"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

POLITICAMENTE VULNERÁVEL

 

O mau resultado da economia registrado pelos números divulgados na sexta-feira indica, no campo político, o esgotamento do marketing da imagem de gestora da presidente Dilma Rousseff, sem a indispensável contrapartida de realizações.

Até aqui eficiente para o eleitorado anestesiado pelo poder de consumo, a estratégia começa a perder viço político, diagnóstico reconhecido intramuros pelo próprio governo.

A anemia econômica desnuda a ineficiência gerencial que as aparências escondiam e exibe um governo sem foco e dispersivo, que age a reboque dos acontecimentos. A receita ideal para transmitir desconfiança e desestimular investidores.

Não por outra razão, a falta de confiança é explicitada na análise de cenário do Banco Central que procura explicar as más notícias.

No plano político, essa percepção produz efeito contrário: anima os atores da sucessão presidencial de 2014, antes intimidados pela popularidade da presidente, e que viam no declínio econômico uma hipótese tão remota quanto eficiente para a competitividade de suas candidaturas.

Por ser da base do governo, é a movimentação do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que dá mais consistência a essa análise.

Embora ainda preso às cautelas adequadas a um aliado, ele vocaliza o diagnóstico de paralisia e o considera fator decisivo para sua disposição de concorrer em 2014.

No governo o clima é de emergência política. Repetindo seus rivais e adversários, a presidente Dilma avisou que 2013 será para mostrar serviço.

Pela primeira vez, está politicamente vulnerável.

03 de dezembro de 2012
João Bosco Rabello, O Estado de S.Paulo

IMAGEM DO DIA

Na cidade de Otsuki, no Japão, parte do túnel Sasago desmoronou, esmagando carros e provocando incêndio no seu interior
Na cidade de Otsuki, no Japão, parte do túnel Sasago desmoronou, esmagando carros e provocando incêndio no seu interior - AFP
 
03 de dezembro de 2012

LULA FICOU COM MAIS PINTA DE "O CÚMPLICE" DO QUE DE "O BOBO DE ROSE"

O cúmplice de Rose, por Ricardo Noblat - Globo Online

Lula deixou a presidência da República com uma ideia fixa - ou melhor: duas ideias.
A primeira: continuar mandando à distância por meio de Dilma. No que lhe interessa de verdade não pode se queixar. Manda. Outro dia até inventou uma CPI e Dilma só ficou sabendo ao retornar de uma viagem ao exterior.

A segunda ideia: por mais que negue, suceder Dilma a partir de 2014. Dona Marisa estava de acordo.

O câncer na laringe subtraiu-lhe parte da energia. Nem por isso abdicou do sonho do terceiro mandato. Recupera-se satisfatoriamente. E, salvo um imprevisto médico, estaria pronto para ir à luta.

Ocorre que duas gigantescas jamantas o atropelaram de agosto para cá: o julgamento do mensalão e o Rosegate.

Está lá, pois, o corpo de Lula estendido no chão. E é improvável que se levante antes de 2014. Depois será muito tarde.

Diz o PT, amparado por marqueteiros e analistas de pesquisas eleitorais: o julgamento do mensalão em pouco influenciou as eleições municipais de outubro último. O efeito dele foi quase nulo até mesmo em São Paulo, onde PT e PSDB travaram uma dura batalha.

De fato, eleição municipal é um fenômeno localizado. O eleitor está à procura de quem possa melhor administrar a sua cidade. Nada mais importa.

Eleição para deputado, senador, governador e presidente da República, não. Com frequência os interesses nacionais contaminam os locais.

Exemplo? Manaus.

Ali, em 2006, Lula colheu mais de 80% dos votos. Quatro anos depois, Manaus garantiu a Dilma uma votação estupenda. Lula foi lá este ano e pediu para que derrotassem Arthur Virgílio (PSDB), candidato a prefeito e seu desafeto.

Arthur se elegeu com folga.

Se a Justiça pusesse amanhã um ponto final no caso do mensalão e se o Rosegate acabasse apagado, por milagre, dos anais da política brasileira e da memória coletiva, nem por isso aumentariam as chances de Lula engatar a marcha da volta triunfal à presidência daqui a dois anos.

Imagine Lula, candidato, tendo que explicar a cada momento por que alguns dos seus ex-auxiliares de maior confiança estão presos.

Sim, porque os réus do PT no processo do mensalão só deverão ir para a cadeia no segundo semestre do próximo ano. E na cadeia ainda estarão quando a campanha presidencial do ano seguinte começar a pegar fogo.

Quer um cenário ainda pior para Lula, aspirante à vaga de Dilma?

E se em breve ele e outros suspeitos forem indiciados em um novo inquérito do mensalão? Isso não é só possível. É provável. A conferir.

O mensalão é um assunto árido para parcela expressiva dos brasileiros. E como envolve políticos, grana e desonestidade, não chama tanto a atenção. Estamos acostumados. Todo político é ladrão.

O Rosegate tem um ingrediente que o torna popular: lençóis e traições. É fácil de ser explicado: Lula cedeu à tentação e empregou no governo pessoas indicadas pela moça que se dizia sua namorada. Empregou, pelo menos, contra a opinião de dois dos seus ministros: o do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o da Defesa, Nelson Jobim.

Alojados em cargos estratégicos de agências reguladoras, tais pessoas formaram uma quadrilha para traficar influência e fraudar pareceres técnicos de órgãos federais.

A Polícia Federal descobriu o malfeito e indiciou-as por corrupção. A moça, também.

Sob a ótica religiosa, Lula é a versão atualizada de São Sebastião, picotado por flechas.

Sob a ótica profana, é o Tufão de um país chamado Avenida Brasil.


Esse foi o lance inaugural da eleição de 2012. O difícil é acreditar que ele tenha surpreendido Dilma.

Na melhor das hipóteses, Rose fez Lula de bobo. Na pior, de cúmplice.

Levando-se em conta seu prontuário, Lula ficou com mais pinta de “o cúmplice” do que de “o bobo de Rose”.

03 de dezembro de 2012

GURGEL DEVE PEDIR PRISÃO IMEDIATA DA GANGUE DO MENSALÃO DE LULA

Gurgel deve pedir prisão imediata de réus do mensalão. Joaquim pode decidir ele próprio ou submeter tema ao plenário; perda de mandatos também será discutida

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deverá propor esta semana ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão imediata dos réus condenados do mensalão. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, relator do processo, poderá decretar as prisões ele mesmo ou submeter a questão aos demais ministros.
Se for decidido em plenário, o mais provável é que o pedido seja negado pela maioria do tribunal. Isso porque, em outros processos penais, o STF declarou que a prisão não é imediata, exceto quando o condenado oferece perigo à sociedade.

