"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

CARA DE PAU

Protesto pífio de baderneiros de aluguel, em São Paulo, confirma a corrosão moral de Lula e do PT

Dando sequência ao seu plano que prevê a tomada do governo do mais importante estado brasileiro, São Paulo, o ex-metalúrgico e agora lobista de empreiteira Luiz Inácio da Silva não tem conseguido traduzir nas ruas o prestígio que muitos lhe creditam.

Responsável maior pela manifestação que prometia parar a capita paulista na tarde de quarta-feira (14), Lula conseguiu a proeza de reunir mil baderneiros, que em comparação com a população da cidade nada representam.

Depois de deixarem o Vale do Anhangabaú, na região central da cidade, o grupo de baderneiros de aluguel, muitos dos quais carregando bandeiras de partidos políticos e sindicatos, se dividiu.
Uma parte rumou para a Câmara Municipal de são Paulo, que foi invadida, enquanto outra seguiu para a Assembleia Legislativa do estado. Em ambos os locais houve enfrentamento com a polícia, que precisou recorrer ao uso de gás de pimenta e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que insistiam no quebra-quebra.

Contando com a participação de integrantes do Movimento Passe Livre, os manifestantes gritavam palavras de ordem e cobravam a saída do governador Geraldo Alckmin e uma ampla investigação no caso da suposta formação de cartel em licitações do Metrô e da CPTM.

Como sempre noticiamos, toda e qualquer denúncia de corrupção deve ser apurada com rigor, mas é inaceitável que isso ocorre sem a necessária isonomia.
O PT transformou-se em quadrilha, o que é facilmente comprovado por escândalos e decisões judiciais, mas o desespero do partido diante da crescente crise levou Lula a adotar suas conhecidas e covardes estratégias, que sempre alvejam seus adversários políticos.

Lula, como afirmam alguns dos seus ex-companheiros de legenda, é desprovido de caráter e quer manter-se à força na cena política, como se o Brasil já tivesse se transformado em uma ditadura. É importante que esse senhor, que conseguiu surrupiar o crucifixo do Palácio do Planalto, antes de qualquer acusação deixe de impedir a apuração do escândalo que ficou conhecido como Rosegate e que tem como protagonista Rosemary Noronha, que sempre se apresentou como sua namorada.

Em qualquer país minimamente sério e com autoridades respeitadoras da legislação, Lula já estaria preso e respondendo a processo por corrupção, difamação e incitação da ordem, entre tantos outros crimes.

15 de agosto de 2013
ucho.info

PAJELANÇA GAUCHE

Gleisi Hoffmann é convocada para esclarecer laudos fraudulentos sobre demarcação de terras indígenas

Ainda ministra-chefe da Casa Civil, a petista Gleisi Hoffmann já começa a arrumar as gavetas para, em novembro, deixar o cargo, no qual nada produziu de relevante, mas antes disso terá de comparecer à Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.

Na quarta-feira (14), a Comissão aprovou requerimento do líder da Minoria na Câmara, deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), que convoca a ministra Gleisi Hoffmann para prestar esclarecimentos sobre laudos fraudulentos de demarcações de terras indígenas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi convidada para também dar explicações ao colegiado sobre o relatório que suspendeu as demarcações no Rio Grande do Sul, mas nenhum representante do órgão compareceu à audiência marcada para quarta-feira. A Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pelas definições em todo o território nacional, foi denunciada recentemente por emissão de laudos fraudulentos que determinavam as áreas a serem demarcadas ou ampliadas.

A Embrapa, por sua vez, produziu um relatório, baseado em estudos, no qual demonstra que a maioria das ocupações de índios é recente. Entregue à Casa Civil, o documento evidencia que a intenção do órgão é criar novas áreas indígenas e para tal falsificou laudos que atestam a ocupação antiga dos territórios. Para Nilson Leitão, que preside a Subcomissão Especial de Demarcações de Terras Indígenas, as demarcações equivocadas precisam ser imediatamente suspensas.

De acordo com o parlamentar tucano, Gleisi Hoffmann tem dificultado a vinda da Embrapa para falar sobre o assunto. “Há um descaso da ministra da Casa Civil e do próprio governo porque é a terceira vez que a Embrapa desmarca um convite para vir à comissão.

Hoje [quarta-feira] seria um dia para a empresa demonstrar publicamente o seu trabalho confrontando com os laudos das áreas indígenas. E a informação que nós temos é que a ministra tem criado dificuldades para a Embrapa vir à comissão”, afirmou. “Nós só queremos ouvir a verdade. E se a Embrapa não pode vir, a ministra poderá com sua autoridade demonstrar e apresentar para a comissão o que há de diferente entre os laudos da Funai e os feitos pela Embrapa”, acrescentou Leitão.

15 de agosto de 2013
ucho.info

DOIS PESOS...

PT condenou divulgação das gravações do caso Celso Daniel, mas endossa vazamentos do Cade

Comandado por um político amoral como Luiz Inácio da Silva, o PT não poderia agir de outra maneira sem estar agarrado à incoerência.
O que não é privilégio da legenda que se transformou em caso de polícia.

Meses após o brutal e covarde assassinato do então prefeito Celso Daniel (Santo André), o ucho.info divulgou com exclusividade as gravações do caso, que não deixam dúvidas a respeito das razões que levaram à morte do petista que era cotado para assumir o Ministério da Fazenda no primeiro governo do ex-metalúrgico.

Não demorou muito e o PT, através de advogados, passou a ameaçar o editor do site por ter divulgado as tais gravações. À época, o desespero dos “companheiros” era tamanho, que até mesmo um ex-ministro do STF entrou no circuito para reforçar as ameaças. Um papel ridículo e pequeno para quem integrou a mais alta instância da Justiça nacional.

Apesar das seguidas ameaças, inclusive de morte, e processo judiciais, o ucho.info não recuou e manteve-se firme na missão de levar ao leitor a verdade dos fatos.
As gravações das conversas telefônicas foram feitas pela polícia e a autenticidade das mesmas foi comprovada por técnicos, além de pessoas que conhecem os interlocutores das sórdidas e criminosas conversas. Por ocasião da divulgação das gravações, a investigação já estava conclusa e nada mudaria o rumo da verdade.

