"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 2 de julho de 2013

DIRETAMENTE DO TRIPLEX DO EIKE...


10 medidas tomadas por Eike Batista para combater a crise

1 – Leilão de suas taças e uso imediato de copos de requeijão para tomar Sidra,

2 – Esquentar a ponta da caneta para reaproveitar sua Bic e poder assinar seus últimos cheques do talão,

3 – Parcelar suas roupas em 5 vezes sem juros na C&A,

4 – Colocar as pilhas do seu controle remoto no congelador para aumentar o período de uso,

5 – Reunir restinhos de sabonete para depois juntar e fazer um maior.

6 – Comemorar seu aniversário em um rodízio de pizza e levar 10 amigos para o seu sair de graça.

7 – Acrescentar água na embalagem de xampu para aproveitar até o último restinho.

8 – Cozinhar ovo na água do macarrão para economizar gás.

9 – Colocar fita isolante para segurar a pilha do controle remoto e evitar gastos desnecessários com uma tampa ou até mesmo com um controle novo.

10 – Fazer miojo com ketchup nos fins de semana para reunir-se com Thor e Olín de forma econômica. Perder o dinheiro sim, os laços familiares jamais!
 
02 de julho de 2013
vinicius antunes
sensacionalista - um jornal isento de verdade

SE É PARA FAZER PLEBISCITO, ENTÃO FAÇAMOS COMO DEVE SER FEITO!

Perguntas que não podem faltar no plebiscito 

O reverenciado jornalista José Simão levantou para o mundo a seguinte questão:
"Quais as perguntas que não podem faltar no plebiscito?"

Para ajudá-lo e ajudar nossa república, o Sensacionalista perguntou a 9 bilhões de brasileiros e as 10 respostas mais frequentes foram:

1 – Vodka ou água de coco?

2 – Ser ou não ser?

3 – Casar ou comprar uma bicicleta?

4 – É pavê ou pacumê?

5 – Aumenta na passagem ou no imposto?

6 - Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?

7 – Jacaré no seco anda ou atola?

8 – Corta na frente ou pica atrás?

9 – Café expresso ou no coador é melhor?

10 - Cachorro late em água ou late em terra?

 

02 de julho de 2013
sensacionalista - um jornal isento de verdade
Emanoelle Farias, Natália Rocha, Roberto Rocha, Priscilla Acioly e Vinícius Antunes

DILMA "TRAMBIQUE" NÃO TEM COMPETÊNCIA LEGAL PARA PROPOR PLEBISCITO. É UMA FARSA

 
Dilma simplesmente não tem competência legal para propor plebiscito coisa nenhuma! Isso é uma farsa! O único que pode fazê-lo é o Congresso!
 

 

Uma Constituinte e mesmo o plebiscito não são a casa-da-mãe-Dilmona — vivendo, é bom destacar, seus dias de Madrasta da Cinderela. Há regras para as duas coisas. É impressionante — estupefaciente mesmo (sim, eu gosto dessa palavra!) — que o Brasil esteja a discutir uma reforma política quando a governante de turno, ao empreender tal esforço, simplesmente ignora a lei. Escrevo de novo: para reformar a política, que estaria cheia de vícios, a soberana decide ignorar o que está devidamente regulamentado. A esmagadora maioria dos brasileiros deve achar, a esta altura, que basta a presidente da República pedir para que se faça um plebiscito.
 
Dilma deve enviar nesta terça a sua mensagem ao Congresso. Sei lá que tipo de documento será. Poderia ser um cartinha com coraçõezinhos vermelhos, um bilhete perfumando, um torpedo do Aloizio Mercadante, o superministro sem pasta (não me venham dizer que ele anda a cuidar da Educação…). Por que escrevo isso? É simples.
 
O plebiscito está previsto, sem qualquer detalhamento, no Artigo 14 da Constituição. Mas existe uma lei que estabelece as condições para que seja realizado — e também as duas outras formas de consulta: o referendo e a emenda de iniciativa popular.
Trata-se da 8.709. E ali estão dadas as condições para o dito-cujo. Uma delas é esta:
 
“Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.”
 
Entenderam? O plebiscito tem de contar, de saída com o apoio de pelo menos um terço da Câmara (171 deputados) ou do Senado (27 senadores). Para que se transforme num decreto legislativo, tem de ser aprovado pela maioria das duas Casas.
 
Ou por outra: sabem o que a presidente da República tem com isso? Absolutamente nada! Pode não parecer, mas Dilma está é atropelando o Congresso numa matéria que é da exclusiva competência desse Poder. Nesta segunda, num ato já insólito, encaminhou uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral sobre a viabilidade do plebiscito.
 
Também isso é uma invasão de competência escandalosa, como notou o ministro Gilmar Mendes, que participava de sessão do TSE, diante de uma Carmen Lúcia, presidente desse tribunal, mais ou menos atônita. Basta ver o que dispõe o Artigo 8º da Lei, que transcrevo:

Art. 8o Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:

I – fixar a data da consulta popular;

II – tornar pública a cédula respectiva;

III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;

IV – assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa concessionários de serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob consulta.
 
Assim, à presidente Dilma Rousseff não cabe enviar mensagem ao Congresso coisa nenhuma, como não cabia também a consulta ao Tribunal Superior Eleitoral. Ontem, ela comparou a sua equipe com a de Felipão… Não! Se o futebol estivesse funcionando com o governo Dilma, José Maria Marin é que estaria dando dicas a Neymar. Vocês podem imaginar o resultado…
 
Se Dilma acha mesmo imperiosa a reforma política agora — é pura cascata! —, que mobilizasse seus ministros encarregados da interlocução com o Congresso (Casa Civil, Relações Institucionais e Justiça) para conquistar, então, aquele terço necessário, que resultaria na proposta de decreto legislativo etc. Mas não! Em vez disso, o governo sai por aí metendo os pés pelos pés.
 