Como todos os réus do mensalão são primários, os ministros podem valer-se da mesma tese. Nesse caso, a expectativa é que as prisões só ocorram em 2013. O julgamento será retomado na quarta-feira, já que a sessão de hoje foi cancelada a pedido de alguns ministros.

Também esta semana, o tribunal vai decidir se os parlamentares condenados perderão o mandato imediatamente ou se isso dependerá de novo processo na Câmara. Os ministros estão divididos sobre a polêmica. Além desses dois assuntos, os ministros devem discutir também a redefinição de penas e multas já aplicadas aos condenados.

Após o fim do julgamento, o STF tem prazo de 60 dias para publicar o acórdão — uma espécie de resumo da decisão. Em seguida, será aberto prazo para defesa e Ministério Público recorrerem com embargos declaratórios. Depois de julgados os recursos, o STF determinará as prisões. A jurisprudência do tribunal mostra que prisões imediatas são determinadas em crimes de morte ou de grave agressão à vítima.

Após calculadas as penas dos 25 condenados, na quarta-feira o primeiro assunto a ser tratado pelos ministros deve ser o mandato dos parlamentares João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). E também o de José Borba, que foi deputado pelo PMDB e hoje é prefeito de Jandaia do Sul, no Paraná. Celso de Mello e outros ministros pediram o cancelamento da sessão de hoje para que tivessem mais tempo para estudar o tema. A proposta foi aceita.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já disse que, independentemente da decisão do tribunal, os deputados analisarão se os parlamentares perderão os mandatos. Em resposta, o ministro Marco Aurélio Mello foi duro:

— Não adianta espernear, a última palavra é do Supremo.

Otimista, Joaquim pautou outros processos para quinta-feira. No entanto, as pendências do mensalão não devem permitir novos julgamentos.

03 de dezembro de 2012
Carolina Brígido - O Globo

ATÉ RICARDO KOTSCHO QUER QUE O PT E LULA SE EXPLIQUEM

 
Amigo de Lula há décadas, seu colaborador há 20 anos, Ricardo Kotscho quer que o PT e Lula venham "a público para dar explicações à sociedade porque não dá mais para fazer de conta que nada está acontecendo"
Ricardo Setti - VEJA
Lula com Kotscho: o amigo de há décadas cobra que o ex-presidente venha a público explicar-se (Foto: pedromigao.blogspot.com)
Lula com Kotscho: o amigo de há décadas cobra que o ex-presidente venha a público explicar-se (Foto: pedromigao.blogspot.com)
Ricardo Kotscho, 64 anos, repórter extraordinário e homem de bem, amigo que conheço desde 1969 e com quem tive o prazer enorme de trabalhar por longos anos, é amigo íntimo de Lula há décadas, e colabora como assessor com o ex-presidente desde a campanha eleitoral de 1989, além de ter sido, durante parte do governo Lula, secretário de Imprensa da Presidência.

Ele publicou hoje um artigo em que cobra do amigo que venha a público falar do mensalão e do recente escândalo ocorrido no escritório da Presidência em São Paulo em seu blog, Balaio do Kotscho — atitude que só o engrandece como jornalista e como cidadão.

Não concordo com várias das assertivas de Kotscho no texto abaixo, mas faço questão de publicá-lo pela enorme importância que atribuo a essa manifestação de alguém que, de longe, é das pessoas mais próximas e leais a Lula.

O título original do artigo é:
A hora da verdade para Lula e o PT

“Por que o bloguista inexplicavelmente não conta nada sobre Rosemary e o possível envolvimento do ex-presidente Lula em algumas operações ilícitas? Aonde está a sua imparcialidade de jornalista?”, pergunta o leitor Fernando Aleador, em comentário enviado às 04h57 desta sexta-feira.
Tem toda razão o leitor.

Demorei para escrever e dar esta resposta porque, para mim, estes últimos foram os dias mais difíceis da minha já longa carreira, posto que os fatos envolvem não só velhos amigos meus, como é do conhecimento público, mas um projeto político ao qual dediquei boa parte da minha vida.

Simplesmente, não sabia mais o que dizer. Ao mesmo tempo, não podia brigar com os fatos nem aderir à guerra de extermínio de reputações e de desmonte da imagem do ex-presidente Lula e do PT que está em curso nos últimos meses.

A propósito, escrevi no começo de novembro um texto que se mostrou premonitório sob o título “O alvo agora é Lula na guerra sem fim”, quando o STF consumou a condenação dos ex-dirigentes do PT José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares.

De uma hora para outra, a começar pelo julgamento do mensalão, até chegar às revelações da Operação Porto Seguro, o que era um projeto vitorioso de resgate da cidadania reconhecido em todo o mundo levou um tiro na testa e foi jogado na sarjeta das iniquidades.

“O que me intriga é saber por que agora, por que assim e por que tamanha insistência. É claro que o esforço para acabar com a corrupção é legítimo e louvável, mas não terminaram recentemente de sangrar o PT até a entrada do necrotério? Quem estaria sedento por mais?”, pergunta-se a colunista Barbara Gancia, na edição de hoje da Folha, e são exatamente estas as respostas que venho procurando para entender o que está acontecendo.

Talvez elas estejam na página A13 do mesmo jornal, em que se lê: “FHC acusa Lula de confundir interesses públicos e privados”. Em discurso num evento promovido pelo PSDB no Jóquei Clube de São Paulo, na quinta-feira, o ex-presidente pontificou, mesmo correndo o risco de falar de corda em casa de enforcado:

“Uma coisa é o governo, a coisa pública, outra coisa é a família. A confusão entre seu interesse de família ou seu interesse pessoal com o interesse público leva à corrupção e é o cupim da democracia”.

Sem ter o que propor ao eleitorado, após sofrer três derrotas consecutivas nas eleições presidenciais, e perder até mesmo em São Paulo na última disputa municipal, o PSDB e seus aliados na mídia e em outras instituições nacionais agora partem para o vale-tudo na tentativa desesperada de eliminar por outros meios o adversário que não conseguem vencer nas urnas.

Nada disso, porém, exime o ex-presidente Lula e o PT de virem a público para dar explicações à sociedade porque não dá mais para fazer de conta que nada está acontecendo e tudo se resume a uma luta política, que é só dar tempo ao tempo.

A bonita história do partido, que foi fundamental na redemocratização do país, e a dos milhões de militantes que ajudaram a levar o PT ao poder merecem que seus líderes venham a público, não só para responder a FHC e às denúncias sobre a Operação Porto Seguro publicadas diariamente na imprensa, mas para reconhecer os erros cometidos e devolver a esperança a quem acreditou em seu projeto político original, baseado na ética e na igualdade de oportunidades para todos.
Chegou a hora da verdade para Lula e o PT.

É preciso ter a grandeza de vir a público para tratar francamente tanto do caso do mensalão como do esquema de corrupção denunciado pela Operação Porto Seguro, a partir do escritório da Presidência da República em São Paulo, pois não podemos eternamente apenas culpar os adversários pelos males que nos afligem. Isso não resolve.

