Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
domingo, 15 de janeiro de 2012
RECUERDOS DE LA ALHAMBRA
NOTA AO PÉ DO VÍDEO
PARA OS QUE ADMIRAM A PASSIONALIDADE DO VIOLÃO, UMA DAS MAIS BELAS CANÇÕES DE TÁRREGA, EXECUTADA PELO VIRTUOSE TURÍBIO SANTOS.
m.americo
O MOMENTO DA RESTITUIÇÃO
Australianos se preparam para alterar antigas passagens da constituição que permitem abusos contra a população aborígene do país.
15/01/2012
Com sua longa barba branca e seu grande chapéu preto, o “pai da reconciliação” da Austrália é uma figura um tanto particular. De todas as batalhas de Patrick Dodson por seus colegas aborígenes, nenhuma se provou mais cansativa que sua tentativa de dar fim ao que ele chama de “conceito ridículo”, que ainda permanece na constituição do país: a ideia de que quando os britânicos iniciaram a colonização em 1788, o país era considerado terra nullis, ou uma terra desocupada.
Os australianos votarão em breve em um referendo que pretende, finalmente, reconhecer os nativos da Austrália em seu documento de fundação.
Dodson é co-presidente de um painel, formado por 50% de aborígenes, que deve apresentar, até o dia 19 de janeiro, um relatório recomendando questões que devem constar no referendo.
Isso será crucial. O orgulho dos australianos de terem construído um país multicultural com sucesso esbarra na absurda constituição do país. Elaborada em 1901, quando os seis estados australianos formaram uma federação, o documento ainda contém passagens que permitem a discriminação racial, de acordo com especialistas legais.
Os aborígenes são brevemente mencionados na constituição, e somente em momentos que os exclui do novo país sendo construído em suas terras tribais. O documento reflete as atitudes dos homens que o escreveram nos anos 1890.
Um referendo em 1967 resolveu parcialmente a questão. Os australianos votaram em massa para dar fim a uma regra que excluía os aborígenes do censo nacional. Mas duas outras passagens constitucionais permaneceram: uma que permite que pessoas de “qualquer raça” sejam impedidas de votar nas eleições pelos governos estaduais, e outra que permite que o governo federal crie “leis especiais” para “qualquer raça”.
Especialistas afirmam que a segunda regra ainda permite que o governo federal crie leis contra os interesses do povo aborígene. O painel espera reverter essas duas regras, acabando com as proibições
raciais nas eleições, e reescrevendo as leis especiais, de maneira que elas reconheçam e protejam a herança cultural dos aborígenes.
Os líderes dos 500 mil aborígenes que vivem na Austrália, e formam 2,5% da população do país, esperam que o referendo aumente a auto-estima do grupo, transformando-os em cidadãos mais produtivos.
No entanto, os obstáculos continuam. Referendos, como o de 13 anos atrás, sobre a possibilidade da Austrália se tornar uma república, costumam falhar, e as divisões políticas também ajudaram a matar a maioria das propostas governamentais por mudanças constitucionais. Mas no caso atual, a coalizão conservadora de oposição apoia as mudanças.
A primeira-ministra Julia Gillard prometeu que o referendo acontecerá antes da eleição geral do ano que vem. O sucesso aqui depende apenas da possibilidade dos dois lados realizarem campanhas sem o rancor que os separam em quase todas as outras questões.
Fontes:The Economist - Occupied land
15/01/2012
Com sua longa barba branca e seu grande chapéu preto, o “pai da reconciliação” da Austrália é uma figura um tanto particular. De todas as batalhas de Patrick Dodson por seus colegas aborígenes, nenhuma se provou mais cansativa que sua tentativa de dar fim ao que ele chama de “conceito ridículo”, que ainda permanece na constituição do país: a ideia de que quando os britânicos iniciaram a colonização em 1788, o país era considerado terra nullis, ou uma terra desocupada.
Os australianos votarão em breve em um referendo que pretende, finalmente, reconhecer os nativos da Austrália em seu documento de fundação.
Dodson é co-presidente de um painel, formado por 50% de aborígenes, que deve apresentar, até o dia 19 de janeiro, um relatório recomendando questões que devem constar no referendo.
Isso será crucial. O orgulho dos australianos de terem construído um país multicultural com sucesso esbarra na absurda constituição do país. Elaborada em 1901, quando os seis estados australianos formaram uma federação, o documento ainda contém passagens que permitem a discriminação racial, de acordo com especialistas legais.
Os aborígenes são brevemente mencionados na constituição, e somente em momentos que os exclui do novo país sendo construído em suas terras tribais. O documento reflete as atitudes dos homens que o escreveram nos anos 1890.
Um referendo em 1967 resolveu parcialmente a questão. Os australianos votaram em massa para dar fim a uma regra que excluía os aborígenes do censo nacional. Mas duas outras passagens constitucionais permaneceram: uma que permite que pessoas de “qualquer raça” sejam impedidas de votar nas eleições pelos governos estaduais, e outra que permite que o governo federal crie “leis especiais” para “qualquer raça”.
Especialistas afirmam que a segunda regra ainda permite que o governo federal crie leis contra os interesses do povo aborígene. O painel espera reverter essas duas regras, acabando com as proibições
raciais nas eleições, e reescrevendo as leis especiais, de maneira que elas reconheçam e protejam a herança cultural dos aborígenes.
Os líderes dos 500 mil aborígenes que vivem na Austrália, e formam 2,5% da população do país, esperam que o referendo aumente a auto-estima do grupo, transformando-os em cidadãos mais produtivos.
No entanto, os obstáculos continuam. Referendos, como o de 13 anos atrás, sobre a possibilidade da Austrália se tornar uma república, costumam falhar, e as divisões políticas também ajudaram a matar a maioria das propostas governamentais por mudanças constitucionais. Mas no caso atual, a coalizão conservadora de oposição apoia as mudanças.
A primeira-ministra Julia Gillard prometeu que o referendo acontecerá antes da eleição geral do ano que vem. O sucesso aqui depende apenas da possibilidade dos dois lados realizarem campanhas sem o rancor que os separam em quase todas as outras questões.
Fontes:The Economist - Occupied land
HONORÁVEIS CANDIDATOS AOS TROFÉUS ALGEMA DE OURO
José Sarney começou por baixo, mas subiu tanto que atualmente é o líder da votação no Algemas de Ouro, com 3.576 votos.
O resultado parcial o coloca bem na frente de José Dirceu (1.111) e de Jaqueline Roriz, com 487 votos.
Algemas de Ouro
Depois de levar milhares de cariocas às ruas em protestos contra a corrupção, o Movimento 31 de Julho resolveu terminar o ano de uma forma bem-humorada: lançou esta semana no Facebook o concurso “Algemas de Ouro 2011″.
“Como os 'malfeitos' do poder continuam acontecendo e os corruptos não são presos nem devolvem o dinheiro acumulado com fraudes, desvios e consultorias heterodoxas, este prêmio é mais uma homenagem aos campeões da impunidade no Brasil”, anuncia o grupo na página do concurso.
São nove candidatos, entre eles seis ministros que deixaram o governo da presidente Dilma Rousseff sob suspeitas de irregularidades:
Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi.
Completam a lista a deputada federal Jaqueline Roriz (absolvida pela Câmara, depois de flagrada em vídeo recebendo dinheiro), José Dirceu (ex-ministro e réu no processo do mensalão), além do presidente do Senado, José Sarney.
Cada usuário pode votar apenas uma vez até o dia 31 de dezembro, quando a enquete será encerrada. Em janeiro, serão entregues os “prêmios” Algemas de Ouro, de Prata e de Bronze aos “vencedores”.
http://www.dcomercio.com.br/index.php/politica/sub-menu-politica/80184-algema-de-ouro
O Globo On Line
15 de janeiro de 2012
REFLEXÕES SOBRE O CAPITALISMO COM SABOR SOCIALISTA PRATICADO NOS ESTADOS UNIDOS
Eu ficaria surpreso e decepcionado se todos concordassem com o que escrevo. Faz lembrar um professor de física quântica, que, quando alguém nao entendia, ele simplesmente dizia: “Ora, isso é muito natural! Sempre tem que alguém não entender, do contrário todos iriam tirar 10, e o que é que eu iria dizer para o diretor?”
Agradeco a contribuição do comentarista Rogerio Mendelski. Mas declaro aqui que os países nórdicos são, de fato, países socialistas. Aliás, esta palavra socialismo ainda encontra repulsa em algumas mentes tacanhas, “narrow minded”, como se diz aqui nos Estados Unidos. Sei que não é o caso do mui digno senhor Rogerio Mendelski. Mas é o caso de muita gente que não aceita que um pais tido como capitalista pratique o socialismo.
Vou dar alguns exemplos do que ocorre aqui nos Estados Unidos, ainda tido por alguns como paradigma do capitalismo. Apenas alguns exemplos.
1. Quando uma mulher, casada ou não, concebe uma criança, claro, os pais sao obrigados a sustentá-la. Se o pai se recusar ao “child support”, ele será preso, como aí no Brasil. Porém, se a mãe se recusar a criar o filho, o governo toma a criança e assume sua inteira educação. Isto é socialismo.
2. Um ex militar que cumpriu 8 anos de servico ativo,(active ducty), tendo ou não ido para a guerra, pode se aposentar, recebendo pensão vitalícia. E esta pensão passa para os filhos, homens ou mulheres, por ocasião de seu falecimento. Isto é socialismo. (No Brasil, só as filhas recebem, mesmo assim, se permanecerem solteiras. E o militar precisa cumprir pelo menos três décadas de serviço ativo.)
3. Existe salário-desemprego compatível com o nível de vida do trabalhador, como se ainda estivesse empregado. Socialismo.
4. Conheci uma brasileira de Santos, que veio para os EUA e trabalhou durante muitos anos como motorista de caminhão. Aposentou-se e ganhou do governo um apartamento para morar,o que é feito sempre que o idoso não tem onde ficar. Isto é socialismo.
5. Outra brasileira que conheci, estando aqui há mais de 15 anos como imigrante ilegal, adquiriu cãncer, foi hospitalizada, operada, custo bem elevado, mas não tinha como pagar o hospital particular para cancerosos. O governo cobriu as despesas. Isto também é socialismo.
E por aí vai.
De tanto presenciar essas coisas que aqui ocorrem (como, por exemplo, alimentação bem barata e de excelente qualidade para os pobres), cheguei à conclusao de que aqui, muito mais que no Brail, se pratica o socialismo.
Paulo Solon
15 de janeiro de 2012
Agradeco a contribuição do comentarista Rogerio Mendelski. Mas declaro aqui que os países nórdicos são, de fato, países socialistas. Aliás, esta palavra socialismo ainda encontra repulsa em algumas mentes tacanhas, “narrow minded”, como se diz aqui nos Estados Unidos. Sei que não é o caso do mui digno senhor Rogerio Mendelski. Mas é o caso de muita gente que não aceita que um pais tido como capitalista pratique o socialismo.
Vou dar alguns exemplos do que ocorre aqui nos Estados Unidos, ainda tido por alguns como paradigma do capitalismo. Apenas alguns exemplos.
1. Quando uma mulher, casada ou não, concebe uma criança, claro, os pais sao obrigados a sustentá-la. Se o pai se recusar ao “child support”, ele será preso, como aí no Brasil. Porém, se a mãe se recusar a criar o filho, o governo toma a criança e assume sua inteira educação. Isto é socialismo.
2. Um ex militar que cumpriu 8 anos de servico ativo,(active ducty), tendo ou não ido para a guerra, pode se aposentar, recebendo pensão vitalícia. E esta pensão passa para os filhos, homens ou mulheres, por ocasião de seu falecimento. Isto é socialismo. (No Brasil, só as filhas recebem, mesmo assim, se permanecerem solteiras. E o militar precisa cumprir pelo menos três décadas de serviço ativo.)
3. Existe salário-desemprego compatível com o nível de vida do trabalhador, como se ainda estivesse empregado. Socialismo.
4. Conheci uma brasileira de Santos, que veio para os EUA e trabalhou durante muitos anos como motorista de caminhão. Aposentou-se e ganhou do governo um apartamento para morar,o que é feito sempre que o idoso não tem onde ficar. Isto é socialismo.
5. Outra brasileira que conheci, estando aqui há mais de 15 anos como imigrante ilegal, adquiriu cãncer, foi hospitalizada, operada, custo bem elevado, mas não tinha como pagar o hospital particular para cancerosos. O governo cobriu as despesas. Isto também é socialismo.
E por aí vai.
De tanto presenciar essas coisas que aqui ocorrem (como, por exemplo, alimentação bem barata e de excelente qualidade para os pobres), cheguei à conclusao de que aqui, muito mais que no Brail, se pratica o socialismo.
Paulo Solon
15 de janeiro de 2012
HADDAD: NUNCA UM MINISTRO DA EDUCAÇÃO FOI TÃO RUIM PARA SÃO PAULO (PARTE 1)
Se não fosse o governo estadual, a educação paulista teria mergulhado em verdadeiro caos sob a gestão de Fernando Haddad no Ministério da Educação. Houve, por parte deste incompetente que está tentando ser prefeito da capital paulista, um descaso absoluto para com o estado de São Paulo.
Isso não é conversa eleitoral. Esta é a realidade atestada pelo próprio MEC, nas suas estatísticas oficiais.
Vejam, por exemplo, o que aconteceu com a Educação Profissional, aquela que prepara os jovens para o mercado de trabalho, garantindo emprego e cidadania. Cliquem sobre a imagem para ampliar e ver os números da Educação Profissional nos primeiros cinco anos da gestão de Haddad no MEC.
http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse
O que podemos concluir do quadro acima, que reproduz os números oficiais do INEP, órgão do MEC conduzido no período por Fernando Haddad?
1.Em primeiro lugar, que o crescimento da Educação Profissional no Brasil, tão alardeada por Haddad, é uma farsa. Vejam que em cinco anos, o número de matrículas no Brasil cresceu apenas 12,4%, pouco mais de 2% ao ano.
2.Nas escolas federais, de responsabilidade de Haddad, o número de matrículas cresceu menos ainda, apenas 11,7%.
3.Vejam o caso de São Paulo: enquanto o governo federal oferece apenas 3.725 vagas em todo o estado, o governo estadual oferece 130.368 vagas. Para cada vaga federal do Haddad, o governo de São Paulo oferece 35 vagas!
4.Agora veja a verdadeira perseguição movida por Haddad contra São Paulo. Mesmo com ....da população brasileira, o MEC oferece destina apenas 4,2% das vagas para o estado. É a tentativa de enfraquecer a educação paulista, já com o objetivo de gerar números para fazer a campanha eleitoral para a pfrefeitura de São Paulo.
5.Agora vejam a incompetência do Haddad no plano nacional. Enquanto as matrículas em escolas federais aumentaram 12,4%, as matrículas em escolas estaduais no país cresceram praticamente o dobro: 23,9%!
6.Agora pasmem com mais este dado. Nos últimos 5 anos, as escolas estaduais de São Paulo aumentaram as suas matrículas em 51.575 alunos.
Sabe quantas vagas o Haddad aumentou no período no estado de São Paulo, em escolas federais? Apenas 3.050 vagas. Para cada vaga que o Haddad abriu em São Paulo, o governo estadual abriu 17!
O quadro acima permite outras interpretações e análises. Está na hora de fazer campanha eleitoral séria e de colocar as coisas no seu devido lugar. Fernando Haddad foi o pior ministro da Educação para São Paulo que o Brasil já teve, não apenas pelo fiasco do ENEM. É bom que os adversários comecem a fazer esta análise, em vez de ficar se borrando de medo da força de Lula no palanque. Contra a verdade bem mostrada não há discurso demagógico que vença.
coroneLeaks
15 de janeiro de 2012
Isso não é conversa eleitoral. Esta é a realidade atestada pelo próprio MEC, nas suas estatísticas oficiais.
Vejam, por exemplo, o que aconteceu com a Educação Profissional, aquela que prepara os jovens para o mercado de trabalho, garantindo emprego e cidadania. Cliquem sobre a imagem para ampliar e ver os números da Educação Profissional nos primeiros cinco anos da gestão de Haddad no MEC.
http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse
O que podemos concluir do quadro acima, que reproduz os números oficiais do INEP, órgão do MEC conduzido no período por Fernando Haddad?
1.Em primeiro lugar, que o crescimento da Educação Profissional no Brasil, tão alardeada por Haddad, é uma farsa. Vejam que em cinco anos, o número de matrículas no Brasil cresceu apenas 12,4%, pouco mais de 2% ao ano.
2.Nas escolas federais, de responsabilidade de Haddad, o número de matrículas cresceu menos ainda, apenas 11,7%.
3.Vejam o caso de São Paulo: enquanto o governo federal oferece apenas 3.725 vagas em todo o estado, o governo estadual oferece 130.368 vagas. Para cada vaga federal do Haddad, o governo de São Paulo oferece 35 vagas!
4.Agora veja a verdadeira perseguição movida por Haddad contra São Paulo. Mesmo com ....da população brasileira, o MEC oferece destina apenas 4,2% das vagas para o estado. É a tentativa de enfraquecer a educação paulista, já com o objetivo de gerar números para fazer a campanha eleitoral para a pfrefeitura de São Paulo.
5.Agora vejam a incompetência do Haddad no plano nacional. Enquanto as matrículas em escolas federais aumentaram 12,4%, as matrículas em escolas estaduais no país cresceram praticamente o dobro: 23,9%!
6.Agora pasmem com mais este dado. Nos últimos 5 anos, as escolas estaduais de São Paulo aumentaram as suas matrículas em 51.575 alunos.