A menos que violente a lei — e, creio, a questão irá parar na Justiça —, só haverá plebiscito se ao menos um terço de uma das Casas se manifestar nesse sentido. Depois, as duas, por maioria, têm de aprovar a proposta. Que os “companheiros” da base aliada fiquem atentos.
 
O principal objetivo dos petistas é retirar dos partidos o direito de administrar o próprio caixa de campanha: seja com financiamento público, como eles querem, seja com financiamento privado, a petezada defende um caixa centralizado, que distribuiria os recursos segundo o tamanho de cada bancada na Câmara — o que seria bom… para o PT! O partido, de resto, continuaria a receber contribuições ilegais, ainda que não necessariamente em dinheiro, de sindicatos, ONGs, movimentos sociais…
 
O povo se diz favorável à reforma política porque, obviamente, não tem como saber de todos esses truques. Com a proposta, Dilma tenta sair da berlinda e fazer de conta que o problema está ao lado, no Congresso.
 
Dilma poderia dar uma primeira contribuição importante à reforma dos hábitos políticos brasileiros: seguir a lei.
O que lhes parece?
 
02 de julho de 2013

Blog Reinaldo Azevedo - Veja
 

DEPUTADOS DO PMDB VETAM PLEBISCITO E QUEREM REVER ALIANÇA COM PT PARA 2014.


Horas depois de a presidente Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso mensagem com itens do plebiscito para a reforma política, a bancada do PMDB da Câmara fechou questão contra a proposta.
 
Em uma reunião em que nem assessores puderam participar, parte dos peemedebistas criticou a iniciativa de Dilma, considerada uma manobra para desviar a atenção dos protestos nas ruas.
 
Em nota, a bancada se posicionou a favor de uma consulta popular, mas apenas em 2014. No debate junto com a sociedade, eles defendem que deverá constar temas como reeleição, tempo de mandato, pacto federativo e sistema eleitoral.
 
"A população não quer ser enganada. Não há tempo hábil de se votar nenhuma medida a não ser que seja consenso para 2014. E dificilmente uma proposta que dependa de Emenda Constitucional terá consenso", afirmou o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), após a reunião.
Sobre o clima de discussão no encontro, o peemedebista resumiu: "Foram três horas e vinte minutos de pancadaria".
 
Dentro da sala de uma das Comissões da Casa, parlamentares do partido se revezaram nos microfones com ataques ao governo federal e análises "ácidas" sobre a condução política da presidente Dilma. Alguns chegaram até a propor uma reavaliação da aliança com o PT nas eleições de 2014, o que rendeu aplausos dos mais exaltados. Além das palmas, não faltaram discursos em tom de chacota. "Estamos discutindo a troca da roupa do morto?", ponderou um. "Vamos evitar o abraço dos afogados", disparou outro.
 
Redução de ministérios
 
Do lado de fora, o deputado Newton Cardoso (MG) verbalizou o descontentamento de alguns. "A aliança está em xeque sim", afirmou. No encontro também ficou decidido que os peemedebistas passarão a adotar um discurso pela redução do número de ministérios.
 
Ao ser questionado se o partido estaria disposto a oferecer seus ministros para o sacrifício dos cortes, o vice-líder do PMDB, Danilo Forte (CE), disse: "Se quiserem levar os cinco do PMDB, podem levar porque eles não valem um".
Por traz do discurso de cortes na Esplanada está a tentativa dos parlamentares de devolver a "batata quente" ao Palácio do Planalto, mudando o foco sobre o debate do plebiscito para o tamanho da máquina governamental e seus 39 ministérios.
 
Segundo peemedebistas ouvidos, há também um sentimento de que Dilma "ultrapassou os limites" ao propor no plebiscito temas que são da alçada apenas do Congresso, como o fim da suplência para Senadores e o fim do voto secreto.
 
(EM)
02 de julho de 2013

SE O PT QUER O FIM DAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS, O QUE OS PARTIDOS ESTÃO FAZENDO COLIGADOS COM ELE?

 
O PT despreza os demais partidos. Só está com PP, PDT, PR, PSD, PSB e outros por obrigação.
O PT acha que, com o plebiscito, poderá convencer o povo de que não é o partido mais corrupto do país, o partido do Mensalão, fazendo passar o fim das coligações partidárias. Jogando toda a culpa pela má política nas costas dos ex-aliados. 
O PRB, dos evangélicos, deu a resposta certa: abandonou a coligação liderada pelo PT. Mais algum partido com um pingo de vergonha na cara para sair agora mesmo da base podre deste governo terminal? 
 
02 de julho de 2013
in coroneLeaks

PMDB QUER REFERENDO, NÃO PLEBISCITO


Depois de discutir com os líderes partidários sobre a proposta do governo federal de convocação de um plebiscito para a reforma política, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou nesta terça-feira (2) que concedeu um prazo até a semana que vem para as bancadas debaterem internamente sobre o assunto.

Segundo o peemedebista, na próxima terça (9), as lideranças da Casa irão responder se apoiam a realização de um plebiscito para alterar pontos do sistema político brasileiro.
Caso não haja acordo em torno da consulta, um grupo de parlamentares será encarregado de elaborar, em 90 dias, um projeto de reforma política.
Essas propostas, conforme o presidente da Câmara, podem vir a ser submetidas a um referendo depois de aprovadas pelos congressistas.
“Um plebiscito só se justificaria se houvesse um consenso nesta Casa. Não quero correr o risco de esse plebiscito, não se viabilizando, perdermos a oportunidade de votar a reforma política”, ressaltou.

