Com a palavra Percival Puggina
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
A FORÇA EXCLUDENTE DO MODELO CASA GRANDE & SENSALA
Se tem algo simples, na análise econômica, é o estabelecimento de um modelo para caracterizar a sociedade. Não porque seja fácil decifrá-lo em sua cadeia lógica. Mas porque é simples constatar o óbvio ululante. Vamos ao teste da farinha.
Sei que um dos elementos da casa Grande, pelo menos da cozinha e não da senzala, tem o seu quinhão garantido todos os meses, quer venha crise, quer venha a bonança eventual. Falo dos barnabés do setor público, notadamente os federais.
Podem, em renda familiar, alcançar a cifra de R$ 25 mil por mês. Se admitirmos 50 milhões de famílias, a normalização da renda agregada pelos barnabés seria de quase cinco vezes o PIB efetivo. Significa que não podemos ter um padrão barnabé a rodo. O PIB não dá pra todos; é pequeno demais.
Claro, o que de fato produz o Barnabé? A justiça não funciona, a saúde não funciona, a educação não funciona, no legislativo só tem ladrão (generalizando , porque erro pouco) e a justiça só prende o pobre, o crioulo e os sem pátria.
Podemos, ainda, em contabilidade precisa, acrescentar tudo o mais que tem a mão viva do governo; pouco funciona para o bem.
É claro, então, que o PIB brasileiro é pequeno e não dá pra todos. Não é sem razão que a Dilma disse para a turma do Supremo: para dar aumento pra vocês, teremos que cortar da educação ou da saúde. Verdade verdadeira que a turma Suprema não quis contestar, com argumentos que, facilmente, poderiam vir da cartola do Astro, como o de cortem a corrupção. Evidentemente, tal contestação seria “non sense”, porque todos os barnabés fazem parte do jogo, inclusive o de cena.
Pensando sobre essa realidade dura, não adianta os filhos dos barnabés clamarem pelo fim literal dos pobres. É no lombo da favela que se extrai essa renda milionária que existe para poucos. Foi em função desse retrato excludente que o economista de esquerda, mentor e executor de vários planos de direita, Edmar Bacha, patenteou a expressão Belíndia – Bélgica e Índia – para caracterizar o Brasil e o seu modelo subjacente.
Evidentemente, trata-se de uma simplificação indevida, porque nem a Bélgica conseguimos ser. Os salários aberrantes no Brasil estão nas mãos dos barnabés que adoram citar, em nome de uma esquerda antiga e sabidamente canalha, Celso Furtado como o policymaker das boas horas. Vê-se claramente o por quê.
É o modelo de substituição de importação e subsidio de todos os gêneros, sufocando o mercado competitivo, que dá vida ao modelo Belíndia.
Embora essa turma de Barnabés seja do tamanho da Bélgica, não podemos comparar o capital humano brasileiro com o do belga. Portanto, creio ser o registro bachiano indevido.
Fico mesmo com a caricatura de Gilberto Freire: Casa Grande & Senzala.
Sei que um dos elementos da casa Grande, pelo menos da cozinha e não da senzala, tem o seu quinhão garantido todos os meses, quer venha crise, quer venha a bonança eventual. Falo dos barnabés do setor público, notadamente os federais.
Podem, em renda familiar, alcançar a cifra de R$ 25 mil por mês. Se admitirmos 50 milhões de famílias, a normalização da renda agregada pelos barnabés seria de quase cinco vezes o PIB efetivo. Significa que não podemos ter um padrão barnabé a rodo. O PIB não dá pra todos; é pequeno demais.
Claro, o que de fato produz o Barnabé? A justiça não funciona, a saúde não funciona, a educação não funciona, no legislativo só tem ladrão (generalizando , porque erro pouco) e a justiça só prende o pobre, o crioulo e os sem pátria.
Podemos, ainda, em contabilidade precisa, acrescentar tudo o mais que tem a mão viva do governo; pouco funciona para o bem.
É claro, então, que o PIB brasileiro é pequeno e não dá pra todos. Não é sem razão que a Dilma disse para a turma do Supremo: para dar aumento pra vocês, teremos que cortar da educação ou da saúde. Verdade verdadeira que a turma Suprema não quis contestar, com argumentos que, facilmente, poderiam vir da cartola do Astro, como o de cortem a corrupção. Evidentemente, tal contestação seria “non sense”, porque todos os barnabés fazem parte do jogo, inclusive o de cena.
Pensando sobre essa realidade dura, não adianta os filhos dos barnabés clamarem pelo fim literal dos pobres. É no lombo da favela que se extrai essa renda milionária que existe para poucos. Foi em função desse retrato excludente que o economista de esquerda, mentor e executor de vários planos de direita, Edmar Bacha, patenteou a expressão Belíndia – Bélgica e Índia – para caracterizar o Brasil e o seu modelo subjacente.
Evidentemente, trata-se de uma simplificação indevida, porque nem a Bélgica conseguimos ser. Os salários aberrantes no Brasil estão nas mãos dos barnabés que adoram citar, em nome de uma esquerda antiga e sabidamente canalha, Celso Furtado como o policymaker das boas horas. Vê-se claramente o por quê.
É o modelo de substituição de importação e subsidio de todos os gêneros, sufocando o mercado competitivo, que dá vida ao modelo Belíndia.
Embora essa turma de Barnabés seja do tamanho da Bélgica, não podemos comparar o capital humano brasileiro com o do belga. Portanto, creio ser o registro bachiano indevido.
Fico mesmo com a caricatura de Gilberto Freire: Casa Grande & Senzala.
ANARQUIA SEXUAL: O LEGADO DE KINSEY
Escrito por Judith Reisman e Mary E. McAlister | 31 Agosto 2011
Artigos - Movimento Revolucionário
Nossas crianças estão sob ataque de um inimigo pérfido e perigoso.
Em 17 de agosto de 2011, mais de 50 ativistas participaram de uma conferência para “indivíduos que sentem atração por menores de idade”, isto é, pedófilos. O propósito da conferência foi eliminar o “estigma” ligado à pedofilia e redefinir a pedofilia como “orientação sexual” normal. O Ministério da Justiça dos Estados Unidos apurou que 64 das vítimas de estupro anal violento são meninos com menos de 12 anos e que 58.200 crianças foram raptadas por indivíduos não parentes em 1999.
Os tão chamados “especialistas” no campo da sexualidade humana afirmam que as crianças são sexuais não só desde o nascimento, mas até mesmo no útero e são participantes voluntárias de atos sexuais com adultos.
Crianças são incentivadas a ter experiências sexuais cedo e muitas vezes e a se envolver sexualmente com membros do mesmo sexo bem como do sexo oposto. As doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes estão aumentando em proporções epidêmicas, e variedades novas e às vezes fatais de doenças estão sendo registradas. Mais de 50.000 adolescentes contraíram o HIV que avançou para AIDS total e já em 1992 mais de 7.000 meninos e 1.500 meninas morreram de HIV/AIDS.
Como foi que chegamos a esse ponto? Como é que podemos deter essa loucura antes que percamos uma geração inteira?
A pergunta de como chegamos a esse ponto pode ser respondida com duas palavras: Alfred Kinsey. Mesmo 55 anos depois de sua morte. O Dr. Alfred C. Kinsey continua a afetar profundamente a cultura americana. Dois de seus apoiadores mais ardentes, a Dra. Carol Vance, ativista lésbica e antropóloga da Universidade de Columbia, e o Dr. John Money, um defensor assumido da pedofilia e pioneiro de cirurgia transgênera na Universidade de Johns Hopkins, resumiram de forma convincente o legado do Dr. Kinsey — um legado que eles consideram “progresso” sexual, mas é em realidade anarquia sexual.
Falando num congresso sobre Kinsey em 1998 de companheiros sexólogos da Universidade Estadual de San Francisco, a Dra. Vance disse: “O campo de batalha é a biografia”. [1] Se Kinsey for desacreditado, ela alertou, “200 anos de progresso sexual poderão ser arruinados”.
As declarações da Dra. Vance ecoam comentários feitos em 1981 pelo Dr. Money no 5º Congresso Mundial de Sexologia em Israel. Eles também concordaram que as informações contidas na Tabela 34, abaixo, e os outros dados que registram os abundantes abusos de crianças de Kinsey e sua equipe, descritos em detalhe no estudo de Kinsey de 1948 sobre a sexualidade masculina, seriam a destruição das “eras pré- e pós-Kinsey” globalmente e nos EUA.
Aliás, o Dr. John Bancroft, diretor do Instituto Kinsey, disse na conferência de 1998, que comemorou o aniversário de 50 anos dos estudos de Kinsey, que ele “rezava” para que um programa de televisão britânico, “Secret History: Kinsey Paedophiles” (História Secreta: Os Pedófilos de Kinsey), jamais fosse exibido nos Estados Unidos porque o público não compreenderia a “ciência” que Kinsey usou quando publicou as tabelas 30-34. Ele compreendia que se essas tabelas fossem amplamente divulgadas nos Estados Unidos, então o campo inteiro da sexualidade humana e da educação sexual humana seria destruído.
Esse campo da sexualidade humana e da educação sexual humana e 200 anos de “progresso sexual” que esses “cientistas” de elite estavam tão preocupados que seriam destruídos são descritos de forma melhor como anarquia sexual. Essa anarquia sexual que deu a esses cientistas e seus seguidores prestígio, dinheiro, credibilidade e controle sobre a desconstrução da sociedade civil judaico-cristã foi fabricada pelo Dr. Kinsey.
Como zoólogo de vespas na Universidade de Indiana de 1920 até sua morte em 1956, o Dr. Kinsey é famoso por seus livros de grande impacto, Sexual Behavior in the Human Male [Conduta Sexual no Homem] (1948)[2] e Sexual Behavior in the Human Female [Conduta Sexual na Mulher] (1953),[3] financiados pela Universidade de Indiana e pela Fundação Rockefeller.
O Dr. Kinsey disse que sua missão era eliminar o legado legal e comportamental sexualmente “repressivo” do Cristianismo e Judaísmo. Ele afirmava que esse legado sexual “repressivo” era responsável por males socio-sexuais como o divórcio, estupro, filhos ilegítimos, doenças venéreas, delinquência juvenil, promiscuidade sexual, homossexualidade, adultério e abuso sexual de crianças.
Além disso, ele argumentava que se nós americanos admitíssemos que estávamos realmente engajados em condutas devassas generalizadas, em vez de negar hipocritamente, então esses males socio-sexuais seriam dramaticamente reduzidos.
Em grande medida, a missão do Dr. Kinsey foi cumprida, na maior parte depois de sua morte, por sua legião de verdadeiros crentes — elitistas que fizeram lavagem cerebral sistemática em seus colegas das elites intelectuais para adotar a cosmovisão secular pansexual e jogar no lixo a cosmovisão judaico-cristã sobre a qual este país foi fundado e prosperou.
O resultado da missão do Dr. Kinsey foi totalmente o contrário da utopia que ele predisse. Em vez de reduzir os males socio-sexuais que ele afirmava serem desenfreados nos Estados Unidos antes de Kinsey, a implementação da cosmovisão de Kinsey vem aumentando o existente trauma sexual global e ao mesmo tempo vem introduzindo um exército de novos males que são objetivamente definidos como anarquia sexual. Como um câncer se espalhando em todo o corpo, a anarquia sexual se espalhou em toda a estrutura da sociedade, afetando todos os aspectos da vida americana e todo homem, mulher e criança.
De acordo com o “estudo” de Kinsey financiado pelos Rockefellers, a “ciência” dele demonstrou que os seres humanos desde o início viviam copulando como insetos ou macacos, mas de modo sistemático e hipócrita viviam mentindo sobre suas condutas. Os adultos afirmavam que eram virgens, ou matrimonialmente fiéis, mas, de acordo com Kinsey, a verdade era que a maioria das pessoas era promíscua e a generalizada promiscuidade sexual não havia provocado nenhum dano à sociedade civil.
Portanto, disse Kinsey, todas as leis que restringem a conduta sexual — as leis que haviam favorecido e protegido mulheres, crianças e a família durante gerações — eram simplesmente sobras antiquadas deixadas por uma era desinformada e hipócrita. Tais leis sexuais não eram mais válidas numa “era sexualmente iluminada e honesta”.
Depois, apareceu “o propagandista de Kinsey”: Hugh Hefner e sua revista Playboy. Por insistência de Kinsey, as leis dos Estados Unidos foram esvaziadas para se assemelharem ao estilo de vida de sexo livre que Kinsey alegava que os americanos estavam vivendo desde o começo, e pudessem finalmente viver publicamente com um espírito aberto e livre — sem mais mentiras e fingimento. Portanto, o Código Penal Modelo do Instituto de Direito Americano em 1955 jogou no lixo os padrões sexuais do “direito comum” que eram baseados na autoridade e procedente da Bíblia para ficar com a “lei científica” baseada nos “dados alegadamente objetivos” de Kinsey.
O Instituto de Direito Americano (IDA) recomendou leis que trivializavam o estupro e permitiam a fornicação, a coabitação, a sodomia e o adultério. Logo depois, a fornicação, a coabitação e o adultério foram descriminalizados de modo que se tornariam comuns, normais e inofensivos, conforme Kinsey disse que haviam sido desde o começo. Em 1957, o Ministério da Defesa dos Estados Unidos usou Kinsey e sua equipe para concluir que os homossexuais não representam um risco de segurança.
O IDA também recomendou mudar a definição de obscenidade, o que o Supremo Tribunal fez em 1960. Naquele mesmo ano, a alegação de Kinsey de que de 10% a 37% da população masculina são pelo menos às vezes homossexuais foi usada para promover “direitos gays” nas profissões das elites, tais como medicina, psiquiatria, assistência social, educação, etc.
Em 1961, Illinois se tornou o primeiro estado a legalizar a sodomia heterossexual. Em 1962 Ralph Slovenko escreveu na revista Vanderbilt Law Review (Análise do Direito na Universidade Vanderbilt) que crianças de quatro ou cinco anos são provocativas: “Até mesmo com a idade de quatro ou cinco anos, essa sedução pode ser tão potente a ponto de oprimir o adulto e levá-lo a cometer o crime”.
Naquele mesmo ano, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos declarou que a oração em escolas públicas era inconstitucional [4] e no ano seguinte declarou que a leitura da Bíblia nas escolas públicas era inconstitucional. [5]
A cosmovisão judaico-cristã foi eliminada das salas de aula. As escolas não mais poderiam ensinar que a fornicação, o adultério ou a coabitação eram ilegais, e os professores de saúde não mais poderiam indicar que o sexo deveria ser confinado ao casamento porque isso refletiria uma cosmovisão “religiosa”, portanto, alegadamente sem base científica.
A única possibilidade que restava para ensinar a reprodução humana era a cosmovisão “científica” de Kinsey.
Em 1968, mais de 51.000 profissionais sexuais haviam sido treinados pelo não autorizado
IEASH (Instituto para o Estudo Avançado da Sexualidade Humana) para ensinar a sexualidade, conforme Kinsey, nas escolas e faculdades médicas e a projetar currículos de educação sexual para as escolas. Em 1975, o IEASH começou a credenciar educadores sexuais em “sexo seguro” com o nível de doutorado.
A contracepção se tornou uma necessidade em face das mudanças radicais no cenário sexual, e assim é que foi legalizada em 1965.[6]
Tabela 34, uma das cinco tabelas que documentam o protocolo de abuso sexual da equipe de Kinsey no livro Conduta Humana no Homem (1948).
À medida que a evidência de falta de “consentimento” se tornou o único critério para crimes sexuais, as alegadas vítimas de estupro eram comumente desafiadas como “gostando” do sexo brutal e como dando consentimento para a atividade sexual. A prostituição e o estupro foram cada vez mais mencionados como “crimes sem vítimas” nos tribunais e nos meios de comunicação.
Portanto, o direito de ter sexo para “diversão” e lucro se tornou a justificativa para uma indústria sexual, inaugurada pelo propagandista de Kinsey, Hugh Hefner, que inclui pornografia infantil e adulta, exibicionismo, prostituição e clubes de strip-tease, para mencionar somente uns poucos.
Essa indústria cresceu tanto que virou um mercado multibilionário, dando a seus fornecedores os recursos e poder político para negociar verbas para organizações de pesquisa na área de sexologia e organizações que criam currículos de educação sexual para as escolas dos EUA, bem como o acesso a grupos de pressão política e, comprovadamente, a legisladores estaduais e federais para continuarem a mudar a lei para favorecer os interesses da indústria sexual.
A Playboy e outras revistas pornográficas têm também financiado a Federação de Planejamento Familiar, o Conselho de Informações e Educação Sexual dos Estados Unidos (conhecido pela sigla em inglês SIECUS), o Instituto Kinsey e outras instituições de “sexologia”.
Em 1967, a Playboy concedeu a primeira de muitas verbas para a [organização esquerdista de pressão política] ACLU para apoiar o uso de drogas, a pornografia, o aborto, a homossexualidade, a [des]educação sexual nas escolas e a eliminação ou redução das penas para os criminosos sexuais. Começando em 1970, a Playboy oficialmente concedeu financiamentos para a ONRLM, Organização Nacional para Revogar as Leis contra a Maconha.
O ano de 1969 trouxe eventos importantes relacionados à campanha sistemática para normalizar a homossexualidade conforme era promovida com sucesso por Kinsey 21 anos antes.
A Frente de Liberação Gay foi formada na Universidade Alternativa de Nova Iorque.
A Associação Americana de Sociologia oficialmente declarou que a homossexualidade é normal, citando a “pesquisa” de Kinsey. A Força-Tarefa sobre Homossexualidade dos Institutos Nacionais de Saúde Mental recomendou legalizar atos homossexuais (sodomia) consensuais privados citando os “dados” de Kinsey. [7] Em 1972, essa força-tarefa, liderada por discípulos de Kinsey, recomendou insistentemente que a homossexualidade fosse ensinada como variação sexual normal nas escolas dos EUA.
Uma lei de divórcio “sem determinação de culpabilidade” foi solenemente introduzida na Califórnia em 1970. Em 1985, leis de divórcio “sem determinação de culpabilidade” estavam em vigor em 49 estados. Isso ocasionou um aumento enorme no índice de divórcio e o empobrecimento de mulheres e crianças, aumentando a necessidade para assistencialismo estatal e aborto, sendo que o aborto foi legalizado em 1973.[8]
A ausência de pais no lar reduziu a vida doméstica, econômica, social, emocional e espiritual, o que provocou uma epidemia de abusos sexuais contra as crianças, mais promiscuidade sexual, mais criminalidade — inclusive estupro e prostituição — mais doenças venéreas e esterilidade em moças. Sem nenhum pai no lar, os filhos estavam de modo significativo mais vulneráveis a abusos por parte de crianças mais velhas, o que era redefinido por Kinsey como “inofensivas” brincadeiras sexuais entre colegas.