Sabe quantas vagas o Haddad aumentou no período no estado de São Paulo, em escolas federais? Apenas 3.050 vagas. Para cada vaga que o Haddad abriu em São Paulo, o governo estadual abriu 17!
O quadro acima permite outras interpretações e análises. Está na hora de fazer campanha eleitoral séria e de colocar as coisas no seu devido lugar. Fernando Haddad foi o pior ministro da Educação para São Paulo que o Brasil já teve, não apenas pelo fiasco do ENEM. É bom que os adversários comecem a fazer esta análise, em vez de ficar se borrando de medo da força de Lula no palanque. Contra a verdade bem mostrada não há discurso demagógico que vença.
coroneLeaks
15 de janeiro de 2012
HADDAD: NUNCA UM MINISTRO DA EDUCAÇÃO FOI TÃO RUIM PARA SÃO PAULO (PARTE 2)
No post abaixo, você comprovou, com dados oficiais do INEP, que Fernando Haddad foi o pior ministro de Educação para São Paulo na história deste país. Isto em se tratando de Educação Profissional, aquela que prepara os jovens para o emprego e para a cidadania. Mas na Educação Superior não foi diferente. Haddad simplesmente não olhou para São Paulo. Atenção: as tabelas abaixo repetem dados oficiais do INEP, que podem ser consultados aqui.
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
A primeira tabela (clique sobre ela para ampliar) mostra que o Ministro Haddad autorizou uma única instituição federal para São Paulo. Uma só! Havia 4 e agora há 5. Enquanto isso, o governo estadual mais do que dobrou o número de instituições de ensino superio estaduais. Criou 26 novas faculdades estaduais. Os números do Haddad são uma piada. Abriu novos campus, novas extensões, mas não abriu novas instituições. Apenas duas novas instituições de ensino superior foram abertas em todo o Brasil. Agora vejamos números referentes a ingressos no ensino superior, clicando na tabela abaixo:
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
O número de ingressos nas instituições federais cresceu 2005 a 2010.Em cinco anos, o ingresso anual foi acrescido de 126.000 novos alunos. Agora, para São Paulo, o ministro que quer ser prefeito da capital, reservou tão somente 5.330 vagas. Ou seja: São Paulo ficou com apenas 4,23% do crescimento do número de novos alunos, em relação ao Brasil. Mas mesmo com o Haddad trabalhando contra São Paulo, o estado cresceu três vezes mais do que o resto do Brasil no ingresso de novos alunos. Apesar do Haddad! A próxima tabela mostra outras farsas da gestão do pretendente petista à Prefeitura de São Paulo. Clique e amplie para ver.
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
O que parece ser, a princípio, um grande crescimento de matrículas no plano federal é mais uma armadilha estatística do Haddad. Vejam que das 254.347 matrículas a mais que ocorreram de 2005 a 2010 nas instituições federais, apenas 13.730 foram no estado de São Paulo. Apenas 5,39%! Para cada matrícula a mais em federais em São Paulo, foram três vagas a mais em instituições estaduais no estado. Ou seja: Haddad privilegiou outros estados, não dando a São Paulo o que o estado, por arrecadação e população, mereceria receber. Mesmo assim o estado cresceu em número de matrículas gerais mais do que o Brasil.
15 de janeiro de 2012
coroneLeaks
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
A primeira tabela (clique sobre ela para ampliar) mostra que o Ministro Haddad autorizou uma única instituição federal para São Paulo. Uma só! Havia 4 e agora há 5. Enquanto isso, o governo estadual mais do que dobrou o número de instituições de ensino superio estaduais. Criou 26 novas faculdades estaduais. Os números do Haddad são uma piada. Abriu novos campus, novas extensões, mas não abriu novas instituições. Apenas duas novas instituições de ensino superior foram abertas em todo o Brasil. Agora vejamos números referentes a ingressos no ensino superior, clicando na tabela abaixo:
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
O número de ingressos nas instituições federais cresceu 2005 a 2010.Em cinco anos, o ingresso anual foi acrescido de 126.000 novos alunos. Agora, para São Paulo, o ministro que quer ser prefeito da capital, reservou tão somente 5.330 vagas. Ou seja: São Paulo ficou com apenas 4,23% do crescimento do número de novos alunos, em relação ao Brasil. Mas mesmo com o Haddad trabalhando contra São Paulo, o estado cresceu três vezes mais do que o resto do Brasil no ingresso de novos alunos. Apesar do Haddad! A próxima tabela mostra outras farsas da gestão do pretendente petista à Prefeitura de São Paulo. Clique e amplie para ver.
http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse
O que parece ser, a princípio, um grande crescimento de matrículas no plano federal é mais uma armadilha estatística do Haddad. Vejam que das 254.347 matrículas a mais que ocorreram de 2005 a 2010 nas instituições federais, apenas 13.730 foram no estado de São Paulo. Apenas 5,39%! Para cada matrícula a mais em federais em São Paulo, foram três vagas a mais em instituições estaduais no estado. Ou seja: Haddad privilegiou outros estados, não dando a São Paulo o que o estado, por arrecadação e população, mereceria receber. Mesmo assim o estado cresceu em número de matrículas gerais mais do que o Brasil.
15 de janeiro de 2012
coroneLeaks
ASSASSINATO DO PREFEITO PETISTA CELSO DANIEL COMPLETA 10 ANOS SEM SOLUÇÃO
Celso Daniel com Lula, em foto de Carlos Pupo, da Agência Estado.
"O caso, em termos de delonga no curso da ação, é emblemático." Foi com essas palavras que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello defendeu, como relator, a concessão de um habeas corpus em setembro para libertar três acusados de matar o prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002. Na ocasião, o tribunal entendeu que os acusados cumpriam pena há anos sem ter sido julgados.
No próximo dia 20, a morte de Celso Daniel completará dez anos à espera de desfecho na Justiça. Ao longo da década, o crime adquiriu contornos de novela policial.
Sete pessoas ligadas ao caso, entre testemunhas e acusados de participação no crime, morreram no período.
Ex-professor universitário, deputado e prefeito da cidade do ABC pela terceira vez, Celso Daniel foi encontrado morto numa estrada de terra em Juquitiba (SP), alvejado por oito tiros, após dois dias de sequestro.
Ele era o escolhido para coordenar a campanha que levaria o ex-presidente Lula ao poder. Hoje, pelo menos dois dos seus ex-secretários ocupam cadeiras importantes em Brasília: os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Miriam Belchior (Planejamento).
O caso já foi reaberto duas vezes, investigado pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e até pela CPI dos Bingos, em Brasília.
O nome do prefeito batizou ginásio, parque e praça, mas o crime permanece sem veredicto.
A investigação também marcou um dos mais duros embates entre Promotoria, advogados e o PT.
Para o Ministério Público, Daniel foi vítima de crime de mando, encomendado pelo amigo e ex-segurança Sérgio Gomes da Silva.
Eles estavam juntos quando o petista foi sequestrado, na saída de um restaurante em São Paulo. Os promotores sustentam que Daniel teria descoberto um esquema de corrupção na prefeitura para financiar campanhas do PT e que o sequestro teria sido simulado.
A tese vai na contramão das conclusões da polícia, que defende a versão de que houve crime comum. O PT acusa os promotores de tentarem politizar a morte. Dos oito acusados pelo Ministério Público, somente Marcos Bispo dos Santos foi julgado e condenado, em 2010, a 18 anos de prisão. "O julgamento foi emblemático e abre campo para que outros indiciados sejam condenados", diz Bruno Daniel, irmão do prefeito morto, que voltou ao país em outubro após sete anos de exílio voluntário na França.
A acusação foi feita pelo promotor Francisco Cembranelli, que não atuou na investigação, mas foi escalado pelo histórico de sucesso no júri. "Não vou colocar o PT no banco dos réus", diz ele.
O julgamento de Gomes da Silva, em júri popular previsto para este ano, é o mais aguardado pela Promotoria. Conhecido como "Sombra", ele chegou a ficar preso por oito meses. Segundo amigos, hoje leva vida discreta no ABC. "O caso destruiu a vida dele", afirma seu advogado, Roberto Podval.
O defensor tenta derrubar no STF o poder de investigação do Ministério Público em casos criminais, o que anularia boa parte da apuração.(Da Folha de São Paulo)
"O caso, em termos de delonga no curso da ação, é emblemático." Foi com essas palavras que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello defendeu, como relator, a concessão de um habeas corpus em setembro para libertar três acusados de matar o prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em janeiro de 2002. Na ocasião, o tribunal entendeu que os acusados cumpriam pena há anos sem ter sido julgados.
No próximo dia 20, a morte de Celso Daniel completará dez anos à espera de desfecho na Justiça. Ao longo da década, o crime adquiriu contornos de novela policial.
Sete pessoas ligadas ao caso, entre testemunhas e acusados de participação no crime, morreram no período.
Ex-professor universitário, deputado e prefeito da cidade do ABC pela terceira vez, Celso Daniel foi encontrado morto numa estrada de terra em Juquitiba (SP), alvejado por oito tiros, após dois dias de sequestro.
Ele era o escolhido para coordenar a campanha que levaria o ex-presidente Lula ao poder. Hoje, pelo menos dois dos seus ex-secretários ocupam cadeiras importantes em Brasília: os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Miriam Belchior (Planejamento).
O caso já foi reaberto duas vezes, investigado pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e até pela CPI dos Bingos, em Brasília.
O nome do prefeito batizou ginásio, parque e praça, mas o crime permanece sem veredicto.
A investigação também marcou um dos mais duros embates entre Promotoria, advogados e o PT.
Para o Ministério Público, Daniel foi vítima de crime de mando, encomendado pelo amigo e ex-segurança Sérgio Gomes da Silva.
Eles estavam juntos quando o petista foi sequestrado, na saída de um restaurante em São Paulo. Os promotores sustentam que Daniel teria descoberto um esquema de corrupção na prefeitura para financiar campanhas do PT e que o sequestro teria sido simulado.
A tese vai na contramão das conclusões da polícia, que defende a versão de que houve crime comum. O PT acusa os promotores de tentarem politizar a morte. Dos oito acusados pelo Ministério Público, somente Marcos Bispo dos Santos foi julgado e condenado, em 2010, a 18 anos de prisão. "O julgamento foi emblemático e abre campo para que outros indiciados sejam condenados", diz Bruno Daniel, irmão do prefeito morto, que voltou ao país em outubro após sete anos de exílio voluntário na França.
A acusação foi feita pelo promotor Francisco Cembranelli, que não atuou na investigação, mas foi escalado pelo histórico de sucesso no júri. "Não vou colocar o PT no banco dos réus", diz ele.
O julgamento de Gomes da Silva, em júri popular previsto para este ano, é o mais aguardado pela Promotoria. Conhecido como "Sombra", ele chegou a ficar preso por oito meses. Segundo amigos, hoje leva vida discreta no ABC. "O caso destruiu a vida dele", afirma seu advogado, Roberto Podval.
O defensor tenta derrubar no STF o poder de investigação do Ministério Público em casos criminais, o que anularia boa parte da apuração.(Da Folha de São Paulo)
DIA DO APOSENTADO: 24 DE JANEIRO
24 de janeiro será o Dia do Aposentado. E nada há para comemorar, mais uma vez.
No próximo dia 24, mais uma vez se comemora o Dia do Aposentado Brasileiro e mais uma vez os aposentados brasileiros não tem nada para comemorar. Aliás, há muitos anos os aposentados brasileiros não festejam a data, porque não existe mesmo nada para comemorar.
Os governos FHC, Lula e Dilma só fizeram é virar as costas para os aposentados brasileiros. O Fator Previdenciário foi criado no governo do senhor FHC e o senhor Lula não o derrubou em seus dois mandatos como presidente da República, e este dispositivo contra os trabalhadores até hoje continua em vigor. Dona Dilma também, pelo andar da carruagem, não vai mexer nele.
Fora isso, os reajustes dados para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo são ínfimos e as perdas para este enorme grupo de aposentados é cada vez maior. A cada ano que passa, mais e mais se vai perdendo e as políticas adotadas para os aposentados do INSS são cada vez piores. Os aposentados que ganham acima do salário mínimo veem seus benefícios serem achatados. O que se pode concluir que, se isso continuar, daqui um futuro bem próximo todos estarão ganhando como aposentadoria apenas um salário mínimo.
Este ano o governo da “justiça social e dos trabalhadores” deu apenas 6,08 de reajuste para aposentados que ganham acima do mínimo. Já para os que ganham até um salário mínimo o reajuste foi de 14 por cento.
Exemplo: vamos imaginar que um aposentado do INSS estivesse ganhando o valor de R$ 2.180,00 como benefício antes desta correção de 6,08 por cento (este valor de R$ 2.180,00 equivaleria a mais ou menos 4 salários mínimos: 4 x 545,00 reais = 2.180,00 reais ( considerando o salário mínimo do ano passado ).
Agora, com o salário mínimo a R$ 622,00, este valor do benefício de R$ 2.180,00 x 6,08 por cento, vai para R$ 2.312,54, que divididos por R$ 622,00 (salário mínimo a partir de janeiro de 2012 ) dá 3,71 salários mínimos atualmente. Quer dizer, perda para este aposentado que ganhava até 4 salários mínimos.
E assim vai. A cada ano que passa os aposentados brasileiros que ganham acima do salário mínimo só perdem e perdem. É preciso que nós, que ganhamos acima de um salário mínimo como benefício do INSS, nos posicionemos contra esta política. É preciso que todos mandem e-mails, cartas, telegramas para todos os parlamentares brasileiros, para que isso acabe de uma vez. Afinal de contas eles estão lá, no Congresso, porque foram eleitos por nós. Eles estão lá como nossos representantes. Nós os colocamos lá.
Então mande e-mails (encham as caixas eletrônicas deles), enviem cartas, telegramas e mostrem que somos uma grande parcela de eleitores (somos milhões de aposentados brasileiros e isto sem contar as nossas respectivas famílias, que votam também) e que em outubro de 2012 podemos nos recusar a votar em candidatos de partidos que se posicionam contra os aposentados brasileiros.
Vamos mostrar a eles que nós, aposentados brasileiros, queremos o que nos é de direito e estamos cheios e fartos de aceitar as migalhas que a cada ano nos oferecem.
Chega de sermos passados para trás. Lembrem-se que este ano haverá eleição para prefeitos e vereadores. Votemos naqueles que realmente fazem algo pelos aposentados brasileiros e que sempre lutaram e votaram a favor de todos nós. E esqueçamos na hora de votar dos partidos e parlamentares que nos colocam em segundo plano e nos viram as costas.
15 de janeiro de 2012
José Paulo de Resende
No próximo dia 24, mais uma vez se comemora o Dia do Aposentado Brasileiro e mais uma vez os aposentados brasileiros não tem nada para comemorar. Aliás, há muitos anos os aposentados brasileiros não festejam a data, porque não existe mesmo nada para comemorar.
Os governos FHC, Lula e Dilma só fizeram é virar as costas para os aposentados brasileiros. O Fator Previdenciário foi criado no governo do senhor FHC e o senhor Lula não o derrubou em seus dois mandatos como presidente da República, e este dispositivo contra os trabalhadores até hoje continua em vigor. Dona Dilma também, pelo andar da carruagem, não vai mexer nele.
Fora isso, os reajustes dados para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo são ínfimos e as perdas para este enorme grupo de aposentados é cada vez maior. A cada ano que passa, mais e mais se vai perdendo e as políticas adotadas para os aposentados do INSS são cada vez piores. Os aposentados que ganham acima do salário mínimo veem seus benefícios serem achatados. O que se pode concluir que, se isso continuar, daqui um futuro bem próximo todos estarão ganhando como aposentadoria apenas um salário mínimo.
Este ano o governo da “justiça social e dos trabalhadores” deu apenas 6,08 de reajuste para aposentados que ganham acima do mínimo. Já para os que ganham até um salário mínimo o reajuste foi de 14 por cento.
Exemplo: vamos imaginar que um aposentado do INSS estivesse ganhando o valor de R$ 2.180,00 como benefício antes desta correção de 6,08 por cento (este valor de R$ 2.180,00 equivaleria a mais ou menos 4 salários mínimos: 4 x 545,00 reais = 2.180,00 reais ( considerando o salário mínimo do ano passado ).
Agora, com o salário mínimo a R$ 622,00, este valor do benefício de R$ 2.180,00 x 6,08 por cento, vai para R$ 2.312,54, que divididos por R$ 622,00 (salário mínimo a partir de janeiro de 2012 ) dá 3,71 salários mínimos atualmente. Quer dizer, perda para este aposentado que ganhava até 4 salários mínimos.
E assim vai. A cada ano que passa os aposentados brasileiros que ganham acima do salário mínimo só perdem e perdem. É preciso que nós, que ganhamos acima de um salário mínimo como benefício do INSS, nos posicionemos contra esta política. É preciso que todos mandem e-mails, cartas, telegramas para todos os parlamentares brasileiros, para que isso acabe de uma vez. Afinal de contas eles estão lá, no Congresso, porque foram eleitos por nós. Eles estão lá como nossos representantes. Nós os colocamos lá.
Então mande e-mails (encham as caixas eletrônicas deles), enviem cartas, telegramas e mostrem que somos uma grande parcela de eleitores (somos milhões de aposentados brasileiros e isto sem contar as nossas respectivas famílias, que votam também) e que em outubro de 2012 podemos nos recusar a votar em candidatos de partidos que se posicionam contra os aposentados brasileiros.
Vamos mostrar a eles que nós, aposentados brasileiros, queremos o que nos é de direito e estamos cheios e fartos de aceitar as migalhas que a cada ano nos oferecem.
