Era uma vez um homem-macaco que inventou uma parada para cortar madeira, daí ele descobriu que também podia cortar e mutilar os outros macacos para obter liderança;
Homo Ignorantis usa o meio para justificar sua ignorância.
O tempo passou, o tal do homem perdeu os pêlos (alguns começaram a raspá-los, depois evoluíram para a depilação), ficou mais sinuoso, começou a morar um lugares altos e metálicos, se tornou pseudo-inteligente, começou a achar que é a unica raça do universo, se deu o status de "evoluído" e...
Inventou o avião que nos leva de um ponto ao outro do mundo e também bombardeia milhões de pessoas de uma só vez;
Desenvolveu a medicina para a cura e por trás dela uma indústria que ganha com a doença;
Criou o carro, mas dependendo de quem senta ao volante o transforma numa arma potencial;
Inventou a televisão que pode esclarecer e informar, mas a usa para lobotomia e programações de medo e culpa;
Inventou a multa de trânsito para disciplinar e evitar acidentes e a transformou numa forma de acharcar o povo;
Cria músicas que nos levam à dimensões transcendentes e também "thuthucaaaaaaaaaa vem aqui pro seu tigrão";
Pode usar o sexo como forma de encontro ao divino, mas muitos ainda o usam como meio de escravizar o desejo do outro;
Criou a internet que pode tanto espalhar mensagens de paz, como fomentar comunidades terroristas entre milhões de outras usabilidades positivo-negativas.
Enfim!
Segurança, conforto, liberdade ou uma arma? Depende de quem o conduz.
Um garfo, o computador, uma caneta, uma planta, a mesa, o fósforo, a vela ou uma cadeira! Não importa a ferramenta usada, mas sim quem, como e para quê ela é utilizada. As ferramentas e invenções sempre estão de acordo com nosso nível de evolução-consciência e nunca o contrário. Quando acontece de termos uma invenção ou informação além daquilo que podemos entender, simplesmente não as absorvemos ou as distorcemos (o que é mais comum).
Eu vejo pessoas falando mal da internet e da evolução das coisas, mas a evolução das “coisas” está diretamente atrelada à evolução humana.
E eu vejo humanos falando mal de humanos o tempo todo, como se eles fossem chimpanzés engomados de calça e gravata ou de vestido e salto alto. Eles também fazem uso dessas mesmas ferramentas, mas se isentam da responsabilidade de uso sobre elas, talvez porque se achem chimpazés-alpha e isso os deixe fora do mundano! Coisa de Homo-Ignorantis.
Esse é um mundo polarizado (bom/ruim, certo/errado), onde sempre podemos escolher como usar o universo à nossa volta.
O problema e a solução do lixo, da sustentabilidade, do dinheiro ou do amor, além de todas as coisas e fatos que nos cercam, estão na nossa forma de conduzir esse universo à nossa volta.
O martelo não pode escolher se bate um prego ou estoura um cérebro, o teclado e o mouse não auto clicam-digitam em sites de fofoca ou imagens maravilhosas, a não ser que "alguém" os tenha programado anteriormente para isso, a nota de R$100,00 não escolhe se compra um bilhete de show ou uma fileira de cocaína.
O problema e a solução estão sempre entre a cadeira e o teclado.
É isso... pense aí como você anda usando as ferramentas que te servem.
Monik Ornellas
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
NOVAS, PERO NEM TANTO...
Bueno, pessoal, eu, João, sigo por aqui, de dono do campinho, submerso no bunker da palafita. Bermudas, chinelo-de-dedo, bebida da boa (agora tomo cuidado com ela, para não escrever besteira). Lá em cima um batalhão de africanos armados. Salito neste momento voa para o Brasil. Nem tente, Mr. F. Febraban, uma que posso estar te enganando, outra que não vai achá-lo nunca.
As novas de hoje são, digamos, meio velhas. O operador do mensalão que "não existiu" (como dizem Delúbio e seu chefe José Dirceu - só estes, o Lula não sabia e ainda não sabe de nada, pobre homem inexperiente em negócios), o Marcos Valério, foi preso em Belo Horizonte, agora por se apoderar de terras alheias com escritura falsa.
Uma pena, um amigaço dos tucanóides e dos trabolas. Esse cara foi quem o blog indicou para Diretor Financeiro do Cabaré Hidrelétrico Belo Monte, sob a presidência de Stanislava Perkoski, a Polaca. Essa senhora pensa em introduzir (epa) novidades logo na inauguração: banho de hidromassagem com tentadores choquinhos elétricos em lugares estratégicos do corpo.
De recordar que sobre essa estória de mensalão, o sincero Marcus Valerius inicialmente bufava: "Isso são denúncias infundadas, fantasiosas, produzidas por desatino, desespero e cinismo". Os acusadores eram loucos e malvados.
Mas aí surgiu uma secretária, Fernanda Karina Somaggio, e a casa começou a cair. Para cair de todo, falta encarcerar o chefe e outros menos votados.
Isso nos traz à mente um biltre que usava o cargo - influente, posto detentor de segredos de estado - para fazer consultorias de coisa alguma, amealhando milhões de denários. O que mentiu à nação aquele bicho! Protegido pelos mesmos sequazes que agora tentam proteger a outro, e outro, e outro.., seus iguais. A herdeira do trono viu o Brasil inteiro em pé, indignado, mas o manteve no cargo por meses, até que os nervos de todos estivessem esgotados. Entregou o ouro somente quando no horizonte pintou um risco escuro de impeachment. Será que já o prenderam?
Aliás, alguém já notou como todos os assaltantes covardes mentem à rodo, com o maior desembaraço? Mentem a si mesmos, mentem as suas famílias. Mentem ao parlamento. O crime dos crimes: mentem ao povo. E só por dinheiro (saudades, Lupicínio). Alguns são até simpáticos, demonstram aparente doçura, o que no Oriente não impede que lhes cortem as mãos, ou mais que isso.
Por falar nisso, acabo de receber, via e-mail de Adolfo, o material para A Charge do Dias, que logo será postado. Tomara que não nos estrague a sexta-feira, com alusões do tipo "Não estou entendendo, tentar desmoralizar e perder sua Comissão de Ética para proteger fétidos restos, aí tem coisa grande, por que tanto medo do zumbi?".
E fui, até já.
João.
ainda espantado
As novas de hoje são, digamos, meio velhas. O operador do mensalão que "não existiu" (como dizem Delúbio e seu chefe José Dirceu - só estes, o Lula não sabia e ainda não sabe de nada, pobre homem inexperiente em negócios), o Marcos Valério, foi preso em Belo Horizonte, agora por se apoderar de terras alheias com escritura falsa.
Uma pena, um amigaço dos tucanóides e dos trabolas. Esse cara foi quem o blog indicou para Diretor Financeiro do Cabaré Hidrelétrico Belo Monte, sob a presidência de Stanislava Perkoski, a Polaca. Essa senhora pensa em introduzir (epa) novidades logo na inauguração: banho de hidromassagem com tentadores choquinhos elétricos em lugares estratégicos do corpo.
De recordar que sobre essa estória de mensalão, o sincero Marcus Valerius inicialmente bufava: "Isso são denúncias infundadas, fantasiosas, produzidas por desatino, desespero e cinismo". Os acusadores eram loucos e malvados.
Mas aí surgiu uma secretária, Fernanda Karina Somaggio, e a casa começou a cair. Para cair de todo, falta encarcerar o chefe e outros menos votados.
Isso nos traz à mente um biltre que usava o cargo - influente, posto detentor de segredos de estado - para fazer consultorias de coisa alguma, amealhando milhões de denários. O que mentiu à nação aquele bicho! Protegido pelos mesmos sequazes que agora tentam proteger a outro, e outro, e outro.., seus iguais. A herdeira do trono viu o Brasil inteiro em pé, indignado, mas o manteve no cargo por meses, até que os nervos de todos estivessem esgotados. Entregou o ouro somente quando no horizonte pintou um risco escuro de impeachment. Será que já o prenderam?
Aliás, alguém já notou como todos os assaltantes covardes mentem à rodo, com o maior desembaraço? Mentem a si mesmos, mentem as suas famílias. Mentem ao parlamento. O crime dos crimes: mentem ao povo. E só por dinheiro (saudades, Lupicínio). Alguns são até simpáticos, demonstram aparente doçura, o que no Oriente não impede que lhes cortem as mãos, ou mais que isso.
Por falar nisso, acabo de receber, via e-mail de Adolfo, o material para A Charge do Dias, que logo será postado. Tomara que não nos estrague a sexta-feira, com alusões do tipo "Não estou entendendo, tentar desmoralizar e perder sua Comissão de Ética para proteger fétidos restos, aí tem coisa grande, por que tanto medo do zumbi?".
E fui, até já.
João.
ainda espantado
PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO... PARA PIOR!
O Brasil realmente está mudando nesses ultimos nove anos.
Conseguimos manter a maior taxa de juros do planeta.
A inflação que estava dominada já está solta novamente, e que me desmintam os que compram em supermercados.
A gasolina não sobe "oficialmente" mas nas bombas o que vemos é outra realidade.
Aeroportos em estado de calamidade pública.
Violência aumentando dia a dia.
Os hospitais públicos desmentem todas as positivas propagandas do governo, de que a saúde vai muito bem no Brasil. Que o diga o Sebento que está sendo tratado no mais caro hospital particular da Amérdica Latrina.
A burocracia continua emperrando o país.
IDH = 84º lugar.
95º lugar no Analfabetismo.
106º no ranking de Mortalidade Infantil.
71º lugar no ranking Renda Per Capita.
52º lugar entre 110 países da America Latina melhor para se viver.
1º Lugar em taxas de juros.
1º Lugar em queda de ministros por corrupção proporcional ao tempo de
governo. (E olha que cairiam mais dois se a presidANTA não se acovardasse)
1º Lugar escorchantes preços nos combustíveis.
O unico país do planeta que vende 75% de gasolina com 25% de álcool na mistura e cobra 100% gasolina.
A educação que já era sucateada, agora virou um verdadeiro lixo.
1º Lugar em corrupção que desvia por ano o equivalente a um PIB de pequenos países da Amérdica do Sul.
1º Lugar quantidade de deputados e senadores ladrões e corruptos.
1º Lugar em incompetência administrativa.
1º Lugar em falta de ética social.
1º Lugar em aparelhamento ideológico nas estruturas do poder.
1º Lugar em ineficiência do judiciário.
1º Lugar em salários estratosféricos nas estatais.
Realmante o país das maravilhas que tanto apregoava o EX presidente, o enfermo Defuntus Sebentus, está doente, estamos vendo naufragar institucionalmente uma nação que tem tudo para ser a primeira do planeta.
Mas que infelizmente tem um povinho de merda que ainda acredita nas mentiras contadas por um bandido que se traveste de político sério.
Estamos perdendo uma década para o atraso e para a bandalheira.
Já imaginaram se o Brasil estiivesse sendo conduzido por gente séria e comprometida, se não houvesse corrupção e tanta safadeza?
Seriamos o paraíso na terra, mas o povo prefere viver no inferno da falta de tudo, onde o que importa é só o se dar bem, seja a que preço for.
Infelizmente não sei se deixarei um país melhor para meus filhos e netos, nossa geração falhou. A culpa de tudo o que está acontecendo no Brasil de hoje é nossa que passamos mais de 20 anos brigando contra a ditadura e quando chegamos a democracia permitimos que bandoleiros chegassem ao poder com a unica e exclusiva função de jogar o Brasil de volta aos anos de 1920.
Querem transformar o povo em escravos ideológicos de um regime onde a unica coisa que funciona é a distribuição igualitária da miséria.
E que já provou que não funciona em lugar nenhum do planeta. Ou será que são tão idiotas que acretiam que viver em CÚba é tudo de bom?
Deixaram os bandoleiros que perderam a "revolução" de 64 e partiram para a luta armada chegar ao poder, e o que vemos é que eles ainda vivem nos anos 60, pensam em se vingar de tudo e de todos os que atrapalharam os planos de implantação de uma ditadura do proletariado na pocilga.
A sorte do povo, se é que podemos chamar de sorte, é que esse pessoal é tão ladrão, e tão safado que não tem competência nem para fazer funcionar a própria ideologia.
De socialistas ou comunistas eles conseguiram chegar a bandoleiros, saqueadores, corruptos, ladrões e trapalhões, são incompetentes e confusos, são tão vaidosos e megalomaniacos que não conseguem enxergar além do próprio bolso, e com as mentes embotadas pelos discursos esquerdofrênicos se perderam, quando colocaram as mãos nos cofres públicos, e daí o Brasil virou um saco de gatos, onde a intenção é "socializar" o país, mas na verdade o que querem mesmo é apenas roubar o Brasil o quanto puderem.
São tão patéticos em suas declarações e tão mentirosos, que chegam a ser quase que infantís, mas em terra de cego quem tem um olho é rei, eles mesmo idiotas como são, ainda conseguem manter uma imensa parcela de eleitores burros e mortos de fome sob suas nefastas influências.
E o povão feliz feito pinto no lixo porque agora tem carro novo, cartão de "crédio", TV de LED, consegue até viajar de avião ou de navio...
Em contrapartida não tem uma escola pública decente e nem uma saúde eficiênte, mas o que importa né?
O que vale no Brasil de hoje é o que tenho e não o que sou.
E os que ainda pensam, ficam aqui, como eu, na luta para tentar fazer com que esse povo abra os olhos e veja que se pensarem um pouquinho que seja, e começarem a fazer as coisas com mais consciência, o Brasil pode melhorar, e muito, mas ora vejam, eles não se posicionam, não pensam, e só querem futebol, cerveja, bandalheira, carnaval, viajar e comprar, comprar, comprar...pois, o "painho" mandou.
E estudar que é bom...
Assim não se cria uma nação.
Estamos perdendo o bonde da história mais uma vez...
o mascate
ENFIM, UMA ANEDOTA LEGAL!!!
O governo regulamenta a profissão de Motoboy, Motobosta, Motofrete, Mototaxi e Motomortociclista.
Entre as novidades estão o uso obrigatório de faixas refletivas, nos capacetes, coletes e baús. E a padronização da cor das motocicletas para branco. Curso de capacitação profissional de 30 horas. Entre outros.
Mas a maior novidade é que para ser moto alguma coisa o cidadão tem que tirar o atestado de antecedentes criminais e estar em dia com a justiça.
PERAÊ!!! Deixa ver se eu entendi: Para ser motoboy e poder trabalhar como um tem que ter a ficha limpa? HÁHÁHÁ!!!!
Só na pocilga vemos bizarrices desse calibre, a cada dia que passa o Brasil fica ainda mais engraçado...
Para votar não precisa mais do título de eleitor, mas para arrumar emprego ou fazer matrícula em universidade precisa.
E agora para ser motoboy tem que ter a ficha limpa, mas para ser político não?
Quer dizer que o cara que vai entregar a sua pizza supostamente é mais honesto que o vereador ou deputado que tem o poder de legislar e direcionar a vida do povo brasileiro?
Não é a toa que o DESgoverno da Dentuça está atolado até os olhos na corrupção e na safadeza.
Para ser ministro de estado basta ser amigo "do rei". A capacidade, a ética e a honestidade não importam.
Na próxima eleição eu só vou votar em candidatos que sejam motoboys, ao menos eu terei a certeza de que esses são "oficialmente" honestos!!!
Sem contar que vai começar a chiadeira da "catchiguria" alegando que as mudanças serão caras demais e nem todos terão condições de entrar na "regulamentação" por falta de grana.
Mas, se o cara trabalha feito um burro para sobreviver e não sobra nem uns caraminguás no final do mes para investir na própria segurança o cara está na profissão errada, tem que cair fora e arrumar um empreguinho que ao menos não tenha que "investir" em sí mesmo.
E certamente a gritaria da "catchiguria" das duas rodas vai fazer com que algum espertalhão político pensando nos votos que esses milhares de trabalhadores representam, irá começar a colocar "emendas" na lei para que tudo acabe ficando como está.