Embora tenha adiantado um plano B, Alves enfatizou que a “prioridade” da Câmara será encaminhar um plebiscito. “Estou criando um paralelo, uma alternativa, para que se o plebiscito não caminhar, tenhamos outro caminho a percorrer, que seria de um projeto que essa Casa votaria”, complementou.
Na manhã desta terça, o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentaram um documento de três páginas aos presidentes da Câmara e do Senado com as sugestões de Dilma ao processo consultivo.

De acordo com Cardozo, a mensagem presidencial sugere que o plebiscito sobre a reforma política aborde ao menos cinco temas:
financiamento público ou privado de campanha, sistema eleitoral (voto proporcional ou distrital), continuidade ou não da suplência para senador, fim ou não do voto secreto em deliberações do Congresso e continuidade ou não de coligações partidárias proporcionais.
 
(G1)
02 de julho de 2013

É BOM LIMPAR PARA VER SE OUVE A VOZ DAS RUAS...




02 de julho de 2013

COMISSÃO DA VERDADE. PUGGINA É ENTREVISTADO NA FAMECOS/PUCRS

ENTENDO O FORO DE SÃO PAULO - CAPÍTULO 3

O PLEBISCITO DOS ESPERTALHÕES VAI TROPEÇAR NA REVOLTA DA RUA E DESAPARECER NO SUMIDOURO QUE ENGOLE MALANDRAGENS ELEITOREIRAS

 

O plebiscito sobre a “reforma política” é o mais recente lançamento da usina de pirotecnias eleitoreiras instalada pelo bando de vigaristas, ineptos e gatunos que está no poder há mais de dez anos ─ e lá quer ficar para sempre. Atarantados com a revolta da rua, a presidente Dilma Rousseff e seus conselheiros trapalhões imaginam que a manobra malandra vai esvaziar o pote até aqui de cólera que enfim transbordou para as ruas de centenas de cidades.
Versalhes reencarnou no Planalto. Os espertalhões não demorarão a descobrir o tamanho da encrenca em que se meteram.

As multidões sem medos nem donos já não suportam a impunidade dos corruptos, o apodrecimento dos sistemas de saúde e educação, a gastança debochada dos exploradores da Copa do Mundo, o cinismo dos políticos profissionais, a institucionalização da trapaça, da tapeação, da promessa que não descerá do palanque.
Em sua essência, as palavras de ordem reiteradas nos atos de protesto, encampadas pela imensa maioria do país que pensa, exigem a imediata interrupção da Ópera dos Canalhas.

Os mágicos em ação no picadeiro do Planalto acham que, com um plebiscito malandro, vão mandar os manifestantes de volta para casa, livrar a chefe de vaias desmoralizantes, inverter a curva perturbadora desenhada pelas pesquisas, reeleger Dilma Rousseff no primeiro turno e correr para o abraço.

Vão todos quebrar a cara. A esperteza da hora será tragada pelo mesmo sumidouro onde jazem, agonizam ou sobrevivem com injeções bilionárias de dinheiro público tantos projetos delirantes, invencionices diversionistas, façanhas imaginárias, milagres de araque, maluquices perdulárias e ideias natimortas.

Um balanço ligeiro informa que, até agora, o legado do governo lulopetista já inclui

o Programa Fome Zero,
as três refeições por dia,
o fim da pobreza,
o extermínio da miséria,
o espetáculo do desenvolvimento que deu no pibinho,
o enquadramento da inflação nas metas do Banco Central,
o Programa Primeiro Emprego,
o trem-bala,
a Ferrovia do Sarney,
a ressurreição da rede ferroviária em ruínas ,
a transposição das águas do Rio São Francisco,
a rede nacional de hidrovias,
as 6 mil creches prometidas em 2010,
as 6 mil casas na Região Serrana do Rio prometidas em 2011,
os 6 mil agentes especializados na prevenção de enchentes,
os 6 mil médicos cubanos,
o sistema de saúde que Lula considera “perto da perfeição”,
a importação do SUS pelos Estados Unidos,
as 14 universidades de Primeiro Mundo concebidas por Lula,
a erradicação do analfabetismo,
a recuperação da rede rodoviária federal,
o asfaltamento da rodovia Cuiabá-Santarém,
a recuperação da Transamazônica,
a autossuficiência em petróleo anunciada em 2007,
a entrada na OPEP a bordo das jazidas do pré-sal,
as quatro refinarias da Petrobras,
a ascensão da Petrobras à liderança do ranking mundial,
a vaga no Conselho de Segurança da ONU,
o crescimento espetacular do Mercosul bolivariano,
a solução do conflito do Oriente Médio pelo palanque ambulante
(e, como consequência natural, o Prêmio Nobel da Paz),
a candidatura de Lula a secretário-geral da ONU,
a esquadrilha de caças franceses,
os dois submarinos russos,
a fórmula milagrosa que faz crise econômica virar marolinha,
os pitos telefônicos de Lula em George Bush,
as advertências de Lula a Barack Obama,
os conselhos de Dilma a Angela Merkel,
a Copa do Mundo de matar argentino de inveja,
a Olimpíada de assombrar dinamarquês,
as “obras de mobilidade urbana” legadas pelos eventos esportivos,
o terceiro aeroporto de São Paulo,
os 800 novos aeroportos distribuídos por todo o país,
a reforma e ampliação dos aeroportos das capitais,
a política de segurança nacional,
os presídios federais de segurança máxima,
a proteção das fronteiras com aviões não tripulados,
os recordes de popularidade estabelecidos por Lula e Dilma,
o controle social da mídia,
a regulamentação dos meios de comunicação,
a onisciência da doutora em economia,
o PT detentor do monopólio da ética,
o partido que não roubava nem deixava roubar,
fora o resto.


A lista será ampliada pelo plebiscito que é mais que uma tentativa de golpe: é também a confirmação de que os chefões do lulopetismo e seus comparsas não conseguem ou não querem ouvir a voz da rua.

Essa espécie de surdez invariavelmente eleva em milhares de decibéis o som da fúria. E confirma que governantes como Lula e Dilma só ouvem com nitidez a palavra de cinco letras que, gritada em coro pela multidão, costuma prenunciar o final infeliz: basta.

02 de julho de 2013
Augusto Nunes

MENSAGEM DE DILMA É UMA SOMA DE DESPROPÓSITOS

Governanta, como se nota, acha que Congresso é culpado pelo transe das ruas. Não é o que diz o eleitor!

     
A mensagem apresentada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso (post anterior) esconde alguns despropósitos em sua linguagem lhana, sóbria. Comecemos pelo erro — na verdade, pelo truque — de fundo.
Dilma tenta pegar carona no movimento das ruas, como se ele estivesse voltado principalmente contra o Congresso.
 
Os políticos, no geral, não andam gozando de boa reputação, mas ela também é política. Não tivessem as forças federais de segurança guardado o Planalto no dia do grande confronto de Brasília, e teria sido esse o palácio incendiado, não o do Itamaraty.
 
As pesquisas de opinião evidenciam que boa parte da população identifica os problemas é com o Poder Executivo mesmo. A população pode não saber direito como são as coisas, mas é informada o bastante para saber que, se existem chantagistas e aproveitadores no Congresso, é porque existe quem paga.
 
Percebem: Dilma ofereceu como resposta única, até agora, ao transe das ruas a reforma política, cujo conteúdo diz respeito especificamente ao Congresso. Os pontos da reforma que ela propõe, individualmente ou no conjunto, são inócuos para atender às reclamações.
 
O esforço para fazer o plebiscito é só uma manobra para tentar desviar o foco, a que se soma um oportunismo lamentável: os petistas querem aproveitar o momento para ver se conseguem encabrestar de vez o processo político.
Antes que trate do mérito de cada medida, destaco outros aspectos deletérios no texto. Afirma Dilma:

“A consulta popular é recomendável quando as formas de representação política dão sinais de que precisam ser renovadas.”

É uma besteira. Plebiscito, referendo e emenda de iniciativa popular estão previstos no Artigo 14 da Constituição não porque os senhores constituintes já se sentissem ultrapassados, mas porque lhes pareceu uma forma de ampliar a participação popular no processo constitucional.
Só por isso. O que veio depois, dona Dilma, a dita e suposta “crise de representatividade”, não pode ser causa do que veio antes, não é mesmo? Isso é cascata, bobagem.
 
A propósito: por que Dilma não propõe um meio de fazer consulta popular para decisões tomadas pelo Executivo, por exemplo? Ainda voltarei ao assunto.
Escreve ainda a governanta:

“Argumentos que buscam imputar ao povo uma impossibilidade de compreensão da melhor forma de representação não podem prevalecer em um Estado Democrático de Direito como o nosso.”

Demagogia barata! Em princípio, desde que disponha das condições e do tempo necessário, todo mundo é capaz de aprender tudo, não é? Até física quântica.
Ninguém está a dizer que existe uma natural incompatibilidade entre a população e, por exemplo, o debate sobre forma de representação (se proporcional, distrital ou distrital misto). O que se afirma é que é preciso tempo.
Suplência no Senado e voto secreto

Não vou, neste post, repetir argumentos contra o financiamento público de campanha ou a favor do voto distrital. Vocês já conhecem boa parte deles. Quero me ater aqui às três outras questões. Eu também sou contra o sistema de suplência do Senado, uma verdadeira aberração.
Mas me digam: o plebiscito vai decidir entre ele e o quê? Eleição para senador é majoritária. Leva o mais votado. Digamos que o eleito renuncie ou se licencie por alguma razão: quem assume? Um dos que tiveram menos votos? Ainda que seja, de fato, uma excrescência o que temos, o que a suplência tem a ver com a corrupção, por exemplo?
 
O mesmo se diga sobre as coligações. Por si, não são indutoras de lambança. Ademais, a depender do sistema escolhido, o debate perde sentido. Ainda voltarei ao assunto. Encerro fazendo alguns comentários sobre o voto secreto.
Ele pode ser nefasto apenas num caso: na votação sobre a cassação de parlamentares acusados de quebra de decoro. Exceção feita a essa questão, o expediente protege o Parlamento dos superpoderes do Executivo.
 
Reitero: a única resposta de Dilma aos protestos das ruas é essa tal reforma política que não responde a coisa nenhuma. Passa a impressão de que a única fonte de problema é o Congresso.
Pior: a depender das escolhas feitas, aí, sim, o país caminha para a breca. É o caso do financiamento exclusivamente público de campanha. Se essa estrovenga passa, a disputa eleitoral de verdade será travada na clandestinidade. E não esgotei as minhas reservas, não. Mal comecei.
 
02 de julho de 2013
Reinaldo Azevedo

DURA LEX... SED LEX...

Diagnóstico...COVA!!!
Rola pela rede a notícia de que o EX presidente Defuntus da Rose Medonha, anda procurando ajuda espiritual para o tratamento do câncer que os médicos do Sírio Libanês declararam em público estar curado.

O Ex-presidente procurou o médium João de Deus, em Abadiânia GO. E consta que se submeteu a cirurgias espirituais para tratar a doença.


Pelo visto a situação do traste é mesmo preta, quando um cidadão bufão e prepotente como o Sebento se sujeita à espiritualidade é que aqui no mundo dos vivos não deve ter mais jeito.

E tudo indica para uma piora da situação, pois, "O CARA" que tem acesso ao que tem de melhor na medicina Brasuca para tratar sua doença procurou ajuda espiritual não é mostra de fé, e sim mostra de que a agua bateu na bunda e o Sebentão teve que começar a nadar.
Não tenho a mínima pena, dó ou outro sentimento de solidariedade qualquer, pois em vez de sair de cena e cuidar da saúde, ele continua vagando pelos corredores da politicalha vagabunda e presepera em busca de algo que não levará para o caixão.

A história um dia irá julgar esse velhaco canalha, até lá a providência divina se encarregará dele.

O cara que teve todas as oportunidades do mundo para se tornar um estadista, acaba chegando à reta final escondido, acovardado, trabalhando nas sombras pela CÚbanização e sofrimento de uma população que ainda o vê como a solução de todas a as mazelas que ele mesmo impôs ao povo Brasileiro. 

Um Hobin Hood as avessas que teve muito mais chances diante da doença do que a imensa maioria de trabalhadores e pais de família que sofreram do mesmo mal e nem tiveram tempo de fazer um único exame antes da morte.

E como ele mesmo disse em um discurso.  " O SUSto está tão bom que dá até vontade de ficar doente"Bem, doente ele ficou, agora, se tratar no SUSto, nem pensar.Pelo visto a linha de chegada desse verme está sendo vislumbrada no horizonte, tudo agora é questão de tempo.E como diz o ditado: "Até os canalhas envelhecem"....e morrem...
 
02 de julho de 2013
omascate

"GLOBO SENDO O CIRCO PARA MÍDIA INTERNACIONAL"

"GLOBO SENDO O CIRCO PARA MÍDIA INTERNACIONAL"


 

DOCUMENTÁRIO PROIBIDO SOBRE O MST

 

02 de julho de 2013
movcc

 
 

ESTAMOS ATENTO... E O POVO DA RUA TAMBÉM!!!



02 de julho de 2013 
 

 

NEM ELE AGUENTOU O PRONUNCIAMENTO!!!



DILMA SE COMPARA A FELIPÃO... SÓ SE FOR NO HUMOR.


Desculpa ai, Felipão! Camisa de força nela...Ai, Jesus...
 
 
Dilma acabou conversando ontem com jornalistas, conforme relata Gabriel Castro, da VEJA.com (ver post anterior). Falando um tantinho de brincadeira, mas certamente querendo exaltar a competência de sua equipe, disse ter um governo “padrão Felipão”. Vai ver está se referindo ao temperamento dos técnicos — embora o de Felipão, ultimamente, esteja mais suave. Mas a gente sabe que ele não é do tipo que endurece sem perder a ternura. Dilma também não. Quando fica brava, pode recorrer, assim, a uma linguagem de beira de campo, sem papas na língua; seu vocabulário, quando descontente, rivaliza com o corrente numa estiva agitada. “Padrão Felipão”? É mesmo, é? Então vai ver o Aloizio Mercadante é o seu Neymar, o moleque serelepe.
E quem seria o Fred goleador, posto lá na frente para fazer gol de pé, deitado, de canela, com classe, sem classe, como der? Guido Mantega? Caído, ele está, mas nada de gol! A metáfora poderia ser engraçadinha tivesse a presidente ido ao Maracanã. Não deu. Indagada sobre a ausência, preferiu uma desconversa à Gertrude Stein, mas pela negativa: “Não fui porque não fui”. Como estava certo que ela iria, isso quer dizer que faltou porque seria vaiada. Tudo isso já comporia uma razoável crônica de enganos e desenganos, mas a coisa é mais séria do que isso.
O governo federal encaminhou, como se sabe, a consulta ao Tribunal Superior Eleitoral para saber das condições de realização de um plebiscito. Carmen Lúcia, presidente do Tribunal, fará a consulta aos 27 TREs e tal. Atenção, meus caros! ISSO, QUE É NOTICIADO COMO SE FOSSE A COISA MAIS CORRIQUEIRA DO MUNDO, JÁ É UM ABSURDO. A razão é simples: o Executivo não tem essa faculdade entre as suas prerrogativas. Se propor uma Constituinte exclusiva para a reforma já é de uma arrogância sem limites, encaminhar a consulta ao tribunal superior corresponde uma óbvia transgressão de competência. Quem decide sobre plebiscitos, inclusive na fase de consulta, é o Congresso.
Dilma não tomou nem o cuidado de arrumar um laranja no Parlamento para cuidar do assunto. Seu “Neymar” Bigodudo deve estar a lhe soprar ao ouvido que ela tem de mostrar segurança, firmeza… Notem bem: o TSE não é uma assessoria política ou uma instância consultiva dos políticos. Trata-se de um tribunal superior. Só atua, no caso, quando provocado — mas é preciso que os que o provocam tenham a competência para fazê-lo.
Ao enviar a questão ao tribunal, é claro que Dilma está atropelando o Congresso logo na partida. É como se Felipão treinasse a molecada pra chutar canelas, não para jogar bola. 
 
02 de julho de 2013
Por Reinaldo Azevedo
Veja online

RELEMBRANÇAS... O QUE O MOMENTO ATUAL NOS TRAZ DO PASSADO RECENTE.

MOMENTO 1

Jose R Arruda II - Caso Operação Pandora
No dia 27 de novembro de 2009, a Polícia Federal executou a Operação Caixa de Pandora, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência oficial do governador José Roberto Arruda, em secretarias do governo e em gabinetes de deputados na Câmara Legislativa.

