"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 5 de julho de 2013

DILMA ROUSSEFF E A PERIGOSA ARTE DE PÔR BODES NA SALA




Muitos, em algum dia, já ouviram esta história. Era uma vez uma família que vivia apertada em uma casa minúscula. Seguiram, então, a recomendação de um sábio: “Coloquem um bode na sala”. A vida ficou de tal forma insuportável que retornaram ao sábio para se queixar e esse prontamente recomendou a retirada do bode. Livres do transtorno, pararam de reclamar do desconforto da casa e até festejaram.

Pior que demorar a resolver crise é a tentativa de enganar, colocando bodes na sala. E a presidente anda conseguindo fazer isso. Esse é o caso da rapidez com que foi anunciada e descartada a proposta de constituinte exclusiva, que no dia seguinte já era substituída por um plebiscito para a reforma política.
E isso sem sequer saber do TSE se haveria viabilidade para realizá-lo, a tempo de as novas regras valerem para 2014. Ou como realizar a discussão popular de temas complexos como voto proporcional ou majoritário. Se o povo optar pelo voto distrital, quem decidirá sobre o perímetro dos distritos?

Vale lembrar que Obama não tem hoje maioria na Câmara dos Deputados porque Assembleias estaduais dominadas pelos republicanos mudaram, em cima da hora, as fronteiras dos distritos em vários Estados.
O que deve constar no plebiscito vira um tormento e assim a culpa vai sendo repartida com vários atores e levando à disputa entre plebiscito e referendo, quando a reforma política poderia ter se realizado antes se tivesse havido empenho sincero da presidente em relação a esse seriíssimo tema.

CAOS NA SAÚDE

E a falta de médicos? Quase à unanimidade, os estudiosos de gestão da saúde pública mostram que o problema está nas péssimas condições de atendimento ao público. Aceitemos que faltam profissionais.

Qual dessas questões tem de ser resolvida primeiramente? Se o Congresso Nacional derrubasse o veto aposto pela presidente à vinculação de recursos da União para a saúde, poderia de imediato haver dinheiro! Disso, porém, ninguém fala. Mais um bode que o governo põe na sala: fica todo mundo discutindo se busca ou não médicos em Portugal, na Bolívia ou em Cuba.

E o uso de royalties do pré-sal para resolver os problemas da educação? Como crer nessa outra balela? Na semana passada, o TCU concluiu auditoria prevendo riscos de toda ordem para a própria exploração do pré-sal. E o Renan ainda quer fazer disso a fonte também para o passe livre para estudantes…

Enquanto o óleo não jorra, seria bom que a presidente sugerisse a prefeitos e governadores abrirem a caixa preta dos lucros dos cartéis dos ônibus e os custos dos novos estádios de futebol. Dilma Rousseff consegue fazer todo mundo (desorientado como ela) discutir fumaça.

Mas o que está me deixando mais preocupada é que nessa perigosa prestidigitação volta a haver espaço para o confronto entre partidários da “cura gay” e os que lutam pelo direito individual de ser diferente. Quando religião se mistura à política, aí, sim, tudo pode ficar sem saída para ninguém.

05 de julho de 2013
Sandra Starling

ANÁLISE DA ATUAL CONJUNTURA POLÍTICA BRASILEIRA

MANIFESTAÇÕES: A FARSA QUE COMEÇOU EM 2003 ESTÁ CHEGANDO AO FIM




AS FARC SÃO UM BANDO TERRORISTA?

     
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Meu repúdio ao Foro de São Paulo é o repúdio ao comunismo, à ideologia totalitária, sanguinária por antonomásia: o marxismo, que não tem nada a invejar de seu par: o nacional-socialismo.

Sim, sem dúvida. Porém, é só isso? Não. Isso é reduzir as FARC. Não ter em conta seu caráter político foi um erro enorme nos últimos 20 anos. Isso inclui o governo Uribe. Se fosse só um bando terrorista há tempo teria sido derrotado.

Primeiro: as FARC fazem parte do Partido Comunista Colombiano (PCC), quer dizer, as FARC são constitutivas de um partido político que advoga por elas e que tem os mesmos objetivos.
Segundo: as FARC-PCC são uma organização de ideologia marxista-leninista.
Marxismo e terrorismo não são antagônicos, ao contrário: sem o terrorismo, sem a violência, sem a repressão e a mentira, é impossível aplicar o marxismo.

Terceiro: o mais perigoso das FARC-PCC não é o terrorismo, senão suas pretensões políticas enquadradas em um contexto internacional para a imposição de um regime comunista.
Então, se as FARC-PCC resolvem deixar ou entregar as armas, sua meta última continua em pé: o comunismo. Então, quando o ex-presidente Uribe diz que o Foro de São Paulo apóia o terrorismo, se equivoca.

O Foro de São Paulo apóia o COMUNISMO: impor regimes comunistas na América Latina.
A grande maioria dos partidos e movimentos que conformam o Foro de São Paulo vivem “condenando a violência”, porém têm em comum a defesa de “princípios” revolucionários.

O Polo “Democrático” Alternativo é membro do Foro de São Paulo e não tem braço armado, porém advoga pela “superação” do capitalismo e rumar para um modelo “alternativo”, para assim ter uma economia “solidária” e lindezas desse tipo. Aqui na Colômbia, com ou sem o PCC-FARC, desejam impôr, por bem ou por mal, um regime comunista. Meu repúdio ao Foro de São Paulo é o repúdio ao comunismo, à ideologia totalitária, sanguinária por antonomásia: o marxismo, que não tem nada a invejar de seu par: o nacional-SOCIALISMO.