E assim, continuará o Brasil da mediocridade. O Brasil onde morrem dúzias de motociclistas por dia por culpa da irresponsabilidade dos mortos de fome motobostas, dos legisladores, da falta de fiscalização eficiente e de leis muito mal feitas.
Sem contar que a brilhante assembléia de SP votou e aprovou uma lei que proíbe o transporte de garupas nas motocicletas do estado com intenção de diminuir a violência dos roubos e assaltos praticados pelos meliantes em duas rodas.
E essa lei já nasce morta, uma vez que o governo fedemal regulamentou a profissão de mototaxista. Mas como um motoqueiro poderá ser um taxista se ele está proibido de levar um garupa?
E para os MOTOCICLISTAS como este que vos escreve, como é que eu vou levar a "dona da pensão" para passear nos finais de semana hein?
Bizarro...muito bizarro...
o mascate
DIPLOMA DE JORNALISTA É IDIOTICE
Como definir o jornalista? “Qualquer um que fizer jornalismo”, responde o escocês Andrew Marr no seu livro My Trade (Pan Books, 2005, 300 págs).
Jornalista de mão cheia, ex-editor do diário The Independent e da Economist, Marr diz quem são as pessoas mais propensas a mergulhar no jornalismo: “bêbados, disléxicos e algumas das pessoas menos confiáveis e mais perversas da Terra”.
Mas há consolo no livro de Marr, consagrado à história do jornalismo britânico. “Tirando o crime organizado, o jornalismo é a mais poderosa e agradável antiprofissão”.
Marr, de 51 anos, causaria um grande alvoroço no Senado brasileiro. Por dois motivos. Primeiro, porque sua ironia seria levada a sério pela maioria dos senadores. Em segundo lugar, Marr formou-se em Letras.
E aí mora o problema.
Marr, iconoclastia à parte, não seria considerado um jornalista pelos senadores brasileiros pelo fato de não ter estudado jornalismo.
O Senado acaba de aprovar uma proposta de emenda constitucional para tornar obrigatório o diploma de nível superior para o exercício do jornalismo. Haverá outra votação no Senado. Se a emenda for aprovada será analisada pelos deputados.
Claro, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubará a medida (se aprovada pelos deputados). Em junho de 2009, vale recapitular, o STF acabou com a exigência do diploma para jornalistas. A norma era incompatível com o princípio de liberdade de expressão.
Mas o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), autor da proposta, não concorda com o STF. “Todas as profissões têm o seu diploma reconhecido, menos o diploma de jornalista, o que é uma incoerência, uma distorção na legislação brasileira”, declarou.
E senadores, precisam de diploma? Nenhum.
Basta ter nacionalidade brasileira e mais de 35 anos de idade. Na França qualquer deputado graduou-se no mínimo em ciências políticas. E isso fica claro nos discursos na Assembleia Nacional e no Senado. Lá fala-se em ideologia partidária, entre outros temas aqui ignorados.
E aqui aproveito para fazer uma sugestão: já que jornalistas precisam, segundo os senadores, de diploma, por que não aplicar a mesma proposta para os senadores brasileiros? Os debates, quiçá, se tornariam mais fecundos.
Certo é que, de forma geral, os colegas formados por universidades de jornalismo a pipocar Brasil afora, quase todos a trabalhar para a mídia ultraconservadora, não têm contribuído para melhorar o nível da mídia.
Os grandes diários brasileiros, com colegas com canudo de jornalista ou não, são ilegíveis. Por exemplo, um dos destaques da Folha de São Paulo na quinta-feira 1º é que a apresentadora Fátima Bernardes “deve deixar a bancada do ‘Jornal Nacional’”. Ela estaria “cansada”.
Eis a questão: o nível das escolas de jornalismo é baixo, ou seriam os patrões que limitam o trabalho de apuração dos repórteres – e principalmente dos colunistas? Seriam as duas coisas?
Como dizia o grande jornalista italiano Enzo Biagi (outro que não tinha diploma de jornalista): “Meus únicos patrões sempre foram meus leitores”.
Nos Estados Unidos e na Europa o canudo de jornalista não é necessário para exercer a profissão. Basta um diploma, isto é, uma especialização. Lá é comum estudantes com ambições jornalísticas trabalharem nos jornais das universidades enquanto se formam em história, ciências políticas, economia, etc.
Na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, por exemplo, alunos de diferentes departamentos trabalham no excelente diário Daily Bruin, distribuído gratuitamente no campus e nos bairros em torno de Westwood, onde fica a UCLA.
Na França e no Reino Unido ninguém precisa de diploma de jornalista para trabalhar na mídia. Marr, que especializou-se em literatura inglesa em Cambridge, oferece: “Tudo que o jornalista precisa é ser curioso e saber farejar uma boa história. E mesmo dominando a gramática, só se aprende a escrever escrevendo”.
Vale acrescentar: o jornalismo se aprende indo à rua. “É preciso tirar a bunda da cadeira”, martelava Reali Jr.
O repórter tem de continuar a praticar esse método inclusive para entender o que escreve. Precisa usar os fatos com honestidade, mas ao mesmo tempo tem de entender que o jornalismo tem seus limites, não é uma ciência.
Ah, e sempre que possível o senso de humor ajuda. O diploma de jornalista só serve para enfeitar parede.
Gianni Carta, 01.12.2011
Jornalista de mão cheia, ex-editor do diário The Independent e da Economist, Marr diz quem são as pessoas mais propensas a mergulhar no jornalismo: “bêbados, disléxicos e algumas das pessoas menos confiáveis e mais perversas da Terra”.
Mas há consolo no livro de Marr, consagrado à história do jornalismo britânico. “Tirando o crime organizado, o jornalismo é a mais poderosa e agradável antiprofissão”.
Marr, de 51 anos, causaria um grande alvoroço no Senado brasileiro. Por dois motivos. Primeiro, porque sua ironia seria levada a sério pela maioria dos senadores. Em segundo lugar, Marr formou-se em Letras.
E aí mora o problema.
Marr, iconoclastia à parte, não seria considerado um jornalista pelos senadores brasileiros pelo fato de não ter estudado jornalismo.
O Senado acaba de aprovar uma proposta de emenda constitucional para tornar obrigatório o diploma de nível superior para o exercício do jornalismo. Haverá outra votação no Senado. Se a emenda for aprovada será analisada pelos deputados.
Claro, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubará a medida (se aprovada pelos deputados). Em junho de 2009, vale recapitular, o STF acabou com a exigência do diploma para jornalistas. A norma era incompatível com o princípio de liberdade de expressão.
Mas o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), autor da proposta, não concorda com o STF. “Todas as profissões têm o seu diploma reconhecido, menos o diploma de jornalista, o que é uma incoerência, uma distorção na legislação brasileira”, declarou.
E senadores, precisam de diploma? Nenhum.
Basta ter nacionalidade brasileira e mais de 35 anos de idade. Na França qualquer deputado graduou-se no mínimo em ciências políticas. E isso fica claro nos discursos na Assembleia Nacional e no Senado. Lá fala-se em ideologia partidária, entre outros temas aqui ignorados.
E aqui aproveito para fazer uma sugestão: já que jornalistas precisam, segundo os senadores, de diploma, por que não aplicar a mesma proposta para os senadores brasileiros? Os debates, quiçá, se tornariam mais fecundos.
Certo é que, de forma geral, os colegas formados por universidades de jornalismo a pipocar Brasil afora, quase todos a trabalhar para a mídia ultraconservadora, não têm contribuído para melhorar o nível da mídia.
Os grandes diários brasileiros, com colegas com canudo de jornalista ou não, são ilegíveis. Por exemplo, um dos destaques da Folha de São Paulo na quinta-feira 1º é que a apresentadora Fátima Bernardes “deve deixar a bancada do ‘Jornal Nacional’”. Ela estaria “cansada”.
Eis a questão: o nível das escolas de jornalismo é baixo, ou seriam os patrões que limitam o trabalho de apuração dos repórteres – e principalmente dos colunistas? Seriam as duas coisas?
Como dizia o grande jornalista italiano Enzo Biagi (outro que não tinha diploma de jornalista): “Meus únicos patrões sempre foram meus leitores”.
Nos Estados Unidos e na Europa o canudo de jornalista não é necessário para exercer a profissão. Basta um diploma, isto é, uma especialização. Lá é comum estudantes com ambições jornalísticas trabalharem nos jornais das universidades enquanto se formam em história, ciências políticas, economia, etc.
Na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, por exemplo, alunos de diferentes departamentos trabalham no excelente diário Daily Bruin, distribuído gratuitamente no campus e nos bairros em torno de Westwood, onde fica a UCLA.
Na França e no Reino Unido ninguém precisa de diploma de jornalista para trabalhar na mídia. Marr, que especializou-se em literatura inglesa em Cambridge, oferece: “Tudo que o jornalista precisa é ser curioso e saber farejar uma boa história. E mesmo dominando a gramática, só se aprende a escrever escrevendo”.
Vale acrescentar: o jornalismo se aprende indo à rua. “É preciso tirar a bunda da cadeira”, martelava Reali Jr.
O repórter tem de continuar a praticar esse método inclusive para entender o que escreve. Precisa usar os fatos com honestidade, mas ao mesmo tempo tem de entender que o jornalismo tem seus limites, não é uma ciência.
Ah, e sempre que possível o senso de humor ajuda. O diploma de jornalista só serve para enfeitar parede.
Gianni Carta, 01.12.2011
CARTA À PRESIDENTE DILMA
Prezada presidente Dilma:
Não sei se a senhora terá tempo ou oportunidade de ler esta pequena carta, mas me julguei no dever de lhe escrever.
Poderia tratar de várias dezenas de questões referentes a seu governo. Várias delas têm merecido a publicação de posts neste blog.
Queria apenas, e rapidamente, abordar algo de que, com certeza, a senhora tomou conhecimento. Refiro-me aos primeiros movimentos do novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em seu posto, e a seus esforços para restabelecer a respeitabilidade do governo italiano após longos anos de berlusconismo e, ao mesmo tempo, recuperar a credibilidade da Itália perante seus credores.
A senhora certamente não ignora as credenciais de Monti, nem o fato de que o chamavam “SuperMario”, por sua eficiência discreta, nos dez anos longos anos em que exerceu o importante cargo de comissário da União Europeia – ou seja, um dos 27 integrantes do órgão executivo da UE, espécie de superministro.
Ele aplicou multa de meio bilhão de dólares na Microsoft
Só para lembrar. Numa primeira fase, de 1995 a 1999, ele foi encarregado de assuntos como mercado interno, questões aduaneiras e taxação. Depois, de 1999 a 2004, exerceu o posto de comissário para a livre concorrência. Não brincava em serviço, como a senhora há de se recordar. Entre outras ações, a ele coube a iniciativa de aplicar pesada multa de meio bilhão de dólares na Microsoft por ferir os princípios de livre competição na área da União Europeia.
Sua competência como economista, professor universitário, ex-reitor da Universidade Bocconi, renomada instituição de Milão onde ele próprio se formou, com posterior doutorado em Yale, nos EUA, onde foi aluno do Prêmio Nobel James Tobin, tornaram-no capaz de circular no difícil terreno minado da complicadíssima política italiana.
Tanto é que sua primeira nomeação para o posto de comissário que cabia à Itália foi proposta ao Parlamento pelo agora ex-primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi. E a renovação de seu mandato, pelo ex-primeiro-ministro de centro-esquerda Romano Prodi.
Pois bem, presidente, a senhora viu qual foi a primeira medida saneadora, a primeira de todas, tomada por Monti, logo ao tomar posse?
Sim, isso mesmo: reduzir o número de ministérios da Itália de 24 para 17. De uma penada, cortou sete ministérios, economizando recursos e simplificando a gestão pública. E ele acumulou o cargo de premier com o de ministro da Economia. Um ministério a menos.
A senhora, sabemos todos, governa com um ministério de 39 pastas, prestes a tornar-se 40, com a provável criação de uma para micro e pequenas empresas.
Com já escrevi antes, presidente, na iniciativa privada, um CEO de empresa que tivesse 40 diretores se reportando a ele levaria o negócio à bancarrota ou ficaria doido, se a senhora me permite esta expressão.
Enxugar um pouco esse ministério-monstro
Será que o exemplo da Itália não poderá inspirá-la, na reforma ministerial que, ao que tudo indica, a senhora fará em janeiro próximo?
Sim, sei que Monti é um técnico, que governa graças a um acordo parlamentar que lhe conferiu um mandato, de prazo ignorado, para montar um governo sem considerações partidárias.
E já a senhora, infelizmente, como ocorre com os presidentes no Brasil, precisa de um pacote de partidos para conseguir governar e passar leis no Congresso. E que esses partidos querem nacos do governo, principalmente ministérios.
Mas, quem sabe, com sua crescente popularidade – e não cabe aqui discutir se seu governo vai bem ou não –, sua maior experiência e segurança no cargo, a senhora não consegue dar um jeito nisso e enxugar um pouco, pelo menos, esse ministério-monstro?
Acho que o país só teria a ganhar com isso.
Pelo menos pense no assunto, presidente.
Atenciosamente,
Ricardo Setti
Não sei se a senhora terá tempo ou oportunidade de ler esta pequena carta, mas me julguei no dever de lhe escrever.
Poderia tratar de várias dezenas de questões referentes a seu governo. Várias delas têm merecido a publicação de posts neste blog.
Queria apenas, e rapidamente, abordar algo de que, com certeza, a senhora tomou conhecimento. Refiro-me aos primeiros movimentos do novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, em seu posto, e a seus esforços para restabelecer a respeitabilidade do governo italiano após longos anos de berlusconismo e, ao mesmo tempo, recuperar a credibilidade da Itália perante seus credores.
A senhora certamente não ignora as credenciais de Monti, nem o fato de que o chamavam “SuperMario”, por sua eficiência discreta, nos dez anos longos anos em que exerceu o importante cargo de comissário da União Europeia – ou seja, um dos 27 integrantes do órgão executivo da UE, espécie de superministro.
Ele aplicou multa de meio bilhão de dólares na Microsoft
Só para lembrar. Numa primeira fase, de 1995 a 1999, ele foi encarregado de assuntos como mercado interno, questões aduaneiras e taxação. Depois, de 1999 a 2004, exerceu o posto de comissário para a livre concorrência. Não brincava em serviço, como a senhora há de se recordar. Entre outras ações, a ele coube a iniciativa de aplicar pesada multa de meio bilhão de dólares na Microsoft por ferir os princípios de livre competição na área da União Europeia.
Sua competência como economista, professor universitário, ex-reitor da Universidade Bocconi, renomada instituição de Milão onde ele próprio se formou, com posterior doutorado em Yale, nos EUA, onde foi aluno do Prêmio Nobel James Tobin, tornaram-no capaz de circular no difícil terreno minado da complicadíssima política italiana.
Tanto é que sua primeira nomeação para o posto de comissário que cabia à Itália foi proposta ao Parlamento pelo agora ex-primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi. E a renovação de seu mandato, pelo ex-primeiro-ministro de centro-esquerda Romano Prodi.
Pois bem, presidente, a senhora viu qual foi a primeira medida saneadora, a primeira de todas, tomada por Monti, logo ao tomar posse?
Sim, isso mesmo: reduzir o número de ministérios da Itália de 24 para 17. De uma penada, cortou sete ministérios, economizando recursos e simplificando a gestão pública. E ele acumulou o cargo de premier com o de ministro da Economia. Um ministério a menos.
A senhora, sabemos todos, governa com um ministério de 39 pastas, prestes a tornar-se 40, com a provável criação de uma para micro e pequenas empresas.
Com já escrevi antes, presidente, na iniciativa privada, um CEO de empresa que tivesse 40 diretores se reportando a ele levaria o negócio à bancarrota ou ficaria doido, se a senhora me permite esta expressão.