Foram apreendidos computadores, mídias e documentos, além de 30 mil dólares, cinco mil euros e 700 mil reais.
No mesmo dia, o governador exonerou os envolvidos nas investigações, além de ter especulado que o desvio de recursos e a corrupção possam ter existido desde o governo anterior, de Joaquim Roriz.

A OAB cogita pedir o impeachment de Arruda.[8] Dez pedidos de impeachment foram protocolados por deputados na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Segundo reportagens, Arruda comandava a rede de pagamentos a parlamentares do Distrito Federal, com dinheiro oriundo de empresas que faziam negócios com o governo. Quatro empresas são suspeitas de efetuar repasses: Info Educacional, Vertax, Adler e Linknet.


Além disso, ele teria conhecimento de pagamentos a colaboradores próximos, como os secretários de Relações Institucionais, Durval Barbosa, de Educação, José Luís Valente, o chefe de gabinete, Fábio Simão, o assessor de imprensa, Omézio Pontes, e o chefe da Casa Civil do governo, José Geraldo Maciel; outro participante do esquema teria sido o secretário Domingos Lamoglia.

Lamoglia saiu do governo, indicado para o Tribunal de Contas do DF, e está sendo investigado também por corrupção no governo de Joaquim Roriz.
Durval Barbosa, que foi secretário de Roriz e confirmou que a rede de corrupção foi montada no governo anterior, colaborou com as investigações policiais, e poderá ser beneficiado pela delação premiada e pelo programa brasileiro de proteção às testemunhas.

Os deputados suspeitos de serem beneficiários do esquema são Leonardo Prudente, Rogério Ulysses, Eurides Brito, Pedro do Ovo, Rôney Nemer, e o presidente do PP no DF, Benedito Domingos.


Arruda teria também se beneficiado pessoalmente, com pagamentos quinzenais de 50 mil reais, além de conseguir empregos para parentes e amigos, como seu filho, nas empresas do esquema, e de ter o apoio da empresa pública Codeplan com contribuições eleitorais e na construção de uma casa luxuosa em Brasília para si e políticos aliados, entre os quais o vice-governador, Paulo Octávio.
Um vídeo foi divulgado no qual Arruda aparece recebendo maços de dinheiro quando ainda era candidato, em 2006.

Arruda defendeu-se, asseverando que os 50 mil reais em espécie que embolsa no referido vídeo tiveram como destino a compra de panetones para os pobres de Brasília. Em entrevista a vários jornais, ele atribui as denúncias a maquinações de políticos rivais, como Joaquim Roriz.

Nas investigações da Operação Castelo de Areia, apurou-se também que Arruda teria recebido 637,6 mil dólares ilegalmente para sua campanha em 1998.


Ele, contudo, informou que não se lembra de doações da Camargo Correa para sua campanha em 1998. Nas eleições de 2002, teria sido novamente beneficiado, desta vez por uma empresa coligada à Camargo Correa.

http://www.youtube.com/watch?v=IbVQuUWkl_Q&feature=player_detailpage


MOMENTO 2

Angela Gudagnin - Caso Dança da Pizza

Ângela Moraes Guadagnin (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1948) é uma médica e política brasileira.
Foi prefeita de São José dos Campos, deputada federal e atualmente é vereadora da cidade de São José dos Campos.

Ângela Guadagnin tornou-se nacionalmente conhecida por causa da Dança da Pizza, episódio em que dançou no plenário da Câmara dos Deputados, em comemoração à absolvição do colega João Magno das acusações de corrupção.

Sobre a dança, a deputada publicou uma nota de esclarecimento em seu site. Candidata à reeleição em 2006, teve pouco mais de 37 mil votos e não conseguiu se reeleger.

Em 2008, foi eleita vereadora de São José dos Campos, com 4.329 votos.

Angela Gudagnin em video.

http://www.youtube.com/watch?v=iMS0bjX-_PQ&feature=player_detailpage


MOMENTO  3

Escândalo dos Sanguessugas

O escândalo dos Sanguessugas, também conhecido como máfia das ambulâncias, foi um escândalo de corrupção que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro para a compra de ambulâncias. Entre seus principais envolvidos estavam os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues.

Em 4 de maio de 2006 a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sanguessuga para desarticular o esquema de fraudes em licitações na área de saúde. De acordo com a PF, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União para que fossem destinadas a municípios específicos. Com recursos garantidos, o grupo - que também tinha um integrante ocupando cargo no Ministério da Saúde - manipulava a licitação e fraudava a concorrência valendo-se de empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado. O "lucro" era distribuído entre os participantes do esquema. Dezenas de deputados foram acusados.

Segundo a Polícia Federal, a organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo o País. A movimentação financeira total do esquema seria de cerca de R$ 110 milhões, tendo iniciado em 2001. Na operação foram presos assessores de deputados, os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, funcionários da Planam (empresa acusada de montar o esquema de superfaturamento e pagamento de propinas) e a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino. O grupo ficou conhecido como a "máfia das ambulâncias" ou também "máfia dos sanguessugas".

A "máfia das ambulâncias" teve sua origem na gestão do então Ministro José Serra e permaneceu em atividade nas gestões de Barjas Negri (ambos do governo FHC), Saraiva Felipe e Humberto Costa (ambos do governo Lula) quando este foi alertado pela CGU em 30 de novembro de 2004. As especulações sobre as responsabilidades dos ministros no episódio tornaram-se importante componente da disputa eleitoral de 2006, em função das candidaturas a governador de José Serra, em São Paulo, e Humberto Costa, em Pernambuco. Especulações e ataques foram desferidos contra ambos e têm tido constante presença nos debates políticos destas eleições.