No caso do suposto cartel liderado pela Siemens, as investigações continuam, mas o Cade, presidido pelo petista Vinícius Duarte de Carvalho, tem vazado à imprensa seletivamente documentos que por determinação da Justiça estão sob sigilo.

Contudo, causa espécie essa dualidade comportamental do PT, que em relação ao imbróglio da Siemens não exibe o mesmo incômodo truculento que destilou por ocasião da divulgação do caso do assassinato de Celso Daniel, assunto que continua sem a necessária resposta.
Situação idêntica ocorreu em relação ao Mensalão do PT, pois o partido até hoje insiste na tese de que os condenados são inocentes e que o maior escândalo de corrupção da história brasileira jamais ocorreu. No contraponto, qualquer deslize dos adversários é motivo suficiente para uma pantomima petista.

Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.
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15 de agosto de 2013
ucho.info

CRIME NA CBF

Parte dos cachês da seleção era desviada com a ajuda do presidente do “Barça”

Caso de polícia – Diziam os mais antigos que determinados assuntos jamais poderiam ser misturados, sob pena de se conseguir acaloradas discussões.

Dois desses assuntos são futebol e política, até porque a junção de lamaçais representa a plena decadência moral da humanidade.

Que a CBF jamais foi um mosteiro de frades inocentes todos sabem, mas a cada novo dia surge um escândalo distinto envolvendo a entidade maior do futebol tupiniquim.
Desta vez, o imbróglio tem como coadjuvante ninguém menos que o catalão Sandro Rosell (à esquerda na foto), atual presidente do galáctico FC Barcelona, equipe que a peso de ouro contratou o ex-atacante santista Neymar.

A confusão consiste em lavagem de dinheiro, evasão de divisas, elisão fiscal e outros crimes. Parte do dinheiro pago à CBF, como cachê, por seleções para enfrentar o onze verde-louro era desviada para empresas nos Estados Unidos, registradas em nome de Rosell, ex-representante da Nike no Brasil e amigo de Ricardo Teixeira. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, documentos apontam que as ilicitudes foram cometidas na gestão de Teixeira, a partir de 2006.

A seleção brasileira cobra pelo menos US$ 1 milhão para enfrentar seleções de todo o planeta, não levando em conta a importância do adversário no cenário futebolístico global. Desde 2006, ano do início do esquema, o direito de organização dos jogos da seleção é da ISE, empresa com sede no paraíso fiscal das Ilhas Cayman.

O esquema funcionava da seguinte forma: a partir de cada jogo, eram repassados para a ISE como lucros da partida cerca de US$ 1,6 milhão. Desse total, US$ 1,1 milhão seguia de volta para a CBF como pagamento pelo cachê. Mas o restante – cerca de US$ 500 mil – não era contabilizado para a entidade. Pelo contrato obtido pelo Estado, US$ 450 mil seriam encaminhados para contas nos EUA, em uma empresa de propriedade de Rosell.

No total, o contrato aponta que, por 24 jogos, o valor previsto para o pagamento seria de 8,3 milhões de euros (US$ 10,9 milhões) para a empresa nos EUA. Dividido por 24 jogos, esse valor seria de US$ 450 mil.

Vale lembrar dois detalhes importantes: 1) O presidente do Barcelona foi investigado no Brasil, em 2008, por causa da polêmica que se abateu sobre o amistoso entre Brasil e Portugal, em Brasília, episódio que envolveu empresas fantasmas com sede em propriedades rurais de Ricardo Teixeira. 2) Antes de deixar o comando da CBF e se refugiar em Miami, Teixeira renovou o contrato com a ISE até 2022.

Se as autoridades brasileiras se imbuírem de determinação e cautela, Ricardo Teixeira poderá passar os próximos anos contemplando o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta. Até porque, nos Estados Unidos a lavagem de dinheiro é crime, com direito à dureza da legislação local.

15 de agosto de 2013
ucho.info

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




15 de agosto de 2013
 

PREJUÍZOS COM ERROS DO PODER PÚBLICO

 

Da extensa relação de custosas bizarrices da máquina estatal brasileira consta a despesa de R$ 1 bilhão a ser executada até o final do governo Dilma apenas com o projeto do trem-bala, de viabilidade no mínimo discutível. O gasto, já em curso, é só com estudos de viabilidade, consultorias, coisas assim. Não entra nesta fatura em trânsito rumo ao bolso do contribuinte sequer um parafuso de trem.

A extravagante revelação feita ontem pelo GLOBO é apenas um caso entre vários que refletem graves deficiências desta máquina, provas consistentes de baixa qualificação técnica, sem prejuízo de outras distorções, como as decorrentes da clássica burocratização do serviço público e de desvios éticos. Nos últimos dias, foram relatadas outras histórias, também nada eficientes, de graves e dispendiosos erros técnicos cometidos na esfera do poder público federal.

No domingo, o jornal “Valor” trouxe a revelação de que um erro no edital de construção da rede de transmissão da energia das hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, Rondônia, até o interior de São Paulo, colocou em risco a integridade das turbinas. Como o Ministério de Minas e Energia não estabeleceu qualquer especificação para os equipamentos das usinas, houve uma incompatibilidade técnica entre o sistema de transmissão e o de geração.

Por sorte, surgiu um atraso na construção de Jirau, e o prejuízo causado pelo descuido será de “apenas” R$ 100 milhões. Além do aspecto técnico do problema — turbinas poderiam ter queimado —, há dispositivos contratuais que garantem a remuneração da usina mesmo que a energia não consiga chegar ao consumidor. Não precisa ser vidente para prever que o prejuízo efetivo será maior e desembarcará no Tesouro Nacional, ou seja, na conta do contribuinte.

Também o “Valor”, em reportagem no interior da Bahia, relatou a emblemática história da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), corredor de exportação do interior a Ilhéus, incluído pelo presidente Lula no PAC, para ser inaugurada este ano.

Há pouco, Dilma cortou uma fita em Ilhéus, sem grande pompa, porque pouco havia para comemorar. Não há um metro sequer de trilho instalado nos 1.022 quilômetros da linha, cujo custo é estimado em R$ 4,3 bilhões.

