... podem ser julgados ao mesmo tempo, escancarando as entranhas do PT.
Mais um julgamento pode desgastar a imagem do PT na eleição deste ano. O juiz Antonio Hristov, da 1.ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, marcou nesta sexta-feira para o dia 10 de maio o júri popular de cinco réus acusados de envolvimento na morte de Celso Daniel em janeiro de 2002. Há previsão de que no mesmo mês o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso do mensalão. Apontado como mandante do crime, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, não será julgado agora. O processo contra ele foi desvinculado dos demais.
Em junho do ano passado, Sombra teve negado o recurso contra a sentença que o mandou a júri popular. Mas a sua defesa apresentou um novo recurso na própria Corte, que aguarda apreciação. Só depois dessa decisão será possível marcar o julgamento do empresário. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, Daniel, então prefeito petista de Santo André, no ABC paulista, foi morto porque estava decidido a acabar com as atividade de uma quadrilha que praticava crimes contra a administração pública da cidade. Em 2005, Bruno José Daniel Filho, irmão de Celso Daniel, disse à CPI dos Bingos do Senado que o suposto esquema de Santo André financiava campanhas eleitorais do PT.
A tese do Ministério Público foi colocada à prova no único julgamento do caso até agora, o de Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, em novembro de 2010.
Marquinhos, que é acusado de dirigir um dos carros usado no sequestro, foi condenado a 18 anos de prisão. Serão levados a júri agora Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro; Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho; Elcyd Oliveira Brito, o Jonh; Itamar Messias Silva dos Santos e José Edison da Silva. Eles teriam sido contratados por Sombra, segundo o Ministério Público, para sequestrar e matar Celso Daniel.
Os réus listaram 13 testemunhas para serem ouvidas durante o julgamento. A expectativa do juiz Antônio Hristov é que o julgamento dure, no máximo, dois dias.
18 de fevereiro de 2012
(O Globo)
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sábado, 18 de fevereiro de 2012
MANIFESTO DOS CLUBES MILITARES
MANIFESTO INTERCLUBES MILITARES
Publicado em Fevereiro 18, 2012
COMPROMISSOS…
“Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte, não haverá discriminação, privilégios ou compadrio. A partir da minha posse, serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.”
No dia 31 de outubro de 2010, após ter confirmada a vitória na disputa presidencial, a Sra Dilma Roussef proferiu um discurso, do qual destacamos o parágrafo acima transcrito. Era uma proposta de conduzir os destinos da nação como uma verdadeira estadista.
Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.
Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.
Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.
Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012
V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral
Presidente Clube Naval
Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa
Presidente Clube Militar
Ten Brig Carlos de Almeida Baptista
Presidente Clube de Aeronáutica
Publicado em Fevereiro 18, 2012
COMPROMISSOS…
“Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte, não haverá discriminação, privilégios ou compadrio. A partir da minha posse, serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.”
No dia 31 de outubro de 2010, após ter confirmada a vitória na disputa presidencial, a Sra Dilma Roussef proferiu um discurso, do qual destacamos o parágrafo acima transcrito. Era uma proposta de conduzir os destinos da nação como uma verdadeira estadista.
Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.
Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.
Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.
Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012
V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral
Presidente Clube Naval
Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa
Presidente Clube Militar
Ten Brig Carlos de Almeida Baptista
Presidente Clube de Aeronáutica
A BANALIDADE DA TUNGA
Os saques dos magistrados felizardos contra a bolsa da Viúva nada têm a ver com corrupção. É coisa pior. Têm a ver com a banalidade de um regime jurídico e tributário que tira dinheiro do andar de baixo e beneficia o de cima, até mesmo quando ele delínque. Quem paga impostos e tem dinheiro a receber se ferra, mas quem não os paga se beneficia.
Nos anos 90, o Congresso concedeu aos parlamentares um auxílio-moradia que hoje está em R$ 3.000 mensais. Seus defensores argumentam que um deputado do Paraná é obrigado a manter casa em Brasília ou a pagar hotel durante a duração do seu mandato e pode perdê-lo na próxima eleição.
Pouco a ver com a magistratura, função vitalícia, de servidores inamovíveis fora de regras estritas.
Em 2000, o Supremo Tribunal Federal estendeu o auxílio-moradia aos desembargadores (que vivem nas capitais e delas não são transferidos). Com o direito reconhecido, os doutores tinham direito aos atrasados.
Tome-se o exemplo do juiz Cezar Peluso, atual presidente do Supremo. Ele entrou na carreira em 1968, aos 26 anos, e passou pelas comarcas de Itapetininga, São Sebastião e Igarapava. Nessa fase deveria receber um auxílio-moradia. E depois?
Em 1972, ele foi para São Paulo, onde viveu os 21 anos seguintes. (O crédito de Peluso teria ficado em R$ 700 mil.)
Os magistrados poderiam ter caído num regra perversa da Viúva:
“Devo, não nego, pagarei quando puder”. Em juridiquês ela se chama fila dos precatórios.
Tome-se outro exemplo, de um policial aposentado que teve reconhecido pela Justiça um crédito de R$ 1 milhão. Ele foi para a fila da choldra.
A dos magistrados seria outra, mesmo assim, os Tribunais de Justiça autorizaram pagamentos por motivos especiais.
Um desembargador foi atendido porque estava deprimido; outro, porque choveu na sua casa; um terceiro adoeceu.