Chega de sermos passados para trás. Lembrem-se que este ano haverá eleição para prefeitos e vereadores. Votemos naqueles que realmente fazem algo pelos aposentados brasileiros e que sempre lutaram e votaram a favor de todos nós. E esqueçamos na hora de votar dos partidos e parlamentares que nos colocam em segundo plano e nos viram as costas.
15 de janeiro de 2012
José Paulo de Resende
KIM JONG-il EMBALSAMADO E EXPOSTO PARA ADORAÇÃO DOS NORTES-COREANOS
Corpo do ditador norte-coreano ficará mumificado e exposto ao público, para continuar sendo venerado. É o novo Lenin.
O corpo do dirigente norte-coreano Kim Jong-il foi embalsamado e exposto em um grande mausoléu de Pyongyang, onde está o corpo de seu pai, Kim Il-sung, exatamente como ocorreu com o corpo insepulto de Vladimir Ilitch Lenin, o líder da Revolução Russa, que desde sua morte, em 1924, está exposto em seu mausoléu, na Praça Vermelha em Moscou.
Além disso, em diversos locais do país serão construídos monumentos em memória a Kim Jong-il, que governou a Coreia do Norte com mão de ferro a partir da morte do pai em 1994, e faleceu em 17 de dezembro de 2011, aos 69 anos. Seu filho mais novo, Kim Jong-un, foi designado sucessor.
A Coreia do Norte já exibiu o corpo de Kim Jong-Il e louvou seu sucessor, o filho Kim Jong-Um. O canal público de televisão norte-coreano transmitiu imagens dos restos mortais do ex-número um do país, vestido com seu habitual uniforme caqui e deitado em um caixão de vidro cercado por flores.
Líderes do Partido único e do exército prestaram sua homenagem no mausoléu Kumsusan de Pyongyang, onde seu herdeiro designado, Kim Jung-Un, também podia ser visto nas imagens.
“Os participantes ficaram por um longo tempo diante do caixão, choravam a morte súbita e cruel de Kim Jong-Il, líder excepcional do partido, do Estado e do exército, comandante sem igual (…) e pai da nação”, narrou a agência de notícias oficial KCNA.
Desde o dia seguinte ao anúncio de sua morte, a televisão norte-coreana continuou a transmitir cenas de tristeza coletiva, mostrando as longas filas de pessoas que apresentavam suas condolências em várias partes do país, e em meio a canções patrióticas.
Para demonstrar sua vontade de marcar a transição, a imprensa tem prestado homenagem ao sucessor designado, Kim Jong-Un, um jovem de 29, sem qualquer experiência política. “Na vanguarda da revolução está o camarada Kim Jong-Un, grande sucessor da revolução” e “inabalável pilar espiritual e ideológico do nosso povo”, disse a KCNA, vejam só quanta desfaçatez.
A poderosa vizinha China, que um dos poucos aliados de Pyongyang, anunciou na terça-feira passada que conversou com os Estados Unidos e com a Coreia do Sul sobre a importância de manter a estabilidade na península coreana após a morte de Kim Jong-Il. Beijing quer evitar a todo custo um colapso do regime.
O ministro chinês das Relações Exteriores Yang Jiechi conversou por telefone com o ministro sul-coreano Kim Sung-Hwan e com a secretária de Estado americana Hillary Clinton, informou o porta-voz da diplomacia da chinesa Liu Weimin.
Carlos Newton
15 de janeiro de 2012
SUDÃO DO SUL, O NOVO ALIADO DE ISRAEL
Seja o primeiro de seus amigos a curtir isso.
Não é todo dia que o líder de um país completamente novo realiza a sua viagem inaugural, como chefe de estado, para Jerusalém, capital do país mais sitiado do mundo, no entanto, foi exatamente isso que Salva Kiir, presidente do Sudão do Sul, acompanhado pelos seus ministros das relações exteriores e da defesa, fez no final de dezembro. O presidente de Israel Shimon Peres saudou a sua visita como um "momento comovente e histórico". A visita provocou comentários de que o Sudão do Sul iria estabelecer a sua embaixada em Jerusalém, tornando-o o único governo do mundo a fazê-lo.
Esse raro desdobramento é o resultado de uma história incomum.
O Sudão de hoje tomou forma no século XIX quando o Império Otomano controlava as regiões ao norte e tentava conquistar as regiões ao sul. Os britânicos, governando a partir do Cairo, estabeleceram as linhas gerais do estado moderno em 1898 e governaram pelos próximos cinquenta anos separadamente o norte muçulmano e o sul cristão e animista. Entretanto, em 1948, sucumbindo à pressão vinda do norte, os britânicos fundiram as duas administrações em Cartum sob o controle do norte, tornando os muçulmanos dominantes no Sudão e o árabe o idioma oficial.
Dessa forma, a independência em 1956 trouxe a guerra civil, com os sulistas combatendo para rechaçar a hegemonia muçulmana. Felizmente para eles, a "estratégia de periferia" do primeiro ministro David Ben-Gurion traduziu-se em um apoio israelense para os não árabes no Oriente Médio, incluindo o sul sudanês. O governo de Israel serviu de sustentáculo por toda a primeira guerra civil sudanesa, que persistiu até 1972, como sua principal fonte de apoio moral, ajuda diplomática e de armamentos.
O Sr. Kiir reconheceu essa colaboração em Jerusalém, observando que "Israel sempre apoiou o povo sudanês do sul. Sem vocês, não teríamos conseguido. Vocês lutaram ao nosso lado com o objetivo de criar o Sudão do Sul". Respondendo, o presidente Peres lembrou que esteve presente no início dos anos de 1960 em Paris, quando o então primeiro ministro Levi Eshkol e ele começaram a primeira ligação com os líderes sulistas sudaneses.
A guerra civil do Sudão continuou intermitentemente de 1956 até 2005. Com o passar do tempo, os muçulmanos nortistas tornaram-se cada vez mais cruéis para com seus compatriotas, culminando com massacres, escravidão e genocídio nas décadas de 1980 e 1990. Dadas as muitas tragédias da África, problemas dessa natureza talvez não tivessem impressionado os ocidentais já cansados de compaixão, com exceção de um esforço extraordinário liderado por dois abolicionistas americanos da era moderna.
Começando em meados de 1990, John Eibner do Christian Solidarity International libertou dezenas de milhares de escravos no Sudão enquanto Charles Jacobs do American Anti-Slavery Group liderou a "Campanha do Sudão" nos Estados Unidos que reuniu uma ampla coalizão de organizações. Como todos os americanos abominam a escravidão, os abolicionistas formaram uma aliança única com a direita e com a esquerda, incluindo Barney Frank e Sam Brownback, o Congressional Black Caucus e Pat Robertson, pastores negros e evangélicos brancos. Em contrapartida, Louis Farrakhan ficou exposto e constrangido pelas suas tentativas de negar a existência de escravidão no Sudão.
O empenho abolicionista atingiu o ponto culminante em 2005 quando a administração de George W. Bush pressionou Cartum em 2005 a assinar o Acordo Abrangente de Paz terminando a guerra, dando aos sulistas a oportunidade de votar pela independência. Votaram entusiasticamente em janeiro de 2011, quando 98 porcento votou pela separação do Sudão, levando a formação da República do Sudão do Sul seis meses depois, um acontecimento saudado pelo presidente Peres como "um marco na história do Oriente Médio".
Um cartaz espalhado por toda parte antes do referendo de janeiro de 2011: "Vote pela separação para acabar com a escravidão e o subdesenvolvimento".
O investimento de longo prazo de Israel compensou. O Sudão do Sul se encaixa em uma estratégia de periferia renovada que inclui Chipre, curdos, berberes e, quem sabe um dia, um Irã pós-islamista. O Sudão do Sul proporciona acesso a recursos naturais, principalmente petróleo. Seu papel nas negociações sobre a água do Rio Nilo proporciona influência em relação ao Egito. Além dos benefícios práticos, a nova república representa um exemplo animador de uma população não muçulmana resistindo ao imperialismo islâmico através da sua integridade, persistência e dedicação. Nesse sentido, o nascimento do Sudão do Sul ecoa o nascimento de Israel.
Se a visita de Kiir a Jerusalém for verdadeiramente o assinalamento de um marco, o Sudão do Sul terá um longo caminho a percorrer, de um protetorado internacional paupérrimo, com instituições fracas até a modernidade e independência genuína. Este caminho requer que a liderança não se valha dos recursos do novo estado nem sonhe em criar um "Novo Sudão" com a conquista de Cartum, e sim lançar a pedra fundamental para obter a condição de estado bem sucedido.
Um cartaz exibido durante as comemorações da independência (editado para compreensão, usando o árabe como orientação): "A partir de hoje, a nossa identidade é o Sul (sudanês) e africano, não árabe e islâmico. Não somos o pior dos árabes e sim o melhor dos africanos".
Para os israelenses e outros ocidentais, isso significa tanto ajudar na agricultura, saúde e educação e instar Juba a permanecer centrada na defesa e no desenvolvimento ao mesmo tempo, evitando optar por guerras sem necessidade. Um Sudão do Sul próspero poderá no final das contas tornar-se uma potência regional e um forte aliado não apenas de Israel mas do Ocidente.
por Daniel Pipes
The Washington Times
Original em inglês: South Sudan, Israel's New Ally
Tradução: Joseph Skilnik
2 de Janeiro de 2012
Não é todo dia que o líder de um país completamente novo realiza a sua viagem inaugural, como chefe de estado, para Jerusalém, capital do país mais sitiado do mundo, no entanto, foi exatamente isso que Salva Kiir, presidente do Sudão do Sul, acompanhado pelos seus ministros das relações exteriores e da defesa, fez no final de dezembro. O presidente de Israel Shimon Peres saudou a sua visita como um "momento comovente e histórico". A visita provocou comentários de que o Sudão do Sul iria estabelecer a sua embaixada em Jerusalém, tornando-o o único governo do mundo a fazê-lo.
Esse raro desdobramento é o resultado de uma história incomum.
O Sudão de hoje tomou forma no século XIX quando o Império Otomano controlava as regiões ao norte e tentava conquistar as regiões ao sul. Os britânicos, governando a partir do Cairo, estabeleceram as linhas gerais do estado moderno em 1898 e governaram pelos próximos cinquenta anos separadamente o norte muçulmano e o sul cristão e animista. Entretanto, em 1948, sucumbindo à pressão vinda do norte, os britânicos fundiram as duas administrações em Cartum sob o controle do norte, tornando os muçulmanos dominantes no Sudão e o árabe o idioma oficial.
Dessa forma, a independência em 1956 trouxe a guerra civil, com os sulistas combatendo para rechaçar a hegemonia muçulmana. Felizmente para eles, a "estratégia de periferia" do primeiro ministro David Ben-Gurion traduziu-se em um apoio israelense para os não árabes no Oriente Médio, incluindo o sul sudanês. O governo de Israel serviu de sustentáculo por toda a primeira guerra civil sudanesa, que persistiu até 1972, como sua principal fonte de apoio moral, ajuda diplomática e de armamentos.
O Sr. Kiir reconheceu essa colaboração em Jerusalém, observando que "Israel sempre apoiou o povo sudanês do sul. Sem vocês, não teríamos conseguido. Vocês lutaram ao nosso lado com o objetivo de criar o Sudão do Sul". Respondendo, o presidente Peres lembrou que esteve presente no início dos anos de 1960 em Paris, quando o então primeiro ministro Levi Eshkol e ele começaram a primeira ligação com os líderes sulistas sudaneses.
A guerra civil do Sudão continuou intermitentemente de 1956 até 2005. Com o passar do tempo, os muçulmanos nortistas tornaram-se cada vez mais cruéis para com seus compatriotas, culminando com massacres, escravidão e genocídio nas décadas de 1980 e 1990. Dadas as muitas tragédias da África, problemas dessa natureza talvez não tivessem impressionado os ocidentais já cansados de compaixão, com exceção de um esforço extraordinário liderado por dois abolicionistas americanos da era moderna.
Começando em meados de 1990, John Eibner do Christian Solidarity International libertou dezenas de milhares de escravos no Sudão enquanto Charles Jacobs do American Anti-Slavery Group liderou a "Campanha do Sudão" nos Estados Unidos que reuniu uma ampla coalizão de organizações. Como todos os americanos abominam a escravidão, os abolicionistas formaram uma aliança única com a direita e com a esquerda, incluindo Barney Frank e Sam Brownback, o Congressional Black Caucus e Pat Robertson, pastores negros e evangélicos brancos. Em contrapartida, Louis Farrakhan ficou exposto e constrangido pelas suas tentativas de negar a existência de escravidão no Sudão.
O empenho abolicionista atingiu o ponto culminante em 2005 quando a administração de George W. Bush pressionou Cartum em 2005 a assinar o Acordo Abrangente de Paz terminando a guerra, dando aos sulistas a oportunidade de votar pela independência. Votaram entusiasticamente em janeiro de 2011, quando 98 porcento votou pela separação do Sudão, levando a formação da República do Sudão do Sul seis meses depois, um acontecimento saudado pelo presidente Peres como "um marco na história do Oriente Médio".
Um cartaz espalhado por toda parte antes do referendo de janeiro de 2011: "Vote pela separação para acabar com a escravidão e o subdesenvolvimento".
O investimento de longo prazo de Israel compensou. O Sudão do Sul se encaixa em uma estratégia de periferia renovada que inclui Chipre, curdos, berberes e, quem sabe um dia, um Irã pós-islamista. O Sudão do Sul proporciona acesso a recursos naturais, principalmente petróleo. Seu papel nas negociações sobre a água do Rio Nilo proporciona influência em relação ao Egito. Além dos benefícios práticos, a nova república representa um exemplo animador de uma população não muçulmana resistindo ao imperialismo islâmico através da sua integridade, persistência e dedicação. Nesse sentido, o nascimento do Sudão do Sul ecoa o nascimento de Israel.
Se a visita de Kiir a Jerusalém for verdadeiramente o assinalamento de um marco, o Sudão do Sul terá um longo caminho a percorrer, de um protetorado internacional paupérrimo, com instituições fracas até a modernidade e independência genuína. Este caminho requer que a liderança não se valha dos recursos do novo estado nem sonhe em criar um "Novo Sudão" com a conquista de Cartum, e sim lançar a pedra fundamental para obter a condição de estado bem sucedido.
Um cartaz exibido durante as comemorações da independência (editado para compreensão, usando o árabe como orientação): "A partir de hoje, a nossa identidade é o Sul (sudanês) e africano, não árabe e islâmico. Não somos o pior dos árabes e sim o melhor dos africanos".
Para os israelenses e outros ocidentais, isso significa tanto ajudar na agricultura, saúde e educação e instar Juba a permanecer centrada na defesa e no desenvolvimento ao mesmo tempo, evitando optar por guerras sem necessidade. Um Sudão do Sul próspero poderá no final das contas tornar-se uma potência regional e um forte aliado não apenas de Israel mas do Ocidente.
por Daniel Pipes
The Washington Times
Original em inglês: South Sudan, Israel's New Ally
Tradução: Joseph Skilnik
2 de Janeiro de 2012
QUEM VAI PASSAR A ESPADA?
O uso abusivo de cartões corporativos por magistrados, para despesas elevadas que não têm a ver com a rotina do Judiciário, será o próximo escândalo a ser revelado em um dos maiores Tribunais de Justiça do Brasil. Se o caso vier mesmo à tona terá de ser investigado com o justo e perfeito rigor. O problema é: quem se beneficiou do esquema terá condições morais para julgá-lo com isenção?
O cenário ainda é imprevisível e instável. O escândalo tem tudo para ser mais um que acabará escondido debaixo da toga. O certo é que se torna urgente investigar a comprovação de denúncias de venda de sentenças e enriquecimento ilícito de magistrados. Embora seja remota a hipótese, podemos até assistir a um inédito corte forçado da própria carne no Judiciário. A pressão por Justiça de Verdade é crescente.
A Ordem dos Advogados do Brasil já pediu ao Tribunal Regional do Trabalho no Rio a identificação do servidor público que movimentou R$ 282 milhões no distante ano de 2002, quando a petralhada ainda não havia tomado o poder, na maior operação considerada atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o órgão de inteligência do Ministério da Fazenda. Outra movimentação esquisita foi de R$ 116,5 milhões nos TJs de São Paulo e da Bahia, em 2008. No total, entre os anos 2000 e 2010, o COAF registrou R$ 855milhões em movimentações atípicas no Judiciário.
A OAB federal, no próximo dia 31 de janeiro, em Brasília, vai realizar um ato público em defesa dos poderes do Conselho Nacional de Justiça. O grande porta-voz desta defesa será o ex-ministro da Defesa do Brasil. Membro da elite do PMDB, o advogado Nelson Jobim voltará ao cenário político pegando carona na defesa do CNJ. Aproveitará para surfar na onda de que foi o único dos ministros que deixou o governo Dilma porque quis – e não porque foi atingido pelo tsunami de corrupção.
Jobim ensaia um voo mais alto. Se vão deixar ele decolar são outros quinhentos. Ele espera contar com o apoio dos militares. Aliás, na Defesa, Jobim até ensaiou uns ataques contra os adversários ideológicos das legiões. Defendeu a Lei de Anistia, na interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal, e fez algumas críticas veladas ao risco de a Comissão de Verdade cometer abusos contra a classe fardada. Jobim também foi o pai da questionável Estratégia Nacional de Defesa – a END – cujos fins dividem os militares.
Aliás, mesmo contrariando os regulamentos, sempre que pôde, Jobim vestiu a farda de “Genérico” para, simbolicamente, se identificar como o “chefe dos combatentes”. Jobim parece estar plantando ventos para colher algo de bom na hora da tempestade institucional que se avizinha. Como tem articulações no Judiciário, no meio militar e no mercado financeiro, Jobim já tenta se credenciar como candidato a qualquer coisa. Gosta de poder, quer o poder e conta até com apoio de fora do Brasil para avançar.
Enquanto o Judiciário arde em conflitos, que podem sobrar para os demais poderes, o governo Dilma tem duas preocupações imediatas. Internamente, a reforminha ministerial – na qual a turma de Lula e Dirceu deseja manter seu espaço, enquanto Dilma espera emplacar nomes mais tecnoburocratas em seu sonho de independência. Externamente,todas as atenções se voltam para a crise da economia européia que pode afetar o Brasil caso os problemas também sobrem para os lados da China e dos Estados Unidos.
Por trás da crise econômica se esconde a realidade percebida por poucos. O Brasil é a jóia da coroa. Investimentos em nosso País podem ser a saída mais rápida e segura para os problemas globalitários. Por isso, ao Poder Real Mundial interessa um modelo de gestão para o Brasil bem diferente do atual – dominado pelo crime organizado. Esta parece ser a fonte verdadeira de tantas denúncias que atingem o âmago dos três poderes. Fabrica-se um vácuo institucional para um rearranjo urgente. O plano vai dar certo? Quem puder esperar vai saber...
Voltando aos azares infernais da conjuntura, sexta-feira 13 passada, o Senado suspendeu os trabalhos e dispensou os servidores para uma dedetização e desratização. As secretarias que passaram pelo tratamento ficam próximas à Presidência da Casa e às lideranças do PSDB e do PMDB. A caça aos roedores do Senado tornou-se urgente, depois que uma servidora da Secretaria-Geral da Mesa foi mordida no pé, por um rato, na quarta-feira passada. Agora, o que todo mundo quer saber é: as ratazanas do Senado estão mesmo com os dias contados? E, nos outros poderes, também haverá desratização?
Tudo é possível. O esquema de Poder Real Mundial, que prefere atuar no subterrâneo, também joga com simbologias. A imagem da presidenta Dilma Rousseff com a impressão de ter uma espada atravessada em seu corpo, durante cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras em Resende (RJ), rendeu um renomado prêmio internacional. O Repórter-fotográfico Wilton Junior, que trabalha na sucursal Rio do jornal O Estado de S.Paulo, venceu o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha, na categoria Fotografia.
Qual o significado de uma entidade ligada ao Poder Real Mundial premiar uma foto que conota a fragilidade de poder da Dilma? Será que a famosa Espada de Dâmocles vai entrar em operação no Brasil?
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
Jorge Serrão
ALERTA TOTAL
O cenário ainda é imprevisível e instável. O escândalo tem tudo para ser mais um que acabará escondido debaixo da toga. O certo é que se torna urgente investigar a comprovação de denúncias de venda de sentenças e enriquecimento ilícito de magistrados. Embora seja remota a hipótese, podemos até assistir a um inédito corte forçado da própria carne no Judiciário. A pressão por Justiça de Verdade é crescente.
A Ordem dos Advogados do Brasil já pediu ao Tribunal Regional do Trabalho no Rio a identificação do servidor público que movimentou R$ 282 milhões no distante ano de 2002, quando a petralhada ainda não havia tomado o poder, na maior operação considerada atípica pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o órgão de inteligência do Ministério da Fazenda. Outra movimentação esquisita foi de R$ 116,5 milhões nos TJs de São Paulo e da Bahia, em 2008. No total, entre os anos 2000 e 2010, o COAF registrou R$ 855milhões em movimentações atípicas no Judiciário.
A OAB federal, no próximo dia 31 de janeiro, em Brasília, vai realizar um ato público em defesa dos poderes do Conselho Nacional de Justiça. O grande porta-voz desta defesa será o ex-ministro da Defesa do Brasil. Membro da elite do PMDB, o advogado Nelson Jobim voltará ao cenário político pegando carona na defesa do CNJ. Aproveitará para surfar na onda de que foi o único dos ministros que deixou o governo Dilma porque quis – e não porque foi atingido pelo tsunami de corrupção.
Jobim ensaia um voo mais alto. Se vão deixar ele decolar são outros quinhentos. Ele espera contar com o apoio dos militares. Aliás, na Defesa, Jobim até ensaiou uns ataques contra os adversários ideológicos das legiões. Defendeu a Lei de Anistia, na interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal, e fez algumas críticas veladas ao risco de a Comissão de Verdade cometer abusos contra a classe fardada. Jobim também foi o pai da questionável Estratégia Nacional de Defesa – a END – cujos fins dividem os militares.
Aliás, mesmo contrariando os regulamentos, sempre que pôde, Jobim vestiu a farda de “Genérico” para, simbolicamente, se identificar como o “chefe dos combatentes”. Jobim parece estar plantando ventos para colher algo de bom na hora da tempestade institucional que se avizinha. Como tem articulações no Judiciário, no meio militar e no mercado financeiro, Jobim já tenta se credenciar como candidato a qualquer coisa. Gosta de poder, quer o poder e conta até com apoio de fora do Brasil para avançar.
Enquanto o Judiciário arde em conflitos, que podem sobrar para os demais poderes, o governo Dilma tem duas preocupações imediatas. Internamente, a reforminha ministerial – na qual a turma de Lula e Dirceu deseja manter seu espaço, enquanto Dilma espera emplacar nomes mais tecnoburocratas em seu sonho de independência. Externamente,todas as atenções se voltam para a crise da economia européia que pode afetar o Brasil caso os problemas também sobrem para os lados da China e dos Estados Unidos.
Por trás da crise econômica se esconde a realidade percebida por poucos. O Brasil é a jóia da coroa. Investimentos em nosso País podem ser a saída mais rápida e segura para os problemas globalitários. Por isso, ao Poder Real Mundial interessa um modelo de gestão para o Brasil bem diferente do atual – dominado pelo crime organizado. Esta parece ser a fonte verdadeira de tantas denúncias que atingem o âmago dos três poderes. Fabrica-se um vácuo institucional para um rearranjo urgente. O plano vai dar certo? Quem puder esperar vai saber...
Voltando aos azares infernais da conjuntura, sexta-feira 13 passada, o Senado suspendeu os trabalhos e dispensou os servidores para uma dedetização e desratização. As secretarias que passaram pelo tratamento ficam próximas à Presidência da Casa e às lideranças do PSDB e do PMDB. A caça aos roedores do Senado tornou-se urgente, depois que uma servidora da Secretaria-Geral da Mesa foi mordida no pé, por um rato, na quarta-feira passada. Agora, o que todo mundo quer saber é: as ratazanas do Senado estão mesmo com os dias contados? E, nos outros poderes, também haverá desratização?
Tudo é possível. O esquema de Poder Real Mundial, que prefere atuar no subterrâneo, também joga com simbologias. A imagem da presidenta Dilma Rousseff com a impressão de ter uma espada atravessada em seu corpo, durante cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras em Resende (RJ), rendeu um renomado prêmio internacional. O Repórter-fotográfico Wilton Junior, que trabalha na sucursal Rio do jornal O Estado de S.Paulo, venceu o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei da Espanha, na categoria Fotografia.
Qual o significado de uma entidade ligada ao Poder Real Mundial premiar uma foto que conota a fragilidade de poder da Dilma? Será que a famosa Espada de Dâmocles vai entrar em operação no Brasil?
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
Jorge Serrão
ALERTA TOTAL
REPÚBLICA DE CALAMARES
'Pai' da Cracolândia tenta botar ordem no caos.
Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
Foto: Francio Holanda
'Pai' da Cracolândia tenta botar ordem no caos. Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
'Pai' da Cracolândia tenta botar ordem no caosCom experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
PAI DA CRACOLÂNDIA
Isso aqui é um lugar tão esquecido que nem o PCC vem para cá”, disse o pernambucano Ronaldo da Silva, 53 anos, enquanto lançava um olhar abrangente sobre a esquina das ruas Helvétia e Barão de Piracicaba, na Cracolândia. “Aqui eu sou a disciplina”.
Mestre de obras aposentado, ex-presidiário sobrevivente do massacre do Carandiru, Ronaldo é conhecido pelo nome de batismo por pouca gente. Na Cracolândia, ele é chamado de Pai.
“Pai, quer comprar?”, ofereceu um rapaz der aproximadamente 20 anos, mostrando várias pedras de crack na mão. “Pai, tem pedra?”, perguntou outro. “Pai, desculpa por aquele dia. Eu tinha tomado muita cachaça”, explica uma moça.
Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código moral dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar estabelecer um mínimo de ordem no caos da Cracolândia.
Do alto da autoridade e respeito conquistados ao longo de quatro anos ele distribuiu afagos e reprimendas, arbitra disputas por drogas ou dinheiro, aconselha em casos de desavenças conjugais, orienta os demais usuários sobre direitos frente à truculência policial e também sobre os riscos do roubo e do tráfico, estimula a solidariedade, exerce a política da boa vizinhança com moradores e comerciantes, encaminha pedidos de empregos e internações.
“Já tirei um monte de gente deste lugar. Tem uns meninos e meninas que não tem nada a ver com a droga e acabam aqui por equívoco ou por brigas familiares”, explicou. “Agora, se neguinho folgar, meto a mão na cara de qualquer um”.
“Ele é o nosso pai. É o único que debate. É um conselheiro”, resumiu Jailton Mota Santos, companheiro de Ronaldo desde os primórdios da Cracolândia.
RODAPÉ - Se a primeira-mulher-presidenta da República quisesse mesmo acabar com o crack, e cumprir a promessa feita em palanque antes de pegar o lugar de Luiz Erário da Silva no Palácio do Planalto, bastaria trocar Ideli Salvatti por Ronaldo da Silva. Ninguém melhor do que ele - ainda mais que é da família Silva - para ministro das Relações Institucionais do governo Dilma. O diabo é que sua nomeação pode ser impugnada por nepotismo. Mas aí, o Sarney se junta com Bezerra Coelho e dá um jeito.
A reportagem é de Ricardo Galhardo, do portal iG, São Paulo. O rodapé é aqui do Sanatório da Notícia.
Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
Foto: Francio Holanda
'Pai' da Cracolândia tenta botar ordem no caos. Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
'Pai' da Cracolândia tenta botar ordem no caosCom experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar disciplinar a Cracolândia
PAI DA CRACOLÂNDIA
Isso aqui é um lugar tão esquecido que nem o PCC vem para cá”, disse o pernambucano Ronaldo da Silva, 53 anos, enquanto lançava um olhar abrangente sobre a esquina das ruas Helvétia e Barão de Piracicaba, na Cracolândia. “Aqui eu sou a disciplina”.
Mestre de obras aposentado, ex-presidiário sobrevivente do massacre do Carandiru, Ronaldo é conhecido pelo nome de batismo por pouca gente. Na Cracolândia, ele é chamado de Pai.
“Pai, quer comprar?”, ofereceu um rapaz der aproximadamente 20 anos, mostrando várias pedras de crack na mão. “Pai, tem pedra?”, perguntou outro. “Pai, desculpa por aquele dia. Eu tinha tomado muita cachaça”, explica uma moça.
Com experiência de quem viveu 20 anos sob o rígido código moral dos presidiários, Ronaldo avocou para si a missão de tentar estabelecer um mínimo de ordem no caos da Cracolândia.
Do alto da autoridade e respeito conquistados ao longo de quatro anos ele distribuiu afagos e reprimendas, arbitra disputas por drogas ou dinheiro, aconselha em casos de desavenças conjugais, orienta os demais usuários sobre direitos frente à truculência policial e também sobre os riscos do roubo e do tráfico, estimula a solidariedade, exerce a política da boa vizinhança com moradores e comerciantes, encaminha pedidos de empregos e internações.
“Já tirei um monte de gente deste lugar. Tem uns meninos e meninas que não tem nada a ver com a droga e acabam aqui por equívoco ou por brigas familiares”, explicou. “Agora, se neguinho folgar, meto a mão na cara de qualquer um”.
“Ele é o nosso pai. É o único que debate. É um conselheiro”, resumiu Jailton Mota Santos, companheiro de Ronaldo desde os primórdios da Cracolândia.
RODAPÉ - Se a primeira-mulher-presidenta da República quisesse mesmo acabar com o crack, e cumprir a promessa feita em palanque antes de pegar o lugar de Luiz Erário da Silva no Palácio do Planalto, bastaria trocar Ideli Salvatti por Ronaldo da Silva. Ninguém melhor do que ele - ainda mais que é da família Silva - para ministro das Relações Institucionais do governo Dilma. O diabo é que sua nomeação pode ser impugnada por nepotismo. Mas aí, o Sarney se junta com Bezerra Coelho e dá um jeito.
A reportagem é de Ricardo Galhardo, do portal iG, São Paulo. O rodapé é aqui do Sanatório da Notícia.
CRACOLÂNDIA OCUPADA
Essa balbúrdia que é hoje a Cracolândia está servindo de trampolim para saltos de políticos e aventuras coloridas de mauricinhos chegados num pito, numa cachimbada rápida, daquelas feitas às carreiras antes de voltarem para o aconchego das casas paternas em regiões mais nobres da paulicéia desvairada.
Dizer que esses pobres farrapos humanos têm direito de ir e vir para justificar a ocupação da Cracolândia é uma triste e canalha meia-verdade. Como as palavras de ordem dos rebeldinhos do fumacê já são coisa manjada, então que se use um desses conceitos pra lá de batidos: "O direito de cada um termina onde começa o direito dos outros".
Quando eles chegaram lá, o território já estava ocupado. Eles hoje se estarram pelas ruas e calçadas onde moram aqueles que pagam impostos e o famigerado IPTU, o achaque governamental que atende pelo chamamento de Imposto Territorial Urbano, fórmula mágica para garantir a segurança, a paz e a tranquilidade das pessoas de bem, dos homens de boa vontade.
Usuário de drogas é contraventor; uma praga que se arrasta que nem cobra pelo chão. O viciado sustenta o traficante. O lugar dos dois é na cadeia. Com direito a tratamento de saúde para quem é doente e não sem-vergonha. Seu lugar é no presídio. Longe da Cracolândia que, muito antes deles tomarem posse, já estava ocupada de fato e por quem de direito.
O ERRADO TÁ CERTO
Nunca na história desse país um presidente causou tanto mal à nação quanto Luiz Erário Lula da Silva.
Agora que desceu a rampa, volta-se contra São Paulo: enfia goela abaixo dos paulistanos o fracassado do Enem, Fernando Haddad. Luiz Erário quer fazer com a prefeitura de São Paulo o que fez com o Palácio do Planalto.
E vai conseguir, graças à oposição, mais lulática que qualquer lulista. Se para Haddad 10 menos 7 é igual a 4, para Luiz Erário governar errado tá certo.
sanatório da notícia
DESRATIZAÇÃO DO CONGRESSO SEM EFEITO COLATERAL
Na quarta-feira uma secretária que trabalhava no plenário do Senado foi mordida por um rato. Imediatamente foram tomadas duas providências: primeira, levaram a servidora atacada pelo roedor para atendimento médico; segunda, mandaram fazer a desratização do Congresso Nacional.
No primeiro caso, uma bobagem: o que causa leptospirose não é a mordida e sim o xixi dos ratos. Assim é, meus preclaros companheiros, que o maior risco de qualquer funcionário daquela casa é usar os mesmos sanitários que os parlamentares usam para tirar água dos seus ilustres joelhos.
No segundo episódio, até que enfim, os nobres congressistas tomaram uma medida plausível: a desratização pode ser feita sem qualquer efeito colateral. Desratização não acaba com os gatos.
sanatório da notícia
No primeiro caso, uma bobagem: o que causa leptospirose não é a mordida e sim o xixi dos ratos. Assim é, meus preclaros companheiros, que o maior risco de qualquer funcionário daquela casa é usar os mesmos sanitários que os parlamentares usam para tirar água dos seus ilustres joelhos.
No segundo episódio, até que enfim, os nobres congressistas tomaram uma medida plausível: a desratização pode ser feita sem qualquer efeito colateral. Desratização não acaba com os gatos.
sanatório da notícia
RETROSPECTIVA NADA CONVENCIONAL DE 2011
Se alguém de fora deste planeta chegasse em janeiro deste ano à Terra certamente trataria de voltar para onde veio. Foi um ano ruim e perigoso no mundo. Em 2010 li que ninguém de sã consciência deveria viajar para muito longe de casa porque coisas horríveis aconteceriam em 2011, obviamente coisas humanas. Depois, em 2011, se viu que poderes horríveis têm as “coisas humanas”. No varejo das almas, que não é o ponto desta retrospectiva, o ano foi assim, assim. Bom para uns, mau para outros. A distribuição do câncer, por exemplo, foi mais justa.
Os grandes eventos verdadeiramente novos se dividiram entre a islamização terrorista da África, com a caçada humana a Kaddafi, e a colocação da Irmandade Islâmica no poder no Egito; a tsunami no Japão que o condenou a uma longa morte radioativa; a nova morte sem cadáver do bin Laden; a destruição do EURO em países europeus; e a preparação sionista para os operativos da guerra contra o Iran.
Destes últimos eventos cabe aqui e agora para os desinformados, os incautos e inocentes alegres em geral, descrever mais minuciosamente o que a mídia sionista tenta abafar. Em primeiro, é claro, é meu dever definir sionismo. Sionismo é uma agenda ideológica que domina o mundo há quase 150 anos, a qual é responsável pela tentativa de destruição do cristianismo e do judaísmo. Sionismo não é uma religião: é uma idéia criminosa de controle e dominação humana sustentada por banqueiros judeus, banqueiros não judeus, autoridades políticas, especialmente americanas, israelenses e inglesas. Tal idéia é dona da informação moderna; da cultura científica moderna, e preside todas as instituições cujo objetivo é estabelecer uma Nova Ordem Mundial a partir da diminuição da população terrestre a 500.000.000 de indivíduos. No século XX essa ideologia criou o bolchevismo, o nazismo, e deu início à dominação a partir da grande década tecnológica de 70 usando o comunismo como instrumento. Alguns interpretam e confundem o instrumento, o comunismo, com os mandantes, os criadores: os sionistas.
Neste ano tal agenda esteve muito ativa, e com pressa. A Primavera Árabe, como ela mesma se chama na mídia, foi um ato militar de apropriação de um imenso território rico em petróleo. A deposição do líder do Egito, aliado desses criminosos há 40 anos, e o assassinato cruel e bárbaro de Mohamar Kaddafi, mostraram ao mundo quem são os bárbaros. A OTAN ganhou bases navais no Mediterrâneo sul. O petróleo foi garantido a Israel com a aliança deste país com a Arábia Saudita. Quem diria!
No meio do ano Bin Laden, um factóide da CIA, foi assassinado de novo. Bin Ladem, pelas mesmas fontes da CIA, morreu ainda em 2001 de causas naturais (insuficiência renal não compensada por diálises). A imagem da cúpula governativa americana vendo um vídeo que ninguém mais viu, de um morto cujo cadáver foi criteriosamente escondido, enganou milhões de trouxas que acreditam na ameaça islâmica que teria destruído as Torres Gêmeas. Bin Laden “morreu de novo”, porque o mito era desnecessário. Se fosse verdade a encenação, não haveria bandeiras da Al Qaida do qual ele era o chefe nos edifícios de Bengazi após a queda de Kaddafi. Como pode a OTAN matar Kaddafi e colocar a Al Qaida no poder?
Em março, 11 de março, o nordeste do Japão foi atingido por uma tsunami que destruiu três reatores nucleares em atividade. O terremoto de “8,8” na escala Richter misteriosamente não abalou as ilhas japonesas em terra, mas o tsunami encaminhou todo o país e boa parte do mundo a um evento de extinção global. A mídia mundial silencia sobre o pior acontecimento catastrófico que a humanidade pôde e continuará testemunhando. A radiação matará milhões de seres humanos e bilhões de seres vivos. É uma catástrofe sem precedentes. Se não fosse a loucura sionista que só visa lucros, seria o maior acontecimento do ano, da década, e do século. No entanto...
No campo econômico foi desenvolvido, e ainda está em curso, um projeto de empobrecimento mundial cujo foco é a Europa. Os mesmos globalistas (menos a Inglaterra) que criaram o euro como moeda européia, agora tratam de destruí-lo, provocando sofrimento, dor, e o controle de países como a Grécia, a Itália e, em breve, a Espanha.
Esse plano maquiavélico é a ante-sala da guerra Israel-Irã tão ansiosamente desejada pelo sionismo. Os movimentos na Síria, na mesma onda “primaveril”, criam incidentes que são manipulados pelos EUA, Inglaterra, França, Israel, Alemanha, Rússia e China. Todos se atacam e se ofendem. Obama, o premio Nobel do cinismo e do pacifismo, articula com Israel provendo este país de tecnologia militar, ao mesmo tempo que cultiva ilusões islâmicas no Oriente Médio. A guerra de pretextos sempre precedeu a guerra de verdade. Todos estes países se encaminham para uma guerra planejada há muitos anos. O sionismo americano de Wall Street e do Congresso está muito próximo de atingir seu objetivo, isto é, lucros fabulosos por emprestar dinheiro a todos os lados do conflito.
No Brasil, 2011 foi um ano perdido. Uma presidente fantoche, comunista, incompetente, da Nova Ordem Mundial, com a roupa toda suja de lama, tenta enganar os brasileiros dos quais ela arrancou um trilhão de reais em impostos. Eu disse um trilhão de reais em impostos! Para isso emburreceu o povo, deixando-o sem reação. Atingimos os piores níveis em saúde, educação e segurança. O Brasil foi arrendado pela FIFA para a fantasia de 2014. Enquanto isso o governo faz acordos com criminosos do narcotráfico, e o STF, se esmera em ficar cada vez menor.
E olha que muita gente acreditava que o fim seria em 2012!
Que venha o 2012!
charles london
Os grandes eventos verdadeiramente novos se dividiram entre a islamização terrorista da África, com a caçada humana a Kaddafi, e a colocação da Irmandade Islâmica no poder no Egito; a tsunami no Japão que o condenou a uma longa morte radioativa; a nova morte sem cadáver do bin Laden; a destruição do EURO em países europeus; e a preparação sionista para os operativos da guerra contra o Iran.
Destes últimos eventos cabe aqui e agora para os desinformados, os incautos e inocentes alegres em geral, descrever mais minuciosamente o que a mídia sionista tenta abafar. Em primeiro, é claro, é meu dever definir sionismo. Sionismo é uma agenda ideológica que domina o mundo há quase 150 anos, a qual é responsável pela tentativa de destruição do cristianismo e do judaísmo. Sionismo não é uma religião: é uma idéia criminosa de controle e dominação humana sustentada por banqueiros judeus, banqueiros não judeus, autoridades políticas, especialmente americanas, israelenses e inglesas. Tal idéia é dona da informação moderna; da cultura científica moderna, e preside todas as instituições cujo objetivo é estabelecer uma Nova Ordem Mundial a partir da diminuição da população terrestre a 500.000.000 de indivíduos. No século XX essa ideologia criou o bolchevismo, o nazismo, e deu início à dominação a partir da grande década tecnológica de 70 usando o comunismo como instrumento. Alguns interpretam e confundem o instrumento, o comunismo, com os mandantes, os criadores: os sionistas.
Neste ano tal agenda esteve muito ativa, e com pressa. A Primavera Árabe, como ela mesma se chama na mídia, foi um ato militar de apropriação de um imenso território rico em petróleo. A deposição do líder do Egito, aliado desses criminosos há 40 anos, e o assassinato cruel e bárbaro de Mohamar Kaddafi, mostraram ao mundo quem são os bárbaros. A OTAN ganhou bases navais no Mediterrâneo sul. O petróleo foi garantido a Israel com a aliança deste país com a Arábia Saudita. Quem diria!
No meio do ano Bin Laden, um factóide da CIA, foi assassinado de novo. Bin Ladem, pelas mesmas fontes da CIA, morreu ainda em 2001 de causas naturais (insuficiência renal não compensada por diálises). A imagem da cúpula governativa americana vendo um vídeo que ninguém mais viu, de um morto cujo cadáver foi criteriosamente escondido, enganou milhões de trouxas que acreditam na ameaça islâmica que teria destruído as Torres Gêmeas. Bin Laden “morreu de novo”, porque o mito era desnecessário. Se fosse verdade a encenação, não haveria bandeiras da Al Qaida do qual ele era o chefe nos edifícios de Bengazi após a queda de Kaddafi. Como pode a OTAN matar Kaddafi e colocar a Al Qaida no poder?
Em março, 11 de março, o nordeste do Japão foi atingido por uma tsunami que destruiu três reatores nucleares em atividade. O terremoto de “8,8” na escala Richter misteriosamente não abalou as ilhas japonesas em terra, mas o tsunami encaminhou todo o país e boa parte do mundo a um evento de extinção global. A mídia mundial silencia sobre o pior acontecimento catastrófico que a humanidade pôde e continuará testemunhando. A radiação matará milhões de seres humanos e bilhões de seres vivos. É uma catástrofe sem precedentes. Se não fosse a loucura sionista que só visa lucros, seria o maior acontecimento do ano, da década, e do século. No entanto...
No campo econômico foi desenvolvido, e ainda está em curso, um projeto de empobrecimento mundial cujo foco é a Europa. Os mesmos globalistas (menos a Inglaterra) que criaram o euro como moeda européia, agora tratam de destruí-lo, provocando sofrimento, dor, e o controle de países como a Grécia, a Itália e, em breve, a Espanha.
Esse plano maquiavélico é a ante-sala da guerra Israel-Irã tão ansiosamente desejada pelo sionismo. Os movimentos na Síria, na mesma onda “primaveril”, criam incidentes que são manipulados pelos EUA, Inglaterra, França, Israel, Alemanha, Rússia e China. Todos se atacam e se ofendem. Obama, o premio Nobel do cinismo e do pacifismo, articula com Israel provendo este país de tecnologia militar, ao mesmo tempo que cultiva ilusões islâmicas no Oriente Médio. A guerra de pretextos sempre precedeu a guerra de verdade. Todos estes países se encaminham para uma guerra planejada há muitos anos. O sionismo americano de Wall Street e do Congresso está muito próximo de atingir seu objetivo, isto é, lucros fabulosos por emprestar dinheiro a todos os lados do conflito.
No Brasil, 2011 foi um ano perdido. Uma presidente fantoche, comunista, incompetente, da Nova Ordem Mundial, com a roupa toda suja de lama, tenta enganar os brasileiros dos quais ela arrancou um trilhão de reais em impostos. Eu disse um trilhão de reais em impostos! Para isso emburreceu o povo, deixando-o sem reação. Atingimos os piores níveis em saúde, educação e segurança. O Brasil foi arrendado pela FIFA para a fantasia de 2014. Enquanto isso o governo faz acordos com criminosos do narcotráfico, e o STF, se esmera em ficar cada vez menor.
E olha que muita gente acreditava que o fim seria em 2012!
Que venha o 2012!
charles london
SOMOS TODOS HOMENS E MULHERES COMUNS... CALADOS!
Alô, homem comum! Hora e fundar o Movimento dos Sem Ministério Público e Sem Defensoria
Um dos promotores que assinam o pedido de abertura de inquérito civil público para apurar o eventos da cracolândia é Maurício Antonio Ribeiro Lopes. É aquele senhor que, tendo recebido uma petição de moradores de uma área de Pinheiros para evitar a mudança de endereço de um albergue, não se contentou apenas em declarar improcedente o pedido. Ele também associou os moradores ao nazismo e ainda os acusou de racismo (aqui), encaminhando a petição para a delegacia que investiga esse crime! Recebo de um dos moradores que enviaram aquele pedido o seguinte texto. Leiam. Volto em seguida.
Reinaldo,
sou um dos moradores de Pinheiros que foram chamados pelo Sr. Promotor de Justiça Dr. Antonio Maurício Ribeiro Lopes de “nazista”. Naquela ocasião, fomos comparados ao que de pior existiu na humanidade por esse Sr. que tem o poder de um promotor nas mãos, mas age como se tivesse o poder de um soberano. Arrogante como só ele sabe ser, quer passar a imagem de pai dos pobres, mais vive em (….); seus filhos devem estudar em bons colégios, ter uma vida privilegiada, digna do salário que ele recebe, pago inclusive, por aqueles cidadãos de bem que ele chamou de nazistas.
Quero que todos em minha cidade tenham boas condições de moradia e vivam com dignidade, mas faço uma pergunta a alguns dos leitores aqui que vivem em São Paulo: “Já passaram na porta de um albergue? Sabem os problemas que estes lugares trazem para suas regiões? E foi exatamente por este motivo que exercemos o nosso direito constitucional de enviar petições ao Estado. De cidadãos pagadores de impostos, passamos a bandidos da pior qualidade. Fomos procurados por todos os veículos de imprensa e, em todos os lugares, tivemos nossas declarações deturpadas com o viés sempre para o lado do PROMOTOR. O único que teve sensibilidade e fez nossa defesa na mídia com brilhantismo foi o REINALDO AZEVEDO, a quem devemos muito, e a VEJA, que fez uma excelente matéria com o perfil deste jurista polêmico que é o promotor.
Sabem qual é o nosso papel na sociedade? Temos que aceitar tudo e ficar de boca fechada! O Ministério Público, definitivamente, não está do lado do cidadão. Ora, se erramos ao enviar a manifestação o nobre Promotor, deveria ter nos chamado para conversar, pelo menos nos escutar e tentar diminuir o impacto que essa mudança de endereço do albergue causaria! Os moradores de rua precisam de um lugar DIGNO SIM, mas nós já estamos aqui, já moramos aqui, temos a nossa rotina. Tudo deve ser muito bem planejado e do jeito que estava acontecendo não ia dar certo!
O albergue ainda não abriu. Há 7 meses, a Prefeitura faz reformas no imóvel. Deveria ter sido inaugurado em outubro/2011, depois em dezembro/2011, agora em Janeiro/2012 e por enquanto nada! Espero que, ao menos, toda esta manifestação tenha servido para alguma coisa: que eles abram um albergue com uma boa qualidade para essas pessoas e que não atrapalhe a rotina dos moradores da Região!
Hoje eu digo que percebi da pior forma possível que a minha função como brasileiro é ficar quieto, ou então o Ministério Público vai me calar de um jeito ou de outro!
Voltei
Pois é, meu caro leitor… Você é apenas o cidadão que paga a conta! O homem comum já pode fundar o MSMPSD: Movimento dos Sem Ministério Público e dos Sem Defensoria!
15/01/2012
Reinaldo Azevedo
Um dos promotores que assinam o pedido de abertura de inquérito civil público para apurar o eventos da cracolândia é Maurício Antonio Ribeiro Lopes. É aquele senhor que, tendo recebido uma petição de moradores de uma área de Pinheiros para evitar a mudança de endereço de um albergue, não se contentou apenas em declarar improcedente o pedido. Ele também associou os moradores ao nazismo e ainda os acusou de racismo (aqui), encaminhando a petição para a delegacia que investiga esse crime! Recebo de um dos moradores que enviaram aquele pedido o seguinte texto. Leiam. Volto em seguida.
Reinaldo,
sou um dos moradores de Pinheiros que foram chamados pelo Sr. Promotor de Justiça Dr. Antonio Maurício Ribeiro Lopes de “nazista”. Naquela ocasião, fomos comparados ao que de pior existiu na humanidade por esse Sr. que tem o poder de um promotor nas mãos, mas age como se tivesse o poder de um soberano. Arrogante como só ele sabe ser, quer passar a imagem de pai dos pobres, mais vive em (….); seus filhos devem estudar em bons colégios, ter uma vida privilegiada, digna do salário que ele recebe, pago inclusive, por aqueles cidadãos de bem que ele chamou de nazistas.
Quero que todos em minha cidade tenham boas condições de moradia e vivam com dignidade, mas faço uma pergunta a alguns dos leitores aqui que vivem em São Paulo: “Já passaram na porta de um albergue? Sabem os problemas que estes lugares trazem para suas regiões? E foi exatamente por este motivo que exercemos o nosso direito constitucional de enviar petições ao Estado. De cidadãos pagadores de impostos, passamos a bandidos da pior qualidade. Fomos procurados por todos os veículos de imprensa e, em todos os lugares, tivemos nossas declarações deturpadas com o viés sempre para o lado do PROMOTOR. O único que teve sensibilidade e fez nossa defesa na mídia com brilhantismo foi o REINALDO AZEVEDO, a quem devemos muito, e a VEJA, que fez uma excelente matéria com o perfil deste jurista polêmico que é o promotor.
Sabem qual é o nosso papel na sociedade? Temos que aceitar tudo e ficar de boca fechada! O Ministério Público, definitivamente, não está do lado do cidadão. Ora, se erramos ao enviar a manifestação o nobre Promotor, deveria ter nos chamado para conversar, pelo menos nos escutar e tentar diminuir o impacto que essa mudança de endereço do albergue causaria! Os moradores de rua precisam de um lugar DIGNO SIM, mas nós já estamos aqui, já moramos aqui, temos a nossa rotina. Tudo deve ser muito bem planejado e do jeito que estava acontecendo não ia dar certo!
O albergue ainda não abriu. Há 7 meses, a Prefeitura faz reformas no imóvel. Deveria ter sido inaugurado em outubro/2011, depois em dezembro/2011, agora em Janeiro/2012 e por enquanto nada! Espero que, ao menos, toda esta manifestação tenha servido para alguma coisa: que eles abram um albergue com uma boa qualidade para essas pessoas e que não atrapalhe a rotina dos moradores da Região!
Hoje eu digo que percebi da pior forma possível que a minha função como brasileiro é ficar quieto, ou então o Ministério Público vai me calar de um jeito ou de outro!
Voltei
Pois é, meu caro leitor… Você é apenas o cidadão que paga a conta! O homem comum já pode fundar o MSMPSD: Movimento dos Sem Ministério Público e dos Sem Defensoria!
15/01/2012
Reinaldo Azevedo
HISTÓRIAS DO SEBASTIÃO NERY
A imprensa perde
Janeiro de 1947. João Goulart e Leonel Brizola acabavam de eleger-se deputados estaduais à Constituinte do Rio Grande do Sul. Jango, 30 anos, advogado, fazendeiro de São Borja. Brizola, 25 anos, líder universitário na Escola de Engenharia. Nunca se haviam visto.
Na Argentina, Peron tinha sido eleito presidente da República em fevereiro de 46. Um dia, tocou o telefone da Assembléia, chamando Brizola. Era Rubem Berta, presidente da Varig, então uma pequena empresa aérea, criada pelo alemão Meyer, que praticamente vivia de vôos para Montevidéu, em uns pequenos Electras, e queria fazer Buenos Aires, mas não tinha linha.
A pedido de Berta, Jango e Brizola foram a São Borja conversar com Getulio, senador, que passava a maior parte do tempo em Itu, e mandou um bilhete para Peron. Em Buenos Aires, os dois telefonaram para Peron, que logo os atendeu e convidou para o café da manhã do dia seguinte.
***
JANGO E BRIZOLA
Falaram muito de política. A conversa sobre a Varig foi rápida:
- Deputados, esse senhor Berta é de confiança?
- De toda a confiança, presidente. É um homem capaz, sério, que está construindo uma empresa aérea lá no Rio Grande.
- Então não há problema. Amanhã podem mandar buscar a autorização da linha da Varig para Buenos Aires.
Os dois voltaram para Porto Alegre com a linha na mão. A Varig nascia de fato ali. Veio a campanha presidencial de 50, Berta pôs um avião à disposição de Getulio e outro do brigadeiro Eduardo Gomes. Eleito Vargas, a Varig disputou a com a Aerovias Brasil a linha para Nova York e ganhou.
***
ARGENTINA
Entre Brasil e Argentina, tudo nos une. Só a imprensa nos separa. A imprensa brasileira tem uma velha mania de disputar eleições na terra dos outros. Entra nas campanhas apaixonadamente, faz comícios em vez de fazer jornalismo e quase sempre perde. Perdeu já várias vezes na Venezuela com Chávez, perdeu na Bolivia com Evo Morales, perdeu no Equador com Rafael Correa. Em 2008, ia perdendo com Cristina Kirchner. Recuou na última hora.
***
O GLOBO
É só dar uma olhada nas revistas e jornalões daquela época. Era um bombardeio sistemático em cima do presidente Kirchner e sua ainda não confirmada candidata, tudo por conta da coragem dele de enfrentar os banqueiros e o FMI, bilhões de uma “dívida” que de fato não representava mais de 30% e foi isso, só isso, que ele pagou. Os banqueiros estrebucharamn mas aceitaram.
Os jornalões do mundo inteiro queriam comer Kirchner parrilhado. Até o “Clarin” argentino se surpreendia com a fúria de O Globo: “No Brasil, o jornal O Globo criticou com dureza a primeira-dama. Perguntou se ela está mais próxima a Evita Peron ou a Jennifer Lopez“.
E o sereno e operístico Luiz Paulo Horta, no Globo, perdia o tom: “O gigantesco calote (sic) aplicado nos credores externos liberou recursos antes inexistentes. Pobreza quase não se vê. Hoje o PIB cresce 8%, com investimentos ao redor de 22% do PIB“.
***
FOLHA
Na Folha, o Fernando Canzian repetia o ditado norte-americano: “O presidente Nestor Kirchner tem grandes chances de eleger sua mulher, tudo a baixo custo, financiado com a imposição de um calote branco (sic) aos detentores de papéis da dívida pública, cuja quase metade foi corrigida de janeiro a setembro em 5,8%. A diferença foi tungada (sic) dos credores. Os maiores perdedores são os argentinos mais ricos e estrangeiros, detentores de papéas corrigidos em 5,8%, corroídos por uma inflação acima de 15%”.
Mas confessava: “Alguns dos resultados econômicos do governo Kirchner são incontestavelmente bons. Os índices de desemprego e pobreza caíram e os salários melhoraram (18% ao ano)”.
***
VEJA
Até a Veja era obrigada a reconhecer (Duda Teixeira):
“A Argentina está se recuperando de uma maneira surpreendente. Desde a crise provocada pela paridade forçada entre o dólar e o peso (por Menem), a economia cresce a taxas de 9% ao ano. O desemprego baixou de 22,5% para 7,7% no mês passado. Hoje, 27% dos argentinos vivem em situação de pobreza. É uma boa notícia. Há cinco anos mais da metade da população estava nessa condição”.
***
CRISTINA
Diante disso era inevitável o que aconteceu. A Cristina fez sozinha 45% e não houve segundo turno. No Senado, sua bancada foi de 66% (45 em 72 senadores). Na Câmara, de 62% (140 deputados entre os 257). Ganhou em 21 das 24 províncias. Elegeu (apoiou e ajudou a eleger) todos os governadores das 8 províncias em que houve eleição para governador.
Em outubro de 2010, a imprensa brasileira repetiu a dose. Mas a presidente Cristina Kirchner conquistou mais de 53% dos votos, no melhor desempenho de um candidato desde a redemocratização argentina e a votação mais expressiva no país desde que o general Perón foi eleito pela terceira vez, com 62% dos votos, em 1973. A imprensa perdeu novamente.
Sebastião Nery
15 de janeiro de 2012
Janeiro de 1947. João Goulart e Leonel Brizola acabavam de eleger-se deputados estaduais à Constituinte do Rio Grande do Sul. Jango, 30 anos, advogado, fazendeiro de São Borja. Brizola, 25 anos, líder universitário na Escola de Engenharia. Nunca se haviam visto.
Na Argentina, Peron tinha sido eleito presidente da República em fevereiro de 46. Um dia, tocou o telefone da Assembléia, chamando Brizola. Era Rubem Berta, presidente da Varig, então uma pequena empresa aérea, criada pelo alemão Meyer, que praticamente vivia de vôos para Montevidéu, em uns pequenos Electras, e queria fazer Buenos Aires, mas não tinha linha.
A pedido de Berta, Jango e Brizola foram a São Borja conversar com Getulio, senador, que passava a maior parte do tempo em Itu, e mandou um bilhete para Peron. Em Buenos Aires, os dois telefonaram para Peron, que logo os atendeu e convidou para o café da manhã do dia seguinte.
***
JANGO E BRIZOLA
Falaram muito de política. A conversa sobre a Varig foi rápida:
- Deputados, esse senhor Berta é de confiança?
- De toda a confiança, presidente. É um homem capaz, sério, que está construindo uma empresa aérea lá no Rio Grande.
- Então não há problema. Amanhã podem mandar buscar a autorização da linha da Varig para Buenos Aires.
Os dois voltaram para Porto Alegre com a linha na mão. A Varig nascia de fato ali. Veio a campanha presidencial de 50, Berta pôs um avião à disposição de Getulio e outro do brigadeiro Eduardo Gomes. Eleito Vargas, a Varig disputou a com a Aerovias Brasil a linha para Nova York e ganhou.
***
ARGENTINA
Entre Brasil e Argentina, tudo nos une. Só a imprensa nos separa. A imprensa brasileira tem uma velha mania de disputar eleições na terra dos outros. Entra nas campanhas apaixonadamente, faz comícios em vez de fazer jornalismo e quase sempre perde. Perdeu já várias vezes na Venezuela com Chávez, perdeu na Bolivia com Evo Morales, perdeu no Equador com Rafael Correa. Em 2008, ia perdendo com Cristina Kirchner. Recuou na última hora.
***
O GLOBO
É só dar uma olhada nas revistas e jornalões daquela época. Era um bombardeio sistemático em cima do presidente Kirchner e sua ainda não confirmada candidata, tudo por conta da coragem dele de enfrentar os banqueiros e o FMI, bilhões de uma “dívida” que de fato não representava mais de 30% e foi isso, só isso, que ele pagou. Os banqueiros estrebucharamn mas aceitaram.
Os jornalões do mundo inteiro queriam comer Kirchner parrilhado. Até o “Clarin” argentino se surpreendia com a fúria de O Globo: “No Brasil, o jornal O Globo criticou com dureza a primeira-dama. Perguntou se ela está mais próxima a Evita Peron ou a Jennifer Lopez“.
E o sereno e operístico Luiz Paulo Horta, no Globo, perdia o tom: “O gigantesco calote (sic) aplicado nos credores externos liberou recursos antes inexistentes. Pobreza quase não se vê. Hoje o PIB cresce 8%, com investimentos ao redor de 22% do PIB“.
***
FOLHA
Na Folha, o Fernando Canzian repetia o ditado norte-americano: “O presidente Nestor Kirchner tem grandes chances de eleger sua mulher, tudo a baixo custo, financiado com a imposição de um calote branco (sic) aos detentores de papéis da dívida pública, cuja quase metade foi corrigida de janeiro a setembro em 5,8%. A diferença foi tungada (sic) dos credores. Os maiores perdedores são os argentinos mais ricos e estrangeiros, detentores de papéas corrigidos em 5,8%, corroídos por uma inflação acima de 15%”.
Mas confessava: “Alguns dos resultados econômicos do governo Kirchner são incontestavelmente bons. Os índices de desemprego e pobreza caíram e os salários melhoraram (18% ao ano)”.
***
VEJA
Até a Veja era obrigada a reconhecer (Duda Teixeira):
“A Argentina está se recuperando de uma maneira surpreendente. Desde a crise provocada pela paridade forçada entre o dólar e o peso (por Menem), a economia cresce a taxas de 9% ao ano. O desemprego baixou de 22,5% para 7,7% no mês passado. Hoje, 27% dos argentinos vivem em situação de pobreza. É uma boa notícia. Há cinco anos mais da metade da população estava nessa condição”.
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CRISTINA
Diante disso era inevitável o que aconteceu. A Cristina fez sozinha 45% e não houve segundo turno. No Senado, sua bancada foi de 66% (45 em 72 senadores). Na Câmara, de 62% (140 deputados entre os 257). Ganhou em 21 das 24 províncias. Elegeu (apoiou e ajudou a eleger) todos os governadores das 8 províncias em que houve eleição para governador.
Em outubro de 2010, a imprensa brasileira repetiu a dose. Mas a presidente Cristina Kirchner conquistou mais de 53% dos votos, no melhor desempenho de um candidato desde a redemocratização argentina e a votação mais expressiva no país desde que o general Perón foi eleito pela terceira vez, com 62% dos votos, em 1973. A imprensa perdeu novamente.
Sebastião Nery
15 de janeiro de 2012
O MEIO NEM SEMPRE É A MENSAGEM: OPOSIÇÃO PRECISA DE CONTEÚDO
No artigo que publicou, com alto nível de sempre, na edição de segunda-feira 9 da Folha de São Paulo, o historiador Marco Antonio Villa condenou fortemente o rolo compressor dos governos Lula e Dilma Rousseff, que reduziu a 17,5%, assinala, a presença das bancadas de oposição no Congresso. Voltou-se também, corretamente sobre a cooptação do movimento social do país com o anestesiamento dos sindicatos e associações de classes. Não sei por que não incluiu a UNE, de tantas lutas no passado, e que, de alguns anos para cá, por coincidência, encontra-se no papel da bela adormecida.
Os herois estarão cansados, como no filme de Jules Dassin? É possível. Mas esta é outra questão.O fato essencial é que Marco Antonio Villa cobra mais uma vez combate à aliança PT-PMDB-PSB, por parte das legendas oposicionistas. E acentua que a coligação que sustenta e exalta o Planalto vai da direita conservadora ao MST aparentemente revolucionário, passando pela corrente reformista, portanto. É verdade.
Mas e a oposição? Não será ela conservadora? Claro que sim. Excetuando o PPS de Roberto Freire, no plano nacional, PSDB e DEM desejam que a renda no país seja redistribuída, pelo menos dentro dos princípios sociais moderados? Nada disso.Então o que ocorre, dentro de um quadro inevitavelmente binário? Preferência das classes de menor renda, amplamente majoritárias na sociedade, pelo PT, ou se Marco Villa quiser considerar, pelo lulismo.
As pesquisas do IBOPE e Datafolha não deixam dúvida quanto a popularidade tanto do ex-presidente quanto da atual chefe do executivo. Compare-se essa aprovação com o sentimento de rejeição provocado por FHC no final de seu segundo mandato. Como tudo na existência humana, os fenômenos têm que obter uma explicação lógica. Sem lógica, não se faz nada.
A inflação registrada pelo IBGE nos oito anos de FHC foi de 102%. Nos oito anos de Lula ficou em 56%. Este confronto não esgota o assunto. Compare-se o que aconteceu com as cadernetas de poupança. Com o FGTS. Na administração Fernando Henrique, a correção deixou de incluir a remuneração real de 0,5% ao mês, ou 6% ao ano. Quanto ao FGTS foram suprimidos os juros reais de 3% para doze meses.
Os bancos são os grandes vencedores do processo. Os assalariados devem votar em quem? Desejar o contrário é repetir o papel da UDN no passado. Antes da CLT de Vargas não havia férias remuneradas, folgas semanais, aviso prévio, indenização trabalhista, limite da jornada de trabalho. Os trabalhadores deveriam votar em quem? O erro que Villa pode apontar em Lula e Dilma Rousseff é o de não terem corrigido a expropriação do trabalho humano. Sim. Porque reajustar salários e aplicações abaixo da inflação é diminuí-los concretamente. Enquanto isso as favelas crescem.
Mas os oposicionistas querem enfrentar esses temas que estão mais para a ideia de reforma? Não. Querem cobrar a reforma agrária efetiva, outra grave lacuna do ciclo do PT no poder? Não defendem sequer o Estatuto da Terra, lei de 1964, magnífica, de autoria de Roberto Campos. Governo algum a colocou efetivamente em prática até hoje.
O historiador opõe-se, com total razão, às investidas (não de Dilma Rousseff) mas de setores do PT contra a liberdade de imprensa. Porém ela existe. Por que a oposição não parte para a luta? Porque simplesmente, ao contrário do que Marshall McLuhan sustentou na década de 50, nem sempre o meio é a mensagem. O impacto da mensagem encontra-se muito mais no conteúdo do que na forma. Mais no conteúdo do que no continente, para citar Helio Jaguaribe. Muito mais no substantivo que no adjetivo.
15 de janeiro de 2012
Pedro do Coutto
Os herois estarão cansados, como no filme de Jules Dassin? É possível. Mas esta é outra questão.O fato essencial é que Marco Antonio Villa cobra mais uma vez combate à aliança PT-PMDB-PSB, por parte das legendas oposicionistas. E acentua que a coligação que sustenta e exalta o Planalto vai da direita conservadora ao MST aparentemente revolucionário, passando pela corrente reformista, portanto. É verdade.
Mas e a oposição? Não será ela conservadora? Claro que sim. Excetuando o PPS de Roberto Freire, no plano nacional, PSDB e DEM desejam que a renda no país seja redistribuída, pelo menos dentro dos princípios sociais moderados? Nada disso.Então o que ocorre, dentro de um quadro inevitavelmente binário? Preferência das classes de menor renda, amplamente majoritárias na sociedade, pelo PT, ou se Marco Villa quiser considerar, pelo lulismo.
As pesquisas do IBOPE e Datafolha não deixam dúvida quanto a popularidade tanto do ex-presidente quanto da atual chefe do executivo. Compare-se essa aprovação com o sentimento de rejeição provocado por FHC no final de seu segundo mandato. Como tudo na existência humana, os fenômenos têm que obter uma explicação lógica. Sem lógica, não se faz nada.
A inflação registrada pelo IBGE nos oito anos de FHC foi de 102%. Nos oito anos de Lula ficou em 56%. Este confronto não esgota o assunto. Compare-se o que aconteceu com as cadernetas de poupança. Com o FGTS. Na administração Fernando Henrique, a correção deixou de incluir a remuneração real de 0,5% ao mês, ou 6% ao ano. Quanto ao FGTS foram suprimidos os juros reais de 3% para doze meses.
Os bancos são os grandes vencedores do processo. Os assalariados devem votar em quem? Desejar o contrário é repetir o papel da UDN no passado. Antes da CLT de Vargas não havia férias remuneradas, folgas semanais, aviso prévio, indenização trabalhista, limite da jornada de trabalho. Os trabalhadores deveriam votar em quem? O erro que Villa pode apontar em Lula e Dilma Rousseff é o de não terem corrigido a expropriação do trabalho humano. Sim. Porque reajustar salários e aplicações abaixo da inflação é diminuí-los concretamente. Enquanto isso as favelas crescem.
Mas os oposicionistas querem enfrentar esses temas que estão mais para a ideia de reforma? Não. Querem cobrar a reforma agrária efetiva, outra grave lacuna do ciclo do PT no poder? Não defendem sequer o Estatuto da Terra, lei de 1964, magnífica, de autoria de Roberto Campos. Governo algum a colocou efetivamente em prática até hoje.
O historiador opõe-se, com total razão, às investidas (não de Dilma Rousseff) mas de setores do PT contra a liberdade de imprensa. Porém ela existe. Por que a oposição não parte para a luta? Porque simplesmente, ao contrário do que Marshall McLuhan sustentou na década de 50, nem sempre o meio é a mensagem. O impacto da mensagem encontra-se muito mais no conteúdo do que na forma. Mais no conteúdo do que no continente, para citar Helio Jaguaribe. Muito mais no substantivo que no adjetivo.
15 de janeiro de 2012
Pedro do Coutto
PANTOMIMA OU TRAGÉDIA? (PARTE 2)
Para o governador Carlos Lacerda, todos os desencontros daquela noite se resolveriam com a finalmente programada conversa ampla com o presidente Jânio Quadros. Assim pensava quando o carro oficial posto à sua disposição aproximou-se da portaria do palácio da Alvorada. Lá, a surpresa: os vastos portões de ferro não se abriram, e quem se aproximou foi o mordomo do presidente, com a mala na mão. A sua mala. Ela tinha sido desfeita nos aposentos que horas antes ele ocupara no andar de cima do palácio, mas, pelo jeito, pijama, escova de dentes e aparelho de barbear tinham sido recolhidos. A informação foi curta: o presidente mandou reservar para o senhor uma suite no Hotel Nacional. O carro o levará. Boa noite.
Lacerda sentiu-se como se o mundo desabasse. Jamais havia passado por humilhação igual. Convidado para hospedar-se, jantar e conversar com Jânio sobre problemas na Guanabara e no país, via-se escorraçado e mandado embora. Na portaria do Hotel Nacional, rejeitou a suite que a presidência da República lhe havia reservado e bateu na porta do apartamento do piloto que o havia transportado até Brasília. Lá, ao telefone, desancou o ministro Pedroso Horta, participando estar rompido com o governo federal e disposto a ir à televisão denunciar haver sido convidado para um golpe de estado.
Os bastidores do episódio seriam cômicos se não fossem trágicos. Estava tudo acertado para Jânio e Lacerda passarem horas conversando na residência oficial, acertando os ponteiros, mas… Mas D. Eloá havia viajado para São Paulo a fim de atender a filha Tutu, grávida da primeira filha. Sentindo-se livre, o fauno que ocupava a chefia do governo entabolou negociações com uma velha amiga, da alta sociedade paulista, para vir consolá-lo em sua solidão. A gentil senhora acedeu, deve ter iludido o marido e chegou ao palácio da Alvorada pouco antes do governador carioca. E agora, fazer o quê?
Contando com a conivência do ministro da Justiça, Jânio armou a trapalhada para afastar Lacerda daquela noite de prazeres. Pedroso Horta sentiu que a patuscada ameaçava transformar-se em grave crise. Acompanhado de dois litros de uísque, já depois da meia-noite, seguiu para o Hotel Nacional. Na porta do apartamento do piloto, Lacerda negou-se a recebê-lo mas acabou cedendo, pelo barulho que o ministro fazia no corredor. Conversaram aos berros por mais de três horas e duas garrafas de Johnny Walker, Red Label.
O presidente embarcaria para o Espírito Santo naquela manhã, havia convidado Lacerda para acompanhá-lo, mas o governador voltou direto para o Rio. Lá, no palácio Guanabara, convocou secretários mais próximos e deputados da UDN, como Adaucto Lúcio Cardoso, expondo-lhes a proposta golpista do ministro da Justiça. Ainda viajou para São Paulo, naquela tarde, onde faria palestra numa universidade. Esteve com o governador Carvalho Pinto, que informado, silenciou.
De volta à antiga capital, um dia depois, Lacerda hesitava sobre o que fazer, mas num daqueles repentes tão a seu modo, decide cumprir a promessa. Vai para a televisão, onde critica o esquerdismo do governo Jânio Quadros, até por haver dois dias antes condecorado Che Guevara, que voltava de Punta Del Este para Havana, descendo em Brasília para abastecimento da aeronave.
O governador conclui o longo pronunciamento com a denúncia do golpe, apresentando detalhes de suas duas conversas com o ministro da Justiça. Naqueles idos as microondas engatinhavam, sem saber que seriam substituídas pelos satélites, mas mesmo sem imagem, o audio do que se falava no Rio era ouvido em Brasília. Na madrugada de sexta-feira, deputados e senadores acordavam, uns aos outros, para tomarem conhecimento da grave crise. Muitos, ainda noite escura, dirigiram-se às dependências do Congresso.
O sol mal tinha nascido quando todos os partidos concordaram em transformar o plenário da Câmara numa grande Comissão Parlamentar de Inquérito. E já tinham convocado Pedroso Horta para, naquela tarde, depor sobre as acusações de Lacerda. Jânio foi informado ainda cedo, parece que pelo próprio ministro da Justiça. Na véspera, antes do episódio da mala do governador, o presidente tinha telefonado ao ministro de Relações Exteriores, no Rio, para saber onde se encontrava o vice-presidente João Goulart. Afonso Arinos disse que ia se informar e logo telefonaria de volta.
O presidente foi grosseiro, participando que esperaria no aparelho. Logo veio a informação: Jango estava encerrando seu último dia como convidado do governo chinês, em Cantão, e logo viajaria para Cingapura, onde chegaria em poucas horas.
Depois do café da manhã daquele 25 de agosto, Jânio Quadros vai à Esplanada dos Ministérios, onde o aguardam os três ministros militares para a solenidade do Dia do Soldado. Sua última fotografia como presidente da República foi tirada no momento em que passava em revista a tropa, curvando-se diante da bandeira do Brasil. Ao entrar no carro para o pequeno trajeto até o palácio do Planalto, pede aos ministros Odílio Denis, do Exército, Silvio Heck, da Marinha, e Grun Moss, da Aeronáutica, que sigam até a sede do governo, onde teria grave comunicação a fazer.
No gabinete presidencial, aturdidos, o general, o almirante e o brigadeiro ouvem de Jânio que havia decidido renunciar. Silvio Heck chega às lágrimas, Denis mantém a calma e indaga se a causa da renúncia era o Congresso, dados os atritos constantes. Se o presidente quisesse, os militares fechariam o Legislativo naquele momento mesmo. Era precisamente o que Jânio não queria, ou seja, ficar devedor e refém dos três ministros.
Recusou, disse haver várias maneiras de servir ao país, voltaria para sua banca de advogado em São Paulo e pediu-lhes, ao final, que mantivessem a ordem em todo o território nacional. Já no andar de baixo do palácio o brigadeiro Grun Moss verifica haver esquecido o quépi na antesala presidencial. Sobe e surpreende-se ao ver sentados e rindo abertamente os ministros Quintanilha Ribeiro e Pedroso Horta, além do secretário-particular, José Aparecido de Oliveira. (continua amanhã)
15 de janeiro de 2012
Carlos Chagas
Lacerda sentiu-se como se o mundo desabasse. Jamais havia passado por humilhação igual. Convidado para hospedar-se, jantar e conversar com Jânio sobre problemas na Guanabara e no país, via-se escorraçado e mandado embora. Na portaria do Hotel Nacional, rejeitou a suite que a presidência da República lhe havia reservado e bateu na porta do apartamento do piloto que o havia transportado até Brasília. Lá, ao telefone, desancou o ministro Pedroso Horta, participando estar rompido com o governo federal e disposto a ir à televisão denunciar haver sido convidado para um golpe de estado.
Os bastidores do episódio seriam cômicos se não fossem trágicos. Estava tudo acertado para Jânio e Lacerda passarem horas conversando na residência oficial, acertando os ponteiros, mas… Mas D. Eloá havia viajado para São Paulo a fim de atender a filha Tutu, grávida da primeira filha. Sentindo-se livre, o fauno que ocupava a chefia do governo entabolou negociações com uma velha amiga, da alta sociedade paulista, para vir consolá-lo em sua solidão. A gentil senhora acedeu, deve ter iludido o marido e chegou ao palácio da Alvorada pouco antes do governador carioca. E agora, fazer o quê?
Contando com a conivência do ministro da Justiça, Jânio armou a trapalhada para afastar Lacerda daquela noite de prazeres. Pedroso Horta sentiu que a patuscada ameaçava transformar-se em grave crise. Acompanhado de dois litros de uísque, já depois da meia-noite, seguiu para o Hotel Nacional. Na porta do apartamento do piloto, Lacerda negou-se a recebê-lo mas acabou cedendo, pelo barulho que o ministro fazia no corredor. Conversaram aos berros por mais de três horas e duas garrafas de Johnny Walker, Red Label.
O presidente embarcaria para o Espírito Santo naquela manhã, havia convidado Lacerda para acompanhá-lo, mas o governador voltou direto para o Rio. Lá, no palácio Guanabara, convocou secretários mais próximos e deputados da UDN, como Adaucto Lúcio Cardoso, expondo-lhes a proposta golpista do ministro da Justiça. Ainda viajou para São Paulo, naquela tarde, onde faria palestra numa universidade. Esteve com o governador Carvalho Pinto, que informado, silenciou.
De volta à antiga capital, um dia depois, Lacerda hesitava sobre o que fazer, mas num daqueles repentes tão a seu modo, decide cumprir a promessa. Vai para a televisão, onde critica o esquerdismo do governo Jânio Quadros, até por haver dois dias antes condecorado Che Guevara, que voltava de Punta Del Este para Havana, descendo em Brasília para abastecimento da aeronave.
O governador conclui o longo pronunciamento com a denúncia do golpe, apresentando detalhes de suas duas conversas com o ministro da Justiça. Naqueles idos as microondas engatinhavam, sem saber que seriam substituídas pelos satélites, mas mesmo sem imagem, o audio do que se falava no Rio era ouvido em Brasília. Na madrugada de sexta-feira, deputados e senadores acordavam, uns aos outros, para tomarem conhecimento da grave crise. Muitos, ainda noite escura, dirigiram-se às dependências do Congresso.
O sol mal tinha nascido quando todos os partidos concordaram em transformar o plenário da Câmara numa grande Comissão Parlamentar de Inquérito. E já tinham convocado Pedroso Horta para, naquela tarde, depor sobre as acusações de Lacerda. Jânio foi informado ainda cedo, parece que pelo próprio ministro da Justiça. Na véspera, antes do episódio da mala do governador, o presidente tinha telefonado ao ministro de Relações Exteriores, no Rio, para saber onde se encontrava o vice-presidente João Goulart. Afonso Arinos disse que ia se informar e logo telefonaria de volta.
O presidente foi grosseiro, participando que esperaria no aparelho. Logo veio a informação: Jango estava encerrando seu último dia como convidado do governo chinês, em Cantão, e logo viajaria para Cingapura, onde chegaria em poucas horas.
Depois do café da manhã daquele 25 de agosto, Jânio Quadros vai à Esplanada dos Ministérios, onde o aguardam os três ministros militares para a solenidade do Dia do Soldado. Sua última fotografia como presidente da República foi tirada no momento em que passava em revista a tropa, curvando-se diante da bandeira do Brasil. Ao entrar no carro para o pequeno trajeto até o palácio do Planalto, pede aos ministros Odílio Denis, do Exército, Silvio Heck, da Marinha, e Grun Moss, da Aeronáutica, que sigam até a sede do governo, onde teria grave comunicação a fazer.
No gabinete presidencial, aturdidos, o general, o almirante e o brigadeiro ouvem de Jânio que havia decidido renunciar. Silvio Heck chega às lágrimas, Denis mantém a calma e indaga se a causa da renúncia era o Congresso, dados os atritos constantes. Se o presidente quisesse, os militares fechariam o Legislativo naquele momento mesmo. Era precisamente o que Jânio não queria, ou seja, ficar devedor e refém dos três ministros.
Recusou, disse haver várias maneiras de servir ao país, voltaria para sua banca de advogado em São Paulo e pediu-lhes, ao final, que mantivessem a ordem em todo o território nacional. Já no andar de baixo do palácio o brigadeiro Grun Moss verifica haver esquecido o quépi na antesala presidencial. Sobe e surpreende-se ao ver sentados e rindo abertamente os ministros Quintanilha Ribeiro e Pedroso Horta, além do secretário-particular, José Aparecido de Oliveira. (continua amanhã)
15 de janeiro de 2012
Carlos Chagas
SETE JUÍZES DO CEARÁ ABREM SIGILO EM APOIO A ELIANA CALMON, CORREGEDORA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Aos poucos, a corrente vai se espalhando. Agora, mais sete juízes divulgaram mensagem enviada à ministra Eliana Calmon, colocando à disposição seus dados fiscais. A autorização para que os sigilos sejam acessados foi definida como “sinal de apoio e solidariedade à corajosa atuação” da corregedora nacional de Justiça.
A correspondência é assinada pelos juízes cearenses Marlúcia de Araújo Bezerra, Michel Pinheiro, Ana Cleyde Viana Souza, Antônio Alves de Araújo, Elizabete Silva Pinheiro, Maria das Graças Almeida de Quental e Irandes Bastos Sales.
A iniciativa deles reproduz decisão de cinco magistrados do Rio de Janeiro que, no início do mês, abriram mão do sigilo bancário, fiscal e telefônico em apoio às investigações do CNJ. Foram eles os juízes João Batista Damasceno, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos e os desembargadores Siro Darlan, Rogério Oliveira e Márcia Perrini.
Como se sabe, a ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, vem recebendo críticas sob a alegação de que a corregedoria teria quebrado o sigilo de 217 mil magistrados e familiares, o que a ministra nega.
Os juízes cearenses afirmam que magistrados “não podem se valer de nenhuma forma de sigilo, ainda que garantido pela Constituição Federal aos cidadãos comuns, a fim de esconderem quaisquer dados que possam tornar obscura ou duvidosa a lisura de seu comportamento”.
***
LEIA A MENSAGEM DOS JUÍZES
Excelentíssima Senhora Ministra Corregedora Nacional de Justiça.
A propalada crise de credibilidade que atinge o Judiciário, não há dúvida, constitui séria ameaça à própria estabilidade do regime, não fora aquele poder a viga mestra da democracia. A sobrevivência das instituições passa pelo respeito ao império da lei e às decisões de seus juízes e tribunais.
Entendemos que agentes políticos, mormente magistrados, guardiões do Estado Democrático de Direito, não podem se valer de nenhuma forma de sigilo, ainda que garantido pela Constituição Federal aos cidadãos comuns, a fim de esconderem quaisquer dados que possam tornar obscura ou duvidosa a lisura de seu comportamento e retidão de caráter.
O trato com a coisa pública exige do agente muito mais responsabilidade do que na esfera privada, cabendo-lhe, para muito mais além de ser, mostrar-se honesto e demonstrar incondicionalmente tal condição a todo momento.
Opor sigilo para obstaculizar procedimento investigatório acerca de possível irregularidade na administração pública, ainda mais nas casas de justiça, por si só, é ato extremamente deletério, que derrama sobre toda a magistratura brasileira uma indelével nódoa de dúvida sobre a ética. Ponha-se tudo a limpo, investigando a fundo, extirpando o tecido contaminado para que não paire a mais ínfima suspeita sobre qualquer dos membros do Judiciário.
Devemos estar muito vigilantes, pois a Democracia Brasileira é forte mas não indestrutível. Uma de suas vigas-mestras, a magistratura, está abalada, corroída por dúvidas que pairam nos espíritos dos cidadãos sobre a honestidade de alguns dos seus juízes. Ou tomamos uma providência enérgica contra a ferida da corrupção, que cresce pela simples dúvida, ou chegará em breve o dia em que teremos vergonha de anunciarmos em público que somos juízes, instalando-se o caos e abrindo espaço para os regimes autoritários.
Assim sendo, nós, juízes no Estado do Ceará, abaixo identificados e assinados, em observância aos princípios da Moralidade e da Publicidade, em sinal de apoio e solidariedade à corajosa atuação de Vossa Excelência, com o inabalável propósito de apoiarmos as ações dessa douta Corregedoria Nacional de Justiça para a transparência e ética do Poder Judiciário, colocamos à disposição nossos dados fiscais, autorizando o acesso a eles.
Carlos Newton
15 de janeiro de 2012
A correspondência é assinada pelos juízes cearenses Marlúcia de Araújo Bezerra, Michel Pinheiro, Ana Cleyde Viana Souza, Antônio Alves de Araújo, Elizabete Silva Pinheiro, Maria das Graças Almeida de Quental e Irandes Bastos Sales.
A iniciativa deles reproduz decisão de cinco magistrados do Rio de Janeiro que, no início do mês, abriram mão do sigilo bancário, fiscal e telefônico em apoio às investigações do CNJ. Foram eles os juízes João Batista Damasceno, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos e os desembargadores Siro Darlan, Rogério Oliveira e Márcia Perrini.
Como se sabe, a ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, vem recebendo críticas sob a alegação de que a corregedoria teria quebrado o sigilo de 217 mil magistrados e familiares, o que a ministra nega.
Os juízes cearenses afirmam que magistrados “não podem se valer de nenhuma forma de sigilo, ainda que garantido pela Constituição Federal aos cidadãos comuns, a fim de esconderem quaisquer dados que possam tornar obscura ou duvidosa a lisura de seu comportamento”.
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LEIA A MENSAGEM DOS JUÍZES
Excelentíssima Senhora Ministra Corregedora Nacional de Justiça.
A propalada crise de credibilidade que atinge o Judiciário, não há dúvida, constitui séria ameaça à própria estabilidade do regime, não fora aquele poder a viga mestra da democracia. A sobrevivência das instituições passa pelo respeito ao império da lei e às decisões de seus juízes e tribunais.
Entendemos que agentes políticos, mormente magistrados, guardiões do Estado Democrático de Direito, não podem se valer de nenhuma forma de sigilo, ainda que garantido pela Constituição Federal aos cidadãos comuns, a fim de esconderem quaisquer dados que possam tornar obscura ou duvidosa a lisura de seu comportamento e retidão de caráter.
O trato com a coisa pública exige do agente muito mais responsabilidade do que na esfera privada, cabendo-lhe, para muito mais além de ser, mostrar-se honesto e demonstrar incondicionalmente tal condição a todo momento.
Opor sigilo para obstaculizar procedimento investigatório acerca de possível irregularidade na administração pública, ainda mais nas casas de justiça, por si só, é ato extremamente deletério, que derrama sobre toda a magistratura brasileira uma indelével nódoa de dúvida sobre a ética. Ponha-se tudo a limpo, investigando a fundo, extirpando o tecido contaminado para que não paire a mais ínfima suspeita sobre qualquer dos membros do Judiciário.
Devemos estar muito vigilantes, pois a Democracia Brasileira é forte mas não indestrutível. Uma de suas vigas-mestras, a magistratura, está abalada, corroída por dúvidas que pairam nos espíritos dos cidadãos sobre a honestidade de alguns dos seus juízes. Ou tomamos uma providência enérgica contra a ferida da corrupção, que cresce pela simples dúvida, ou chegará em breve o dia em que teremos vergonha de anunciarmos em público que somos juízes, instalando-se o caos e abrindo espaço para os regimes autoritários.
Assim sendo, nós, juízes no Estado do Ceará, abaixo identificados e assinados, em observância aos princípios da Moralidade e da Publicidade, em sinal de apoio e solidariedade à corajosa atuação de Vossa Excelência, com o inabalável propósito de apoiarmos as ações dessa douta Corregedoria Nacional de Justiça para a transparência e ética do Poder Judiciário, colocamos à disposição nossos dados fiscais, autorizando o acesso a eles.
Carlos Newton
15 de janeiro de 2012
OS CAFETÕES IDEOLÓGICOS DOS DESGRAÇADOS
Ou: Haddad dá início a guerrilha eleitoral explorando tragédia social
Um grupo de bacanas e descolados, ligados a ONGs e a movimentos sociais, decidiu organizar um churrasco em protesto contra a ação da Prefeitura e da Polícia Militar na cracolândia. Segundo a PM, o evento reuniu ontem umas 200 pessoas entre viciados e deslumbrados. Os primeiros são suicidas; os outros são homicidas. Já chego lá. O leitor Allan Pinho, de São João do Miriti, no Rio, envia uma indagação interessante. leiam:
“Reinaldo, aqui no Rio, no combate à cracolândia da favela do Jacarezinho, inclusive com a internação compulsória, houve grande apoio da população, da grande maioria da imprensa, do Poder Judiciário, inclusive do MP [Ministério Público] e da DP [Defensoria Pública]. Por que em São Paulo não está tendo esse apoio? Qual a diferença entre Rio e São Paulo nessa situação?”
Boa questão, Allan! Essas mesmas correntes de opinião e entes apoiaram, de modo inequívoco, a instalação das UPPs e a retomada de alguns morros.
Qual a diferença? No Rio, o PT é situação, e Sérgio Cabral é considerado um aliado estratégico pelo Palácio do Planalto. Não há ninguém, em Brasília, sabotando as ações do governo estadual, nem no Ministério Público, na Defensoria, nas ONGs ou nos movimentos sociais. Em São Paulo, o PT é oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) e está tentando entender qual é a de Gilberto Kassab (opôs-se à sua gestão ao menos até a criação do PSD).
O PT é mesmo assim: pode apoiar ou sabotar uma determinada medida a depender de quem a implemente. Assiste-se, em São Paulo, a um movimento de caráter político, com apelo eleitoral.
Amplos setores da imprensa já se alinham com a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura. Vai ver estão encantados com a competência demonstrada pelo rapaz no Ministério da Educação, em especial no Enem…
Na Folha de hoje, o ainda ministro aparece classificando a ação em São Paulo de “desastrada”. Bem, ao menos as coisas ficam mais claras agora.
Eis a diferença, meu caro Allan! Como os petistas dominam boa parte das ONGs, dos movimentos sociais e têm forte presença nas redações, consegue emplacar a sua pauta. É o caso da tal “Churrascada da Gente Diferenciada - Cracolândia”. Estará hoje em todos os jornais, foi amplamente noticiada nos sites e portais e ganha, assim, uma visibilidade muitíssimas vezes superior à sua importância.
Só para você ter uma idéia, o Estadão informa que foram comprados 18 quilos de carne e alguns frangos, assados em quatro grelhas. O Globo Online não economizou: alguém contou à reportagem que foram consumidos nada menos de QUINHENTOS QUILOS. Imaginem que estrutura não seria necessária para assar meia tonelada!
Ainda no Globo, lê-se a declaração de Patricia Cornils, de uma certa “Transparência Hacker”, segundo quem a idéia do churrasco foi de um morador de rua. É mentira! A história começou num site que defende a legalização das drogas chamado “Desentorpecendo a Razão”.
Parece piada macabra, mas não é. Viciados em crack, que já não têm mais nada de seu a não ser o vício - vivem em função da pedra -, estão servindo ao proselitismo de um grupo que fala em “desentorpecer a razão”. Não havia mais do que 200 pessoas lá, incluindo dependentes que perambulam pelo local. Boa parte não gostou do movimento e preferiu se afastar. Alguns pobres desgraçados só queriam um pouco de pão e carne - quem poderá condená-los por isso?
Animados mesmo estavam os Remelentos & as Mafaldinhas de classe média, muitos deles certamente consumidores “recreativos” de drogas, que depois voltariam para o conforto dos seus lares, rumariam para as suas baladas, retomariam a sua rotina “burguesa”, deixando para trás os andrajos humanos que só pensam na próxima pedra…
Os viciados em crack praticam o suicídio lento - na verdade, nem tão lento assim. Esses deslumbrados que foram lá fazer política são, queiram ou não, homicidas cordiais. Sob o pretexto de defender os direitos dos viciados, fazem, na prática, a apologia do vício.
A maioria dos paulistas, dos paulistanos em particular, estou certo, apóia as medidas da Prefeitura e do governo. Mas essa turma não faz churrasco, não ocupa as ruas, não pertence a “coletivo” nenhum! E a minoria, então, acaba dando o tom da cobertura.
Uma das estrelas do evento de ontem foi ninguém menos do que o padre Júlio Lancelotti, aquele que não conseguiu dar uma explicação razoável para o fato de ter comprado um carro de luxo para um ex-interno da Febem que o chantageava.
Ele é o chefão de uma tal “Pastoral do Povo de Rua” - boa parte dessas pessoas, todos sabem, é viciada em crack. Há anos este, vá lá, “religioso”, histórico militante ligado ao PT, organiza a resistência a toda e qualquer tentativa do Poder Público de intervir na área. Não por acaso, quando prefeita, Marta Suplicy (PT) ignorou o problema.
Foi em sua gestão que a cracolândia passou definitivamente para o controle dos viciados, dos traficantes e das ONGs que diziam fazer por ali um trabalho de “redução de danos”. Um desses trabalhos, acreditem!, era distribuir cachimbos novos aos viciados sob o pretexto de que era mais higiênico e impedia a transmissão de doenças.
A cracolândia se transformou num enorme mercado de almas para a caridade à moda Lancelotti. Ao Globo, ele deu uma declaração assustadora. Já que é um padre da Igreja Católica (fazer o quê? Há dessas coisas…), ouso dizer que suas palavras são inspiradas, sim, mas pelo antípoda de Deus. Leiam:
“Uma manifestação como essa é tudo que ninguém esperava: o povo que vive na cracolândia comendo com pessoas de outros segmentos sociais. Isso é um sinal de que a sociedade muda se todo mundo puder comer junto, se a comida for suficiente para todos, se eu olhar para o outro como meu irmão. Se houver partilha, se todos tiverem direito ao pão, a cidade vai ser nova e diferente”.
É para estômagos fortes. O que é que “mudou” exatamente? Nada! A fala de Lancelotti traz o desastre moral que já está embutido no nome de sua pastoral: “Povo de Rua”. Não existe um “povo de rua” como categoria sociológica, política, antropológica ou religiosa. Aquele que está na rua vive um drama pessoal e familiar que pede uma solução. Na fala desse padre, os viciados da cracolândia se transformam num segmento social dotado de direitos específicos. Errado! São cidadãos, sim, submetidos às mesmas leis que regulam a vida das demais pessoas. Se estão doentes, têm de buscar ajuda. Mas não dispõem de licença especial, como privatizar o espaço público, por exemplo.
Noto em setores da imprensa paulistana um viés delirante, estúpido. Aqui e ali, percebe-se um esforço para transformar os viciados da cracolândia numa comunidade com valores próprios, como se houvesse por lá uma variante antropológica. Não há dúvida de que um sociólogo ou antropólogo conseguiria fazer fascinantes trabalhos descritivos sobre aquela “subcultura”, encontrando todos os mecanismos de poder e de organização que estruturam a sociedade dos não-viciados. Não há dúvida, e os jornalistas babam embevecidos quando diante de uma historieta, que se multiplicam por lá manifestações de solidariedade e companheirismo. Não há dúvida de que os viciados têm sonhos, anseios, ambições, pequenas vaidades.
Pulsa, sim, senhores, a vida humana em meio àqueles escombros e andrajos físicos, morais, éticos… Por isso mesmo, cumpre ao Poder Público tomar uma medida drástica. E a primeira consiste em recuperar o território para dar combate ao tráfico, oferecendo, como está sendo feito, a oportunidade de tratamento aos viciados e prendendo os bandidos.
“E se os viciados não quiserem?” Bem, enquanto não há uma legislação que dê amparo à internação forçada, são livres para rejeitar ajuda, MAS, ATENÇÃO!, NÃO SÃO LIVRES PARA ESPALHAR A DESORDEM! Uma das faixas pregadas pelos organizadores do churrasco sustentava: “Nem criminoso, nem doente: usuário de drogas é cidadão”. Já o viciado Paulo Henrique Bispo, de 38 anos, pensa um pouco diferente: “A gente está doente e precisa de tratamento, não brutalidade”. Perceberam? Os proxenetas dos viciados, seus cafetões ideológicos, querem lhes emprestar uma voz política. Ocorre que muitos deles, no entanto, sabem-se doentes. O curioso é que tanto o discurso “sociologizado” como o “medicalizado” partem do princípio de que o dependente pode impor a sua vontade ao conjunto da sociedade. E não pode!
“A contrário do que dizem por aí, a operação não tem prazo para acabar. A polícia vai permanecer enquanto tiver necessidade. Vamos apoiar as próximas fases da operação, apoiar os agentes de saúde e de assistência social”. A fala é do secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. Assim seja!
A região hoje conhecida por cracolândia precisa voltar a abrigar a churrascada da gente que não se diferencia: o homem comum, que não se droga, trabalha, estuda e luta para ter uma vida digna.
15/01/2012
Reinaldo Azevedo
Um grupo de bacanas e descolados, ligados a ONGs e a movimentos sociais, decidiu organizar um churrasco em protesto contra a ação da Prefeitura e da Polícia Militar na cracolândia. Segundo a PM, o evento reuniu ontem umas 200 pessoas entre viciados e deslumbrados. Os primeiros são suicidas; os outros são homicidas. Já chego lá. O leitor Allan Pinho, de São João do Miriti, no Rio, envia uma indagação interessante. leiam:
“Reinaldo, aqui no Rio, no combate à cracolândia da favela do Jacarezinho, inclusive com a internação compulsória, houve grande apoio da população, da grande maioria da imprensa, do Poder Judiciário, inclusive do MP [Ministério Público] e da DP [Defensoria Pública]. Por que em São Paulo não está tendo esse apoio? Qual a diferença entre Rio e São Paulo nessa situação?”
Boa questão, Allan! Essas mesmas correntes de opinião e entes apoiaram, de modo inequívoco, a instalação das UPPs e a retomada de alguns morros.
Qual a diferença? No Rio, o PT é situação, e Sérgio Cabral é considerado um aliado estratégico pelo Palácio do Planalto. Não há ninguém, em Brasília, sabotando as ações do governo estadual, nem no Ministério Público, na Defensoria, nas ONGs ou nos movimentos sociais. Em São Paulo, o PT é oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) e está tentando entender qual é a de Gilberto Kassab (opôs-se à sua gestão ao menos até a criação do PSD).
O PT é mesmo assim: pode apoiar ou sabotar uma determinada medida a depender de quem a implemente. Assiste-se, em São Paulo, a um movimento de caráter político, com apelo eleitoral.
Amplos setores da imprensa já se alinham com a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura. Vai ver estão encantados com a competência demonstrada pelo rapaz no Ministério da Educação, em especial no Enem…
Na Folha de hoje, o ainda ministro aparece classificando a ação em São Paulo de “desastrada”. Bem, ao menos as coisas ficam mais claras agora.
Eis a diferença, meu caro Allan! Como os petistas dominam boa parte das ONGs, dos movimentos sociais e têm forte presença nas redações, consegue emplacar a sua pauta. É o caso da tal “Churrascada da Gente Diferenciada - Cracolândia”. Estará hoje em todos os jornais, foi amplamente noticiada nos sites e portais e ganha, assim, uma visibilidade muitíssimas vezes superior à sua importância.
Só para você ter uma idéia, o Estadão informa que foram comprados 18 quilos de carne e alguns frangos, assados em quatro grelhas. O Globo Online não economizou: alguém contou à reportagem que foram consumidos nada menos de QUINHENTOS QUILOS. Imaginem que estrutura não seria necessária para assar meia tonelada!
Ainda no Globo, lê-se a declaração de Patricia Cornils, de uma certa “Transparência Hacker”, segundo quem a idéia do churrasco foi de um morador de rua. É mentira! A história começou num site que defende a legalização das drogas chamado “Desentorpecendo a Razão”.
Parece piada macabra, mas não é. Viciados em crack, que já não têm mais nada de seu a não ser o vício - vivem em função da pedra -, estão servindo ao proselitismo de um grupo que fala em “desentorpecer a razão”. Não havia mais do que 200 pessoas lá, incluindo dependentes que perambulam pelo local. Boa parte não gostou do movimento e preferiu se afastar. Alguns pobres desgraçados só queriam um pouco de pão e carne - quem poderá condená-los por isso?
Animados mesmo estavam os Remelentos & as Mafaldinhas de classe média, muitos deles certamente consumidores “recreativos” de drogas, que depois voltariam para o conforto dos seus lares, rumariam para as suas baladas, retomariam a sua rotina “burguesa”, deixando para trás os andrajos humanos que só pensam na próxima pedra…
Os viciados em crack praticam o suicídio lento - na verdade, nem tão lento assim. Esses deslumbrados que foram lá fazer política são, queiram ou não, homicidas cordiais. Sob o pretexto de defender os direitos dos viciados, fazem, na prática, a apologia do vício.
A maioria dos paulistas, dos paulistanos em particular, estou certo, apóia as medidas da Prefeitura e do governo. Mas essa turma não faz churrasco, não ocupa as ruas, não pertence a “coletivo” nenhum! E a minoria, então, acaba dando o tom da cobertura.
Uma das estrelas do evento de ontem foi ninguém menos do que o padre Júlio Lancelotti, aquele que não conseguiu dar uma explicação razoável para o fato de ter comprado um carro de luxo para um ex-interno da Febem que o chantageava.
Ele é o chefão de uma tal “Pastoral do Povo de Rua” - boa parte dessas pessoas, todos sabem, é viciada em crack. Há anos este, vá lá, “religioso”, histórico militante ligado ao PT, organiza a resistência a toda e qualquer tentativa do Poder Público de intervir na área. Não por acaso, quando prefeita, Marta Suplicy (PT) ignorou o problema.
Foi em sua gestão que a cracolândia passou definitivamente para o controle dos viciados, dos traficantes e das ONGs que diziam fazer por ali um trabalho de “redução de danos”. Um desses trabalhos, acreditem!, era distribuir cachimbos novos aos viciados sob o pretexto de que era mais higiênico e impedia a transmissão de doenças.
A cracolândia se transformou num enorme mercado de almas para a caridade à moda Lancelotti. Ao Globo, ele deu uma declaração assustadora. Já que é um padre da Igreja Católica (fazer o quê? Há dessas coisas…), ouso dizer que suas palavras são inspiradas, sim, mas pelo antípoda de Deus. Leiam:
“Uma manifestação como essa é tudo que ninguém esperava: o povo que vive na cracolândia comendo com pessoas de outros segmentos sociais. Isso é um sinal de que a sociedade muda se todo mundo puder comer junto, se a comida for suficiente para todos, se eu olhar para o outro como meu irmão. Se houver partilha, se todos tiverem direito ao pão, a cidade vai ser nova e diferente”.
É para estômagos fortes. O que é que “mudou” exatamente? Nada! A fala de Lancelotti traz o desastre moral que já está embutido no nome de sua pastoral: “Povo de Rua”. Não existe um “povo de rua” como categoria sociológica, política, antropológica ou religiosa. Aquele que está na rua vive um drama pessoal e familiar que pede uma solução. Na fala desse padre, os viciados da cracolândia se transformam num segmento social dotado de direitos específicos. Errado! São cidadãos, sim, submetidos às mesmas leis que regulam a vida das demais pessoas. Se estão doentes, têm de buscar ajuda. Mas não dispõem de licença especial, como privatizar o espaço público, por exemplo.
Noto em setores da imprensa paulistana um viés delirante, estúpido. Aqui e ali, percebe-se um esforço para transformar os viciados da cracolândia numa comunidade com valores próprios, como se houvesse por lá uma variante antropológica. Não há dúvida de que um sociólogo ou antropólogo conseguiria fazer fascinantes trabalhos descritivos sobre aquela “subcultura”, encontrando todos os mecanismos de poder e de organização que estruturam a sociedade dos não-viciados. Não há dúvida, e os jornalistas babam embevecidos quando diante de uma historieta, que se multiplicam por lá manifestações de solidariedade e companheirismo. Não há dúvida de que os viciados têm sonhos, anseios, ambições, pequenas vaidades.
Pulsa, sim, senhores, a vida humana em meio àqueles escombros e andrajos físicos, morais, éticos… Por isso mesmo, cumpre ao Poder Público tomar uma medida drástica. E a primeira consiste em recuperar o território para dar combate ao tráfico, oferecendo, como está sendo feito, a oportunidade de tratamento aos viciados e prendendo os bandidos.
“E se os viciados não quiserem?” Bem, enquanto não há uma legislação que dê amparo à internação forçada, são livres para rejeitar ajuda, MAS, ATENÇÃO!, NÃO SÃO LIVRES PARA ESPALHAR A DESORDEM! Uma das faixas pregadas pelos organizadores do churrasco sustentava: “Nem criminoso, nem doente: usuário de drogas é cidadão”. Já o viciado Paulo Henrique Bispo, de 38 anos, pensa um pouco diferente: “A gente está doente e precisa de tratamento, não brutalidade”. Perceberam? Os proxenetas dos viciados, seus cafetões ideológicos, querem lhes emprestar uma voz política. Ocorre que muitos deles, no entanto, sabem-se doentes. O curioso é que tanto o discurso “sociologizado” como o “medicalizado” partem do princípio de que o dependente pode impor a sua vontade ao conjunto da sociedade. E não pode!
“A contrário do que dizem por aí, a operação não tem prazo para acabar. A polícia vai permanecer enquanto tiver necessidade. Vamos apoiar as próximas fases da operação, apoiar os agentes de saúde e de assistência social”. A fala é do secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. Assim seja!
A região hoje conhecida por cracolândia precisa voltar a abrigar a churrascada da gente que não se diferencia: o homem comum, que não se droga, trabalha, estuda e luta para ter uma vida digna.
15/01/2012
Reinaldo Azevedo
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