Enxugar um pouco esse ministério-monstro
Será que o exemplo da Itália não poderá inspirá-la, na reforma ministerial que, ao que tudo indica, a senhora fará em janeiro próximo?
Sim, sei que Monti é um técnico, que governa graças a um acordo parlamentar que lhe conferiu um mandato, de prazo ignorado, para montar um governo sem considerações partidárias.
E já a senhora, infelizmente, como ocorre com os presidentes no Brasil, precisa de um pacote de partidos para conseguir governar e passar leis no Congresso. E que esses partidos querem nacos do governo, principalmente ministérios.
Mas, quem sabe, com sua crescente popularidade – e não cabe aqui discutir se seu governo vai bem ou não –, sua maior experiência e segurança no cargo, a senhora não consegue dar um jeito nisso e enxugar um pouco, pelo menos, esse ministério-monstro?
Acho que o país só teria a ganhar com isso.
Pelo menos pense no assunto, presidente.
Atenciosamente,
Ricardo Setti
A MANSIDÃO DA LEOA
“Senta que o leão é manso”, pede o dono do circo à plateia, numa recomendação que, mal comparando, serviria também ao público que assiste ao espetáculo em cartaz na Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Poderes e adjacências.
No caso, a mansidão é da presidente da República que pede muita calma nessa hora em que a Comissão de Ética Pública aconselha a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, cujo currículo revelado em capítulos conta a história de uma vida dedicada à transgressão.
Da mentira à improbidade, há de tudo um pouco.
Nessa altura o ministro pode até ser ex-ministro. Pode vir a deixar de sê-lo amanhã, depois, na semana que vem, em janeiro, quando o carnaval chegar ou no dia de são nunca.
Não importa. A presidente Dilma Rousseff, de qualquer modo, outra vez perdeu o timing da demissão, deixando a coisa chegar ao patamar da impossibilidade completa de Lupi dirigir um carrinho de mão que seja na administração pública. O que dirá ministério.
Se de pretexto a Presidência ainda precisasse, a Comissão de Ética deu o melhor deles. Tão bom que por um momento o movimento até pareceu coordenado.
A decisão dos conselheiros saiu na véspera da divulgação de mais uma transgressão: a Folha de S. Paulo de ontem contou que Lupi ocupou simultaneamente os cargos de assessor na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, entre os anos de 2000 e 2005.
A primeira reação da presidente foi convocar uma reunião para discutir os efeitos políticos da decisão da comissão e depois cobrar dos conselheiros encarregados de zelar pela observância da ética no primeiro escalão da administração federal uma explicação pormenorizada sobre o motivo pelo qual sugeriram a demissão do ministro do Trabalho.
Dilma não faz jus à fama. Ou talvez seja só boato essa história de que com a presidente não tem conversa mole: escreveu não leu, é bronca, é insulto, é tapa da mesa, é irritação, é cobrança de correção.
A decisão dos conselheiros saiu na véspera da divulgação de mais uma transgressão: a Folha de S. Paulo de ontem contou que Lupi ocupou simultaneamente os cargos de assessor na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, entre os anos de 2000 e 2005.
A primeira reação da presidente foi convocar uma reunião para discutir os efeitos políticos da decisão da comissão e depois cobrar dos conselheiros encarregados de zelar pela observância da ética no primeiro escalão da administração federal uma explicação pormenorizada sobre o motivo pelo qual sugeriram a demissão do ministro do Trabalho.
Dilma não faz jus à fama. Ou talvez seja só boato essa história de que com a presidente não tem conversa mole: escreveu não leu, é bronca, é insulto, é tapa da mesa, é irritação, é cobrança de correção.
Ou, quem sabe, a presidente só compre brigas “para baixo” e na hora de enfrentar as feras da base prefira ouvir os conselhos de seu mentor, vestir uma casca grossa e fazer de conta que não é com ela.
Não é bem a Comissão de Ética quem deve explicações. Nessa altura, nem mais o ministro Lupi as deve. Deu todas as que podia dar e não convenceu.
Os motivos da sugestão de demissão são claros: ocorrências de extorsão, cobrança de propina e aparelhamento no ministério do Trabalho, mentiras, declarações de baixíssima categoria.
Como a coroar o cenário torpezas, temos – com perdão da má palavra – a cafajestada do notório deputado pedetista Paulo Pereira da Silva chamando de "gagás" os integrantes da comissão.
Quis dizer que são velhos caducos? Ora por quem sois, pois quem o diz carrega a decrepitude na alma.
Em suma, nada explica a insistência de Dilma em bancar a permanência Lupi. Nem a hipótese de que esteja fazendo um cabo de guerra com a imprensa. Jornais e jornalistas não ganham ou perdem coisa alguma o ministro ficando ou saindo, inclusive porque não há objeto em disputa.
Já a presidente perde credibilidade que, ao contrário de popularidade, é difícil conquistar e dificílimo recuperar.
Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
DIREITOS CIVIS E ERROS CIVIS
Um rapazinho está morto. Outro está na prisão, onde permanecerá pelos próximos 21 anos
Por quê?
Por causa da engenharia social nas escolas do Sul da Califórnia.
O caso começa com um adolescente confuso chamado Larry King. Quaisquer que fossem as razões, o adolescente de 14 anos estava exibindo comportamento estranho vestindo roupas de menina, usando maquiagem e dando em cima, de modo agressivo, dos meninos em sua escola de 7ª e 8ª séries em Oxnard.
O que não surpreende ninguém fora desse distrito escolar é que essa conduta deixou os outros estudantes bastante desconfortáveis e sujeitou Larry King a abuso verbal e até ameaças.
A mãe dele estava preocupada com seu bem-estar e segurança. Ela rogou às autoridades escolares que a ajudassem a estabelecer alguns limites para seu filho. Dawn King disse que entrou em contato com as autoridades escolares para solicitar sua cooperação para ajudar seu filho a abrandar sua conduta. Dois meses antes, as autoridades haviam tirado Larry King de seus pais por causa de problemas domésticos.
Em vez de reconhecerem o perigo que estava pairando sobre Larry e o nível de desconforto que os outros estudantes estariam experimentando como consequência da conduta dele, a Sra. King foi informada pelas autoridades escolares de que o filho dela tinha um direito civil de explorar sua identidade sexual.
“Eu sabia, meu instinto estava me avisando, que algo grave iria acontecer”, disse ela. “Deviam tê-lo refreado, refreado a conduta dele”.
Quatro dias mais tarde, Brandon McInerney, um adolescente então de 14 anos de idade, deu dois tiros na cabeça de Larry numa sala de aula. McInerney foi sentenciado nesta semana a 21 anos de prisão. Ele ficará ali até completar 38 anos.
Antes do tiroteio, a diretoria da escola havia enviado um comunicado advertindo os professores de que eles não deveriam incomodar Larry, mas deviam denunciar problemas de segurança. Os professores, no julgamento do tribunal, deram depoimentos de que quando tentaram denunciar crescentes tensões entre Larry e vários rapazes adolescentes, as autoridades escolares os evitavam.
A vice-diretora Joy Epstein passou a ser criticada por alegadamente ter mais intenção de proteger os “direitos civis” de Larry do que de reconhecer que o vestido que ele estava usando e a conduta que ele estava exibindo estavam causando problemas.
“Houve denúncia, mais de uma vez, feita por mais de uma pessoa”, disse Dawn Boldrin, professora de inglês. “Estava tudo documentado. Há documentação sobre isso. Ela ficava dizendo que não sabia e sabia. Ela sabia. Ela realmente sabia. Todo mundo sabia”.
Na esteira dessa tragédia totalmente evitável, Eliza Byard, diretora-executiva da Rede de Educação Gay, Lésbica e Hetero, disse numa declaração que o acordo entre acusação e defesa encerra um capítulo trágico:
“O Município de Ventura junto com as comunidades e distritos escolares em toda parte precisam se unir para promover uma cultura de respeito e criação do verdadeiro potencial que se encontra em todos os indivíduos, independente da orientação sexual, identidade de gênero e expressão sexual”.
Mas não é exatamente isso o que as escolas do Município de Ventura fizeram nesse caso? Elas não seguiram à risca a prescrição politicamente correta? E no que foi que deu?
Deu em assassinato.
Deu em destruição de outras vidas.
Eu poderia sugerir várias políticas de bom senso para evitar tais tragédias no futuro. Mas de que adianta? Ninguém em nossas escolas públicas vai dar atenção ao bom senso. Portanto, o melhor conselho que eu poderia dar aos pais que amam seus filhos e querem que eles evitem o abuso de crianças que está ocorrendo nas escolas — não só da Califórnia, mas também as de costa a costa nos Estados Unidos — é tirar seus filhos desses asilos de insanos.
As escolas públicas estão entre os lugares mais perigosos que você poderia deixar seu filho por sete horas por dia.
Você quer que seu filho sofra uma cantada ou avanços sexuais indesejados — por membros do mesmo sexo ou do sexo oposto?
Se não, tire-os dali.
Você quer que seu filho seja incentivado a expressar, de forma anormal, seus impulsos sexuais sem respeitar ninguém?
Se não, tire-os dali.
Você quer seu filho debaixo da autoridade de engenheiros sociais que não reconhecem o perigo quando aparece na cara deles?
Se não, tire-os dali.
Joseph Farah
Por quê?
Por causa da engenharia social nas escolas do Sul da Califórnia.
O caso começa com um adolescente confuso chamado Larry King. Quaisquer que fossem as razões, o adolescente de 14 anos estava exibindo comportamento estranho vestindo roupas de menina, usando maquiagem e dando em cima, de modo agressivo, dos meninos em sua escola de 7ª e 8ª séries em Oxnard.
O que não surpreende ninguém fora desse distrito escolar é que essa conduta deixou os outros estudantes bastante desconfortáveis e sujeitou Larry King a abuso verbal e até ameaças.
A mãe dele estava preocupada com seu bem-estar e segurança. Ela rogou às autoridades escolares que a ajudassem a estabelecer alguns limites para seu filho. Dawn King disse que entrou em contato com as autoridades escolares para solicitar sua cooperação para ajudar seu filho a abrandar sua conduta. Dois meses antes, as autoridades haviam tirado Larry King de seus pais por causa de problemas domésticos.
Em vez de reconhecerem o perigo que estava pairando sobre Larry e o nível de desconforto que os outros estudantes estariam experimentando como consequência da conduta dele, a Sra. King foi informada pelas autoridades escolares de que o filho dela tinha um direito civil de explorar sua identidade sexual.
“Eu sabia, meu instinto estava me avisando, que algo grave iria acontecer”, disse ela. “Deviam tê-lo refreado, refreado a conduta dele”.
Quatro dias mais tarde, Brandon McInerney, um adolescente então de 14 anos de idade, deu dois tiros na cabeça de Larry numa sala de aula. McInerney foi sentenciado nesta semana a 21 anos de prisão. Ele ficará ali até completar 38 anos.
Antes do tiroteio, a diretoria da escola havia enviado um comunicado advertindo os professores de que eles não deveriam incomodar Larry, mas deviam denunciar problemas de segurança. Os professores, no julgamento do tribunal, deram depoimentos de que quando tentaram denunciar crescentes tensões entre Larry e vários rapazes adolescentes, as autoridades escolares os evitavam.
A vice-diretora Joy Epstein passou a ser criticada por alegadamente ter mais intenção de proteger os “direitos civis” de Larry do que de reconhecer que o vestido que ele estava usando e a conduta que ele estava exibindo estavam causando problemas.
“Houve denúncia, mais de uma vez, feita por mais de uma pessoa”, disse Dawn Boldrin, professora de inglês. “Estava tudo documentado. Há documentação sobre isso. Ela ficava dizendo que não sabia e sabia. Ela sabia. Ela realmente sabia. Todo mundo sabia”.
Na esteira dessa tragédia totalmente evitável, Eliza Byard, diretora-executiva da Rede de Educação Gay, Lésbica e Hetero, disse numa declaração que o acordo entre acusação e defesa encerra um capítulo trágico:
“O Município de Ventura junto com as comunidades e distritos escolares em toda parte precisam se unir para promover uma cultura de respeito e criação do verdadeiro potencial que se encontra em todos os indivíduos, independente da orientação sexual, identidade de gênero e expressão sexual”.
Mas não é exatamente isso o que as escolas do Município de Ventura fizeram nesse caso? Elas não seguiram à risca a prescrição politicamente correta? E no que foi que deu?
Deu em assassinato.
Deu em destruição de outras vidas.
Eu poderia sugerir várias políticas de bom senso para evitar tais tragédias no futuro. Mas de que adianta? Ninguém em nossas escolas públicas vai dar atenção ao bom senso. Portanto, o melhor conselho que eu poderia dar aos pais que amam seus filhos e querem que eles evitem o abuso de crianças que está ocorrendo nas escolas — não só da Califórnia, mas também as de costa a costa nos Estados Unidos — é tirar seus filhos desses asilos de insanos.
As escolas públicas estão entre os lugares mais perigosos que você poderia deixar seu filho por sete horas por dia.
Você quer que seu filho sofra uma cantada ou avanços sexuais indesejados — por membros do mesmo sexo ou do sexo oposto?
Se não, tire-os dali.
Você quer que seu filho seja incentivado a expressar, de forma anormal, seus impulsos sexuais sem respeitar ninguém?
Se não, tire-os dali.
Você quer seu filho debaixo da autoridade de engenheiros sociais que não reconhecem o perigo quando aparece na cara deles?
Se não, tire-os dali.
Joseph Farah
PAPÉIS PINTADOS COM TINTA
Se considerar os dias em que editava um jornal estudantil, sou jornalista desde os 15anos. Mas vamos deixar esse tempo de lado. Comecei jornalismo mesmo em 1968, quando editava uma página literária no Diário de Notícias, de Porto Alegre. No ano seguinte, trabalhei como redator e colunista de jornal. Sou portanto jornalista desde os 21 anos.
Exerci com competência, ao longo de minha vida, a profissão. Durante cinco anos fiz crônica diária na Folha da Manhã, de Porto Alegre. Após um interregno como professor universitário, fui redator de Política Internacional na Folha de São Paulo e no Estado de São Paulo. Hoje, continuo exercendo o jornalismo, com a vantagem de não ter editor que me paute ou censure. Se pude exercer até hoje a profissão, é porque um decreto da época determinou que podia registrar-se como jornalista no ministério do Trabalho todo profissional que até 1969 – se não me falha a memória – tivesse um ano de exercício na profissão.
Nunca fiz curso de jornalismo. Fiz, isto sim, Direito e Filosofia. Na época, era jornalista quem sabia escrever. Desconheço qualquer outro país – se não o Brasil - em que seja exigido o diploma para o exercício da profissão. Até 1969, era jornalista quem trabalhava em jornal e ponto. Foi a famigerada junta dos Três Patetas, como ficaram conhecido os militares que assumiram o poder naquele ano, que tornou o diploma obrigatório. À primeira vista, é paradoxal ver sindicatos de esquerda manifestarem apoio irrestrito a um decreto emanado por uma junta da ditadura militar. Mas só à primeira vista. As viúvas do Kremlin adoram medidas ditatoriais, desde que sejam elas a tomá-las. Que mais não seja, a obrigatoriedade do papelucho cria um vasto mercado de trabalho, no qual professores que nunca pisaram numa redação de jornal ganham mais que jornalistas.
Em junho de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a necessidade do diploma para os jornalistas. Na ocasião, a Corte julgou, por 8 votos a 1, que a exigência é incompatível com a Constituição por desrespeitar o princípio de liberdade de expressão.
Gilmar Mendes, o presidente do STF, afirmou na ocasião que "um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores".
Para o ministro Cezar Peluso, experiências de outros países demonstram que o jornalismo sempre pôde ser bem exercido sem qualquer exigência de formação universitária. "Não existe no exercício do jornalismo nenhum risco que decorra do desconhecimento de alguma verdade científica". Na França, por exemplo, a lei é singela. É jornalista quem tira a maior parte de seus proventos do jornalismo.
O que faltou Peluso perguntar aos defensores do diploma, talvez por falta de informação, é em que países se exige diploma de jornalismo para exercer a profissão. No Ocidente, não conheço nenhum. Exceto o Brasil, é claro. Nada contra o diploma nem contra as faculdades. Quem quiser cursar uma que curse. O que não se admite é que se exija diploma para um ofício para o qual um diploma de pouco ou nada serve. Um jornalista quer especializar-se em economia. Ou medicina. O diploma de nada lhe servirá, já que os cursos de jornalismo não oferecem – nem podem oferecer – especialização em tais áreas. Mais sensato chamar um economista ou um médico que saiba escrever.
Mendes, o ministro relator, lembrou ainda que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime. Ora, intelectuais contrários ao regime é a última coisa que querem os marxistas em seus regimes. A lei dos milicos caiu como uma luva às viúvas do Kremlin. Os sindicatos e associações de jornalistas, todos tomados pelos velhos comunas, sempre defenderam histericamente o privilégio da guilda.
Ou seja: após toda uma categoria profissional ter sido submetida por quatro décadas a uma lei estúpida, o Supremo Tribunal Federal finalmente descobriu que a dita lei era inconstitucional.
Apesar da declaração da inconstitucionalidade da exigência de diploma pela Suprema Corte do país, o Senado decidiu ontem em primeiro turno, por 65 votos a favor e 7 contrários, aprovar uma proposta de emenda constitucional que torna obrigatório o diploma de nível superior para o exercício da profissão.
Em que país estamos? O STF declara inconstitucional a exigência e o Senado, ignorando solenemente a Corte encarregada de decidir o que é ou não constitucional, a aprova. Está na hora de fechar uma dessas casas. O que não se concebe, em país civilizado, é um Legislativo desrespeitando uma decisão do Judiciário. Aliás, este conflito há muito vem se manifestando. Quando o Judiciário aprovou a tal de união homoafetiva, além de invadir terreno do Legislativo, também feriu a Constituição, que só reconhece a união entre homem e mulher.
Como diria Pessoa, constituições são papéis pintados com tinta.
janer cristaldo
Exerci com competência, ao longo de minha vida, a profissão. Durante cinco anos fiz crônica diária na Folha da Manhã, de Porto Alegre. Após um interregno como professor universitário, fui redator de Política Internacional na Folha de São Paulo e no Estado de São Paulo. Hoje, continuo exercendo o jornalismo, com a vantagem de não ter editor que me paute ou censure. Se pude exercer até hoje a profissão, é porque um decreto da época determinou que podia registrar-se como jornalista no ministério do Trabalho todo profissional que até 1969 – se não me falha a memória – tivesse um ano de exercício na profissão.
Nunca fiz curso de jornalismo. Fiz, isto sim, Direito e Filosofia. Na época, era jornalista quem sabia escrever. Desconheço qualquer outro país – se não o Brasil - em que seja exigido o diploma para o exercício da profissão. Até 1969, era jornalista quem trabalhava em jornal e ponto. Foi a famigerada junta dos Três Patetas, como ficaram conhecido os militares que assumiram o poder naquele ano, que tornou o diploma obrigatório. À primeira vista, é paradoxal ver sindicatos de esquerda manifestarem apoio irrestrito a um decreto emanado por uma junta da ditadura militar. Mas só à primeira vista. As viúvas do Kremlin adoram medidas ditatoriais, desde que sejam elas a tomá-las. Que mais não seja, a obrigatoriedade do papelucho cria um vasto mercado de trabalho, no qual professores que nunca pisaram numa redação de jornal ganham mais que jornalistas.
Em junho de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a necessidade do diploma para os jornalistas. Na ocasião, a Corte julgou, por 8 votos a 1, que a exigência é incompatível com a Constituição por desrespeitar o princípio de liberdade de expressão.
Gilmar Mendes, o presidente do STF, afirmou na ocasião que "um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área. O Poder Público não pode restringir, dessa forma, a liberdade profissional no âmbito da culinária. Disso ninguém tem dúvida, o que não afasta a possibilidade do exercício abusivo e antiético dessa profissão, com riscos eventualmente até à saúde e à vida dos consumidores".
Para o ministro Cezar Peluso, experiências de outros países demonstram que o jornalismo sempre pôde ser bem exercido sem qualquer exigência de formação universitária. "Não existe no exercício do jornalismo nenhum risco que decorra do desconhecimento de alguma verdade científica". Na França, por exemplo, a lei é singela. É jornalista quem tira a maior parte de seus proventos do jornalismo.
O que faltou Peluso perguntar aos defensores do diploma, talvez por falta de informação, é em que países se exige diploma de jornalismo para exercer a profissão. No Ocidente, não conheço nenhum. Exceto o Brasil, é claro. Nada contra o diploma nem contra as faculdades. Quem quiser cursar uma que curse. O que não se admite é que se exija diploma para um ofício para o qual um diploma de pouco ou nada serve. Um jornalista quer especializar-se em economia. Ou medicina. O diploma de nada lhe servirá, já que os cursos de jornalismo não oferecem – nem podem oferecer – especialização em tais áreas. Mais sensato chamar um economista ou um médico que saiba escrever.
Mendes, o ministro relator, lembrou ainda que o decreto-lei 972/69, que regulamenta a profissão, foi instituído no regime militar e tinha clara finalidade de afastar do jornalismo intelectuais contrários ao regime. Ora, intelectuais contrários ao regime é a última coisa que querem os marxistas em seus regimes. A lei dos milicos caiu como uma luva às viúvas do Kremlin. Os sindicatos e associações de jornalistas, todos tomados pelos velhos comunas, sempre defenderam histericamente o privilégio da guilda.
Ou seja: após toda uma categoria profissional ter sido submetida por quatro décadas a uma lei estúpida, o Supremo Tribunal Federal finalmente descobriu que a dita lei era inconstitucional.
Apesar da declaração da inconstitucionalidade da exigência de diploma pela Suprema Corte do país, o Senado decidiu ontem em primeiro turno, por 65 votos a favor e 7 contrários, aprovar uma proposta de emenda constitucional que torna obrigatório o diploma de nível superior para o exercício da profissão.
Em que país estamos? O STF declara inconstitucional a exigência e o Senado, ignorando solenemente a Corte encarregada de decidir o que é ou não constitucional, a aprova. Está na hora de fechar uma dessas casas. O que não se concebe, em país civilizado, é um Legislativo desrespeitando uma decisão do Judiciário. Aliás, este conflito há muito vem se manifestando. Quando o Judiciário aprovou a tal de união homoafetiva, além de invadir terreno do Legislativo, também feriu a Constituição, que só reconhece a união entre homem e mulher.
Como diria Pessoa, constituições são papéis pintados com tinta.
janer cristaldo
O MINISTRO FORA-DA-LEI CONSEGUIU SER CONDENADO PELA COMISSÃO QUE ABSOLVE ATÉ SERIAL KILLER DE FILME AMERICANO
As reuniões mensais da Comissão de Ética Pública da Presidência da República sempre mereceram dos inquilinos do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios a mesma atenção que os hóspedes de um presídio de segurança máxima dispensariam às aulas de um curso de boas maneiras. Nenhuma.
Desde a sessão inaugural ocorrida em 2000, os sete integrantes do grupo jamais conseguiram enxergar bandidos por perto. Se não viram nada de mais no que fizeram os cinco ministros despejados por envolvimento em falcatruas denunciadas pela imprensa, certamente enxergariam no prontuário de Carlos Lupi uma folha de serviços prestados à nação, certo? Errado, descobriram nesta quarta-feira os padrinhos e comparsas do ministro do Trabalho.
Enquanto a comissão tratava do caso numa sala do Anexo 1 do Planalto, os participantes da ofensiva dos cafajestes davam por consumada a condenação de Lupi à impunidade perpétua.
“É preciso acabar com essa onda de denuncismo”, decidiu José Dirceu. “Denuncismo hipócrita”, sublinhou o decano dos jornalistas estatizados. Um colunista federal lembrou que Dilma é “incorruptível”. Rui Falcão, presidente do PT, caprichou na pose de magistrado para emitir seu parecer: “Vendo o teor das denúncias, não vi razão para substituí-lo. Não tem nenhuma denúncia comprovada”. Gilberto Carvalho concordou: “O Lupi continua ministro, a vida segue. Para nós, o assunto está encaminhado”.
A conversa fiada foi para o espaço no fim da tarde, quando o canastrão apaixonado conseguiu ser declarado fora-da-lei pelo que parecia, até agora, o júri dos sonhos de qualquer serial killer de filme americano.
Por unanimidade, a comissão presidida pelo jurista Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, decidiu pedir a Dilma Rousseff a pronta exoneração do canastrão apaixonado.
A decisão foi tomada depois de examinadas as explicações oferecidas por Lupi para as irregularidades registradas em convênios celebrados com ONGs e entidades sindicais. “As explicações não foram satisfatórias”, resumiu Pertence. “Houve uma resposta inconveniente para um ministro de estado”.
Nesta quinta-feira, antes de embarcar rumo à Venezuela, Dilma ordenou à chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que solicitasse da comissão o envio dos “elementos que embasaram a decisão e a sugestão encaminhada à Presidência”.
Sepúlveda deveria recomendar a Dilma a leitura dos jornais e revistas, ou perguntar-lhe se quer informações sobre os convênios ilícitos ou também gostaria de conhecer melhor a história do funcionário fantasma. Em vez disso, fingiu ver na manobra protelatória um sinal de interesse. Deveria ter-se demitido imediatamente. Preferiu renunciar à vergonha.
Dilma repetiu que vai resolver o problema sem pressa. Soterrada por provas e evidências contundentes de que Lupi é um criminoso comum, quer arrastar o morto-vivo até janeiro, quando deverá ocorrer o que os paspalhos do Planalto batizaram de “reforma ministerial”.
Se o quadrilheiro do PDT continuar no emprego, dezembro de 2011 será lembrado como o mês em que o respeito à lei e aos códigos morais foi oficialmente revogado pela presidente da República.
augusto nunes
Desde a sessão inaugural ocorrida em 2000, os sete integrantes do grupo jamais conseguiram enxergar bandidos por perto. Se não viram nada de mais no que fizeram os cinco ministros despejados por envolvimento em falcatruas denunciadas pela imprensa, certamente enxergariam no prontuário de Carlos Lupi uma folha de serviços prestados à nação, certo? Errado, descobriram nesta quarta-feira os padrinhos e comparsas do ministro do Trabalho.
Enquanto a comissão tratava do caso numa sala do Anexo 1 do Planalto, os participantes da ofensiva dos cafajestes davam por consumada a condenação de Lupi à impunidade perpétua.
“É preciso acabar com essa onda de denuncismo”, decidiu José Dirceu. “Denuncismo hipócrita”, sublinhou o decano dos jornalistas estatizados. Um colunista federal lembrou que Dilma é “incorruptível”. Rui Falcão, presidente do PT, caprichou na pose de magistrado para emitir seu parecer: “Vendo o teor das denúncias, não vi razão para substituí-lo. Não tem nenhuma denúncia comprovada”. Gilberto Carvalho concordou: “O Lupi continua ministro, a vida segue. Para nós, o assunto está encaminhado”.
A conversa fiada foi para o espaço no fim da tarde, quando o canastrão apaixonado conseguiu ser declarado fora-da-lei pelo que parecia, até agora, o júri dos sonhos de qualquer serial killer de filme americano.
Por unanimidade, a comissão presidida pelo jurista Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, decidiu pedir a Dilma Rousseff a pronta exoneração do canastrão apaixonado.
A decisão foi tomada depois de examinadas as explicações oferecidas por Lupi para as irregularidades registradas em convênios celebrados com ONGs e entidades sindicais. “As explicações não foram satisfatórias”, resumiu Pertence. “Houve uma resposta inconveniente para um ministro de estado”.
Nesta quinta-feira, antes de embarcar rumo à Venezuela, Dilma ordenou à chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que solicitasse da comissão o envio dos “elementos que embasaram a decisão e a sugestão encaminhada à Presidência”.
Sepúlveda deveria recomendar a Dilma a leitura dos jornais e revistas, ou perguntar-lhe se quer informações sobre os convênios ilícitos ou também gostaria de conhecer melhor a história do funcionário fantasma. Em vez disso, fingiu ver na manobra protelatória um sinal de interesse. Deveria ter-se demitido imediatamente. Preferiu renunciar à vergonha.
Dilma repetiu que vai resolver o problema sem pressa. Soterrada por provas e evidências contundentes de que Lupi é um criminoso comum, quer arrastar o morto-vivo até janeiro, quando deverá ocorrer o que os paspalhos do Planalto batizaram de “reforma ministerial”.
Se o quadrilheiro do PDT continuar no emprego, dezembro de 2011 será lembrado como o mês em que o respeito à lei e aos códigos morais foi oficialmente revogado pela presidente da República.
augusto nunes
DILMA APOSENTA FANTASIAS
A "faxineira ética" jaz na lixeira. A tigresa ronda a lixeira
A essa altura, pouco importa que na próxima semana, de volta da Venezuela, a presidente Dilma Rousseff demita Carlos Lupi do Ministério do Trabalho como recomendou, ontem, a Comissão de Ética da presidência da República. O estrago na imagem dela já está feito.
O estrago na imagem de Lupi foi feito há mais tempo. Ele é um ministro que agoniza sob o sol há mais de um mês. Descobriu-se que alguns dos seus auxiliares cobravam comissões de ONGs a serviço do Ministério do Trabalho. Que ele, Lupi, mentiu ao Congresso ao negar que tivesse viajado em jatinho de empresário.
Ficou-se sabendo que Lupi foi funcionário-fantasma do PDT na Câmara dos Deputados por mais de cinco anos. E que nesse mesmo período foi funcionário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. A Constituição proibe a acumulação remunerada de cargos públicos.
Lupi cheira mal.
Dilma peitou a recomendação da Comissão de Ética Pública. Depois de se reunir, esta manhã, com Lupi, anunciou que pedirá à Comissão a documentação em que ela se baseou para sugerir a saída do ministro. Está disposta a analisar a documentação antes de decidir a sorte de Lupi.
Como se fosse politicamente possível a Dilma ignorar a recomendação da Comissão e conservar Lupi ao seu lado! Se procedesse assim, na prática Dilma estaria dissolvendo a Comissão. Aos membros da Comissão não restaria outra alternativa senão a demissão.
Em menos de 10 meses de governo, Dilma demitiu ou aceitou o pedido de demissão de cinco ministros enrascados com denúncias de malfeitos. Foi apresentada ao país como "a faxineira ética". E sua popularidade cresceu, conforme atestaram pesquisas de opinião.
Os malfeitos de Lupi a ele e ao seu partido pertencem - mas quem se enrascou foi Dilma. Jogou fora a fantasia de "faxineira ética". Confiou que a fantasia já lhe dera o que podia.
E - sabe-se bem lá por quê - decidiu afrontar o bom senso acreditando ou fingindo acreditar nas mentiras de Lupi.
Lupi jura ser inocente. Lupi disse a Dilma que pedirá a gravação da reunião da comissão que o condenou. E que em seguida tentará convencer a comissão a dar o dito pelo não dito. Algo do tipo: "Pensando melhor, o ministro não feriu a ética. Deve ser mantido no governo".
Assessores da presidente confidenciam que ela pretendia demitir Lupi por ocasião da reforma ministerial prevista para janeiro. E que não queria dar à imprensa o gosto de ter derrubado mais um ministro com as suas denúncias. Sim, porque não foi o governo que se deu conta das maracutaias promovidas pelos caídos. Foi a imprensa.
Agora, assessores de Dilma garantem que ela demitirá Lupi até o meio da próxima semana. Não o fez hoje "para ganhar tempo". Não esclarecem por que ela precisa ganhar tempo.
Lupi deveria ter sido demitido ontem, tão logo Dilma recebeu a recomendação da Comissão. Que ela nomeasse um ministro interino. E voasse a Caracas.
Foi apenas um tremendo erro de cálculo o que levou Dilma a se enrolar com Lupi, a se enrolar mais, e a se enrolar completamente?
Por que Lupi parece intimidar a presidente? O que foi feito da tigresa que no caso de Lupi só tem miado?
A "faxineira ética" jaz na lixeira. A tigresa ronda a lixeira
Ricardo Noblat - Globo Online
PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DO BRASIL...
Pela primeira vez na história do Brasil, juízes declaram que há e deve haver pessoas acima da lei!!! Se é assim, o estado de direito está morto no Brasil!
Atenção, brasileiros para esta afirmação:
“Não é verdade que ninguém está acima da lei!” Ela traz a assinatura de um grupo de… juízes!!!
Se vocês tiverem alguma demanda na Justiça, verifiquem se o juiz que vai cuidar do caso pertence à “Associação Juízes para a Democracia”. Se pertencer, verifiquem, em seguida, se a “outra parte” integra um desses grupos que são considerados, sobretudo por si mesmos e pelas esquerdas de modo geral, os donos da democracia. Se isso acontecer, só lhes resta pedir que seja declarada a suspeição do magistrado. E eu vou explicar por quê.
Essa associação divulgou um documento como, creio, nunca houve na história do Brasil, nem nos tempos mais radicais do chamado “Direito Achado na Rua”, quando o gramsciano declarado Roberto Lyra Filho (1926-1986) chamava os catedráticos da área de “catedráulicos”, para indicar a sua “subserviência ao sistema”.
Para quem não acompanhou esse debate, já escrevi muito a respeito. Há aqui um texto de 2007 com os princípios da turma.
Há um truísmo nas democracias de direito: “Ninguém está acima da lei”. É um princípio consagrado em todo o mundo livre. Uma frase é universalmente citada, ao menos nos países civilizados, como síntese desse valor: “Ainda há juízes em Berlim”. Remete à pendenga judicial de um simples moleiro contra ninguém menos do que o rei Frederico 2º.
Pois bem, a dita associação resolveu jogar fora todo esse estoque de saber jurídico. Emitiu uma nota sobre a USP — espero que não haja na direção da entidade parentes de pessoas processadas por dano ao patrimônio público e constrangimento ilegal — em que afirma, como se lê lá no alto, que há, sim, pessoas que estão acima da lei.
Sendo assim, então se entende que há pessoas no Brasil que exercem um poder que a nenhum dos Três Poderes da República é conferido: A SOBERANIA! Segue o manifesto dos valentes em vermelho. Comento em azul.
A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.
Já há absurdo o bastante nesse primeiro parágrafo. Quando um direito é agravado, há três saídas possíveis:
a) a pessoa que teve seu direito aviltado se conforma e se torna refém do aviltante;
b) quem foi desrespeitado resolve a questão no braço, num apelo à volta ao estado da natureza;
c) quem teve seu direito agravado recorre à Justiça.
Uma associação de juízes — notem bem!, de juízes — está afirmando que a pior saída é recorrer à Justiça. Eles estão se referindo à USP. Como já está claro a todo mundo, soldados da PM coibiram, cumprindo seu papel legal, o consumo de droga ilícita. Grupelhos de extrema esquerda, que representam a extrema minoria da universidade, decidiram transformar a questão num casus belli.
Não há “movimento social reivindicatório” nenhum! Ademais, juízes existem para aplicar a lei, não para punir reacionários e proteger progressistas. Ou eles se fizeram juízes para ser procuradores do “progressismo”? Se a associação diz defender o “estado de direito”, como pode atacar quem recorre à Justiça?
Com efeito, quando movimentos sociais escolhem métodos de visibilização de sua luta reivindicatória, como a ocupação de espaços simbólicos de poder, visam estabelecer uma situação concreta que lhes permita participar do diálogo político, com o evidente objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação, até porque, se assim fosse, não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções.
Trata-se de uma coleção formidável de bobagens, a começar da palavra “visibilização”, que vem a ser a “estrovengalização” da Inculta & Bela, que encontra o seu momento de sepultura sem esplendor.
Que zorra quer dizer “visibilização”? A Reitoria da USP não é um espaço “simbólico” de poder, mas real, local da administração de uma estrutura que reúne 89 mil alunos, 5.200 professores, 15 mil funcionários. Os extremistas da LER-QI, do PCO, do MNN e de outras obscuridades não formam um “movimento social”. Nem mesmo invadiram a reitoria, inicialmente, com a concordância da direção do DCE. Sigamos.
Os auto-intitulados “juízes para a democracia” estão afirmando que depredar patrimônio público, usar capuzes à moda dos partidários de ações terroristas, estocar coquetéis molotov num prédio público em que se abrigam algumas dezenas de pessoas, obstar o direito de ir e vir, impor-se a estudantes e professores por meio da intimidação e da violência, estes juízes estão dizendo que tudo isso tem “o objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação”.
E o texto se sai com um sofisma de uma tolice suprema, assustadora. Se assim não fosse, diz o texto, os invasores “não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções”. Heeeinnn? Revolução? Os 72 da Reitoria? Seria de dar inveja aos 300 de Esparta! Ah, sim: eles reivindicam, claro!
Recorrendo aos métodos acima descritos, pedem a saída do reitor, que exerce o cargo legal e legitimamente; pedem a saída da PM da USP, quando a maioria dos uspianos quer o contrário; pedem, no berro, o fim de processos judiciais contra notórios agressores do patrimônio público, como se juízes fossem.
De resto, os canais da representação estudantil na USP estão abertos e são devidamente ocupados pelos alunos.
Entretanto, segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judiciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático.
Por que os senhores juízes dessa tal associação não tentam dizer qual é o “poder econômico” que está perseguindo aqueles pobre “meninos”, como os chamou um repórter? Por que a defesa da legalidade seria “pretensa”? Que lei, e estes senhores estão obrigados a dizê-lo, autoriza aquele tipo de comportamento? Qual é a função da Justiça que não a garantia dos direitos?
Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.
Ignorava essa peça magnífica do direito. Bom saber! Ele também pertence à associação. Se bem entendi, estamos diante do raciocínio da perfeita circularidade do valor da ilegalidade:
1) ocupa-se um prédio público para, por meio da imposição do transtorno a terceiros, obter um determinado resultado;
2) o que levaria à conquista do objetivo seria justamente o transtorno; 3) logo, a imposição de um movimento por meio da violência se justifica por sua eficácia, entenderam?
Mais ainda: como a ocupação seria já uma “tradição”, então se insere entre as práticas aceitáveis. E há algo ainda mais encantador: se o objetivo não for a alienação, para sempre, do imóvel, os invasores podem continuar enquanto houver história…
Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.
Gostei do “ora” porque faz supor que haverá uma dedução ditada pela pura lógica. A afirmação de que a “política constrói o direito” é uma falácia, é palavrório. Querem ver: eu posso dizer que “a política constrói as vacinas” ou que “a política constrói as prerrogativas dos juízes”.
No fim das contas e, em certa medida, a política constrói qualquer coisa porque tudo tem um fundamento também político, em algum momento. Mas não é aceitável, certamente, que maiorias políticas de ocasião, ou minorias influentes, mudem o valor científico de uma vacina ou cassem as prerrogativas de juízes, não? Ou as leis asseguram a permanência das regras nas democracias de direito, ou tudo se torna, então, relativo. Calma, leitor! As coisas ficarão muito piores!
É por isso que a AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes “disciplinadores” para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.
Trata-se apenas de uma soma de clichês de ultra-esquerda, de fazer inveja ao PCO, com exceção talvez da palavra “arnês”, que vem a compensar a “visibilização”.
Invadir um prédio público no berro, na marra, depredando instalações, é “democrático”? Por que a associação não explica o que quer dizer com “modelos punitivos moralizadores”? É favorável, por acaso, aos “imoralizadores”? Agora vem o grande momento.
Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.
Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho.
Eis aí! Os juízes dessa associação estão declarando que há pessoas que estão acima da lei. Quem? Em seu condoreirismo cafona, explicam: “todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.”
Trocando em miúdos: referem-se àqueles que dizem querer revolução, cuja ideologia se afina, parece, com a dos juízes da tal associação.
Cabe uma pergunta fundamental: se esses movimento invadirem tribunais, inclusive aqueles em que esses senhores atuam, o que farão? Juntar-se-ão aos invasores, que se farão, então, os donos momentâneos da Justiça, privatizando-a, expropriando os demais brasileiros de um dos Poderes da República, para submetê-lo, então, à sua pauta, à sua vontade?
E serão intocáveis! Afinal, estão, como dizem esses juízes, acima da lei!
Paulo Freire citado como mestre do direito? Ai, ai… Este senhor está na raiz do mal fundamental da educação no Brasil.
O estrago que fez, como se nota, vai além até de sua área de atuação. Foi Freire quem convenceu os idiotas brasileiros — e cretinos semelhantes mundo afora, mas, aqui, com efeitos devastadores — que a função de um professor é “conscientizar”, não ensinar.
Os alunos brasileiros costumam se ferrar em exames internacionais de matemática, leitura e domínio da língua — não é, senhores da “visibilização”? —, mas conhecem todos os clichês da “cidadania”…
Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano; por isso, têm de ser independentes e harmônicos; não há aquele que possa se impor sobre os demais.
Sabemos, no entanto, que a Justiça, em caso de conflito de direitos, detém a palavra final. Os homens que assinam essa estrovenga estão entre aqueles que podem decidir a sorte de pessoas, o seu destino.
Qualquer um que esteja prestes a ter sua vida definida por um desses togados está certo de que entra no tribunal para encontrar um magistrado isento, que tenha a lei como parâmetro, que se oriente pela letra escrita tanto quanto possível ou por uma interpretação o mais abonadora possível do que vai consolidado na Constituição e nos códigos.
Cuidado! Pode ser um engano!
Você pode ser apenas um pobre coitado a enfrentar uma demanda contra “as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais”.
Se tiver essa má sorte, esqueça! Vai perder a causa ainda que tenha razão. Não só não terá um juiz “justamente” a seu favor como o terá na condição de mero subordinado da outra parte.
Afinal, se há quem esteja acima das leis, é evidente que há quem esteja acima também dos juízes — ou, pior, em cima deles!
Você tem o direito de saber quem aparece no “Expediente” da página da Associação Juízes para a Democracia. Você tem o direito de saber quais são as pessoas que, num tribunal, também se consideram abaixo dos que rompem “com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.” Volto para encerrar.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
José Henrique Rodrigues Torres, presidente do Conselho Executivo
Fernanda Menna Pinto Peres, secretária do Conselho Executivo
Alberto Afonso Muñoz, tesoureiro do Conselho Executivo
Edvaldo Marcos Palmeiras
João Marcos Buch
Geraldo Luiz Mascarenhas Prado
Reno Viana Soares
SUPLENTES
Angelica de Maria Mello de Almeida
Luís Fernando Camargo de Barros Vidal
Urbano Ruiz
REPRESENTANTES REGIONAIS
Bahia: Ruy Eduardo Almeida Britto, Reno Vianna Soares, Gerivaldo Alves Neiva
Maranhão: Oriana Gomes, Douglas de Melo Martins, José Edilson Caridade Ribeiro
Pernambuco: Airton Mozart Valadares Vieira Pires, Carlos Magno Cysneiros Sampaio, José Viana Ulisses Filho
Rio de Janeiro: André Felipe Alves da Costa Tredinnick, Rubens Casara, João Batista Damasceno
Santa Catarina: Angela Maria Konrath, Alessandro da Silva, João Marcos Buch
Tocantins: Marco Antonio Silva Castro
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Alberto Alonso Muñoz
Célia Regina Ody Bernardes
Fernanda Menna Pinto Peres
Gerivald Neiva
Kenarik Boujikian Felippe
Luiza Barros Rozas
Reginaldo Melhado
Encerro
Se há pessoas no Brasil que estão acima da lei, então o estado de direito está morto.
Por Reinaldo Azevedo
DILMA NÃO GOSTOU E PODE DEMITIR A COMISSÃO DE ÉTICA
O parecer da Comissão de Ética da Presidência da República que recomendou a exoneração do ministro Carlos Lupi (Trabalho) gerou desconforto no Planalto e contrariou a presidente Dilma. A indicação surpreendeu o governo tanto pela decisão quanto pela velocidade com que o órgão analisou o caso.
Além de reavivar as pressões para que Dilma demita seu sexto ministro suspeito de corrupção, o ato ocorreu quando a presidente já havia decidido só trocar o comando da pasta em janeiro, na reforma ministerial. O mal-estar chegou a tal ponto que interlocutores palacianos apostam numa reformulação na comissão a partir de junho.
Em 2012, 3 dos 6 conselheiros podem ter seus mandatos renovados, desde que a presidente aprove. Outros dois integrantes terão de deixar o posto.
O único com mandato garantido até 2013 é Sepúlveda Pertence, presidente do colegiado.
A equipe de Dilma viu excessos na condução do caso Lupi. Após a reunião que recomendou a exoneração dele, a presidente foi informada de que o grupo teria feito piada sobre o ministro durante o encontro.
O desgaste atingiu a relatora do processo, Marília Muricy, um dos alvos mais prováveis na potencial reforma da Comissão de Ética. O Planalto considerou "subjetivas" algumas das razões apontadas por ela para justificar o pedido de demissão.
No relatório, Muricy afirma que foi "inequívoca a falta de zelo na conduta do denunciado", e citou declarações irônicas dadas pelo ministro durante a crise. Segundo ela, houve "certa dose de arrogância" de Lupi.
"[As atitudes] misturam aparente indiferença quanto à gravidade das acusações", escreveu Marília Muricy. O incômodo com a atuação do órgão não é novo.
O episódio envolvendo Lupi apenas expôs uma tensão acumulada desde o escândalo que culminou com a queda de Antonio Palocci, quando a comissão emitiu opiniões que ajudaram a enfraquecer o então chefe da Casa Civil.(Da Folha de São Paulo)
Além de reavivar as pressões para que Dilma demita seu sexto ministro suspeito de corrupção, o ato ocorreu quando a presidente já havia decidido só trocar o comando da pasta em janeiro, na reforma ministerial. O mal-estar chegou a tal ponto que interlocutores palacianos apostam numa reformulação na comissão a partir de junho.
Em 2012, 3 dos 6 conselheiros podem ter seus mandatos renovados, desde que a presidente aprove. Outros dois integrantes terão de deixar o posto.
O único com mandato garantido até 2013 é Sepúlveda Pertence, presidente do colegiado.
A equipe de Dilma viu excessos na condução do caso Lupi. Após a reunião que recomendou a exoneração dele, a presidente foi informada de que o grupo teria feito piada sobre o ministro durante o encontro.
O desgaste atingiu a relatora do processo, Marília Muricy, um dos alvos mais prováveis na potencial reforma da Comissão de Ética. O Planalto considerou "subjetivas" algumas das razões apontadas por ela para justificar o pedido de demissão.
No relatório, Muricy afirma que foi "inequívoca a falta de zelo na conduta do denunciado", e citou declarações irônicas dadas pelo ministro durante a crise. Segundo ela, houve "certa dose de arrogância" de Lupi.
"[As atitudes] misturam aparente indiferença quanto à gravidade das acusações", escreveu Marília Muricy. O incômodo com a atuação do órgão não é novo.
O episódio envolvendo Lupi apenas expôs uma tensão acumulada desde o escândalo que culminou com a queda de Antonio Palocci, quando a comissão emitiu opiniões que ajudaram a enfraquecer o então chefe da Casa Civil.(Da Folha de São Paulo)
UMA FRASE LAPIDAR
"Esperamos que ela não ouça essa comissão de gagás. Essa é uma comissão de gagás, de velhinhos que ficam perseguindo o ministro Lupi. Vamos ver se a Dilma vai ouvir essa comissão de retardados”
A frase foi proferida por Paulinho da Força Sindical, deputado federal do PDT, para defender o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dos velhinhos retardados da Comissão de Ética da Presidência da República.Na foto, os dois em um.
Abaixo, a ficha do defensor do Lupi, publicada pelo site Excelências...
STF - Processo nº 421/ 2007 - É alvo de ação penal movida pelo Ministério Público Federal por estelionato, concussão e crimes contra a fé pública.
STF - Inquérito nº 2905/ 2010 - É alvo de inquérito que apura peculato.
STF - Inquérito nº 2839/ 2009 e STF - Inquérito nº 2778/ 2008 - É alvo de inquéritos que apuram crimes previstos na lei de licitações.
STF - Inquérito nº 2725/ 2008 - É alvo de inquérito sob segredo de Justiça.
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo - Processo nº 0037491-50.2003.4.03.6100 - Condenado por improbidade administrativa sob acusação de irregularidades no uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador; a Justiça determinou o ressarcimento de danos, pagamento de multa e proibição de firmar contrato com o poder público ou receber benefícios/ incentivos fiscais.
TRF-3 Seção Judiciária de São Paulo - Processo nº 0028976-84.2007.4.03.6100 - Alvo de ação de improbidade administrativa movida pelo MPF e referente à utilização de verba de convênio para promoção pessoal.
TRF-3 Subseção Judiciária de Ourinhos - Processo nº 0004629-82.2002.4.03.6125 - Condenado por improbidade administrativa sob acusação de ter obtido dinheiro do Banco da Terra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para assentar famílias em uma fazenda a partir de um projeto considerado inviável técnica e economicamente. A Justiça determinou pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais.
TRF-3 Subseção Judiciária de Ourinhos - Processo nº 0001382-88.2005.4.03.6125 - Alvo de ação de improbidade administrativa.
TRF-3 Subseção Judiciária de Bauru - Processo nº 0008810-02.2010.4.03.6108 - Alvo de ação civil pública que pede ressarcimento devido a prejuízos causados à União por compra da fazenda destinada à reforma agrária por meio do extinto Banco da Terra.
TRE-SP - Processo nº 27/ 2006 - Alvo de investigação judicial para apurar captação de recursos/ gastos ilícitos e recebimento de doação proveniente de fonte vedada. Há recurso em tramitação: TSE - Processo nº 28338/ 2007.
coroneLeaks
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Governo Dilma não é apenas refém da sua "base de coalização", mas também dos sindicatos.
Bem, aí fica a perguntinha que não quer calar: quem manda afinal nesse governo? O indecente fisiologismo ou o peleguismo sindicalista? Qualquer das opções, sempre jogarão contra esse pobre Brasil...
m.americo
INCHAÇO DESFIGURA HUGO CHÁVEZ
INCHAÇO DESFIGURA HUGO CHÁVEZ E CONTINUA ALIMENTANDO RUMORES SOBRE SUA SAÚDE
Inchaço desfigurou Chávez e alimenta rumores sobre sua saúde
Essa tal reunião de cúpula que está ocorrendo na Venezuela e que reúne a turma do Foro de São Paulo, incluindo evidente a Dilma, representante do Lula, nada mais é que um esquema de marketing de Hugo Chávez.
A pauta desse convescote cucaracha é transformar em um fato uma idéia completamente descabida desse tirano megalomaníaco de criar uma tal de Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), já que existe em pleno funcionamento a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Ao mesmo tempo Chávez quer demonstrar - como convém a todo líder carismático - seus poderes pretensamente sobrenaturais que teriam derrotado o câncer que o acometeu recentemente.
Entretanto, as informações a respeito do verdadeiro estado de saúde do caudilho continuam sendo guardadas com absoluto rigor. Ninguém, a não ser o próprio Chávez, pode falar sobre seu estado de saúde e a evolução do tratamento ao qual se submeteu em Cuba.
Recentemente, o médico venezuelano Salvador Navarrete, que foi médico particular da família do caudilho, revelou em entrevista ao influente semanário mexicano Milenio, que Chávez padece de um sarcoma, tipo de câncer violento e que sua sobrevida não deve ultrapassar dois anos.
Logo em seguida, a polícia política de Chávez partiu para cima de Navarrete, fato que obrigou o médico a fugir da Venezuela.
Dois fatos continuam intrigando os venezuelanos: Chávez até hoje não revelou de qual região de seu corpo os cirurgiões cubanos extirparam o tumor. Não se sabe até hoje qual é o tipo de câncer e qual órgão foi atingido, dúvidas que contribuem para alimentar os boatos e ao mesmo tempo manter a população em permanente suspense.
Outro detalhe que chama a atenção é que um inchaço desfigurou em pouco tempo o rosto do caudilho, como mostram suas fotos recentes, como estas acima.
Todo esse mistério é manipulado ardilosamente por Hugo Chávez, que utiliza as instituições democráticas para se perpetuar no poder. Toda essa encenação que lhe confere uma aura de martírio e poder sobrenatural, e tem em vista a eleição presidencial de 2012.
blog do aluizio amorim
Inchaço desfigurou Chávez e alimenta rumores sobre sua saúde
Essa tal reunião de cúpula que está ocorrendo na Venezuela e que reúne a turma do Foro de São Paulo, incluindo evidente a Dilma, representante do Lula, nada mais é que um esquema de marketing de Hugo Chávez.
A pauta desse convescote cucaracha é transformar em um fato uma idéia completamente descabida desse tirano megalomaníaco de criar uma tal de Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), já que existe em pleno funcionamento a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Ao mesmo tempo Chávez quer demonstrar - como convém a todo líder carismático - seus poderes pretensamente sobrenaturais que teriam derrotado o câncer que o acometeu recentemente.
Entretanto, as informações a respeito do verdadeiro estado de saúde do caudilho continuam sendo guardadas com absoluto rigor. Ninguém, a não ser o próprio Chávez, pode falar sobre seu estado de saúde e a evolução do tratamento ao qual se submeteu em Cuba.
Recentemente, o médico venezuelano Salvador Navarrete, que foi médico particular da família do caudilho, revelou em entrevista ao influente semanário mexicano Milenio, que Chávez padece de um sarcoma, tipo de câncer violento e que sua sobrevida não deve ultrapassar dois anos.
Logo em seguida, a polícia política de Chávez partiu para cima de Navarrete, fato que obrigou o médico a fugir da Venezuela.
Dois fatos continuam intrigando os venezuelanos: Chávez até hoje não revelou de qual região de seu corpo os cirurgiões cubanos extirparam o tumor. Não se sabe até hoje qual é o tipo de câncer e qual órgão foi atingido, dúvidas que contribuem para alimentar os boatos e ao mesmo tempo manter a população em permanente suspense.
Outro detalhe que chama a atenção é que um inchaço desfigurou em pouco tempo o rosto do caudilho, como mostram suas fotos recentes, como estas acima.
Todo esse mistério é manipulado ardilosamente por Hugo Chávez, que utiliza as instituições democráticas para se perpetuar no poder. Toda essa encenação que lhe confere uma aura de martírio e poder sobrenatural, e tem em vista a eleição presidencial de 2012.
blog do aluizio amorim
LUPI, DILMA, ARROGÂNCIA E FRAQUEZA EM UM MAR DE LAMA
Quando o ministro Lupi disse que só sairia do Ministério do Trabalho à bala (e que a munição tinha de ser pesada) ele não estava brincando. Afinal, em toda organização criminosa, o que mais há são podres. Assim, quando é impossível tomar o poder por meios violentos, os criminosos usam esses podres para assumir o poder ou escravizar quem o exerce tornando-o um fantoche de seus desejos.
Infelizmente, o governo do PT (desde a Era Lula), se converteu em uma verdadeira unidade mafiosa a serviço de escroques, oligarquias e toda sorte de corruptos que tenham algo a oferecer “a família”. O governo empossado para promover mudanças e reformar a política nacional acabou fazendo com que nossa política retroagisse às práticas comuns no século XIX e transformou a máquina estatal em uma grande máquina de fazer dinheiro para os “amigos dos amigos”.
Ministérios, estatais e todas as repartições públicas foram transformadas em centros de arrecadação para partidos participantes do “esquema” e as negociatas, falcatruas e mamatas resultantes disso se converteram em segredos que poderiam ser usados a qualquer momento para garantir a sobrevida de alguém ou mesmo a continuidade do domínio sobre um determinado feudo.
Portanto, mesmo que Dilma aparentemente seja a presidente da nação e o PT seja o partido no poder; na prática, ela não passa de figura decorativa (menos do que uma Rainha da Inglaterra) e o PT tornou-se refém de uma corja que o domina e de uma massa de escroques que vende seu apoio em troca de muito dinheiro. Qualquer coisa que ameace essa estabilidade delicada é convertida rapidamente em ameaças, em chantagens feitas abertamente e em “letra morta”.
Foi assim com todos os ministros apanhados “com a boca na botija” e expostos cometendo atos de corrupção. Ao contrário do que o partido tenta imprimir na mente da “grande massa”; nenhum ministro foi demitido ou afastado. Todos se demitiram para “poderem se defender melhor” e nenhum deles foi constrangido publicamente pelo governo, apesar de terem roubado os cofres públicos descaradamente.
Em todos os episódios, notadamente na queda do ministro da Agricultura e na fritura de Lupi, as chantagens foram feitas em cadeia nacional (ao vivo e a cores), o governo Dilma foi posto contra a parede e obrigado a buscar substituições dentro dos quadros dos mesmos partidos, como forma de manter o esquema arrecadador denunciado e exposto.
O auge da fraqueza de Dilma e a desmoralização completa do governo foi o desprezo dado ao parecer da Comissão de Ética da Presidência que apontou e confirmou que Lupi cometeu crimes e irregularidades diversas, culminando com a determinação de que fosse exonerado.
Ao invés de acatar a determinação da comissão e mandar um recado inequívoco aos corruptos de plantão, Dilma foi obrigada a engolir Lupi e a usar o parecer da comissão como papel higiênico. Como se não bastasse, Lupi veio a público exigir que o parecer fosse refeito e as acusações fossem retiradas (assim como a recomendação para exoneração).
Dilma, sem poder algum e a mercê do que decidem Lula, José Dirceu e os caciques do PMDB, espera que a cúpula responsável pelo efetivo governo da nação se pronuncie para que possa “dar a impressão” de que tomou uma decisão.
Assim, diante da arrogância dos corruptos e da fraqueza do governo Dilma, o povo segue inerte, apático e alienado; ouvindo calado o mais novo contratado do esquema dizer no Horário Nobre (ao ser questionado sobre o desperdício de dinheiro e as irregularidades nas obras da Copa) que “não se faz Copa do Mundo com hospital”.
Portanto, caro leitor, vamos ao circo! Compremos nosso pão de cada dia com o Bolsa Família!
E, o povo…
Ora, o povo que morra!
Pense nisso.
arthurius maximus
Infelizmente, o governo do PT (desde a Era Lula), se converteu em uma verdadeira unidade mafiosa a serviço de escroques, oligarquias e toda sorte de corruptos que tenham algo a oferecer “a família”. O governo empossado para promover mudanças e reformar a política nacional acabou fazendo com que nossa política retroagisse às práticas comuns no século XIX e transformou a máquina estatal em uma grande máquina de fazer dinheiro para os “amigos dos amigos”.
Ministérios, estatais e todas as repartições públicas foram transformadas em centros de arrecadação para partidos participantes do “esquema” e as negociatas, falcatruas e mamatas resultantes disso se converteram em segredos que poderiam ser usados a qualquer momento para garantir a sobrevida de alguém ou mesmo a continuidade do domínio sobre um determinado feudo.
Portanto, mesmo que Dilma aparentemente seja a presidente da nação e o PT seja o partido no poder; na prática, ela não passa de figura decorativa (menos do que uma Rainha da Inglaterra) e o PT tornou-se refém de uma corja que o domina e de uma massa de escroques que vende seu apoio em troca de muito dinheiro. Qualquer coisa que ameace essa estabilidade delicada é convertida rapidamente em ameaças, em chantagens feitas abertamente e em “letra morta”.
Foi assim com todos os ministros apanhados “com a boca na botija” e expostos cometendo atos de corrupção. Ao contrário do que o partido tenta imprimir na mente da “grande massa”; nenhum ministro foi demitido ou afastado. Todos se demitiram para “poderem se defender melhor” e nenhum deles foi constrangido publicamente pelo governo, apesar de terem roubado os cofres públicos descaradamente.
Em todos os episódios, notadamente na queda do ministro da Agricultura e na fritura de Lupi, as chantagens foram feitas em cadeia nacional (ao vivo e a cores), o governo Dilma foi posto contra a parede e obrigado a buscar substituições dentro dos quadros dos mesmos partidos, como forma de manter o esquema arrecadador denunciado e exposto.
O auge da fraqueza de Dilma e a desmoralização completa do governo foi o desprezo dado ao parecer da Comissão de Ética da Presidência que apontou e confirmou que Lupi cometeu crimes e irregularidades diversas, culminando com a determinação de que fosse exonerado.
Ao invés de acatar a determinação da comissão e mandar um recado inequívoco aos corruptos de plantão, Dilma foi obrigada a engolir Lupi e a usar o parecer da comissão como papel higiênico. Como se não bastasse, Lupi veio a público exigir que o parecer fosse refeito e as acusações fossem retiradas (assim como a recomendação para exoneração).
Dilma, sem poder algum e a mercê do que decidem Lula, José Dirceu e os caciques do PMDB, espera que a cúpula responsável pelo efetivo governo da nação se pronuncie para que possa “dar a impressão” de que tomou uma decisão.
Assim, diante da arrogância dos corruptos e da fraqueza do governo Dilma, o povo segue inerte, apático e alienado; ouvindo calado o mais novo contratado do esquema dizer no Horário Nobre (ao ser questionado sobre o desperdício de dinheiro e as irregularidades nas obras da Copa) que “não se faz Copa do Mundo com hospital”.
Portanto, caro leitor, vamos ao circo! Compremos nosso pão de cada dia com o Bolsa Família!
E, o povo…
Ora, o povo que morra!
Pense nisso.
arthurius maximus
PENSO QUE O BRASIL HOJE É A ESPANHA EM 2003, NUMA VERSÃO 2.0
Para Santiago Nino Becerra, Brasil segue o mesmo caminho adotado pela Espanha, de endividamento e de crescimento pelo crédito
A Espanha é "irresgatável" e seus crescimento nos últimos anos foi "baseado numa ficção".
O alerta é de uma das principais referências hoje na Espanha, o economista Santiago Nino Becerra, autor de dois livros sobre a crise econômica que afeta o país.
Em entrevista ao Estado, o economista diz que um resgate para a Espanha custaria 800 bilhões à UE e ao FMI, dinheiro que "simplesmente não existe". Becerra também alerta que há sinais claros de que o Brasil está seguindo o mesmo caminho de endividamento e de crescimento pelo crédito adotado pela Espanha há dez anos. "O Brasil hoje é a Espanha de 2003, em versão 2.0."
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Como, depois de anos de euforia, a Espanha chegou a essa situação? A festa não era real?
A festa em todo o mundo tem sido uma ficção e ainda é uma ficção nos países onde continua. Quando a capacidade de endividamento se esgotou, o pagamento da dívida se tornou impossível.
Como o sr. explica que ninguém na classe política viu essa ameaça e a criação de bolhas?
Certamente sabiam. Mas tinham de ignorar essa possibilidade. O hiperendividamento era, desde o final dos anos 80, a única opção para crescer.
O sr. já alertava para os riscos em 2006. O que diziam as pessoas ao ouvir essa advertência?
Quem me escutava admitia que o crescimento da dívida era insustentável. Na Espanha, entre 1996 e 2005, a dívida privada cresceu 140%.
Na segunda-feira, quando um novo governo assume o poder, há coisas que ele possa fazer diferente do governo atual para solucionar a crise?
Na segunda-feira, alguém ligará para Moncloa (palácio do governo) e perguntará pelo presidente do novo governo e dirá a ele que pegue papel e lápis para tomar nota do que terá de fazer o novo governo do Reino da Espanha. Isso se já não lhe foi dito.
Depois de Portugal, Irlanda e Grécia, a Espanha é resgatável?
A Espanha é irresgatável, assim como a Itália. Seriam necessários uns 800 bilhões, valor que simplesmente não existe.
Os planos de austeridade terão efeitos sociais profundos. Serão suficientes para tirar os países da crise?
O problema não é o gasto, e sim a arrecadação. Ao não crescer, a arrecadação é reduzida e a renda pública cai. Como os países europeus têm compromisso de déficit, a única possibilidade é o corte de gastos públicos, mesmo que isso deprima ainda mais a economia.
O Brasil vive um boom. A Espanha pode servir de lição sobre como não fazer as coisas?
Acredito que o Brasil vive uma situação virtual como a que viveu a Espanha de 1995 a 2007.
Pelo que eu sei, a economia brasileira navega em um mar de créditos no qual o governo incentiva o consumo de tudo, como ocorreu na Espanha.
Para "resolver" a questão da distribuição de renda, o Brasil deu acesso a crédito a um porcentual enorme da população.
Algo parecido com o que ocorreu na Espanha.
De 1997 a 2007, os salários reais dos espanhóis só cresceram 0,7%.
Mas a população consumiu de tudo.
Penso que o Brasil hoje é a Espanha em 2003, numa versão 2.0.
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
MADRI, 18 de novembro de 2011
A Espanha é "irresgatável" e seus crescimento nos últimos anos foi "baseado numa ficção".
O alerta é de uma das principais referências hoje na Espanha, o economista Santiago Nino Becerra, autor de dois livros sobre a crise econômica que afeta o país.
Em entrevista ao Estado, o economista diz que um resgate para a Espanha custaria 800 bilhões à UE e ao FMI, dinheiro que "simplesmente não existe". Becerra também alerta que há sinais claros de que o Brasil está seguindo o mesmo caminho de endividamento e de crescimento pelo crédito adotado pela Espanha há dez anos. "O Brasil hoje é a Espanha de 2003, em versão 2.0."
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Como, depois de anos de euforia, a Espanha chegou a essa situação? A festa não era real?
A festa em todo o mundo tem sido uma ficção e ainda é uma ficção nos países onde continua. Quando a capacidade de endividamento se esgotou, o pagamento da dívida se tornou impossível.
Como o sr. explica que ninguém na classe política viu essa ameaça e a criação de bolhas?
Certamente sabiam. Mas tinham de ignorar essa possibilidade. O hiperendividamento era, desde o final dos anos 80, a única opção para crescer.
O sr. já alertava para os riscos em 2006. O que diziam as pessoas ao ouvir essa advertência?
Quem me escutava admitia que o crescimento da dívida era insustentável. Na Espanha, entre 1996 e 2005, a dívida privada cresceu 140%.
Na segunda-feira, quando um novo governo assume o poder, há coisas que ele possa fazer diferente do governo atual para solucionar a crise?
Na segunda-feira, alguém ligará para Moncloa (palácio do governo) e perguntará pelo presidente do novo governo e dirá a ele que pegue papel e lápis para tomar nota do que terá de fazer o novo governo do Reino da Espanha. Isso se já não lhe foi dito.
Depois de Portugal, Irlanda e Grécia, a Espanha é resgatável?
A Espanha é irresgatável, assim como a Itália. Seriam necessários uns 800 bilhões, valor que simplesmente não existe.
Os planos de austeridade terão efeitos sociais profundos. Serão suficientes para tirar os países da crise?
O problema não é o gasto, e sim a arrecadação. Ao não crescer, a arrecadação é reduzida e a renda pública cai. Como os países europeus têm compromisso de déficit, a única possibilidade é o corte de gastos públicos, mesmo que isso deprima ainda mais a economia.
O Brasil vive um boom. A Espanha pode servir de lição sobre como não fazer as coisas?
Acredito que o Brasil vive uma situação virtual como a que viveu a Espanha de 1995 a 2007.
Pelo que eu sei, a economia brasileira navega em um mar de créditos no qual o governo incentiva o consumo de tudo, como ocorreu na Espanha.
Para "resolver" a questão da distribuição de renda, o Brasil deu acesso a crédito a um porcentual enorme da população.
Algo parecido com o que ocorreu na Espanha.
De 1997 a 2007, os salários reais dos espanhóis só cresceram 0,7%.
Mas a população consumiu de tudo.
Penso que o Brasil hoje é a Espanha em 2003, numa versão 2.0.
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
MADRI, 18 de novembro de 2011
E O DECORO QUE VÁ PARA O INFERNO!!!
“Esperamos que ela não ouça essa comissão de gagás. Essa é uma comissão de gagás, de velhinhos que ficam perseguindo o ministro Lupi. Vamos ver se a Dilma vai ouvir essa comissão de retardados.”
Paulinho da Força Sindical, deputado federal do PDT, defendendo o amigo e comparsa Carlos Lupi das acusações da Comissão de Ética da Presidência da República.
E o decoro que vá para o inferno.
Por Ricardo Froes
AUMENTA A VIOLÊNCIA ESQUERDISTA
Notícias Faltantes - Perseguição Anticristã
Muitos dos elementos menos estáveis da esquerda estão demonstrando uma disposição cada vez maior a passar da mera desordem para a violência direta. E exemplos dessa violência não param de aumentar.
Se a necessidade é a mãe da invenção, a preguiça e a inveja geram mediocridade e revolta: irmãos gêmeos do socialismo secular.
É com esse sentimento que um espírito rebelde e cada vez mais violento, de uma incoerente anarquia, continua a inflamar nos centros urbanos dos EUA. A maior prova disso são esses movimentos idiotas e invejosos de "Ocupe sei lá o que”, adotados pelo establishment “progressista”.
Ainda assim, esses esforços obamistas de suplantar, por meio da imposição fora da lei, a nossa república constitucional de livre mercado com uma concepção equivocada de igualdade de resultados é baseada em muito mais do que a boa e velha luta de classes.
Como parte integrante do socialismo secular, existe o secularismo. Sua previsibilidade é fascinante. Sempre que você encontrar um marxista que se acha muito merecido, vai encontrar também um "progressista" antibíblico e relativista moral.
Por exemplo: Os manifestantes do “Ocupe Washington”, que se instalaram (de diversas maneiras) na Praça McPherson, em Washington, definiram uma lista de regras que todos os “ocupantes” devem obedecer. A regra nº 10 os obriga a não “presumir o gênero de ninguém”.
Em vez disso, “utilizar pronomes neutros”, com “camarada”. (Quem diria que os chamados “99%” dos americanos fossem comunistas transgêneros?)
A verdade é que o oposto de ordem é desordem. E ao mesmo tempo em que se rebelam contra a ordem natural, seja relacionada à liberdade econômica ou a questões acerca dos valores morais transcendentes, muitos dos elementos menos estáveis da esquerda estão demonstrando uma disposição cada vez maior a passar da mera desordem para a violência direta.
E exemplos dessa violência não param de aumentar. Mas, além dos furiosos tumultos do “Ocupe” em Oakland, e dos disparos, assassinatos, estupros e milhares de prisões que ocorreram nas dezenas de acampamentos doentios e caóticos do “Ocupe” pelo país, houve um exemplo menos repercutido da violência esquerdista em Illinois no mês passado.
A Rede de Liberação Gay, grupo de ativismo militante homossexual que se autointitula “trotskista”, anunciou que iria realizar um protesto durante uma cerimônia de premiação na Academia de Liberdade Cristã, uma igreja e escola situada em Arlington Heights, Illinois. No passado, quando a RLG protestou durante esse evento em particular, os manifestantes cuspiram e ameaçaram fisicamente os cristãos presentes.
Dessa vez, a coisa foi pior. Na noite de véspera do evento, alguém arremessou dois tijolos de pavimento nas portas de vidro da igreja com o medonho aviso: “Isso é apenas uma amostra do que vamos fazer se vocês não silenciarem Scott Lively e o AFTAH. F***-se Scott Lively. Parem com essa m**** homofóbica!"
A organização cristã, Americans for Thruth About Homossexuality (AFTAH) [Americanos Pela Verdade sobre o Homossexualismo], iria premiar o Pastor Scott Lively, defensor pró-família que, nos últimos anos foi falsamente difamado por grupos esquerdistas e por personalidades da mídia, como Rachel Maddow, por ter supostamente apoiado a pena de morte para o comportamento homossexual, acusação patentemente falsa.
Os agressores mais tarde postaram uma declaração digna da Al-Qaeda no site “progressista” IndyMedia.org, assumindo a autoria do ataque e chamando-o de “uma consequência do ódio e da homofobia na nossa comunidade”. Posteriormente eles ameaçaram a igreja, advertindo-os de que “se esse evento não for cancelado... a Academia de Liberdade Cristã estará sob constante ataques". Por incrível que pareça, as ameaças estão postadas até hoje.
Felizmente, ninguém foi ferido ainda; no entanto, de acordo com o FBI, por definição esse ataque preenche todos os requisitos para ser considerado terrorismo doméstico.
Mas nada disso surpreende. A chama da violência contra Lively, o AFTAH e a Academia de Liberdade Cristã foi acesa há muito tempo. Do outro lado do pavio está o Centro Legal contra a Pobreza do Sul, um grupo evangélico de extrema esquerda conhecido no passado por monitorar grupos de ódio, como o KKK e os neonazistas.
Depois de se associar à Rede de Liberação Gay, declaradamente comunista, o CLPS declarou oficialmente, com grande alarde da mídia, que tanto o AFTAH quanto a organização de Lively, Truth Abiding Ministries, além de outras respeitadas organizações cristãs, eram “grupos de ódio”.
Essa tática suja e propagandista está sendo cada vez mais usada pelo CLPS, em uma tentativa de marginalizar as organizações cristãs e conservadoras, das quais discorda.
Infelizmente, no entanto, agora vemos que essa estratégia de desumanizar também possui (presumidamente) consequências inesperadas.
Assim como em Illinois, a campanha de desinformação irresponsável e perigosa do CLPS pode incentivar e legitimar extremistas de esquerda com ideias afins, porém menos estáveis, na criação de um verdadeiro clima de ódio. E esse clima é propício à violência. Afinal, esses “grupos de ódio” são exatamente iguais ao KKK, não é mesmo?
Apesar de tudo isso, até hoje o CLPS ainda consegue manter algum nível de credibilidade nos meios importantes. Mas, à medida que ele se move rapidamente do seu estado de centro-esquerda para as margens mais extremas do esquerdismo, seu próprio esforço de desinformação ameaça anular boa parte das boas ações pelas quais é reconhecida.
Depois do ataque anticristão, Bob Schwartz, co-fundador da Rede de Liberação Gay, se recusou a condenar a violência, ressaltando precisamente que as vítimas eram “consideradas grupos de ódio pelo CLPS”. Isso não é surpresa, uma vez que Schwartz já fez uma ameaça ao fundador do AFTAH, Peter LaBarbera, de empurrá-lo em uma pista movimentada.
Mesmo assim, o que surpreende um pouco é que, assim como a RLG, sua aliada, a CLPS (que se afirma uma organização de monitoramento do terrorismo interno) se recusou a condenar esse patente ato de terrorismo doméstico.
Em vez disso, eles emitiram uma declaração que, transbordando sarcasmo, descarregou tudo nas vítimas. Em vez de denunciar o ataque, a organização simplesmente lamentou que a violência “só deixou mais clara a absurdidade do argumento, promulgado por muitos [cristãos]” de que os extremistas de esquerda “querem dominar os Estados Unidos e perseguir os cristãos”.
Agora é oficial. O CLPS abandonou toda a sua pretensão de objetividade.
E como tal, a violência esquerdista continuará a crescer nos meses seguintes. Não apenas podemos esperar poucas menções na mídia chapa branca, mas também pouca ajuda do já respeitado Centro Legal contra a Pobreza do Sul.
De fato, é difícil lidar com um problema quando você é a força por traz dele.
Matt Barber é um jurista de direito constitucional. Ele trabalha como vice-presidente do Liberty Counsel Action.
Matt Barbero, 02 Dezembro 2011
Tradução: Luis Gustavo Gentil
POR UM NUREMBERG DAS FARC
Internacional - América Latina
Por que se quer permitir que os chefes das FARC, depois de fazer a guerra mais implacável no país durante 50 anos, possam tornar-se dirigentes políticos da Colômbia?
Na segunda-feira passada, mediante uma mensagem eletrônica, pedi ao senador Roy Barreras que arquivasse seu projeto de ato legislativo que pretende introduzir em nosso ordenamento jurídico a polêmica “justiça transicional”. Enviei a mesma mensagem aos outros 17 membros da comissão primeira do Senado, pois no dia seguinte eles iam examinar esse texto.
Batizado por Roy Barreras com a pomposa denominação de “marco legal para a paz”, esse projeto, se for aprovado, trará novos problemas ao país pois em lugar de facilitar a paz, prolongará o ativismo que a torna impossível e aumentará mais o caos da justiça.
A iniciativa do senador Barreras, que conta com o apoio do presidente Santos, é nefasta em geral mas tem sobretudo um artigo que preocupou enormemente os colombianos desde o começo. O Artigo 2 desse texto abre a possibilidade de outorgar aos que deixarem as armas a possibilidade de fazer política, eleger e ser eleitos. O único limite a semelhante privilégio, é que o interessado não tenha cometido crimes de lesa-humanidade. Trata-se, obviamente, de um obstáculo evitável.
Em outras palavras: esse projeto, peça central do presidente Santos para sentar as bases de um diálogo com as FARC e o ELN, busca excetuar milhares de terroristas e narco-traficantes desses bandos, do castigo penal e social que merecem. Além disso, pretende permitir que eles se convertam, da noite para o dia, em intocáveis agitadores, caudilhos, politiqueiros, congressistas, juízes, prefeitos, governadores e, finalmente, em árbitros, senão dirigentes, da vida pública nacional. Essa maneira de conseguir “a paz” é muito estranha, pois equivale, na realidade, a propinar à frágil e assediada democracia colombiana o golpe mais solapado e demolidor.
A Colômbia não deixa de se assombrar desde há mais de vinte anos ao ver que os operadores do M-19 não foram processados por seus crimes, nem por sua espantosa destruição do Palácio da Justiça de Bogotá. Permitimos, pelo contrário, que fossem anistiados e que se convertessem em caciques políticos, congressistas, ministros, governadores e prefeitos, o que desembocou no atual desastre da justiça e na explosão da corrupção em algumas cidades. O que nos espera com as milhares de eventuais “desmobilizações” das FARC e do ELN, fazendo e desfazendo na vida política do país, será mil vezes pior.
A título de resposta, o senador Roy Barreras me enviou, horas depois, um curto comunicado de imprensa no qual assegura que, como “inevitável conseqüência” da matança das FARC em 26 de novembro passado, ele havia decidido “suspender” a apresentação do artigo segundo de seu projeto de ato legislativo e avançar na inclusão do resto do texto. “Apresentarei amanhã, segunda-feira, em minha exposição, somente o Artigo 1 que contém os instrumentos de justiça transicional que o Governo necessita, para evitar o colapso de justiça e paz, e de leis similares”. A senadora Karime Mota me enviou o mesmo texto.
A resposta do senador Roy Barreras é inquietante. Ele não aceita retirar o Artigo 1 de seu projeto, mas só o “suspende”. Quer dizer, que dentro de alguns dias ou semanas, quando a cólera nacional contra o recente massacre das FARC tenha decaído, ele poderá tirá-lo da manga de novo sob outra forma.
Entretanto, a revista Semana acreditou ser necessário dar a entender que Roy Barreras havia retirado totalmente a perigosa iniciativa. “Após o massacre dos uniformizados, retiram proposta de representação política a desmobilizados”, afirmou em 28 de novembro de 2011. Porém não, ninguém retirou nada. Fica tudo suspenso, o que é outra coisa.
A partir desse momento a ambigüidade se apoderou da comissão primeira. O Partido Conservador pediu a seus quatro senadores que não apoiassem a iniciativa de Roy Barreras. “Pensar em diálogos e marcos legais é uma solene ingenuidade. A única solução é o império da lei e da força, de maneira que se se está falando de marcos legais para o diálogo, eu não estou de acordo com isso”, declarou José Darío Salazar, presidente desse partido.
O Partido Liberal foi tíbio. O senador Juan Fernando Cristo limitou-se a dizer que sempre houve “muita dúvida frente à oportunidade e conveniência desse ato legislativo”. Juan Manuel Galán pediu “clareza” para que o projeto de Barreras não acabe sendo “uma lei para a impunidade, nem de ponto final”. O ministro da Justiça, Juan Carlos Esguerra, estimou que os desmobilizados “não terão representante político, como em algum momento se pensou”, porém que o resto do projeto deve ser aprovado, “apesar do assassinato de quatro uniformizados seqüestrados pelas FARC”. O ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, embora tenha assinalado que “definitivamente se fecha a porta” para a representação para os ex-terroristas, deu a entender que mais tarde poderiam retomar essa idéia, pois os assassinatos dos quatro reféns “não podem nos fazer fechar os olhos frente ao que é o sonho que o país tem para o futuro”.
Como se vê, o plano de abrir espaços políticos aos chefes e quadros dos bandos terroristas para negociar com eles o futuro da Colômbia continua vigente, embora que por razões de prudência ante a imensa dor popular pelo novo crime das FARC, essa idéia foi, aparentemente, deixada em suspenso.
Essa manobra prova que três dias depois de um novo crime de lesa-humanidade das FARC, contra quatro membros da força pública que estiveram em cativeiro atroz durante mais de doze anos, os setores afeitos ao Governo são incapazes de se dotar de uma política real de firmeza contra o terrorismo. Parece que a lógica dominante, além da fraseologia costumeira, estipula que como a continuidade militar das FARC está em perigo, deve-se preservar-lhes - ao menos - uma continuidade política através de “diálogos de paz” e de abrir-lhes janelas para que façam protagonismo político. O enfoque é monstruoso. A Colômbia, pelo contrário, deve impedir uma e outra coisa.
“Todo o mundo viu o que são as FARC”. Essa frase se repete com razão em todas as partes nestes últimos dias. A tristeza é imensa. Todavia, as medidas concretas para pôr fim a essas atrocidades, para desmantelar definitivamente as FARC, continuam sendo rechaçadas.
Apesar do espetáculo de horror que as FARC oferecem, de se seus atos homicidas com os quais nos dizem que para eles a paz carece de sentido, que toda negociação é uma farsa, uma minoria continua empenhada, por razões ideológicas, em proteger por todos os meios a continuidade desse aparato criminal. Há pessoas que cuidam de reeditar o experimento do M-19 que entregou as armas para depois continuar, no terreno político, seu trabalho de sapa contra as instituições e contra a democracia. Para alguns chegou a hora de as FARC e o ELN se juntarem a esse processo de demolição.
A Colômbia não pode permitir que os crimes das FARC e do ELN fiquem impunes. Ela deve impedir que os delinqüentes mais ferozes da história nacional sejam recompensados com privilégios políticos.
O que alguns pretendem fazer aqui não tem antecedentes em nenhuma parte do mundo. Após a derrota da Alemanha hitleriana o processo de Nuremberg puniu todos os chefes nazistas sobreviventes. Os que não foram julgados, foram marginalizados da vida política desse país. Após a queda do muro de Berlim, os comunistas do Leste Europeu não foram premiados com leis que os catapultassem à vida política. Isso não ocorreu nem sequer na ex-URSS, onde nenhum dirigente do Partido Comunista regressou ao poder por essa via.
Por que se quer permitir que os chefes das FARC, depois de fazer a guerra mais implacável no país durante 50 anos, possam tornar-se dirigentes políticos da Colômbia? Só gente que odeia profundamente a Colômbia pode urdir um plano tão sinistro como esse!
O projeto histórico das FARC, de destruir a democracia e edificar uma sociedade totalitária na Colômbia continua vigente para elas, e elas cuidarão de perpetuá-lo, inclusive após uma derrota militar arrasadora, mediante umas falsas negociações de paz e a criação de alguns “espaços políticos”.
Enquanto países que foram vítimas do comunismo, como o Camboja, estão julgando os dirigentes do regime genocida de Pol Pot no que alguns chamam de “o Nuremberg do Camboja”, a Colômbia não quer saber de um processo geral dos crimes cometidos pelas guerrilhas comunistas.
A Colômbia terá que imitar o Camboja de hoje, que aceitou que um tribunal internacional julgue os genocidas?
Pela liquidação de 1,7 milhões de cambojanos durante o regime de terror (1975-1979), estão julgando por esses dias Khieu Samphan, chefe de Estado, Nuon Chea, ideólogo e número dois do Khmer Vermelho (o Partido Comunista Cambojano) e Ieng Sary, ex-ministro de Relações Exteriores. Kaing Guek Eav, cognome “Duch”, que dirigiu o centro de torturas S-21, no qual 16.000 pessoas morreram, foi condenado a 35 anos de prisão em julho de 2010.
Os crimes pelos quais esses indivíduos são acusados são genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, assassinato, tortura e perseguições por razões religiosas e de raça. Guardadas as devidas proporções, são crimes idênticos aos que as FARC cometem.
O Congresso da Colômbia, em vez de perder seu tempo em discussões sobre projetos suicidas destinados a garantir a impunidade e a sobrevivência política dos narcoterroristas, deveria votar a abertura de um processo histórico geral sobre os crimes do comunismo na Colômbia, um Nuremberg das FARC.
Que a passeata contra as FARC no dia 6 de dezembro próximo, seja ocasião para discutir e difundir esta idéia.
Eduardo MackenziE, 02 Dezembro 2011
Tradução: Graça Salgueiro
Por que se quer permitir que os chefes das FARC, depois de fazer a guerra mais implacável no país durante 50 anos, possam tornar-se dirigentes políticos da Colômbia?
Na segunda-feira passada, mediante uma mensagem eletrônica, pedi ao senador Roy Barreras que arquivasse seu projeto de ato legislativo que pretende introduzir em nosso ordenamento jurídico a polêmica “justiça transicional”. Enviei a mesma mensagem aos outros 17 membros da comissão primeira do Senado, pois no dia seguinte eles iam examinar esse texto.
Batizado por Roy Barreras com a pomposa denominação de “marco legal para a paz”, esse projeto, se for aprovado, trará novos problemas ao país pois em lugar de facilitar a paz, prolongará o ativismo que a torna impossível e aumentará mais o caos da justiça.
A iniciativa do senador Barreras, que conta com o apoio do presidente Santos, é nefasta em geral mas tem sobretudo um artigo que preocupou enormemente os colombianos desde o começo. O Artigo 2 desse texto abre a possibilidade de outorgar aos que deixarem as armas a possibilidade de fazer política, eleger e ser eleitos. O único limite a semelhante privilégio, é que o interessado não tenha cometido crimes de lesa-humanidade. Trata-se, obviamente, de um obstáculo evitável.
Em outras palavras: esse projeto, peça central do presidente Santos para sentar as bases de um diálogo com as FARC e o ELN, busca excetuar milhares de terroristas e narco-traficantes desses bandos, do castigo penal e social que merecem. Além disso, pretende permitir que eles se convertam, da noite para o dia, em intocáveis agitadores, caudilhos, politiqueiros, congressistas, juízes, prefeitos, governadores e, finalmente, em árbitros, senão dirigentes, da vida pública nacional. Essa maneira de conseguir “a paz” é muito estranha, pois equivale, na realidade, a propinar à frágil e assediada democracia colombiana o golpe mais solapado e demolidor.
A Colômbia não deixa de se assombrar desde há mais de vinte anos ao ver que os operadores do M-19 não foram processados por seus crimes, nem por sua espantosa destruição do Palácio da Justiça de Bogotá. Permitimos, pelo contrário, que fossem anistiados e que se convertessem em caciques políticos, congressistas, ministros, governadores e prefeitos, o que desembocou no atual desastre da justiça e na explosão da corrupção em algumas cidades. O que nos espera com as milhares de eventuais “desmobilizações” das FARC e do ELN, fazendo e desfazendo na vida política do país, será mil vezes pior.
A título de resposta, o senador Roy Barreras me enviou, horas depois, um curto comunicado de imprensa no qual assegura que, como “inevitável conseqüência” da matança das FARC em 26 de novembro passado, ele havia decidido “suspender” a apresentação do artigo segundo de seu projeto de ato legislativo e avançar na inclusão do resto do texto. “Apresentarei amanhã, segunda-feira, em minha exposição, somente o Artigo 1 que contém os instrumentos de justiça transicional que o Governo necessita, para evitar o colapso de justiça e paz, e de leis similares”. A senadora Karime Mota me enviou o mesmo texto.
A resposta do senador Roy Barreras é inquietante. Ele não aceita retirar o Artigo 1 de seu projeto, mas só o “suspende”. Quer dizer, que dentro de alguns dias ou semanas, quando a cólera nacional contra o recente massacre das FARC tenha decaído, ele poderá tirá-lo da manga de novo sob outra forma.
Entretanto, a revista Semana acreditou ser necessário dar a entender que Roy Barreras havia retirado totalmente a perigosa iniciativa. “Após o massacre dos uniformizados, retiram proposta de representação política a desmobilizados”, afirmou em 28 de novembro de 2011. Porém não, ninguém retirou nada. Fica tudo suspenso, o que é outra coisa.
A partir desse momento a ambigüidade se apoderou da comissão primeira. O Partido Conservador pediu a seus quatro senadores que não apoiassem a iniciativa de Roy Barreras. “Pensar em diálogos e marcos legais é uma solene ingenuidade. A única solução é o império da lei e da força, de maneira que se se está falando de marcos legais para o diálogo, eu não estou de acordo com isso”, declarou José Darío Salazar, presidente desse partido.
O Partido Liberal foi tíbio. O senador Juan Fernando Cristo limitou-se a dizer que sempre houve “muita dúvida frente à oportunidade e conveniência desse ato legislativo”. Juan Manuel Galán pediu “clareza” para que o projeto de Barreras não acabe sendo “uma lei para a impunidade, nem de ponto final”. O ministro da Justiça, Juan Carlos Esguerra, estimou que os desmobilizados “não terão representante político, como em algum momento se pensou”, porém que o resto do projeto deve ser aprovado, “apesar do assassinato de quatro uniformizados seqüestrados pelas FARC”. O ministro do Interior, Germán Vargas Lleras, embora tenha assinalado que “definitivamente se fecha a porta” para a representação para os ex-terroristas, deu a entender que mais tarde poderiam retomar essa idéia, pois os assassinatos dos quatro reféns “não podem nos fazer fechar os olhos frente ao que é o sonho que o país tem para o futuro”.
Como se vê, o plano de abrir espaços políticos aos chefes e quadros dos bandos terroristas para negociar com eles o futuro da Colômbia continua vigente, embora que por razões de prudência ante a imensa dor popular pelo novo crime das FARC, essa idéia foi, aparentemente, deixada em suspenso.
Essa manobra prova que três dias depois de um novo crime de lesa-humanidade das FARC, contra quatro membros da força pública que estiveram em cativeiro atroz durante mais de doze anos, os setores afeitos ao Governo são incapazes de se dotar de uma política real de firmeza contra o terrorismo. Parece que a lógica dominante, além da fraseologia costumeira, estipula que como a continuidade militar das FARC está em perigo, deve-se preservar-lhes - ao menos - uma continuidade política através de “diálogos de paz” e de abrir-lhes janelas para que façam protagonismo político. O enfoque é monstruoso. A Colômbia, pelo contrário, deve impedir uma e outra coisa.
“Todo o mundo viu o que são as FARC”. Essa frase se repete com razão em todas as partes nestes últimos dias. A tristeza é imensa. Todavia, as medidas concretas para pôr fim a essas atrocidades, para desmantelar definitivamente as FARC, continuam sendo rechaçadas.
Apesar do espetáculo de horror que as FARC oferecem, de se seus atos homicidas com os quais nos dizem que para eles a paz carece de sentido, que toda negociação é uma farsa, uma minoria continua empenhada, por razões ideológicas, em proteger por todos os meios a continuidade desse aparato criminal. Há pessoas que cuidam de reeditar o experimento do M-19 que entregou as armas para depois continuar, no terreno político, seu trabalho de sapa contra as instituições e contra a democracia. Para alguns chegou a hora de as FARC e o ELN se juntarem a esse processo de demolição.
A Colômbia não pode permitir que os crimes das FARC e do ELN fiquem impunes. Ela deve impedir que os delinqüentes mais ferozes da história nacional sejam recompensados com privilégios políticos.
O que alguns pretendem fazer aqui não tem antecedentes em nenhuma parte do mundo. Após a derrota da Alemanha hitleriana o processo de Nuremberg puniu todos os chefes nazistas sobreviventes. Os que não foram julgados, foram marginalizados da vida política desse país. Após a queda do muro de Berlim, os comunistas do Leste Europeu não foram premiados com leis que os catapultassem à vida política. Isso não ocorreu nem sequer na ex-URSS, onde nenhum dirigente do Partido Comunista regressou ao poder por essa via.
Por que se quer permitir que os chefes das FARC, depois de fazer a guerra mais implacável no país durante 50 anos, possam tornar-se dirigentes políticos da Colômbia? Só gente que odeia profundamente a Colômbia pode urdir um plano tão sinistro como esse!
O projeto histórico das FARC, de destruir a democracia e edificar uma sociedade totalitária na Colômbia continua vigente para elas, e elas cuidarão de perpetuá-lo, inclusive após uma derrota militar arrasadora, mediante umas falsas negociações de paz e a criação de alguns “espaços políticos”.
Enquanto países que foram vítimas do comunismo, como o Camboja, estão julgando os dirigentes do regime genocida de Pol Pot no que alguns chamam de “o Nuremberg do Camboja”, a Colômbia não quer saber de um processo geral dos crimes cometidos pelas guerrilhas comunistas.
A Colômbia terá que imitar o Camboja de hoje, que aceitou que um tribunal internacional julgue os genocidas?
Pela liquidação de 1,7 milhões de cambojanos durante o regime de terror (1975-1979), estão julgando por esses dias Khieu Samphan, chefe de Estado, Nuon Chea, ideólogo e número dois do Khmer Vermelho (o Partido Comunista Cambojano) e Ieng Sary, ex-ministro de Relações Exteriores. Kaing Guek Eav, cognome “Duch”, que dirigiu o centro de torturas S-21, no qual 16.000 pessoas morreram, foi condenado a 35 anos de prisão em julho de 2010.
Os crimes pelos quais esses indivíduos são acusados são genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, assassinato, tortura e perseguições por razões religiosas e de raça. Guardadas as devidas proporções, são crimes idênticos aos que as FARC cometem.
O Congresso da Colômbia, em vez de perder seu tempo em discussões sobre projetos suicidas destinados a garantir a impunidade e a sobrevivência política dos narcoterroristas, deveria votar a abertura de um processo histórico geral sobre os crimes do comunismo na Colômbia, um Nuremberg das FARC.
Que a passeata contra as FARC no dia 6 de dezembro próximo, seja ocasião para discutir e difundir esta idéia.
Eduardo MackenziE, 02 Dezembro 2011
Tradução: Graça Salgueiro
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