Tocada pela estatal Valec — imortalizada pelas estripulias de Juquinha, José Francisco das Neves, ligado ao PR, às voltas com a Justiça —, a Fiol atolou em estudos ambientais e projetos de engenharia de má qualidade, e com isso entrou na mira do Tribunal de Contas.

Infelizmente, o trem-bala parece dar razão à ironia de Mário Henrique Simonsen de que às vezes sai mais barato pagar a comissão e não fazer a obra pública. Se o bilhão gasto no projeto parar por aí, pode vir a ser bom negócio para a sociedade.

Dos tempos de Simonsen para cá, porém, surgiu o aparelhamento do Estado por simpatias ideológicas e partidárias. Veio, então, esta enorme perda de qualidade técnica nas decisões. É possível, então, que embarquem o contribuinte na aventura do trem-bala.

15 de agosto de 2013
Editorial d'O Globo

CÂMARA VAI DESPEJAR DOIS DEPUTADOS DE APARTAMENTOS

             
A Quarta Secretaria da Câmara vê-se diante de situação constrangedora. Foi obrigada a notificar dois ex-deputados por ocupação irregular de apartamento funcional em Brasília. Berinho Bantim (PEN) e Francisco Araújo (PSD), ambos de Roraima, se afastaram e deixaram os imóveis para os suplentes.
Pela regra, porém, o apartamento deve ser transferido para mandatários.
Há 80 na fila de espera. Longe de Brasília, a dupla não é encontrada por oficiais de Justiça.
Os inquilinos atuais não saem.

MAIS UM. Ontem, venceu o prazo para o deputado condenado Natan Donadon (RO) entregar o seu. A família ainda ocupa apartamento funcional. Hoje ele mora no presídio da Papuda.

BRINCANDO DE CASINHA. A Câmara está de olho na filha de um casal de políticos que estaria ocupando, sozinha, um apartamento funcional de quatro quartos na Asa Norte. Viola todas as regras.

15 de agosto de 2013
Leandro Mazzini

FALTA UM PARAFUSO

“Vamos acertar os nossos parafusos para que haja uma solução mais rápida, porque ela é de imenso interesse pra região. Vocês vejam que uma ferrovia desse porte num existia no Brasil”.

Dilma Rousseff, ainda obcecada pelo trem-bala perdida, internada por Celso Arnaldo ao tentar explicar à imprensa que, no Brasil Maravilha, coisas fantásticas que não existiam continuam não existindo


"PÁGINA VIRADA"

 

A mesma pesquisa do Datafolha que registrou recuperação de cinco pontos porcentuais na avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff, mostrou que o Congresso continua mal na foto. Com toda a “agenda positiva”, acrescentou nove pontos ao seu sempre bem fornido índice de reprovação.

Isso não significa que deputados e senadores deixarão de lado a “agenda impositiva” ao Palácio do Planalto nem que passarão a gostar da presidente, muito menos que ela vá se arriscar tão cedo a menosprezá-los.

Uma coisa é a conversa entre Executivo e Legislativo. Outra bem diferente é a relação deste último com a sociedade, em processo acelerado e constante de desgaste por motivos que nada têm a ver com o estado das coisas na economia.

A questão ali é de má conduta. Digamos que o uso indevido de aviões da FAB, das verbas de representação para despesas particulares e a proposta de dispensa do compromisso com a ética no juramento de posse nos mandatos – para citar peripécias conhecidas após os protestos de junho – não tenham ajudado na melhoria da opinião do público sobre suas excelências.

Se a rejeição da PEC 37, a aprovação do projeto que torna a corrupção crime hediondo e o arquivamento da proposta da chamada “cura gay” não amenizaram a rejeição, vai piorar muito se o Legislativo resolver preservar os mandatos dos parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal.

Todo mundo se lembra da celeuma criada pela Câmara e o Senado quando o STF votou pela cassação automática dos deputados José Genoino, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry assim que transitadas em julgado as sentenças do mensalão.

Houve quem admitisse até a hipótese de escondê-los nas dependências do Parlamento. Uma discussão inútil. E não só porque os dois mais novos ministros da Corte, Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, alteraram o entendimento da maioria anterior. Ao julgar e condenar o senador Ivo Cassol na semana passada, ambos consideraram que a palavra final sobre os mandatos cabe ao Legislativo.

A inutilidade do debate tem uma razão mais simples: não se admite a hipótese, nem por voto secreto e maioria absoluta, de a Câmara decidir que o deputado Natan Donadon – condenado a mais de 13 anos de prisão e preso há pouco menos de dois meses –, possa continuar no exercício do mandato.

O relator do processo, deputado Sergio Sveiter, marcou para ontem a entrega de seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça, mas não quis adiantar o conteúdo. Como se houvesse a menor condição de ser contrário à cassação do deputado que cumpre pena no presídio da Papuda (Brasília) em regime fechado.

No mínimo acabaria perdendo o mandato por excesso de faltas, embora não se tenha notícia de nada parecido desde que os deputados Felipe Cheidde e Mário Bouchardet foram cassados, em 1989, por faltarem a um terço das sessões legislativas.

De lá para cá valeu a regra da vista grossa. Mas, com o deputado na prisão, não haverá CCJ, plenário, votação secreta ou falta de quorum que salve seu mandato.

Por analogia, destino semelhante terão os outros cujas sentenças ainda estão para ser executadas. De onde tanto faz como tanto fez se a última palavra cabe ou não aos deputados e senadores. A menos que o Congresso decida desmoralizar a Justiça e despertar a ira das ruas em nome de coisa nenhuma, essa sim é uma página virada.
Avesso. Até maio o PMDB ameaçava romper a aliança com Dilma em 2014 se o PT não apoiasse o vice de Sérgio Cabral na eleição para governador do Rio e insistisse na candidatura de Lindbergh Farias.

Passados os eletrizantes meses de junho e julho, agosto começa com Cabral pedindo ao PT que esqueça esse assunto de rompimento e a direção nacional do PMDB dando o dito pelo não dito.

