de Suárez, Jambaló y Toribio (Cauca), foram capturados Edgar López, cognome “Pacho Chino”, lugar-tenente de “Sargento Pascua”, comandante da Frente 6 das FARC e mais dois elementos de cognomes “el Indio Efraín” e “el Zorro”. Foi dado baixa em dois guerrilheiros, um homem e uma mulher, que presume-se seja a companheira de Alfonso Cano, enquanto o homem seria seu chefe de comunicações.
“Pacho Chino” é um dos chefes das FARC mais próximos de Cano e foi um dos responsáveis pelo assassinato dos 12 deputados do Valle del Cauca. Ainda segundo as notícias do início da noite, os militares teriam seguido um rastro depois do bombardeio e pelas feições do corpo encontrado, acreditavam que se tratava de Alfonso Cano. Entretanto, ainda aguardavam o processo de identificação.
Busquei mais informações nas páginas oficiais do Governo mas a notícia ainda não se encontra. Entretanto, não creio que o jornal “El Tiempo”, que pertence à família do presidente Juan Manuel Santos fosse dar uma notícia de tamanha gravidade e importância se não tivesse confirmado antes de publicá-la. Nesse momento assisto o informativo (ao vivo) do canal de tv “Cable Noticias” e tão logo tenha mais informações e mesmo vídeo, o Notalatina faz outra edição dando todos os detalhes.
Já especula-se quem seria o substituto de Cano e aventuro dizer que seria um dos comandantes do Estado-Maior Central das FARC, “Timochenko”. Mas prefiro aguardar mais informações.
Esse é um momento muito auspicioso para a Colômbia, produto do excepcional trabalho das Forças Militares e ainda das sementes que plantou o presidente Uribe. Oxalá esses heróis não sejam mais tarde condenados como “assassinos”, como tem sido a prática corrente na Justiça colombiana atualmente! Solidarizo-me com as Forças Militares e com todos os colombianos por momento tão importante, depois da depressão havida com as últimas eleições onde os bogotanos elegeram para prefeito da capital o terrorista do M-19 Gustavo Petro.
Fiquem com Deus e até a próxima!
Graça Salgueiro, 05 Novembro 2011
Comentários: Graça Salgueiro
O Notalatina informa em edição extraordinária para anunciar uma notícia que acabou de ser confirmada há poucos minutos pelo Ministério da Defesa colombiana: Alfonso Cano, chefe máximo das FARC, está morto!
No princípio da noite as notícias davam conta de que numa operação conjunta do Exército, da Polícia e da Força Aérea num bombardeio entre os municípios de Suárez, Jambaló y Toribio (Cauca), foram capturados Edgar López, cognome “Pacho Chino”, lugar-tenente de “Sargento Pascua”, comandante da Frente 6 das FARC e mais dois elementos de cognomes “el Indio Efraín” e “el Zorro”. Foi dado baixa em dois guerrilheiros, um homem e uma mulher, que presume-se seja a companheira de Alfonso Cano, enquanto o homem seria seu chefe de comunicações.
“Pacho Chino” é um dos chefes das FARC mais próximos de Cano e foi um dos responsáveis pelo assassinato dos 12 deputados do Valle del Cauca. Ainda segundo as notícias do início da noite, os militares teriam seguido um rastro depois do bombardeio e pelas feições do corpo encontrado, acreditavam que se tratava de Alfonso Cano. Entretanto, ainda aguardavam o processo de identificação.
Busquei mais informações nas páginas oficiais do Governo mas a notícia ainda não se encontra. Entretanto, não creio que o jornal “El Tiempo”, que pertence à família do presidente Juan Manuel Santos fosse dar uma notícia de tamanha gravidade e importância se não tivesse confirmado antes de publicá-la. Nesse momento assisto o informativo (ao vivo) do canal de tv “Cable Noticias” e tão logo tenha mais informações e mesmo vídeo, o Notalatina faz outra edição dando todos os detalhes.
Já especula-se quem seria o substituto de Cano e aventuro dizer que seria um dos comandantes do Estado-Maior Central das FARC, “Timochenko”. Mas prefiro aguardar mais informações.
Esse é um momento muito auspicioso para a Colômbia, produto do excepcional trabalho das Forças Militares e ainda das sementes que plantou o presidente Uribe. Oxalá esses heróis não sejam mais tarde condenados como “assassinos”, como tem sido a prática corrente na Justiça colombiana atualmente! Solidarizo-me com as Forças Militares e com todos os colombianos por momento tão importante, depois da depressão havida com as últimas eleições onde os bogotanos elegeram para prefeito da capital o terrorista do M-19 Gustavo Petro.
Fiquem com Deus e até a próxima!
Graça Salgueiro, 05 Novembro 2011
Comentários: Graça Salgueiro
PRIMAVERA DA MACONHA: BOPE NELES...
Artigos - Governo do PT
Por que não vão puxar a erva em casa? Papá e Mamã fazem a repressão mais terrivel de todas: tomam o carro e bloqueiam o cartão de crédito.
Tentarei explicar porque enfiei a palavra "careta" no meio do meu nome. Tenho amigos tão caretas quanto eu que talvez nem saibam que "careta" tem mais de um significado. Reproduzo aqui apenas alguns, entre os que encontrei no Aurélio Atualizado: "Tradicional, conservador, quadrado"; "Quem não usa drogas". Há outros, irrelevantes para este texto. Aceito, sem me sentir ofendido, ser chamado drogas". Em suma, careta.
É do alto (ou debaixo) da minha caretice que me meto a falar, como sempre fiz, de assunto que não entendo. Uso a maior parte do tempo (e do espaço que desfruto neste DC), para falar da religião que tomou de assalto um Estado laico, como o Brasil. Fui pejorativamente apelidado de "samba de uma nota só".
Leigo, sou um protestante convicto contra a religião lullo-petista; morro de medo de morrer de repente sem absolvição e ser condenado às profundas do inferno lullo-petista, lotado de intelecas peessedebistas que se acusam ad aeternum de culpados pela oposição ter virado uma oposicinha sem vergonha na cara.
Sonho com o Santíssimo São Lulla desapeado do seu altar pelos Cardeais do Vaticano, assim como esses mesmos Cardeais derrubaram o ex-santo Jorge do seu cavalo. Mas Tarso Genro falou, Tarso Genro avisou; anteviu o Apocalipse. Como o apóstolo João, suposto autor do último livro do Novo Testamento, o Livro das Revelações, que prediz e narra o fim do mundo, Tarso Genro revelou e predisse que São Lulla
"é o novo Perón", também um fim de mundo. Acertou nas moscas : Perón é.
Daqui a pouco fará mais milagres, como o que elegeu a Cacica; "Façam que se eleja o brimo Haddad prefeito de Sumpólo", exige; até já passou tremenda rasteira nas ambições da Relaxa e Goza.
Em sendo (boa essa, hein?) o novo Perón, vamos ter de aguentá-lo mais uns sessenta anos, no mínimo, após desencarnar – não desta vida vã e pecaminosa, mas da cadeirona do Palácio do Planalto, para que a Cacica e seus sucessores tenham onde sentar. Eles, os sucessores, serão lullo-petistas, até os da oposição – igual à Argentina, onde todos los hermanos são peronistas.
"A gente garra a cunversá e sisqueci di trabaiá", diziam Alvarenga & Ranchinho, founding fathers dos stand up shows no Brasil – que por sinal dariam aulas de humor para esses rafinhas bastos e alexandres frotas, que obram suas grossuras para espectadores ouvirem. E há quem pague: afinal este é "o país dos mais de 80%".
Usei as expressões acima em inglês só para encher o Aldo Rebelo, Prinspe das Alagoas, eleito por Sumpólo para cinco mandatos de deputado federal pelo PCdoB ("PC do Bolso", como definiu a revista Época). Nesses mais de vinte anos, ele cometeu preciosidades como as tentativas de criação do Dia do Saci e da proibição do uso de palavras alienígenas, como "futebol", que passaria a ser chamado de "ludopédio".
Rebelo é o novo ministro do Esporte e na sua posse teceu loas à honestidade do ex, Orlando Silva e do PCdoB, que manda de porteira fechada no ministério, fervoroso praticante que é do nivel de honestidade exigido pelo lullo-petismo.
Vamos então à Primavera da Maconha, feita pelos guerrilheiros da Fefeléche, da USP. Com os rostos encapuzados como criminosos em rebelião, que tocam fogo em colchões nas cadeias, os meninos invadiram o prédio da Fefeléche e ameaçaram lutar até o fim dos tempos pelo dereito de fazer como us mano fais nas ruas plenas de liberdade: transportar maconha como "aviõezinhos" dos traficantes e dar um tapa na diamba dentro do campus. Como as leis existentes proibem tal comportamento, a P"careta"M encanou uns três fumetas chapados, que fumegavam seus baseados na maior moleza. O mundo caiu.
A luta, disfarçada como protesto contra o acordo da reitoria com a PM para tentar reduzir o número de assaltos e estupros no campus (um menino foi assassinado na tentativa de roubo do seu carro e uma menina da Biologia foi baleada), teve o imediato apoio do SINTUSP, Sindicato dos Trabalhadores na USP, braço da CUT no campus, que por seu lado é o braço sindical do partido do governo, o PT.
Era a minoria contra o acordo – mas que nunca deixou de exigir a presença da PM quando seus carros eram assaltados – mais uma vez tentando impor sua vontade de baderna à maioria, que vai à USP para exercer essa atividade estapafúrdia que é estudar. Imaginavam fazer da Fefeléche a Praça Tahir da Primavera da Maconha, repetindo a Praça Tahir da Cidade do Cairo na Primavera Árabe, tsk, tsk.
O fumacê invadiu o campus, mas nem tudo era fumito; havia também umas poucas bombinhas ditas "de efeito moral". Ninguém ganhou essa guerra; a lei continua proibindo, a molecada continua exigindo o direito de queimar a canabis no campus. Haverá mais confrontos, tenho certeza.
Por que não vão puxar a erva em casa? Papá e Mamã fazem a repressão mais terrivel de todas: tomam o carro e bloqueiam o cartão de crédito. Embora isso seja extrema violência contra os dereitos dus manos, não dá mídia, não sai na Globo; então pra que sofrer ?
MACONHEIROS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS? CAPITÃO NASCIMENTO NELLES.
Neil Ferreira é publicitário.
Publicado no Diário do Comércio.
Por que não vão puxar a erva em casa? Papá e Mamã fazem a repressão mais terrivel de todas: tomam o carro e bloqueiam o cartão de crédito.
Tentarei explicar porque enfiei a palavra "careta" no meio do meu nome. Tenho amigos tão caretas quanto eu que talvez nem saibam que "careta" tem mais de um significado. Reproduzo aqui apenas alguns, entre os que encontrei no Aurélio Atualizado: "Tradicional, conservador, quadrado"; "Quem não usa drogas". Há outros, irrelevantes para este texto. Aceito, sem me sentir ofendido, ser chamado drogas". Em suma, careta.
É do alto (ou debaixo) da minha caretice que me meto a falar, como sempre fiz, de assunto que não entendo. Uso a maior parte do tempo (e do espaço que desfruto neste DC), para falar da religião que tomou de assalto um Estado laico, como o Brasil. Fui pejorativamente apelidado de "samba de uma nota só".
Leigo, sou um protestante convicto contra a religião lullo-petista; morro de medo de morrer de repente sem absolvição e ser condenado às profundas do inferno lullo-petista, lotado de intelecas peessedebistas que se acusam ad aeternum de culpados pela oposição ter virado uma oposicinha sem vergonha na cara.
Sonho com o Santíssimo São Lulla desapeado do seu altar pelos Cardeais do Vaticano, assim como esses mesmos Cardeais derrubaram o ex-santo Jorge do seu cavalo. Mas Tarso Genro falou, Tarso Genro avisou; anteviu o Apocalipse. Como o apóstolo João, suposto autor do último livro do Novo Testamento, o Livro das Revelações, que prediz e narra o fim do mundo, Tarso Genro revelou e predisse que São Lulla
"é o novo Perón", também um fim de mundo. Acertou nas moscas : Perón é.
Daqui a pouco fará mais milagres, como o que elegeu a Cacica; "Façam que se eleja o brimo Haddad prefeito de Sumpólo", exige; até já passou tremenda rasteira nas ambições da Relaxa e Goza.
Em sendo (boa essa, hein?) o novo Perón, vamos ter de aguentá-lo mais uns sessenta anos, no mínimo, após desencarnar – não desta vida vã e pecaminosa, mas da cadeirona do Palácio do Planalto, para que a Cacica e seus sucessores tenham onde sentar. Eles, os sucessores, serão lullo-petistas, até os da oposição – igual à Argentina, onde todos los hermanos são peronistas.
"A gente garra a cunversá e sisqueci di trabaiá", diziam Alvarenga & Ranchinho, founding fathers dos stand up shows no Brasil – que por sinal dariam aulas de humor para esses rafinhas bastos e alexandres frotas, que obram suas grossuras para espectadores ouvirem. E há quem pague: afinal este é "o país dos mais de 80%".
Usei as expressões acima em inglês só para encher o Aldo Rebelo, Prinspe das Alagoas, eleito por Sumpólo para cinco mandatos de deputado federal pelo PCdoB ("PC do Bolso", como definiu a revista Época). Nesses mais de vinte anos, ele cometeu preciosidades como as tentativas de criação do Dia do Saci e da proibição do uso de palavras alienígenas, como "futebol", que passaria a ser chamado de "ludopédio".
Rebelo é o novo ministro do Esporte e na sua posse teceu loas à honestidade do ex, Orlando Silva e do PCdoB, que manda de porteira fechada no ministério, fervoroso praticante que é do nivel de honestidade exigido pelo lullo-petismo.
Vamos então à Primavera da Maconha, feita pelos guerrilheiros da Fefeléche, da USP. Com os rostos encapuzados como criminosos em rebelião, que tocam fogo em colchões nas cadeias, os meninos invadiram o prédio da Fefeléche e ameaçaram lutar até o fim dos tempos pelo dereito de fazer como us mano fais nas ruas plenas de liberdade: transportar maconha como "aviõezinhos" dos traficantes e dar um tapa na diamba dentro do campus. Como as leis existentes proibem tal comportamento, a P"careta"M encanou uns três fumetas chapados, que fumegavam seus baseados na maior moleza. O mundo caiu.
A luta, disfarçada como protesto contra o acordo da reitoria com a PM para tentar reduzir o número de assaltos e estupros no campus (um menino foi assassinado na tentativa de roubo do seu carro e uma menina da Biologia foi baleada), teve o imediato apoio do SINTUSP, Sindicato dos Trabalhadores na USP, braço da CUT no campus, que por seu lado é o braço sindical do partido do governo, o PT.
Era a minoria contra o acordo – mas que nunca deixou de exigir a presença da PM quando seus carros eram assaltados – mais uma vez tentando impor sua vontade de baderna à maioria, que vai à USP para exercer essa atividade estapafúrdia que é estudar. Imaginavam fazer da Fefeléche a Praça Tahir da Primavera da Maconha, repetindo a Praça Tahir da Cidade do Cairo na Primavera Árabe, tsk, tsk.
O fumacê invadiu o campus, mas nem tudo era fumito; havia também umas poucas bombinhas ditas "de efeito moral". Ninguém ganhou essa guerra; a lei continua proibindo, a molecada continua exigindo o direito de queimar a canabis no campus. Haverá mais confrontos, tenho certeza.
Por que não vão puxar a erva em casa? Papá e Mamã fazem a repressão mais terrivel de todas: tomam o carro e bloqueiam o cartão de crédito. Embora isso seja extrema violência contra os dereitos dus manos, não dá mídia, não sai na Globo; então pra que sofrer ?
MACONHEIROS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS? CAPITÃO NASCIMENTO NELLES.
Neil Ferreira é publicitário.
Publicado no Diário do Comércio.
A AGONIA DA SOCIAL-DEMOCRACIA
Internacional - Europa
A forma aristocrática é a única capaz de impor racionalidade ao Estado e ela persiste mesmo na ordem democrática, dando origem ao regime misto. Essa é a realidade política.
O desesperado gesto do primeiro-ministro grego de remeter o “pacote” europeu a referendo plebiscitário precisa ser compreendido. Há grandes equívocos teóricos sobre a questão da democracia.<b> Esta não é regime político, é mero instrumento de escolha de dirigentes. A radicalização que grupos de esquerda querem fazer do instrumento democrático de escolha de dirigentes é um engodo, por ser inexeqüível.
Só um tem sido o regime de governo: o misto, que combina a democracia na escolha dos dirigentes (e parlamentares) e a aristocracia, representada pelos dirigentes escolhidos e pela burocracia permanente, herdeira legítima da aristocracia de sangue de tempos passados.
O espetáculo eleitoral virou fetiche que obscurece mais das vezes a visão do observador. O gesto do primeiro-ministro grego representou a recusa da elite grega a cumprir o seu papel, de fazer as escolhas difíceis e pô-las em funcionamento. Claro está que a sociedade grega tem vivido além de suas posses e cabe aos seus governantes fazer a adequação. Não se venha dizer que é uma imposição desde fora, que é mesmo. Mas essa imposição não é arbitrária, está fundada na lei da escassez, que não tem como ser ignorada. É preciso adequar as despesas à receita e o diktat da União Européia é apenas o epifenômeno do dikat da natureza.
O fato é que o Estado moderno não superou a aristocracia. Apenas a camuflou. Governantes covardes que fogem a seus dever são expulsos. As grandes decisões não são tomadas nas urnas, mas pela pequena elite dirigente, própria de qualquer tipo de sociedade. A aristocracia persiste no funcionalismo público e na classe política. O preconceito democrático está tão esparramado que as pessoas não se dão conta da natureza do poder, que é sempre concentrado e personalista. Poder é indelegável e se exige dos dirigentes que tomem as necessárias decisões.
A agonia da social-democracia nos permite a observação do drama político nas suas minudências, em espetáculo a olho nu. O pressuposto da social-democracia é que a dívida pública e os impostos devem subir continuamente. Ocorre que esses limites foram esgotados em praticamente todos os países.
Essa é a origem da crise atual, que só será superada com a superação do modelo social-democrata. Nos EUA temos o Tea Party, que tem plena consciência dessa realidade e luta pela superação da forma socialista de conduzir o Estado.
Na Europa não existe força equivalente, politicamente organizada. Então o continente europeu viverá um período bem mais prolongado de crise, porque não sabe onde fica a maçaneta da porta a ser aberta.
A forma aristocrática é a única capaz de impor racionalidade ao Estado e ela persiste mesmo na ordem democrática, dando origem ao regime misto. Essa é a realidade política. O gesto do primeiro-ministro grego provou que da elite se espera que seja elite. Esta não pode renunciar à sua missão.
Nivaldo Cordeiro | 06 Novembro 2011
A forma aristocrática é a única capaz de impor racionalidade ao Estado e ela persiste mesmo na ordem democrática, dando origem ao regime misto. Essa é a realidade política.
O desesperado gesto do primeiro-ministro grego de remeter o “pacote” europeu a referendo plebiscitário precisa ser compreendido. Há grandes equívocos teóricos sobre a questão da democracia.<b> Esta não é regime político, é mero instrumento de escolha de dirigentes. A radicalização que grupos de esquerda querem fazer do instrumento democrático de escolha de dirigentes é um engodo, por ser inexeqüível.
Só um tem sido o regime de governo: o misto, que combina a democracia na escolha dos dirigentes (e parlamentares) e a aristocracia, representada pelos dirigentes escolhidos e pela burocracia permanente, herdeira legítima da aristocracia de sangue de tempos passados.
O espetáculo eleitoral virou fetiche que obscurece mais das vezes a visão do observador. O gesto do primeiro-ministro grego representou a recusa da elite grega a cumprir o seu papel, de fazer as escolhas difíceis e pô-las em funcionamento. Claro está que a sociedade grega tem vivido além de suas posses e cabe aos seus governantes fazer a adequação. Não se venha dizer que é uma imposição desde fora, que é mesmo. Mas essa imposição não é arbitrária, está fundada na lei da escassez, que não tem como ser ignorada. É preciso adequar as despesas à receita e o diktat da União Européia é apenas o epifenômeno do dikat da natureza.
O fato é que o Estado moderno não superou a aristocracia. Apenas a camuflou. Governantes covardes que fogem a seus dever são expulsos. As grandes decisões não são tomadas nas urnas, mas pela pequena elite dirigente, própria de qualquer tipo de sociedade. A aristocracia persiste no funcionalismo público e na classe política. O preconceito democrático está tão esparramado que as pessoas não se dão conta da natureza do poder, que é sempre concentrado e personalista. Poder é indelegável e se exige dos dirigentes que tomem as necessárias decisões.
A agonia da social-democracia nos permite a observação do drama político nas suas minudências, em espetáculo a olho nu. O pressuposto da social-democracia é que a dívida pública e os impostos devem subir continuamente. Ocorre que esses limites foram esgotados em praticamente todos os países.
Essa é a origem da crise atual, que só será superada com a superação do modelo social-democrata. Nos EUA temos o Tea Party, que tem plena consciência dessa realidade e luta pela superação da forma socialista de conduzir o Estado.
Na Europa não existe força equivalente, politicamente organizada. Então o continente europeu viverá um período bem mais prolongado de crise, porque não sabe onde fica a maçaneta da porta a ser aberta.
A forma aristocrática é a única capaz de impor racionalidade ao Estado e ela persiste mesmo na ordem democrática, dando origem ao regime misto. Essa é a realidade política. O gesto do primeiro-ministro grego provou que da elite se espera que seja elite. Esta não pode renunciar à sua missão.
Nivaldo Cordeiro | 06 Novembro 2011
ENTREVISTA COM "ESTUDANTE" DA USP
Artigos - Educação
Consegui falar com um meliante acampado no prédio da administração da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ele nega ser funcionário do tráfico de drogas dentro do campus e desabafa: "Nesses meus dez anos como universitário eu nunca vi um ambiente tão opressor como o atual. Fica difícil estudar".
Quem começou a agressão, vocês ou os policiais?
A culpa é toda da polícia assassina do Geraldo Alckmin. Nós aplaudimos o deputado Paulo Teixeira [líder do PT na Câmara], que apontou o óbvio: a presença da PM junto aos estudantes é uma química que não dá certo. O problema é a polícia. É preciso contar a verdade que o PIG esconde.
O que é PIG? Um departamento da USP?
É o Partido da Imprensa Golpista. O PIG deu a entender que nós provocamos o conflito. Mentira. Não queremos confrontar a polícia. Muito pelo contrário, queremos a polícia bem longe, para que possamos traficar - digo, para que possamos estudar em paz. E nós somos jovens, caramba! PM batendo em jovem? E os nossos direitos humanos?
Mas as imagens mostram que vocês atiraram um cavalete e pedras contra os policiais, ferindo três.
Sim, mas isso já foi em reação à presença dos policiais, entende? Eles vieram com truculência primeiro, querendo autuar uns amigos nossos só porque estavam fumando maconha no campus. Nós apenas reagimos. E tem mais: nós somos jovens!
Quantos anos você tem?
Faço 29 em dezembro.
Muita gente diria que você é adulto já há algum tempo.
Meu filho, é o Estatuto da Juventude que diz que eu sou jovem. Vai duvidar do Estatuto?
Quais são as reivindicações do movimento?
Queremos o fechamento da base estadunidense em Guantánamo, a democratização da comunicação, a superação do capitalismo, a destruição de Israel e a retirada da PM assassina do campus. Nesses meus dez anos como universitário eu nunca vi um ambiente tão opressor como o atual. Fica difícil estudar.
Numa mesma faixa de protesto vocês escreveram "trabaliadores" e erraram uma concordância. Isso prejudica a imagem do movimento?
[Indignado] Prejudica só na cabeça de quem tem preconceito lingüístico. O sistema impõe que existe um jeito certo de falar. É uma visão ultrapassada, autoritária, conservadora e homofóbica, que nós vai superar aqui em São Paulo quando a gente elegermos o Fernando Haddad para a Prefeitura.
Abaixo o preconceito lingüístico
Alunos da USP dizem que a maioria aprova a presença da PM no campus e que o protesto de vocês é uma farsa.
São uns playboyzinhos de m**** que só querem saber de estudar e trabalhar e esquecem a função social da universidade. Apesar deles, amanhã há de ser outro dia. Vamos seguir lutando pelo fim da ditadura no campus.
Bruno Pontes, 07 Novembro 2011
Publicado no jornal O Estado.
Consegui falar com um meliante acampado no prédio da administração da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ele nega ser funcionário do tráfico de drogas dentro do campus e desabafa: "Nesses meus dez anos como universitário eu nunca vi um ambiente tão opressor como o atual. Fica difícil estudar".
Quem começou a agressão, vocês ou os policiais?
A culpa é toda da polícia assassina do Geraldo Alckmin. Nós aplaudimos o deputado Paulo Teixeira [líder do PT na Câmara], que apontou o óbvio: a presença da PM junto aos estudantes é uma química que não dá certo. O problema é a polícia. É preciso contar a verdade que o PIG esconde.
O que é PIG? Um departamento da USP?
É o Partido da Imprensa Golpista. O PIG deu a entender que nós provocamos o conflito. Mentira. Não queremos confrontar a polícia. Muito pelo contrário, queremos a polícia bem longe, para que possamos traficar - digo, para que possamos estudar em paz. E nós somos jovens, caramba! PM batendo em jovem? E os nossos direitos humanos?
Mas as imagens mostram que vocês atiraram um cavalete e pedras contra os policiais, ferindo três.
Sim, mas isso já foi em reação à presença dos policiais, entende? Eles vieram com truculência primeiro, querendo autuar uns amigos nossos só porque estavam fumando maconha no campus. Nós apenas reagimos. E tem mais: nós somos jovens!
Quantos anos você tem?
Faço 29 em dezembro.
Muita gente diria que você é adulto já há algum tempo.
Meu filho, é o Estatuto da Juventude que diz que eu sou jovem. Vai duvidar do Estatuto?
Quais são as reivindicações do movimento?
Queremos o fechamento da base estadunidense em Guantánamo, a democratização da comunicação, a superação do capitalismo, a destruição de Israel e a retirada da PM assassina do campus. Nesses meus dez anos como universitário eu nunca vi um ambiente tão opressor como o atual. Fica difícil estudar.
Numa mesma faixa de protesto vocês escreveram "trabaliadores" e erraram uma concordância. Isso prejudica a imagem do movimento?
[Indignado] Prejudica só na cabeça de quem tem preconceito lingüístico. O sistema impõe que existe um jeito certo de falar. É uma visão ultrapassada, autoritária, conservadora e homofóbica, que nós vai superar aqui em São Paulo quando a gente elegermos o Fernando Haddad para a Prefeitura.
Abaixo o preconceito lingüístico
Alunos da USP dizem que a maioria aprova a presença da PM no campus e que o protesto de vocês é uma farsa.
São uns playboyzinhos de m**** que só querem saber de estudar e trabalhar e esquecem a função social da universidade. Apesar deles, amanhã há de ser outro dia. Vamos seguir lutando pelo fim da ditadura no campus.
Bruno Pontes, 07 Novembro 2011
Publicado no jornal O Estado.
ENTÃO, COMO É QUE É?
Artigos - Educação
Li todo o Caderno Amarelo aplicado este ano. Para quem está afeito às relações entre a linguagem e a política fica fácil perceber, em algumas questões, o emprego gramsciano do vocabulário e o uso da prova como instrumento de doutrinação e construção da hegemonia política.
A fábula da rã que se deixa cozer viva, passivamente, em uma panela de água fria que vai ficando morna, depois quente e, por fim ferve, é perfeitamente aplicável a inúmeras estratégias em curso no país. Se, em vez de avançarem aos poucos, seus condutores saltassem etapas e nos jogassem diretamente onde desejam nos levar, haveria resistência social e os projetos fracassariam. Estão nos cozinhando em fogo baixo.
Muito se tem escrito sobre o ENEM, esse mastodonte que iniciou como uma avaliação de desempenho do Ensino Médio no país e que, com raras exceções, virou monstruosidade ainda maior - prova de seleção para ingresso nos estabelecimentos de Ensino Superior. Por quê? Porque alguns pedagogos, afinados com o poder político estabelecido, decidiram que era assim que tinha que ser. Já escrevi que quando o "coletivo" aparece com uma ideia, por extravagante que seja, ela acabará prevalente. Não vou discutir, aqui, os aspectos pedagógicos nem as onerosas trapalhadas em que se tem envolvido o tal provão do MEC. Detenho-me sobre uma pauta que não pode transitar sem ser denunciada em vista de seu significado para a democracia.
A forma federativa de Estado, constitucionalizada no Brasil desde a Proclamação da República, corresponde ao importantíssimo princípio da Subsidiariedade, que ordena competências em níveis superpostos, de tal modo que cada nível só age se o nível que lhe é inferior não puder cumprir bem suas atribuições. Esse princípio, que preserva, na base, a iniciativa dos indivíduos e, logo acima, a iniciativa das comunidades locais, e assim sucessivamente, tem óbvias aplicações no campo da Administração, do Direito, da Política e da Ética. Pois eis que, ao conjunto de ações centralizadoras já adotadas no Brasil, sempre pelo reverso desse respeitável princípio, soma-se agora o ENEM, como nova intromissão/cessão de autonomia em favor da União. Num país do tamanho do Brasil, as vagas nos estabelecimentos de Ensino Superior tornam-se disputadas nacionalmente, com estudantes transferindo-se de Garanhuns para Santana do Livramento e vice-versa, como se estivessem tomando lotação para ir ao colégio. Absurdo!
O sistema sempre foi descentralizado, regionalizado e, por fim, como convém, foi se municipalizando. Os investimentos que proporcionaram a maior parte dessas instituições de ensino resultaram de esforço, poupança ou pleitos locais. O provão nacional é uma cessão de autonomia no controle da porta de entrada do Ensino Superior!
Li todo o Caderno Amarelo aplicado este ano. Para quem está afeito às relações entre a linguagem e a política fica fácil perceber, em algumas questões, o emprego gramsciano do vocabulário e o uso da prova como instrumento de doutrinação e construção da hegemonia política. A centralização serve para muitos males, inclusive para esse específico mal. Serve para a submissão de Estados e municípios. Serve para a cooptação de maiorias parlamentares. Serve para afastar a sociedade de decisões ditas participativas pelo envolvimento de grupos sociais devidamente aparelhados. Serve para a corrupção. Serve, esplendidamente, para o uso da rede de ensino como instrumento de doutrinação (vide livros do MEC!). E, porque tem sido assim, em tudo e com tudo, também esse ENEM vai a serviço dos mesmos instrumentos de centralização e hegemonia.
Enquanto a panela aquece para as festas do poder, canta-se como em outras comemorações: "Para a União não vai nada? Tudo! Então como é que é? É big, é big, é big, big, big." Pobre federalismo brasileiro.
Percival Puggina, 07 Novembro 2011
Publicado no jornal Zero Hora.
Li todo o Caderno Amarelo aplicado este ano. Para quem está afeito às relações entre a linguagem e a política fica fácil perceber, em algumas questões, o emprego gramsciano do vocabulário e o uso da prova como instrumento de doutrinação e construção da hegemonia política.
A fábula da rã que se deixa cozer viva, passivamente, em uma panela de água fria que vai ficando morna, depois quente e, por fim ferve, é perfeitamente aplicável a inúmeras estratégias em curso no país. Se, em vez de avançarem aos poucos, seus condutores saltassem etapas e nos jogassem diretamente onde desejam nos levar, haveria resistência social e os projetos fracassariam. Estão nos cozinhando em fogo baixo.
Muito se tem escrito sobre o ENEM, esse mastodonte que iniciou como uma avaliação de desempenho do Ensino Médio no país e que, com raras exceções, virou monstruosidade ainda maior - prova de seleção para ingresso nos estabelecimentos de Ensino Superior. Por quê? Porque alguns pedagogos, afinados com o poder político estabelecido, decidiram que era assim que tinha que ser. Já escrevi que quando o "coletivo" aparece com uma ideia, por extravagante que seja, ela acabará prevalente. Não vou discutir, aqui, os aspectos pedagógicos nem as onerosas trapalhadas em que se tem envolvido o tal provão do MEC. Detenho-me sobre uma pauta que não pode transitar sem ser denunciada em vista de seu significado para a democracia.
A forma federativa de Estado, constitucionalizada no Brasil desde a Proclamação da República, corresponde ao importantíssimo princípio da Subsidiariedade, que ordena competências em níveis superpostos, de tal modo que cada nível só age se o nível que lhe é inferior não puder cumprir bem suas atribuições. Esse princípio, que preserva, na base, a iniciativa dos indivíduos e, logo acima, a iniciativa das comunidades locais, e assim sucessivamente, tem óbvias aplicações no campo da Administração, do Direito, da Política e da Ética. Pois eis que, ao conjunto de ações centralizadoras já adotadas no Brasil, sempre pelo reverso desse respeitável princípio, soma-se agora o ENEM, como nova intromissão/cessão de autonomia em favor da União. Num país do tamanho do Brasil, as vagas nos estabelecimentos de Ensino Superior tornam-se disputadas nacionalmente, com estudantes transferindo-se de Garanhuns para Santana do Livramento e vice-versa, como se estivessem tomando lotação para ir ao colégio. Absurdo!
O sistema sempre foi descentralizado, regionalizado e, por fim, como convém, foi se municipalizando. Os investimentos que proporcionaram a maior parte dessas instituições de ensino resultaram de esforço, poupança ou pleitos locais. O provão nacional é uma cessão de autonomia no controle da porta de entrada do Ensino Superior!
Li todo o Caderno Amarelo aplicado este ano. Para quem está afeito às relações entre a linguagem e a política fica fácil perceber, em algumas questões, o emprego gramsciano do vocabulário e o uso da prova como instrumento de doutrinação e construção da hegemonia política. A centralização serve para muitos males, inclusive para esse específico mal. Serve para a submissão de Estados e municípios. Serve para a cooptação de maiorias parlamentares. Serve para afastar a sociedade de decisões ditas participativas pelo envolvimento de grupos sociais devidamente aparelhados. Serve para a corrupção. Serve, esplendidamente, para o uso da rede de ensino como instrumento de doutrinação (vide livros do MEC!). E, porque tem sido assim, em tudo e com tudo, também esse ENEM vai a serviço dos mesmos instrumentos de centralização e hegemonia.
Enquanto a panela aquece para as festas do poder, canta-se como em outras comemorações: "Para a União não vai nada? Tudo! Então como é que é? É big, é big, é big, big, big." Pobre federalismo brasileiro.
Percival Puggina, 07 Novembro 2011
Publicado no jornal Zero Hora.
ADOÇÕES: PREVALECE A DEMAGOGIA
Media Watch - Outros
Como tenho dito: “du-vi-de-o-dó” que haja mais crianças negras adotadas por negros do que crianças negras adotadas por brancos.
Não há absolutamente nada neste país que hoje não esteja submetido ao crivo ideológico. A doutrinação marxista alcança até mesmo – pasmem! - a Matemática!
Hoje trago do jornal Diário do Pará mais uma daquelas notícias que recorrentemente trazem a manipulação consigo, quase sempre invisível ao leitor desavisado, por embrulhada em palavras melífluas que convocam os bons sentimentos das pessoas para causas pretensamente nobres, justas, éticas e humanas.
Trata a matéria do batido discurso de que há candidatos suficientes para adotar todas as crianças disponíveis nas instituições de acolhimento de menores, mas que tal benfazejo efeito não se concretiza porque esbarra no preconceito étnico, já que as crianças brancas são preferidas.
Esta espécie de reportagem aparece e reaparece de tempos em tempos, como que automaticamente avisado por uma agenda eletrônica. Ela pretende afirmar que os casais brancos são racistas.
Porém, o que sempre se oculta é que há um número mais que suficiente de casais negros ou pardos que têm condições perfeitas para adotar crianças não brancas. Então a pergunta que tem de ser feita é: porque os negros ou pardos não estão adotando crianças negras ou pardas?
Pensemos bem sobre o quanto tem sido exigido de casais brancos, no limite do constrangimento (vejam as novelas televisivas), para que adotem preferencialmente crianças negras, enquanto não vigora nenhum apelo, por mínimo que seja, para que adultos negros e pardos adotem nem crianças de sua cor, quiçá muito menos crianças brancas.
Como tenho dito: “du-vi-de-o-dó” que haja mais crianças negras adotadas por negros do que crianças negras adotadas por brancos (salve, e olhe lá, o caso de adoções intra-familiares, ou seja, quando são os tios ou avós que assumem as crianças)! E muito mais: que haja mais crianças brancas adotadas por negros do que – atenção! - crianças BRANCAS adotadas por negros!
Convido agora os leitores a acompanharem-me na análise lógica que farei de um trecho da notícia de que falei nos primeiros parágrafos acima:
Apesar do aumento pela procura por adoção, o CNJ revela que ainda existem alguns fatores que acabam dificultando a adoção de crianças e adolescentes. O primeiro deles é o perfil exigido pelos pretendentes. A maioria dos interessados cadastrados pelo CNA, 9.842 (36,54% do total), prefere crianças ou adolescentes brancos, sendo que quase metade das crianças disponíveis para adoção - 2.272 no total - é parda. Crianças brancas somam 1.657, o que representa 33,82% do total.
Em primeiro lugar: como assim, ó Diário do Pará? Desde quando um percentual de 36,58 % compõe uma maioria? Como é que os jornalistas que obtiveram os dados e que editaram a matéria não perceberam tal enormidade? Afff....
Ademais, se 9.842 são as pessoas interessadas em crianças ou adolescentes brancos e que correspondem a 36,52 % do total, então 63,48% são as pessoas que não se encaixam neste perfil, ou o meu raciocínio lógico está começando a falhar? Logo, quase o dobro de pessoas não se importa em adotar uma criança negra ou parda.
Percebam, digníssimos leitores, como já se dão a pouquíssimo trabalho os mistificadores, a ponto de permitirem-se publicar qualquer besteira sem o menor medo de serem felizes. Na verdade, confiam no tom da redação empregada, na técnica do discurso carregado de indignação, confiantes de que as pessoas não vão conferir os números nem questionar os argumentos. Mais das vezes, para tal mister, basta um título bem eloquente.
Em outro artigo que já escrevi a respeito deste mesmíssimo tema, tive a felicidade de encontrar quem teve o mesmo lampejo de lucidez que exponho aqui e como as suas posições foram tratadas por representantes de entidades sedizentemente relacionadas à defesa dos direitos dos povos afro-descendentes (Uol/Folha de São Paulo, de 13 de outubro de 2001):
Paulo Sérgio dos Santos, 41, presidente do Angaad (Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção), acredita que a marginalização não deveria ser considerada pelos negros como um obstáculo à adoção.
"Se a comunidade negra buscasse fortalecer a proposta e a levasse adiante, muitos problemas poderiam ser minimizados", diz ele, que é filho adotivo.
Roberto da Silva, 42, pedagogo e autor do livro "Filhos do Governo", sobre internos da Febem, concorda e afirma que o principal na adoção das crianças é a disponibilidade de afeto e não de dinheiro. Segundo ele, os movimentos negros deveriam se unir em torno da questão da adoção.
"Se os negros querem espaço na universidade e no mercado de trabalho, por que não tratar questões como adoção e abandono infantil na perspectiva de uma questão étnica?", pergunta Silva.
Representantes de movimentos negros discordam. Para Sueli Carneiro, 51, presidente da ONG Geledés - Instituto da Mulher Negra, os negros têm a adoção incorporada em sua estrutura familiar de uma maneira informal.
Ela cita as famílias negras às quais se agregam frequentemente crianças de outras famílias. "A família burguesa nuclear ainda é um modelo distante da maioria da nossa população", diz Sueli.
Ivanir dos Santos, 47, que se considera "afrodescendente" e é presidente do Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), concorda com Sueli. Para ele, as adoções informais são muito comuns não só entre as comunidades negras, mas também em outras camadas mais pobres da sociedade brasileira.
Ivanir acredita que, nos casos de adoção formal, existe preferência por crianças brancas e que isso serve para desmistificar a democracia racial do Brasil.
"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.
O fato de que supostamente haja uma estrutura social entre os negros diferente da “família burguesa nuclear”, segundo a qual há uma adoção informal de crianças, entretanto, não responde ao fato de que crianças negras (e brancas!) continuam à espera por um lar nos orfanatos.
Percebam os leitores como ambos os presidentes de ONG's acima não se mostraram efetivamente interessados na melhoria de vida dos negros – especialmente das crianças negras. Preferiram recorrer a uma desculpa esfarrapada do que encarar o problema de frente. E mais uma vez, jogaram o problema no colo dos brancos: “"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.” (Ivanir dos Santos)
Isto se dá porque não é este o objetivo que almejam, senão o de se promoverem às custas dos demais negros por meio do movimento negrista ou quilombola, de inspiração coletivista-marxista. Chamar o seu eleitorado à responsabilidade não é algo que lhes inspire simpatia ou boa vontade.
Seus alvos atualmente são sobretudo a conquista das cotas raciais para os cargos públicos eletivos e empregos públicos e privados, bem como a desapropriação (perdão: expropriação) das terras de seus proprietários originais.
Aqui termino, não sem antes vacinar este próprio texto contra as tentações dos sonsos de plantão: Se você tem uma criança adotada, não importa quais sejam as tonalidades das respectivas peles - a sua e a de seu filho do coração - defiro o meu mais elevado respeito e consideração à sua família, e rogo – sinceramente – que Deus sempre a proteja. Este artigo não é uma apologia à segregação racial, mas sim à liberdade escolha individual, para protegê-la o discurso ideológico-demagógico.
Klauber Cristofen Pires, 08 Novembro 2011
INVADA A REITORIA VOCÊ TAMBÉM!!!
Artigos - Movimento Revolucionário
Você é a favor das drogas? É contra a polícia no campus? Não tem mais o que fazer? Ótimo!
Participe da próxima invasão de reitoria e incremente o seu portfólio de militante.
O pacote inclui: manchetes e fotos de primeira página em todos os jornais, fotogalerias nos sites jornalísticos, vídeos no youtube, repercussão nas redes sociais, reportagens benevolentes na TV Globo, depoimento solidário ("Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia") do Ministro da Educação e pré-candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad - e muito mais!
Em especial: a foto da vitória! Todos unidos na saída da delegacia exibindo o documento de liberação após o pagamento da fiança de R$ 545! Fiança paga, é claro, com o dinheiro público dos nossos sindicatos, entidades e movimentos sociais, que cuidam de todas as despesas pra você, incluindo os advogados. Isso mesmo: ninguém precisa chamar o papai!
Venha! Traga o seu capuz. Traga o seu baseado. Traga o seu galão de gasolina e o seu coquetel molotov.
Após a invasão, basta ignorar as ordens judiciais, aguardar a chegada da polícia com a(s) câmera(s) do(s) seu(s) celular(es) ligada(s) e resistir bravamente à prisão, com o máximo possível de vitimismo heroico e acusações histéricas. Vamos juntos imputar ao governo tucano qualquer indício de truculência policial! Todo sangue é bem-vindo!
Aproveite ainda para arremessar pedras nos repórteres e destruir seus equipamentos, que nós garantimos a sua absolvição moral. Você e seus amigos delinquentes serão tratados como "manifestantes" (Folha de São Paulo), "estudantes" (O Globo) e até "os meninos" (Jornal Nacional)! É muita honraria à sua espera.
Mas lembre-se: não basta, por fim, reunir 5% dos alunos em assembleia e afetar os demais 95% com a declaração de "greve geral".
É preciso, também, participar das festinhas do DCE, com Open Bar de ervas e charutos cubanos.
Comece em alto estilo a sua carreira na militância esquerdista.
Inscreva-se já!*
*Os 100 primeiros ganham uma carteirinha do PT.
Felipe Moura Brasil, 10 Novembro 2011
Você é a favor das drogas? É contra a polícia no campus? Não tem mais o que fazer? Ótimo!
Participe da próxima invasão de reitoria e incremente o seu portfólio de militante.
O pacote inclui: manchetes e fotos de primeira página em todos os jornais, fotogalerias nos sites jornalísticos, vídeos no youtube, repercussão nas redes sociais, reportagens benevolentes na TV Globo, depoimento solidário ("Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia") do Ministro da Educação e pré-candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad - e muito mais!
Em especial: a foto da vitória! Todos unidos na saída da delegacia exibindo o documento de liberação após o pagamento da fiança de R$ 545! Fiança paga, é claro, com o dinheiro público dos nossos sindicatos, entidades e movimentos sociais, que cuidam de todas as despesas pra você, incluindo os advogados. Isso mesmo: ninguém precisa chamar o papai!
Venha! Traga o seu capuz. Traga o seu baseado. Traga o seu galão de gasolina e o seu coquetel molotov.
Após a invasão, basta ignorar as ordens judiciais, aguardar a chegada da polícia com a(s) câmera(s) do(s) seu(s) celular(es) ligada(s) e resistir bravamente à prisão, com o máximo possível de vitimismo heroico e acusações histéricas. Vamos juntos imputar ao governo tucano qualquer indício de truculência policial! Todo sangue é bem-vindo!
Aproveite ainda para arremessar pedras nos repórteres e destruir seus equipamentos, que nós garantimos a sua absolvição moral. Você e seus amigos delinquentes serão tratados como "manifestantes" (Folha de São Paulo), "estudantes" (O Globo) e até "os meninos" (Jornal Nacional)! É muita honraria à sua espera.
Mas lembre-se: não basta, por fim, reunir 5% dos alunos em assembleia e afetar os demais 95% com a declaração de "greve geral".
É preciso, também, participar das festinhas do DCE, com Open Bar de ervas e charutos cubanos.
Comece em alto estilo a sua carreira na militância esquerdista.
Inscreva-se já!*
*Os 100 primeiros ganham uma carteirinha do PT.
Felipe Moura Brasil, 10 Novembro 2011
DEPOIS DA LIBERDADE DESAPARECER...
Artigos - Governo do PT
Haverá quem diga: "Ah, mas eles foram anistiados!" Os militares, também. "Os crimes estão prescritos!" Os dos militares, também. "Mas a tortura é crime inafiançável!" O terrorismo, também.
Há, nas linhas que se seguem, tristeza, dor e revolta. Tristeza, por ver onde nos trouxe a filosofia leninista adotada, sem qualquer escrúpulo, pelos atuais “donos do poder”. Dor, por ver como o brasileiro se deixa embair por histórias da Carochinha, tipo “nunca antes nesse País”, empurradas goela abaixo como iguarias raras. Revolta - e vergonha – por ver a que ponto de sabujice foram levadas as Instituições brasileiras.
O estopim que deflagrou a tristeza, a dor, a revolta e a vergonha foi a longamente cantada, em prosa e verso, Comissão da Verdade (do PC do B). Melhor seria que lhe fosse dado o nome de Comissão da Mentira, Comissão da Perseguição aos Vencedores, ou outra denominação qualquer, deixando bem claro, numa paráfrase de Prestes em 1961, que hoje a esquerda está no governo e no poder.
Caminhamos, esta é a verdade, pelo mesmo penoso e triste caminho trilhado pelas Forças Armadas da Argentina. Ontem, orgulhosas. Hoje, mal pagas, mal armadas, aviltadas em seus valores, vêem velhos chefes arrastados às barras dos tribunais pelo crime de terem impedido, a ferro, fogo e sangue, o domínio que as violentas facções marxistas desejavam, a ferro, fogo e sangue, impor à nação argentina.
A esquerda, formada por comunistas, socialistas, social-democratas, etc., conseguiu, sob a égide de um auto-exilado, dar o primeiro e decisivo passo na busca de vingança: criou o Ministério da Defesa, retirando os chefes militares dos centros decisórios e, a partir daí, passo a passo, passou a ditar a política das Forças Armadas a buscar a criação, interna corporis, de cisões impensáveis no passado, qual a afirmação de que a nova Força nada tem a ver com as antigas.
Paralelamente, contando com a proverbial falta de memória do brasileiro comum, tudo fizeram e fazem para reescrever a história dos governos militares, tachando aquele período de “anos de chumbo” quando, os mais velhos lembram ainda, foram anos de ouro para o Brasil. Na impossibilidade física de levar um General ao banco dos réus, a exemplo do que ocorre na Argentina, urgia encontrar um bode expiatório. Foram achá-lo na pessoa do hoje coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, então um simples Major inserido na cadeia de comando do então II Exército e que recebeu, à época, a missão de comandar o Destacamento de Operações de Informações (atualmente Inteligência). E, no seu cumprimento, juntamente com seus comandados, teve tanto êxito que, desde o governo Sarney, quando Adido Militar no Uruguai, tornou-se o alvo predileto da esquerda raivosa, substituindo a vítima anterior, o delegado Fleury do DOPS/SP, já falecido.
Enganam-se os que pensam ser o Cel Ustra o único que será levado ao banco dos réus. Comandantes de outros DOIs e seus comandados, que tiveram êxitos semelhantes em suas áreas de atuação e componentes de outros órgãos que agiram nessa luta, também serão chamados a depor. O processo já está esquematizado: os beleguins da “Comissão da Verdade do B”, identificarão os pretensos autores dos crimes - quem matou quem, quem torturou quem, etc. E aí, conforme asseverou a ministra Maria do Rosário em outras palavras, na entrevista concedida à TV Brasil no dia 30 de outubro, contam que uns poucos, em troca da chamada delação premiada, digam cobras e lagartos dos seus antigos comandantes e mesmo de companheiros, dando ares de verdade às mais descabidas acusações.
Após, terão início os processos na área cível, movidos pelos familiares ou pelas pretensas vítimas (que já foram indenizadas pelo Estado), para pedir indenização aos agentes que venham a ser identificados.
Nesse sentido, o STF já abriu as comportas com resposta a pedido do advogado do Cel Ustra: a Anistia não isenta, na área cível, a reparação monetária de pretensos crimes que, após 40 anos, há muito estão prescritos. Há que ressaltar não proceder tal pedido de indenização, eis que tais pessoas eram tão somente agentes do Estado designados para a função de combate ao terrorismo, apoiados por uma Diretriz Presidencial voltada para o combate à subversão comunista. De mais a mais, já regiamente concedido pelo Estado, um pedido de indenização não cabe ser estendido ao agente, mero executor das leis vigentes na ocasião.
Que ninguém se iluda! Como a maioria da população desconhece a Comissão da Verdade, haverá necessidade de torná-la conhecida através intensa campanha midiática em cujo bojo, além da demonização dos vencedores de ontem, transformados maquiavelicamente nos derrotados de hoje, será preconizada a derrogação da Lei da Anistia. Conhecendo o estofo moral dos nossos legisladores, esta não será a etapa mais difícil do processo que vem sendo conduzido por um governo de vezo totalitário, corrupto e revanchista. E assim, restará reescrita a História do Brasil segundo a ideologia marxista.