Vídeos e fotos em que Serra aparece junto com vários deputados incriminados no esquema distribuindo pessoalmente as ambulâncias e agradecendo o empenho destes nas emendas, uma reportagem da IstoÉ com depoimento dos Vedoin, fotos diversas e reportagens do Correio Brasiliense, mostrando um ofício do Secretário Executivo do Ministério da Saúde, na gestão Serra, determinando ao Fundo Nacional de Saúde para “providenciar o empenho e elaboração do convênio”, além da ligação de Serra com "Platão Fischer Pühler", este figura central de outro escândalo, o dos vampiros, podem arranhar sua imagem e arrastá-lo para o centro das polêmicas.


02 de julho de 2013
m.americo
 

CAUSA E DEVER: UM RASCUNHO


          Artigos - Cultura 
Não tenho nem defendo nenhuma “causa”. “Causa”, por definição, é uma meta coletiva a que o indivíduo serve sem ter nenhum controle de para onde ela vai, mas confiando que irá na direção dos seus sonhos, e portanto assumindo uma responsabilidade que mais tarde, se a coisa acabar tomando um rumo indesejado, ele negará com todas as suas forças.

A causa de hoje é a mentira existencial de amanhã. Todos os adeptos de causas, depois de um tempo, se dizem traídos. Nenhum acusa a si próprio de haver engrossado um coro sem ter a certeza de como a música iria terminar. Nem mesmo o compositor e o regente admitem a culpa dos resultados, preferindo jogá-la sobre as costas dos músicos e dos cantores, dos quais cada um, por sua vez, inocenta a sua participação alegando que foi ínfima, como se todas as totalidades não resultassem da soma de muitos ínfimos.

Toda causa é uma comédia até o momento em que se transfigura em tragédia. Então os comediantes saem correndo para todos os lados, em busca de desculpas e subterfúgios, tentando atenuar a tragédia com uma segunda comédia.
Da minha parte, rejeito, abjuro e desprezo todas as causas, principalmente aquelas que se revestem de uma linguagem pungente e fazem bater os corações.
Ao invés de diluir minha responsabilidade pessoal nas águas de um rio que não sei para onde vai, prefiro assumi-la integralmente e, em vez de servir a uma “causa” anônima e coletiva, cumprir um dever que é o meu e de mais ninguém.
O dever que assumi pode ser assim dividido em subdeveres, do mais geral para o mais particular:
1. Buscar a verdade da existência e, gradativamente (porque ninguém é de ferro), integrá-la na minha vida de todos os dias.
2. Expor com clareza e sinceridade os resultados da minha busca, por modestos que sejam, enfatizando seus limites e deixando espaço para correções possíveis.
3. Fornecer a um grupo mais próximo de pessoas – leitores e alunos – os instrumentos de que precisem para entregar-se a busca semelhante.
4. Educar o maior número possível de brasileiros para que possam talvez, amanhã ou depois, restaurar a cultura nacional e tirar o país da abjeção intelectual e moral em que mergulhou. Caso não possam fazê-lo, pelo menos cada um terá saído pessoalmente do lamaçal.
5. Analisar periodicamente a situação política e cultural do país, para que os melhores esforços não se dissolvam no vendaval de alucinações em que se tornou o “debate nacional”.
Se, nos resultados do meu trabalho, algum servidor de uma “causa” julgar que encontrou algo que seja útil a ela, que faça bom proveito, mas não me inscreva nela, por linda e promissora que pareça. Faço a minha parte sem expectativa nenhuma de que se integre numa corrente maior e produza resultados que estão além da minha competência e até da minha imaginação.


02 de julho de 2013
Olavo de Carvalho

A 67a.


A partir dos últimos três ou quatro anos, passei a refletir sobre as voltas que cumpro em torno ao sol. Talvez nem todo leitor tenha percebido, mas a cada ano de existência completamos uma órbita em torno à nossa fonte de luz. A vida pode parecer curta, mas o percurso não é pequeno.
São 930 milhões de quilômetros. Se você se acha sedentário, tire esta idéia da cabeça.
Estamos viajando a 29,8 km por segundo, o que dá 107 mil por hora. Não é pouco para quem se julga imóvel.

Há mais de sessenta voltas atrás, eu não acreditava nisto. Nem mesmo na redondeza da terra. As professoras tentavam em vão explicar-me a coisa, mas minha lógica era inabalável. Pegue uma laranja, professora. Ponha uma forminguinha sobre a casca. Em determinado momento, a formiga vai ficar de patas para cima. Ora, eu não estou de pernas para cima. Nem tenho notícias de que alguém no planeta viva assim. Nem poderia viver. Se a formiga consegue prender-se à laranja, isto é uma habilidade que não temos. Caíriamos no espaço.

Levou algum tempo para cair a ficha. Acho que só me convenci mesmo da esfericidade da terra quando vi as primeiras fotos tiradas por satélites. Tive tios que morreram sem acreditar que o homem havia chegado à lua. “Não pode - dizia tio Ângelo -, o céu é dos passarinhos. Sem falar que olho a lua todas as noites e nunca vi ninguém chegar lá”. Convicção é convicção. Ciência é outra coisa.

Daqueles dias para cá, já ciente da redondez da terra, fiz não poucos trajetos sobre sua crosta. Verdade que ainda hoje me parece plana. Mas deixa pra lá. É só tomar mais de uma garrafa de vinho e ela volta a girar sobre si mesma. Juro que até já senti, nessas ocasiões, o deslocamento dos continentes. Dizem que a Europa está se aproximando da África. Haja guardas nas fronteiras, quando os blocos se encontrarem.