15 de agosto de 2013
Dora Kramer, Estadão

LULA NÃO ADMITE QUE UM POLÍTICO ACUSADO DE ENVOLVIMENTO EM PATIFARIAS FIQUE QUIETO. QUE TAL COMEÇAR PELO CASO ROSE?



O ex-presidente Lula sempre esbanja valentia quando não há perigo por perto. Ao fim de cada discurseira para plateias amestradas, não pareceria exagero condecorar o orador por atos de bravura em combates imaginários. Sobretudo quando entra em ação nas reuniões da seita que chefia, o espetáculo do destemor é suficientemente impressionante para induzir à rendição sem luta um pelotão inteiro de fuzileiros navais americanos. Foi assim nesta terça-feira, durante o comício de lançamento da candidatura de Rui Falcão a mais uma temporada na presidência do PT.

No meio do palavrório, o palanque ambulante resolveu reiterar aos berros a declaração de guerra a inimigos que insistem em noticiar as delinquências da companheirada. “A imprensa fica 24 horas por dia esculhambando com o político”, encolerizou-se. (Esculhambação, segundo o Glossário da Novilíngua Lulopetista, é qualquer coisa que não atenda aos interesses do mestre e seus devotos). Foi a senha para a entrada em cena da linguagem de cortiço: “Eu fico puto porque os políticos não reagem, fico puto da vida porque eles ficam tão quietos enquanto eles ficam xingando a classe política”.

Por que Lula não aproveita o Caso Rose para desencadear a reação dos ofendidos? Ele anda indignado com jornalistas que se negam a sepultar o escândalo em que se meteu ao lado de Rosemary Noronha.
Mas ainda não abriu a boca sobre as patifarias descobertas pela Polícia Federal e divulgadas há 264 dias. Como comprova o post reproduzido na seção Vale Reprise, pelo menos 40 perguntas aguardam respostas.
Só podem ser fornecidas pelo homem que instalou uma vigarista no escritório da Presidência da República em São Paulo, presenteou a protegida com passeios internacionais e, a pedido da companheira, infiltrou seus comparsas em agências reguladoras.

O ex-presidente afirma que quem diz coisas assim está “esculhambando” a classe política e não admite que os insultados permaneçam quietos, certo? Pois reafirmo que a parceria com Rose é um caso de polícia. E espero que Lula reaja pondo fim ao silêncio de quem não tem álibi algum a apresentar.

15 de agosto de 2013
Augusto Nunes, Veja

OS CHICANEIROS E OS BANDIDOS ESPECIAIS AMEAÇAM O FUTURO DO SUPREMO

 

Hoje o processo do mensalão é retomado. Não se trata de uma continuidade. Antes, parece um novo julgamento. Outra prova do inconformismo do bandido que não aceita o julgamento que o condenou. E se julga no direito de não respeitar a sentença, mesmo que tenha sido prolatada pela mais alta Corte do Poder Judiciário.

Há leis que impedem a revisão da sentença que não admite revisões? Que se ignore a lei! Há um colegiado dividido graças a posições exclusivamente pessoais, ideológicas ou de pagamento de favores recebidos, como por exemplo, o próprio cargo que ocupam sem merecer? Que seja apresentada a fatura!

A prestação jurisdicional se dá ─ de modo definitivo ─ quando ocorre o trânsito em julgado. A paz social se baseia na certeza da punibilidade ou da inocência. Neste caso, o Supremo já se manifestou. E ainda assim se pretende que a palavra final seja acrescida de um “quase”. É a sentença “quase” definitiva.

Qual garantia jurisdicional se terá com os “quase” julgamentos? Com as sentenças “quase” definitivas? Com a “quase” última palavra da mais alta instância judicante? Uma “quase” justiça.
Embargos de declaração são instrumentos de elucidação de pontos obscuros (ou pouco claros) em determinada sentença.
Uma dúvida no enunciado, uma inconsistência entre trechos da sentença e outras situações do mesmo viés. Não podem amparar tentativas de se trazer novamente a julgamento fatos e interpretações já analisados. Isso configura desonestidade intelectual e desrespeito ao juiz que proferiu a sentença.

Na primeira instância, caso tal manobra fosse tentada por um bacharel em início de carreira, o juiz provavelmente solicitaria à OAB que avaliasse a formação do advogado.

Quanto aos embargos infringentes, a pantomima é ainda mais grave. A chicana toma ares de possibilidade real de aceitação por parte da Corte. O que seria um ─ no máximo ─ jus sperniandi pode adquirir formatação de direito efetivo. Qualquer calouro de Faculdade de Direito conhece o princípio da prevalência legal: uma lei tem mais força que um decreto, por exemplo. Se alguma lei que se opõe ao enunciado em um decreto, siga-se a lei!

A maior das leis é a Constituição Federa. Qualquer outra que afronte o disposto na Constituição é letra morta, mesmo que a Constituição seja POSTERIOR a uma lei existente.

Os embargos infringentes constam no Regimento Interno do STF. E são proibidos pela Constituição. Uma lei (o Regimento) disciplina os procedimentos da Suprema Corte. E permite os embargos infringentes. A Constituição disciplina a vida da nação, aí incluindo os três poderes da República.
E esta proíbe os ditos embargos. Ainda restam dúvidas sobre qual tem de prevalecer?

O que sustenta a discussão estéril é a natureza POLÍTICA deste julgamento que será, de qualquer modo, exemplar. Se tais embargos declaratórios fossem apresentados em defesa do Zé das Couves que roubou meia dúzia de galinhas e foi condenado (embora quatro ministros tivessem votado pela absolvição, sequer seriam aceitos pelo relator do recurso.
Foi levado agora ao plenário em consequência da projeção dos bandidos condenados. Caso claro de “justiça especial”.

Enquanto assiste aos rapapés e falas empoladas dos nobres causídicos e dos doutos ministros, a sociedade se pergunta: os condenados serão presos? Já não foram condenados? Não tiveram os melhores advogados? Não puderam apresentar as contraprovas que desejaram? E por que estão soltos?

Veremos se são capazes de transformar um Regimento numa lei mais poderosa que a Constituição que protege a todos nós. Se assim for, não precisaremos mais esperar um golpe bolivariano. Ele já terá acontecido.

15 de agosto de 2013
REYNALDO ROCHA

O MENDACIUM


Na mentira patológica, o ato de dizer mentiras é com freqüência um fim em si mesmo. Um mentiroso que mente deliberadamente sabe que mente, ao passo que um mentiroso patológico pode não saber."
 
Na mitologia grega, Prometeu, filho do Titã Jápeto e de Clímene, era primo de Zeus (Júpiter), o deus que mandava no Monte Olimpo, que embora fosse bem mais alto que o Morro do Alemão, sem teleférico e longe da Linha Amarela, era a morada dos doze deuses chefões daquela quadra do tempo.
 
À época, só existiam os deuses e seus familiares, portanto ninguém trabalhava. Depois da “intentona” dos Titãs, o socialismo bolivariano foi implantado e os moradores do Olimpo, que continuaram sem trabalhar, passaram sentir a falta de artigos de primeira necessidade. Historiadores citam que houve até a necessidade da importação de papel higiênico. Zeus, muito preocupado com o andar da carruagem, e sentindo a necessidade de cobrar novos impostos, para sustentar as diversas bolsas do Olimpo, resolveu povoar o planeta Terra, dando a seu primo – Prometeu - a missão de educar os mortais, que seriam a nova fonte de recursos.
 
Antes de roubar o fogo de Zeus – no sentido literal da palavra – para dá-lo aos homens, Prometeu  que era também um grande escultor, resolveu usar toda sua habilidade para esculpir uma nova forma que representasse uma reflexão filosófica de atitude, que ele achava essencial para regular o comportamento das pessoas: a Verdade. Como naquela época o português ainda era restrito aos garrafeiros e “burros sem rabo”, Prometeu deu o nome de Aletheia (Veritas) à sua nova obra.
 
O preocupado escultor, sentindo-se cansado e sem descendentes com dons artísticos, havia feito uma seleção para uma vaga de “training” em sua oficina. O jovem Dolus (Trapaça) fora o vencedor da acirrada concorrência, tendo demonstrado, de imediato, suas características de interesse e astúcia.
 
Trabalhando incessantemente em seu ateliê, o dedicado CEO (1) da humanidade dava os últimos retoques em Aletheia  quando foi convocado por Zeus para comparecer, com urgência, ao Olimpo. Como hoje, já naquela época, atender ao chefe tinha caráter emergencial; e lá se foi o diligente escultor em direção ao Olimpo, sabendo que teria de encarar uma baita subida, passando por encardidos becos, sempre disputado por facções rivais.
 
Dolus, sentindo no afastamento de Prometeu a sua grande oportunidade para mostrar serviço ao mestre, aproveitou o tempo para moldar uma réplica de Véritas, copiando todas as características com apurado esmero. A pequena estátua estava ficando idêntica, mas um imprevisto aconteceu: Prometeu foi assaltado quando cortava caminho por uma das vielas da “comunidade” (2) da Rocinha e retornou ao ateliê para buscar mais dinheiro para dar aos ladrões, caso fosse abordado novamente.
 
Apavorado com o repentino retorno do mestre, Dolus sentou-se sobre a réplica, o que ocasionou dano às partes inferiores da peça - os pés. Estudiosos de mitologia dizem que houve também o esmagamento do dedo mínimo da mão esquerda.
 
Desconfiado, o Antônio Francisco Lisboa (3) da época mandou que seu estagiário se levantasse, tendo ficado admirado com a perfeição da réplica elaborada pelo aprendiz. Mas, a fim de comprovar a semelhança, colocou as duas estatuetas no forno e, quando estavam completamente cozidas, infundiu-lhes a vida.
 
Véritas deu seus primeiros passos com firmeza, ao contrário de sua estátua gêmea que, por ser uma falsidade, uma ilusão, um produto de subterfúgios, após cambaleantes passos, empacou, não mais conseguindo sair do lugar.
 
Prometeu batizou a grotesca imitação com o nome de Pseudologos, em homenagem aos espíritos especializados em farsas, mentiras e engodos; posteriormente, os romanos deram o nome de Mendacium (Falsidade) àquela divindade grega da dissimulação.
 
Passam-se os anos, os séculos, os milênios e chegamos aos dias atuais e lá encontramos o Mendacium de Garanhuns (Caetés), o deus, que mesmo nunca sabendo de nada, é o responsável pelo(a): pagamento da dívida externa; autossuficiência energética (incluindo o petróleo); inclusão de milhões e milhões de pessoas na classe média; total erradicação da pobreza; fim da inflação; saúde pública de primeiro mundo, que “dá vontade ‘dagente’ ficar doente”; segurança pública em nível suíço; educação modelo Coréia do Sul; e, blá. Blá, blá.....
 
Mendacium de Garanhuns não é um mentiroso patológico, ele mente deliberadamente e sabe que mente. Suas mentiras têm o aval e a colaboração do séquito de daimones que compõe a corte petralha; e dos aproveitadores e vendilhões que manobram a política “Panis et Circensis”, em voga na Ilha de Vera Cruz.
 
O dito popular nos ensina que a Mentira tem pernas curtas e os gregos e romanos nos passaram que ela não tem pés, assim sendo, acredito que, de vez em quando, alguma coisa falsa pode começar com sucesso e nos enganar alguns anos, mas com o tempo, Véritas (Verdade) é a certeza da vitória.
 
NOTAS:
 
(1) CEO é a sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em português. CEO é a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É o responsável pelas estratégias e pela visão da empresa.
(2) Nome politicamente correto dado às favelas na Grécia antiga.
(3) O Aleijadinho
 
Jacornélio é especialista em história grega.
Concorreu a uma bolsa de estudos no Oráculo de Delfos, na Grécia
Por não ser filiado ao ParTido foi preterido.
Em função disso, fez seus estudos mitológicos em OLÍMPIA/SP.
 
Fonte:  Alerta Total
15 de agosto de 2013

O PARADOXO DE EPICURO APLICADO AOS NINJAS

 

Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é malevolente. É capaz e deseja? Então por que o mal existe? Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus? – Epicuro
Eis o famoso paradoxo de Epicuro. Os teólogos arriscam algumas repostas, mas não vem ao caso aqui. Não quero debater o complexo conceito de Deus, de onisciência e de livre-arbítrio. O que quero é apenas pegar a ideia desse dilema divino e transportá-lo para a nossa realidade política. Substitua Deus por grande imprensa, e pronto!
 
A esquerda vive acusando a grande imprensa de “golpista”, de “conservadora”, de “neoliberal”. Globo, Folha, Estadão e Veja, todos na lista negra desses que vibram de tanta emoção com a “nova mídia do povo”, os Ninja. “Finalmente alguém para desbancar esses reacionários!”, eles bradam.
 
Não vou nem lembrá-los de que Verissimo, Vladimir Safatle, Clovis Rossi, Daniel Araão Reis, e tantos, tantos outros esquerdistas escrevem nesses veículos, sem falar dos jornalistas. Vou aceitar a premissa deles: são instrumentos conservadores, reacionários, neoliberais etc., todos em constante batalha para derrubar o PT. Pergunto, então: por que não derrubam? Por que o PT está no poder há mais de uma década?
 
Eles acusam a grande imprensa de possuir um poder quase onipotente sobre as mentes dos brasileiros, mas logo depois acusam a mesma imprensa de fazer parte da tal “mídia golpista”. Ora bolas: as facas Ginsu conseguem ou não cortar as meias Vivarina? Para quem não tem idade suficiente ou boa memória, as facas Ginsu cortavam “tudo” nos comerciais, e as meias Vivarina não rasgavam por “nada” nos comerciais. Eis o impasse…
 
Ou a grande imprensa é tão poderosa quanto dizem e não tem nada de golpista contra o PT, que está no poder há mais de década, ou ela não tem tanto poder quanto afirmam. Não dá para ser A e Não-A ao mesmo tempo. Questão de lógica elementar, meu caro Watson. Mas vai falar em Aristóteles (ou mesmo Sherlock Holmes) com essa turma, leitora de orelha de panfletos marxistas…
 
E por que falo dos Ninjas novamente? Porque pelo teor de muitas mensagens de esquerdistas raivosos, essa nova mídia será revolucionária, e vai finalmente desbancar a mídia tradicional, poderosa e golpista. Há controvérsias. Há várias controvérsias.
 
Primeiro, como já vimos, essa mídia tradicional não tem esse poder todo que alegam, ou então não joga tão contra a própria esquerda assim. Em segundo lugar, pode sair um ou outro “furo” de reportagem de gente sem preparo com um telefone na mão e nada mais, além da “coragem” (psicanalistas poderiam dizer que é “pulsão de morte”); mas dificilmente teremos conteúdo trabalhado, editado e confiável para o consumo.
 
Vídeos de horas a fio de “cobertura” de eventos podem entreter um ou outro desocupado (daqueles que são “estudantes” até 29 anos e passam o dia jogando sueca na faculdade, entre um bagulho e outro), mas normalmente as pessoas trabalham. E por isso mesmo, pela falta de tempo em um mundo corrido, elas selecionam intermediários de confiança para “mastigar” tanta informação bruta disponível no mundo de hoje. Até mesmo as informações vazadas pelo WikiLeaks chegaram até você pela grande imprensa, posso apostar!
 
Isso sem falar de quem agrega opinião crítica, algo que, como ficou evidente na entrevista de dois representantes da Mídia Ninja, lhes falta por completo. Portanto, eu recomendaria muita cautela aos encantados com esse instrumento. Sua utopia, como toda utopia, vai apenas decepcioná-los.
 
Não vou dizer que a tal mídia tradicional, mainstream, não merece críticas. Claro que merece! Mas seus veículos não sobreviveram até aqui sem depender de verbas estatais em peso por nada. É porque elas construíram um mínimo de credibilidade ao longo do tempo. A imparcialidade total é um mito, e os Ninjas nem passam perto disso. Mas o selo de qualidade ainda tem valor, pois buscamos intermediários que facilitem nosso acesso a tanta informação disponível.
 
A crise financeira mundial de muitos desses veículos tem ligação com a era digital do “tudo grátis”. Ficou mais difícil remunerar quem produz, de fato, informação e análise crítica. Mas os acessos a essa imprensa tradicional crescem, e ela ainda é usada como fonte principal, mesmo nas redes sociais. É cedo para decretar seu obituário. Até porque a alternativa não parece muito animadora para os que exigem mais rigor analítico antes de cuspir dados…
 
Por fim, como mostrou o paradoxo de Epicuro aplicado aos Ninjas, eles podem até continuar repetindo que a grande imprensa é poderosa e parcial contra a esquerda, mas terão de explicar porque exatamente esse poder todo não impediu a mesma esquerda de chegar no poder e por lá ficar tanto tempo, causando esse estrago enorme ao país. Com a palavra, os Ninjas…

15 de agosto de 2013
Rodrigo Constantino

JULGAMENTO DO MENSALÃO: LENTIDÃO INSUPORTÁVEL




15 de agosto de 2013
Veja

PROFESSORA ESQUERDISTA ILANA VIANA - UECE - ENSINANDO COMO SE ARGUMENTA COM A POLÍCIA.


"HOMEM DO POVO" QUE LIDERA PROTESTOS CONTRA ALCKMIN RECEBE R$ 11.380 POR MÊS DA ASSEMBLÉIA DE SP E TRABALHA PARA A LIDERANÇA DO PT


O PT tenta promover hoje a bagunça em São Paulo. Um dos principais, vamos dizer assim, agitadores do protesto é um sujeito chamado Raimundo Vieira Bonfim. Quem é? Deixemos que ele próprio se identifique, como faz em seu perfil no Twitter.
 
 
Isso mesmo! É advogado e coordenador-geral de uma tal “Central de Movimentos Populares”. Até aí, bem, né? Ele poderia ser apenas um abnegado, interessado no bem coletivo. A gente sabe como existem verdadeiros mártires da causa popular, certo?
 
Ocorre que Bonfim é um quadro do PT. Chegou à Assembleia Legislativa em 1995 como funcionário do então deputado estadual Paulo Teixeira, hoje deputado federal. Bonfim é funcionário da liderança do PT na Assembleia e tem um salário em nada popular: R$ 11.380,00, pagos religiosamente pelo povo.
 
É a expressão mais acabada do que costumo chamar de “democracia sob cabresto” ou de “democracia tutelada”. Por quê? Movimentos que poderiam ser, vá lá, a expressão genuína e legítima ou de minorias ou de populações vulneráveis nada mais são do que uma franja de um partido político. Ou esse partido se apodera de uma organização popular, aparelhando-a, ou se oferece para o serviço da “cafetinagem” ideológica.
 
A independência de Bonfim fica evidente, por exemplo, na foto em que faz uma “caminhada” ao lado do então candidato à Prefeitura Fernando Haddad ou em que posa diante da estrela do seu partido. A página do PT na Assembleia faz a convocação para o protesto e avisa que o tal Bonfim estará na Casa (que lhe paga o salário), com a sua tropa, para protestar contra o governo Alckmin etc. e tal.
 


Coroamento

Os vazamentos sobre as investigações ainda preliminares do Cade, que apura a eventual formação de cartel — e não só em São Paulo —, buscavam, num primeiro momento, chegar ao ato de hoje. No sábado, em reunião do PT, Lula garantiu a Alexandre Padilha, que será o candidato do partido ao governo de São Paulo, que agora ele “entrou no jogo”.

É isto: o chefão dos “movimentos populares” é regiamente pago pela Assembleia Legislativa para servir aos interesses eleitorais do PT e fingir que fala em nome do povo.

15 de agosto de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja Online
 
 
PS - Este sujeito precisa ser exonerado a bem do Serviço Público. Nós não devemos pagar salário de quem está à serviço do LULA e de muitos outros... MOVCC

15 de agosto de 2013

PGR E PRESIDÊNCIA DO STF: APUREM A DENÚNCIA CONTRA LULA NO ENVOLVIMENTO COM O MENSALÃO

ENVOLVIDOS DE MANEIRA ESCANDALOSA COM A SIEMENS, PT REALIZA PROTESTO EM SÃO PAULO CONTRA ALCKMIN


 
Santo do pau oco – Sob o comando do abusado Luiz Inácio da Silva, o PT é tão bandoleiro que não consegue ao menos disfarçar o verdadeiro objetivo da investigação do Cade sobre o cartel liderado pela Siemens que participou de licitações do Metrô de São Paulo e da CPTM. Que a investigação comandada pelo petista Vinícius Duarte de Carvalho (sobrinho de Gilberto Carvalho) é missa encomendada todos sabem, mas não contente com a farsa o PT agendou para a tarde desta quarta-feira (14), no centro da capital paulista, uma manifestação para desgastar o governador Geraldo Alckmin e o PSDB.
Previsto para começar às 15 horas, no Vale do Anhangabaú, região central da cidade, o protesto organizado pelo Sindicato dos Metroviários promete levar às ruas o grito de “Fora Alckmin”, com se o PT fosse uma vasta reunião de inocentes e bem intencionados monges tibetanos.
“O governo Alckmin do PSDB recebeu propina de grandes empresas para que elas vencessem licitações com preços superfaturados”, destaca panfleto utilizado para convocar a manifestação, patrocinada por pelo menos 21 entidades.
Enquanto alguns milhares de petistas prometem participar da manifestação, na rede mundial de computadores a tropa cibernética do partido vem disparando mensagens contra o PSDB. A operação virtual conta com o apoio de alguns jornalistas “chapa branca”, que têm produzido matérias na mesma linha da investigação do Cade, ou seja, apenas com insinuações.
O ucho.info é a favor de investigações para desvendar eventuais transgressões cometidas por governantes, independentemente de partido político, mas é no mínimo absurdo plantar matérias na imprensa com textos que afirmam que “e-mails sugerem” a formação de cartel e outros quetais.
Impressão digital
 
O que nenhum desses jornalistas amestrados fez até então foi noticiar o envolvimento da Siemens, que revelou a suposta existência do cartel, com o governo federal. O primeiro vínculo, marcado por escândalo de superfaturamento, é o metrô de Salvador. O consórcio do qual faz parte a Siemens foi denunciado, em 2009, por fraude à licitação e formação de cartel, o Ministério Público Federal na Bahia já oficiou a empresa para que explique o escândalo.
Outro ponto que liga a empresa alemã com o governo do PT é um projeto solicitado pelo Ministério da Justiça. Ao criar a Secretaria de grandes Eventos, o ministério precisava de uma empresa integradora dos sistemas dos estádios que receberão jogos do mundial de futebol. Com visível superfaturamento, o contrato entre a Siemens e o governo do PT acabou no Tribunal de Contas da União.
Investigar denúncias de corrupção é obrigação de qualquer agente público, desde que não sirva para atender os interesses de determinado partido político. Fora isso, o melhor seria que a isonomia prevalecesse nesses casos, sem privilégios de qualquer natureza.
O PT está mergulhado em uma crise que mescla problemas econômicos com um histórico de corrupção, mas quer usar o ataque a adversários como tábua de salvação. A democracia vive um momento extremamente perigoso, o que favorece cada vez mais a instalação de uma ditadura socialista, idêntica à que levou a vizinha Venezuela ao caos.
 

15 agosto de 2013
movcc

ESTIVADORES DE SANTOS EXPULSAM COM TRUCULÊNCIA PETISTAS E COMUNISTAS COM BANDEIRAS EM ATO PÚBLICO

 
 
Parabéns, Trabalhadores Estivadores do Brasil.O Partido dos Traidores "PT" e os Comunistas do "PC do B" depois de votarem contra os trabalhadores na Nova Lei dos Portos que foi aprovada pelo corrupto Congresso Nacional os militantes destes dois partidos tiveram a coragem de aparecer em praça pública, aonde acontecia um Ato Público com a presença maciça dos Estivadores e Portuários e o confronto foi inevitável e os militantes foram 
expulsos e suas bandeiras rasgadas.
 
(Carlos Alberto Gonçalves)
 

15 de agosto de 2013
MOVCC

ESTUDAR ANTES DE FALAR

           
          Artigos - Cultura 
Um sujeito é comunista não porque creia em tais ou quais coisas, mas porque ocupa um lugar numa organização que age como parte ou herdeira da tradição revolucionária comunista, com toda a pletora de variedades e contradições ideológicas aí contida.
 
O caminho mais curto para a destruição da democracia é fomentar o banditismo por meio da cultura e tentar controlá-lo, em seguida, pelo desarmamento civil.  A esquerda nacional tem trilhado coerentemente essa dupla via há pelo menos cinco décadas, e sempre soube perfeitamente qual seria o resultado: o caos social, seguido de endurecimento do regime se ela estiver no poder, de agitação insurrecional se estiver fora dele.
 
Essa estratégia é antiga, clássica, imutável, mas os pretextos com que se legitima conforme as conveniências do momento têm sido variados o bastante para desnortear a platéia, que se entrega a animadas e às vezes ferozes discussões sobre os pretextos mesmos e nunca atina com a unidade do projeto por trás deles.
 
Às vezes, como acontece no Brasil, nem chega a perceber que entre as duas vias simultâneas existe alguma relação. Pessoas mentalmente covardes vendem a mãe para não correr o risco de ser rotuladas de “teóricas da conspiração”. Rebaixam-se ao ponto de defender de unhas e dentes a “teoria das puras coincidências”, segundo a qual as ações acontecem sem autores.
 
Imaginem então o medo que essa gente tem de reconhecer algo que no resto do mundo já é obviedade patente: que o comunismo não morreu em 1990, que está hoje mais forte que nunca, sobretudo na América Latina.
Treze anos atrás, quando Jean-François Revel publicou seu último livro, “La Grande Parade”, ninguém na Europa ou nos EUA o contestou quanto a esse ponto, que no Brasil ainda é um segredo esotérico.
Há até quem negue que Dilma ou Lula sejam comunistas, mas faz isso porque não sabe exatamente o que é um comunista e, como em geral os liberais, imagina que é questão de ideais e ideologias.
 
Na verdade, um sujeito é comunista não porque creia em tais ou quais coisas, mas porque ocupa um lugar numa organização que age como parte ou herdeira da tradição revolucionária comunista, com toda a pletora de variedades e contradições ideológicas aí contida.
A unidade do movimento comunista, sobretudo desde Antonio Gramsci, da “New Left” americana e do remanejamento dos partidos comunistas após a dissolução da URSS, é muito mais de tipo estratégico do que ideológico.
Na verdade, esse movimento, cuja extinção a queda da URSS parecia anunciar como iminente e inevitável, conseguiu prosperar e crescer formidavelmente desde o começo dos anos 90 só porque abdicou de toda autodefinição doutrinal homogênea e aprimorou a técnica de articular numa unidade de ação estratégica as mais variadas correntes e dissidências cuja convivência era impossível até então.
Convicções, portanto, sinceras ou fingidas, não têm aí a mais mínima importância.
Para um sujeito falar com alguma propriedade sobre o movimento comunista, deve antes ter estudado as seguintes coisas:
 
(1) Os clássicos do marxismo: Marx, Engels, Lênin, Stálin, Mao Dzedong.
 
(2) Os filósofos marxistas mais importantes: Lukács, Korsch, Gramsci, Adorno, Horkheimer, Marcuse, Lefebvre, Althusser.
 
(3) “Main Currents of Marxism, de Leszek Kolakowski.
 
(4) Alguns bons livros de história e sociologia do movimento revolucionário em geral, como “Fire in the Minds of Men”, de James H. Billington, “The Pursuit of the Millenium”, de Norman Cohn, “The New Science of Politics”, de Eric Voegelin.
 
(5) Bons livros sobre a história dos regimes comunistas, escritos desde um ponto de vista não-apologético.
 
(6) Livros dos críticos mais célebres do marxismo, como Eugen von Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Raymond Aron, Roger Scruton, Nicolai Berdiaev e tantos outros.
 
(7) Livros sobre estratégia e tática da tomada do poder pelos comunistas, sobre a atividade subterrânea do movimento comunista no Ocidente e principalmente sobre as “medidas ativas” (desinformação, agentes de influência), como os de Anatolyi Golitsyn, Christopher Andrew, John Earl Haynes, Ladislaw Bittman, Diana West.
 
(8) Depoimentos, no maior número possível, de ex-agentes ou militantes comunistas que contam a sua experiência a serviço do movimento ou de governos comunistas, como Arthur Koestler, Ian Valtin, Ion Mihai Pacepa, Whittaker Chambers, David Horowitz.
 
(9) Depoimentos de alto valor sobre a condição humana nas sociedades socialistas, como os de Guillermo Cabrera Infante, Vladimir Bukovski, Nadiejda Mandelstam, Alexander Soljenítsin, Richard Wurmbrand.
É um programa de leitura que pode ser cumprido em quatro ou cinco anos por um bom estudante. Não conheço, na direita ou na esquerda brasileiras, ninguém, absolutamente ninguém que o tenha cumprido.
 
Há tanta gente neste país querendo dar palpite no assunto, quase sempre com ares de sapiência, e ninguém, ou praticamente ninguém, disposto a fazer o esforço necessário para dar alguma substância às suas palavras. Nenhum esquerdista honesto o fará sem abjurar da sua crença para sempre. Nenhum direitista, sem reconhecer que era um presunçoso, um bocó e, em muitos casos, um idiota útil – às vezes ainda mais útil e mais idiota do que a massa de manobra esquerdista.
 
A esquerda prospera na exploração da ignorância, própria e alheia. Onde quer que ela exerça a hegemonia, impera o mandamento de jamais ler as obras de adversários e críticos, mas espalhar versões deformadas e caricaturais das suas idéias e biografias, para que a juventude militante possa odiá-los na ilusão de conhecê-los. Universidades que professam dar cursos de marxismo capricham nesse ponto até o limite do controle mental puro e simples.
 
A direita, bem, a direita cultiva suas formas próprias de auto-ilusão, das quais já falei bastante neste mesmo jornal. Talvez volte ao assunto em outro artigo.

15 de agosto de 2013

Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio.