"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CPI DO CACHOEIRA: RELATOR PEDE INDICIAMENTO DE JORNALISTAS

O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu, hoje, o indiciamento por crime de formação de quadrilha dos jornalistas Wagner Relâmpago, Patrícia Moraes, João Unes, Carlos Antônio Nogueira e Policarpo Junior.

E recomendou que sejam investigados por eventuais ligações com Cachoeira os jornalistas Luiz Costa Pinto, Cláudio Humberto, Jorge Kajuru, Magno José, Mino Pedrosa, Renato Alves e Eumano Silva.

- O relator criou o que podemos chamar de "fator de distração" - observa o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), membro da CPI. "Como a CPI terminou em pizza maior do que o forno onde foi assada, era necessário providenciar um assunto para ocupar as discussões. Daí o capítulo dedicado à imprensa".

O PMDB negou seus votos para que a CPI pudesse tomar o depoimento de Policarpo Junior, chefe da sucursal da revista VEJA em Brasília. Nada indica, segundo dois deputados da CPI ouvidos por este blog, que agora os ofereça para indiciar cinco jornalistas e sugerir a investigação de mais seis.

Com cerca de cinco mil páginas, o relatório de Odair ficou para ser lido amanhã. Em seguida vários deputados pedirão vista. Até o dia 22 de dezembro, o relatório terá de ter sido aprovado ou rejeitado.

A bancada da oposição na CPI pretende apresentar um relatório paralelo. Nele apontará todas as falhas da CPI e os assuntos que ela se recusou a investigar.

Exemplo: em 2010, o tesoureiro da campanha de Dilma a presidente procurou o então diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Luiz Antonio Pagot.

Queria que Pagot arranjasse dinheiro para a campanha junto às empresas que prestavam serviços ao DNIT. Foi o próprio Pagot quem contou isso em depoimento na CPI.

- Não cometi nenhuma ilegalidade, mas não foi ético - reconheceu Pagot.

O depoimento de Pagot foi desprezado.

21 de novembro de 2012
in blog do noblat
 

APÓS SOLTURA, MPF PEDE PRISÃO PREVENTIVA DE CARLINHOS CACHOEIRA

Juiz pede o recolhimento de passaporte do bicheiro e de outros cinco integrantes do grupo

 
GOIÂNIA - O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás ofereceu uma nova denúncia à Justiça Federal no estado, e pediu a prisão preventiva do bicheiro Carlinhos Cachoeira. A ação aponta os crimes de contrabando e descaminho de peças para a composição de máquinas caça-níqueis.
 
O juiz Alderico Rocha Santos, que já prepara a sentença para o processo decorrente da Operação Monte Carlo, determinou nesta quarta-feira que a defesa de Cachoeira se pronuncie, num prazo de até dez dias, sobre o pedido de prisão do MPF.

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Alderico também proferiu decisão, na tarde desta quarta-feira, em que pede a apreensão dos passaportes do bicheiro e de outros cinco integrantes da organização criminosa. Os documentos devem ser entregues à Justiça em 48 horas.
 
Cachoeira já está impedido de deixar o país, conforme decisão do juiz federal. Um ofício sobre a situação do réu foi expedido ao setor de migração da Polícia Federal (PF), para que a Interpol – a Polícia Internacional – seja comunicada sobre a impossibilidade de o bicheiro deixar o país.
 
Cachoeira deixou o Presídio da Papuda no início da madrugada. Às 2h30m, chegou à sua casa num condomínio de luxo em Goiânia. Ele passa o dia na companhia de familiares e, até agora, não deixou o condomínio nem deu qualquer declaração à imprensa.
 
O bicheiro estava preso por força de um mandado de prisão preventiva, decorrente da Operação Saint-Michel, em Brasília. A condenação ao cumprimento da pena de cinco anos em regime semi-aberto e a expedição de um alvará de soltura levou à liberdade do bicheiro.
 
Na Operação Monte Carlo, em que o MPF espera uma pena mínima de 50 anos de prisão, Cachoeira é acusado de 17 eventos criminosos. A sentença do juiz Alderico deve ser proferida em até 30 dias.

21 de novembro de 2012
Vinicius Sassine

LUZ E SOMBRA

 

No edifício central da Praça dos Três Poderes, a apresentação das conclusões de uma CPI criada por motivos tortos e extinta por razões torpes.

No prédio ao lado, a ascensão à presidência do Supremo Tribunal Federal do relator de um processo que, se não muda o País, faz subir de patamar a confiança das pessoas na Justiça.

Uma coincidência de calendário muito oportuna para a análise do contraste entre os papéis cumpridos pelos Poderes Legislativo e Judiciário em trajetórias crescentemente opostas.
Ao mesmo tempo em que o Supremo afirma sua autonomia, o Congresso se afunda na submissão aos ditames do Executivo e das infames conveniências partidárias.

Enquanto a Corte Suprema investe na punição dos crimes contra a administração pública, o Parlamento dá abrigo à impunidade.

Está prevista para hoje ou amanhã a leitura do relatório final da comissão de inquérito criada para apurar as ramificações do esquema e as ligações do operador de jogos clandestinos Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira, com políticos, empresários e governos.

Hoje o julgamento do mensalão é retomado sob a presidência interina de Joaquim Barbosa, que amanhã é investido oficialmente no cargo.

Quis o acaso que os dois episódios ocorressem na mesma semana, abrindo espaço para o cotejo na atuação dos dois Poderes que às vezes se confrontam.

Sobre o Judiciário têm falado os fatos, cuja relevância fica ainda mais explícita no momento da ascensão de Joaquim Barbosa devido a todo o simbolismo que encerra.

Sobre o Legislativo falou a subserviência da maioria governista aos propósitos do ex-presidente Lula de instalar uma CPI para tentar promover uma desmoralização geral com o objetivo de levar a oposição, a imprensa, o Ministério Público e os ministros do Supremo a dividir o banco dos réus com os acusados no processo do mensalão.
Foram os motivos tortos de seu nascimento, referidos no início do texto.

As razões torpes do encerramento da CPI antes de concluídas as investigações sobre o alcance da contaminação do esquema Cachoeira na administração pública têm a ver com a rede de proteção construída em torno da construtora Delta para evitar a descoberta de ilegalidades relacionadas aos contratos da empreiteira com governos estaduais aliados ao Palácio do Planalto.

Enterro cuja indigência se confirma na sugestão do relator Odair Cunha de se criar uma nova comissão de inquérito para investigar fraudes nos contratos da Delta em todo o Brasil.

Quais? Exatamente aqueles que a CPI por ele relatada decidiu não investigar para poupar uma empresa que, embora tenha sido declarada inidônea para a Controladoria-Geral da União, segue sendo a vice-campeã nacional do setor em volume de verbas recebidas do governo federal.

Não foi a primeira comissão de inquérito a padecer de inanição induzida e não será a última. Mas é mais uma para atestar o antagonismo entre o ativismo benfazejo do Judiciário e a passividade malsã do Legislativo.