Mais do que tudo, é urgente apontar novos caminhos para o futuro, algo que a oposição não consegue, até porque não há alternativas ao PT no horizonte partidário, para uma juventude que começa a desacreditar da política e precisa de referências, como eu e minha geração tivemos, na época da luta contra a ditadura.
Conquistamos a democracia e agora precisamos todos zelar por ela.

03 de dezembro de 2012
Ricardo Setti - VEJA

BANCO ONDE ROSEMARY TERIA DEPOSITADO 25 MILHÕES DE EUROS É CITADO NO MENSALÃO

 03 de dezembro de 2012
Com Blog do Garotinho


Caso Rosemary: Um mistério de 25 milhões de euros
 
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula


As declarações contraditórias sobre a existência ou não de gravações telefônicas entre o ex-presidente Lula e sua ex-secretária na Presidência da República, Rosemary são absolutamente infundadas. As gravações existem e são explosivas. É até compreensível o esforço para tentar blindar Lula de situações constrangedoras, mas não desafiem a inteligência das pessoas. Vamos ao óbvio.


Por que a Polícia Federal pediria autorização judicial para interceptar os e-mails de Rosemary para os irmãos Vieira e não faria o mesmo em relação a telefones?


A Operação Porto Seguro está longe de apresentar seus principais desdobramentos e personagens envolvidos. Ao buscar informações sobre corrupção em pareceres técnicos, a Polícia Federal encontrou muito mais do que esperava. O problema agora é como lidar com essa situação.


O MP Federal não recebeu todo o material da investigação feita pela Polícia Federal. Não me refiro aos documentos apreendidos no dia da operação, mas às gravações telefônicas, os e-mails, as filmagens que antecederam a preparação do dia da operação.


O caso Rosemary é um problemaço para presidente Dilma Rousseff. Quem acha que Lula e Zé Dirceu vão sair apanhando sozinhos nesse episódio está profundamente enganado. São pelo menos 8 deputados federais do PT que têm seus nomes envolvidos em situações complicadíssimas nas armações ilimitadas de Rosemary. Até agora os nomes que vieram à tona são de Cândido Vaccarezza e Paulo Teixeira, mas nos próximos dias, a República vai sofrer grandes solavancos, principalmente a "República de São Bernardo do Campo".


Há ainda uma investigação dentro da própria investigação que está sendo aprofundada e descobriu que os tentáculos de Rose influenciaram até a PREVI, maior fundo de previdência do país (Banco do Brasil), com forte influência no mercado brasileiro.


Tudo o que disse acima são informações, mas vamos tratar de um fato que ainda está no campo das hipóteses.


Todas as operações da Polícia Federal têm nomes que procuram definir seus alvos, mesmo que de forma indireta os nomes sinalizam os objetivos da ação policial. Por que Operação Porto Seguro? Os mais afoitos e apressados em interpretar o nome dado à operação pela Polícia Federal poderiam imaginar que o nome foi dado em função da presença na operação do ex-senador Gilberto Miranda envolvido em licenças para instalar portos em ilha de propriedade da União.


Mas ele não era o alvo, quem estava na mira era Rosemary, e os seus tentáculos - como a operação mostrou - iam além da atuação dos irmãos Vieira nas agências reguladoras. Se estenderam pelo Banco do Brasil, pela Advocacia Geral da União, envolvem deputados e ministros, além de muita gente importante cujos nomes ainda estão sendo preservados.


Então por que Porto Seguro? A resposta pode ser encontrada na cidade do Porto, em Portugal, na agência central do Banco Espírito Santo. É só uma pista. Quem descobrir pode achar 25 milhões de euros na conta de uma grande figura da República.
 
Agência do Banco Espírito Santo
Agência do Banco Espírito Santo

Têm causado um grande impacto as revelações feitas pelo nosso blog no dia de ontem, a respeito dos 25 milhões de euros depositados na agência central do Banco Espírito Santo, na cidade do Porto (Portugal). Minha fonte é muito boa, mas conforme vocês poderão ver abaixo, estarei entrando amanhã com requerimento com base na Lei da Transparência pedindo informação ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota sobre as incursões lusitanas do ex-presidente Lula e seus acompanhantes.

Mas alguns de vocês devem estar se perguntando: Por que teria sido escolhido o Banco Espírito Santo para depositar os € 25 milhões?

Ora parece elementar que a opção tem a ver com o elo que já havia entre a diretoria do banco português e José Dirceu, que foi chefe de Rosemary por 12 anos, antes de virar assessora, e íntima de Lula. Para quem não lembra no julgamento do Mensalão, o relator Joaquim Barbosa destacou a reunião entre diretores do Banco Espírito Santo com José Dirceu no seu gabinete na Casa Civil. No seu relatório Barbosa afirmou que o empresário do ramo de publicidade Marcos Valério "falava em nome de José Dirceu". Barbosa afirmou ainda que Marcos Valério foi enviado por Dirceu a Portugal para reuniões com dirigentes do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom, que seriam para obter doações para a campanha à reeleição de Lula.

Como podem ver Lula, José Dirceu, o Mensalão e o escândalo de Rosemary estão todos intimamente ligados, e como se diz na linguagem popular: “juntos e misturados”. E muito mais ainda está para vir à tona.

EM MOMENTO GALHOFEIRO, GILBERTO CARVALHO DIZ QUE CORRUPÇÃO "NÃO ESTÁ MAIS EMBAIXO DO TAPETE"

 


Piada do dia

Secretário-geral da Presidência e amigo próximo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, Gilberto Carvalho, ultimamente nervoso, afirmou nesta segunda-feira (3) que o combate à corrupção é uma das metas do governo Dilma Rousseff, que não hesitará em “cortar na carne”.

“Cortaremos na carne, doa a quem doer. Sempre foi assim, desde o governo Lula e continua sendo”, disse Gilberto Carvalho, que por certo está gozando do povo brasileiro, pois a era Lula foi a mais corrupta da história política nacional. E o Mensalão do PT é um dos bons exemplos do impressionante grau que atingiu a corrupção no País.

Para completar a bazófia, Carvalho disse que “a impressão de que há mais corrupção agora não é real. O que há mais agora é que as coisas não estão mais embaixo do tapete”.

Bem, se a sujeira da corrupção não está mais debaixo do tapete, que Gilberto Carvalho explique para onde ela foi empurrada, pois esse bom-mocismo não convence nem mesmo o pároco da igreja mais próxima. Gilberto Carvalho deveria se envergonhar de mentir de forma tão acintosa e descarada, pois é sabido que o PT esconde como pode os escândalos de corrupção que protagoniza.

