"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 11 de dezembro de 2011

CORAGENS E OUSADIAS

A insegurança vivida atualmente por todos está tornando as pessoas cada vez mais isoladas, com suas residências cercadas por enormes muros, cercas elétricas, câmaras filmando o lado externo, os porteiros dos prédios trabalhando em cabines fechadas com vidros blindados e só se comunicando através de microfones.

As novas tecnologias de comunicação, a internet e as chamadas redes sociais estão facilitando exponencialmente esse isolamento, fazendo as pessoas se distanciarem do mundo real e se aproximarem do virtual.

Como observador leigo em ciências do comportamento humano, vejo lados negativos, mas também positivos nessa nova sociedade que aí está.

As brincadeiras que conhecemos em nossa infância, com os amigos da vizinhança ou da escola, jogando bola no meio da rua hoje são impraticáveis e quando muito as crianças, acompanhadas, brincam no playground dos prédios com os únicos moradores da sua faixa etária.

Por outro lado, esse maior tempo em casa com a internet ao nosso alcance, abre um horizonte de possibilidades antes inimaginável e atualmente ainda imensurável.

Todo tipo de serviço está à disposição no teclado do computador, desde a solicitação da entrega de pratos feitos, compras de tudo o que se puder imaginar, controles bancários, pagamentos de contas, bibliotecas com milhões de títulos, músicas e filmes para todos os gostos e faixas etárias.

Podemos obter informações detalhadas e até realizar viagens virtuais por países ou locais específicos, onde não poderíamos estar fisicamente e aprender sobre as diferentes culturas existentes, nossas origens e histórias.

A possibilidade do conhecimento, ainda que virtual, de novas pessoas, dos mais variados países, culturas, nível educacional e social, liberou milhares de pessoas – principalmente as mulheres – de suas inibições, curiosidades, fantasias e desejos.

Através da internet podem se comunicar livremente, protegidas pela segurança de seu próprio lar e sem qualquer tipo de barreira, gerando maiores liberdades e coragem para expressar o que pensam e sentem.

Como crianças inocentes e curiosas, nela podem dizer e perguntar tudo, sobre os mais variados assuntos, sorrir e chorar, errar e acertar, experimentar ou recusar sem culpas ou necessidade de se explicar, justificar.

Durante os últimos cinquenta anos as mulheres do mundo todo vêm lutando por igualdades com os homens nos mais diversos setores da estrutura social. Seu sucesso é amplamente observado em vários países, muitos até governados por elas, mas em outros, sua submissão continua de modo até criminoso.

Normalmente criadas bem mais reprimidas que os homens, as mulheres encontram na internet o ambiente ideal para se liberarem de suas amarras culturais, educacionais e o que sempre buscaram: igualdade total, onde podem declarar interesse por algo ou alguém, sentir emoções, tentações e prazeres.

Vivendo essa liberdade plena as pessoas certamente transportarão para muitos momentos de sua vida real essa nova maneira de se relacionar, possibilitando a existência de um mundo muito melhor, mais aberto, franco, menos hipócrita e falso.

O que realmente interessa para todos, homens e mulheres, é estar em paz consigo mesmo e ter a coragem de buscar seus objetivos emocionais, culturais, físicos ou financeiros.

A coragem e a ousadia são as características mais importantes para nos distinguir das bilhões de pessoas existentes.

João Bosco Leal, 5 de dezembro de 2011

CHÁVEZ SOFRE MAL-ESTAR SÚBITO E CANCELA VISITA A LULA

Chávez foi levado de emergência ao Hospital Militar

O caudilho Hugo Chávez suspendeu a viagem que faria a partir desta sexta-feira ao Brasil e a Argentina, dizendo que necessitava permanecer na Venezuela para atender problemas causados pelas chuvas.
O comunicado de Chávez ocorreu pouco depois que um jornal venezuelano publicou matéria informando que o caudilho teve que receber tratamento médico "após sofrer mal-estar súbito".

Chávez tinha previsto partir nesta sexta-feira rumo a Buenos Aires para assistir a posse da presidente Cristina Fernandez para seu segundo mandato e, logo em depois, seguir para São Paulo com a finalidade de visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas o Instituto da Cidadania, a ONG criada por Lula, disse num comunicado que o governo venezuelano havia notificado a suspensão da viagem.

Segundo a ONG de Lula, Chávez cancelou a viagem "para supervisionar os problemas causados pelas fortes chuvas que deixaram em estsado de emergência várias regiões da Venezuela".

A suspensão da viagem ainda não havia sido anunciada formalmente desde Caracas.
O diário El Nuevo País reportou nesta sexta-feira, citando fontes do governo, que Chávez havia sido trasladado de urgência ao Hospital Militar após sofrer uma descompensação.

"De acordo com os altos funcionários, o caudilho estava sendo entrevistado quando foi acometido de mal-estar súbito e se especulou que poderia ser uma complicação neurológica", segundo noticiou o jornal.
aluizio amorim

UMA CORRUPTOCRACIA DE RABO PRESO

Aquilo que escrevemos no final do primeiro mandato do chefe das gangs da corrupção aconteceu

Na verdade já havia um senso comum de que o Covil de Bandidos, construído pela gang dos quarenta e um, dificilmente seria desfeito, principalmente pelo fato do país não ter mais uma “Justiça” que mereça esse nome levando seus Tribunais Superiores a se comportarem como lacaios dos que indicam seus togados.

O estelionato eleitoral que elegeu a presidente Dilma, com quase todos os ministros escolhidos pelo seu antecessor, entre outras centenas de cargos de confiança, foi uma comprovação final de que o Covil de Bandidos da política prostituída tem um chefe maior, um hábil controlador do jogo de forças para agradar a gregos, bandidos e troianos.

É evidente que a divisão do roubo dos contribuintes está ficando cada vez mais difícil e perigosa fazendo com que essa gente sórdida comece a andar no pântano da desmoralização total dos podres Poderes da República com o aval da “Justiça”.

O caso do Ministro do Trabalho consolida um entendimento, para quem ainda tinha alguma dúvida, de que uma complexa teia de corrupção tomou conta do poder público e das relações público-privadas.

Somente a presença desse desqualificado no quadro ministerial já define o poder público como algo que não tenha que ser levado a sério, não fosse o poder de polícia fascista que controla a sociedade, além do suborno, do assistencialismo e da cumplicidade de milhares de esclarecidos canalhas públicos e privados serem os pilares de sustentação de um projeto de destruição do país.

As declarações do ministro bola da vez, e seus discursos eivados de mentiras, leviandades e patifarias – publicamente comprovadas –, sem que o mesmo tenha ainda sido demitido pela presidente – o que não vai acontecer–, mostra como os políticos bandidos sobrevivem e ficam ricos com o usufruto da apodrecida máquina do Estado ao longo de suas carreiras sórdidas.

Como todos os outros, o ministro denunciado pela jornalismo ainda não subornado pelo PT vai acabar pedindo demissão, assim que seus crimes puderem ser postos para debaixo do tapete do esquecimento de uma sociedade feita de idiota e imbecil todos os dias.

Se as ameaças de botar a boca no trombone forem muito latentes sua saída se dará apenas com a reforma ministerial, livrando a presidente de pagar um preço muito alto por desagradar o chefe geral do Covil de Bandidos e provocar um risco de desabamento do castelo de cartas da corrupção petista.

O aparelhamento dos podres Poderes da República do Retirante Pinóquio pelos partidos da base aliada, fundamentado na troca corrupta de favores corporativistas, construiu uma estrutura de poder em que todos protegem todos para que o país não entre em convulsão no momento em que a parcela da sociedade ainda não vendida, não subornada e não corrompida, acordar para o cerne criminoso-genocida do projeto petista de desgoverno.

A rigor a presidente Dilma não demitiu ninguém e foi sempre obrigada a deixar o submundo corrupto-corporativista decidir a hora dos ministros denunciados pedirem afastamento de seus cargos, contando ainda com a manutenção do respeito da presidente sempre publicamente verbalizada a cada queda consumada.

A herança maldita – uma estrutura de ministérios afundados em esquemas de corrupção – que a presidente recebeu por imposição do seu antecessor também a fez de refém da mesma teia de corrupção e tráfico de influência que limita suas supostas ações de moralização do poder público, se é que alguma vez, de fato, essa vontade política existiu.

O jogo ficou difícil, pois a bandidagem da corrupção impera no poder público fazendo com que o controle das ambições ilícitas fique cada vez mais difícil e vai acabar faltando dinheiro roubado dos contribuintes para distribuir para tantos canalhas, provocando o início de um motim no navio dos corruptos com seu capitão tendo um sério risco de ser jogado aos tubarões.

Geraldo Almendra

PIMENTEL E OS DELITOS EXPLICÁVEIS

O caso Pimentel não traz novidade alguma. Corno dizem os governistas, não há motivo para espanto. Tudo foi feito absolutamente dentro das normas vigentes. E as normas vigentes no governo popular, após farta literatura, todos já sabem quais são: usar a política como meio de vida. e o poder público como agenciador particular.

Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento. Indústria e Comércio Exterior, ex-prefeito de Belo Horizonte e amigo de Dilma Rousseff, cavou R$ 2 milhões como consultor "para sobreviver". Faz sentido. Um amigo da presidente da República não pode ter uma sobrevivência qualquer. E quem tem um currículo desses não pode pensar pequeno. Assim o ministro se tornou um sobrevivente diferenciado.

Antes de criticar Fernando Pimentel, ponha-se no lugar dele. Você termina seu mandato de prefeito da capital mineira e ainda falta um ano para a campanha presidencial. que você vai coordenar às custas do seu partido. A vitória na eleição é bem provável, mas ainda faltarão dois anos para você virar ministro. Nesse momento de insegurança, que alternativa lhe resta a não ser prestar uma consultoria milionária?

E por que um cliente privado, com interesses vitais no Estado, contrataria para elaborar projetos técnicos e cenários econômicos um homem-forte do partido que governa o país? Elementar: porque ele é um excelente economista. Fernando Pimentel tinha sido prefeito, era o braço direito da candidata de Lula, provável futuro ministro e, depois, candidato forte a governador. Por que uma entidade empresarial com interesses nas três esferas de governo entregaria, desprezando todos os PhDs do mercado, seu projeto ao neoconsultor Pimentel?

Naturalmente, por causa do seu súbito e insuperável talento profissional. O estudo custou R$ 1 milhão, mas ninguém poderá conhece-Io: o consultor não entregou uma linha escrita ao cliente. Segundo ele. foi uma "consultoria direta". Difícil definir esse novo conceito, mas, pelo preço, deve ser muito bom.

Um consultor bem-sucedido também precisa ter sorte. Pimentel conseguiu arranjar o sócio perfeito: outro excelente profissional, capaz de conciliar o trabalho na consultoria com um cargo na Prefeitura de BH — conseguido, aliás, pelo próprio Pimentel. Aí vêm as coincidências da vida: pouco depois de pagar cerca de R$ 500 mil aos consultores, uma construtora conseguiu um contrato de quase RS 100 milhões com a Prefeitura. Sem dúvida, uma consultoria pé-quente.

Mas o Brasil é um país de invejosos, e já estão querendo derrubar o ministro Pimentel. Antonio Palocci sabe bem o que é isso: você passa a vida fazendo assembleia, chega ao poder com o suor do seu rosto, monta com o partido a sua carteira de clientes, mas não pode fazer o primeiro milhão que já querem puxar seu tapete. A maior injustiça de todas, porém, quem está sofrendo é a presidente Dilma.

Em menos de um ano de governo, já rolaram seis dessas cabeças privilegiadas que ela escolheu para dirigir (e digerir) o Brasil. A presidente aparece como autora dessas de- capitações em série, que a maldosa opinião pública chama de faxina. Não é verdade. Dilma não tem nada a ver com isso.

Pelo contrário. Ela não queria demitir nenhum dos seis— mesmo depois de reveladas suas peripécias privadas com dinheiro público. A opinião pública não notou esse detalhe (estava sonhando com a faxineira), mas, diferentemente da consultoria direta de Pimentel, está tudo registrado. Com o inesquecível Carlos Lupi, por exemplo, a presidente foi praticamente uma mãe.

Depois da primeira leva de convênios piratas desenterrados no Ministério do Trabalho— num rombo de quase R$ 300 milhões —. Dilma aproveitou uma calmaria nas manchetes para tentar sepultar o caso: 'O passado passou, gente!” Mas o passado voltou com tudo — e trouxe até cenas explícitas, como o ministro saindo de avião arranjado por empresário-cliente (onde ele dissera nunca ter entrado).

A presidente não só continuou firme, como peitou a Comissão de Ética Pública contra a demissão do ministro. Com a revelação de que Carlos Lupi ocupara simultaneamente dois cargos públicos, afrontando a Constituição. Dilma finalmente tomou uma providência: anunciou que pediria ao ministro uma "explicação convincente" para o delito.

Mesmo protegido pelo novíssimo conceito dos delitos explicáveis. Lupi caiu. De podre.

Mas a luta continua. Pimentel, o braço direito, já foi instruído pela presidente a manter a "normalidade da agenda". Emissários do palácio afirmaram que R$ 2 milhões não é um valor "tão astronômico assim". Tradução: o delito de Pimentel é muito mais explicável que o de Palocci. Nada como ter bons parâmetros em casa.

O braço direito de Dilma já foi Erenice Guerra, banida pelos invejosos só porque vendeu influência na Casa Civil. A semelhança com o know how do braço direito atual deve ser mera coincidência.
Guilherme Fiuza, O GLOBO

BRASIL: UM REALITY SHOW DA PATIFARIA EXPLÍCITA


A promessa do resgate moral do poder público pelo PT virou um espetáculo deprimente e a cada dia surge uma nova denúncia de corrupção.

As relações públicas e privadas no nosso país foram e continuam sendo transformadas pelo petismo em um verdadeiro Reality Show de patifarias explícitas em que os participantes precisam ter algumas características de “caráter muito especial” dentre as quais: ser político, ser ex-terrorista, ser ex-perseguido, ser executivo público, ser lobista safado, viver no ou do submundo do poder, ser prevaricador, ser leviano, ser patife, ser mentiroso, ser subornador, ser pinguço, ser simplesmente bandido e por ai vai, devendo, de preferência ter várias dessas “qualidades” simultaneamente.

Os requisitos profissionais e pessoais para serem aceitos no Reality Show do Circo do Retirante Pinóquio são “rigorosos” e candidatos ou potenciais participantes devem pertencer a uma determinada elite de canalhas esclarecidos ou cumplices destes: preferencialmente devem pertencer às seguintes categorias nacionais ou internacionais: deputados, senadores, vereadores, governadores, vice-governadores, prefeitos, ex-presidentes, presidentes em geral, advogados, togados dos tribunais inferiores ou superiores, médios ou grandes empresários, executivos públicos e privados, acadêmicos, líderes estudantis ou sindicais e, ainda, podendo trazer suas mulheres e filhos maiores de idade para participar do jogo.

Em cada nova eleição novos candidatos de cargos eletivos serão aceitos no jogo bastando cometer estelionatos eleitorais ou virar bandido depois de eleito.

O candidato não precisa se preocupar com o risco legal nem de imagem, já que a quase impunidade é garantida por uma Justiça Safada, e os milhões de contribuintes que acompanham suas aventuras milionárias não estão nem um pouco se importando de fazer a felicidade dessa gente sórdida com seus mais de cinco meses de trabalho por ano.

Os participantes podem fazer quase tudo: esconder dinheiro nas cuecas, nas meias, ou nas calcinhas, mentir descaradamente mesmo quando as evidências de seus crimes forem identificadas pela PF, terem jornalistas (eles/elas) como amantes, praticar trocas de casais homossexuais ou heterossexuais nas festinhas particulares, fraudar de todas as formas possíveis as relações públicas e privadas, esquentar dinheiro roubado do contribuinte, mandar dinheiro para paraísos fiscais, sonegar descaradamente, fumar muito baseado e praticar sexo livre em grupo para comemorar sempre que um grande golpe der resultado, roubar crucifixo das “casas” onde ocorrem as suas aventuras sociais ou políticas, roubar tudo o que puder do acervo do Estado, e outras estratégias que, para serem aceitas precisam, obrigatoriamente, ser criminosas ou desonestas.

Os prêmios principais podem ser de qualquer valor, e sem limites, bastando ter a competência de praticar atos dignos da sordidez que caracteriza os canalhas mais explícitos. Se o participante der azar e for pego não precisa se preocupar, pois o dinheiro roubado nunca é devolvido.

O Brasil virou um Reality Show sem prazo para terminar, com apresentações diárias, e sem limites de participantes, desde que os mesmos satisfaçam os requisitos acima definidos, devendo-se alertar que quem tiver a carteirinha do PT tem direito a “bônus” especiais.

Ninguém precisará ficar incomunicável com os contribuintes – seus milhões de espectadores –, pelo contrário, devem aparecer em todos os meios de comunicação e circular livremente por todos os espaços públicos para serem, sem qualquer problema de rejeição ou qualquer tipo de preconceito, aplaudidos e agraciados com as simpatias da população, incluindo pedidos de autógrafos, tudo por conta dos mais covardes, idiotas ou imbecis cidadãos-contribuintes-eleitores do planeta.

Geraldo Almendra

DOENÇA DE LULA PODE SER MAIS GRAVE DO QUE FOI DIVULGADO

...E já se sabe que ele fará também radioterapia.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz esta segunda-feira sua última sessão de quimioterapia, para tratamento do câncer na laringe, diagnosticado no dia 29 de outubro. Além de receber a medicação, Lula deverá fazer uma bateria de exames para avaliar a resposta às duas sessões iniciais de quimioterapia a que foi submetido.

Até agora, estava sendo divulgado que a decisão definitiva somente seria conhecida em janeiro, quando os médicos do ex-presidente saberiam se ele teria de fazer novo tratamento, através de radioterapia ou cirurgia, que desde o início se procurou evitar, porque a operação pode afetar a voz dele.

Ontem, a Agência Brasil, que é estatal, anunciou que “os médicos preveem ainda que Lula seja submetido a uma sessão de radioterapia no início de 2012”. A se confirmar esta informação, a doença de Lula pode ser mais grave do que a início se anunciou, porque a explicação oficial sempre foi de que o presidente só faria radioterapia se a quimioterapia não fosse suficiente, e ele ainda nem terminou essa fase do tratamento.

Segundo a assessoria do ex-presidente, a chegada ao Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, está prevista para a parte de manhã.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que também faz um tratamento para vencer um câncer, havia marcado para ontem um encontro com Lula. Entretanto, devido às fortes chuvas que atingem seu país, Chávez cancelou a viagem ao Brasil e à Argentina, onde acompanharia a posse da presidenta Cristina Kirchner para mais quatro anos de mandato.

Carlos Newton

E O BRASIL VAI SEGUIR MUDANDO... PARA PIOR!


Os avanços conseguidos pelo estatuto do torcedor que regulamenta todo o "serviço" prestado em estádios de futebol está sendo atirado ao lixo da imoralidade por conta do cinismo e desfaçatez de uma parcela de políticos safados e picaretas, que apenas pensam nos próprios interesses em detrimento da imensa maioria da população.

Todos que temos mais de dois neurônios em funcionamento sabemos a merda que é ir a um estádio para assistir a uma partida, seja ela qual for.
Torcedores que se comportam como verdadeiros macacos, agressivos, burros, sujos e sem civilidade, tornam o lazer da bola em um verdadeiro programa de índio masoquista.
Eu baní jogos em estádios da minha vida desde os anos 80 quando ao ir assistir uma final de campeonato paulista passei mais raiva do que consegui me divertir.

E nos dias de hoje baní o futebol como um todo do meu dia a dia, não converso sobre bola, não dou atenção para quem só sabe falar sobre esse assunto, não discuto com ninguém sobre times, não perco mais meu tempo assistindo aos jogos e acima de tudo: Não abro E-Mails daqueles "amigos" que não se tocam e continuam enviando mensagens com conteúdo ludopédico.
E assim é também na copa do mundo, não assisto aos jogos e nem me ufano patrioticamente ou me fantasio de brasileiro com muito orgulho, com muito amor. Simplesmente vou andar na praia que é muito melhor.

Bem, voltando ao estatuto do torcedor.
Uma das "leis" desse estatuto é a proibição de venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios.
Esse artigo do estatuto foi colocado na tentativa de conter a violência que é a marca registrada entre os símios torcedores.
Os legisladores entenderam que não vendendo bebidas dentro dos estádios o nível de imbecilidade dos fanáticos idiotas seria contido dentro dos limites da cretinice de cada um, só que com a adição de álcool e mais o comportamento bovino dos machões em bando se multiplicam por 100 gerando as bizarrices que vemos todos os dias que tenham jogos de futebol.
Realmente essa lei foi um avanço que de certa forma freia os instintos dessa corja de idiotas. Não sabemos o quanto ela foi eficiente, mas já era alguma coisa para controlar esses animais.

Acontece que agora teremos a Copa do Mundo. E a FIFA por ser uma entidade PARTICULAR tem que gerar lucros, e um de seus parceiros justamente é uma fabrica de cervejas.
A receita da FIFA vem em grande parte do patrocínio dessa cervejaria, e o estatuto do torcedor que proibia a venda de álcool nos estádios gerava uma certa restrição e contrariava os interesses da FIFA.
Então a entidade "máxima" do futebol resolveu bater no DESgoverno da Dentuça até conseguir faze-la ajoelhar-se e abrir as pernas para a venda de bebidas durante os jogos.

Só que na pocilga o que é ruim piora sensivelmente, quando acaba indo bater nas portas do congresso fedemal, os deturpados estão votando uma lei que além de derrubar a proibição das bebidas durante os jogos da Copa, ainda pioram a situação permitindo que se venda álcool nos estádios em todos os campeonatos que estiverem acontecendo na pocilga.
Ou seja, até a copa do mundo ainda teremos 3 brasileirões, 3 regionais, 3 copas do Brasil, 3 libertadores, e 3 Sul Americanas. Fora os torneios da segundona para baixo. Com a liberação do consumo de bebidas nos estádios, é certo que veremos os péssimos índices do crescimento da violência dispararem. Mas, enfim...

O que eu não consigo entender é como a FIFA joga de joelhos uma nação a seu bel prazer e nossos dirigentes aceitam com a maior naturalidade do mundo serem feito de palhaços em nome da bola.
Vejam o caso da Fórmula Um, nos países que é proibida a propaganda de cigarros, simplesmente os carros tiram as propagandas e correm com faixas ou desenhos no lugar dos anúncios. E a Fórmula Um é tão privada quanto a FIFA.

E não vemos os políticos dos países em que a proibição nas propagandas é efetiva, atuarem contra os interesses da população.
Aqui na pocilga, em nome da festa e da alienação, as raposas que estão a porta do galinheiro nos tratam como retardados, e o pior, muitos aceitam alegremente.

Essa Copa do Mundo está mostrando ao povo que o Brasil é o país da gambiarra, os aeroportos não ficarão prontos, então usemos as bases militares para os aviões pousarem. A infra estrutura urbana não vai ficar pronta, então decreta-se feriado para facilitar a mobilidade dos torcedores. As obras nos estádios estão atrasadas? Liberam-se as licitações e que se dane o dinheiro do público.

Infelizmente vivemos num país de frouxos festeiros que a única alegria que tem na vida é viver de faz de conta, acreditando que são os donos do time e da vida dos jogadores do fantasioso e estelionatário mundo do futebol.
A pátria de chuteiras não passa de uma forma de alienar ainda mais os nada espertos brazucas e encher descaradamente os bolsos dos muito espertos dirigentes, jornalistas e jogadores.
omascate

EX-GOVERNADOR PERDE OS DIREITOS POLÍTICOS E É CONDENADO A 14 ANOS DE XADREZ

14 anos de cana por pensar que era brazuca.

CALMA PESSOAL!!!
O caso em questão aconteceu Nuzistaduzunidus, a maior democracia do planeta.
Mesmo que as Ratazanas Vermelhas continuem insistindo em não aceitarem esse fato.


O espertão ai da foto caiu em cana porque quando era governador tinha o direito de indicar um senador para ocupar a vaga deixada por Barack Obama que foi eleito o "TIO SAM" da vez. O espertalhão achou que estava em Banânia e tentou vender a indicação por 4 milhetas de verdinhas.

Só que ele não contava com a seriedade, eficiência e a astúcia do FBI que gravou 50 horas de negociações pelo telefone do gringo malaco.
Resultado, foi cassado, perdeu os direitos políticos e ainda foi condenado a 14 anos no xilindró.

GENTE!!!! IGUAL QUE AQUI NA POCILGA!!!!!

Um corrupto Tupiniquim quando é pego na função, o máximo que acontece é levar uma bronca meia boca da "faxineira" alucinada e quando muito.... tchau!!!
Nada mais acontece, a PF se faz de morta, o MP continua dormitando e o aparelhado STF nem se manifesta.
E tem otário que ainda mete o pau nos Gringos, os caras são patriotas e profissionais, defendem seus interesses com unhas e dentes, ou misseis.

E aqui em banânia o desgoverno não consegue nem fazer valer as leis para barrar a ganância da FIFA.

mascate

A ERA DO CINISMO REPUBLICANO

Um monumento ao cinismo: seis meses depois de inaugurar o mensalão, Lula promete combater os corruptos



“O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu governo”, fantasia Lula no começo do vídeo de 1min19 que reproduz um dos melhores-piores momentos do discurso de posse, lido no Congresso em 1° de janeiro de 2002.

Segundos depois, o orador promete acabar com a “cultura da impunidade”. A turma que lota o plenário da Casa dos Horrores aplaude de pé. Com um sorriso de Mona Lisa que não ensaiou, Marisa Letícia sorri e bate palmas.

Hasteado metros atrás da primeira-dama, Antonio Palocci sublinha os aplausos com o rosto sério de quem vai mandar prender todos os estupradores de sigilo bancário e os traficantes de influência.
Segue o palavrório. A câmera passeia de novo por Marisa Letícia e Palocci quando o presidente cita a frase que José Dirceu repetia de meia em meia hora antes que se descobrisse tudo: “Ser honesto é mais que apenas não robá e não deixá robá”, ensina. É preciso também “aplicar os recursos públicos com transparência”.

Nomeado para chefiar a Casa Civil, Dirceu virou chefe de quadrilha e aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Depois do guerrilheiro de araque, Lula instalou no quarto andar do Planalto a afilhada Dilma Rousseff, que assumiu a gerência da fábrica de dossiês, e Erenice Guerra, quadrilheira que fundou a Casa Vil, desmoralizada de vez pela chegada de Palocci, que escapou da cadeia duas vezes.

O inventor do Brasil Maravilha também ornamentou o primeiro escalão com um buquê de prontuários que inclui Carlos Lupi, Silas Rondeau, Edison Lobão, Humberto Costa, Walfrido dos Mares Guia, Anderson Adauto, Benedita da Silva, Alfredo Nascimento, Wagner Queiroz, Wagner Rossi, Orlando Silva e Saraiva Felipe, fora o resto.

Discursos de posse costumam ser incorporados ao acervo do Museu da República. Revisitado nove anos depois, o trecho do falatório capturado pelo vídeo implora pela transferência para o Museu da Era da Mediocridade ─ mais precisamente para a ala do cinismo, onde poderá descansar ao lado de outras abjeções produzidas pelo sumiço da vergonha. Em 1° de janeiro de 2002, Lula já assumira o posto de Padroeiro dos Pecadores.

O esquema do mensalão fora inaugurado seis meses antes, na reunião em que ficou acertada a entrega de alguns milhões de reais ao PL de Valdemar Costa Neto, em troca do apoio da sigla ao candidato do PT.

Participaram da reunião, entre outros comparsas, Lula, José Alencar, José Dirceu e Valdemar. No dia em que prometeu combater os corruptos, Lula sabia que estava tudo pronto para institucionalizar a roubalheira impune.

Augusto Nunes, 11.12.2011

SIMPLES ASSIM. NUMA BOA...

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AMIGO É AMIGO, IRMÃO É IRMÃO...

OBS: Estou escrevendo no taxi no caminho de Campinas para São Paulo, para a última cirurgia da minha mulher após o atropelamento. Ignorem os erros de português.

Estava outro dia tentando explicar para uma amiga as diferenças das amizades femininas e masculinas. Ela não entendeu.

É complicado passar para uma mulher o sentimento de irmandade e lealdade que amigos homens tem uns com os outros. É claro, não é qualquer filho da puta que eu conheço num boteco que eu vou sair defendendo com unhas e dentes. Tem aqueles poucos e BONS amigos que todo cara tem uma ligação diferente.

É o tipo de cara que você pode ficar 10 anos sem se falar, mas se tocar o telefone no meio da madrugada, você sairá para acudir o cara. A vida pode levar cada um para caminhos diferentes, porem a irmandade continua a mesma. Porra, eu tenho amigos que foram trabalhar no exterior, se der tudo errado para o cara lá ele pode fugir e morar em casa o quanto tempo for (essa foi pra você, Wilsão).

Essa lealdade que mulher, bicho filho da puta que é que só quer saber de foder umas as outras, não consegue entender que existe.

Complicado, eu sei, se eu chegar no escritório com uma camiseta igual do meu sócio, vamos ficar xingando um ou outro de bicha o dia inteiro e rir daquilo. Se acontecer isso entre melhores amigas? Desnecessário dizer que o laço de amizade acaba ali.

Pior ainda, você nem se esforça para ajudar estes amigos que você considera como irmãos. É automático! Por estes irmãos que você escolheu durante a vida você faria, por exemplo:

- Seu bróder do peito está namorando uma gostosa e aquela vagabunda começou dar em cima de você? Entre amigos de verdade isso não acontece. Se o seu grande bróder namora uma mulher, aquela mulher automaticamente entra para o hall de MULHERES MACHO, que você nunca passará a rola. Pior ainda, pode passar uns 10 anos, eles já tiverem seguidos caminhos diferentes e mesmo assim há o respeito. Certa vez reencontrei uma moça que um amigo namorou por anos, décadas depois que eles terminaram. Começamos a conversar, porem antes de marcar algo eu pedi permissão para o cara. O cara não tinha sentimento mais pela moça e ficou me zoando, mas tem gente que nunca esquece uma mulher. Irmãos de verdade tem esta consideração.

- Seu grande amigo e irmão do peito foi PRESO? Meu querido, não importa o crime delituoso criminal, a cadeia deverá ser explodida no dia seguinte. É obrigação.

- É sábado, meio dia, você está dormindo e o telefone toca. É a namorada do seu amigo, perguntando onde ele está porque ele sumiu desde a noite anterior. Evidentemente a resposta é padrão: “estavamos em casa, ele passou mal e dormiu aqui ontem, está dormindo ainda, vou acordar e daqui a pouco ele te liga” – Se a Carol, minha futura esposa, ligar a qualquer hora do dia para meus cinco melhores amigos NO MESMO MOMENTO, 100% deles irão dizer que eu estou dormindo na cama ao lado. Pior, alguns deles provavelmente vão falar que ficamos até tarde conversando sobre como eu a amava e chorei de tanta saudade.

- Zoa-se com tudo, menos com o que pega. É isso mesmo, amigo bróder te zoa pra caralho, sobre o assunto que for, e pior, o filho da puta vai te zoar e te humilhar na frente de todo mundo, menos com aquilo que só vocês dois sabem e que realmente você ficaria chateado. Porra, após o feriado dos dias das mães cheguei para o meu sócio, um grande irmão pra mim, e perguntei como havia sido o feriado, ele respondeu: “PASSEI COM A MINHA MÃE VOCÊ DEVE TER SE FODIDO, NÃO TEM MÃE HAHAHA” – É a coisa mais comum do mundo alguém perguntar sobre meus familiares e algum amigo responder “A MÃE DO FABIO? ELA TÁ MAGRINHA HOJE EM DIA, DEVE ESTAR —SÓ O OSSO—”. Amigo pode.

- Conhece aquele conhecido ditado que colega chega pra separar a briga, amigo chega na voadora? Apesar de batido e já meio antigo, é a maior verdade da história. Você está quieto no bar e vê seu amigo bigando, não importa se ele está batendo, apanhando, se ele está certo ou errado, é sua obrigação de semi-irmão chegar distribuindo sopapo na face de todo cidadão que estiver envolvido! Você ficou sabendo da briga só no dia seguinte? A única coisa que você precisa é ligar e falar “CARA EU NAO QUERO SABER COMO FOI SÓ ME DIGA O NOME DO FILHO DE UMA SÍMIA LAZARENTO E DEIXA COMIGO”. Neandertal, porem é a realidade.

Estes são só algumas das poucas e honestas verdades sobre o universo masculino, vocês estão convidados a expor mais obrigações de amigos no comentários, mas basicamente é assim que acontece entre caras que realmente são bróders, existe uma lealdade, um laço de irmandade que é impossível de explicar para, por exemplo, um ser do sexo feminino.

Infelizmente mulher só quer saber de furar o olho uma da outra e nunca entederá o real significado dos laços de amizade do universo masculino. Mulher não tem amiga.
site da morróida

OS FALSOS HERÓIS DO BRASIL E DA AMÉRICA LATINA

REDE DE ESCÂNDALOS (REVISTA VEJA)

Rede de Escândalos - Brasil - VEJA.com (PESQUISA GOOGLE)

veja.abril.com.br/infograficos/rede-escandalos/rede-escandalos.shtml

CASO PIMENTEL

PT unido (por enquanto) para blindar consultor preferido de Dilma.
Numa postura pragmática, o comando do PT decidiu aderir à operação para preservar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, deflagrada pela presidente Dilma Rousseff.
Apesar das divergências internas entre grupos petistas, o partido avaliou que a queda de Pimentel neste momento fragilizaria o governo e o PT. Esse argumento foi considerado fundamental para que houvesse uma "unidade pontual" na defesa de Pimentel, apesar das restrições que o ministro sofre em vários setores petistas.

Mas os episódios envolvendo as consultorias de Pimentel, revelados pelo O GLOBO, já são vistos no PT como forma de o partido esvaziar o grande poder que ele acumulou nos últimos meses, principalmente após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci.
Pimentel ganhou recentemente o status de "interlocutor da presidente junto ao PIB", o que não agrada muito a um grupo de petistas. O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), verbaliza o que ouve nas reuniões internas do partido:

- É preciso ter estabilidade para governar. Não dá para transformar a Esplanada dos Ministérios num tribunal da inquisição. De fato, Pimentel não é a pessoa mais amada no PT. Agora, no partido, ninguém vai dar as costas para o cara. Se ele não puder dar consultoria como economista, vai passar fome.

Desde que virou ministro, em janeiro, Pimentel tentou recuperar espaço nos diversos grupos do partido e aproximou-se muito do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. Mesmo assim, ainda há sequelas de sua participação na campanha presidencial do PT de 2010. Na ocasião, o atual presidente do PT, Rui Falcão, e Pimentel se afastaram, após a revelação de que foi montado um núcleo de inteligência na pré-campanha petista para elaborar um dossiê contra o então candidato tucano, José Serra.
Pimentel negou ser o responsável pelo dossiê.

Ao longo dos anos, Pimentel colheu desafetos não só no PT mineiro, mas no PT nacional. Sua aliança com o hoje senador tucano Aécio Neves (MG) para eleger o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), em 2008, dividiu o partido. No PT, até mesmo o ex-presidente Lula tinha restrições ao comportamento político de Pimentel.

Dentro da ação de blindar Pimentel, o PT cumpriu, até agora, a determinação de evitar convocação ou convite ao ministro para prestar esclarecimentos na Câmara e no Senado. O fato já incomoda os aliados, que observam um comportamento diferente do Planalto em relação aos demais episódios que derrubaram ministros de PR, PMDB, PCdoB e PDT.

coroneLeaks

O CRESPÚSCULO DAS DEUSAS

Romy Schneider, Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor

“Não sei nada sobre a vida, mas sei tudo de cinema”, escreveu Romy Schneider numa carta à amiga Simone Signoret pouco antes de morrer, com a assinatura “Sua triste Romy”. Na semana passada, visitei a mais completa exposição sobre sua vida e carreira, no Museu dos Anos 30, nos arredores de Paris. Ela lembra, magistralmente, os 30 anos da morte dessa lindíssima atriz austríaca, que marcou gerações ao interpretar três vezes a imperatriz Sissi nos românticos filmes de Ernst Marischka durante os anos 50. E Romy passou a vida toda tentando se livrar da imagem de Sissi. “Não sou legal nem doce”, avisou ao declinar do convite para estrelar o quarto filme da saga.

No desespero de exorcizar Sissi de uma vez por todas, Romy chocou o mundo ao participar do longa “Senhoritas de Uniforme”, que contava a história de um amor lésbico de uma aluna por uma professora. Mas, foi no mesmo ano de 1958, nos bastidores de “Christine”, que um encontro mudaria a vida de Romy completamente: com o belíssimo ator Alain Delon, que a apresentou à paixão avassaladora e ao diretor Luchino Visconti.
Luchino enxergou em Sissi a mulher extremamente sexy que ela era e a catapultou à fama internacional no excelente filme “Boccaccio 70”. Daí foi um pulo para a atriz trabalhar com Orson Welles, Costa−Gravas, Otto Preminger e Claude Sautet, os grandes do cinema europeu. Detalhe: por Visconti, Romy aceitou voltar ao papel de Sissi, no sombrio “Ludwig”, sobre a relação da imperatriz com seu primo, o louco rei Ludwig II da Baviera.

Era uma atriz talentosíssima, mas uma mulher insegura, eternamente infeliz na procura de um grande amor. Em 1965, ela pensou encontrá-lo na figura do diretor e cenógrafo alemão Harry Meyen, que lhe deu o primeiro filho, David. A união durou 10 anos, tempo em que Romy descobriu que não lhe adiantava buscar em homens de personalidade e temperamento fortes o príncipe consorte de sua vida — até o fim, ela se comportou como Sissi, independente, autoritária e voluntariosa. Não causou espanto, portanto, que seu segundo marido tenha sido um secretário particular, Daniel Biasini, pai de sua filha, Sarah, hoje também atriz.

O suicídio de Harry, a morte de David (aos 14 anos, perfurados pelas grades de um portão que ele tentou pular) e o divórcio de Daniel foram duros golpes para a atriz, que mergulhou na bebida e no isolamento. No dia 29 de maio de 1982, os amigos receberam, sem surpresa, a notícia fatídica: Romy morrera em seu apartamento em Paris, por conta de uma mistura de bebida e remédios para dormir. Todo mundo pensou em suicídio, mas um laudo atestou que a causa mortis foi um enfarto fulminante, possibilidade que não exclui a outra.

Ao mesmo tempo, um filme acaba de estrear nos Estados Unidos com outra personagem tão linda quanto frágil: Marilyn Monroe. “Minha Semana com Marilyn”, baseia-se no livro de Colin Clark, que passou uma semana com a atriz em 1956, enquanto ela filmava na Inglaterra a comédia romântica O Príncipe Encantado. Trata-se de um delicioso – e patético — relato da experiência de conviver com uma deusa, e de se apaixonar por ela, perigo dos perigos.

Marilyn era desarmada, delicada, hipersensível, disponível, quase um bibelô. Mas também exigente, tirana, desconhecia os limites entre as personagens voluptuosas que encarnava nos sets e a realidade.
Quando se casou, aos 16 anos, com o filho de um vizinho, Jim Dougherty, o amor não sobreviveu à explosão de sua famosa foto nua num calendário e à sedução de Hollywood, que cai aos seus pés. Em 1954, ela se casou com o ídolo-mor do esporte americano, o jogador de baseball Joe di Maggio, com quem só ficou por nove meses. Dois anos depois, seria a vez de Arthur Miller, uma união surpreendente, do intelectual com a vedete. Cinco anos durante os quais ela tentou ser uma boa esposa, mas foi vencida por abortos espontâneos, tentativas de suicídio e problemas existenciais. Miller, por fim, desistiu dela.

O furacão então caiu de amores pelo presidente norte-americano John Kennedy. Para ele, um affair que supria a vaidade de um conquistador nato; para ela, possibilidade de acertar sua vida sentimental. Ela não parava de telefonar para a Casa Branca, se desesperava, se oferecia numa bandeja de prata; ele fugia. Até que, em maio de 1962, Marilyn resolveu escancarar para o mundo a paixão que a consumia, cantando “Happy Birthday, Mr. Presidente” naquele vestido quase desnudo, costurado em seu corpo. Quase três meses depois, a atriz foi encontrada morta, num cenário até “perfeito” demais para uma suicida.

Para completar esse triunvirato de mulheres impactantes do século XX revisitadas de maneiras diferentes, começa nesta semana em Nova York o leilão das joias, vestidos e objetos de arte de Elizabeth Taylor.
Tive a oportunidade de conferir a exposição das peças, que, a seu modo, contam um pouco da trajetória de desventuras amorosas da mulher que se casou oito vezes.
Cada pedra, cada peça de roupa, cada quadro, cada móvel espelham momentos de grandes alegrias e grandes frustrações da diva. Mas, ao contrário de Romy e Marylin, Liz era uma guerreira, uma fênix, que ressurgia das cinzas ao menor sinal de que o fim estava próximo.

Com o primeiro marido, o milionário Nicky Hilton, ficou casada nove meses, o tempo de verificar que ele nutria uma paixão maior do que ela, a bebida. Depois veio Michael Wilding, 20 anos mais velho e pai de seus dois filhos, Michael e Christopher. Em 57, Liz se casou com o produtor Michael Todd, pai de Liza, o primeiro a presenteá-la com joias significativas. A união prometia, mas ele morreu num acidente de avião. Seguiu-se Eddie Fischer, que ela roubou da melhor amiga, a atriz Debbie Reynolds, mas que deixou assim que se apaixonou pelo ator Richard Burton, no set de “Cleópatra”. Burton foi o grande amor de sua vida, um amor regado a bebida, diamantes e brigas homéricas. Eles se separaram em 74, mas se casaram de novo em 76, para depois Burton anunciar que estava apaixonado por outra mulher. Liz jamais se recobrou.

Para causar ciúmes em Burton, ela decide se casar com um homem completamente diferente dele, o caretésimo senador John Warner. A infelicidade do casal ficou patente na primeira internação da atriz na clínica de reabilitação Betty Ford, aliás, a primeira internação pública de uma celebridade.
Por fim, em 91, numa outra internação, Liz conhece o último marido, Larry Fortensky, com quem se casa no rancho do melhor amigo, Michael Jackson. Ela tinha quatro filhos, dez netos e quatro bisnetos quando morreu, em março deste ano. Parte do dinheiro arrecadado com o leilão irá para entidades de combate à Aids, uma causa que Liz abraçou com toda força.

Romy, Marilyn e Liz passaram a vida tentando encontrar o verdadeiro amor, a despeito da fama descomunal. Todas atravessaram processos dolorosos que as marcaram indelevelmente, mergulhando-as numa espécie de labirinto de decepções, que retroalimentavam a frustração de não estar à altura de um romance como o dos filmes que protagonizavam. Mas, ao contrário das primeiras, Liz não vivia de alimentar a nostalgia dos romances estraçalhados — ela se dedicava a encontrar o próximo.

E foi nos braços de homens e mulheres anônimos, marginalizados pela sociedade, vítimas de uma doença tão cruel como incompreendida, que Elizabeth Taylor transformou o mito em que se aprisionou num bem coletivo. O que teria sido dos pacientes de HIV nos anos 80 se Liz não tivesse usado sua imensa popularidade para combater o preconceito?

“Quando um homem me deseja, me sinto segura”, disse Marylin certa vez. Sentirmo-nos desejados, de fato, nos mantém vivos e pulsantes, mas não há nada tão fugaz ou tão indomável quanto o desejo.
Nas tramas do coração, seja você celebridade ou não, a segurança é uma ilusão. O que talvez fique, nos encontros e nos desencontros do amor, não é a necessidade de que alguém nos faça felizes o tempo todo, mas o gesto contrário, a generosidade de se empenhar em fazer alguém feliz, um marido, um filho, um vizinho, um doente que sequer conhecemos.

E, para encerrar, fico com outra frase de Marilyn, numa carta encontrada depois de sua morte endereçada a Joe Di Maggio: “Caro Joe, se eu tivesse ao menos conseguido fazê-lo feliz, teria conseguido a coisa mais bonita e difícil do mundo: fazer uma pessoa feliz”.


BRUNO ASTUTO
11 de dezembro de 2011

COMO A CLASSE MÉDIA ALTA BRASILEIRA É ESCRAVA DO ALTO PADRÃO DOS SUPÉRFLUOS

No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos: alugaram o apartamento em um bairro nobre de São Paulo a um parente, enfiaram algumas peças de roupa na mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para uma espécie de ano sabático.

Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou jantar.
Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade: shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente. Também viajaram um pouco pela Espanha e a Europa. E tudo isso, muitas vezes, na companhia de filhos, genro, nora e amigos, a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos.

Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente para viver aqui do que gastavam no Brasil. Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito, dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento próprio e quase nunca viajavam.

Milagre? Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos filhos em benefício próprio.
“Quero uma vida mais simples como a sua”, me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para adotar, como “estagiários”, o padrão de vida – mais austero e justo – da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que “sobrou” aplicaram em coisas prazerosas e gratificantes.

Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia.

Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina, a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a levar uma vida mais “sustentável”. Não doeu nada.

Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram assim os custos fixos e, mais leves, tornaram-se mais portáteis (este ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda mais simples).

Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da coisa.

Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio (essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a “vítima” se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as mordomias da vida.

Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão).

É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte do savoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura.

PS: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando que o “modelo frugal europeu” funciona para todo mundo como receita de felicidade.
Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé da letra para um público bem específico.
Também entendo perfeitamente que a vida não é tão “boa” para todos no Brasil, e que o “problema” que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor. Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as elites mal-acostumadas no Brasil.

Adriana Setti
postado por janer cristaldo

AS COISAS DAS COISAS...

Este mundo está cheio de coisas. Coisas que prestam, coisas que não prestam, coisas boas, coisas ruins, coisas bonitas, coisas feias, coisas alegres, coisas tristes, coisas engraçadas, coisas que não têm graça, coisas relevantes, coisas irrelevantes, coisas que não são coisas e até “coisas do outro muuundo”. Neste site procuro falar de muitas coisas, inclusive ruins, infelizmente, pois a realidade obriga-me a encarar a própria (realidade). Hoje, como é sexta-feira, não falarei de coisas boas e nem de coisas ruins, mas engraçadas (eu acho). A rigor, não falarei de coisa nenhuma, pois quem vai falar é alguém que não sei quem é (o texto chegou apócrifo). Porém, como eu gostei, publico-o. Essa é a vantagem de ter um site: publica-se qualquer coisa. Coisa publicável, é claro. Por exemplo, não se pode publicar um artigo dizendo que a "coisa está preta". Além de ser politicamente incorreto, pode engendrar um processo. Então, é melhor não falar de coisas que podem gerar outras coisas. Contudo, não vamos deixar de falar daquelas coisas extraídas indevidamente do erário. Aliás, nesses casos, o silêncio é tudo o que os coisas ruins querem para continuarem metendo as mãos na coisa pública.




"Coisa

"A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma... coisa. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!"

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma ideia. Coisas do português.

A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.

Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".

Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.

Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou.

Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".

Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas.

Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma... coisa. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras 'cositas más'.

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".

Manoel Pastana

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Que coisa, sô! Que texto mais coisado!!!
m.americo

"PAPAI NOEL"... PRESENTES PARA 2012

QUE A PUNIÇÃO AOS CULPADOS REFLITA A GRAVIDADE DOS CRIMES COMETIDOS


Reproduzo aqui a “Carta ao Leitor” da VEJA desta semana, intitulada “A banalidade do mal”.
Compreende-se por que tantos gostam da revista e por que alguns poucos a abominam. Que revista é esta que chama virtude de “virtude”, crime de “crime”, virtuosos de “virtuosos” e criminosos de “criminosos”?

Isso ofende os criminosos que querem fazer do crime uma virtude, mas fala à razão dos virtuosos que querem vê-los na cadeia.

********

Os legados positivos da era Lula estão sobejamente demonstrados por aliados e até por adversários.
Lula manteve os fundamentos democráticos e de política econômica que funcionavam bem desde Fernando Henrique Cardoso, aprofundando a ajuda direta aos miseráveis brasileiros, que tiveram acesso a dinheiro e crédito.

Pouco se fala, porém, do imenso passivo deixado pelas escusas manobras petistas feitas com o objetivo de livrar a cara do governo depois do escândalo do mensalão - o pagamento regular a parlamentares da base aliada com dinheiro público e sobras de recursos ilegais de campanhas políticas.

A mistificação, a mentira, a falsificação e o relativismo moral foram exercitados ao limite pelo PT e pelo próprio Lula para esconder suas responsabilidades no episódio tenebroso.

A manipulação dos fatos salvou o governo Lula de um colapso logo nos seus primeiros anos, mas lançou a propaganda do governo e do PT em um perigoso jogo em que a versão oficial deveria sempre se sobrepor às evidências, por mais fortes que fossem.
Assim, foi se tentando apagar a fronteira entre o certo e o errado. Quase conseguiram.
Foi total o desprezo pelos efeitos pérfidos que essa cultura oficial da falta de ética e da mentira teria sobre o Brasil e os brasileiros. Uma reportagem desta edição de VEJA conta, com exclusividade, a história secreta da mais ousada incursão do petismo na falsificação deslavada.

Com base em gravações feitas com autorização judicial pela Polícia Federal, a reportagem mostra petistas de todos os coturnos negociando com um conhecido estelionatário a montagem de uma lista falsa de tucanos que receberiam dinheiro da estatal Furnas.
A lista seria a prova de que o mensalão não fora invenção petista, já sendo prática comum usar dinheiro público para comprar consciências e financiar campanhas de candidatos. A lista resulta falsa como uma cédula de 3 reais.

É assombroso o que se ouve nas gravações sobre o uso do estado para fins criminosos. A certa altura, o estelionatário, hoje preso, cobra promessas feitas pelos petistas.
Quer proteção. Quer a aprovação de seus negócios junto ao BNDES e à Caixa Econômica Federal. Ameaça “acabar com eles tudinho” se não for atendido.
Em abril do próximo ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, na imortal designação do procurador-geral da República, o “chefe da quadrilha”, José Dirceu, e os demais 35 réus do mensalão.
A lista falsa serviria de sustentação à tese dos defensores dos petistas de que o mensalão foi apenas um pequeno desvio de conduta como tantos que ocorreram antes na política brasileira.

Nesse contexto, é bom saber que a Polícia Federal e a Justiça têm informações que demonstram como a lista é produto de uma elaborada contrafação. A tese da banalidade do mensalão é insustentável. O mensalão não foi banal. Espera-se que a punição aos culpados reflita a gravidade dos crimes cometidos.


Por Reinaldo Azevedo

CONTO DE FADAS IMPROVÁVEL

AS OLÍVIAS: MUITA COISA NA CABEÇA

AS OLÍVIAS: PAPO CABEÇA

AS OLÍVIAS: HORA DA QUENTINHA

PARA REPUBLICANOS, OS MUPPETS SÃO COMUNISTAS...

Conservadores americanos atacam Hollywood e dizem que os famosos marionetes fazem lavagem cerebral nas crianças
11/12/2011

“Os liberais de Hollywood estariam fazendo lavagem cerebral em nossas crianças?” A pergunta é do americano Eric Bolling, âncora do programa Follow the Money, que foi ao ar em 2 de dezembro no canal conservador Fox News. Nesse dia, os convidados da mesa debateram a questão apaixonadamente, instigados pelo lançamento do filme dos Muppets. O longa, que estreou com sucesso nos EUA final de novembro, tem como vilão um magnata do petróleo chamado Tex Richmen (trocadilho com “tax richmen”, taxem os ricos). Foi o suficiente para que os comentaristas da Fox acusassem a fábula infantil de espalhar entre os jovens americanos o comunismo e o ódio à indústria petroleira.

“É incrível o quão longe vai a esquerda para manipular as crianças. Hollywood, a mídia, a esquerda, todos odeiam a indústria do petróleo”, disse no programa Dan Gainor, do conservador grupo Media Research Center.


A obsessão dos conservadores contra Hollywood não é novidade. Há tempos que os republicanos mais radicais tentam denunciar aquilo que vêem como a “left wing” da indústria cinematográfica.

Para setores conservadores, a franquia Harry Potter, por exemplo, quer transformar as crianças em “bruxos”. Até o desenho animado Rei Leão entrou na mira da deputada republicana Michele Bachmann, que acusou a saga dos felinos fofos da Disney de fazer “propaganda gay”.

Os Muppets, porém, tiveram o azar de entrar em cena num momento de crise, no qual os princípios do capitalismo estão sendo duramente questionados pelos jovens. À direita, buscam-se culpados pela influência subversiva para as novas gerações. Assim, o sapo Kermit e sua Miss Piggy (uma porca-capitalista?) já são vistos como os responsáveis pelo movimento Occupy Wall Street.

“Não é à toa que temos um bando de garotos ocupando Wall Street, sendo literalmente doutrinados há anos por este tipo de coisa”, declarou Gainor, para quem Hollywood é uma máquina de lavagem cerebral potente, capaz de botar na cabeça dos mais jovens que as grandes corporações são malignas. E sua crítica não para nos Muppets.

Gainor aponta outros filmes que mancham a imagem da indústria do petróleo, como Syriana e Sangue Negro, além de Carros, da Disney, e “os filmes de George Clooney” em geral (ator e diretor conhecido por seu ativismo à esquerda).

“Nenhum desses filmes lembram o que o petróleo realmente significa para a maioria das pessoas”, continua, “como abastecer hospitais, esquentar casas, abastecer uma ambulância para lhe levar ao hospital”.

Ao atacar Hollywood, os republicanos não estão errando o seu alvo. Hollywood é, da fato, um meio composto por personalidades liberais, algumas bastante engajadas em setores ecológicos e direitos a minorias sexuais. Mas nem sempre foi assim.
Até o final dos anos 60, quando a contra-cultura ganhou espaço graças a filmes como Sem destino (1969), a meca do cinema era dominada por um período de censura e conservadorismo político.

Em pouco tempo, o vídeo com o debate contra Os Muppets ganhou a internet, transformando-se na síntese do que é visto por muitos hoje, como uma paranóia republicana.
Curiosamente, no mesmo momento em que um anúncio anti-gay do pré-candidato republicano Rick Perry se tornou o vídeo mais odiado da história do Youtube, com 300 mil deslikes em apenas dois dias.

Nesse sentido, a internet, composta por um público mais jovem, se mostra um espaço de reação ao radicalismo conservador. No Twitter, o influente blogueiro Oliver Willis fez um irônico trocadilho com o filme Os Muppets Conquistam Nova York (1984).

“Sr. Kermit, o senhor já foi comunista”, tuitou. “Sr. Kermit, é verdade ou
não que o senhor e seus camaradas tentaram uma vez ‘conquistar’ Manhattan?”

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