No andar de cima, alguns doutores levaram o seu. O policial, no de baixo, ficou na fila até que surgiu a mágica do mercado paralelo de precatórios. Em 2009, uma emenda constitucional permitiu que os créditos fossem negociados, e o policial vendeu o seu por R$ 250 mil.
Tudo bem, problema de quem comprou seu lugar na fila. Não. A emenda permite que os créditos dos precatórios sejam usados para que sonegadores quitem dívidas tributárias.
Diversos Estados regulamentaram esse comércio. No início de janeiro, no Rio, o governador Sergio Cabral promulgou uma lei da Assembleia pela qual os sonegadores de impostos podem quitar suas contas, livres das multas, com abatimento de 50% nos juros de mora, pagando 95% com papéis de precatórios e 5% em dinheiro.
Fica-se assim: o magistrado recebeu de uma vez tudo a que tinha direito. O policial aposentado cansou da fila e preferiu receber 25%. O sonegador que comprou seu precatório transformou R$ 250 mil em R$ 1 milhão.
Admitindo-se que ele devesse R$ 1,2 milhão, livrou-se de R$ 200 mil das multas e quitou o débito gastando R$ 300 mil.
O sonegador economizou R$ 900 mil. Para arrecadar um ervanário desses, a Viúva precisa que um policial cujo salário é de R$ 6.000 mensais pague todos os impostos que lhe deve, ao longo de 32 anos.
Tudo na mais perfeita legalidade.
Elio Gaspari
Fonte: Folha de São Paulo - 01/02/12
Nos anos 90, o Congresso concedeu aos parlamentares um auxílio-moradia que hoje está em R$ 3.000 mensais. Seus defensores argumentam que um deputado do Paraná é obrigado a manter casa em Brasília ou a pagar hotel durante a duração do seu mandato e pode perdê-lo na próxima eleição.
Pouco a ver com a magistratura, função vitalícia, de servidores inamovíveis fora de regras estritas.
Em 2000, o Supremo Tribunal Federal estendeu o auxílio-moradia aos desembargadores (que vivem nas capitais e delas não são transferidos). Com o direito reconhecido, os doutores tinham direito aos atrasados.
Tome-se o exemplo do juiz Cezar Peluso, atual presidente do Supremo. Ele entrou na carreira em 1968, aos 26 anos, e passou pelas comarcas de Itapetininga, São Sebastião e Igarapava. Nessa fase deveria receber um auxílio-moradia. E depois?
Em 1972, ele foi para São Paulo, onde viveu os 21 anos seguintes. (O crédito de Peluso teria ficado em R$ 700 mil.)
Os magistrados poderiam ter caído num regra perversa da Viúva:
“Devo, não nego, pagarei quando puder”. Em juridiquês ela se chama fila dos precatórios.
Tome-se outro exemplo, de um policial aposentado que teve reconhecido pela Justiça um crédito de R$ 1 milhão. Ele foi para a fila da choldra.
A dos magistrados seria outra, mesmo assim, os Tribunais de Justiça autorizaram pagamentos por motivos especiais.
Um desembargador foi atendido porque estava deprimido; outro, porque choveu na sua casa; um terceiro adoeceu.
No andar de cima, alguns doutores levaram o seu. O policial, no de baixo, ficou na fila até que surgiu a mágica do mercado paralelo de precatórios. Em 2009, uma emenda constitucional permitiu que os créditos fossem negociados, e o policial vendeu o seu por R$ 250 mil.
Tudo bem, problema de quem comprou seu lugar na fila. Não. A emenda permite que os créditos dos precatórios sejam usados para que sonegadores quitem dívidas tributárias.
Diversos Estados regulamentaram esse comércio. No início de janeiro, no Rio, o governador Sergio Cabral promulgou uma lei da Assembleia pela qual os sonegadores de impostos podem quitar suas contas, livres das multas, com abatimento de 50% nos juros de mora, pagando 95% com papéis de precatórios e 5% em dinheiro.
Fica-se assim: o magistrado recebeu de uma vez tudo a que tinha direito. O policial aposentado cansou da fila e preferiu receber 25%. O sonegador que comprou seu precatório transformou R$ 250 mil em R$ 1 milhão.
Admitindo-se que ele devesse R$ 1,2 milhão, livrou-se de R$ 200 mil das multas e quitou o débito gastando R$ 300 mil.
O sonegador economizou R$ 900 mil. Para arrecadar um ervanário desses, a Viúva precisa que um policial cujo salário é de R$ 6.000 mensais pague todos os impostos que lhe deve, ao longo de 32 anos.
Tudo na mais perfeita legalidade.
Elio Gaspari
Fonte: Folha de São Paulo - 01/02/12
SUBVERSÃO SOVIÉTICA DO MUNDO LIVRE
LEGENDAS EM PORTUGUÊS DISPONÍVEIS NESTE VÍDEO (CC)
Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman, desertor soviético da KGB, detalha seu esquema para o processo da KGB de subversão e dominação de sociedades-alvo em uma palestra em Los Angeles, 1983.
Yuri Bezmenov, a.k.a. Tomas Schuman, soviet KGB defector, explains in detail his scheme for the KGB process of subversion and takeover of target societies at a lecture in Los Angeles, 1983.
18 de fevereiro de 2012
Yuri Bezmenov, ou Tomas Schuman, desertor soviético da KGB, detalha seu esquema para o processo da KGB de subversão e dominação de sociedades-alvo em uma palestra em Los Angeles, 1983.
Yuri Bezmenov, a.k.a. Tomas Schuman, soviet KGB defector, explains in detail his scheme for the KGB process of subversion and takeover of target societies at a lecture in Los Angeles, 1983.
18 de fevereiro de 2012
... E AÍ BONITONA, COMO É QUE FICA?
Já escrevi que a “presidenta” Dilma Rousseff tem um sexto sentido, que faz com que troque algo ruim, numa coisa bem pior. Há pouco mais de uma semana, Dilma, veio comprovar o dito acima, quando, trocou Iriny Lopes por Eleonora Menicucci, na titularidade da Secretaria de Políticas para Mulheres. Eleonora, em 2007, nem pensava que um dia seria ministra, quando entrevistada pela revista TPM, afirmou:
“Me relaciono com homens e mulheres e tenho muito orgulho de minha filha, que é gay e teve uma filha por inseminação artificial.”
Agora, como ministra, antes de completar uma semana, foi logo para Genebra (Suíça), participando da Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (Cedaw).
Lá não perdeu a chance de insultar a inteligência alheia, ao dizer que chegou o momento do Brasil “debater seriamente” um maior período de licença “paternidade”, que hoje se limita a oito dias e sem pejo complementou:
“É fundamental a participação masculina desde a primeira hora da gestação. A maternidade não é só biológica da mulher. O homem tem de ser afetivamente responsável”.
Ministra, como é que fica a situação das mulheres que fizeram inseminação artificial? Na resposta deverá citar sua filha homossexual, que lhe arrumou uma neta sem pai.
18 de fevereiro de 2012
Por Giulio Sanmartini
Pedro da Veiga
“Me relaciono com homens e mulheres e tenho muito orgulho de minha filha, que é gay e teve uma filha por inseminação artificial.”
Agora, como ministra, antes de completar uma semana, foi logo para Genebra (Suíça), participando da Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (Cedaw).
Lá não perdeu a chance de insultar a inteligência alheia, ao dizer que chegou o momento do Brasil “debater seriamente” um maior período de licença “paternidade”, que hoje se limita a oito dias e sem pejo complementou:
“É fundamental a participação masculina desde a primeira hora da gestação. A maternidade não é só biológica da mulher. O homem tem de ser afetivamente responsável”.
Ministra, como é que fica a situação das mulheres que fizeram inseminação artificial? Na resposta deverá citar sua filha homossexual, que lhe arrumou uma neta sem pai.
18 de fevereiro de 2012
Por Giulio Sanmartini
Pedro da Veiga
TERRORISTA MARROQUINO PRESO NOS EUA PRETENDIA MATAR 30 PESSOAS EM ATAQUE EM WASHINGTON
O marroquino detido por tentar atacar o edifício do Capitólio em Washington planejava matar 30 pessoas em um ataque suicida, disseram neste sábado fontes ligadas à investigação consultadas por uma rádio local.
Segundo a emissora "WTOP", Amine Khalifi queria disparar contra transeuntes e planejou ataques contra uma sinagoga e um restaurante da capital americana frequentado por militares.
De acordo com a versão de agentes de luta antiterrorista, o marroquino chegou a visitar o restaurante e até questionou alguns funcionários para saber as horas de maior movimento.
No final das contas, Khalifi se concentrou em planejar um atentado suicida no Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, onde previa matar 30 pessoas após disparar contra os seguranças da entrada e infiltrar-se no local para detonar uma bomba.
O jovem de 29 anos e origem marroquina foi detido ontem por agentes do FBI (polícia federal americana) em Washington quando supostamente se dirigia para cometer o atentado, segundo informaram fontes governamentais e policiais.
No entanto, Khalifi, que residia no estado da Virgínia e estava desempregado, estava sendo vigiado por um ano por agentes de segurança do Estado, que revelaram que o detido tentou também fabricar explosivos caseiros detonados à distância com um telefone celular.
O marroquino acreditava que tinha adquirido uma arma e explosivos de uma célula da Al Qaeda, mas o material era falso e tinha sido entregue por agentes americanos infiltrados.
Khalifi foi transferido para um tribunal da Virgínia para prestar depoimento e as autoridades iniciaram uma inspeção de seu domicílio em Arlington. De acordo com o Departamento de Justiça, Khalifi atuou sozinho e não está conectado com nenhuma organização terrorista.Em setembro do ano passado, as autoridades detiveram um cidadão americano perto de Boston acusado de conspirar para atentar contra o Pentágono e o Capitólio com um avião de controle remoto carregado de explosivos C-4.
Rezwan Ferdaus, de 26 anos, também foi acusado de tentar fornecer apoio material e recursos à Al Qaeda para perpetrar ataques contra soldados americanos no exterior.
No último ano, pelo menos 20 pessoas foram detidas nos EUA por acusações relacionadas com terrorismo, segundo a Comissão de Inteligência do Senado. A maioria das detenções foi de "lobos solitários" que usavam a internet para fabricar bombas, explicou recentemente o diretor do FBI, Robert Müller.
18 de fevereiro de 2012
Postado por Pedro Bougleux
Segundo a emissora "WTOP", Amine Khalifi queria disparar contra transeuntes e planejou ataques contra uma sinagoga e um restaurante da capital americana frequentado por militares.
De acordo com a versão de agentes de luta antiterrorista, o marroquino chegou a visitar o restaurante e até questionou alguns funcionários para saber as horas de maior movimento.
No final das contas, Khalifi se concentrou em planejar um atentado suicida no Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, onde previa matar 30 pessoas após disparar contra os seguranças da entrada e infiltrar-se no local para detonar uma bomba.
O jovem de 29 anos e origem marroquina foi detido ontem por agentes do FBI (polícia federal americana) em Washington quando supostamente se dirigia para cometer o atentado, segundo informaram fontes governamentais e policiais.
No entanto, Khalifi, que residia no estado da Virgínia e estava desempregado, estava sendo vigiado por um ano por agentes de segurança do Estado, que revelaram que o detido tentou também fabricar explosivos caseiros detonados à distância com um telefone celular.
O marroquino acreditava que tinha adquirido uma arma e explosivos de uma célula da Al Qaeda, mas o material era falso e tinha sido entregue por agentes americanos infiltrados.
Khalifi foi transferido para um tribunal da Virgínia para prestar depoimento e as autoridades iniciaram uma inspeção de seu domicílio em Arlington. De acordo com o Departamento de Justiça, Khalifi atuou sozinho e não está conectado com nenhuma organização terrorista.Em setembro do ano passado, as autoridades detiveram um cidadão americano perto de Boston acusado de conspirar para atentar contra o Pentágono e o Capitólio com um avião de controle remoto carregado de explosivos C-4.
Rezwan Ferdaus, de 26 anos, também foi acusado de tentar fornecer apoio material e recursos à Al Qaeda para perpetrar ataques contra soldados americanos no exterior.
No último ano, pelo menos 20 pessoas foram detidas nos EUA por acusações relacionadas com terrorismo, segundo a Comissão de Inteligência do Senado. A maioria das detenções foi de "lobos solitários" que usavam a internet para fabricar bombas, explicou recentemente o diretor do FBI, Robert Müller.
18 de fevereiro de 2012
Postado por Pedro Bougleux
PSIQUIATRA APONTA PRESCRIÇÃO INDISCRIMINADA DE CALMANTES
“Vivemos em um momento cultural sócio-histórico, no âmbito das terapias da saúde, dominado pela analgesia, em que fugir da dor é o caminho racional e normal.
À medida que a dor e a morte são absorvidas pelas instituições de saúde, as capacidades de enfrentar a dor, de inseri-la no ser e de vivê-la são retiradas da pessoa. Ao ser tratada por drogas, a dor é vista medicamente como um barulho de disfuncionamento nos circuitos fisiológicos, sendo despojada de sua dimensão existencial subjetiva. É claro que essa mentalidade retira do sofrimento seu significado íntimo e pessoal e transforma a dor em problema técnico.”
(retirado do livro: Espiritualidade e Prática Clínica – Valdemar Augusto – Angerami – Camon)
Que vida é essa em que se prefere viver entorpecido por um medicamento para não ter que lidar ou encarar a causa de todos os seus problemas: você mesmo ?!
Que médicos são esses que ao invés de encaminhar um paciente com problemas psicológicos/emocionais a um profissional mais preparado para atender esse tipo de situação (psiquiatra, psicólogo, psicoterapeuta etc) simplesmente resolvem “fazer justiça com as próprias mãos” e prescrevem um remedinho que somente controla os sintomas e nada faz pelas causas? Me desculpe quem pensa que estes médicos só “estão tentando ajudar”, pois muito mais ajuda quem não atrapalha. Afinal, quantos semestres de Psicologia um estudante de Medicina cursa? Um? Dois? Desde quando isso substitui 4 ou 5 anos de uma faculdade de Psicologia, psicanálise, psicoterapia e afins por exemplo, ou qualquer preparação mais profunda ou uma especialização na área? Salvo os médicos que se aprofundam ou tem especialidade em psicoterapia, a maioria não está capacitada para diagnosticar muito menos tratar pessoas nessas condições. E aí a gente ouve falar dessas aberrações, como traz a notícia abaixo.
Quem disse que médico pode tudo?
Se metem na área dos nutricionistas, na das psicoterapias, até nas terapias alternativas! – Lembra que acupuntura já foi “charlatanismo”? Hoje é disciplina no curso de Medicina!
Parabéns ao psiquiatra da notícia pela avaliação. E muito cuidado com essa “epidemia de doença mental” que inventaram para vender mais remédios. Quando há uma indústria bilionária por trás, a gente sempre tem que ficar de olhos bem abertos. Nem todo mundo precisa de tratamento medicamentoso para seus problemas psicológicos/emocionais, na verdade, a maioria não precisa. E quem precisa, precisa com acompanhamento (muito) especializado.
“Segundo estimativas conservadoras publicadas no periódico Journal of the American Medical Association, doenças iatrogênicas (causadas por tratamento médico) são as terceiras maiores causadoras de morte nos Estados Unidos.
Mais de 120 mil pessoas morrem, por ano, devido aos efeitos adversos de medicamentos prescritos por médicos (Starfield, 2000). No entanto, um estudo realizado recentemente mostra resultados ainda mais impressionantes (Null et al.; 2003). Indica que as doenças iatrogênicas são a causa principal de mortes no país. Mais de 300 mil pessoas morrem todos os anos devido a remédios receitados.”
(Citado por Bruce H. Lipton em “A Biologia da Crença“)
É… nada melhor que finalizar esse comentário relembrando o Juramento de Hipócrates:
“Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substãncia abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.”
Vamos a notícia.
*** *** ***
Prescrição indiscriminada e uso excessivo podem ser algumas das explicações para o alto consumo de ansiolíticos, remédios usados para controlar ansiedade e tensão. A avaliação é do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dados divulgados na sexta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no País entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu (psiquiatra) passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no País reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: Terra/Agência Brasil
À medida que a dor e a morte são absorvidas pelas instituições de saúde, as capacidades de enfrentar a dor, de inseri-la no ser e de vivê-la são retiradas da pessoa. Ao ser tratada por drogas, a dor é vista medicamente como um barulho de disfuncionamento nos circuitos fisiológicos, sendo despojada de sua dimensão existencial subjetiva. É claro que essa mentalidade retira do sofrimento seu significado íntimo e pessoal e transforma a dor em problema técnico.”
(retirado do livro: Espiritualidade e Prática Clínica – Valdemar Augusto – Angerami – Camon)
Que vida é essa em que se prefere viver entorpecido por um medicamento para não ter que lidar ou encarar a causa de todos os seus problemas: você mesmo ?!
Que médicos são esses que ao invés de encaminhar um paciente com problemas psicológicos/emocionais a um profissional mais preparado para atender esse tipo de situação (psiquiatra, psicólogo, psicoterapeuta etc) simplesmente resolvem “fazer justiça com as próprias mãos” e prescrevem um remedinho que somente controla os sintomas e nada faz pelas causas? Me desculpe quem pensa que estes médicos só “estão tentando ajudar”, pois muito mais ajuda quem não atrapalha. Afinal, quantos semestres de Psicologia um estudante de Medicina cursa? Um? Dois? Desde quando isso substitui 4 ou 5 anos de uma faculdade de Psicologia, psicanálise, psicoterapia e afins por exemplo, ou qualquer preparação mais profunda ou uma especialização na área? Salvo os médicos que se aprofundam ou tem especialidade em psicoterapia, a maioria não está capacitada para diagnosticar muito menos tratar pessoas nessas condições. E aí a gente ouve falar dessas aberrações, como traz a notícia abaixo.
Quem disse que médico pode tudo?
Se metem na área dos nutricionistas, na das psicoterapias, até nas terapias alternativas! – Lembra que acupuntura já foi “charlatanismo”? Hoje é disciplina no curso de Medicina!
Parabéns ao psiquiatra da notícia pela avaliação. E muito cuidado com essa “epidemia de doença mental” que inventaram para vender mais remédios. Quando há uma indústria bilionária por trás, a gente sempre tem que ficar de olhos bem abertos. Nem todo mundo precisa de tratamento medicamentoso para seus problemas psicológicos/emocionais, na verdade, a maioria não precisa. E quem precisa, precisa com acompanhamento (muito) especializado.
“Segundo estimativas conservadoras publicadas no periódico Journal of the American Medical Association, doenças iatrogênicas (causadas por tratamento médico) são as terceiras maiores causadoras de morte nos Estados Unidos.
Mais de 120 mil pessoas morrem, por ano, devido aos efeitos adversos de medicamentos prescritos por médicos (Starfield, 2000). No entanto, um estudo realizado recentemente mostra resultados ainda mais impressionantes (Null et al.; 2003). Indica que as doenças iatrogênicas são a causa principal de mortes no país. Mais de 300 mil pessoas morrem todos os anos devido a remédios receitados.”
(Citado por Bruce H. Lipton em “A Biologia da Crença“)
É… nada melhor que finalizar esse comentário relembrando o Juramento de Hipócrates:
“Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substãncia abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.”
Vamos a notícia.
*** *** ***
Prescrição indiscriminada e uso excessivo podem ser algumas das explicações para o alto consumo de ansiolíticos, remédios usados para controlar ansiedade e tensão. A avaliação é do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dados divulgados na sexta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no País entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu (psiquiatra) passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no País reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: Terra/Agência Brasil
O SUBMUNDO DO GOVERNO
Em 1914, Robert de Jouvenel dá o título de “O quarto poder” a uma das partes de sua obra, La République des camarades. Ali ele registrou:
“Quando um parlamentar conhecido se abstém durante muito tempo de frequentar essa bolsa de confidências e difamações, sua pessoa poderá ser vista a perambular tristemente de grupo em grupo, à cata do jornalista que se disponha finalmente a vir solicitar confidências destinadas ao grande público”.
Jouvenel mostrou, assim, a força do “quarto poder”, ou seja, dos jornais do seu tempo. Ele não podia imaginar a influência que teriam mais tarde o rádio e a televisão sobre a massa.
O quarto poder continua a movimentar opiniões, mas, no momento, em nosso país, é de se duvidar que algum político busque jornalistas de certos veículos da grande imprensa, os raros que possuem independência suficiente para mostrar o submundo do governo. Destes jornais e revistas os políticos devem estar fugindo como diabo da cruz. É que o quarto poder anda derrubando ministros, mostrando com fatos e documentos no que se transformou o governo do PT e de seus aliados.
Logo a propaganda se apropriou das denúncias do quarto poder e atribuiu à presidente da República uma hipotética faxina, na verdade apenas desencadeada no Ministério dos Transportes, inclusive, com a queda do ministro Alfredo Nascimento. Antonio Palocci da Casa Civil, Nelson Jobim da Defesa, Wagner Rossi da Agricultura caíram de podres e para não macular a imagem da presidente, exatamente como acontecia no governo do blindado Lula da Silva.
Tornaram-se intocáveis os titulares que pertencem ao PT ou ao PMDB, como aqueles dos ministérios do Turismo, das Cidades, das Comunicações, da Casa Civil, das Relações Institucionais e quantos mais estejam na mira do quarto poder, como o dos Esportes. A presidente declarou que só mexe nessas pastas, em que pesem as denúncias sobre as mesmas, se os partidos pedirem, algo risível. Partidos não pedem para sair de cargos, mas para entrar em quantos cargos puderem.
Para contrapor à imprensa nacional logo foram espalhados na imprensa internacional elogios mil a presidente da República. Ela surge como corajosa, ética, guerreira contra a corrupção. E a revista Forbes a coloca como terceira mulher mais poderosa do mundo.
Nem uma palavra sobre o intocado submundo da corrupção reinante na república dos companheiros. Nada sobre o fato de que a terceira mulher mais poderosa do mundo reina, mas não governa, pois o comando continua sendo de Lula da Silva que indica ministros, reúne-se com os partidos políticos, faz inaugurações, visita países latino-americanos como se presidente ainda fosse, ensina à sua desajeitada criação política como agir de forma demagógica.
Na última edição da revista Veja, uma matéria sobre José Dirceu mostrou o quanto ele comanda autoridades recebendo seus pleitos, interage com aqueles aos quais denominou de “elites”, mas demoniza os “malditos e impiedosos ricos” que o sustentam como a um nababo e realizam com ele negócios extraordinários. Porém, a revista não contou a quem Dirceu obedece. Certamente a Lula da Silva, pois é de se duvidar que este conceda uma migalha sequer de seu poder a outrem.
A propalada faxina serviu, contudo, para despertar certo temor nos petistas. Recearam os companheiros que o governo de Lula da Silva fosse carimbado como corrupto. Algo extremamente óbvio, pois os ministros que caíram eram os mesmos do ex-presidente e por ele impostos a sua afilhada política. Será que os petistas temem que Lula da Silva apareça como fiador ou cúmplice das falcatruas? Que ele tenha oficializado a velha prática da corrupção que se tornou incomensurável?
Note-se que a própria Rousseff conviveu com o submundo do “reino” lulista e fez parte dele junto com sua fiel servidora, Erenice Guerra, alcunhada de Erê 6%. Converte-se, assim, a presidente na imagem viva da herança maldita de Lula da Silva, que em vez de legar afanou bilhões que poderiam ter sido aplicados em benefício do povo, e que foram parar no bolso dos larápios da república dos companheiros. Inclua-se aqui o Poder Legislativo, cujo último ato foi o de livrar Jaqueline Roriz do impeachment, aliás, prática corrente de autoproteção dos parlamentares.
Da pretensa faxina presidencial emerge também algo óbvio, que tenho repetido em outros artigos. Tudo isto acontece porque não existe oposição, exceto uma ou outra voz isolada. Foi, por exemplo, deprimente ver a foto de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e outros próceres tucanos, praticamente aos pés da “terceira mulher mais poderosa do mundo”.
Sem oposição fraqueja a democracia e emerge a ditadura disfarçada do PT. Na impunidade onde a lei é substituída pela ideologia ou pelo interesse pessoal de quem julga viceja o submundo do governo. De tudo se conclui que somos atrasados demais para sermos civilizados, pois permitimos nossa desgraça, alheios aos que nos comandam.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
“Quando um parlamentar conhecido se abstém durante muito tempo de frequentar essa bolsa de confidências e difamações, sua pessoa poderá ser vista a perambular tristemente de grupo em grupo, à cata do jornalista que se disponha finalmente a vir solicitar confidências destinadas ao grande público”.
Jouvenel mostrou, assim, a força do “quarto poder”, ou seja, dos jornais do seu tempo. Ele não podia imaginar a influência que teriam mais tarde o rádio e a televisão sobre a massa.
O quarto poder continua a movimentar opiniões, mas, no momento, em nosso país, é de se duvidar que algum político busque jornalistas de certos veículos da grande imprensa, os raros que possuem independência suficiente para mostrar o submundo do governo. Destes jornais e revistas os políticos devem estar fugindo como diabo da cruz. É que o quarto poder anda derrubando ministros, mostrando com fatos e documentos no que se transformou o governo do PT e de seus aliados.
Logo a propaganda se apropriou das denúncias do quarto poder e atribuiu à presidente da República uma hipotética faxina, na verdade apenas desencadeada no Ministério dos Transportes, inclusive, com a queda do ministro Alfredo Nascimento. Antonio Palocci da Casa Civil, Nelson Jobim da Defesa, Wagner Rossi da Agricultura caíram de podres e para não macular a imagem da presidente, exatamente como acontecia no governo do blindado Lula da Silva.
Tornaram-se intocáveis os titulares que pertencem ao PT ou ao PMDB, como aqueles dos ministérios do Turismo, das Cidades, das Comunicações, da Casa Civil, das Relações Institucionais e quantos mais estejam na mira do quarto poder, como o dos Esportes. A presidente declarou que só mexe nessas pastas, em que pesem as denúncias sobre as mesmas, se os partidos pedirem, algo risível. Partidos não pedem para sair de cargos, mas para entrar em quantos cargos puderem.
Para contrapor à imprensa nacional logo foram espalhados na imprensa internacional elogios mil a presidente da República. Ela surge como corajosa, ética, guerreira contra a corrupção. E a revista Forbes a coloca como terceira mulher mais poderosa do mundo.
Nem uma palavra sobre o intocado submundo da corrupção reinante na república dos companheiros. Nada sobre o fato de que a terceira mulher mais poderosa do mundo reina, mas não governa, pois o comando continua sendo de Lula da Silva que indica ministros, reúne-se com os partidos políticos, faz inaugurações, visita países latino-americanos como se presidente ainda fosse, ensina à sua desajeitada criação política como agir de forma demagógica.
Na última edição da revista Veja, uma matéria sobre José Dirceu mostrou o quanto ele comanda autoridades recebendo seus pleitos, interage com aqueles aos quais denominou de “elites”, mas demoniza os “malditos e impiedosos ricos” que o sustentam como a um nababo e realizam com ele negócios extraordinários. Porém, a revista não contou a quem Dirceu obedece. Certamente a Lula da Silva, pois é de se duvidar que este conceda uma migalha sequer de seu poder a outrem.
A propalada faxina serviu, contudo, para despertar certo temor nos petistas. Recearam os companheiros que o governo de Lula da Silva fosse carimbado como corrupto. Algo extremamente óbvio, pois os ministros que caíram eram os mesmos do ex-presidente e por ele impostos a sua afilhada política. Será que os petistas temem que Lula da Silva apareça como fiador ou cúmplice das falcatruas? Que ele tenha oficializado a velha prática da corrupção que se tornou incomensurável?
Note-se que a própria Rousseff conviveu com o submundo do “reino” lulista e fez parte dele junto com sua fiel servidora, Erenice Guerra, alcunhada de Erê 6%. Converte-se, assim, a presidente na imagem viva da herança maldita de Lula da Silva, que em vez de legar afanou bilhões que poderiam ter sido aplicados em benefício do povo, e que foram parar no bolso dos larápios da república dos companheiros. Inclua-se aqui o Poder Legislativo, cujo último ato foi o de livrar Jaqueline Roriz do impeachment, aliás, prática corrente de autoproteção dos parlamentares.
Da pretensa faxina presidencial emerge também algo óbvio, que tenho repetido em outros artigos. Tudo isto acontece porque não existe oposição, exceto uma ou outra voz isolada. Foi, por exemplo, deprimente ver a foto de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e outros próceres tucanos, praticamente aos pés da “terceira mulher mais poderosa do mundo”.
Sem oposição fraqueja a democracia e emerge a ditadura disfarçada do PT. Na impunidade onde a lei é substituída pela ideologia ou pelo interesse pessoal de quem julga viceja o submundo do governo. De tudo se conclui que somos atrasados demais para sermos civilizados, pois permitimos nossa desgraça, alheios aos que nos comandam.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
É O ABORTO, ESTÚPIDO!
Artigos - Aborto
A presidente Dilma Rousseff e o PT estão tentando engabelar os cristãos com essa conversa que o aborto é questão de saúde pública. Isso é uma agressão à inteligência.
É claro que o aborto é um momento capital da questão da moralidade cristã. Nenhum sofisma poderá esconder essa questão.O governo anda preocupado com os evangélicos, a quem Gilberto Carvalho andou pedido desculpas por sua incontinência verbal. Devia se preocupar mais ainda com os católicos conservadores, que resolveram sair das sacristias e militar pela vida.
Os conservadores estão indo à luta com o apoio do Vaticano. Basta ver o sinal emitido com a recente nomeação de Dom Airton José dos Santos arcebispo de Campinas. Ele é um prelado que lidera a luta contra o aborto, tendo influído decisivamente nas últimas eleições. O povo católico está se levantando contra a usurpação do espaço político pelos militantes da Escola de Frankfurt. Quem cativar o voto cristão ganhará as eleições em 2012.
Nivaldo Cordeiro
18 Fevereiro 2012
Assista ao comentário de Nivaldo Cordeiro:
A presidente Dilma Rousseff e o PT estão tentando engabelar os cristãos com essa conversa que o aborto é questão de saúde pública. Isso é uma agressão à inteligência.
É claro que o aborto é um momento capital da questão da moralidade cristã. Nenhum sofisma poderá esconder essa questão.O governo anda preocupado com os evangélicos, a quem Gilberto Carvalho andou pedido desculpas por sua incontinência verbal. Devia se preocupar mais ainda com os católicos conservadores, que resolveram sair das sacristias e militar pela vida.
Os conservadores estão indo à luta com o apoio do Vaticano. Basta ver o sinal emitido com a recente nomeação de Dom Airton José dos Santos arcebispo de Campinas. Ele é um prelado que lidera a luta contra o aborto, tendo influído decisivamente nas últimas eleições. O povo católico está se levantando contra a usurpação do espaço político pelos militantes da Escola de Frankfurt. Quem cativar o voto cristão ganhará as eleições em 2012.