A maior prova desse esconde-esconde é o fato de pessoas próximas ao ex-presidente passarem a monitorar de perto Rosemary Nóvoa de Noronha, que se apresentava ao mundo como a “namorada do Lula”.
O temor dos aduladores de Lula é que por ter um temperamento explosivo e estar abalada emocionalmente, Rosemary fale tudo o que sabe, o que comprometeria sobremaneira o sempre inocente Lula.

Sendo assim, o que se pode concluir é que as coisas a que se referiu Gilberto Carvalho de fato não estão mais embaixo do tapete, porque foram parar sob o lençol de Lula e Rosemary. Resumindo, Carvalho perdeu a preciosa oportunidade de permanecer calado.

03 de dezembro de 2012
ucho.info

FARINHA DO MESMO SACO!


 
Cada vez que o FHC abre a boca para falar de política eu fico ainda mais certo que ambos são farinha do mesmo saco.

Um é mais light, tipo "peido de anjo".
O outro é mais boquirroto, mais boçal, mas no fundo são semelhantes em idéias e ideais.
A cultiuira de um alavacou o país, mas certamente nos jogaria num socialismo de veludo.
A cretinice do outro, atrasa a nação, e nos joga diretamente para o brejo da falência moral e institucional.
Mas no fundo eles pensam da mesma forma.
São esquerdofrênicos de carteirinha.

Nossa sorte ainda é que o parlapatão é tão burro que nem nos jogar direto no "socialismo" ele conseguiu.
Quando percebeu o valor do dinheiro, e na facilidade em ganhá-lo enganando o povo. Mudou de atitude e passou a manter o discurso que o povão babão adora ouvir, mas as mãos nonadáctilas ganharam vida e passaram a se movimentar entre o cofre e o bolso com uma rapidez impresionante.
O outro manteve a elegância que só a cultura proporciona, mas o discurso passou a ser uma bobageira sem fim. Talvez até por conta da idade. Mas o nível de aberrações disparou próximo à insanidade.
 
03 de dezembro de 2012
omascate

JÁ PASSOU DA HORA! ACORDA BRASIL!!!


 
 
 
03 DE DEZEMBRO DE 2012
MOVCC

DEPOIS DO DOUTOR QUE NÃO LÊ, O BRASIL INVENTA A FAXINEIRA QUE GOSTA DE LIXO

 

Além do brasileiro, o Brasil já inventou o analista de juiz de futebol, o jurado de escola de samba, o despachante, o senador biônico, o flanelinha, o comunista capitalista, o cabo eleitoral de ofício, o guerrilheiro que não sabe atirar e a família Sarney. A usina de esquisitices não pode parar, sugerem as duas singularidades incorporadas em 2011 ao vastíssimo acervo de assombros. No começo do ano, o País do Carnaval pariu o único doutor honoris causa do planeta que nunca leu um livro e não sabe escrever. Em seguida, decidiu que Dilma Rousseff seria a primeira faxineira da história que odeia vassoura e gosta de lixo.

Promovida a ministra de Minas e Energia em 2003, Dilma fez mais que conviver anos a fio, sem qualquer vestígio de desconforto, com o lixo amontoado por Lula no primeiro escalão federal. Como atestam três itens no prontuário, a chefe da Casa Civil fez o que pôde para piorar o que já estava péssimo. Com o dossiê forjado contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso, Dilma aumentou o lixo. Com a conversa em que tentou induzir Lina Vieira a indultar a Famiglia Sarney, escondeu o lixo. E intensificou extraordinariamente a produção de lixo ao transformar em sucessora a melhor amiga Erenice Guerra.

“A corrupção será combatida permanentemente”, mentiu no discurso de posse. Se pensasse assim, seriam outros os ministros na plateia. Ao chamar de volta Antonio Palocci e Alfredo Nascimento, por exemplo, trouxe para dentro de casa o entulho já depositado na caçamba. Ao nomear Pedro Novais e manter no emprego Wagner Rossi e Orlando Silva, afastou do aterro sanitário algumas pilhas de detritos. Ao prorrogar o prazo de validade de Carlos Lupi, revelou que já existe até o lixo de estimação.

Como atestam as fotos feitas no dia da posse, Dilma ficou muito feliz com a escolha dos seis ministros localizados pela imprensa no pântano das maracutaias. Lamentou a partida de cinco e faz o que pode para não se desfazer do sexto. A permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho transforma a antiga suspeita em certeza: a faxineira do Brasil Maravilha não consegue viver sem lixo por perto.


PUBLICADO EM 21 DE NOVEMBRO DE 2011

03 de dezembro de 2012
Augusto Nunes

DO BLOG DO DIRCEU

 
"O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que não devia falar de relações privadas e de confusão entre público e privado. Fazê-lo é falar em corda em casa de enforcado.

FHC devia ter o recato e a humildade de se calar, e não usar essa questão para fazer crítica a gestão do ex-presidente Lula. Pior é comparar sua administração na área social - e mesmo econômica - com a do presidente que o sucedeu. Aí já é desonestidade intelectual dele e do tucanato.

Os fatos históricos não mentem e nada, nenhuma tentativa tucana e da grande mídia de reescrever a historia recente do Brasil apagará a revolução social e econômica que fizemos no país - que fizemos Lula, o PT e aqueles que conosco construíram o projeto politico que agora o novo udenismo, com o sempre presente apoio da grande imprensa, tenta negar.

Um novo udenismo que age como no passado, de novo a serviço do conservadorismo e dos privilégios de certa elite que não se conforma e não aceita as mudanças empreendidas no país pelos governos do PT, porque teme perder seu poder e riqueza, acumulada a sombra e as custas do Estado.

Não se conforma e não aceita as mudanças que o Brasil vive e continuará a viver.

(do blog do Dirceu)

 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
Dizem os doutos que as crianças e os "imbecis", não conseguem discernir a realidade  das suas fantasias, projetadas nela. Admira-me, por mais que tente compreender a insanidade desse 'canalha', a sua coragem em escrever a crítica que lemos acima.
Parece que acabou de chegar de outra galáxia, e ainda não está informado de que foi condenado por um conjunto de crimes contra o Estado. Faz-se de ignorante e desconhece os sucessivos escândalos que estão abalando o país.
Agora mesmo, quando pensávamos que o 'mensalão' era o grande roubo da nossa história, apuramos que, diante do 'rosegate', não passou da punga de uns vagabundos salafrários, que encontrando a porta do cofre aberto, meteram a mão, e embolsaram uns tantos quantos milhões... A reunião de interesses escusos, acabou por formar uma quadrilha, apelidada de mensaleiros.
Agora, diante desse 'caso de amor' em que as primeiras notas dissonantes já mostram uma realidade assustadora, ficamos parvos... (Pô!!! 25 milhões de euros? E o resto? Cadê o resto? Vamos rastrear o resto... Nessa tal de `mala diplomática` deve ter entrado e saído muita grana! A PF, a Receita... Já estão alertas! Outras notícias bombásticas virão!)  E mais ainda, quando esse aluado, escreve que 'os fatos históricos não mentem' e que o 'tucanato' não conseguirá apagar a revolução social e econômica "que fizemos no país"... E não para por aí o seu delírio persecutório, afirmando que o novo 'udenismo', a serviço do conservadorismo e dos privilégios de certa elite, que não aceita as 'mudanças empreendidas no país'... Agindo como em tempos de antanho... Bla... Bla... Bla... Imprensa golpista... Eta geringonça velha! Quanta discurseira inútil para ocultar o 'óbvio ululante', como diria Nelson Rodrigues.
Discurso velho, oratória caquética, esquerdopática, esquizofrênica, ultrapassada...
Mas por mais que insista em transformar os fatos num 'pagode' da direita, não conseguirá sucesso e será desmentido pela verdade das provas, dos fatos que se acumulam a cada dia, demonstrando a bandalheira de cafajestes travestidos de 'políticos', com o único projeto, não de governo, mas de poder, para transformar o país no seu quintal.
Felizmente o STF bateu o martelo, mandando merecidamente a quadrilha para o vinagre.
A nação espera ansiosamente que todos cumpram suas sentenças.
m.americo
 

VOCÊ AUTORIZOU?

                         DE ONDE SÃO ESSAS FOTOS?

que pais e esse copy
marc aubert

Conseguiu adivinhar? Não?
Pois fique sabendo que é da Faixa de Gaza!!!


Enquanto o Brasil não tem dinheiro para corrigir a mísera pensão dos aposentados e salário dos professores, para ampliar leitos nos hospitais públicos, para melhorar a Educação dos nossos jovens, para segurar nossos cientistas no nosso país, para aumentar a Segurança Pública e reduzir a bandidagem, etc., veja a lei que o Presidente Lula sancionou antes de deixar o governo.

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos


LEI Nº 12.292, DE 20 DE JULHO DE 2010.
Autoriza o Poder Executivo a realizar doação para a reconstrução de Gaza.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Fica o Poder Executivo autorizado a doar recursos à Autoridade Nacional Palestina, em apoio à economia palestina para a reconstrução de Gaza, no valor de até R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais).
Parágrafo único. A doação será efetivada mediante termo firmado pelo Poder Executivo, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, e correrá à conta de dotações orçamentárias daquela Pasta.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 20 de julho de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Celso Luiz Nunes Amorim
Paulo Bernardo Silva

Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.7.2010


Agora pergunto: Você deu alguma autorização ao LULA para tirar esse dinheiro do seu bolso e doar para aqueles “pobres” para “reconstrução” da Faixa de Gaza?
Viu só o preço que você está pagando por ‘achar bonito e moderno’ ser do PT e votar como qualquer analfabeto???
Analfabeto não tem o que perder, VOCÊ tem!


03 de dezembro de 2012
giulio sanmartini

FRASES CRETINAS


O mundo está cheio de frases cretinas. Inteligentemente formuladas, mas cretinas. Vou comentar algumas delas.

A primeira, já a comentei em 2000. Volto ao assunto:

Que és tu para contestar autoridades que já pensaram o mundo?

Este é argumento mais safado usado pelos crentes – em Deus ou em qualquer outra superstição – para dissuadir um jovem que tem dúvidas. Como ilustres sumidades é o que não falta para proferir bobagens ao longo da história, eles sempre encontram nomes de prestígio para citar.

A Igreja foi buscar-me ainda no campo. Uma catequista uruguaia apanhava-me em um jipe na Linha Divisória entre Livramento e Dom Pedrito para jogar-me nas aulas de catecismo. Na cidade, fui estudar em colégio católico, dirigido por padres oblatos. A eles agradeço minha iniciação em latim, francês e inglês. E só. Para desgraça de meus catequistas, muito cedo comecei a ler a Bíblia. Como não há fé em Deus que resista a uma leitura atenta da Bíblia, minhas dúvidas começaram a inquietar os oblatos. Um sacerdote de Bagé, franzino e inquisitorial, veio às pressas para tentar trazer o herege em potencial de volta ao rebanho.

Discutimos um dia todo, com várias jarras de água e um almoço de permeio. A cada preceito de fé que eu contestava, o padre Fermino Dalcin me jogava no rosto a acusação: "Arrogância. Orgulho intelectual. Quem és tu para contestar, aqui em Dom Pedrito, o que autoridades decidiram em Roma?"

Era um argumento pesado para um piá de uns quinze anos. Eu só tinha como defesa descrer do que não conseguia entender. Mas resisti e consegui, ainda adolescente, libertar-me do deus judaico-cristão. Sou um ser dotado de pensamento lógico. Por mais que padre Fermino citasse São Tomás ou Santo Agostinho, não me afastava um milímetro de minha posição. Do alto de minha razão, eu enfrentava o Torquemada de Bagé. Há pensadores que ganharam renome na história e até hoje fazem escola proferindo sandices. Por mais espaço que ocupem nas enciclopédias, a mim nada dizem. Essas pergunta – quem é você? – é uma das mais perversas que conheço. Se o interlocutor não tem muita segurança, o vigarista ganha a parada.

Uma outra frase, não menos safada, é esta:


ninguém é ateu no leito da morte.

Comentei-a há alguns meses. Pior é quando é proferida por um médico. Como médico lida com morte, seu ofício parece dar-lhe mais autoridade.

Eu não conheço ateu no leito de morte – disse um cardiologista gaúcho, o dr. Lucchese, em um debate televisivo em Porto Alegre. O médico é um autor de livros de auto-ajuda que viraram best-sellers, com mais de meio milhão de exemplares vendidos. O que, para mim, já depõe contra o dr. Lucchese. Best-sellers são livros elaborados conforme os baixos instintos do grande público. Mas deixo de lado a fortuna literária do doutor e me atenho à sua afirmação.

Pretende o doutor que, na hora da morte, até ateus passem a crer em Deus. É o que deduzo de sua afirmação. Vou traduzir o crer em Deus por crer em uma vida após a morte. Pois para quem morre, o que interessa não é Deus, e sim a transcendência que sua existência implica.

Dr. Lucchese, antes de ser médico, revelou-se um católico fanático. (Pelo que sei, agora anda namorando os evangélicos televisivos). Daqueles que não admitem que alguém possa viver bem – e morrer bem – sem acreditar em deus. Mais ainda, sem esperar nada no Além. Se alguém vive bem e morre sem pedir água, toda a fé do Dr. Lucchesi é vã. Ele precisa justificar sua muleta e então diz uma bobagem dessas.

Esta afirmação tem algo de ofensivo. No fundo, o médico está afirmando que todo ateu é um covarde, que na hora do vamos ver apela a Deus. Não é bem assim. Isso é coisa de religioso que não acredita – nem admite – que alguém possa viver bem sem esperanças de vida além da morte.

Não, Dr. Lucchese, nós ateus não temos razão alguma para almejar vida eterna. Uma só vida já está de bom tamanho. Nos leitos de suas cirurgias, o dr. terá encontrado simulacros de ateu, que sequer sabem o que seja descrer. Ateu que se preza não pede quartel.

Já vivi situações próxima da morte e nem pensei no tal de Deus. Pensei, isto sim, nos amigos e amigas que tive e tenho, e nos bons momentos que passamos juntos. Quando minha mulher morreu, nem eu nem ela pensamos em tais bobagens. Aliás, exigi a retirada de um Cristo obsceno que dominava a capela mortuária.

Outra variante também safada da frase do médico é esta:


ninguém é ateu quando o avião está caindo.

Já vivi também tal situação – não que o avião estivesse caindo, mas eu pensava que estava – e tampouco em momento algum pensei no tal de criador de todas as coisas. Apenas apertei a mão de minha mulher e fiquei à espera do pior. Ou talvez do melhor, nunca se sabe o que vem pela frente.

Na esteira das frases cretinas sobre aviões, uma outra se sobressai. É quando, em caso de acidente, um sobrevivente diz:


graças ao bom Deus, me salvei.

Sorte a sua, companheiro. Mas que tinha seu bom Deus contra os que morreram?

Adelante! Esta ouvi de um companheiro de bar:


não deves estar à frente de tua época.

Era marqueteiro et pour cause. Não é bom que um marqueteiro esteja à frente de sua época. Se estiver, não será entendido pelos seus conterrâneos e perderá clientes. De minha parte, sempre procurei ler os autores que pensaram à frente de seus coetâneos. E, a meu modo, sempre estive à frente dos meus. Quando estava em moda ser comunista, eu há muito criticava os comunistas. Fui católico, é verdade. Mas isto foi um acidente de percurso, do qual eu não estava imune, e do qual libertei-me tão logo comecei a ler a Bíblia.

É frase que concorre forte ao Nobel das frases idiotas. Claro que este companheiro de boteco não esquentou muito banco em minha mesa. Esta assertiva é a mais cabal negação de todo avanço na história, na ciência e no conhecimento. Não fossem os homens que pensaram adiante de sua época, viveríamos ainda na Idade Média.

Para concluir, esta outra, safadérrima:


o hábito de perguntar por que arruinou o mundo.

É de autoria do padre Padre Pio de Pietrelcina, sacerdote católico italiano, elevado a santo pela Igreja Católica e objeto de particular veneração do Aiatolavo de Carvalho, outro ao qual deve incomodar muito o hábito de perguntar por que.

Era malandro desde pequeno, quando se tornou amigo do seu anjo da guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. E eu que não sabia que até os anjinhos da guarda conheciam os Evangelhos. Vai ver que tinham aulas de catecismo nas alturas. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu anjo da guarda, estreitando assim a intimidade dos fiés para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Aos 23 anos teve seu primeiro estigma, tinha o dom da bilocação e era muito milagreiro. Já que falei em aviões, relato um de seus milagres. O personagem é um piloto americano de bombardeiro durante a Segunda Guerra e devoto do padre Pio, que o salvou nos ares.

"O avião estava voando para o aeroporto onde ia pousar depois de descarregar suas bombas. Mas o avião foi danificado por um avião de caça japonês. "O avião" - disse o filho - explodiu antes que a tripulação tivesse a chance de saltar com o pára-quedas. Eu só tive sucesso saindo do avião. Eu não sei como eu fiz. Eu tentei abrir o pára-quedas, mas eu não tive sucesso fazendo isto. Então eu teria me esmagado no chão se eu não tivesse recebido a ajuda de um frade que me apareceu no ar. Ele tinha uma barba branca, ele me levou em seus braços e me colocou suavemente no aeroporto. Você imagina, que tipo de surpresa eu tive, isto retirou minha fala. Ninguém acreditava em mim, mas por causa de minha presença todo mundo teve que acreditar. Eu reconheci o frade que salvou minha vida quando, depois de alguns dias me deram licença e eu fui para casa. Eu vi o monge nas fotografias de minha mãe. Ela me falou que tinha pedido para Padre Pio que cuidasse de mim".

Quanto à tripulação, que se lixe. Não eram devotos do santo padre. Explodiram com o avião. Este é o paradoxo de todos os milagres aéreos. Por que? Ora, padre Pio detesta esta perguntinha.

Era homem que sabia do que falava. Nesta pergunta reside a origem de todas as heresias e a libertação do homem de dogmas absurdos. Todo religioso a detesta.

Se o leitor conhece outras perguntinhas deste teor, favor enviar para minha coleção.


03 de dezembro de 2012
janer cristaldo

A DETERMINAÇÃO DA CENSURA GLOBAL À INTERNET

ONU INICIA NESTA 2A. FEIRA REUNIÃO EM PAÍS ISLÂMICO PARA DETERMINAR A CENSURA GLOBAL À INTERNET. GOOGLE E DEPUTADOS EUROPEUS REAGEM! NO BRASIL OPOSIÇÃO SILENCIA!

 
Os olhos da internet no mundo se voltam para Dubai a partir desta segunda-feira, quando começa uma reunião de 12 dias em que a estrutura internacional da internet será debatida pelas 193 nações da União Internacional de Telecomunicações da ONU (ITU, na sigla em inglês).
 
O evento já se inicia com uma polêmica: uma campanha liderada pelo Google questiona a legitimidade do controle da rede pela ONU e a exclusão das empresas e usuários da votação que poderá definir o futuro dos negócios e dos usuários na rede.

Além do Google, deputados europeus também questionam a legitimidade da organização para legislar o tema, durante a Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais 2012.

Realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, o encontro vai até o dia 14 de dezembro, com o objetivo de revisar o tratado firmado em 1988 para facilitar as negociações comerciais e técnicas internacionais entre as operadoras de telecomunicações.

Na pauta oficial, entram o direito humano de acesso às comunicações, segurança no uso de TICs, proteção de recursos críticos nacionais, marcos regulatórios internacionais, cobrança e contabilidade, interconexão e interoperabilidade, qualidade do serviço e convergência.

Por trás da pauta, críticos apontam tópicos mais polêmicos como uma possível carta branca a países como o Irã e a China para a retirada do ar de blogs e outros conteúdos, além de restrições que esses governos impõem à internet.
 
Leia MAIS

MEU COMENTÁRIO - Olhem aí o "governo mundial" dando mais um passo para promover a censura em nível planetário. Tem razão a empresa Google quando questiona a legitimidade do controla da rede pela ONU, essa organização controlada pelos tarados ideológicos da nova ordem mundial, uma penca de burocratas comunistas.

Notem que escolheram para sediar esse evento Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes, uma monarquia islâmica.

Claro, a escolha tem evidentemente uma finalidade, impedir os protestos que ocorreriam se a reunião fosse num país democrático.

A ONU, a rigor já é a sede do governo mundial.
Aos poucos a soberania das Nações vai sendo solapada por esses burocratas comunistas regiamente pagos com a contribuição de bilhões de dólares subtraídos das nações. Isto quer dizer que estamos pagando para esses semoventes do comunismo do século XXI para nos impor a mordaça.
A oposição brasileira vergonhosamente se omite e se transforma em mais um bando de crápulas traidores da causa democrática e da liberdade.

HORA DE REAGIR. UTILIZEM AS FERRAMENTAS DE COMPARTILHAMENTO LOGO ABAIXO E COMPARTILHEM ESTE POST EM SUAS REDES SOCIAIS OU POR EMAIL!
 
03 de dezembro de 2012
in aluizio amorim

MARCO ANTONIO VILLA LANÇA LIVRO SOBRE O MENSALÃO

O julgamento ainda nem terminou. Mas, graças à inteligência, à clareza e à precisão do historiador, o mensalão já ganhou seu livro indispensável

JUSTIÇA - O autor não tem piedade para com figuras como Lewandowski - mas também os que tornaram o país menos cafajeste, como Celso de Mello, são alvo de sua honestidade
JUSTIÇA - O autor não tem piedade para com figuras como Lewandowski - mas também os que tornaram o país menos cafajeste, como Celso de Mello, são alvo de sua honestidade (Dida Sampaio/Conteúdo Estadão)
Livro: Mensalão - O Julgamento do Maior Caso de Corrupção da História Política Brasileir
Marco Antonio Villa é homem disciplinado: único dos convidados pelo site de VEJA que participou de todos os quarenta debates sobre o julgamento do mensalão, chegou invariavelmente na hora combinada depois de ter acompanhado a sessão do Supremo Tribunal Federal e refletido sobre os temas a discutir.

O professor da Universidade Federal de São Carlos também não é de perder tempo com fatos irrelevantes: sabe separar o essencial do acessório e, com clareza e concisão, conta o caso como o caso foi.
A soma dessas virtudes desvenda o mistério aparente: como é que Villa conseguiu escrever entre um debate e outro, sem interromper a colaboração regular com os principais jornais do país, nem suspender suas múltiplas atividades, um livro indispensável sobre um julgamento que nem terminou? É uma proeza de bom tamanho. Mas não foi a única consumada com a publicação de Mensalão - O Julgamento do Maior Caso de Corrupção da História Política Brasileira (Leya; 392 páginas; 31,90 reais).

Quem acompanhou os debates no estúdio da Editora Abril (que publica VEJA) descobriu que Villa fala como se estivesse escrevendo. E escreve como se estivesse conversando.

O autor se dispensa de minuetos retóricos para criticar a impontualidade, as tradições empoeiradas ou a linguagem pedante e verborrágica cultivadas pelos ministros, ou para desmontar a argumentação indigente dos advogados de defesa, demolir o palavrório dos cúmplices de toga, exasperar-se com o cinismo dos comandantes da quadrilha e celebrar o triunfo da decência.

O olhar honesto do historiador é especialmente impiedoso com personagens como José Dirceu, que seria o presidente da República se não houvesse um mensalão em seu caminho, ou Ricardo Lewandowski, um advogado de defesa disfarçado de juiz. Mas não poupa sequer os que contribuíram para tornar o Brasil menos cafajeste.

O decano Celso de Mello, por exemplo, não escapa de observações irônicas sobre a mania de recuar alguns séculos para justificar a decisão que vai anunciar na primavera de 2012.
Em contrapartida, é homenageado com a reprodução parcial, na página de abertura, do voto em que fez um demolidor resumo da ópera:

"Esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências que derivam dessa aliança profana, desse gesto infiel e indigno de agentes corruptores, públicos e privados, e de parlamentares corruptos, em comportamentos criminosos, devidamente comprovados, que só fazem desqualificar e desautorizar, perante as leis criminais do país, a atuação desses marginais do poder".







Zainone Fraissat/Folhapress
UMA PEDRA NO CAMINHO - José Dirceu: a condenação aniquilou suas ambições à Presidência - e, não fossem o brio do Judiciário e a independência da imprensa, o esquema que ele comandou teria aniquilado a República
UMA PEDRA NO CAMINHO - José Dirceu: a condenação aniquilou suas ambições à Presidência - e, não fossem o brio do Judiciário e a independência da imprensa, o esquema que ele comandou teria aniquilado a República

Num Brasil afrontado pela institucionalização da mentira em dimensões orwellianas, envilecido pela supremacia das versões malandras e ultrajado pelos sucessivos assassinatos da verdade factual, Villa vê as coisas como as coisas são.

Sempre viu. Desde 2005, quando o Brasil foi confrontado com o escândalo inverossímil, ele vem defendendo com coragem e brilho teses que o STF acaba de ratificar.
Agora com o endosso da ampla maioria dos ministros, o livro conclui a implosão de monumentos ao embuste erguidos nos últimos sete anos e escancara o que os delinquentes cinco-estrelas e seus comparsas tentaram inutilmente esconder: o mensalão não só existiu como foi muito mais que um caso de caixa dois.

"Este livro conta a história de uma tentativa - fracassada - de tomada do estado", resume Villa já no início da tomografia do esquema criminoso forjado pelo alto comando do lulopetismo para aparelhar as instituições, capturar os três Poderes, algemar a oposição pusilânime e submeter o país ao domínio de uma seita incapaz de aceitar o convívio dos contrários.

"O único projeto da aristocracia petista - conservadora, oportunista e reacionária - é perpetuar-se no poder", constata o último capítulo. "Para isso, precisa contar com uma sociedade civil amorfa, invertebrada."

Segundo Villa, a trama mensaleira seria bem-sucedida se não tivesse tropeçado na independência do Judiciário e na liberdade de imprensa, "que acabaram se tornando, mesmo sem querer, os maiores obstáculos à ditadura de novo tipo que almejam criar".

O perigo não passou, adverte. "As decisões do Supremo permitem imaginar uma República onde os valores predominantes não sejam o da malandragem e o da corrupção", anima-se. "Mas para que isso aconteça é preciso refundar a República."

Depois de verem Villa em ação, muitos espectadores deduziram que o pai de todos os escândalos havia encontrado seu historiador. O livro atesta que estavam certos.

03 de dezembro de 2012
Veja

BOMBA! GAROTINHO REVELA COMO ROSEMARY ENTROU COM 25 MILHÕES DE EUROS EM PORTUGAL!


Uma montanha de euros teria sido desovada por Rosemary em Portugal, segundo relata o blog do deputado Anthony Garotinho, do Rio de Janeiro.
 
O blog do deputado Federal Anthony Garotinho, traz uma postagem que é um verdadeiro pertardo. Descreve como Rosemary Noronha, a namorada do Lula, entrou em Portugal com 25 milhões de euros, gozando das proteções diplomáticas que lhe foram conferidas na época em que Lula era o Presidente do Brasil.

Transcrevo na íntegra o post do Blog do Garotinho com link para os leitores poderem conferir outros posts do mesmo calibre. É coisa grande.
Leiam:
Na nota anterior dei a pista sobre a existência de uma conta na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto. Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.

Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena.
Para quem não sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.

Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.

Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.

A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.

A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação.
Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.

Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: "Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.

Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo.
 
A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.

Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.
 
Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros correspondem a R$ 68 milhões.
Do Blog do Garotinho
 
03 de dezembro de 2012
in aluizio amorim

SE A OPOSIÇÃO TIVER O QUE DIZER NA SEMANA QUE VEM, JÁ É UM BOM COMEÇO. NÃO PRECISAMOS DE PLANOS PARA 20 ANOS

 
FHC e Sérgio Guerra lançaram, como se informa no post abaixo, a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência em 2014.
O mineiro, como Tim Maria, entoou um “faz de conta que ainda é cedo” e coisa e tal. E depois sugeriu que é preciso ouvir a sociedade para criar uma plataforma para os próximos 20 anos… Os governantes brasileiros andam mais ambiciosos sobre o futuro do que Stálin. Já chego lá.
 
Nesta manhã, comentei uma entrevista de FHC à Folha (ver post). Alguns tucanos estão muito bravos comigo. Compreendo seus motivos, embora eles pareçam não compreender a história e, segundo notei, o que escrevi.
 
Candidatura à Presidência não pode ser uma personagem em busca de um roteiro. O roteiro tem de vir primeiro: candidato (seja lá quem for) em nome do quê? De quais propostas? De quais valores?
 
Acenando a quais setores da sociedade em particular para, depois, buscar o apoio geral? Sem isso, pouco importa se o escolhido é Schopenhauer ou uma besta ao quadrado; um encantador de multidões ou um poste – desses com os quais Lula vem, segundo ele, “iluminando” o país. A ideia tem precedência sobre o nome.
 
Nesse particular, é evidente, o PT está muito à frente dos tucanos. Ainda que suas formulações e prefigurações sejam falsas como notas de R$ 3 (esse é outro problema), o fato é que os petistas perceberam que a construção da narrativa deve vir primeiro.
 
É quase tautológico, mas tem de ser dito. Política se faz fazendo. Inexiste essa instância de, sei lá como chamar, recolhimento de expectativas para, então, numa fase posterior, elaborar uma proposta e, na sequência, seduzir as multidões. Eu não sei onde os tucanos colheram esse modelo trifásico de fazer política.
Se existir, é coisa que só dá no Brasil, como jabuticaba e pororoca (não estou certo de que a pororoca seja apenas nossa, não; algum geógrafo –se é que ainda os há ocupados da geografia física – me conte nos comentários…).
 
A realidade política está em curso. Não vai se lembrar de acontecer só a partir de meados de 2013 ou de janeiro de 2014. As coisas já estão aí.
 
O que os tucanos – e Aécio em particular – pensam, sei lá, das cotas raciais nas universidades federais, do amplo programa de socorro dos bancos oficiais à economia, da presença crescente do estado em determinadas áreas, da corrupção desbragada, até – sim, até isto!!! – do novo técnico da Seleção?
 
Ora, fazer política é apresentar-se como alternativa permanente de poder e de visão de mundo, não apenas quando as urnas aparecem no horizonte. Isso reproduz uma visão ultrapassada do confronto de ideias. 
Se os tucanos silenciam quase sempre sobre quase tudo, por que os brasileiros deverão acreditar que são mesmo uma alternativa de poder a esses outros, que falam pelos cotovelos e são capazes de politizar até os ataques do PCC?
 
Sim, não sendo a alternativa ainda pior do que o petismo – e Aécio Neves não é; vamos ver se haverá outras -, eu votarei no adversário do PT. Não havendo nada melhor, então anularei gloriosamente meu voto, deixando claro que nada me serve. Logo, a possibilidade de eu condescender com a turma que aí está é nenhuma!
 
Mas este sou eu. Meu voto – sobretudo as minhas recusas — tem um matiz fortemente ideológico. É necessário que um partido de oposição, como o PSDB, escolha, inicialmente, uma parcela da sociedade brasileira para dizer por que é preciso mudar de rumo. Tão logo deixe isso claro para si mesmo, aí é o caso de conquistar mais gente. Não vejo nada disso em curso.
 
O que ouço é silêncio e equívoco – como a tentativa canhestra de emular com o petismo em certas abordagens politicamente corretas (tratei do assunto nesta manhã). Se a polarização for Aécio-Dilma, certamente votarei em Aécio. A questão é saber, dado o andar da carruagem, quantos votarão comigo…
 
Unidade

O PSDB precisa acenar com um fato novo à população brasileira – e esse fato novo tem de corresponder à realidade: construir a unidade partidária, o que não existe desde a disputa de 2002. Em 1994 e em 1998, essa questão não se colocava porque o elemento que garantia a tropa compacta se chamava “Plano Real”.
 
Serra teve a sua candidatura sabotada internamente em 2002 e em 2010; Alckmin, em 2006. Haverá unidade em 2014? Eis o ponto. Se não começar a ser construída já – e não acho que esteja sendo –, lá se vai repetir o número de sempre, desta feita tendo Aécio no papel do “cristianizado”.
 
As circunstâncias concorrem para que seja ele o candidato do partido à Presidência. Essa questão me parece resolvida – desde que ele queira, de fato, ser o candidato e que as contingências mineiras não o façam desistir. Nesse sentido, FHC e Sérgio Guerra fazem bem em anunciar o seu nome como o provável presidenciável do partido. Mas não há roteiro e narrativa; só personagem.
 
Vinte anos?
Os políticos brasileiros precisam ser mais modestos, não é? Se for o caso, que tenham a modéstia de Stálin, que fazia, no máximo, planos quinquenais de governo. Por aqui, já se vai logo pensando, como fez Aécio, nos próximos 20 anos.
É muito tempo. Trata-se, na verdade, de uma bobagem.

Vejam o Chile. O presidente tem mandato de quatro anos e não pode se reeleger. Seus planos têm, pois, quatro anos! Nos EUA, um presidente pode ficar oito no poder, mas passa por uma espécie de referendo depois de quatro. Um democrata ou republicano que dissesse estar elaborando um plano para os próximos 20 seria tido como um lunático.
 
Ninguém precisa de tanto tempo. Fazer oposição a partir da semana que vem já é um bom começo.
 
03 de dezembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo