"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 6 de novembro de 2012

ANTROPÓLOGOS E INDIGENISTAS MANIPULAM MISÉRIA DOS CAIOVÁS

 
Ainda os caiovás. Falei há pouco do embuste do prometido suicídio dos caiovás. A carta anunciando o suicídio coletivo de uma tribo era obviamente obra de brancos, a começar pelo estilo burocrático em bom juridiquês, típico de funcionário público. Comentei, na ocasião, antigos embustes, todos patrocinados por brancos, como o de Gray Owl e a famosa carta do cacique Seattle. Mais recentemente, tivemos a farsa do massacre ianomâmi em 93, que rendeu três Bélgicas a dez mil índios (ou talvez menos da metade disso), que só passaram a ser ianomâmis a partir de 1973. Milagre do jornalismo eletrônico: jamais se construiu uma nação em tão pouco tempo.

E bem mais recentemente ainda, em agosto, tivemos mais um massacre de 80 ianomâmis na Venezuela, farsa que morreu em menos de uma semana. Não sem antes fazer manchete nos jornais do Brasil e do mundo inteiro.

A criação da “nação” ianomâmi foi obra de uma fotógrafa, ora húngara, ora romena, ora suíça, chamada Claudia Andujar, que ianomamizou uma babel de tribos que pouco ou nada tinham a ver entre si. A ficção tomou força na imprensa internacional e os “ianomâmis” passaram a “existir”. Quando Brasília se deu conta de que o reconhecimento de grupos indígenas requeria capacitação em Antropologia, o mal já estava feito: a fotógrafa havia criado uma nação. Cabe lembrar que a profissão de antropólogo, como a de prostituta ou psicanalista, não estão regulamentadas por lei no Brasil. A propósito, nestes dias, a fotógrafa está expondo fotos gigantescas de adoráveis criancinhas ianomâmis no centro de São Paulo.

Criancinha, como expliquei há pouco, é um poderoso recurso para comover a opinião pública. Claro que jamais são expostos os cadáveres das criancinhas que muitas tribos enterram vivas, só porque nascem com deficiências ou são gêmeas. Diga-se de passagem, tanto a Funai como o Cimi dão aval a estes assassinatos, por se tratarem de tradições culturais dos povos da selva.

A defesa de reservas indígenas imensas, desproporcionais ao número de selvagens que abrigam, tem sido o recurso mais utilizado pelas esquerdas, empresas multinacionais e missionários a serviço delas para impedir o progresso de um país e o uso de seus recursos minerais, hídricos e de sua agricultura. Índios e passarinhos são as melhores armas contra o desenvolvimento de países pobres.

Em 1990, quando vivia no Paraná, durante semanas foi vedete dos noticiários televisivos um pequeno pássaro, uma espécie de pardal, que estaria ameaçado de extinção. Chamava-se curiango-do-banhado e habitava nos arredores de Curitiba. Durante longos minutos, o bichinho era exibido em seus ângulos mais simpáticos, sempre com a mensagem: corre perigo de extinção. Ano seguinte, foi a vez de uma nova espécie de tapaculo, da família Rhinocryptidae, batizada com o nome popular de macuquinho-da-várzea. Também vivia nos arredores de Curitiba.

Algumas semanas mais tarde se soube ao que vinham o curiango-do-banhado e o macuquinho-da-várzea. Para preservá-los, era preciso preservar seu habitat natural. E para preservar seu habitat natural, as tais de ONGs fizeram uma ferrenha campanha para impedir a construção de uma barragem que abasteceria a capital paranaense. Me consta que o projeto de barragem morreu na casca.

Quando ouço falar de reservas indígenas, puxo os recursos naturais. Quando os defensores incondicionais das culturas nativas falam em waimiri-atroaari, leia-se cassiterita. E, quando se lê cassiterita, leia-se Paranapanema. Quando se fala em reserva ianomâmi leia-se cassiterita, mais ouro e fosfato. Macuxis, podemos traduzir por diamantes. A demarcação das terras indígenas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) é sempre precedida pela descoberta de jazidas minerais.

Uma das raras denúncias desta estratégia na grande imprensa foi feita há mais de dez anos, por Marcos Losekan, no "Jornal Nacional" da Rede Globo:

"Os índios da Amazônia se tornaram os maiores latifundiários do mundo. As reservas dessa região ocupam um terço do território da Amazônia. A reserva dos Waimiri-Atroari no Amazonas, rica em cassiterita, dobrou do tamanho nos últimos anos. A reserva dos macuxis, em Roraima, recheada de diamante, aumentou duas vezes. A reserva dos ianomâmis no norte do Amazonas, rica em ouro, cassiterita e fosfato, cresceu cinco vezes. Em 1979 eram dois milhões de hectares. Em 85 passou para sete milhões e na demarcação definitiva em 1990 atingiu quase dez milhões de hectares. Hoje, a reserva ianomâmi é do tamanho de Portugal”.

Se não há riquezas mineirais, é porque há uma agricultura próspera do malvado homem branco. Jornais como o Estadão e a Folha de São Paulo caíram como patinhos no recente conto dos guaranis-caiovás. Para salvar o bom jornalismo, só restou a Veja. Que, nesta sua última edição, denuncia a farsa forjada pela Funai e pelo Cimi. Segundo a revista, alguns antropólogos e indigenistas querem transformar o sul de Mato Grosso do Sul em uma única e extensa reserva indígena. Trata-se da área mais produtiva da região, onde são produzidos 60% da soja do Estado, 4,3% da soja colhida no país, gerando uma economia de 5 bilhões de reais. Funai e Cimi não se interessam por fixar bugres em terras sem subsolo rico ou agricultura próspera.

O episódio recente da carta-suicida dos caiovás fez com que o governo pedisse a suspensão da ordem de despejo dos caiovás que haviam invadido a fazenda Cambará. Depois que o ET de Xapuri passou a se assinar Marina Silva Guarani-Kaiowá, miríades de almas ingênuas passaram a assinar-se da mesma forma no Facebook, endossando a farsa da Funai e do Cimi. Vamos à Veja:
Com o episódio, o Cimi conseguiu mais uma vez aproveitar a ignorância das pessoas das grandes cidades sobre a realidade em Mato Grosso do Sul e, principalmente, sobre quais são as reais necessidades dos índios. As terras indígenas já ocupam 13,2% da área total do país. Salvo raras exceções, a demarcação de reservas não melhorou em nada a vida dos índios. Em alguns casos, o resultado foi até pior. A 148 quilômetros da Fazenda Cambará, no município de Coronel Sapucaia, há uma reserva onde os caiovás dispõem de confortos como escolas e postos de saúde, mas não têm emprego, futuro nem esperança. Ficam entregues à dependência total da Funai e do Cimi, sem a menor chance de sobrepujar sua trágica situação de silvícolas em um mundo tecnológico e industrial. São comuns ali casos de depressão, uso de crack e abuso de álcool. A reserva Boqueirão, próximo a Dourados, abriga caiovás submetidos ao mesmo estado desesperador. Levantamento feito por agentes de saúde locais revelou que 70% das famílias indígenas têm um ou mais membros viciados em crack. “Infelizmente, a vida dos 170 caiovás acampados na fazenda em Iguatemi não melhorará com um simples decreto de demarcação”, diz o antropólogo Edward Luz.
(...)
Em sua percepção medieval do mundo, os religiosos do Cimi alimentam a cabeça dos índios da região com a ideia de que o objetivo deles é unir-se contra os brancos em uma grande “nação guarani”. Ocorre que o território dessa “nação” coincide com a zona mais produtiva do agronegócio em Mato Grosso do Sul. O Cimi e algumas ONGs orientam os índios a invadir propriedades. A Funai também apoia o expansionismo selvagem. Os 170 caiovás acampados na Fazenda Cambará moravam em uma reserva situada do outro lado da margem do Rio Hovy. Em novembro do ano passado, membros dos clãs Pyelito Kue e Mbarakay foram levados pelos religiosos e antropólogos a cruzar o rio e se estabelecer em uma área de 2 hectares. O secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos, visitou os caiovás em Iguatemi um dia antes e deu-lhes a garantia de que o governo federal zelaria pelos seus direitos. Ex-marido da presidente da Funai, Marta Azevedo, Maldos é um conhecido oportunista que não perde a chance de usar a desgraça alheia em favor de suas convicções políticas. “Além de terra, queremos ter condições de plantar e trabalhar, mas isso nem a Funai nem ninguém faz por nós”, diz o cacique caiová Renato de Souza, da aldeia Jaguapiru, em Dourados. Enquanto os índios tiverem a vida manipulada pelos medievalistas do Cimi, pelos ideólogos da Funai e pelas ONGs, seu destino será de sofrimento e penúria.


Há duas boas décadas venho denunciando estes senhores, os antropólogos e indigenistas, que empunham o discurso das terras indígenas para manter os indígenas na miséria e afastados da civilização, encerrados em uma jaula atemporal para contemplação dos homens do futuro. Por esta frase singela, pediram para mim cinco anos de prisão. Obviamente, não levaram.

Mas ainda conseguem enganar multidões, como é o caso destas almas ingênuas que freqüentam o Facebook e, só porque expressam o que pensam numa rede informática, acham que estão sendo solidários com os índios. Sem ter a mínima noção do que, no fundo, está em jogo.


06 de novembro de 2012
janer cristaldo

HAVIA UM MENSALÃO NO MEIO DO CAMINHO IMAGINADO PELOS SETE RISONHOS COMPANHEIROS



 
As anotações manuscritas no verso não identificam o autor nem informam a data da foto que documenta o iminente início de uma reunião na Casa Civil da Presidência da República, no quarto andar do Palácio do Planalto. Apenas registram que a imagem foi congelada no primeiro semestre de 2003, pouco depois da chegada ao coração do poder dos sete risonhos companheiros sentados à mesa.
Na cabeceira, José Dirceu, chefe da Casa Civil, é o mais velho do grupo ─ e nem completou 60 anos. Tem ainda 57 e o sorriso de quem só precisa esperar mais oito para instalar-se no gabinete presidencial. É o superministro que comanda simultaneamente as articulações políticas e as ações administrativas. É o líder do núcleo duro, o capitão do time de Lula. O Sucessor.
À direita de Dirceu, o deputado federal Nelson Pelegrino tem 42 anos e o sorriso de quem está convencido de que vai vencer a próxima eleição para a prefeitura de Salvador. Fracassara em 1996 e 2000, mas conseguira em 2002 uma vaga na Câmara e é um dos vice-líderes da bancada do PT.
À esquerda do anfitrião, o senador Aloizio Mercadante tem 49 anos e o sorriso de quem acha que valeu a pena sacrificar-se pelo partido. Em 1994, o deputado federal paulista trocara uma reeleição sem sobressaltos pela candidatura a vice-presidente na chapa de Lula. Fora recompensado em 2002 com a vaga no Senado. Líder da bancada do PT, sonha com o Palácio dos Bandeirantes.
No meio da mesa, o deputado federal João Paulo Cunha tem 45 anos e o sorriso do ex-metalúrgico de Osasco que virou presidente da Câmara. Sentado à sua frente, Tião Viana, vice-presidente do Senado, tem 42 anos e o sorriso de quem foi escolhido pelo destino para conferir dimensões nacionais aos domínios da família que governa o Acre.
Em primeiro plano, completam a mesa José Genoino e Delúbio Soares. O companheiro cearense tem 57 anos e o sorriso de quem fora consolado pela derrota na disputa do governo paulista com a presidência do PT. O companheiro goiano tem 48 anos e o sorriso de quem desde 2000, quando se tornara tesoureiro nacional do partido, é chamado por Lula de “nosso Delúbio”.
Nesta primavera de 2012, a imagem parece velha de muitos séculos. Em menos de 10 anos, José Dirceu, por exemplo, perdeu a chefia da Casa Civil, perdeu o mandato de deputado e, condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha, está prestes a perder a liberdade.
Nelson Pelegrino convalesce do quarto fiasco como candidato a prefeito. Aloizio Mercadante lambe no Ministério da Educação as feridas abertas por duas derrotas consecutivas na disputa do governo de São Paulo. Condenado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, o mensaleiro João Paulo Cunha perdeu a chance de candidatar-se a prefeito de Osasco. No momento, luta para preservar o mandato e escapar da cadeia.
Tião Viana é o único do grupo que pode sorrir, mas só em casa ou no gabinete de governador do Acre. Em público, ele é obrigado a caprichar na cara de velório recomendada aos Altos Companheiros pelo julgamento do mensalão. José Genoino perdeu a presidência do PT, perdeu a vaga na Câmara e foi condenado pelo STF por corrupção passiva e formação de quadrilha.
Antes de ser enquadrado nesses mesmos crimes, Delúbio Soares perdeu o cargo de tesoureiro do PT, perdeu a carteirinha de militante e, readmitido no ano passado, está ameaçado de só conviver com os amigos no pátio do presídio. Ele achava que as bandalheiras descobertas em 2005 dariam uma boa piada de salão. Deram cadeia.
No dia em que a foto foi feita, os sete sorrisos já podiam enxergar nitidamente um mensalão no meio do caminho. O brilho do poder ofusca a vista.
 
06 de novembro de 2012
Augusto Nunes, Veja online

IMAGEM DO DIA

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  • Moradoras de uma vila na Caxemira andam com tábuas de madeira presas aos pés por um terreno pantanoso para colher castanhas-de-água no Lago Wular, a 65 km ao norte de Srinagar
    Moradoras de uma vila na Caxemira andam com tábuas de madeira presas aos pés por um terreno pantanoso para colher castanhas-de-água no Lago Wular, a 65 km ao norte de Srinagar - Danish Ismail/Reuters
     
    06 de novembro de 2012

    RITA LEE BAIXA AS CALÇAS E MOSRA A "UVA PASSA". ARGH!!!


    Gente, é phoda não saber envelhecer.
    A Sexagenária vovó do Rock Tupiniquim, Rita Lee, agora no final da carreira resolveu incorporar a Derci Gonçalves e partiu para a insanidade total.



    Já não é a ´rimeira vez que a decana do rock cisma de mostrar aquela bunda véia e branca para o público.

    Ela já havia feito um show de despedida que acabou na delegacia por conta da senilidade aliada ao uso abusivo de substâncias fumacentas que a cantora faz uso desde os tempos em que o inferno era frio.

    Não dá para tolerar uma pessoa que perdeu de vez a mão, a decadência somada a idade avançada fazem com que certas pessoas percam a noção e insistam em continuar na profissão.
    Uma pessoa que já atingiu o auge da fama deveria sair da vida pública por cima, se despedindo do seu público e desaparecendo da mídia para curtir a vida e os netos.
    Vejam o exemplo da Tina Turner, quando ela percebeu que era hora de parar, simplesmente parou e sumiu.

    Agora, entrar na apelação e na baixaria para criar polêmica e manter espaço na mídia é o máximo da cretinice e da falta de noção. Uma pessoa pública acaba colocando uma vida inteirinha de sucessos por não saber a hora de parar.
    Rita deveria ter parado há uns 10 anos, mas seguiu em frente e agora deu para apelar para o ridículo. Uma pena.
    Vamos esperar para ver quais serão as novas baixarias promovidas pela decrépita cantora. Quem sabe ela coloque fogo ao próprio corpo em algum show só para chamar a atenção.

    E o mais bizarro, se a mãe de algum de nós baixar as calças e mostrar a uva passa, certamente internaremos a véia em uma clínica, a Rita faz a mesma coisa e vira notícia, como se ela ainda vivesse nos tempos da ditadura, onde tudo era feito para quebrar as regras e os padrões.
    E o pior, tem gente que acha o máximo e ainda bate palmas.
    O tempo passou na janela e só Rita Lee não viu....Coitada.

     
    06 de novembro de 2012
    omascate

    PAUSA PARA A DIVERSÃO!

    A FARSA DAS FOTOGRAFIAS DE FIDEL

    JORNALISTA DESMONTA A FARSA DAS FOTOGRAFIAS DE FIDEL. DITADOR REALMENTE NÃO APARECEU MAIS DEPOIS DE SOFRER EMBOLIA CEREBRAL.
    Cadê os óculos de Fidel?
     
    A jornalista venezuelana Ludmila Vinogradoff, correspondente em Caracas, do importante diário espanhol ABC, apresenta em seu blog El Bolincho Venezolano, uma detida análise desmontando a farsa do governo cubano que tenta mostrar Fidel Castro gozando de plena saúde, depois que o médico venezuelano radicados nos Estados Unidos, José Rafael Marquina, revelou que o ditador cubano sofreru uma embolia cerebral (AVC), aguda.

    Naquela oportunidade o médico afirmou que jamais se voltaria a ver Fidel Castro publicamente. Até hoje Fidel realmente não apareceu mais. Sua última aparição pública se deu quando da visita do Papa à Ilha.

    Imediatamente após a revelação do AVC que pode ter levado Fidel a uma vida apenas vegetativa, já que conta com 86 anos de idade, o governo cubano espalhou para o mundo uma série de fotos tentando fazer crer que o ditador está em gozo de perfeita saúde.

    Com base em análise de especialistas, a jornalista Ludmila Vinogradoff, desmascar a montagem realizada pelo partido comunista cubano.

    Transcrevo o início do post em tradução livre do espanhol, com link para leitura completa ao final:

    "É increível as maravilhas que pode realizar o Photoshop ( programa de tratamento de imagens). As imagens que publicou o diário oficial Granma de Fidel Castro lendo sua edição cde 19 de outubro tem chamado a atenção dos especialistas que as tem analisado com lupa descobrindo detalhes que põem em dúvida a autenticidade das fotografias.


    Por exemplo, que poderia ser uma montagem a imagem de Fidel lendo o Granma, pois em outra foto aparece na mesma posição com um exemplar de El Periodigquito (Vejam nas duas primeiras fotos acima), um diário regional da Venzuela, do Estado de Aragua. Tudo isso se pode fazer com a nova tecnologia.

    Os especialistas que pediram anonimado de sua identidade, disseram a esta correspondente que "os pixel das fotos de Fidel não coincidem, é uma montagem. Há m softwarwe que detecta a montagem".
    Em inglês o programa se chama "Image error level analysis", que cria um mapa como térmico de um JPEG. "Este mapa detecta imagens alteradas. No caso das fotos de Fidel, o que não coincide são áreas de compreensão do JPEG", dizem as fontes.


    EN ESPAÑOL - Es increíble las maravillas que puede lograr el photoshop. Las imágenes que publicó ayer el diario oficial Gramma de Fidel Castro leyendo su edición del 19 de octubre ha llamado la atención de los expertos que las han analizado con lupa descubriendo detalles que ponen en duda la autenticidad de las fotografías.

    Por ejemplo, que podría ser un montaje la imagen de Fidel leyendo el Gramma pues en otra gráfica aparece en la misma posición con un ejemplar de El Periodiquito, un diario regional de Venezuela del céntrico estado Aragua. Todo eso se puede hacer con la nueva tecnología.
    ¿Qué cómo se hace?. Los expertos, que pidieron el anonimato de su identidad, dijeron a esta corresponsal que “los pixel de las fotos de Fidel no coinciden, es un montaje. Hay un software que detecta el montaje”.

    En inglés el programa se llama “Image error level analysis”, que crea un mapa como los térmicos de un JPEG. “Este mapa detecta imágenes alteradas. En el caso de las fotos de Fidel, lo que no coincide son áreas de comprensión del JPEG”, dicen las fuentes.
     
    Haga CLICK AQUI para leer toda la história.
     
    06 de novembro de 2012
    in aluizio amorim

    ASSIM JÁ É DEMAIS!

           
              Artigos - Governo do PT 
    Aquelas instituições que Lula elogiava enquanto se declarava vítima de uma traição, foram fazendo, com rigor, o que lhes competia. Ele, Lula, foi o único poupado. Não há registro, em cinco séculos de história do país, de maior atentado contra as instituições nacionais.

    Até os índios kaiapó, às margens do rio Iriri, sabem que o mensalão aconteceu. Sabem que foi uma trama criminosa, montada para corromper partidos políticos e deputados e, com isso, alinhavar maioria parlamentar na Câmara dos Deputados. O próprio Lula perfilou-se entre os primeiros a admitir a natureza criminosa dos fatos. Lembro muito bem disso porque o reconhecimento se deu em cadeia nacional de rádio e televisão. Resultou inesquecível a cena, tendo como palco o ato de abertura da reunião ministerial do dia 12 de agosto de 2005.

    Nessa fala, o ex-presidente disse:
    a) que se sentia traído por práticas inaceitáveis;
    b) que nunca teve conhecimento dessas práticas;
    c) que por ser o primeiro mandatário da nação, era seu dever zelar pelo Estado de Direito;
    d) que o Brasil tinha instituições democráticas sólidas e que o Congresso e o Judiciário estavam cumprindo a sua parte;
    e) que a Polícia Federal estava investigando a fundo todas as denúncias; f) que determinou, desde o início, que ninguém fosse poupado, pertencesse ao PT ou não;
    f) que não tinha qualquer vergonha de dizer ao povo brasileiro que "nós temos que pedir desculpas" e explicitou esse "nós" afirmando que o PT tinha que pedir desculpas e que o governo, onde errou, tinha que pedir desculpas;
    g) que o povo brasileiro não podia estar satisfeito com a situação que o país estava vivendo. Quem quiser voltar a assistir essa fala, procure no youtube por "Lula pede desculpas pelo mensalão".
     
    Depois disso, seguiram-se investigações com o rigor anunciado, tanto na Polícia Federal quanto nos demais órgãos do Estado, notadamente Banco Central, Receita Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal. O volumoso processo caiu em mãos do STF e ali foi escrutinado por uma legião de técnicos e, por fim, pelos próprios ministros, como bem pudemos assistir.
    Nós, eles, e os índios Kaiapó. Ao fim e ao cabo, o que se ficou sabendo era, em tudo, bem mais volumoso e grave do que o contido nas estudadas manifestações do deputado Roberto Jefferson.
     
    Aquelas instituições que Lula elogiava enquanto se declarava vítima de uma traição, foram fazendo, com rigor, o que lhes competia.
    Ele, Lula, foi o único poupado. Não há registro, em cinco séculos de história do país, de maior atentado contra as instituições nacionais. Para proporcionar ao governo maioria parlamentar, degradou-se o poder legislativo comprando deputado assim como muitos barões do açúcar e de cacau compravam votos. Para esse fim, o governo organizou seus jagunços de terno Armani e mocassim italiano.
     
    Fizeram grande mal à nação. Expuseram-na a um rumoroso vexame internacional. Proporcionaram péssimo exemplo ao povo. Sentada a poeira dos escândalos, perseveraram em práticas delitivas. Pergunto: não foi isso o que se viu no efeito dominó que derrubou boa parte do ministério de Dilma Rousseff em seus primeiros meses?
    E agora pretendem, em orquestrada série de manifestações, desacreditar o Supremo Tribunal Federal. Ou seja, continuam a agir contra as instituições! Parecem esquecidos de que sete dos dez membros do Supremo foram indicados por eles.
    Agem e falam como se aquela Corte, escolhida a dedo por Lula e Dilma, fosse composta por tipos sinistros, por carniceiros dispostos a eviscerar e esquartejar, membro a membro, o mais nobre partido da República para felicidade "das elite". Ninguém é mais lulista neste país do que "as elite".
     
    Escrito por Percival Puggina

    O 'MILAGRE' PETISTA DA ASCENSÃO SOCIAL

        
              Artigos - Governo do PT 
    Em 2010, para alavancagem da candidata Dilma Rousseff, Lula não se fez de rogado e irrigou irresponsavelmente o País com dinheiro farto, de modo que hoje metade da população brasileira está encalacrada em dívidas.

    Durante os oito anos do governo Lula, a economia do Brasil, nas Américas, só foi superior à do Haiti da guerra civil, dos terremotos e dos furacões. Comparado à dos BRIC, foi um fiasco total. Assim, eu nunca consegui entender como dezenas de milhões de pessoas tenham saído da pobreza e alcançado, inclusive, a classe média, como a propaganda petista continua repetindo. Para mim, trata-se de um cálculo que nunca se fechou.

    No início do governo Dilma Rousseff, o governo alardeava que o País tinha chegado à 6ª. posição, quanto ao PIB. Ocorre que, embutido, estava um embuste, pois o cálculo era simplista, apenas uma conversão do PIB para o dólar bastante desvalorizado, sem levar em conta o valor de compra do real (paridade do poder de compra).
     
    Tanto isso é verdade, que em outubro de 2003, o jornal O Globo estampava a seguinte manchete, também com base no cálculo da conversão do real para o dólar, ainda no período da ressaca do “fator Lula”, eleito presidente, o qual ainda inspirava desconfiança no mercado, quando o dólar chegou próximo a R$ 4: “O Brasil passa de 8ª. à 15ª. economia do mundo”.
    Então é isso: o Brasil dorme em 8º lugar e acorda em 15º, e vice-versa, assim sem mais nem menos?
     
    A revista Veja, de 8 de outubro de 2012, no texto “A Belíndia Revisitada” (pg. 94-5), de Giuliano Guandalini, afirma que em 1960, os 10% mais ricos detinham 40% da renda total, aumentando esse índice para 47% em 1970 e 48% em 1980. E que os 10% mais pobres detinham apenas 2% da renda total em 1960, baixando para 1% em 1980.
    Faltou à revista Veja a decência de dizer quantos brasileiros saíram da miséria no período do governo dos militares, quando o Brasil foi alçado da 46ª para a 8ª potência econômica em apenas uma década. Crescendo a taxas anuais seguidas acima de 10%, chegando a 14% em 1973, é óbvio que milhões de pessoas saíram da pobreza. Quantos milhões foram?
     
    Além do mais, se mais milionários e bilionários surgiram durante o governo dos militares (os tais 10% mais ricos), isso necessariamente não é um mau sinal.
    Afinal, são os ricos que, com suas empresas e seus negócios, tocam de fato o País, oferecendo milhões de empregos ao povo e promovendo a verdadeira e sustentável ascensão social. Quantos empregos oferecem as empresas de Eike Batista, o homem mais rico do Brasil?
    No mesmo texto de Veja, o economista Marcelo Néri serve de caixa de ressonância ao embuste petista: “O lado pobre do Brasil cresce tanto quanto a economia da Índia, o lado belga está tão estagnado quanto os países europeus” (pg. 95).
    Os fatos, no entanto, são teimosos.

    “Há uma absurda expansão do crédito, gerando bolhas no setor imobiliário. Temos hoje moças e garotos que compram imóveis financiados por 30 anos pagando a maior taxa de juros do mundo. Daqui a alguns anos, eles ficam desempregados e, aí, teremos um problema social. A propaganda foi a coisa mais eficiente do governo. Há uma espécie de otimismo trágico no Brasil. Nos anos Lula, o país cresceu, em média, 4%. Isso não é mérito. No período, a média mundial foi de 4,4%. Entre os 29 últimos presidentes, Lula fica na 19a. posição”.
    (Reinaldo Gonçalves, in “Uma voz no deserto”, Correio Braziliense, 20/3/2011, pg. 23).

    O Correio omitiu deliberadamente que a 1ª. posição pertence a Emílio Garrastazu Médici, fato que a esquerda de caviar jamais conseguirá engolir.
     
    Infelizmente, Castello Branco e os governos militares que o sucederam eram contrários à propaganda das realizações do governo. As obras dos militares foram estupendas, como a hidrelétrica de Itaipu, que consumiu em aço o equivalente a 380 torres Eiffel. Em 1963, o PIB era equivalente a 20,6 bilhões de dólares e as exportações, 1,4 bilhão de dólares, com saldo negativo de 244 milhões de dólares. Em 1984, as exportações somavam 27 bilhões de dólares.
     
    Já há algum tempo, Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas, vinha batendo nessa tecla da ascensão da classe média, na TV Globo, dos milhões de brasileiros que saíram da miséria e agora estavam participando da festa consumista. Neri chegou até a escrever um livro, A nova classe média, que recebeu elogios da presidente Dilma Rousseff.
     
    Em 2010, o governo Lula cantou em verso e prosa o aumento do PIB brasileiro, de 7%, uma façanha vista apenas durante o governo dos militares. Ocorre que esse índice esconde uma meia verdade, para não dizer uma mentira inteira, pois em 2009 o aumento do PIB foi negativo, cresceu para baixo como rabo de cavalo. Assim, na média 2009-2010, o aumento da economia foi em torno de 3%.
    Claro que houve uma sensível melhora das pessoas nos últimos anos, principalmente com a estabilidade do Real.
     
    Os brasileiros passaram a ter acesso amplo a empréstimos a perder de vista, ainda que a juros estratosféricos. Em 2010, para alavancagem da candidata Dilma Rousseff, Lula não se fez de rogado e irrigou irresponsavelmente o País com dinheiro farto, de modo que hoje metade da população brasileira está encalacrada em dívidas.
    esmo assim, eu não conseguia entender como 20, 30, 40 milhões – o número imaginário varia de acordo com o local do palanque petista – tinham conseguido sair da miséria, já que o crescimento econômico brasileiro continuou muito baixo nos últimos anos. Para 2012, a previsão do ministro da Economia, Guido Mantega, era que o PIB cresceria em torno de 4 a 5%.
    Hoje, o “pibinho” de 2012 está cotado em 1,5%, o que quer dizer que o Brasil crescerá no máximo 1%.
     
    A explicação do milagre petista ocorreu em 2012, quando, cinicamente, o governo Dilma classificou como classe média os que auferem renda familiar per capita entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00. Ou seja, quem recebe 2 salários mínimos, para os petistas, pertence à baixa classe alta! E quem recebe acima de R$ 2.480,00, pertence à classe alta! Com inveja do “milagre brasileiro” dos militares, os petralhas criaram o milagre da ascensão social das massas, numa canetada! - cfr. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1097561-classe-media-tem-renda-per-capita-de-r-291-a-r-1019-diz-governo.shtml.
    O antigo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) foi transformado em
     “Instituto de Proselitismo Econômico Aplicado”, na perfeita definição de João Luiz Mauad, depois que foi aparelhado por petistas.
     
    Assim como o sucessor de FHC não gostava dos dados estatísticos do IBGE, a não ser os que traziam boas notícias, Dilma Rousseff ficou estressada quando o IPEA afirmou o óbvio, que as obras para melhoria dos aeroportos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estavam atrasadíssimas.
    O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo Pnud em 2011 contrariou Lula, que, entre uma sessão de quimioterapia e outra, ordenou que o presidente do IPEA, Márcio Pochmann, elaborasse um IDH próprio.
    Infiltrado por ativistas ideológicos, atualmente o IPEA tem a mesma credibilidade de um instituto cubano, argentino ou chinês.
    Recentemente, Marcelo Neri foi nomeado presidente do IPEA. É, sem dúvida, o homem certo no lugar certo.
     
    Escrito por Félix Maier

    AS ELEIÇÕES DOS EUA


    Manter Obama será enfraquecer a força do país.


    Eu comentei em vídeo ontem (assista abaixo) as eleições dos EUA, que se realizam hoje, enfatizando a preferência unânime da esquerda (e da mídia, ela toda esquerdista) pelo candidato Barack Obama e contra o candidato republicano Mitt Romney. Volto ao tema para comentar o abominável editorial do Estadão (Por que torcer por Obama), que faz coro com a esquerda mundial. Penso que vale o comentário, porque o editorialista explicitou os supostos (e falsos) argumentos em favor de Barack Obama.


    Dois argumentos se destacam logo no primeiro parágrafo. Mitt Romney é descrito como (1) um militarista obscurantista e (2) um patrocinador do “retrocesso econômico”. O editorialista sublinha que Romney teria uma suposta “dependência dos mesmos gurus neoconservadores que atiçaram George W. Bush para a aventura da guerra no Iraque” e que poderia incentivar Israel a resolver o problema nuclear iraniano por meios militares.
     
    O que divide Obama e Romney está totalmente explícito nesses argumentos. Em matéria de política externa teríamos a substituição da desastrada política externa de Obama, que levou ao desastre na Líbia e à guerra civil na Síria e ao fortalecimento do poder global da China. Queira ou não, a política de esquerda nos últimos quatro anos fragilizou a posição dos EUA, tanto em relação aos ‘amigos’ europeus como aos inimigos. Enfrentar o poderia da China é uma escolha que se impõe; ser o guardião da ordem mundial contra o terrorismo, também.
     
    Manter Obama será enfraquecer a força do país, fato que não interessa, em última análise, a ninguém do Ocidente. Apenas a esquerda ideológica ensandecida, falsamente pacifista, empunha essa bandeira equivocada. É preciso resistir aos bárbaros antiocidentais. Não é deixando que prosperem loucuras eufemísticas como ‘Primavera Árabe’ que a paz mundial será preservada. Da mesma forma, não é por assistir impassível à expansão militar da China que os interesses maiores do Ocidente serão resguardados.
     
    Em matéria econômica temos também um divisor de águas. Ou prevalecerá a proposta socialista de Obama, que acredita que é possível descolar a distribuição de renda da sua produção, ou prevalecerá a ética do livre mercado, de moral superior e de eficiência demonstrada. O flerte de Obama com as práticas socialistas tem posto em perigo o próprio dinamismo da economia americana. Mitt Romney, se eleito, reacenderá mundialmente a crença no livre mercado e nas instituições capitalista.
     
    É certo que essas eleições definirão a macro política mundial nos próximos anos. São candidaturas antagônicas, visões de mundo alternativas entre si. Ao contrário do editorialistas do Estadão, eu penso que as forças representadas – sobretudo as ideias representadas – na candidatura de Mitt Romney são as melhores para todo o mundo.
    Vídeo:

    No programa Manhattan Connection de ontem (4), todo ele dedicado a falar mal de Mitt Romney e a louvar Barack Obama e a prever a vitória deste último (estavam na dúvida se a vitória seria grande ou pequena) mostra a parcialidade que usam e o anti-jornalismo que praticam. A cobertura do Estadão de hoje é do mesmo naipe, sendo exemplo ridículo a coluna da Lúcia Guimarães (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,de-costas-para-o-futuro-,955763,0...). O medo da esquerda se justifica porque a eleição de Mitt Romney colocará ativo um polo conservador em escala mundial, contra o movimento esquerdista.
     
    06 de novembro de 2012
    Nivaldo Cordeiro

    NA QUEDA DE BRAÇO DA PAZ NA COLÔMBIA, PERDEM AS VÍTIMAS DAS "FART"!

        
              Internacional - América Latina 
    Nessa edição do Notalatina reproduzo o artigo que escrevi para o Jornal Inconfidência de Minas Gerais, mas antes quero denunciar um fato que está ocorrendo na Colômbia, que demonstra claramente quem é e o que está fazendo Juan Manuel Santos contra seu próprio povo.
     
    Os colombianos estão fartos das traições de Santos e não escondem sua insatisfação com os rumos que o país está tomando, uma vez que, enquanto o presidente afirma em seus discursos que “as FART estão acuadas e rendidas”, os ataques à Força Pública se acentuam exponencialmente. Não há dia em que não se tenha notícia de atentados terroristas, de mortes de policiais e militares, atentados contra crianças, seqüestros, explosões de minas terrestres.
     
    Desde há duas semanas que os colombianos vêm sendo vítimas de censura, tendo suas contas de Facebook e Twitter bloqueadas, porque reclamam e cobram do presidente que fale a verdade, que cuide da segurança e que não desejam impunidade para os terroristas. Hoje, soube de uma combativa amiga colombiana que, além de ter suas contas bloqueadas, também está sem internet, porque criticava Santos através de suas contas de Twitter e Facebook.
     
    Quero, portanto, denunciar este abuso de autoridade, esta C
    ENSURA indevida do presidente Juan Manuel Santos contra seu próprio povo, um povo que o elegeu para dar continuidade ao exitoso trabalho do presidente Uribe e que desde que assumiu não faz outra coisa senão servir aos caprichos das FART e de Chávez. Não é amordaçando um povo que se lhe conquista, mas trabalhando em prol do bem-estar, da segurança e da prosperidade de toda a nação. Fiquem com Deus e até a próxima!

    Na queda de braço da paz na Colombia, perdem as vítimas das FART
     
    Devo, antes de tudo, explicar porque uso um “T” em vez do conhecido “C” para designar a guerrilha narcoterrorista colombiana. É que lá as pessoas de bem entenderam que é mais justo e adequado chamá-las pelo que de fato são: “Forças Armadas Revolucionárias Terroristas”, e não “da Colômbia”, pois isto é uma indignidade para com o país e suas incontáveis vítimas.
     
    No dia 7 de outubro houve eleições presidenciais cujo resultado, como já estava acordado desde o último Encontro do Foro de São Paulo, deu vitória a Chávez e a oposição nada fez, embora as fraudes tenham sido tão gritantes que até no exterior foi comentado e provado. Se o fraudador fosse o candidato da oposição o mundo inteiro viria abaixo e de imediato se pediria a anulação ou, pelo menos, uma auditoria. Mas nada se fez porque disto dependiam as negociações com as FARC, da qual Chávez foi o mentor principal.
     
    No dia seguinte haveria a primeira rodada de “negociações” em Oslo, onde os terroristas já se encontravam há alguns dias gozando das delícias do capitalismo - que abominam da boca para fora - mas foi adiada porque um de seus membros teve dificuldades para chegar. Foi precisamente Iván Márquez, que substituiu Raúl Reyes nas Relações Internacionais. Uma das exigências das FART é que participassem da mesa de negociações a terrorista holandesa Tanja Niemeijer e Simón Trinidad que está preso nos Estados Unidos condenado a 60 anos de prisão. Era necessário mostrar ao mundo por um lado, que até uma linda estrangeira vive feliz nas selvas e por outro, que podem dobrar até os Estados Unidos com seus caprichos.
     
    Na coletiva de imprensa dada no dia 17, Iván Márquez abusou do direito que se lhe outorgou de ser tratado como gente e afrontou não só aos colombianos como a todos que conhecem o drama de suas vítimas. Em sua mensagem Márquez negou que as FART tenham em seu poder seqüestrados, que continuam cometendo seqüestros, que cultivam, processam e comercializam coca, que praticam atos de terrorismo, etc. Entretanto, desde que começaram as negociações os atos de terrorismo aumentaram consideravelmente, com destruição de redes de energia elétrica, oleodutos, carros-bomba, assassinatos de policiais e militares e seqüestros de pessoas inocentes. Há três chineses de uma empresa que desde janeiro foram seqüestrados e não se tem qualquer notícia deles.
     
    Nesse discurso Márquez usou da retórica leninista de acusar os outros do que eles fazem, afirmou para o mundo inteiro que “eles” sim, são as grandes vítimas do Estado e que os colombianos é que têm uma dívida com eles. Como se insistiu em que entregassem os seqüestrados, Márquez afirmou numa carta:
    “É necessário que (...) optemos por não descontextualizar e não delimitar inserindo visões pessoais do assunto. (...) Está estabelecido no Acordo a possibilidade de que outros atores da confrontação política e social possam confluir ao processo, (...) e é claro também que assunto sem importância com o das vítimas não pode deixar de lado a literalidade mesma do compromisso assumido em Cuba”.
     
    Segundo cifras oficiais, 1.258 seqüestrados entre policiais, militares e civis encontram-se em poder das FART, alguns há mais de 10 anos. Entretanto, Santos disse publicamente acreditar na palavra dos terroristas. Embora a mídia internacional venha dando apoio total a essa insensatez, 90% dos colombianos estão entre revoltados e desesperados com a traição de Santos e o rechaço a seu governo é cada dia mais patente e claro.
     
    No domingo 28 houve a convenção nacional do Partido da U, fundado por Álvaro Uribe, e do qual Santos se serviu sem qualquer escrúpulo para se eleger. Tive o prazer de assistir ao vivo e sou testemunha ocular disto que falo. Quando se anunciou a chegada de Uribe este foi aplaudido de pé aos gritos de “A U é de Uribe!” durante vários minutos. E ele começou o discurso dizendo exatamente isso: “Diego Piñeros foi seqüestrado no dia 17 de outubro no Meta, pelas FARC. ‘Paguem a extorsão que depois será pior’, é a ameaça das FART”, quer dizer, no mesmo dia em que Márquez anunciava para o mundo que não seqüestravam nem tinham mais ninguém em seu poder. Todo o seu discurso foi interrompido pelos aplausos, do mesmo modo de quando se retirou e que compartilho ao final do artigo com exclusividade para meus leitores brasileiros.
     
    Santos só apareceu muito depois, com um discurso agressivo, rancoroso, febril de inveja. E como foi vaiado em várias oportunidades e a platéia que o ouvia era ínfima em relação à multidão que aplaudiu Uribe, não se sabe que destino tomou o vídeo de sua alocução pois nem na página da Presidência foi publicado. Todavia, ao contrário de Uribe que demonstrou seu amor e preocupação pelos rumos do país, o discurso de Santos foi raivoso, invejoso e auto-referente. Incontáveis vezes ele começa a frase com “eu”, e nessa sua ira contra o sucesso de Uribe soltou esta pérola: “É de dupla moral vir preparar uma punhalada contra a coletividade debaixo do poncho. Eu não venho a um pugilato, como um rufião de esquina, para demonstrar quem é que manda no bairro”. Não havia quem o aplaudisse, pelo contrário, foi vaiado e a platéia havia se esvaziado consideravelmente.
     
    Com este desrespeito monumental, o que Santos conseguiu com toda sua baixeza moral e de caráter foi ampliar ainda mais o abismo que separa os verdadeiros uribistas daqueles oportunistas, como ele, que se elegeram com os votos e a plataforma de quem hoje ele vilmente chama de “rufião de esquina”.
    Em resumo: enquanto Uribe mesmo sem um cargo público continua lutando pela liberdade e democ
    racia da Colômbia, Santos só pensa em fazer algo para “deixar sua marca”, mesmo que isto signifique vender o país ao mais sanguinário e cruel bando terrorista do continente. E o povo que o elegeu, confiando que iria ver-se livre deste flagelo, vê-se agora completamente a mercê de seus algozes que são os verdadeiros mandantes do país.
     
    06 de novembro de 2012
    Graça Salgueiro

    A MÍSTICA DO BOM SELVAGEM

        
              Artigos - Movimento Revolucionário 
    comunaseindiosO trabalho feito por organizações ambientalistas e indigenistas de viés progressista – amplamente financiadas por organizações “filantrópicas” internacionais – está longe de ser a solução para esses problemas. Ao contrário: elas são justamente a causa desses problemas.

    Jean-Jacques Rousseau, um dos grandes inspiradores dos ideais que culminaram na sangrenta Revolução Francesa de 1789, acreditava piamente naquilo que se chama “bom selvagem”. Rousseau defendia que o homem era naturalmente bom, e que era a sociedade que o corrompia, deformando sua essência em algo vil e perverso. Para impedir esse processo de mutilação do homem, era necessário destruir a sociedade tal como era, substituindo-a por uma sociedade que resgatasse a natureza benévola inerente ao ser humano. O processo pelo qual essa nova sociedade – e, por conseguinte, o novo homem – deveria surgir passava necessariamente pela demolição dos valores sobre os quais a velha sociedade estava alicerçada; todas as instituições que trabalhavam para a manutenção da velha sociedade – a Igreja, a família, a Coroa, o ensino, a cultura, as artes – deveriam necessariamente ruir para que o homem voltasse àquela Era de Ouro há muito perdida e ansiada.
    O que motivou o surgimento do mito do “bom selvagem” foi o impacto que o contato com tribos nativas no continente americano e na região do Pacífico causou no imaginário literário europeu da época, sobretudo nos séculos XVII e XVIII. Vistos literalmente como descendentes de Adão e Eva que pareciam não terem sido atingidos pelo pecado original, os povos indígenas eram idealizados como ajuntamentos de pessoas puras, inocentes, cujo isolamento da civilização as manteve à salvo de deturpações em sua conduta e deformações em sua alma. Sua vida seria marcada por uma perfeita integração com a natureza, venerada pelos povos nativos como algo tão sagrado que qualquer interferência humana era considerada sacrílega e abominável, dependendo unicamente da prodigalidade da Mãe Terra para tirarem seu sustento.

    Exatos 250 anos após a publicação de sua obra “Do Contrato Social” (1762), o pensamento revolucionário de Rousseau e a errônea concepção do índio como uma criatura pura, inocente (e, acima de tudo, indefesa) são mais fortes do que jamais foram. Quando se toca na questão indígena, sobretudo no Brasil, existem determinados traços paradigmáticos: 1) o índio deve ser protegido como um indivíduo parcialmente incapaz, que não possui faculdades mentais nem aptidões humanas suficientes para fazer suas próprias escolhas; 2) sua cultura tradicional deve ser preservada a qualquer custo, mesmo que muitos índios a abandonem espontaneamente; e 3) seus comportamentos são ontologicamente imunes a qualquer crítica que o “homem branco” possa fazer, uma vez que eles são dotados daquela sabedoria natural intrínseca à natureza humana que foi perdida por todos aqueles contaminados pela mácula da civilização. Esse estranho dueto de infantilização e sacralização tem provocado algumas bizarrices verdadeiramente assustadoras.

    O assunto da vez é a situação de 140 índios guarani-kaiowá que, há cerca de um ano, invadiram parte de uma fazenda nas proximidades de Iguatemi, cidade do interior do Mato Grosso do Sul. A invasão foi batizada de comunidade Pyelito Kue. O proprietário das terras invadidas entrou com um pedido de reintegração de posse junto à Justiça Federal de Navirai, que determinou a retirada dos indígenas da região. Em reação à ordem, a comunidade Pyelito Kue
    emitiu um comunicado dizendo que a decisão judicial “é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena”, e completou:
    Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
    O comunicado causou uma celeuma daquelas – coisa muito comum em um país onde as pessoas efetivamente perderam sua capacidade de perceber e valorar problemas de acordo com seu real significado –, sobretudo nas redes sociais: começou a se falar em suicídio coletivo, pipocaram manifestações no Facebook e congêneres, abaixo-assinados foram iniciados, enfim, um grande circo midiático se armou em torno desse fato. A pedido do Governo Federal, a Justiça Federal de MS cassou a decisão que determinava a desocupação da área, de modo que os índios poderão ficar na região até o fim do trabalho de pesquisa que visa à demarcação das terras.
    Chamar a situação dos guarani-kaiowá de genocídio é, no mínimo, um exagero sentimentalóide e despropositado. No entanto, é verdade que a situação das populações indígenas no Brasil é bastante injusta. Diversas comunidades passam por situações de risco social considerável: desnutrição, violência, desemprego, alto índice de mortalidade infantil e de doenças, falta de escolaridade, ausência de tratamento de saúde, enfim, um sem-número de problemas. No entanto, o trabalho feito por organizações ambientalistas e indigenistas de viés progressista – amplamente financiadas por organizações “filantrópicas” internacionais – está longe de ser a solução para esses problemas. Ao contrário: elas são justamente a causa desses problemas.

    Um exemplo emblemático que serve de base a essa conclusão é a situação atual da reserva
    Raposa-Serra do Sol, em Roraima. Com aproximadamente 17.500 km² – maior, portanto, do que Líbano (10.400 km²), Irlanda do Norte (13.843 km²) e Timor-Leste (14.874 km²) –, a reserva teve a homologação de sua demarcação contínua confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 20 de março de 2009. Produtores rurais e comerciantes que residiam e trabalhavam dentro da área da reserva foram retirados com a promessa de indenização do governo federal. As indenizações não vieram para a grande maioria deles, e outros receberam um valor irrisório por suas propriedades. Segundo reportagem da revista Veja intitulada “Uma reserva de miséria”, da edição nº 2219 (1º de junho de 2011), esse é o caso do ex-pecuarista Wilson Alves Bezerra. Sua propriedade, em que criava 1.300 cabeças de gado, possuía 5 mil hectares. Tendo o valor das edificações da propriedade sido orçado em R$ 350 mil, e levando em consideração um valor de R$ 1.000,00 por hectare – o que equivale a 1/3 do valor mínimo médio do mercado brasileiro –, o Sr. Wilson Bezerra deveria ter recebido pouco mais de R$ 5 milhões de indenização do governo. O valor total que recebeu foi de R$ 72 mil, cerca de 1,44% do valor total. Na época da reportagem da revista, ele sobrevivia vendendo churrasquinhos no centro de Boa Vista, o que lhe rendia R$ 40,00 por noite.
    wilsonbezerra
    Empreendimentos rurais como o do Sr. Wilson Bezerra empregavam muitos habitantes da região, sobretudo indígenas. Sem emprego, sem opção de sobrevivência e sem respaldo governamental, muitos índios se viram obrigados a também ir para Boa Vista. Muitos deles sobrevivem em condições precárias, conseguindo uma renda ínfima da cata de lixo e materiais recicláveis. Se antes havia uma perspectiva de desenvolvimento econômico e social para essas pessoas, hoje essa perspectiva não é mais do que um sonho distante e improvável. E a que se deve isso? À parceria de organizações indígenas e ambientais financiadas com recursos de fundações internacionais com órgãos do governo federal, como a Funai, e o Ministério Público Federal. São distorções como essa que levam o estado de Roraima a ter o pior PIB dentre as UFs brasileiras: cerca de 70% de seu território são compostos por reservas ambientais e indígenas, lugares em que atividades econômicas de base não podem ser conduzidas, o que gera um subdesenvolvimento generalizado no estado.

    Ronald Reagan costumava dizer que o governo não é a solução para os problemas, mas o próprio problema. Nesse caso, o problema não é o governo, as ONGs e outros grupos de pressão, mas aquilo que os impregna até a medula: a mística do “bom selvagem”. Parece que 250 anos de equívocos e barbaridades não bastaram para apagar essa sandice da nossa “elite pensante”.

    * * *
    A ideia aparentemente inabalável de que o índio é uma criatura toda pura, naturalmente cheia de boas intenções, inocente, meio bobinha, muito mansa e dotada de uma sabedoria excelsa que provém de seu íntimo contato com a “Mãe Terra” tornou-se um verdadeiro arquétipo jungiano nos tempos hodiernos. Se antes, no contexto brasileiro, essa imagem servia muito mais à literatura do que à política – vide a Trilogia Indianista do escritor José de Alencar, composta pelas obras “O Guarani” (1857), “Iracema” (1865) e “Ubirajara” (1874) –, hoje ela serve para justificar todo tipo de infâmia.
    reunião
    Reunião dos ministérios da Justiça e Direitos Humanos com representantes dos guarani-kaiowás.
    Uma das falácias mais evidentes que compõem esse arquétipo está presente num texto recente de Luiz Martins da Silva, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, publicado no portal da universidade. Em “O céu dos índios”, o prof. Luiz Martins escreve:
    Contam cronistas que ao tempo dos primeiros exploradores os nativos até colaboravam na sobrecarga das naus, com madeiras e tudo o que queriam em grande quantidade, mas indagavam candidamente sobre os motivos de tanto acúmulo, se a madeira não ia acabar, se a floresta não ia desaparecer. Por que razão precisavam tanto de tudo e de uma só vez?
    É possível que, “candidamente” encantado pelas historietas dos ditos cronistas, o autor do texto tenha se esquecido da altíssima carga de fantasia que embebiam a esmagadora maioria dos relatos de exploradores europeus em terras americanas. A tão alardeada consciência ecológica dos povos indígenas é, no mais das vezes, um delírio urdido por intelectuais que, incapazes de penetrar no mais essencial das culturas indígenas – ou, pior, ignorando-o de caso pensado, solenemente –, limitam suas análises ao assombro inicial causado pelo contato com o desconhecido.

    A ausência das noções de propriedade e de escassez torna desenfreada a utilização de determinado recurso limitado. E, ao contrário do que a nossa elite acadêmica pisa e repisa, a tragédia dos comuns não é algo cuja observância é limitada por diferenças culturais: ela faz parte da própria natureza humana. Aquilo que facilmente se obtém, que pode ser desfrutado sem limites e que não pertence a um indivíduo concreto, mas a uma abstrata coletividade, é explorado até a exaustão sem que haja ponderação acerca da durabilidade do bem e de seu melhor uso.
    indiotech
    Camiseta da Holanda e câmera digital: manufaturas tradicionais?
    Notem que não é necessário nem mesmo conhecer a história dos povos indígenas para intuir a falsidade dessa sacrossanta consciência ecológica nativa. Em “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leandro Narloch coloca as coisas de maneira bastante clara quanto a esse assunto:
    As tribos que habitavam a região da mata atlântica botavam o mato abaixo com facilidade, usando uma ferramenta muito eficaz: o fogo. No fim da estação seca, praticavam a coivara, o ato de queimar o mato seco para abrir espaço para a plantação, empregado até hoje. No início, a coivara é eficiente, já que toda a biomassa da floresta vira cinzas que fertilizam o solo. Depois de alguns anos, o solo se empobrece. Pragas e ervas daninhas tomam conta. Como não havia enxadas e pesticidas e ninguém sabia adubar o solo, procuravam-se outras matas virgens para queimar e transformar em roças. O historiador americano Warren Dean estimou que a alimentação de cada habitante exigia a devastação de 2 mil metros quadrados de mata por ano. [...]

    A grande vantagem ao fogo era facilitar a caça. Criando fogueiras coordenadas, um pequeno grupo de pessoas consegue controlar uma área enorme da mata sem precisar de machados, serrotes ou alguma outra ferramenta de ferro. As chamas desentocam animais escondidos na terra, no meio de arbustos e nos galhos. Aves, macacos, veados, capivaras, onças, lagartos e muitos outros animais corriam em direção ao mesmo ponto, onde os índios os esperavam para capturá-los. Não e à toa que, assim como em todo o resto do mundo, nas florestas brasileiras só havia animais de grande porte, rápidos e agressivos os mais lentos foram logo extintos pelas populações nativas. Para caçar alguns poucos animais, eles destruíam uma área enorme da floresta.

    A ideia de que os índios também são criaturas ingênuas, inocentes, crédulas, bondosas por natureza, possuidoras de uma dignidade quase beatífica reservada somente aos animistas e panteístas – de alguma forma, esses credos equivalem a um inquestionável atestado de superioridade moral, lavrado com toda pompa e circunstância nos cartórios ideológicos (vulgo universidades) do Brasil –, é igualmente absurda.

    Dois casos são bastante ilustrativos. O primeiro ocorreu em 2004 nas imediações de Espigão d’Oeste, município do estado de Rondônia. A reserva Roosevelt, que abriga uma das maiores jazidas de diamantes do mundo, é habitada por índios cintas-largas. No dia 7 de abril daquele ano, cerca de 60 índios capturaram um grupo de 29 garimpeiros. Os garimpeiros – que, apesar de exercerem atividade ilegalmente, não estavam armados – foram amarrados com cipós e mortos a tiros e golpes de borduna, tendo os corpos carbonizados em seguida (algumas fotos das vítimas podem ser encontradas na rede). Poder-se-ia argumentar que os índios estavam apenas protegendo sua propriedade de invasores que estavam depredando sua terra sagrada e, a partir daí, forçar alguma ideia de legitimidade para essa barbaridade. Mas quando se sabe que muitos dos próprios índios da reserva traficam pedras preciosas, isso tudo soa mais como eliminação de concorrência.

    O segundo caso ocorreu em maio de 2008 na cidade de Altamira/PA. Por iniciativa da Arquidiocese de Altamira e diversas ONGS, foi realizada uma grande reunião pública para discutir o afamado projeto da usina de Belo Monte. Paulo Fernando Rezende, engenheiro da Eletrobrás, participou do evento para falar a respeito do projeto de construção da usina e defender a necessidade do empreendimento. A reação dos índios foi esta:

    Comparemos, por um instante, o vídeo acima com as palavras finais do texto do prof. Luiz Martins:
    Em meados dos anos 70, levantei um dado estatístico, na Funai: havia entre os índios brasileiros missões de 50 diferentes linhagens religiosas, todas, evidentemente, tentando salvar as almas dos índios e encaminhá-los para um Céu de beatitudes. Eu fico me perguntando se não teria de ser o inverso, os brancos indo aprender com os índios, como se pode viver no Paraíso, já, aqui e agora.

    A depender dos caiapós que deram esse show de horrores na reunião, é de se esperar que esse Paraíso terrestre seja construído com gritos de guerra, golpes de facão e bordoadas. Pensando bem, não é muito diferente do que os jacobinos, ébrios do ópio rousseauniano, fizeram na França quando o século XVIII estava em seus estertores. Bom, no fim das contas, talvez Rousseau estivesse certo, não é?

    Em tempo:
    Índios são pessoas. Índios são seres humanos exatamente como nós, os “homens brancos”. Eles possuem fraquezas, qualidades, virtudes, defeitos, interesses, enfim, eles compartilham a mesma natureza humana que nós, “homens civilizados”, possuímos. E, assim como nós, eles também são capazes de atrocidades vergonhosas, como, por exemplo, a prática do infanticídio que algumas tribos mantêm. No entanto, eles também são capazes de atos verdadeiramente heróicos e virtuosos: é só serem tratados como pessoas, nem mais, nem menos. Se quisermos de fato que situações como essas não ocorram mais, está na hora de pararmos de agir como se fossem criaturas angélicas de outra dimensão ou como seres subumanos que necessitam da tutela estatal para absolutamente tudo.
     
    06 de novembro de 2012
    Escrito por Felipe Melo