Cacoete. Atraso nas obras públicas é a regra, como diz a ministra do Planejamento, Miriam Belchior?
É, mas seria de se esperar de uma autoridade a defesa da inversão dessa lógica, perversa, de preferência mediante o anúncio de que o governo fará todo o esforço para a regra do atraso um dia ser exceção.

Como se viu na recente declaração do ministro da Justiça sobre a situação degradante dos presídios como se nenhuma responsabilidade coubesse ao poder público federal, dez anos de Presidência da República não livraram o PT da síndrome de oposição: é bom de verbo e ruim de solução.

Por essas e algumas outras é de se perguntar o que faria o partido se tivesse ganhado as eleições na época da inflação desenfreada, além de constatar que o Brasil realmente tinha um problemão.

21 de novembro de 2012
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

O NOME É GUERRA CIVIL



A onda de assassínios nas ruas paulistas ou catarinenses pode se manter, aumentar, diminuir ou cessar.
Isso não muda seu caráter: o que quer que aconteça não terá dependido da autoridade do Estado, mas da vontade, ou do poder de fogo, dos criminosos.
É deles, portanto, e não do Estado, que depende a nossa vida.

Lembra-se do juiz Odilon de Oliveira, do Mato Grosso do Sul, que por sua ação contra os narcotraficantes e o crime organizado, feita rigorosamente dentro da lei, está condenado à morte pelos bandidos? Desde 2004 vive sob proteção policial, 24h por dia.

Não pode ter vida normal: sua rotina é trabalhar, estudar, analisar informações sobre o crime organizado. Bom: o juiz Odilon de Oliveira, já em 2006, comprovou que os ataques de bandidos em São Paulo, pouco antes das eleições para o Governo, eram ordenados pelo PCC.
Hoje garante, com base no que apurou, que o PCC se aliou às Farc, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, e ao EPP, Exército do Povo Paraguaio, grupos que começaram pela luta armada contra o Governo e derivaram para o tráfico de drogas.

Parece claro que o objetivo do PCC é criar áreas onde o Estado não entre – no dialeto das Farc, “áreas liberadas”.
Algumas já se esboçam – favelas onde a Polícia, para entrar, tem de romper linhas de defesa.
A frase do governador paulista Geraldo Alckmin, de que São Paulo é diferente do Rio porque em São Paulo a Polícia entra em todos os lugares, não passa disso: uma frase.

O Governo Federal trata as Farc com alta gentileza. E ignora a força do EPP.
 
Tucano bica

A cena horrorosa aconteceu em Curitiba, Paraná. Uma jovem, que participava de um ato pela paz, foi agredida por policiais militares, ao fotografar violências cometidas pela tropa de elite da PM. Os agressores tentaram tomar a câmera da moça e a agrediram pelas costas.
Covardia múltipla: bateram num civil pacífico, bateram numa mulher, bateram numa pessoa muito menor que qualquer um deles. O governador tucano Beto Richa até agora não se manifestou. E está tudo gravado: veja em http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2012/11/20/video-em-curitiba-policiais-agridem-estudante/, no bom Blog do Josias de Souza.

Ele conhece

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, está dando aulas de eficiência. Seu secretário da Saúde, José de Fillipi, do PT, já está condenado em segunda instância (é, portanto, ficha-suja) a devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos, por ter, como prefeito de Diadema, contratado sem licitação o escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT.

Recorreu ao Supremo.

Haddad escolheu Cleuza Repulho para a Secretaria da Educação. Cleuza já foi consultora da Unesco e secretária da Educação de Santo André e São Bernardo, sempre em administrações do PT.
Foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça como uma das responsáveis por um desvio de R$ 48,8 milhões, em Santo André; e está na lista de inadimplentes da Prefeitura de Santo André, por não ter devolvido, conforme determinou o Tribunal de Contas do Estado, R$ 125 mil que gastou em viagens.

Em São Bernardo, o Ministério Público abriu inquérito para apurar favorecimento na assinatura de um convênio de R$ 3,2 milhões.

Haddad não é eficiente? Poupa trabalho e é transparente, escolhendo secretários que não dão margem a desconfianças. Já assumem na mira da Justiça.

Coisa estranha

A CPI do Cachoeira se encerra melancolicamente, sem investigar um tema dos mais interessantes: a possível participação da Delta, a empreiteira de Fernando Cavendish (aquela que, no ano passado, antes de despertar suspeitas, era a que mais recebia do Governo Federal; neste ano, depois de despertar suspeitas, é a segunda), nos negócios de Cachoeira.


Entende-se: o objetivo declarado da CPI era pegar um tucano, o governador de Goiás, Marconi Perillo. No caminho, esbarrou em Cavendish – que estava na Europa, na festa da Turma do Guardanapo, naquela festança em que as esposas mostravam a sola de seus caríssimos sapatos para provar que eram Louboutin e os homens dançavam com guardanapos na cabeça, sabe-se lá por que, num luxuoso salão reservado só para eles.

O problema é que outro integrante da Turma do Guardanapo é o governador fluminense Sérgio Cabral, do PMDB, unha e carne com o Governo Federal.

Que dilema! A solução foi matar a CPI, mesmo que não pegue Perillo, e contentar-se com Cachoeira.

Denúncia séria

Fora da CPI, a coisa anda: o Ministério Público Federal de Goiás pede 80 anos de prisão para o bicheiro Carlinhos Cachoeira, por 17 crimes (entre eles corrupção e formação de quadrilha armada). Agora, a defesa fará suas alegações finais. Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, apanhado pela Polícia Federal.

Aqui se faz, lá se paga

A British Petroleum, BP, concordou em pagar US$ 4,5 bilhões de multa pelo vazamento de óleo no Golfo do México, em abril de 2010). E declarou-se culpada das acusações de negligência que levaram onze trabalhadores à morte. Aceitando a culpa, a BP evita o julgamento e apenas aguarda a sentença.
Uma curiosidade: das multas milionárias por vazamentos, no Brasil, quantas foram pagas?

21 de novembro de 2012
Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação

PARLAMENTARES DA CPI DO CACHOEIRA ENTREGAM REPRESENTAÇÃO AO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

 


Reação imediata – O deputado Onyx Lorenzoni (Democratas-RS) informou, há pouco, que o grupo independente de parlamentares da CPMI do Cachoeira entrega, hoje à tarde (21), ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, representação com dados para o prosseguimento das investigações interrompidas na comissão.

O documento, conforme Lorenzoni, terá como foco o caminho de R$ 550 milhões transferidos da construtora Delta para empresas de fachada. Levantamento que consta nesse relatório mostra que apenas R$ 109 milhões foram apurados pela CPMI, valor todo concentrado em empresas da região Centro-Oeste.
Roberto Gurgel receberá os parlamentares após a sessão do Supremo Tribunal Federal que julga a dosimetria do mensalão.

“Vamos mostrar ao Ministério Público Federal o que nós julgamos ser o caminho das pedras para se chegar a identificação de R$ 450 milhões de dinheiro público que foi transferido da empresa Delta para uma série de empresas laranjas que nós não investigamos”, atestou o democrata logo após da reunião de hoje da CPMI quando estava prevista a leitura do relatório do deputado petista Odair Cunha.
Após uma sessão tumultuada, com muitos questionamentos sobre os procedimentos adotados pelo comando da omissão, a apresentação do documento foi adiada para a manhã de quinta-feira (22).

“Existe um conjunto de empresas situadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e em outros estados que receberam esses recursos e que a CPI pela maioria governista não quis, talvez por ordem do Palácio do Planalto, que pudéssemos quebrar seus sigilos”, protestou o deputado. “Curiosamente o senhor relator apresenta no seu relatório uma proposta para o Ministério Público fazer aquilo que ele, por três meses, se negou a fazer aqui na CPMI.
Eu tenho dito sempre que o deputado Odair Cunha merece respeito, mas ele está cumprindo uma missão política que lhe deve ter sido designada pelo Palácio do Planalto de proteger o DNIT, órgãos do governo federal, o governo do estado do Rio de Janeiro”, acrescentou.

O relatório independente ainda pedirá investigação dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Tocantins, Siqueira Campos e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
A intenção é apurar qualquer suspeita de envolvimento com o esquema de desvio de recursos públicos da Delta Construção.
Além de Onyx Lorenzoni, irão à Procuradoria-Geral da República os deputados Miro Teixeira (PDT) e Rubens Bueno (PPS) e os senadores Pedro Taques (PDT), Randolfe Rodrigues (PSOL) e Pedro Simon (PMDB).

21 de novembro de 2012
ucho.info

PALESTINOS E ISRAELENSES CHEGAM A ACORDO SOBRE CESSAR-FOGO

 



Bandeira branca – O governo do Estado de Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, chegaram a um acordo sobre o cessar-fogo na região, com início programado para as 17h desta quarta-feira (21).
A trégua foi anunciada pelo chanceler egípcio, Mohamed Kamel Amr, e pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
“Os Estados Unidos saúdam o acordo para um cessar-fogo em Gaza. Os ataques com foguetes devem parar, e a calma retornar”, disse Hillary Clinton.
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu disse ao presidente norte-americano, Barack Obama, que está pronto para dar uma chance ao cessar-fogo, o que fora anunciado pelo Hamas na terça-feira, mas não foi cumprido por Israel.
O anúncio de cessar-fogo acontece após oito dias de bombardeios das tropas israelenses na Faixa de Gaza.

21 de novembro de 2012
ucho.info

IMAGEM DO DIA

ro dIntegrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) interditaram as pistas da BR-040 em protesto para agilizar o processo de reforma agrária, no Distrito Federal
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) interditaram as pistas da BR-040 em protesto para agilizar o processo de reforma agrária, no Distrito Federal - Ueslei Marcelino/Reuters
 
21 de novembro de 2012

OLHA A SACANAGEM AÍ, GENTE!!!

 

A coisa começou em 26 de maio de 2007, quando da revista Veja, noticiou que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL- foto), recebia recursos da empreiteira Mendes Junior, através do lobista Cláudio Gontijo, que pagava, em dinheiro vivo pensão para Mônica Veloso, com quem tinha uma filha fora do casamento.

Eram R$ 4,5 mil de aluguel de um apartamento de quatro quartos em Brasília e mais a pensão mensal de R$ 12 mil.
 
Dois dias depois Renan da Tribuna do Senado pede perdão à família e desculpas ao lobista, pela exposição de seu nome.
 
Em 6 de junho daquele ano, o Conselho de Ética do Senado instala processo contra Renan por quebra de decoro parlamentar.
 
Passada uma semana, o primeiro relator do caso Renan, senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) apresenta parecer no qual diz que não há provas contra o peemedebista e sugere o arquivamento do processo.
 
Revista “Veja” em 4/8 publica nova reportagem contra Renan na qual informa que o senador é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. Ele teria usado laranjas e pago R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para virar sócio de duas emissoras de rádio em Alagoas, que valem cerca de R$ 2,5 milhões.

Mas numa vergonhosa manifestação de corporativismo, com votação a portas fechadas e secreta, seus colegas senadores o absolveram e ele continuou sentado na sua cadeira senatorial.
Passado 5 anos, como se nada tivesse havido, esse pulha está manobrando para voltar à presidência do Senado.
 
A grande sacanagem, está armada com a omissão da presidência da República. Renan ficou com o nome marcado, por isso não é o candidato preferido pelo Planalto, mas como ele ainda tem grande influência no PMDB, a “presidenta” resolveu não se envolver temendo que uma ação contra ele acabe produzindo seqüelas.
 
Entendo que o país esteja passando por uma fase de puro surrealismo, uma vez que o poder Executivo teme um comprovado corrupto. “Quosque Tandem…?” (Até quando?)

21  de novembro de 2012
Giulio Sanmartini

MERCADO, SOCIALISMO E O SISTEMA JUDICIÁRIO

    
          Internacional - Estados Unidos        
“Deveria ser profundamente perturbador para todo americano que todos os empreendimentos do país estão sob a mercê dos procuradores racialmente paranoicos que podem iniciar uma ação judicial de discriminação contra eles”.

Muitas das grandes mentes do final do século XIX estavam preocupadas, pois a ideologia anti-mercado estava destinada a destruir a civilização. Acontece que o homem moderno – o civilizado – não pode viver sem uma complexa economia de mercado para sustentá-lo. Mesmo assim, a economia de mercado tem sido há muito tempo alvo daqueles que a querem derrubar em favor do socialismo.
O sistema de livre empreendimento é atacado como algo ambientalmente destrutivo, desigual, inseguro sob qualquer aspecto e explorador. Nas palavras do cientista francês Gustave Le Bon, “aqui, repito, é o perigo da ordem do dia. Estamos possuídos pelos mesmos sentimentos de humanitarismo doentio que já nos levou à Revolução (Francesa), a mais despótica e sangrenta que o mundo já conheceu – o terror, Napoleão e a morte de três milhões”. Evidentemente Le Bon escreveu essas palavras antes do século mais sangrento de todos – o século XX; época em que o socialismo ceifou mais de 100 milhões de vidas.

Você pode pensar que essa ideologia anti-mercado já foi desacreditada. Mas olhe ao seu redor. O socialismo é ensinado nas universidades acompanhado do politicamente correto. As jovens gerações “letradas” não sabem nada acerca dos experimentos socialistas do passado. Elas apenas sabem da teoria e da prática da utopia pela qual eles foram induzidos a acreditar.
Todo mundo sabe que os sentimentos igualitários são decisivos. Como Le Bon explicou, “sob a influência inconsciente e a desintegração de tal sentimento das classes dirigentes, perdeu-se toda a confiança na legitimidade das suas causa. Elas se rendem mais e mais aos líderes do partido oposto, cujo desprezo às classes dirigentes é proporcional às concessões recebidas; e essa oposição só ficará satisfeita quando tomar tudo dos seus adversários; tanto suas vidas quanto suas fortunas.”

As forças anti-mercado estão avançando em todos os fronts imagináveis: escolas públicas, mídia e até mesmo o sistema judiciário. Um ex-procurador da Divisão de Direitos Eleitorais do Departamento de Justiça (DJ) escreveu um livro que expõe a campanha de ataque do DJ aos empreendimentos inocentes. O nome dele é J. Christian Adams e o título do seu livro é Injustice: Exposing the Racial Agenda of the Obama Justice Department (NT: Injustiça: Expondo a agenda racial do Departamento de Justiça de Obama) “De fato”, escreve Adams, “deveria ser profundamente perturbador para todo americano que todos os empreendimentos do país estão sob a mercê dos procuradores racialmente paranoicos que podem iniciar uma ação judicial de discriminação contra eles”.

Esses procuradores racialmente paranoicos não são apenas isso. Eles também são anti-mercado, isto é, socialistas. Os empreendedores da América supõem erroneamente que a Divisão de Direitos Civis “seja majoritariamente ocupada por procuradores que cumprem a lei”, disse Adams. De fato, isso já foi verdadeiro, até que o Procurador Geral Eric Holder encheu a organização de profissionais cuja principal qualificação era “trabalhos com grupos ativistas de esquerda”. De acordo com Adams, esses advogados anti-mercado da Divisão de Direitos Civis defendem “atos ideologicamente motivados pela guerra política...”

Os homens de negócio e os analistas de mercado precisam abrir os olhos. “O risco está alto”, disse Adams, “porque a Divisão de Direitos Civis tem domínio sobre uma enorme jurisdição da economia americana. A Seção dos Direitos para os Deficientes, por exemplo, que reforça vigorosamente o Americans with Disabilities Act, colocou as redes de cinema AMC e Cinemark, a companhia aérea Norwegian Cruise Lines, a Associação de Golf dos Estados Unidos (USGA) e a International House of Pancakes todas de joelhos”. De fato, está em andamento uma caça generalizada aos empreendimentos país afora. E não há dúvidas de que o Americans with Disabilities Act se tornou uma arma de guerra socialista.

Há muito mais no livro de Adams, especialmente sobre a fraude eleitoral. “Há flagrantes falhas no nossos sistema eleitoral, desde listas falsificadas de eleitores até a falta de direitos eleitorais que protejam os militares que estão no exterior, falhas essas que a Divisão de Direitos Civis tem a clara intenção de perpetuar. Se essa situação continuar, a tendenciosidade da Divisão pode até influenciar o desenrolar das eleições nos estados pêndulo em 2012”. Mas é claro, se o objetivo é destruir o mercando, então – como disse Lênin para Angelica Balabanoff – “tudo aquilo que for feito pela causa proletária é honesto”.

Existem aqueles que acreditam que a destruição do livre mercado salvará a humanidade. De acordo com Le Bon, “o socialismo é muito mais uma crença religiosa do que uma teoria de raciocínio”. Defeitos lógicos não impedem a propagação da doutrina.
Apenas a calamidade e a ruína trarão os homens de volta aos seus perfeitos juízos, e talvez nem mesmo assim. Na escalada da calamidade, homens de visão nos disseram o que esperar. “Todos os pensadores que estudaram o socialismo moderno indicaram seus perigos e chegaram a conclusões idênticas a respeito do futuro que nos espera”, escreveu Le Bon. Afinal, foi o socialista Pierre-Joseph Proudhon quem escreveu: “A revolução social poderá apenas acabar em um imenso cataclisma, de modo que o efeito imediato seria estender toda a ruína a terra e nos confinar a uma camisa de força”. Descrevendo o verdadeiro objetivo do socialismo como algo puramente destrutivo, Proudhon denunciou suas próprias crenças socialistas disparatadas. “Eu repudio o socialismo”, ele escreveu. “É impotente, imoral e só serve para criar tolos e bandidos!”

Outro pensador do século XIX, Herbert Spencer, avisou que o triunfo do socialismo seria o maior desastre que o mundo já viu e seu término seria o despotismo militar. O filósofo Friedrich Nietzsche descreveu os socialistas como “estúpidos e negligentes” cujas ideias significam a “degeneração e diminuição do homem em um perfeito animal de rebanho... um mísero animal dos direitos iguais e reivindicações [...]”.
No livro Vontade de Potência, Nietzsche avisa que o século XX seria convulsionado pelo socialismo, que representava uma sutil reação contra o crescimento e contra a própria vida. “Nos ensinamentos socialistas”, escreveu Nietzsche, “uma vontade de negação da vida é vagamente ocultada...”

Muitos experimentos socialistas ao redor do globo falharam. Todos nós sabemos da União Soviética. Mesmo assim, o conhecimento desse caso não impediu o firme avanço do socialismo nas nossas escolas e no nosso governo – no nosso Departamento de Justiça. Lamentavelmente as massas dão poder àqueles que melhor lhe agradam. E aqueles que melhor agradam são aqueles que se opõem ao mercado e fazem guerra contra os empreendimentos usando todos os meios possíveis.
Seria o caso de perguntar, portanto, por que tantos homens de negócio fracassam em resistir? “Esse enfraquecimento da vontade”, escreveu Le Bon, “que coincide com a falta de iniciativa e o desenvolvimento da indiferença, é o maior perigo que nos ameaça”.

Certamente nós nos tornamos criaturas da nossa própria indiferença. Não é que as escolas nos emburreceram ou que nós não podemos ver o que está acontecendo. Nossa ruína foi precedida por uma decadência muito mais generalizada. “A ruína das nações”, escreveu Le Bon, “nunca se deu pela queda da nossa inteligência, mas pela queda dos nossos caráteres”.

21 de novembro de 2012
Jeffrey Nyquist
Publicado no Financial Sense.
Tradução: Leonardo Trombela Júnior

AS VELHAS PIADAS SOVIÉTICAS SE TORNAM A NOVA REALIDADE AMERICANA

   
          Internacional - Estados Unidos 

       
leninobamaEu vi o futuro e fugi (1).

No início, me mudar da antiga URSS para a América me fez sentir como se eu tivesse feito um salto no tempo de uma estagnada e depravada antiguidade para um distante e dinâmico futuro.

Havia uma abundância de aparelhos futuristas facilmente disponíveis, máquinas, engenhocas e eletrodomésticos que faziam a existência cotidiana mais fácil e agradável. Menos óbvio, mas igualmente excitante era a mídia sem censura: Eu não precisava mais ler nas entrelinhas para saber o que estava acontecendo.

Mais importante, havia honestidade, dignidade e respeito nas relações entre as pessoas.

Hoje eu me sinto novamente como um viajante do tempo. Só que desta vez não só a América produtiva, honesta e independente está desaparecendo no passado, como nós estamos se aproximando rapidamente para um futuro muito familiar.


É o futuro de pobreza igualitária, regime de partido único, mídia vendida, pilhagem governamental, corrupção burocrática, eleições fraudulentas (2), literatura clandestina, piadas em voz baixa e o hábito muito útil de olhar por cima do ombro.

A vida era agradável na América antes que ela mudasse de rumo e seguisse “adiante” segundo Obama (3), o que, de acordo com a minha bússola, significa ir para trás.

De repente, eu me vejo fazendo o papel de um companheiro vindo do futuro, ajudando meus novos compatriotas a navegar através do pântano à nossa frente.

Privados da liberdade de expressão política, os soviéticos tinham desenvolvido uma cultura clandestina de piadas políticas. Eu costumava me lembrar de milhares delas. Aqui está uma das minhas favoritas, sobre a discrepância entre a versão oficial e a realidade cotidiana:

As seis contradições do socialismo na URSS:

  • Não há desemprego – mas ninguém está trabalhando.
  • Ninguém está trabalhando – mas as quotas da indústria são cumpridas.
  • As quotas da indústria são cumpridas – mas as lojas não têm nada para vender.
  • As lojas têm nada para vender – mas as moradias estão cheias de mercadorias.
  • As moradias estão cheias de coisas – mas ninguém está feliz.
  • Ninguém está feliz – mas nas eleições os votos são sempre unânimes a favor do governo.
Já na América, eu descobri que a maioria das minhas antigas piadas soviéticas não funcionavam traduzidas. Não foi tanto a diferença de linguagem como o fato de que os americanos não tinham conhecimento de primeira mão de um governo totalitário, da uniformidade ideológica e da propaganda descarada. Mas isso está mudando. Quanto mais a América segue “adiante” de volta ao modelo soviético, mais traduzível as velhas piadas soviéticas se tornam.
Vamos ver como uma velha piada soviética pode ser reescrita e se tornar uma nova piada americana.

As seis contradições do socialismo nos Estados Unidos da América:

  • A América é capitalista e gananciosa – mas metade da população recebe assistência pública.
  • Metade da população recebe assistência pública – mas eles se consideram vítimas.
  • Eles se consideram vítimas – mas seus representantes controlam o governo.
  • Seus representantes controlam o governo – mas os pobres continuam ficando mais pobres.
  • Os pobres continuam ficando mais pobres – mas eles têm coisas que pessoas de outros países só têm em sonho.
  • Eles têm coisas que pessoas de outros países só têm em sonho – mas eles querem que a América seja mais parecida com os outros países.
Há mais de onde veio – ou para onde estamos indo, se for o caso.
 
Notas do tradutor:

(1) Trata-se de uma paródia da frase de
Lincoln Steffens sobre a antiga União Soviética: “I have seen the future, and it works.

(2) Sobre as eleições fraudulentas, ver o artigo “
Os Brasis Americanos”, de Felipe Moura Brasil.

(3) No original, “forward”,
lema da campanha de Obama.

21 de novembro de 2012

FAIXA DE GAZA - UMA VISÃO ÁRABE

    
          Internacional - Oriente Médio 
hamaspeopleUm árabe islâmico, jornalista veterano, afirma: “não importa que os foguetes pudessem ter caído sobre as cabeças deles mesmos. No que diz respeito a esses palestinos, não há problemas se vários árabes são mortos no processo de destruir Israel.”

Não existe nada que cause mais náuseas do que observar pessoas se regozijando à medida que foguetes são disparados contra Israel a partir da Faixa de Gaza.

Foi isto que aconteceu quando o Hamas lançou foguetes contra Jerusalém e Tel Aviv.

Assim que as sirenes foram acionadas, muitos palestinos saíram às ruas e subiram nos telhados, especialmente nas regiões árabes de Jerusalém, para aclamarem o Hamas. Às vezes, eles respondiam aos foguetes do Hamas lançando fogos de artifício ao ar como sinal de alegria e cantando: “Todos nós somos Hamas!” e “Ei, judeus, o exército de Maomé está caçando vocês”.

Cenas de júbilo por causa dos ataques dos foguetes sobre Israel também foram relatadas em várias cidades palestinas na Margem Ocidental, incluindo Ramallah, centro do “pragmatismo e da moderação” palestinos.
Mais tarde, ao saberem que os foguetes do Hamas haviam fracassado em sua intenção de matar israelenses nas duas cidades, os palestinos expressaram sua decepção.

Não importa que os foguetes pudessem ter caído sobre as cabeças deles mesmos. No que diz respeito a esses palestinos, não há problemas se vários árabes são mortos no processo de destruir Israel.

As celebrações refletem a forte hostilidade que muitos palestinos continuam a sentir com respeito a Israel, a despeito dos 20 anos de um processo de paz e dos bilhões de dólares de ajuda que receberam do Ocidente. Essa hostilidade é o resultado direto de anos de incitamento anti-Israel e anti-ocidental no mundo árabe e islâmico.

A hostilidade não é dirigida apenas contra Israel, mas também contra seus amigos - sobretudo os Estados Unidos.

Semelhantes explosões de júbilo estouraram em muitas partes da Margem Ocidental, na Faixa de Gaza e na parte oriental de Jerusalém, imediatamente após os palestinos terem ouvido a respeito dos ataques terroristas nos Estados Unidos em 11 de setembro.

E esta não foi a primeira vez que os palestinos expressaram regozijo quando cidades de Israel foram alvejadas.

Durante a guerra de 2006 no Líbano, os palestinos e alguns cidadãos árabes de Israel subiram aos telhados para aplaudirem os ataques dos foguetes do Hezb'allah (Partido de Alá) nas cidades da região Norte de Israel.

Durante a Segunda Intifada, muitos palestinos, especialmente na Faixa de Gaza, tomavam as ruas para cantar, dançar e distribuir doces depois de saberem sobre outro atentado suicida dentro de Israel.
E quando Saddam Hussein atirou foguetes contra Israel no início dos anos 1990, os palestinos também saíram às ruas e subiram nos telhados, cantando: “Ó amado Saddam, ataque, ataque Tel Aviv!”.

A propósito, no início do conflito em Gaza, muitos palestinos em Ramallah, Nablus e Hebron estavam cantando: “Ó amado Qassam (a ala armada do Hamas), destrói, destrói Tel Aviv!” e “O povo quer a destruição de Israel!”.

Ninguém está esperando que os palestinos expressem solidariedade ou simpatia por Israel em sua confrontação com o Hamas.

Mas, quando muitos palestinos manifestam sua alegria em público devido aos ataques de foguetes e mísseis às cidades de Israel, temos o direito de pensar se existe uma maioria de palestinos que concordaria com qualquer forma de compromisso com Israel.

No atual mundo dos palestinos, qualquer um que fale sobre a paz com Israel é um traidor e um colaborador, mas qualquer um que clame pela destruição de Israel e dispare foguetes contra Tel Aviv e contra Jerusalém é um herói. (Khaled Abu Toameh - www.gatestoneinstitute.org)


Khaled Abu Toameh,
um muçulmano árabe, é jornalista veterano, vencedor de prêmios, que vem dando cobertura jornalística aos problemas palestinos por aproximadamente três décadas. Estudou na Universidade Hebraica e começou sua carreira como repórter trabalhando para um jornal afiliado à Organização Para a Libertação da Palestina (OLP), em Jerusalém. Abu Toameh trabalha atualmente para a mídia internacional, servindo como “olhos e ouvidos” de jornalistas estrangeiros na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza. Os artigos de Abu Toameh têm aparecido em inúmeros jornais em todo o mundo, inclusive no Wall Street Journal, no US News & World Report e no Sunday Times de Londres. Desde 2002, ele tem escrito sobre os problemas palestinos para o jornal Jerusalem Post. Também atua como produtor e consultor da NBC News desde 1989.

21 de novembro de 2012
Khaled Abu Toameh

Publicado na revista Notícias de Israelwww.beth-shalom.com.br

A CAMINHADA PRÓ-ISRAEL E OS DOIS ESPIAS


          Internacional - Oriente Médio 
       
pro-israelO Hamas é um grupo terrorista e com terroristas não existe diálogo. Eles nada fizeram pelos palestinos civis que vivem na faixa de Gaza, onde Israel já desocupou há anos. Usam a população como escudo, covardemente se escondendo atrás de crianças e jovens.
Fiz uma rápida entrevista com Sarita Gorodicht, criadora e organizadora da Caminhada Pró-Israel e contra o Fórum Social Mundial – Palestina Livre, nesta terça-feira (20).
 
A manifestação será realizada em Porto Alegre no dia 25 de novembro, três dias antes do evento patrocinado pelo governo do PT do Rio Grande do Sul, que reunirá amplos setores da esquerda e simpatizantes do terrorismo do Hamas e do globalismo islâmico.
 
Ao longo da conversa com Sarita, não pude ignorar a lembrança da história relatada no livro de Números, capítulos 13 e 14, sobre conquista de Canaã, na qual apenas dois espias, Calebe e Josué, acreditaram que podiam conquistar a terra prometida, enquanto os outros dez derreteram-se de medo e não creram que Deus estava com eles.
Sarita, como surgiu a ideia da Caminhada (Caminhada em apoio ao Estado de Israel e contra a proposta do Fórum Social Mundial – Palestina Livre)?

Sarita Gorodicht: As pessoas no Facebook queriam uma atitude por parte da comunidade em prol da paz em Israel e contra o teor do Fórum que vai acontecer aqui. Como ninguém tomou a dianteira, criei o evento da Caminhada, que foi bem recebida, e consegui adesão de outras pessoas para organizá-lo.
O movimento cresceu mais do que esperávamos. Afinal, vários países estão fazendo manifestações pela paz . E o Brasil? Pensando nisso, é evidente que o Brasil tinha que se manifestar também. Porto Alegre foi a primeira cidade a se manifestar. Segue agora São Paulo.

Como você vê a situação entre Israel e o Hamas? E como isso pode repercutir no Fórum que se realizará aqui em POA?

Todos sabem que a situação entre Israel e Hamas é péssima, no sentido que a paz é inviável. O Hamas é um grupo terrorista e com terroristas não existe diálogo. Eles nada fizeram pelos palestinos civis que vivem na faixa de Gaza, onde Israel já desocupou há anos. Usam a população como escudo, covardemente se escondendo atrás de crianças e jovens. Criam suas crianças já incutindo ódio por Israel. O grupo Hamas quer a destruição do Estado de Israel e tomar posse da terra.

Porto Alegre convive pacificamente com todas as religiões. Isso virá a afetar a população com medo, raiva, discórdia, dependendo do que acontecer entre os dias 28 a 1 de dezembro.

Não é isso o que a mídia tem retratado mundo afora. Como você vê a atuação da mídia nesse sentido - pois a opinião pública baseia-se fundamentalmente no que dizem os jornais, ou seja, em fontes secundárias - ?

A mídia nunca apoiou Israel. Sempre se ouve notícias pelo lado palestino, afirmando que Israel matou civis palestinos. Mas veja, Israel tem muita preocupação com a vida dos seus habitantes. Isso é judaico, ou seja, o judaísmo prega a proteção, a vida e o amor à família e ao próximo. Temos inúmeros abrigos espalhados por todo Israel. Eles tocam sirene quando uma bomba se aproxima e a população ainda tem 15 segundos para se abrigar. Por isso morre menos gente. E do lado da faixa de Gaza, onde está a comunidade palestina? O que tem para proteger a população? Nada. E pior, o grupo Hamas pouco está se preocupando com a população, usam-na, como disse, como escudo. Por isso morre mais gente. Por isso todos se penalizam com os palestinos que morrem. Por isso acusam Israel, mas é falta de informação. Voltei de Israel há dois meses e lá a população já estava com suas máscaras novas de gás nas mãos.

Ou seja, a motivação da caminhada é demonstrar apoio a Israel e rejeitar a proposta do Fórum, que se realizará nesse momento especialmente tenso. Como você vê, mais especificamente, a proposta do Fórum?

A finalidade da caminhada é demonstrar apoio a Israel, como vários países têm feito, e achamos que este Fórum não deveria ser realizado neste momento nada propício, onde existe uma guerra no Oriente Médio que envolve judeus e palestinos, e o pior, pelo conteúdo anti-Israel deste evento, e, além disso, por ser realizado, em grande parte, com verba pública, como várias pessoas têm divulgado. O Fórum pede a ruptura dos laços de amizade com Israel e o Brasil. Deseja o que todos temem: discursos antissemitas, que pregam a discórdia. Israel não é contra a criação de um Estado Palestino, mas também defende seu território conquistado e nossa capital Jerusalém, que eles querem como capital do estado palestino. Isso é uma grande piada. Jamais vai acontecer. Mas enquanto existir o grupo terrorista Hamas comandando a faixa de Gaza, qualquer tentativa de discutir esse assunto não leva a nada. Então por que a realização deste Fórum neste momento? Por que no Brasil? Por que numa cidade como Porto Alegre? Perguntas que têm resposta. Com a palavra nosso Governador do Estado, que apoia e sustenta esse Fórum.

A caminhada está marcada para o próximo domingo, dia 25, três dias antes do começo do Fórum. Houve alguma oposição à sua realização, vinda de dentro ou de fora da comunidade judaica?

Sim.

Você pode contar-nos um pouco mais a respeito?

Ontem realizamos uma reunião na Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS), que se opõe ao movimento justamente em função da realização do Fórum. Eles entendem que a caminhada vai só atrapalhar as intenções da FIRS de esvaziar o Fórum, o que é impossível porque ele vai acontecer e as delegações já estão confirmadas. Eles dizem que estão se mobilizando através de reuniões com representantes do Governo do Estado. Mas resumindo, a posição da FIRS é política. E esperávamos apoio, até porque nossas intenções são absolutamente pacíficas, sem discurso, sem briga, sem atiçar ânimos, apenas uma caminhada, mas nem isso foi aceito. Eles alegam que não é momento para isso, mas eu pergunto: é momento para o Fórum? Lógico que não! É momento de paz. De apoiar Israel nesta luta. E pergunto de novo: este Fórum propõe a paz? Vai trazer paz a nossa cidade?

E como você se sente diante da recusa de apoio da própria entidade que mais os deveria estar apoiando e defendendo? A caminhada será cancelada?

Eu me sinto cerceada no meu direito de exercer minha liberdade como judia que ama Israel, que sofre à distância por meus amigos e por todo o povo. Sinto-me triste e revoltada ao mesmo tempo. Temo pela nossa cidade, por nossa segurança e nosso futuro.
Os palestinos são em muito maior número e unidos. Quanto à FIRS, sinto-me apenas desapontada. Não concordo com os argumentos deles. Tenho os meus e gostaria somente de ser entendida e apoiada caso essa caminhada não venha a acontecer.
O que desapontará muitas pessoas, mais de 200 até hoje. Mas não tenho ainda resposta para dar se a caminhada vai ser cancelada. Pode não ser uma caminhada. Pode ser apenas um movimento silencioso pela paz. Quem sabe?


Existem pessoas de outros grupos, não-judeus, unidos a vocês pela Caminhada?

Existem sim, pessoas de todas as religiões e sem religião. Este é um grupo aberto a todos os simpatizantes do Estado de Israel e que pregam a paz. Só procuramos o apoio da FIRS porque foi criado por judeus esta caminhada. Só por isso e porque existe um grande número de judeus. Mas veja, hoje é somente terça-feira, até domingo tem muito chão pela frente.

É verdade. Desejo-te uma caminhada muito bem-sucedida, Sarita, com ou sem o apoio da FIRS, para que o povo de Israel saiba que não está só e para que os participantes do Fórum saibam que existe oposição. Muito obrigada pela entrevista!
Eu que agradeço.
21 de novembro de 2012
Camila Hochmüller Abadie
é mãe, mestre em filosofia pela PUC-RS e jornalista.

IRÃ CONFIRMA AJUDA "MILITAR" AOS TERRORISTAS DE GAZA


O iraniano Ali Larijani
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, confirmou nesta quarta-feira que o Irã concede uma ajuda "militar" ao grupo terrorista palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza.
 
"Temos orgulho de defender o povo palestino e o Hamas, com ajuda financeira e militar", declarou, segundo o site do Parlamento Icana.ir. Larijani não detalhou, porém, em que consiste essa ajuda.
Teerã nunca fez mistério sobre sua contribuição material e financeira ao Hamas e à Jihad Islâmica palestina, que lutam contra Israel, mas sempre evitou expor sua ajuda militar.
O Irã foi acusado nos últimos dias por Israel de também ter fornecido aos grupos palestinos mísseis Fajr-5, com alcance de 75 quilômetros, usados contra Israel após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, em 14 de novembro.
O chefe da Jihad Islâmica, Ramadan Abdullah Challah, reconheceu à emissora Al Jazira na terça-feira que os grupos palestinos de Gaza usavam armas iranianas nos ataques contra Israel, mas não informou o tipo de armamento nem como foram entregues. "Todo mundo sabe. Não é segredo. As armas da resistência palestina, diante da agressão israelense, são essencialmente de origem iraniana: são armas iranianas ou compradas com financiamento iraniano."
Leia MAIS
 
21 de novembro de 2012
in aluizio amorim

ISRAEL ESTÁ PRONTO PARA ATACAR O IRÃ


Netanyahu: "Enquanto eu for premiê, Irã não terá a arma nuclear".
 
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a subir o tom contra as pretensões nucleares do Irã e afirmou que Israel está pronto para, se necessário, lançar um ataque às instalações atômicas do país islâmico.
Em entrevista para a rede de televisão Channel 2, na noite desta segunda-feira, o premiê disse que se não houver outro jeito de frear a escalada do programa nuclear de Teerã, ele está preparado para "apertar o botão" autorizando a ofensiva.

"Estamos prontos", garantiu, sem deixar de frisar que não está “ansioso para ir à guerra” e prefere resolver a situação mediante pressões diplomáticas.
Netanyahu, no entanto, alertou que Teerã prossegue com a intenção de construir armamentos atômicos e ressaltou que é sua responsabilidade defender a existência de Israel. "Enquanto eu for o premiê, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir." Leia MAIS
 
21 de novembro de 2012
in aluizio amorim

FERREIRA PINTO DEIXA SECRETARIA DE SEGURANÇA DE SÃO PAULO, MAS DELINQÛÊNCIAS CONTINUAM...

 Antônio Ferreira Pinto deixou o cargo de secretário da Segurança Pública. Consta que foi a pedido. Tenha sido ou não, uma coisa é certa: foi alvejado por uma soma de delinquências: a da bandidagem, que percebeu que pode operar em parceria com o jornalismo; a política, que tem sede no governo federal, mais especialmente no Ministério da Justiça, que transforma a própria incompetência em arma para atingir adversários, e a jornalística, que passou a ignorar a realidade da área em favor do alarde e do terrorismo noticioso.
 
O estado de São Paulo passou a ser visto como terra de ninguém. Todas as ocorrências são tratadas como parte da tal onda de violência. Exibem-se números como se o padrão anterior fosse o da “morte zero”.
 
Há uma média, arredondando (e elevando) os números, de 4 mil assassinatos por ano no Estado – e isso o coloca na condição de unidade da federação em que menos se mata no país. Dividendo-se 4 mil por 365, acontecem, também em média, 11 assassinatos dolosos por dia no estado. Ignorar esses números ao tratar da “onda de violência” é fazer mau jornalismo.
Não é só isso. Vejam o noticiário. Todos os mortos são postos no mesmo balaio: bandidos mortos em confronto com a polícia; policiais mortos em confronto com criminosos; acertos de conta entre desafetos, crimes passionais… Tudo isso seria parte da “onda”.
 
Contabilidade macabra

“Mas que contabilidade macabra é essa, Reinaldo Azevedo?”
Macabro é o Brasil, em que são assassinadas cerca de 50 mil pessoas todos os anos, diante de um governo federal, este sim, inerme, incapaz de organizar uma política de segurança pública. Não vou desistir dos fatos. Se, no Brasil, o índice de homicídios fosse o de São Paulo, 30 mil vidas seriam poupadas todos os anos.
 
São Paulo está sendo alvo de um ataque organizado, que é de natureza política. Ferreira Pinto, que deixa a secretaria, levou o estado à mais baixa taxa de homicídios de sua história. Se, repito o que escrevi em artigo na VEJA, o pior número do estado se repetisse todos os dias – 22 assassinatos -, ainda assim, o estado estaria entre os mais seguros do Brasil.
 
E é precisamente esse estado que está debaixo de vara. É o resultado da união objetiva entre o PCC, o governo federal e setores da imprensa.
 
21 de novembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

EXCLUSIVO! COMO O BRASIL E A AMÉRICA LATINA CAÍRAM NAS GARRAS DA TIRANIA COMUNISTA! TODA A HISTÓRIA DO FORO DE S.PAULO COM VÍDEOS.





O blog Brasil Conservador acaba de postar uma reportagem exclusiva detalhando todos os passos que culminaram com a fundação do Foro de São Paulo, a organização comunista que permitiu, alguns anos depois que o continente latino-americano caísse sob o domínio de governos esquerdistas na esteira dos processos de restauração democrática.

E, por incrível que pareça, a democracia com eleições livres e diretas acabou levando ao poder os grupos esquerdistas que aos poucos foram golpeando as instituições democráticas e estruturando uma nova forma de ditadura através de eleições pretensamente livres, mas que na verdade não passam de jogo de cartas marcadas, como ocorreu há pouco na Venezuela, sob o domínio do tiranete Hugo Chávez.

Brasil Conservador faz a postagem exclusiva de três vídeos. O primeiro deles que está postado acima, mostra primeira reuniãoque aconteceu no Hotel Danúbio na cidade de São Paulo, no período de 1 a 4 de julho de 1990. O nome "Foro de São Paulo" foi adotado na segunda reunião realizada na cidade do México, no período de 12 a 15 de junho de 1991, quando reuniu 68 organizações de 22 países. E assim nasceu o FORO DE SÃO PAULO. Uma coalizão de terroristas revolucionários, partidos comunistas, partidos de esquerda, enfim, a escória do Continente latino-americano, Caribe e América Central.

O Foro de São Paulo permaneceu no mais absoluto anonimato, eficientemente protegido pela mídia brasileira, toda ela engajada no esquerdismo marxista. O público brasileiro, mais atento, somente tomou conhecimento e muito discretamente, quase que imperceptivelmente, por ocasião do 7º Encontro realizado na cidade de Porto Alegre em julho de 1997.

Foi apenas uma discreta aparição que a imprensa brasileira procurou ocultar por meio da suspensão de todo e qualquer destaque que pudesse levantar suspeitas do que se tratava esse encontro, apesar de presentes 158 delegados, 58 partidos procedentes de 20 países, 36 organizações fraternas e cerca de 400 representantes de partidos e organizações de esquerda do continente.
 
Recomendo que visitem o blgo Brasil Conservador para ler a reportagem completa --->>> Clique AQUI para ler TUDO e os outros VÍDEOS
 
21 de novembro de 2012
aluizio amorim

OPOSIÇÃO ACUSA PT DE USAR CPI PARA RETALIAR PROCURADOR ROBERTO GURGEL POR DENÚNCIA DO MENSALÃO


Odair Cunha
Deputados oposicionistas protestaram nesta quarta-feira contra a decisão do petista Odair Cunha (PT-MG) de pedir investigação contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por indícios de desvio de responsabilidade.
 
No relatório de Cunha sobre os trabalhos da CPI do Cachoeira, o chefe do Ministério Público é descrito como a pessoa que foi responsável por impedir que as investigações sobre a Operação Vegas tivessem continuidade.

Para os parlamentares, a decisão de Cunha de incluir o procurador-geral no relatório é uma clara retaliação ao julgamento do mensalão.
 
Roberto Gurgel pediu a condenação de 36 dos 38 réus no processo que revelou o maior escândalo político do governo Lula. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 25 mensaleiros, entre os quais o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e os petistas José Genoino e Delúbio Soares.

"O procurador-geral, exatamente pelo seu papel importante em defesa da lei e em defesa da liberdade, levou a julgamento os mensaleiros.
O STF os julgou por isso, e o procurador-geral recebe agora a sanha daqueles que querem persegui-lo e intimidá-lo", disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR). "É uma vendeta petista, uma retaliação. É uma inclusão para incomodar, chatear. Espero que não dêem bola para essa bobagem", completou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
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21 de junho de 2012
in aluizio amorim

MUNIQUE, ALEMANHA. CLAUS ROXIN: ESCLARECIMENTOS

 

É de conhecimento geral que o professor Claus Roxin esteve no Rio de Janeiro para receber um título de doutor honoris causa da Universidade Gama Filho e para participar do Seminário Internacional de Direito Penal e Criminologia ocorrido na Escola da Magistratura entre os dias 30 de outubro e 1o de novembro, em convite formulado por intermédio do professor Juarez Tavares.
Por ocasião dessa visita, alguns meios de comunicação pediram a concessão de entrevistas, o que foi feito de bom grado.
Em nome do professor Roxin e a pedido dele, na condição de seus alunos, gostaríamos de repassar ao público brasileiro os esclarecimentos feitos pelo professor em relação a alguns fatos divulgados nos últimos dias:
O professor manifesta, em primeiro lugar, o seu desgosto ao observar que a entrevista dada ao jornal Folha de São Paulo, concedida em 29 de outubro de 2012 e publicada em 11 de novembro de 2012,
[1]
ocasionou grande repercussão, mas em sentido errôneo.
As palavras do professor, que se referiam apenas a aspectos gerais da teoria por ele formulada, foram, segundo ele, transformadas, por conta exclusiva do referido veículo, em uma manifestação concreta sobre a aplicação da teoria ao caso conhecido como “mensalão”.
O professor declara, ademais, sua mais absoluta surpresa ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal, em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. [2] O professor afirma tratar-se de uma inverdade.

A redação final dada pela Folha de S.Paulo à referida entrevista publicada em 11 de novembro de 2012 é imprecisa, segundo o professor, as respostas não seriam mais do que repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft).
A imprecisão deve-se ao título ambíguo conferido à matéria, que faz supor que houvesse uma manifestação sobre o caso ora em curso no Supremo Tribunal Federal brasileiro:
“Participação no comando do mensalão tem de ser provada, diz jurista”.
O professor não disse a seguinte frase a ele atribuída: “Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido”, que é inclusive juridicamente duvidosa.
A entrevista foi concluída com uma declaração posta fora de contexto, a respeito da necessária independência do juiz em face da opinião pública. Essa pergunta foi a ele dirigida não pela Folha de S.Paulo, e sim pelo magistrado aposentado Luiz Gustavo Grandinetti, na presença do professor Juarez Tavares, de Luís Greco e de Alaor Leite, estes dois últimos seus alunos.
A Folha já havia terminado suas perguntas quando Grandinetti, em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública.

A Folha, contudo, ao retirar essa declaração de seu contexto, criou, segundo o professor, a aparência de que ele estaria colocando em dúvida a própria isenção e integridade do Supremo Tribunal Federal brasileiro no julgamento do referido caso.

A notícia do dia 18 de novembro vai além, afirmando:
“O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão ‘não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”.
O professor recorda que nenhuma dessas ambiguidades existe na entrevista publicada pela Tribuna do Advogado do mês de novembro, entrevista essa concedida, inclusive, na mesma ocasião, à mesma mesa redonda, que a entrevista concedida à Folha. [3]
O professor declara tampouco ter interesse em participar na defesa de qualquer dos réus. Segundo ele, não só não houve, até o presente momento, nenhum contato de nenhum dos réus ou de qualquer pessoa a eles próxima; ainda que houvesse, o professor comunica que se recusaria a emitir parecer sobre o caso.
Em primeiro lugar, o professor desconhece o caso quase por completo.
Em segundo lugar, afirma que, pelo pouco que ouviu, o caso não desperta o seu interesse científico. O professor recorda que interesses políticos ou financeiros lhe são alheios, e que não foi sobre tais alicerces que ele construiu sua vida, sua obra e sua reputação.
Por fim, o professor declara que não se manifestou sobre o resultado da decisão e que não tem a intenção de fazê-lo. Além disso, não está em condições de afirmar se os fundamentos da decisão são ou não corretos, sendo esta uma tarefa que incumbe, primariamente, à ciência do Direito Penal brasileira.

Estes são os esclarecimentos que o professor Claus Roxin gostaria de fazer ao público brasileiro, na esperança de que, com a presente nota, possa pôr um fim a essas desagradáveis especulações.
Munique, Alemanha, 18/11/2012.
21 de novembro de 2012