Essas “inofensivas” brincadeiras sexuais levaram a índices elevados de doenças venéreas, promiscuidade sexual, identidade homossexual assumida e suicídio.
Essas desordens então abriram a porta para formas adicionais e mais perigosas de [des]educação sexual compulsória mascaradas como “orgulho” da própria “orientação” sexual, leis contra bullying, prevenção à AIDS e mais orientações em “sexo seguro”, inclusive masturbação mútua, sodomia oral e anal e ver pornografia.
Em 1981 a Dra. Mary Calderone, presidente do SIECUS e ex-diretora médica da Federação de Planejamento Familiar, radicalizou mais do que Kinsey, afirmando que as crianças são sexuais no útero (Kinsey dissera que as crianças eram sexuais desde o nascimento).
Calderone anunciou que a conscientização da sexualidade infantil era a meta principal de sua organização. Isso marcou o padrão “científico” para a distribuição de camisinhas para crianças na nação inteira.
Intervenções terapêuticas foram instituídas para ajudar os jovens que estavam agora cada vez mais traumatizados. Intervenções farmacológicas também aumentaram, inclusive vacinas compulsórias de Hepatite B para bebês e vacinas do HPV para crianças em idade do ensino fundamental como “proteções” contra DSTs. Ambas as vacinas foram promovidas num manifesto pedófilo de 1977 chamado “Direitos da Criança”.
Dava para se escrever centenas de páginas sobre essas questões e os efeitos colaterais adversos da bem-sucedida propaganda de promiscuidade de Kinsey que fizeram os EUA cair num estado de anarquia sexual.
Precisamos colocar toda nossa atenção agora no modo como podemos deter toda essa loucura — não ignorando o problema ou desistindo de tudo em desespero. Deus está do nosso lado, exatamente como Ele estava do lado daqueles que fundaram este país.
Deus usou 56 homens tementes a Deus para enfrentar a maior potência imperial do mundo livre e dar nascimento a esta grande nação. Ele pode nos usar para enfrentar o atual estado de anarquia sexual, retornar esta nação às nossas raízes judaico-cristãs e resgatar nossos filhos do inimigo que busca roubar, matar e destruir.
Como beneficiários da ação miraculosa de Deus que criou os Estados Unidos, não podemos fazer menos que isso. Kinsey e seus discípulos no Instituto Kinsey por mais de 60 estão remoldando a cultura americana. Com as décadas de pesquisas da Dra. Reisman, temos as armas para prevalecer, e precisamos nos unir para criar uma resposta judaico-cristã para o Instituto Kinsey. Temos o apoio do Deus do universo. Podemos e temos de ganhar esta batalha.
Notas:
1 - “O campo de batalha se tornou a biografia à medida que conservadores morais como a Dra. Judith Reisman se esforçam para desacreditar Alfred Kinsey a fim de rever outra era americana”, alertou a professora Carole Vance. Outro infame sexólogo declarou: “Tenho alguns problemas, e estou certo de que vários de nós têm, com o uso da palavra ‘normal’. Se considerarmos o abuso sexual de crianças, o problema para defini-lo, até que ponto estamos falando dos aspectos da conduta que chamaríamos errada… não sabemos realmente até que ponto essas experiências são danosas…” (6 de novembro de 1998, seminário da Universidade Estadual de San Francisco “Kinsey At 50: Reflections On Changes In American Attitudes About Sexuality Half A Century After The Alfred Kinsey Studies”, celebrando Kinsey e tratando de estratégias de anarquia para uma novo futuro sexual global).
2 - No mesmo ano, a Fundação Carnegie financiou o Comitê de Educação Legal da Associação de Advogados, Juristas e Magistrados dos EUA e do Instituto de Direito Americano. Outros livros pró-Kinsey foram publicados pedindo reformas nas leis sexuais e complacência para os criminosos.
3 - Naquele ano, a comissão parlamentar Reece foi proibida de investigar os dados de Kinsey. Além disso, a Federação de Planejamento Familiar foi fundada em Washington, D.C.
4 - Engel v. Vitale, 370 U.S. 421 (1962).
5 - Abington School District v. Schempp, 372 U.S. 203 (1963).
6 - Griswold v. Connecticut, 381 U.S. 479 (1965) (casais casados), Eisenstadt v. Baird, 405 U.S. 438 (1972) (casais amigados).
7 - O Supremo Tribunal manteve a criminalização da sodomia na decisão Bowers versus Hardwick, 478 U.S. 186 (1986), mas então revogou essa decisão e resolveu que a sodomia homossexual não mais poderia ser criminalizada, na decisão Lawrence versus Texas, 539 U.S. 558 (2003). Essa última decisão foi em grande parte baseada no Código Penal Modelo do IDA, o qual era amplamente mencionado como um documento de Kinsey.
8 - Roe versus Wade, 410 US 113 (1973). Conforme o juiz Kennedy observou na opinião da decisão Lawrence, Griswold e Eisenstadt eram parte do campo de batalha para a opinião em Roe. Lawrence, 539 U.S. at 565. Isso ilustra como o legado de Kinsey tem permeado todos os aspectos da sociedade.
Tradução: Julio Severo
Artigos - Movimento Revolucionário
Nossas crianças estão sob ataque de um inimigo pérfido e perigoso.
Em 17 de agosto de 2011, mais de 50 ativistas participaram de uma conferência para “indivíduos que sentem atração por menores de idade”, isto é, pedófilos. O propósito da conferência foi eliminar o “estigma” ligado à pedofilia e redefinir a pedofilia como “orientação sexual” normal. O Ministério da Justiça dos Estados Unidos apurou que 64 das vítimas de estupro anal violento são meninos com menos de 12 anos e que 58.200 crianças foram raptadas por indivíduos não parentes em 1999.
Os tão chamados “especialistas” no campo da sexualidade humana afirmam que as crianças são sexuais não só desde o nascimento, mas até mesmo no útero e são participantes voluntárias de atos sexuais com adultos.
Crianças são incentivadas a ter experiências sexuais cedo e muitas vezes e a se envolver sexualmente com membros do mesmo sexo bem como do sexo oposto. As doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes estão aumentando em proporções epidêmicas, e variedades novas e às vezes fatais de doenças estão sendo registradas. Mais de 50.000 adolescentes contraíram o HIV que avançou para AIDS total e já em 1992 mais de 7.000 meninos e 1.500 meninas morreram de HIV/AIDS.
Como foi que chegamos a esse ponto? Como é que podemos deter essa loucura antes que percamos uma geração inteira?
A pergunta de como chegamos a esse ponto pode ser respondida com duas palavras: Alfred Kinsey. Mesmo 55 anos depois de sua morte. O Dr. Alfred C. Kinsey continua a afetar profundamente a cultura americana. Dois de seus apoiadores mais ardentes, a Dra. Carol Vance, ativista lésbica e antropóloga da Universidade de Columbia, e o Dr. John Money, um defensor assumido da pedofilia e pioneiro de cirurgia transgênera na Universidade de Johns Hopkins, resumiram de forma convincente o legado do Dr. Kinsey — um legado que eles consideram “progresso” sexual, mas é em realidade anarquia sexual.
Falando num congresso sobre Kinsey em 1998 de companheiros sexólogos da Universidade Estadual de San Francisco, a Dra. Vance disse: “O campo de batalha é a biografia”. [1] Se Kinsey for desacreditado, ela alertou, “200 anos de progresso sexual poderão ser arruinados”.
As declarações da Dra. Vance ecoam comentários feitos em 1981 pelo Dr. Money no 5º Congresso Mundial de Sexologia em Israel. Eles também concordaram que as informações contidas na Tabela 34, abaixo, e os outros dados que registram os abundantes abusos de crianças de Kinsey e sua equipe, descritos em detalhe no estudo de Kinsey de 1948 sobre a sexualidade masculina, seriam a destruição das “eras pré- e pós-Kinsey” globalmente e nos EUA.
Aliás, o Dr. John Bancroft, diretor do Instituto Kinsey, disse na conferência de 1998, que comemorou o aniversário de 50 anos dos estudos de Kinsey, que ele “rezava” para que um programa de televisão britânico, “Secret History: Kinsey Paedophiles” (História Secreta: Os Pedófilos de Kinsey), jamais fosse exibido nos Estados Unidos porque o público não compreenderia a “ciência” que Kinsey usou quando publicou as tabelas 30-34. Ele compreendia que se essas tabelas fossem amplamente divulgadas nos Estados Unidos, então o campo inteiro da sexualidade humana e da educação sexual humana seria destruído.
Esse campo da sexualidade humana e da educação sexual humana e 200 anos de “progresso sexual” que esses “cientistas” de elite estavam tão preocupados que seriam destruídos são descritos de forma melhor como anarquia sexual. Essa anarquia sexual que deu a esses cientistas e seus seguidores prestígio, dinheiro, credibilidade e controle sobre a desconstrução da sociedade civil judaico-cristã foi fabricada pelo Dr. Kinsey.
Como zoólogo de vespas na Universidade de Indiana de 1920 até sua morte em 1956, o Dr. Kinsey é famoso por seus livros de grande impacto, Sexual Behavior in the Human Male [Conduta Sexual no Homem] (1948)[2] e Sexual Behavior in the Human Female [Conduta Sexual na Mulher] (1953),[3] financiados pela Universidade de Indiana e pela Fundação Rockefeller.
O Dr. Kinsey disse que sua missão era eliminar o legado legal e comportamental sexualmente “repressivo” do Cristianismo e Judaísmo. Ele afirmava que esse legado sexual “repressivo” era responsável por males socio-sexuais como o divórcio, estupro, filhos ilegítimos, doenças venéreas, delinquência juvenil, promiscuidade sexual, homossexualidade, adultério e abuso sexual de crianças.
Além disso, ele argumentava que se nós americanos admitíssemos que estávamos realmente engajados em condutas devassas generalizadas, em vez de negar hipocritamente, então esses males socio-sexuais seriam dramaticamente reduzidos.
Em grande medida, a missão do Dr. Kinsey foi cumprida, na maior parte depois de sua morte, por sua legião de verdadeiros crentes — elitistas que fizeram lavagem cerebral sistemática em seus colegas das elites intelectuais para adotar a cosmovisão secular pansexual e jogar no lixo a cosmovisão judaico-cristã sobre a qual este país foi fundado e prosperou.
O resultado da missão do Dr. Kinsey foi totalmente o contrário da utopia que ele predisse. Em vez de reduzir os males socio-sexuais que ele afirmava serem desenfreados nos Estados Unidos antes de Kinsey, a implementação da cosmovisão de Kinsey vem aumentando o existente trauma sexual global e ao mesmo tempo vem introduzindo um exército de novos males que são objetivamente definidos como anarquia sexual. Como um câncer se espalhando em todo o corpo, a anarquia sexual se espalhou em toda a estrutura da sociedade, afetando todos os aspectos da vida americana e todo homem, mulher e criança.
De acordo com o “estudo” de Kinsey financiado pelos Rockefellers, a “ciência” dele demonstrou que os seres humanos desde o início viviam copulando como insetos ou macacos, mas de modo sistemático e hipócrita viviam mentindo sobre suas condutas. Os adultos afirmavam que eram virgens, ou matrimonialmente fiéis, mas, de acordo com Kinsey, a verdade era que a maioria das pessoas era promíscua e a generalizada promiscuidade sexual não havia provocado nenhum dano à sociedade civil.
Portanto, disse Kinsey, todas as leis que restringem a conduta sexual — as leis que haviam favorecido e protegido mulheres, crianças e a família durante gerações — eram simplesmente sobras antiquadas deixadas por uma era desinformada e hipócrita. Tais leis sexuais não eram mais válidas numa “era sexualmente iluminada e honesta”.
Depois, apareceu “o propagandista de Kinsey”: Hugh Hefner e sua revista Playboy. Por insistência de Kinsey, as leis dos Estados Unidos foram esvaziadas para se assemelharem ao estilo de vida de sexo livre que Kinsey alegava que os americanos estavam vivendo desde o começo, e pudessem finalmente viver publicamente com um espírito aberto e livre — sem mais mentiras e fingimento. Portanto, o Código Penal Modelo do Instituto de Direito Americano em 1955 jogou no lixo os padrões sexuais do “direito comum” que eram baseados na autoridade e procedente da Bíblia para ficar com a “lei científica” baseada nos “dados alegadamente objetivos” de Kinsey.
O Instituto de Direito Americano (IDA) recomendou leis que trivializavam o estupro e permitiam a fornicação, a coabitação, a sodomia e o adultério. Logo depois, a fornicação, a coabitação e o adultério foram descriminalizados de modo que se tornariam comuns, normais e inofensivos, conforme Kinsey disse que haviam sido desde o começo. Em 1957, o Ministério da Defesa dos Estados Unidos usou Kinsey e sua equipe para concluir que os homossexuais não representam um risco de segurança.
O IDA também recomendou mudar a definição de obscenidade, o que o Supremo Tribunal fez em 1960. Naquele mesmo ano, a alegação de Kinsey de que de 10% a 37% da população masculina são pelo menos às vezes homossexuais foi usada para promover “direitos gays” nas profissões das elites, tais como medicina, psiquiatria, assistência social, educação, etc.
Em 1961, Illinois se tornou o primeiro estado a legalizar a sodomia heterossexual. Em 1962 Ralph Slovenko escreveu na revista Vanderbilt Law Review (Análise do Direito na Universidade Vanderbilt) que crianças de quatro ou cinco anos são provocativas: “Até mesmo com a idade de quatro ou cinco anos, essa sedução pode ser tão potente a ponto de oprimir o adulto e levá-lo a cometer o crime”.
Naquele mesmo ano, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos declarou que a oração em escolas públicas era inconstitucional [4] e no ano seguinte declarou que a leitura da Bíblia nas escolas públicas era inconstitucional. [5]
A cosmovisão judaico-cristã foi eliminada das salas de aula. As escolas não mais poderiam ensinar que a fornicação, o adultério ou a coabitação eram ilegais, e os professores de saúde não mais poderiam indicar que o sexo deveria ser confinado ao casamento porque isso refletiria uma cosmovisão “religiosa”, portanto, alegadamente sem base científica.
A única possibilidade que restava para ensinar a reprodução humana era a cosmovisão “científica” de Kinsey.
Em 1968, mais de 51.000 profissionais sexuais haviam sido treinados pelo não autorizado
IEASH (Instituto para o Estudo Avançado da Sexualidade Humana) para ensinar a sexualidade, conforme Kinsey, nas escolas e faculdades médicas e a projetar currículos de educação sexual para as escolas. Em 1975, o IEASH começou a credenciar educadores sexuais em “sexo seguro” com o nível de doutorado.
A contracepção se tornou uma necessidade em face das mudanças radicais no cenário sexual, e assim é que foi legalizada em 1965.[6]
Tabela 34, uma das cinco tabelas que documentam o protocolo de abuso sexual da equipe de Kinsey no livro Conduta Humana no Homem (1948).
À medida que a evidência de falta de “consentimento” se tornou o único critério para crimes sexuais, as alegadas vítimas de estupro eram comumente desafiadas como “gostando” do sexo brutal e como dando consentimento para a atividade sexual. A prostituição e o estupro foram cada vez mais mencionados como “crimes sem vítimas” nos tribunais e nos meios de comunicação.
Portanto, o direito de ter sexo para “diversão” e lucro se tornou a justificativa para uma indústria sexual, inaugurada pelo propagandista de Kinsey, Hugh Hefner, que inclui pornografia infantil e adulta, exibicionismo, prostituição e clubes de strip-tease, para mencionar somente uns poucos.
Essa indústria cresceu tanto que virou um mercado multibilionário, dando a seus fornecedores os recursos e poder político para negociar verbas para organizações de pesquisa na área de sexologia e organizações que criam currículos de educação sexual para as escolas dos EUA, bem como o acesso a grupos de pressão política e, comprovadamente, a legisladores estaduais e federais para continuarem a mudar a lei para favorecer os interesses da indústria sexual.
A Playboy e outras revistas pornográficas têm também financiado a Federação de Planejamento Familiar, o Conselho de Informações e Educação Sexual dos Estados Unidos (conhecido pela sigla em inglês SIECUS), o Instituto Kinsey e outras instituições de “sexologia”.
Em 1967, a Playboy concedeu a primeira de muitas verbas para a [organização esquerdista de pressão política] ACLU para apoiar o uso de drogas, a pornografia, o aborto, a homossexualidade, a [des]educação sexual nas escolas e a eliminação ou redução das penas para os criminosos sexuais. Começando em 1970, a Playboy oficialmente concedeu financiamentos para a ONRLM, Organização Nacional para Revogar as Leis contra a Maconha.
O ano de 1969 trouxe eventos importantes relacionados à campanha sistemática para normalizar a homossexualidade conforme era promovida com sucesso por Kinsey 21 anos antes.
A Frente de Liberação Gay foi formada na Universidade Alternativa de Nova Iorque.
A Associação Americana de Sociologia oficialmente declarou que a homossexualidade é normal, citando a “pesquisa” de Kinsey. A Força-Tarefa sobre Homossexualidade dos Institutos Nacionais de Saúde Mental recomendou legalizar atos homossexuais (sodomia) consensuais privados citando os “dados” de Kinsey. [7] Em 1972, essa força-tarefa, liderada por discípulos de Kinsey, recomendou insistentemente que a homossexualidade fosse ensinada como variação sexual normal nas escolas dos EUA.
Uma lei de divórcio “sem determinação de culpabilidade” foi solenemente introduzida na Califórnia em 1970. Em 1985, leis de divórcio “sem determinação de culpabilidade” estavam em vigor em 49 estados. Isso ocasionou um aumento enorme no índice de divórcio e o empobrecimento de mulheres e crianças, aumentando a necessidade para assistencialismo estatal e aborto, sendo que o aborto foi legalizado em 1973.[8]
A ausência de pais no lar reduziu a vida doméstica, econômica, social, emocional e espiritual, o que provocou uma epidemia de abusos sexuais contra as crianças, mais promiscuidade sexual, mais criminalidade — inclusive estupro e prostituição — mais doenças venéreas e esterilidade em moças. Sem nenhum pai no lar, os filhos estavam de modo significativo mais vulneráveis a abusos por parte de crianças mais velhas, o que era redefinido por Kinsey como “inofensivas” brincadeiras sexuais entre colegas.
Essas “inofensivas” brincadeiras sexuais levaram a índices elevados de doenças venéreas, promiscuidade sexual, identidade homossexual assumida e suicídio.
Essas desordens então abriram a porta para formas adicionais e mais perigosas de [des]educação sexual compulsória mascaradas como “orgulho” da própria “orientação” sexual, leis contra bullying, prevenção à AIDS e mais orientações em “sexo seguro”, inclusive masturbação mútua, sodomia oral e anal e ver pornografia.
Em 1981 a Dra. Mary Calderone, presidente do SIECUS e ex-diretora médica da Federação de Planejamento Familiar, radicalizou mais do que Kinsey, afirmando que as crianças são sexuais no útero (Kinsey dissera que as crianças eram sexuais desde o nascimento).
Calderone anunciou que a conscientização da sexualidade infantil era a meta principal de sua organização. Isso marcou o padrão “científico” para a distribuição de camisinhas para crianças na nação inteira.
Intervenções terapêuticas foram instituídas para ajudar os jovens que estavam agora cada vez mais traumatizados. Intervenções farmacológicas também aumentaram, inclusive vacinas compulsórias de Hepatite B para bebês e vacinas do HPV para crianças em idade do ensino fundamental como “proteções” contra DSTs. Ambas as vacinas foram promovidas num manifesto pedófilo de 1977 chamado “Direitos da Criança”.
Dava para se escrever centenas de páginas sobre essas questões e os efeitos colaterais adversos da bem-sucedida propaganda de promiscuidade de Kinsey que fizeram os EUA cair num estado de anarquia sexual.
Precisamos colocar toda nossa atenção agora no modo como podemos deter toda essa loucura — não ignorando o problema ou desistindo de tudo em desespero. Deus está do nosso lado, exatamente como Ele estava do lado daqueles que fundaram este país.
Deus usou 56 homens tementes a Deus para enfrentar a maior potência imperial do mundo livre e dar nascimento a esta grande nação. Ele pode nos usar para enfrentar o atual estado de anarquia sexual, retornar esta nação às nossas raízes judaico-cristãs e resgatar nossos filhos do inimigo que busca roubar, matar e destruir.
Como beneficiários da ação miraculosa de Deus que criou os Estados Unidos, não podemos fazer menos que isso. Kinsey e seus discípulos no Instituto Kinsey por mais de 60 estão remoldando a cultura americana. Com as décadas de pesquisas da Dra. Reisman, temos as armas para prevalecer, e precisamos nos unir para criar uma resposta judaico-cristã para o Instituto Kinsey. Temos o apoio do Deus do universo. Podemos e temos de ganhar esta batalha.
Notas:
1 - “O campo de batalha se tornou a biografia à medida que conservadores morais como a Dra. Judith Reisman se esforçam para desacreditar Alfred Kinsey a fim de rever outra era americana”, alertou a professora Carole Vance. Outro infame sexólogo declarou: “Tenho alguns problemas, e estou certo de que vários de nós têm, com o uso da palavra ‘normal’. Se considerarmos o abuso sexual de crianças, o problema para defini-lo, até que ponto estamos falando dos aspectos da conduta que chamaríamos errada… não sabemos realmente até que ponto essas experiências são danosas…” (6 de novembro de 1998, seminário da Universidade Estadual de San Francisco “Kinsey At 50: Reflections On Changes In American Attitudes About Sexuality Half A Century After The Alfred Kinsey Studies”, celebrando Kinsey e tratando de estratégias de anarquia para uma novo futuro sexual global).
2 - No mesmo ano, a Fundação Carnegie financiou o Comitê de Educação Legal da Associação de Advogados, Juristas e Magistrados dos EUA e do Instituto de Direito Americano. Outros livros pró-Kinsey foram publicados pedindo reformas nas leis sexuais e complacência para os criminosos.
3 - Naquele ano, a comissão parlamentar Reece foi proibida de investigar os dados de Kinsey. Além disso, a Federação de Planejamento Familiar foi fundada em Washington, D.C.
4 - Engel v. Vitale, 370 U.S. 421 (1962).
5 - Abington School District v. Schempp, 372 U.S. 203 (1963).
6 - Griswold v. Connecticut, 381 U.S. 479 (1965) (casais casados), Eisenstadt v. Baird, 405 U.S. 438 (1972) (casais amigados).
7 - O Supremo Tribunal manteve a criminalização da sodomia na decisão Bowers versus Hardwick, 478 U.S. 186 (1986), mas então revogou essa decisão e resolveu que a sodomia homossexual não mais poderia ser criminalizada, na decisão Lawrence versus Texas, 539 U.S. 558 (2003). Essa última decisão foi em grande parte baseada no Código Penal Modelo do IDA, o qual era amplamente mencionado como um documento de Kinsey.
8 - Roe versus Wade, 410 US 113 (1973). Conforme o juiz Kennedy observou na opinião da decisão Lawrence, Griswold e Eisenstadt eram parte do campo de batalha para a opinião em Roe. Lawrence, 539 U.S. at 565. Isso ilustra como o legado de Kinsey tem permeado todos os aspectos da sociedade.
Tradução: Julio Severo
A CORRUPÇÃO É MESMO UM CRIME "HEDIONDO"?
Artigos - Direito
Será que ninguém percebe a diferença entre um larápio contumaz e um psicopata assassino, que tira vidas humanas da forma mais cruel que se possa imaginar?
O que esta proposta pretende é banalizar os crimes hediondos de fato.
A página do Senado na Internet divulgou, entre os dias 15 e 31 de agosto, uma enquete para saber se a população acredita que a corrupção deva ser considerada um “crime hediondo”.
Tal pesquisa correu pela rede e pelos sites de relacionamento como rastilho de pólvora, obtendo o assustador percentual de 99,44% favorável à inclusão, num total de 426 mil votantes. O projeto é do senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso (um partido comunista, vale salientar), que afirma que “hediondo” significa “nojento, o que dá asco”.
Ao contrário da maioria das pessoas eu votei contra e, como estou sendo muito questionada - e até condenada -, resolvi escrever este artigo a fim de explicar mais detalhadamente minha posição.
Antes, porém, descrevo o que significa “corrupção”, “corrupto” e “hediondo”, segundo consta no dicionário Houaiss:
CORRUPÇÃO:
Ato, processo ou efeito de corromper, depravação de atos e costumes. Emprego, por parte de grupo de pessoas de serviço público e/ou particular, de meios ilegais para, em benefício próprio, apropriar-se de informações privilegiadas acarretando crime de lesa-pátria.
CORRUPTO:
Que ou aquele que age desonestamente, em benefício próprio ou de outrem, especialmente nas instituições públicas, lesando a nação, o patrimônio público, etc.
HEDIONDO:
Que causa horror, repulsivo, horrível. Que provoca reação de grande indignação moral, ignóbil, pavoroso, repulsivo, que é sórdido.
Desde os tempos de José Sarney, passando por Collor, FHC e atingindo seu apogeu na era petista, o país está acostumado a cada dia surgir um novo escândalo de corrupção, onde o suado dinheiro dos pagadores compulsórios de impostos escorrem pelos desvãos das casas legislativas, engordando o patrimônio de velhas raposas da política nacional. O relativismo moral fez com que as pessoas se inconformassem mais com os atos de corrupção do que com os 50.000 brasileiros assassinados por ano, em decorrência do tráfico de drogas. Os primeiros são crimes de “esperteza”, malandragem, onde o mal não está necessariamente presente. Nos segundos, o mal é intrínseco e elemento indispensável à sua execução.
Não estou defendendo a corrupção e creio que esses casos devam ser rigorosamente apurados e seus autores julgados e trancafiados numa penitenciária, sem qualquer regalia nem “abrandamento” da pena. Entretanto, não posso fazer de conta que não existe uma escala de valores e um índice de maldade para os atos humanos.
O político corrupto se apropria daquilo que não lhe pertence, ou seja, rouba dinheiro do erário que, conforme me alegaram, poderia ser empregado em mais escolas, na segurança, nos falidos e decadentes hospitais da rede pública, no qual concordo plenamente. Entretanto, a vida humana é um bem maior e não pode ser relativizada com um roubo puro e simples.
Para exemplificar melhor meu ponto de vista, lembro alguns escabrosos casos clássicos da bestialidade humana que chocaram o país.
Em 20 de abril de 1997, o índio Galdino Jesus dos Santos, da tribo Pataxó, foi queimado vivo por jovens de classe média alta enquanto dormia em um ponto de ônibus na Asa Sul de Brasília.
Em 20 de fevereiro de 2007, o menino João Hélio, de 6 anos, foi arrastado por sete quilômetros, preso à porta do carro de sua mãe que fora roubado por assaltantes, deixando pedaços de seu crânio e encéfalo espalhados pelo caminho.
Em 12 de agosto de 2011, a juíza Patricia Acioly foi metralhada com 21 tiros na porta de sua casa em Niterói.
Há ainda o caso do jornalista Tim Lopes, queimado vivo por traficantes no que eles chamam de “microondas”, as vítimas do “Maníaco do Parque”, estupradas e assassinadas em seguida, ou o de Suzane von Richthofen, que ajudou o namorado e o irmão deste a assassinar os próprios pais e depois foi a uma festa.
Ora, será que ninguém percebe a diferença entre um larápio contumaz e um psicopata assassino, que tira vidas humanas da forma mais cruel que se possa imaginar como nos casos acima citados?
Vocês se chocam mais com a dinheirama que vem escorrendo dos cofres públicos direto para o caixa 2 de partidos políticos, parlamentares, empreiteiras e associações fantasma, do que com os bárbaros crimes que se cometem contra vidas humanas?
A defesa de que a corrupção é um crime hediondo porque do dinheiro roubado que poderia ser utilizado na compra de remédios, ou merenda escolar pode causar a morte de pessoas inocentes, obedece à mesma lógica sinistra dos desarmamentistas.
Ao contrário dos desarmamentistas, sabemos que uma arma de per si não mata, mas sim quem a utiliza de forma inadequada. E é com esta lógica que afirmam - alguns até sem perceber o ardil que o argumento esconde - que o dinheiro fruto da corrupção pode provocar mortes, na medida em que deixa de servir às necessidades da população.
Utilizando o mesmo objeto de comparação, a corrupção, pergunto: o crime do qual foi acusado o ex-presidente Fernando Collor, pode ser posto no mesmo patamar dos escândalos do “mensalão”?
Ambos são crimes de corrupção, no entanto, e apesar do exagerado impeachment de Collor, pode-se afirmar que o seu crime foi "hediondo", que causou estupor e clamou aos céus por justiça?
O que esta proposta pretende é banalizar os crimes hediondos de fato, pois na lógica mais elementar, praticada por uma pessoa em seu perfeito juízo, roubar o erário público não pode jamais ter o mesmo valor dos crimes de estupro seguido de morte, da pedofilia, do aborto, do tráfico de drogas, da execução sumária, dos justiçamentos, dos crimes onde a maldade mais subterrânea é seu motor principal, geralmente praticado por sociopatas e psicopatas.
E quem está propondo esta excrescência sabe, perfeitamente bem, que esta medida visa tão-somente a obedecer à engenharia social, modificando o comportamento das pessoas até o ponto em que a sociedade vá as ruas bradar pelo fim da corrupção e se cale e ache natural que morram mais brasileiros nas mãos de narco-terroristas do que nas guerras do Oriente Médio.
Não. Corrupção não é um crime hediondo. Hediondo é algo mais do que “nojento, dá asco”. É algo que clama aos céus desde as entranhas em defesa da vida humana, antes de qualquer outra coisa. A corrupção deve ser combatida e reprimida mas já é um crime previsto em lei - o de roubo -, que poderia ser solucionado caso não houvesse no país leis “que pegam” e leis “que não pegam”, e se no Brasil não houvesse iguais que são “mais iguais que os outros”. Simples assim.
Graça Salgueiro, 02/9/011
Será que ninguém percebe a diferença entre um larápio contumaz e um psicopata assassino, que tira vidas humanas da forma mais cruel que se possa imaginar?
O que esta proposta pretende é banalizar os crimes hediondos de fato.
A página do Senado na Internet divulgou, entre os dias 15 e 31 de agosto, uma enquete para saber se a população acredita que a corrupção deva ser considerada um “crime hediondo”.
Tal pesquisa correu pela rede e pelos sites de relacionamento como rastilho de pólvora, obtendo o assustador percentual de 99,44% favorável à inclusão, num total de 426 mil votantes. O projeto é do senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso (um partido comunista, vale salientar), que afirma que “hediondo” significa “nojento, o que dá asco”.
Ao contrário da maioria das pessoas eu votei contra e, como estou sendo muito questionada - e até condenada -, resolvi escrever este artigo a fim de explicar mais detalhadamente minha posição.
Antes, porém, descrevo o que significa “corrupção”, “corrupto” e “hediondo”, segundo consta no dicionário Houaiss:
CORRUPÇÃO:
Ato, processo ou efeito de corromper, depravação de atos e costumes. Emprego, por parte de grupo de pessoas de serviço público e/ou particular, de meios ilegais para, em benefício próprio, apropriar-se de informações privilegiadas acarretando crime de lesa-pátria.
CORRUPTO:
Que ou aquele que age desonestamente, em benefício próprio ou de outrem, especialmente nas instituições públicas, lesando a nação, o patrimônio público, etc.
HEDIONDO:
Que causa horror, repulsivo, horrível. Que provoca reação de grande indignação moral, ignóbil, pavoroso, repulsivo, que é sórdido.
Desde os tempos de José Sarney, passando por Collor, FHC e atingindo seu apogeu na era petista, o país está acostumado a cada dia surgir um novo escândalo de corrupção, onde o suado dinheiro dos pagadores compulsórios de impostos escorrem pelos desvãos das casas legislativas, engordando o patrimônio de velhas raposas da política nacional. O relativismo moral fez com que as pessoas se inconformassem mais com os atos de corrupção do que com os 50.000 brasileiros assassinados por ano, em decorrência do tráfico de drogas. Os primeiros são crimes de “esperteza”, malandragem, onde o mal não está necessariamente presente. Nos segundos, o mal é intrínseco e elemento indispensável à sua execução.
Não estou defendendo a corrupção e creio que esses casos devam ser rigorosamente apurados e seus autores julgados e trancafiados numa penitenciária, sem qualquer regalia nem “abrandamento” da pena. Entretanto, não posso fazer de conta que não existe uma escala de valores e um índice de maldade para os atos humanos.
O político corrupto se apropria daquilo que não lhe pertence, ou seja, rouba dinheiro do erário que, conforme me alegaram, poderia ser empregado em mais escolas, na segurança, nos falidos e decadentes hospitais da rede pública, no qual concordo plenamente. Entretanto, a vida humana é um bem maior e não pode ser relativizada com um roubo puro e simples.
Para exemplificar melhor meu ponto de vista, lembro alguns escabrosos casos clássicos da bestialidade humana que chocaram o país.
Em 20 de abril de 1997, o índio Galdino Jesus dos Santos, da tribo Pataxó, foi queimado vivo por jovens de classe média alta enquanto dormia em um ponto de ônibus na Asa Sul de Brasília.
Em 20 de fevereiro de 2007, o menino João Hélio, de 6 anos, foi arrastado por sete quilômetros, preso à porta do carro de sua mãe que fora roubado por assaltantes, deixando pedaços de seu crânio e encéfalo espalhados pelo caminho.
Em 12 de agosto de 2011, a juíza Patricia Acioly foi metralhada com 21 tiros na porta de sua casa em Niterói.
Há ainda o caso do jornalista Tim Lopes, queimado vivo por traficantes no que eles chamam de “microondas”, as vítimas do “Maníaco do Parque”, estupradas e assassinadas em seguida, ou o de Suzane von Richthofen, que ajudou o namorado e o irmão deste a assassinar os próprios pais e depois foi a uma festa.
Ora, será que ninguém percebe a diferença entre um larápio contumaz e um psicopata assassino, que tira vidas humanas da forma mais cruel que se possa imaginar como nos casos acima citados?
Vocês se chocam mais com a dinheirama que vem escorrendo dos cofres públicos direto para o caixa 2 de partidos políticos, parlamentares, empreiteiras e associações fantasma, do que com os bárbaros crimes que se cometem contra vidas humanas?
A defesa de que a corrupção é um crime hediondo porque do dinheiro roubado que poderia ser utilizado na compra de remédios, ou merenda escolar pode causar a morte de pessoas inocentes, obedece à mesma lógica sinistra dos desarmamentistas.
Ao contrário dos desarmamentistas, sabemos que uma arma de per si não mata, mas sim quem a utiliza de forma inadequada. E é com esta lógica que afirmam - alguns até sem perceber o ardil que o argumento esconde - que o dinheiro fruto da corrupção pode provocar mortes, na medida em que deixa de servir às necessidades da população.
Utilizando o mesmo objeto de comparação, a corrupção, pergunto: o crime do qual foi acusado o ex-presidente Fernando Collor, pode ser posto no mesmo patamar dos escândalos do “mensalão”?
Ambos são crimes de corrupção, no entanto, e apesar do exagerado impeachment de Collor, pode-se afirmar que o seu crime foi "hediondo", que causou estupor e clamou aos céus por justiça?
O que esta proposta pretende é banalizar os crimes hediondos de fato, pois na lógica mais elementar, praticada por uma pessoa em seu perfeito juízo, roubar o erário público não pode jamais ter o mesmo valor dos crimes de estupro seguido de morte, da pedofilia, do aborto, do tráfico de drogas, da execução sumária, dos justiçamentos, dos crimes onde a maldade mais subterrânea é seu motor principal, geralmente praticado por sociopatas e psicopatas.
E quem está propondo esta excrescência sabe, perfeitamente bem, que esta medida visa tão-somente a obedecer à engenharia social, modificando o comportamento das pessoas até o ponto em que a sociedade vá as ruas bradar pelo fim da corrupção e se cale e ache natural que morram mais brasileiros nas mãos de narco-terroristas do que nas guerras do Oriente Médio.
Não. Corrupção não é um crime hediondo. Hediondo é algo mais do que “nojento, dá asco”. É algo que clama aos céus desde as entranhas em defesa da vida humana, antes de qualquer outra coisa. A corrupção deve ser combatida e reprimida mas já é um crime previsto em lei - o de roubo -, que poderia ser solucionado caso não houvesse no país leis “que pegam” e leis “que não pegam”, e se no Brasil não houvesse iguais que são “mais iguais que os outros”. Simples assim.
Graça Salgueiro, 02/9/011
COMÉDIAS, TRAGÉDIAS E EMPULHAÇÕES À LA FAÇON DU BRESIL
Artigos - Direito
CENA 1: O presidente do Supremo Tribunal Federal, ao defender a esdrúxula união de pessoas do mesmo sexo, definiu seu órgão sexual como um mero adorno. Parece que os colegas concordaram, pois a aprovação foi unânime! Adorno?! Porca miseria!
CENA 2: O Coordenador da Lei Seca no Estado do Rio, o responsável pelos aborrecimentos e engarrafamentos causados pelos exames inconstitucionais de bafômetro, atropelou e matou quatro pessoas dirigindo provavelmente alcoolizado, pois abandonou o local, não prestou socorro às vítimas e apresentou-se para exame de nível alcoólico no sangue somente 18 horas após a ocorrência. Uma coleguinha prestimosa mandou um reboque da Prefeitura para rebocar o carro do meliante, contrariando todas as normas da lei.