05 de julho de 2013
Carlos Alberto Romero
Tradução: Graça Salgueiro

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AS PROMESSAS MENTIROSAS DE DILMA E DO CONGRESSO

          
          Artigos - Governo do PT 
Um monte de idiotas úteis nas ruas que nem sabem quem os está conduzindo, só pode pedir o quê? Idiotices! E um governo – Executivo e Legislativo – mentiroso só pode oferecer o quê? Mentiras! Tais respostas, de tão óbvias, nem deveriam ser dadas. Isto se fosse apenas para meus leitores habituais, mas como alguns imbecis arruaceiros podem ler este texto, elas são necessárias.
 
Uma destas promessas em resposta ao "grito rouco" (ou louco?) das ruas poderá morrer na praia, literalmente: o destino de 75% dos royalties do pré-sal para a educação e 25% para a saúde. Reportagem da BBC News Business de 14/05 revela a próxima revolução nas fontes de energia que pode tornar a prospecção do pré-sal economicamente inviável por desnecessária.
 
Tais promessas são como um cheque sem fundos de um governo reconhecidamente estelionatário.A reportagem diz:

"Um mais do que esperado incremento nas reservas americanas de gás de xisto pode mudar a balança de poder entre os novos produtores e os antigos’. Nos próximos cinco anos os EUA possuirão um terço das reservas de óleo, de acordo com a International Energy Agency (IEA). Os EUA passarão de maiores importadores para um dos mais lucrativos exportadores de energia".
 
Como resultado, ‘as necessidades de importação de petróleo do Oriente Médio devem cair muito, provocando uma onda mundial’, declarou a diretora executiva da IEA, Maria van der Hoeven. Este desapontamento ocorrerá não só no Oriente Médio, mas também nos exportadores da Iberoamérica e o Brasil em sua expectativa de tornar-se um deles.

O texto que segue não é de minha autoria, recebi pronto de um correspodente, com exceção do parágrafo de conclusão.
 
Shale oil production adds economic value, but critics say the costs to the environment are also large 
Gás de Xisto (Shale gás) e pré-sal: o mundo é pequeno para os dois
 
 
 
 
 
Duas tecnologias novas desenvolvidas recentemente nos Estados Unidos estão revertendo todos os prognósticos de rápida alteração no equilíbrio de forças econômico do planeta e podem afetar seriamente o sonho brasileiro de achar um corte de caminho para o clube dos grandes do mundo.
 
A primeira envolve injetar uma mistura de água, areia e produtos químicos em estruturas rochosas que contêm microporos cheios de gás de modo a liberar os hidrocarbonetos aprisionados nelas. A segunda torna muito mais fácil chegar às mais finas camadas dessas rochas enterradas a baixas profundidades, além de permitir a perfuração de diversos poços a partir de um único ponto de partida.
 
Essa nova fonte de energia é resultante de esforço paralelo para a descoberta de energias alternativas algumas, já descobertas, estão na busca de escala economicamente viável.
 
 
Essas duas novas técnicas de extração do que por lá se chama de “shale gas” estão provocando uma verdadeira explosão nos números de produção de gás e petróleo dos Estados Unidos e barateando de tal forma os custos de diversas industrias intensivas em energia que todos os prognósticos sobre a “crise sistêmica” da economia americana, que estaria irremediavelmente condenada a ser engolida por economias emergentes, estão sendo refeitos.
Os entornos de Pittsburgh que, nos últimos anos, pareciam um cemitério de velhas siderúrgicas desativadas, assistem hoje a uma corrida frenética de capitais americanos, russos, franceses e até chineses para voltar a fabricar aço com a energia mais barata do mundo.
O Maciço Marcellus, uma formação geológica de rochas arenosas impregnadas de gás e óleo se estende por quase 1.000 quilômetros ao longo das montanhas Apalaches do estado de Nova York até o de West Virgínia.
Somente no ano passado o governo da Pennsylvania emitiu 2.484 permissões para a perfuração desse novo tipo de poço de petróleo.
Somente os poços da porção do Maciço Marcellus nesse estado produziram 895 bilhões de pés cúbicos de gás em 2012, partindo de 435 bilhões no ano anterior.
Em 2008 essa produção era igual a zero.
 
 
Isso representou uma injeção de US$ 14 bilhões na economia da Pennsylvania no ano passado (dados da Economist). Arkansas, Louisiana, Oklahoma e Texas viveram explosões semelhantes. A produção de gás e petróleo extraído dessas rochas quadruplicou nos Estados Unidos entre 2007 e 2010 e acrescentou 20% à produção nacional de petróleo em geral nos últimos cinco anos. Técnicos da British Petroleum afirmam que a produção deve continuar crescendo à base de 5,3% ao ano até 2030 e que, já no fim deste ano os Estados Unidos ultrapassarão a Rússia e a Arábia Saudita e se tornarão o maior produtor de petróleo e gás do mundo.
 
O preço do gás nessa região caiu de US$ 13 o BTU em 2008 para US$ 1 a 2 no ano passado, o segundo preço mais baixo do mundo depois do Canadá. As fabricas americanas consumidoras de gás estão pagando 1/3 do que pagam as alemãs e ¼ do que pagam as coreanas.
Gás barato também se traduz em eletricidade barata. Em 2011 as fábricas americanas nessas regiões já estavam pagando metade do custo da energia no Chile ou no México e ¼ do que se paga na Itália.
 
Não é só a indústria de metalurgia que se beneficia com isso. Além de todas as demais, as de uso intensivo de energia, como as de plásticos, fertilizantes e outras também se tornam imbatíveis. E, além disso, os Estados Unidos têm a maior rede do mundo de oleodutos e gasodutos, o que espalha facilmente essa riqueza a preço baixo para todo o país.
 
A Costa do Golfo, onde existe outro maciço dessas rochas, também vive um forte renascimento industrial. Fábricas instaladas no Chile estão sendo desmontadas e transportadas inteiras para a Louisiana.
A Bridgestone, a Continental e a Michelin, revertendo um longo processo de declínio, estão reativando e aumentando suas fábricas de pneus na Carolina do Sul.
Tudo gira em torno do início da exploração de novas jazidas de rochas porosas como as da Bacia Permian, na Louisiana, a de Eagle Ford Shale, no Texas, a da Formação Baken em Dakota do Norte e a Mississipi Lime, que atravessa o subsolo de Oklahoma até o Kansas.
 
O efeito da redução das importações de petróleo no déficit comercial americano foi de US$ 72 bilhões no ano passado, ou 10% do déficit total. Esse “petróleo não convencional” gerou US$ 238 bilhões em atividades econômicas diretas, 1,7 milhão empregos e US$ 62 bilhões em impostos só no ano passado, sem contar os efeitos indiretos decorrentes da redução nos preços da eletricidade, do gás e dos produtos químicos.
 
Analistas do Citigroup e do UBS calculam que só essa indústria vai gerar um crescimento de 0,5% do PIB norte-americano por ano nos próximos anos além de ensejar um renascimento das industrias de manufaturas nos Estados Unidos. As decisões recém anunciadas da GE de trazer de volta da China e do México para o Kentucky a produção de sua linha branca, e da Lenovo, o gigante chinês de hardware que comprou a linha de computadores pessoais da IBM, de produzi-los na Carolina do Norte são apontados como os primeiros passos desse processo de reversão.

O efeito dessa inovação nos preços internacionais do petróleo ainda são pequenos. Mas os Estados Unidos, que foram os maiores importadores do mundo e rapidamente se tornarão autosuficientes, não são o único lugar do mundo onde existe esse tipo de formação rochosa que, lá, praticamente aflora do chão.
 
De modo que o Brasil, que já está gastando por conta de reservas de petróleo enterradas a seis ou sete quilômetros debaixo do fundo do oceano, cuja extração começa a se tornar economicamente palatável com o barril acima de US$ 100 no mercado internacional, deveria por as barbas de molho e pensar melhor antes de jogar dinheiro fora. Pois, por tudo que já se sabe por enquanto, o mundo ainda é pequeno demais para o “shale gas” e o pré-sal ao mesmo tempo.
 
*

À guisa de conclusão para posterior investigação: uma América auto-suficiente em energia ameçaria muito aos três sistemas globalizantes: o metacapitalista, o eurasiano e o islâmico. Aposto mil contra um que não tardam as manifestações de ecologistas, ambientalistas e outros istas contra a extração de xisto pelos danos ao meio ambiente. E com a atual administração americana os apoiando...

05 de julho de 2013
Heitor De Paola
 

AMESTRANDO PROLETÁRIOS

           
          Artigos - Movimento Revolucionário 
O conhecimento verdadeiro não tem cor, sexo ou classe. E, quando tem, então não é conhecimento verdadeiro.

O problema do pensamento politicamente correto é que ele nada tem de correto. Pior: na ânsia de impedir qualquer ofensa a grupos ou minorias, ele converte-se na mais grotesca ofensa que existe para esses grupos ou minorias.
 
A revista alemã "Der Spiegel" relata um caso que merece partilha: parece que a Universidade Livre de Berlim decidiu publicar um guia interno para que os alunos de famílias proletárias possam ser mais facilmente integrados na vida acadêmica. E que nos diz o guia?
 
Coisas sensatas. Primeiro, informa os estudantes da instituição que os coleguinhas proletários não se sentem naturalmente confortáveis em ambientes não proletários.
 
Mas o guia vai mais longe e exorta os alunos de classe média a gerar o ambiente ideal para que os coleguinhas proletários se sintam em casa. Como? Por exemplo, aconselhando a classe média a não criticar ou ridicularizar nenhuma afirmação dos coleguinhas proletários.
 
Para os autores do guia, os alunos proletários são como certas espécies zoológicas que é necessário proteger em "habitat" adequado. E isso implica não os assustar e, logicamente, não os alimentar com doses arcaicas de conhecimento "burguês" e "reacionário".
 
Como é evidente, o pensamento politicamente correto das patrulhas parte de duas ideias profundamente ofensivas.
 
A primeira ideia é a defesa explícita de que alunos de famílias proletárias estranham e definham em ambientes eruditos. Sim, seria possível fazer uma lista de intelectuais gerados pelo proletariado --de Jack London a D.H. Lawrence-- que marcaram a história da cultura ocidental.
 
As patrulhas politicamente corretas não conhecem essa lista. Preferem a caricatura do filho do operário fabril que só consegue ser feliz e "autêntico" no meio da fuligem. Livros, para ele, dão soneira. Ou coceira, tanto faz.
 
Mas é a segunda recomendação que impressiona pela sua evidente discriminação. Para as patrulhas, sempre que um aluno proletário abre a boca, é preciso ser condescendente para escutar as alarvidades que ele diz.
A universidade não é uma universidade, com a missão de corrigir erros e procurar algum conhecimento válido para todos. A universidade é uma grande encenação --ou, melhor ainda, uma sessão coletiva de terapia onde ninguém está certo (ou errado) porque todos estão certos (ou errados).
 
O que o pensamento politicamente correto produz não é difícil de imaginar: a perpetuação do estigma de alunos proletários e a impossibilidade de eles aprenderem alguma coisa (na universidade) para ascenderem social e economicamente (na vida profissional).
 
Quando se sai da universidade exatamente como se entrou, é preciso perguntar que mecanismo de atraso explica o resultado. Ironia: o atraso é promovido por aqueles que imaginam lutar contra ele.
 
Depois de críticas severas da imprensa alemã, o guia da Universidade Livre de Berlim foi retirado para "reformulação". Mas ele deveria ensinar duas lições preciosas aos fanáticos do pensamento politicamente correto.
 
Para começar, ele ensina como é tirânico falar em nome de grupos inteiros. Porque não existem grupos inteiros. O proletariado não existe. Os negros não existem. Os gays, as mulheres, os anões não existem.
O que existe são indivíduos diversos, com histórias ou interesses diversos. Haverá proletários que não gostam de livros. Haverá proletários que não vivem sem eles.
 
E haverá burgueses, genuínos burgueses, para quem ler, escrever e pensar são formas medievais de tortura. Conheço vários.
 
A caricatura do "proletário" como um jumento apedeuta diz mais sobre as patrulhas politicamente corretas do que sobre o proletariado que elas julgam defender.
 
Por último, respeitar as pessoas não significa tratá-las como crianças. Ou como velhos dementes a quem sorrimos e aplaudimos sempre que eles tentam vestir as cuecas pela cabeça.
O conhecimento verdadeiro não tem cor, sexo ou classe. E, quando tem, então não é conhecimento verdadeiro.
 
Um guia decente para uma universidade decente só precisava de duas mensagens: "bem-vindo" e "mostra o que vales". Nada mais.

05 de julho de 2013
João Pereira Coutinho, português, é escritor e doutor em ciência política.
Publicado no jornal Folha de São Paulo.

QUANDO MARX REFUTOU KEYNES E OS ATUAIS MARXISTAS

           
          Artigos - Economia 
Além de creditar à burguesia e aos seus instrumentos de produção — isto é, ao sistema de lucros e prejuízos — a façanha de retirar nações da barbárie e levá-las à civilização, Marx afirma categoricamente que o modo de produção burguês — que nada mais é do que a busca pelo lucro — gera mercadorias a preços baratos.

Marxistas, social-democratas e demais defensores do intervencionismo estatal sempre afirmaram que determinados setores da economia — principalmente saúde, educação e segurança, mas também o setor elétrico e de telecomunicações — não podem ficar por conta do livre mercado e da livre concorrência porque a ganância e a busca pelo lucro não apenas são incompatíveis com tais setores, como também levariam a preços absurdamente caros, o que prejudicaria principalmente os mais pobres.
 
Já os economistas seguidores da Escola Austríaca sempre afirmaram categoricamente que é justamente a busca pelo lucro em um ambiente sem protecionismos, sem privilégios, sem agências reguladoras e sem subsídios o que gera serviços da alta qualidade e preços baixos.
 
E a explicação é simples: como empresários, no geral, não gostam de concorrência, eles sempre se mostram ávidos por fazer lobby e utilizar o poder estatal em seu próprio interesse com o intuito de banir a concorrência e solidificar sua posição de domínio. Eles conseguem isso por meio de tarifas protecionistas, subsídios e agências reguladoras que cartelizam o mercado e impedem a entrada de concorrentes.
 
Já o livre mercado, arranjo em que não há protecionismo, subsídio e agências reguladoras, é um sistema em que são os consumidores que controlam os empresários. No livre mercado, as empresas não têm opção: ou elas servem o consumidor de maneira eficaz ou elas fecham as portas. E servir o consumidor de maneira eficaz significa estar sempre ofertando bens e serviços de qualidade crescente a preços cada vez menores.
 
É justamente o governo — com seus subsídios, privilégios especiais (como tarifas protecionistas e execução de obras públicas com empreiteiras privadas) e restrições à concorrência (por meio de agências reguladoras e exigências burocráticas) — quem promove monopólios e oligopólios, e consequentemente preços altos e serviços de baixa qualidade. Sendo assim, se você quiser serviços de qualidade a preços cada vez menores, você tem de defender o livre mercado.
 
Sabe quem concorda com tudo isso? Ninguém menos que Karl Marx. Não deixa de ser curioso constatar que Marx entendeu perfeitamente essa realidade. Mais ainda: ele foi explícito em demonstrar isso. No quesito "efeitos benéficos da livre concorrência", Marx concorda com os austríacos e discorda de todos os atuais marxistas e demais intervencionistas. Veja o que ele escreveu logo nas páginas iniciais do Manifesto Comunista:
 
A burguesia, pelo rápido melhoramento de todos os instrumentos de produção, pelas comunicações infinitamente facilitadas, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização.
Os preços baratos das suas mercadorias são a artilharia pesada com que deita por terra todas as muralhas da China, com que força à capitulação o mais obstinado ódio dos bárbaros ao estrangeiro. Compele todas as nações a apropriarem o modo de produção da burguesia, se não quiserem arruinar-se; compele-as a introduzirem no seu seio a chamada civilização, i. é, a tornarem-se burguesas. Numa palavra, ela cria para si um mundo à sua própria imagem.
 
Em suma: além de creditar à burguesia e aos seus instrumentos de produção — isto é, ao sistema de lucros e prejuízos — a façanha de retirar nações da barbárie e levá-las à civilização, Marx afirma categoricamente que o modo de produção burguês — que nada mais é do que a busca pelo lucro — gera mercadorias a preços baratos.  E não apenas isso: ele afirma que o sistema de lucros e prejuízos compele todas as nações a adotarem este modo de produção, sob pena de se arruinarem por completo caso não o façam.
 
Ou seja, o real problema dos atuais marxistas e demais intervencionistas que se dizem contrários a serviços de saúde, educação, segurança, energia e telecomunicações serem ofertados em um ambiente de livre concorrência, pois seriam caros e inacessíveis para os pobres, é que eles certamente não leram Marx.
Se leram, não entenderam. Marx entendeu perfeitamente que a busca pelo lucro sob um arranjo de livre concorrência leva ao barateamento dos produtos e serviços, e que tal barateamento é "a artilharia pesada com que [o sistema de lucros] ... compele todas as nações a apropriarem o modo de produção da burguesia [e se tornarem civilizadas], se não quiserem arruinar-se."
 
Ao contrário dos marxistas atuais que defendem a estatização de vários serviços sob o argumento de que isso reduziria seus preços, Marx entendeu que é a busca pelo lucro o que realmente derruba os preços, e não a estatização destes serviços.
 
Como se não bastasse, Marx também disparou um petardo contra keynesianos defensores de estímulos fiscais e de políticas de endividamento estatal. Marx zombou o keynesianismo antes mesmo de este sistema ter sido criado — algo possível porque não havia absolutamente nada de original nas ideias de Keynes.
Eis o que escreveu Marx em O Capital, capítulo 24, seção 6, "A Gênese do Capitalista Industrial":
 
A única parte da chamada riqueza nacional que realmente está na posse coletiva dos povos modernos é a sua dívida pública.  Daí ... a doutrina moderna de que um povo se torna tanto mais rico quanto mais profundamente se endividar.  A dívida pública torna-se o credo do capital.  E, com o surgir do endividamento do Estado, vai para o lugar dos pecados contra o Espírito Santo — para os quais não há qualquer perdão — o perjúrio contra a dívida do Estado.
 
Como com o toque da varinha mágica, [a dívida pública] reveste o dinheiro improdutivo de poder procriador e transforma-o assim em capital.  ... [Mas] a moderna política fiscal... traz em si própria o germe da progressão automática. A sobretaxação não é um acidente, mas sim um princípio.
Conclusão

Eis, portanto, as duas crenças que um genuíno seguidor de Karl Marx deve apresentar: a busca pelo lucro em um ambiente de livre mercado gera redução de preços, e políticas fiscais keynesianas, além de serem um método de escravização, fazem com que dinheiro improdutivo seja ilusoriamente visto como capital gerador de riqueza. Mais ainda: segundo Marx, criticar o endividamento do estado passou a ser visto pelos defensores da gastança estatal como um ato equivalente a uma blasfêmia contra o Espírito Santo.
 
Logo, se você é um marxista defensor dos pobres e quer que eles tenham acesso a bens e serviços de qualidade a preços baixos, você tem de defender o livre mercado. Se você defende que o povo tenha poder sobre as empresas, você tem de defender o livre mercado. E se você é contra a escravização do povo pelas elites financeiras, você tem de defender que os gastos do governo sejam restringidos ao máximo. 
 
Agora, se você defende que o governo regule o mercado e gaste demasiadamente, você estará defendendo os interesses das grandes empresas e das elites financeiras, e estará defendendo que elas tenham privilégios sobre os pobres e que elas os oprimam com a abolição da concorrência, com preços altos e com serviços precários.
Palavras de Marx.

05 de julho de 2013
Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

A LOUCURA DO MOVIMENTO CONSTANTE

                       
          Artigos - Cultura 
"As últimas gerações são formadas, portanto, de espíritos desnutridos, pobres, vazios. Homens-máquina que realizam, que resolvem, que fazem acontecer, mas que, por terem um espírito apagado, não compreendem as razões, o sentido final das coisas"

As gerações modernas sofrem de um vazio terrível. Isso parece um absurdo, já que são tão ativas, tão dispostas a fazer tantas coisas, que pensar que algo para elas é chato não tem muito sentido. Porém, seres espirituais que somos, e não apenas biológicos, as ações, os movimentos, os atos não são suficientes para satisfazer a alma humana. Esta, sendo espiritual, apenas encontra o sentido para sua existência em algo espiritual, aquilo que mostra a finalidade do seu ser.
 
No entanto, o que de espiritual foi cultivado na vida dos jovens dos últimos 50 anos? Estes já nasceram em mundo em pleno movimento, de mudanças constantes e quase ininterruptas.
Um mundo que valoriza imensamente as ações, a práxis e que esqueceu do valor da contemplação.
Uma sociedade que ama a técnica, que supervaloriza a realização, mas que não reflete, não medita, não pensa no abstrato. Uma geração concreta.

Também são gerações que aprenderam que tudo é permitido. Não há regras que as impedem, a não ser exatamente aquelas que a podem punir no presente, de fato. Portanto, que não se fale para elas de valores eternos, de moral permanente, nem de condenação além da vida. Assim, tudo, para elas, é hoje, é agora. 

Tudo isso as ensinou a não planejar a longo prazo, a não enxergar além do que está diante dos olhos, em seu fenômeno mais imediato. Por isso, as coisas precisam acontecer, precisam ser realizadas. A ação é o seu instrumento. Que se façam as coisas para depois ver-se se estão de acordo com as finalidades almejadas. E ações não têm o compromisso com a tradição, com valores, com a moral. Elas, simplesmente, transformam.

São gerações que desprezaram o espírito. Sim, pois o que é do espírito não se resolve no imediato. O que é do espírito depende do cultivo constante, da alimentação da alma, do preenchimento do eu. E isto não se resume na prática, mas depende, inegavelmente, do pensar, do refletir, do abstrair-se constantemente.

Mas as últimas gerações sequer sabem o que é isso: a abstração. O realizar é sua realidade. Trabalham, sim. Realizam, também. No entanto, as transformações que buscam visam o agora, o imediato. Afinal, não foi assim que aprenderam? Não são eles filhos do materialismo dialético que dispensou o transcendente e valorizou unicamente a prática?

E de realização em realização a alma foi-se esvaziando. Conquistas foram obtidas, sem dúvida. Avanços, quem os pode negar? Mas a alma, esta renegada, foi esquecida. Nuca se alimentou tão bem o corpo e nunca deixou-se de tal maneira a alma definhar. 

As últimas gerações são formadas, portanto, de espíritos desnutridos, pobres, vazios. Homens-máquina que realizam, que resolvem, que fazem acontecer, mas que, por terem um espírito apagado, não compreendem as razões, o sentido final das coisas.

E daí, de repente, são despertados para algo que eles não entendem. E como entender, se jamais refletiram sobre isso? Apenas percebem que precisam se movimentar, que precisam fazer. Pensar para quê? Vamos agir! E encontram-se nas ruas todas as gerações criadas sob o mesmo paradigma: o da ação. E continuam a mexer-se. E aqui encontra-se a loucura do movimento constante: não tem fim. São apenas corpos vazios de alma que caminham sem direção. Sabem apenas que precisam caminhar. 

O problema é que seus espíritos não estão preparados para compreender nada. Sentem, afinal não são máquinas em um sentido estrito, mas são incapazes de decifrar o que percebem. Então gritam contra tudo. Se não entendem o que exatamente está errado, então tudo deve estar errado. Assim eles sentem.

É por isso que caminham juntos interesses tão diversos, quando não contraditórios. Cada um reclama contra o que sente estar errado, contra aquilo que, segundo percebe, mais o prejudica. Mas tudo é difuso, sem fim, sem direção. E assim é por causa da pobreza do espírito, que não vê nada além dos fatos mais imediatos que se apresentam em seu átimo.

Se "o que é espiritual discerne todas as coisas" (1Co 2.15), a ausência do espírito condena o homem a ser conduzido "segundo o curso deste mundo" (Ef. 2.2). E é essa ausência de espírito que faz com que muitos saiam às ruas, como autômatos conduzidos por alguém que eles não vêem e não têm a mínima possibilidade de compreender quem são.

Desde os anos 60 somos uma geração que se movimenta, e não muito longe estamos de, definitivamente, cairmos no abismo que nos espreita.

05 de julho de 2013
Fabio Blanco
é advogado e teólogo.

AS CONQUISTAS DAS RUAS


Está sendo divertido observar as conquistas da “Revolução” de Junho de 2013, como diria a Veja. Ninguém sabe o que os manifestantes queriam e cada um interpreta o caos a seu modo – escrevia eu há pouco -. Quem disse que as multidões queriam uma Constituinte ou um plebiscito? Só no bestunto da dona Dilma e de seus áulicos. A tentativa da presidente de responder às “ruas” foi tão desastrada que não durou sequer 24 horas. Como também foi desastrada sua emenda ao soneto, a idéia de plebiscito. Daqui a três meses não se fala mais no assunto.

Nem precisava ser profeta para tal afirmação. O governo continua em ritmo tatibitate. Se a presidente desistiu da Constituinte em menos de 24 horas, hoje o vice-presidente, no fim da manhã, disse ser impossível o plebiscito com efeitos para 2014. No início da tarde, disse que não disse o que disse, mas que o plebiscito deve valer para 2014.

Ora, com o prazo mínimo de 70 dias exigido pelo TSE, mais o tempo necessário ao Congresso para encaminhar o plebiscito, mais o tempo para esclarecer o eleitorado, é claro que o mesmo não será realizado antes de 5 de outubro, dead line para que seu resultado seja válido ano que vem. Quer dizer, reformas políticas só pra 2018. O ano ainda está tão longe. Quem sabe a gente deixa disso?

Se mudar de idéia em 24 horas constitui uma performance extraordinária para um presidente, mudar de idéia em duas ou três horas ou menos já é virtuosismo de vices. Versatilidade é virtude que não podemos negar aos detentores do poder. O Arnaldo Jabor é um retardado mental: precisa de 48 horas para desdizer o que disse.

Sem falar que ninguém pensou, durante a “revolução”, em financiamento público dos partidos nem no voto a cabresto, o voto em lista fechada. O PT é que embutiu a consulta no plebiscito, pois será o principal beneficiado com uma resposta positiva. As manifestações, que seriam contra o governo, acabarão beneficiando o PT. Brilhante, o desfecho da “revolução”. Como disse a Veja em capa, foram sete dias que mudaram o país.

Sempre vejo com desconfiança manifestações de multidões que não sabem o que querem e, particularmente, quando são majoritariamente de jovens. Porque jovem nunca sabe o que quer. A turba, cegamente, exigiu a derrubada da PEC 37, sem sequer saber quais são hoje as funções do Ministério Público e quais eram antes de 88. O Congresso, que antes se dispunha a aprová-la, acovardado, dobrou-se à voz das ruas, por 430 votos a 9. Pelo jeito, os senhores deputados tampouco sabiam o que estavam votando. Quem viver verá os efeitos deste oportunismo.

Entre os grandes descalabros do país, a corrupção está longe de ser o maior deles. O absurdo, que a meu ver clama aos céus justiça, é o calote dos precatórios. Sou um dos credores da União, herdei os precatórios de minha mulher. Que morreu sem ver a cor do que lhe era devido. Há milhares de pessoas morrendo, muitos com privações, porque a União e Estados não pagam o que legalmente devem. E os herdeiros pouca ou nenhuma esperança têm de serem pagos. Pelo que vejo, o mesmo acontecerá comigo. Mas a questão não é pessoal, não sou de defender causa própria. Além do mais, estou a salvo da indigência.

Que um ladrão roube, que um assassino mate, isto é normal, faz parte do ofício de ladrão ou assassino. Que um deputado seja corrupto, isto também faz parte da normalidade do mundo. Mas corrupção é tipificada como crime. Pode ser – e assim é – que o deputado ou senador corrupto não seja punido, isto também faz parte da realidade. A lei, com seus inesgotáveis recursos, deixa brechas para os amigos do Poder, e aí estão Maluf, Zé Dirceu, José Genoíno et caterva, livres como passarinhos. E o Genoíno inclusive imbuído de mandato popular no Congresso. Isto faz parte da vida.

O que é difícil de engolir é quando o Estado, reconhecendo que deve ao cidadão, decide que não paga e estamos conversados. Sua decisão é perfeitamente legal. Por lei, o Estado não pode ter bens confiscados para o pagamento de precatórios. É como se seu devedor dissesse: sim, eu te devo, mas perde toda e qualquer esperança porque não pretendo te pagar. Passe bem e obrigado. Saudações aos seus.

Não se trata sequer de impunidade, porque o Estado não está cometendo crime. Está exercendo o direito que lhe é legalmente conferido de ficar com o que é meu, seu, nosso. Isto, a meu ver, é muito mais grave que corrupção. Não vi, nas manifestações dos “jovens”, uma única menção a este calote juridicamente perfeito.

Outra injustiça clamorosa, sacramentada pela Suprema Corte do país, é a aprovação das cotas raciais. Neste país em que um dia uma pessoa valia por seu talento, hoje vale pela cor da pele. Não por acaso, as estatísticas estão atestando um número cada vez maior de negros e índios. Se ser negro ou índio tem vantagens, e para sê-lo basta declarar ser, é claro que neste país, onde a lei que melhor vige é a de Gerson, em breve ser branco será ser minoria. Teremos um empretecimento generalizado, gerado a fórceps.

Se as multidões não sabiam o que era PEC, sabem muito bem o que são cotas. É admitir: ele é negro, vale por dois brancos. Curioso observar que os “jovens”, sedentos de justiça, sequer tenham dedicado uma faixa ou cartaz a esta injustiça flagrante, que vai impregnar o país, em curto prazo, em um mar de ódio racial. Pois um pai branco jamais verá com bons olhos nem abrirá os braços a um outro cidadão que roubará de seu filho o lugar na universidade ou no trabalho só porque é negro.

Outra medida que o país clama, a redução da maioridade penal para acabar com a impunidade de assassinos entre 16 e 18 anos, sequer foi lembrada.

Enquanto isso, o PT e Renan Calheiros se tornaram os legítimos intérpretes da sede de justiça dos “jovens”.


05 de julho de 2013
janer cristaldo

TIC TAC TIC TAC... GOVERNO CAPITALIZA O BNDES EM R$ 15 BILHÕES DE UMA SÓ VEZ


 
 O governo injetou R$ 15 bilhões no BNDES nesta quinta-feira (4) por meio de um empréstimo feito em título públicos. Já estava prevista a capitalização do banco neste montante neste ano, mas o Ministério da Fazenda havia dito que o repasse seria gradual.

Há um mês, quando a operação foi autorizada, o secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, disse que ela tinha o objetivo de adequar as contas do banco as regras de Basiléia 3, que entram em vigor em 2014.

As regras de Basiléia estabelecem limites para os bancos emprestarem em relação ao seu patrimônio. As exigências estão sendo elevadas com objetivo de dar mais segurança ao sistema financeiro.

Desde 2008, quando estourou a crise mundial, o governo já injetou R$ 285 bilhões no BNDES. Com essa nova operação, o valor chega a R$ 300 bilhões.

O grande volume de repasse de recursos ao banco tem sido criticado por analistas porque afetam o endividamento do governo.

Os títulos emitidos em favor do BNDES afetam a dívida bruta do governo e aumentam o custo da dívida líquida, já que o banco costuma pagar à União taxas mais baixas do que as que o Tesouro paga para emitir os papéis. Isso tem o efeito de elevar a dívida líquida do setor público ou limitar sua queda.


Esses economistas consideram que seria melhor se o governo recolhesse menos dividendos do BNDES e permitisse que o banco usasse esses recursos para elevar seu patrimônio e aumentar suas operações, ao invés de capitalizar a instituição com títulos.

O repasse de dividendos do BNDES à União disparou a partir de 2008 e somou R$ 47 bilhões desde então até o ano passado.
 


MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
 
05 de julho de 2013 

PARA REGISTRO! A "SEGUNDA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA" - "OOÔ O PT ROUBOU... O PT ROUBOU... ROUBOOOOOUUUU OUUUU"


Os baianos comemoram no dia 2 de julho o que lá se chama “Independência da Bahia” — ou, conforme consta no projeto de lei que instituiu o feriado, a “consolidação da Independência do Brasil no Estado da Bahia”.
É uma referência à data de 2 de julho de 1823, quando se trava no estado uma das mais duras batalhas entre as forças portuguesas e os defensores da independência. Afinal, depois do “grito”, as pessoas não foram para casa cuidar das galinhas. Houve confrontos em vários pontos do país, inclusive depois de 1823. Na Bahia, há desfile cívico e festa.
Pois bem. Na terça-feira, aconteceu o que vocês verão abaixo. Um, por assim dizer, “destacamento” do PT decidiu passar pela massa com a sua própria versão do refrão “O campeão voltou” — que se ouviu no Maracanã na final da Copa das Confederações. Vocês sabem, né? Se deixar, o PT aparelha festa de aniversário, de batizado, reunião de condomínio, jogo de dominó…
A massa recusou a cantoria e abafou os petistas com uma outra versão: “Oooo, o PT roubou/ o PT roubou/ o PT rouboooouu-ouuuu”. Vejam. Volto em seguida.
 

Continua
 
 
05 de julho de 2013

O POVO GRITOU!



05 de julho de 2013

LÍDER DO PT NA CÂMARA - AQUELE DA CUECA - DIZ QUE BASE DO GOVERNO ESTÁ DESAFINADA

Segundo José Guimarães, Dilma Rousseff pediu apoio do partido para a recomposição da base aliada

O deputado federal José Guimarães, líder do PT na Câmara durante entrevista sobre plebiscito no salão verde da Câmara
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
O deputado federal José Guimarães, líder do PT na Câmara durante entrevista sobre plebiscito no salão verde da CâmaraAILTON DE FREITAS / O GLOBO


 
Líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse após encontro com a presidente Dilma Rousseff e a bancada do partido que a relação do governo com sua base aliada, especialmente com o PMDB, "desafinou". Segundo ele, a presidente pediu ajuda do PT para tentar reafinar. Apesar dos problemas com os aliados, as manifestações populares e a queda de sua popularidade, o líder disse que a presidente está muito segura e com o astral em alta.
 
Segundo ele, a presidenta disse que o PT e o governo precisam estar mais juntos e que o partido respondeu que está com ela "até debaixo d'água."- A presidenta pediu apoio do PT na recomposição da base, no diálogo com os partidos, especialmente com o PMDB. O PMDB integra a nossa aliança com os demais partidos, e é fundamental a gente afinar a viola. Nós vamos trabalhar para rearticular a base, pacificar a base. A viola desafinou um pouco. E qualquer viola desafinada tem que ser afinada. E o PT pode ajudar - disse Guimarães, negando, no entanto que haja uma crise.
 
Com relação ao plebiscito, o líder pontuou que Dilma reiterou sua vontade de que aconteça imediatamente. Depois dele, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou que as assinaturas para a realização do decreto legislativo - que dá início ao processo de consulta popular - começarão a ser recolhidas. Ele quase descartou, no entanto, as chances de o plebiscito ser feito a tempo de as mudanças propostas valerem para as eleições de 2014.
 
- O fato de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter definido 70 dias, isso praticamente tira a chance. Agora, a orientação do governo é que praticamente não é totalmente. E nós vamos trabalhar para ver se dá tempo - disse Chinaglia, referindo-se ao prazo que a Justiça Eleitoral fixou para viabilizar a consulta a partir do momento em que receber do Congresso as questões que deverão constar do plebiscito.
 
05 de julho de 2013
 

PROCURADORIA INVESTIGARÁ CARONA A PARENTE DADA POR HENRIQUE ALVES EM AVIÃO DA FAB

Semana que vem, Ministério Público deve decidir se abre investigação sobre uso de aeronaves por Renan e Garibaldi Alves
 
A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu nesta sexta-feira abrir um procedimento para investigar suposta irregularidade na viagem do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-AL), para ver a final da Copa das Confederações no Maracanã, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O procurador Frederico de Carvalho Paiva quer saber se houve improbidade administrativa do presidente da Câmara.
 
Semana que vem, o Ministério Público deve decidir se abre investigação também sobre as viagens do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
 
Renan Calheiros também usou avião da FAB em compromisso pessoal. Renan requisitou o voo da FAB para ir de Maceió a Porto Seguro no dia 15 de junho, um sábado, onde participou de um casamento. No dia seguinte, o voo da FAB levou o presidente do Senado de Porto Seguro a Brasília.
 
Hoje, ele voltou atrás e afirmou que irá ressarcir R$ 32 mil aos cofres públicos.Henrique Alves reconheceu ontem que foi um “equívoco” ter dado carona a sete pessoas em um avião da FAB para assistir ao jogo da seleção brasileira no Maracanã, no último domingo. Em nota, ele informou que vai pagar os custos da viagem. Segundo assessoria, o valor calculado em R$ 9,7 mil em passagens aéreas foi depositado na conta do Tesouro Nacional.
 
Nesta sexta-feira, o jornal “Folha de S. Paulo” informou que, para assistir à final da Copa das Confederações, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na viagem entre o Ceará - onde cumpria agenda oficial - e o Rio de Janeiro. Garibaldi também voltou atrás e anunciou nesta noite que irá devolver o valor aos cofres públicos.
 
05 de julho de 2013
JAILTON DE CARVALHO - O GloBO

EU NÃO SOU SURDA!


 
 
05 de julho de 2013

INSÓLITO: LANÇADO NO PERU MOVIMENTO GLOBAL DE DOAÇÃO DE PAPEL HIGIÊNICO PARA A VENEZUELA


A campanha de doação de papel higiênico em Lima, Peru, em frente à Embaixada da Venezuela. 
No Peru um grupo de jovens tomou uma iniciativa insólita que já se espalha pelas redes sociais: uma campanha de doação de papel higiênico para a Venezuela onde o desastrado governo de Nicolás Maduro faz o diabo para se manter no poder, já que sua eleição foi comprovadamente fraudada. A notícia e as fotos foram publicadas agora à tarde pelo site venezuelano Dolar Today

A última cartada do governo comunista bolivariano da Venezuela é promover a escassez de alimentos e de papel higiênico. Trata-se de uma estratégia  usada pelo comunismo desde os tempos da ex-URSS. Sem comida e sem papel higiênico as pessoas são terrivelmente fragilizadas e humilhadas e concentram suas energias para encontrar produtos de primeira necessidade, o que gera um clima de desespero.

A idéia de uma campanha global de doação de papel higiênico para a Venezuela, além de insólita, expõe ao ridículo o governo bolivariano, já que esse país detém as maiores reservas de petróleo do mundo. É um país rico.
Isto prova mais uma vez que o socialismo nunca deu certo e nunca dará certo em lugar nenhum. 
A tirania bolivariana da Venezuela integra o Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990. Tanto é que Lula em sido o principal cabo eleitoral do chavismo há 14 anos! 
E o que é mais impressionante é que diariamente tenho que deletar aqui no blog dezenas de comentários de petralhas anônimos defendendo o comunismo de forma agressiva e com palavras chulas de baixo calão. 
 
05 de julho de 2013
in aluizio amorim