Antes que o desastre se consuma, antes de ser imposto ao povo brasileiro o regime do partido único, deve haver uma resposta que impeça tal descalabro. Que os possuidores de voz, que os estudiosos das leis, que as próprias Instituições iniciem, sem tardança, uma campanha na qual os familiares das vítimas dos terroristas exijam que seja revelada a identidade dos criminosos – alguns já confessaram, em livros e entrevistas – e, ao depois, entrem com processos cíveis em busca de indenização. Que os sábios e os doutos nos digam se não cabe, inclusive, uma ação popular, ou uma ação nos moldes da movida pelo Clube Militar no caso Lamarca. Haverá quem diga: "Ah, mas eles foram anistiados!" Os militares, também. "Os crimes estão prescritos!" Os dos militares, também. "Mas a tortura é crime inafiançável!" O terrorismo, também.
A esquerda sonha em cassar nossa liberdade, mas conforme afirmou Chateaubriand, “depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.” Lutemos, pois, pela verdade, pela democracia e pela pátria.
Osmar José de Barros Ribeiro, 09 Novembro 2011
Haverá quem diga: "Ah, mas eles foram anistiados!" Os militares, também. "Os crimes estão prescritos!" Os dos militares, também. "Mas a tortura é crime inafiançável!" O terrorismo, também.
Há, nas linhas que se seguem, tristeza, dor e revolta. Tristeza, por ver onde nos trouxe a filosofia leninista adotada, sem qualquer escrúpulo, pelos atuais “donos do poder”. Dor, por ver como o brasileiro se deixa embair por histórias da Carochinha, tipo “nunca antes nesse País”, empurradas goela abaixo como iguarias raras. Revolta - e vergonha – por ver a que ponto de sabujice foram levadas as Instituições brasileiras.
O estopim que deflagrou a tristeza, a dor, a revolta e a vergonha foi a longamente cantada, em prosa e verso, Comissão da Verdade (do PC do B). Melhor seria que lhe fosse dado o nome de Comissão da Mentira, Comissão da Perseguição aos Vencedores, ou outra denominação qualquer, deixando bem claro, numa paráfrase de Prestes em 1961, que hoje a esquerda está no governo e no poder.
Caminhamos, esta é a verdade, pelo mesmo penoso e triste caminho trilhado pelas Forças Armadas da Argentina. Ontem, orgulhosas. Hoje, mal pagas, mal armadas, aviltadas em seus valores, vêem velhos chefes arrastados às barras dos tribunais pelo crime de terem impedido, a ferro, fogo e sangue, o domínio que as violentas facções marxistas desejavam, a ferro, fogo e sangue, impor à nação argentina.
A esquerda, formada por comunistas, socialistas, social-democratas, etc., conseguiu, sob a égide de um auto-exilado, dar o primeiro e decisivo passo na busca de vingança: criou o Ministério da Defesa, retirando os chefes militares dos centros decisórios e, a partir daí, passo a passo, passou a ditar a política das Forças Armadas a buscar a criação, interna corporis, de cisões impensáveis no passado, qual a afirmação de que a nova Força nada tem a ver com as antigas.
Paralelamente, contando com a proverbial falta de memória do brasileiro comum, tudo fizeram e fazem para reescrever a história dos governos militares, tachando aquele período de “anos de chumbo” quando, os mais velhos lembram ainda, foram anos de ouro para o Brasil. Na impossibilidade física de levar um General ao banco dos réus, a exemplo do que ocorre na Argentina, urgia encontrar um bode expiatório. Foram achá-lo na pessoa do hoje coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, então um simples Major inserido na cadeia de comando do então II Exército e que recebeu, à época, a missão de comandar o Destacamento de Operações de Informações (atualmente Inteligência). E, no seu cumprimento, juntamente com seus comandados, teve tanto êxito que, desde o governo Sarney, quando Adido Militar no Uruguai, tornou-se o alvo predileto da esquerda raivosa, substituindo a vítima anterior, o delegado Fleury do DOPS/SP, já falecido.
Enganam-se os que pensam ser o Cel Ustra o único que será levado ao banco dos réus. Comandantes de outros DOIs e seus comandados, que tiveram êxitos semelhantes em suas áreas de atuação e componentes de outros órgãos que agiram nessa luta, também serão chamados a depor. O processo já está esquematizado: os beleguins da “Comissão da Verdade do B”, identificarão os pretensos autores dos crimes - quem matou quem, quem torturou quem, etc. E aí, conforme asseverou a ministra Maria do Rosário em outras palavras, na entrevista concedida à TV Brasil no dia 30 de outubro, contam que uns poucos, em troca da chamada delação premiada, digam cobras e lagartos dos seus antigos comandantes e mesmo de companheiros, dando ares de verdade às mais descabidas acusações.
Após, terão início os processos na área cível, movidos pelos familiares ou pelas pretensas vítimas (que já foram indenizadas pelo Estado), para pedir indenização aos agentes que venham a ser identificados.
Nesse sentido, o STF já abriu as comportas com resposta a pedido do advogado do Cel Ustra: a Anistia não isenta, na área cível, a reparação monetária de pretensos crimes que, após 40 anos, há muito estão prescritos. Há que ressaltar não proceder tal pedido de indenização, eis que tais pessoas eram tão somente agentes do Estado designados para a função de combate ao terrorismo, apoiados por uma Diretriz Presidencial voltada para o combate à subversão comunista. De mais a mais, já regiamente concedido pelo Estado, um pedido de indenização não cabe ser estendido ao agente, mero executor das leis vigentes na ocasião.
Que ninguém se iluda! Como a maioria da população desconhece a Comissão da Verdade, haverá necessidade de torná-la conhecida através intensa campanha midiática em cujo bojo, além da demonização dos vencedores de ontem, transformados maquiavelicamente nos derrotados de hoje, será preconizada a derrogação da Lei da Anistia. Conhecendo o estofo moral dos nossos legisladores, esta não será a etapa mais difícil do processo que vem sendo conduzido por um governo de vezo totalitário, corrupto e revanchista. E assim, restará reescrita a História do Brasil segundo a ideologia marxista.
Antes que o desastre se consuma, antes de ser imposto ao povo brasileiro o regime do partido único, deve haver uma resposta que impeça tal descalabro. Que os possuidores de voz, que os estudiosos das leis, que as próprias Instituições iniciem, sem tardança, uma campanha na qual os familiares das vítimas dos terroristas exijam que seja revelada a identidade dos criminosos – alguns já confessaram, em livros e entrevistas – e, ao depois, entrem com processos cíveis em busca de indenização. Que os sábios e os doutos nos digam se não cabe, inclusive, uma ação popular, ou uma ação nos moldes da movida pelo Clube Militar no caso Lamarca. Haverá quem diga: "Ah, mas eles foram anistiados!" Os militares, também. "Os crimes estão prescritos!" Os dos militares, também. "Mas a tortura é crime inafiançável!" O terrorismo, também.
A esquerda sonha em cassar nossa liberdade, mas conforme afirmou Chateaubriand, “depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.” Lutemos, pois, pela verdade, pela democracia e pela pátria.
Osmar José de Barros Ribeiro, 09 Novembro 2011
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