CENA 3: Catástrofe anunciada: bondinho de Santa Tereza descarrila, mata cinco pessoas e fere dezenas. O motorneiro, na profissão há 30 anos, ainda gritou para os passageiros saltarem porque estava sem freio descendo uma ladeira. O Governador Cabral, que apesar do sobrenome não descobriu coisa nenhuma e só se preocupa com passeatas gays e de liberação das drogas, declarou com a maior cara de pau que o culpado era o motorneiro que andava em alta velocidade. Depois, muito a contra gosto, admitiu que houvesse falha na manutenção dos veículos. O Secretário de Transportes disse o tal carro – um dos três únicos restantes - tinha ido para a oficina treze vezes nos últimos 30 dias, e declarou que apenas uma ínfima parte do orçamento destinado aos bondinhos tinha sido usada para os referidos, mas não disse para onde foi o resto da grana! Nem ninguém perguntou! Réu confesso, não será processado nem perdeu o cargo!
CENA 4: Uma ilustre deputada, Jaqueline Roriz, flagrada com a mão na cumbuca, alegou em sua defesa que não poderia perder o mandato porque quando o fato – leia-se: a roubalheira – ocorreu, era apenas uma cidadã comum e, portanto, não precisava seguir os procedimentos de ética parlamentar! 265 “coléguas” acataram sua defesa e a absolveram! Ora bolas, e alguém esperava decisão diferente? Ah, bom, ela ainda tem que prestar contas à Justiça (sic). Que alívio!
Novas empulhações à vista
Depois da Lei Seca, do Cansei!, da campanha da Ficha Limpa, agora “organizações da Sociedade Civil (dá-lhe Gramsci!) anunciaram novas empulhações para os próximos dias: enérgicas atitudes contra a corrupção. Para o Dia da Independência estão programados um Dia Nacional de Luto e uma marcha, organizada pelas “redes sociais”. Na página do protesto na rede social, os organizadores afirmam que a manifestação não tem apoio de partidos, sindicatos ou empresas. E surgiu da mobilização de cidadãos comuns diante das denúncias de corrupção, como as recentes ocorridas nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura. “A corrupção virou uma doença no Brasil. Sentimos que temos que fazer alguma coisa”.
Manifestação espontânea uma ova, como todas as demais, passadas, presentes e futuras, o núcleo é uma organização que pertence à tal “sociedade civil” só de fachada: a OAB. Esta associação é parte integrante da organização da justiça nacional, pois, segundo o § 3º do Artigo 129 da Constituição Federal, que trata das funções institucionais do Ministério Público “O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e observada, nas nomeações a ordem de classificação”.
É um estranhíssimo caso de uma associação profissional fazer parte dos processos constitucionais, como que, imagino, só pode existir no Brasil e denuncia um corporativismo de causar inveja ao Duce e ao Gran Consiglio del Fascismo.
A pior deixei para o final: a campanha para tornar a corrupção um crime hediondo! É tão pouco séria que até já consta na página do senado federal (com minúsculas mesmo!).
A quem interessa esta palhaçada? Não passa de prestidigitação das mais safadas para desviar a atenção da população dos verdadeiros crimes hediondos e abjetos que são cometidos diuturnamente e até estimulados: os 50 mil homicídios anuais, as campanhas para liberação das drogas em conluio com as FARC, do aborto e da pedofilia (consta que a American Psychiatric Association já discute a retirada desta perversão do rol de doenças mentais, como fez com a inversão sexual), a entrega de partes enormes do nosso território a “nações indígenas” criadas pela ONU, fundações globais e suas ONGs, aonde os habitantes poderão prosseguir em suas práticas selvagens de enterrar crianças vivas. Logo, logo chegará aqui o que é comentado no artigo publicado no Mídia Sem Máscara Isso não é intromissão, é assassinato, a prática diabólica da “redução de fetos”.
Mas os brasileiros, dinheiristas por natureza, se preocupam mais com seu querido bolso do que com a vida humana. Uma marcha contra a liberalização do aborto? Ou contra os crimes de pedófilos e estupradores? Impossível!
Uma mistura explosiva
Por enquanto, aqui no Brasil só existe um moralismo idiota, por parte de alguns, ingênuo, por parte de outros e totalmente falso pela maioria. O pior é quando se juntam misticismo com luta contra a corrupção, como já ocorre na Índia. Publicarei nos próximos dias um artigo em duas partes, Onda espiritual e revolução, do jornalista indonésio que se apresenta com o pseudônimo de Richard Jayaprada por ser funcionário de rede jornalística internacional e não poder realizar trabalhos free lance. Por estes artigos verão que o Brasil já está na mira da onda anticorrupção ao molho de curry.
Heitor de Paola, 02/9/2011
CENA 1: O presidente do Supremo Tribunal Federal, ao defender a esdrúxula união de pessoas do mesmo sexo, definiu seu órgão sexual como um mero adorno. Parece que os colegas concordaram, pois a aprovação foi unânime! Adorno?! Porca miseria!
CENA 2: O Coordenador da Lei Seca no Estado do Rio, o responsável pelos aborrecimentos e engarrafamentos causados pelos exames inconstitucionais de bafômetro, atropelou e matou quatro pessoas dirigindo provavelmente alcoolizado, pois abandonou o local, não prestou socorro às vítimas e apresentou-se para exame de nível alcoólico no sangue somente 18 horas após a ocorrência. Uma coleguinha prestimosa mandou um reboque da Prefeitura para rebocar o carro do meliante, contrariando todas as normas da lei.
CENA 3: Catástrofe anunciada: bondinho de Santa Tereza descarrila, mata cinco pessoas e fere dezenas. O motorneiro, na profissão há 30 anos, ainda gritou para os passageiros saltarem porque estava sem freio descendo uma ladeira. O Governador Cabral, que apesar do sobrenome não descobriu coisa nenhuma e só se preocupa com passeatas gays e de liberação das drogas, declarou com a maior cara de pau que o culpado era o motorneiro que andava em alta velocidade. Depois, muito a contra gosto, admitiu que houvesse falha na manutenção dos veículos. O Secretário de Transportes disse o tal carro – um dos três únicos restantes - tinha ido para a oficina treze vezes nos últimos 30 dias, e declarou que apenas uma ínfima parte do orçamento destinado aos bondinhos tinha sido usada para os referidos, mas não disse para onde foi o resto da grana! Nem ninguém perguntou! Réu confesso, não será processado nem perdeu o cargo!
CENA 4: Uma ilustre deputada, Jaqueline Roriz, flagrada com a mão na cumbuca, alegou em sua defesa que não poderia perder o mandato porque quando o fato – leia-se: a roubalheira – ocorreu, era apenas uma cidadã comum e, portanto, não precisava seguir os procedimentos de ética parlamentar! 265 “coléguas” acataram sua defesa e a absolveram! Ora bolas, e alguém esperava decisão diferente? Ah, bom, ela ainda tem que prestar contas à Justiça (sic). Que alívio!
Novas empulhações à vista
Depois da Lei Seca, do Cansei!, da campanha da Ficha Limpa, agora “organizações da Sociedade Civil (dá-lhe Gramsci!) anunciaram novas empulhações para os próximos dias: enérgicas atitudes contra a corrupção. Para o Dia da Independência estão programados um Dia Nacional de Luto e uma marcha, organizada pelas “redes sociais”. Na página do protesto na rede social, os organizadores afirmam que a manifestação não tem apoio de partidos, sindicatos ou empresas. E surgiu da mobilização de cidadãos comuns diante das denúncias de corrupção, como as recentes ocorridas nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura. “A corrupção virou uma doença no Brasil. Sentimos que temos que fazer alguma coisa”.
Manifestação espontânea uma ova, como todas as demais, passadas, presentes e futuras, o núcleo é uma organização que pertence à tal “sociedade civil” só de fachada: a OAB. Esta associação é parte integrante da organização da justiça nacional, pois, segundo o § 3º do Artigo 129 da Constituição Federal, que trata das funções institucionais do Ministério Público “O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, e observada, nas nomeações a ordem de classificação”.
É um estranhíssimo caso de uma associação profissional fazer parte dos processos constitucionais, como que, imagino, só pode existir no Brasil e denuncia um corporativismo de causar inveja ao Duce e ao Gran Consiglio del Fascismo.
A pior deixei para o final: a campanha para tornar a corrupção um crime hediondo! É tão pouco séria que até já consta na página do senado federal (com minúsculas mesmo!).
A quem interessa esta palhaçada? Não passa de prestidigitação das mais safadas para desviar a atenção da população dos verdadeiros crimes hediondos e abjetos que são cometidos diuturnamente e até estimulados: os 50 mil homicídios anuais, as campanhas para liberação das drogas em conluio com as FARC, do aborto e da pedofilia (consta que a American Psychiatric Association já discute a retirada desta perversão do rol de doenças mentais, como fez com a inversão sexual), a entrega de partes enormes do nosso território a “nações indígenas” criadas pela ONU, fundações globais e suas ONGs, aonde os habitantes poderão prosseguir em suas práticas selvagens de enterrar crianças vivas. Logo, logo chegará aqui o que é comentado no artigo publicado no Mídia Sem Máscara Isso não é intromissão, é assassinato, a prática diabólica da “redução de fetos”.
Mas os brasileiros, dinheiristas por natureza, se preocupam mais com seu querido bolso do que com a vida humana. Uma marcha contra a liberalização do aborto? Ou contra os crimes de pedófilos e estupradores? Impossível!
Uma mistura explosiva
Por enquanto, aqui no Brasil só existe um moralismo idiota, por parte de alguns, ingênuo, por parte de outros e totalmente falso pela maioria. O pior é quando se juntam misticismo com luta contra a corrupção, como já ocorre na Índia. Publicarei nos próximos dias um artigo em duas partes, Onda espiritual e revolução, do jornalista indonésio que se apresenta com o pseudônimo de Richard Jayaprada por ser funcionário de rede jornalística internacional e não poder realizar trabalhos free lance. Por estes artigos verão que o Brasil já está na mira da onda anticorrupção ao molho de curry.
Heitor de Paola, 02/9/2011
FILÓSOFOS NO EXÍLIO
Artigos - Cultura
O exílio dos filósofos tem mesmo todo o jeito de ser uma constante, ou quase.
O exílio voluntário ou forçado – mais frequentemente voluntário – parece ser um destino mais comum entre os filósofos do que entre qualquer outro grupo de intelectuais criadores. Sócrates só não foi embora de Atenas porque achou que estava velho demais para aceitar essa oferta do tribunal que o condenou. Preferiu a morte.
Platão retirou-se para uma cidade vizinha, na esperança de que suas ideias pudessem inspirar o governo local, e só voltou para Atenas porque o plano fracassou. Aristóteles passou praticamente toda a sua vida ativa longe da terra natal. Descartes não escreveu um único livro na França; tudo na Holanda, onde morou por vinte anos. Spinoza não saiu do país, mas correu para longe de Amsterdam, onde os rabinos o haviam condenado por heresia.
John Locke escreveu sua obra principal em Paris, e David Hume foi redigir seu Tratado nas vizinhanças do colégio de La Flèche, o mesmo do qual Descartes procurara guardar distancia. Emil Cioran, espremido numa mansarda em Paris, implorava aos visitantes que não falassem romeno com ele, pois isso atrapalhava o esforço insano que ele desenvolvia para se tornar o maior prosador francês do século (conseguiu).
Nem menciono a infinidade de filósofos que fugiram da perseguição comunista e nazista, indo se instalar em Paris, em Londres, na Flórida ou na Califórnia.
A lista ultrapassaria de muito as dimensões deste artigo. Muitos deles, passado o perigo, não conseguiram se adaptar de novo no país de origem, preferindo permanecer para sempre na pátria adotiva.
Em comparação, pintores, músicos e romancistas parecem necessitar da atmosfera nativa, longe da qual sentem definhar sua inspiração. Quem pode imaginar Dostoievski ou Tolstói afastados para sempre da Rússia, Dickens morando em Miami, Giovanni Verga sem a Sicília ou William Faulkner longe do seu querido e abominado Deep South?
Talvez o símbolo mais característico da ligação do escritor com sua terra natal tenha sido George Webber, o herói de You Can’t Go Home Again, de Thomas Wolfe, que saiu buscando sua alma no vasto mundo e só a encontrou ao voltar para casa. Soljenitsin, liberto da opressão comunista depois de décadas de sofrimento, premiado e instalado num hotel suíço de cinco estrelas, queixava-se de que ali não podia escrever, porque não ouvia ninguém em volta falando russo.
Toda regra, é claro, tem exceção. Kant jamais ultrapassou as fronteiras da sua pequena Koenigsberg, mas não sei se o faria caso tivesse saúde para isso. Benedetto Croce era tão apegado à sua Nápoles que, comentavam os amigos, conhecia cada pedra das ruas da cidade.
Os dois maiores filósofos romenos – Petre Tsutsea e Constantin Noica – não saíram do país: o primeiro ficou na cadeia, o segundo em prisão domiciliar. Não sei aonde teriam ido parar se a polícia relaxasse a vigilância.
No mais, o exílio dos filósofos tem mesmo todo o jeito de ser uma constante, ou quase. Um motivo óbvio para isso é o impulso de manter distância da cultura natal para descontaminar-se dela por dentro e olhá-la com independência. Distância externa e interna, portanto.
Toda filosofia tem pretensões de validade universal e, se alguma inspiração obtém do meio originário, logo busca se desvencilhar dele para entrar num diálogo com homens de todos os lugares e de todas as épocas.
O exílio filosófico também não é só espacial, mas temporal.
O filósofo não pode ser um mero "homem do seu tempo": tem de abrir-se a influências vindas de séculos remotos, que o libertarão da prisão mental da sua época e, através dele, lançarão as sementes de um futuro às vezes bem longínquo.
Sto. Tomás adquiriu sua formação mais de Aristóteles que de qualquer dos seus contemporâneos. Só veio a receber a atenção universal que merecia depois da Encíclica Aeterni Patris, de Leão XIII (1879). Leibniz deixou-se impregnar profundamente de uma filosofia escolástica que os homens do seu século desprezavam e julgavam extinta para sempre. Graças a isso, teve intuições cujo acerto magistral só a ciência do século 20 viria confirmar.
Martin Heidegger foi mais influenciado pelos pré-socráticos do que mesmo por seu mestre imediato, Edmund Husserl (ele próprio um exilado voluntário). E René Descartes, malgrado seus ocasionais arroubos de ineditismo, acabou mostrando um agudo senso da supratemporalidade ao confessar: "Os antigos peripatéticos não disseram uma palavra que não fosse nova, nem eu alguma que não fosse velha."
Olavo de Carvalho, 05/08/2011
O exílio dos filósofos tem mesmo todo o jeito de ser uma constante, ou quase.
O exílio voluntário ou forçado – mais frequentemente voluntário – parece ser um destino mais comum entre os filósofos do que entre qualquer outro grupo de intelectuais criadores. Sócrates só não foi embora de Atenas porque achou que estava velho demais para aceitar essa oferta do tribunal que o condenou. Preferiu a morte.
Platão retirou-se para uma cidade vizinha, na esperança de que suas ideias pudessem inspirar o governo local, e só voltou para Atenas porque o plano fracassou. Aristóteles passou praticamente toda a sua vida ativa longe da terra natal. Descartes não escreveu um único livro na França; tudo na Holanda, onde morou por vinte anos. Spinoza não saiu do país, mas correu para longe de Amsterdam, onde os rabinos o haviam condenado por heresia.
John Locke escreveu sua obra principal em Paris, e David Hume foi redigir seu Tratado nas vizinhanças do colégio de La Flèche, o mesmo do qual Descartes procurara guardar distancia. Emil Cioran, espremido numa mansarda em Paris, implorava aos visitantes que não falassem romeno com ele, pois isso atrapalhava o esforço insano que ele desenvolvia para se tornar o maior prosador francês do século (conseguiu).
Nem menciono a infinidade de filósofos que fugiram da perseguição comunista e nazista, indo se instalar em Paris, em Londres, na Flórida ou na Califórnia.
A lista ultrapassaria de muito as dimensões deste artigo. Muitos deles, passado o perigo, não conseguiram se adaptar de novo no país de origem, preferindo permanecer para sempre na pátria adotiva.
Em comparação, pintores, músicos e romancistas parecem necessitar da atmosfera nativa, longe da qual sentem definhar sua inspiração. Quem pode imaginar Dostoievski ou Tolstói afastados para sempre da Rússia, Dickens morando em Miami, Giovanni Verga sem a Sicília ou William Faulkner longe do seu querido e abominado Deep South?
Talvez o símbolo mais característico da ligação do escritor com sua terra natal tenha sido George Webber, o herói de You Can’t Go Home Again, de Thomas Wolfe, que saiu buscando sua alma no vasto mundo e só a encontrou ao voltar para casa. Soljenitsin, liberto da opressão comunista depois de décadas de sofrimento, premiado e instalado num hotel suíço de cinco estrelas, queixava-se de que ali não podia escrever, porque não ouvia ninguém em volta falando russo.
Toda regra, é claro, tem exceção. Kant jamais ultrapassou as fronteiras da sua pequena Koenigsberg, mas não sei se o faria caso tivesse saúde para isso. Benedetto Croce era tão apegado à sua Nápoles que, comentavam os amigos, conhecia cada pedra das ruas da cidade.
Os dois maiores filósofos romenos – Petre Tsutsea e Constantin Noica – não saíram do país: o primeiro ficou na cadeia, o segundo em prisão domiciliar. Não sei aonde teriam ido parar se a polícia relaxasse a vigilância.
No mais, o exílio dos filósofos tem mesmo todo o jeito de ser uma constante, ou quase. Um motivo óbvio para isso é o impulso de manter distância da cultura natal para descontaminar-se dela por dentro e olhá-la com independência. Distância externa e interna, portanto.
Toda filosofia tem pretensões de validade universal e, se alguma inspiração obtém do meio originário, logo busca se desvencilhar dele para entrar num diálogo com homens de todos os lugares e de todas as épocas.
O exílio filosófico também não é só espacial, mas temporal.
O filósofo não pode ser um mero "homem do seu tempo": tem de abrir-se a influências vindas de séculos remotos, que o libertarão da prisão mental da sua época e, através dele, lançarão as sementes de um futuro às vezes bem longínquo.
Sto. Tomás adquiriu sua formação mais de Aristóteles que de qualquer dos seus contemporâneos. Só veio a receber a atenção universal que merecia depois da Encíclica Aeterni Patris, de Leão XIII (1879). Leibniz deixou-se impregnar profundamente de uma filosofia escolástica que os homens do seu século desprezavam e julgavam extinta para sempre. Graças a isso, teve intuições cujo acerto magistral só a ciência do século 20 viria confirmar.
Martin Heidegger foi mais influenciado pelos pré-socráticos do que mesmo por seu mestre imediato, Edmund Husserl (ele próprio um exilado voluntário). E René Descartes, malgrado seus ocasionais arroubos de ineditismo, acabou mostrando um agudo senso da supratemporalidade ao confessar: "Os antigos peripatéticos não disseram uma palavra que não fosse nova, nem eu alguma que não fosse velha."
Olavo de Carvalho, 05/08/2011
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