Voltemos ao resfolegar do planetinha em torno ao sol. As primeiras quarenta voltas foram praticamente sem solavancos. Verdade que aos 30 lembrei-me que nessa idade Napoleão já havia conquistado o Egito e eu sequer organizara meus exércitos. Mas foi um desalento fugaz. Consolei-me lembrando a mim mesmo que meus propósitos não eram os mesmos do corso.

Foi na exata 40ª volta que senti uma desconfortável sensação de não-retorno. Celebrava com amigos da América Latina meu aniversário, em uma aconchegante bodega da Plaza Mayor, em Madri, quando me senti de repente adulto. Exercera jornalismo e magistério, estava gozando uma bolsa no Instituto de Cooperación Iberoamericana e lembrei-me que a festa acabara. Estava desempregado e não via luz ao fim do túnel. Até então, trabalho para mim fora lazer. E o lazer havia acabado.

Voltei ao Brasil e vim trabalhar em São Paulo. O girar em torno à terra continuou sem maiores turbulências, pelo menos até a 56ª volta, quando minha companheira de viagens orbitais caiu da nave. Não foi solavanco. Foi trombada mesmo. Daquelas das quais acordamos tontos, sem saber muito bem como ocorreu o acidente. Mas infelizmente acordamos. Melhor seria continuar dormindo. A nave no entanto continua sua trajetória sempre a mesma.

Os transtornos de percurso começaram nos últimos afélios e periélios. Ao completar a 62ª volta – já contei – fui premiado com um carcinoma de garganta. Como presente de Natal. De palato, mais precisamente. Olho por todos os lados e só vejo câncer matando os meus. Levou minha mulher, mais uma amiga querida, mais vários companheiros de bar. Sem falar nos que tentou levar, mas não levou. Sou um deles. Para dar uma idéia de como a peste me cerca, do pequeno grupo de sete amigos do qual participava em meus dias de Paris, cinco foram acometidos pela doença. Dois partiram, entre eles minha Baixinha.

Coisas da vida. Ou da longevidade, como dizem os médicos. Se antes havia menos mortes por câncer, é porque as pessoas viviam menos. O que nos leva à paradoxal idéia de celebrar cada câncer, como atestado de longa vida. Claro que melhor seria se fosse curta. Mas a medicina infelizmente está encontrando formas de prolongar a vida dos pestilentos.

Natal seguinte, mais um câncer. Estes tumores me afetaram o paladar, meu melhor instrumento de viagem. Desconfio que o bom deus dos cristãos é meu fiel leitor. Deve ter lido todas minhas crônicas para saber qual castigo ser-me-ia mais duro. Ele gosta de viagens, é? Pois vou vetar-lhe o melhor da viagem.

Mesmo assim, continuei viajando. Se já não sentia o odor de um Camembert, me restavam os vinhos e demais alcoóis que o engenho e a humana sede criaram. Aí mesmo é que o Cara se irritou. Natal passado, para celebrar seu nascimento, brindou-me com mais dois tumores.

Lembrei-me de meus dias de guri. Estava de férias no campo, na casa de meus pais. Foi quando, lendo a Bíblia, percebi de repente que aquele deus era um embuste. Nos dias de tempestade, para assustar meus parentes, montava em pêlo e esbarrava o cavalo frente às casas. A cada raio, batia no peito e berrava: manda outro, gran Hijo de Puta. Minhas primas se persignavam, cobriam espelhos e escondiam facas de pontas. Parece que o senhor dos raios não esqueceu do herege.

Não havia ainda me recuperado do segundo câncer, mas fui tentado por mais um giro pela calota do planeta, questão de ver uma aurora boreal. Fiz uma viagem insana, a tentação foi maior que a prudência. Estava à espera de uma biópsia e considerei que câncer sempre pode esperar trinta dias. Esperou. Me aguardava na volta. Ah, a aurora não deu o ar de sua graça. Mas curti noites profundas em Tromsø, no Círculo Polar Ártico.

Esta 67ª está sendo aziaga. Fiz uma cirurgia brutal que me roubou a voz. Vou recuperá-la, mas não será a minha mesma e boa antiga voz. Quando soube o que me esperava, confidenciei a meus mais próximos: melhor morrer. Nessas ocasiões chega sempre a turma do deixa-disso. “Bobagem, a vida continua. Há coisas piores”. Claro que há coisas piores. Mas há também as melhores, ora bolas. Para um ateu, descansar é sempre mais desejável que lutar cada hora contra o desconforto.

Mas assim não quiseram os médicos, nem mesmo meus amigos. Cheguei a perguntar a uma enfermeira: não se consegue uma eutanasiazinha? Nem pensar. Nem subornando? Nem subornando.

Então tá! Não esperava sobreviver à minha companheira de nave e cá estou, dez voltas depois. Quantas me restam? Espero que não muitas. Viagens siderais acabam cansando. Seja como for, fiquei comovido com as felicitações hoje recebidas.

Gracias, paisanos! Só um segredinho: não foi hoje que completei a 67ª. Este é o dia de registro do nascimento. Lá no campo, para não perder uma cavalgada ao cartório, que ficava a algumas léguas de distância, os pais sempre esperavam alguns meses para ver se a cria vingava. Nasci no 02 de abril. Três meses depois, como continuava “vivito y coleando”, fui registrado. No mais, como decía Fierro,


Vamos, suerte, vamos juntos
dende que juntos nacimos,
y ya que juntos vivimos
sin podernos dividir,
yo abriré con mi cuchillo
el camino pa seguir.


02 de julho de 2013
janer cristaldo