Nivaldo Cordeiro
18 Fevereiro 2012
Assista ao comentário de Nivaldo Cordeiro:
OS CABIDES DA DESONRA
Como todos sabemos, os patrunfos, uma vez eleitos, tratam logo de arranjar uma boquinha para seus parentes, e vai a família inteira, os filhos dos financiadores de campanha, cujos interesses serão protegidos cuidadosamente durante o mandato, a seguir a amante e seu primo, quando não algum amiguinho sigiloso da moça, depois os cabos eleitorais, e por aí vai.
O roteiro é tão antigo quanto dramático. Você tem 19 anos e está se matando de estudar para aquele concurso de dois salários-mínimos, para poder largar o empreguinho que tem e ajudar mais na renda da família. Permite-se uma descansadinha no sábado, e casualmente é sábado à noite e você está defronte ao bar na avenida principal da cidade, bebericando e conversando com os amigos, de a pé, com roupas comuns, sapatos comuns, bolsos demasiadamente comuns, e eis que de repente chega aquele antigo colega de aula, estacionando um conversível novinho em folha. Todo alegrão, roupas lindas, perfume caro, um artista de cinema.
Logo mais no baile será o centro das atenções, quase todas as moças lhe lançarão olhares esperançosos. O quase vai por conta das suas ilusões, "aquela" de quem você gosta não, nunca. Nunca se sabe. Você se retira, ao tempo em que o sujeito é cercado por muitos conterrâneos, estes demonstrando felicidade em abraçar o "amigo", os coitados também anseiam por uma beirada na estatal. Logo, logo, o patrunfinho, pela força do dinheiro mal havido, também comprará um mandato. É o patrunfo do amanhã.
Tudo muito normal, uma vez que a prática é secular. Qual é mesmo a profissão do zé-bonito, tão novinho e já tão bem-sucedido? Acertou. Sim, parente de político. Tem um excelente salário para bater o ponto, quando bate - do mesmo modo que era esporádica visita no colégio -, mais mordomias, assistência médica de primeiro mundo, numa empresa sustentada com o sangue dos pés-de-chinelos.
É por estas e outras, caros amigos, que volta e meia dá vontade de pegar um pedaço de pau e incendiar o circo, com os ladrões, canalhas e hipócritas lá dentro. Sentimo-nos desonrados, junto com a nossa cidade, nosso estado e nosso país, vendo salários minguados, a fome, a falta de escolas, a falta de tudo. O sentimento de desonra, de revolta, é nosso, exclusivamente nosso.
Os patrunfos não sabem o que é honra nem vergonha. São mentirosos e covardes diante da vida.
SALITO
O roteiro é tão antigo quanto dramático. Você tem 19 anos e está se matando de estudar para aquele concurso de dois salários-mínimos, para poder largar o empreguinho que tem e ajudar mais na renda da família. Permite-se uma descansadinha no sábado, e casualmente é sábado à noite e você está defronte ao bar na avenida principal da cidade, bebericando e conversando com os amigos, de a pé, com roupas comuns, sapatos comuns, bolsos demasiadamente comuns, e eis que de repente chega aquele antigo colega de aula, estacionando um conversível novinho em folha. Todo alegrão, roupas lindas, perfume caro, um artista de cinema.
Logo mais no baile será o centro das atenções, quase todas as moças lhe lançarão olhares esperançosos. O quase vai por conta das suas ilusões, "aquela" de quem você gosta não, nunca. Nunca se sabe. Você se retira, ao tempo em que o sujeito é cercado por muitos conterrâneos, estes demonstrando felicidade em abraçar o "amigo", os coitados também anseiam por uma beirada na estatal. Logo, logo, o patrunfinho, pela força do dinheiro mal havido, também comprará um mandato. É o patrunfo do amanhã.
Tudo muito normal, uma vez que a prática é secular. Qual é mesmo a profissão do zé-bonito, tão novinho e já tão bem-sucedido? Acertou. Sim, parente de político. Tem um excelente salário para bater o ponto, quando bate - do mesmo modo que era esporádica visita no colégio -, mais mordomias, assistência médica de primeiro mundo, numa empresa sustentada com o sangue dos pés-de-chinelos.
É por estas e outras, caros amigos, que volta e meia dá vontade de pegar um pedaço de pau e incendiar o circo, com os ladrões, canalhas e hipócritas lá dentro. Sentimo-nos desonrados, junto com a nossa cidade, nosso estado e nosso país, vendo salários minguados, a fome, a falta de escolas, a falta de tudo. O sentimento de desonra, de revolta, é nosso, exclusivamente nosso.
Os patrunfos não sabem o que é honra nem vergonha. São mentirosos e covardes diante da vida.
SALITO
NO CARNAVAL, É PRECISO FISCALIZAR EMBRIAGUEZ AO VOLANTE
Um exemplo da importância da fiscalização da Lei Seca provém do Estado do Rio de Janeiro, onde, desde o início da Operação Lei Seca, em 19 de março de 2009, até agora, mais de 666 mil motoristas já foram abordados em pontos de interceptação em todo o Estado.
Deste total, cerca de 130 mil condutores foram multados e quase 30 mil veículos rebocados, sendo que cerca de 53.500 motoristas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação recolhida.
Os agentes de trânsito aplicaram mais de 603 mil testes com o bafômetro. Desse total, cerca de 5.300 condutores sofreram sanções administrativas e quase 2 mil foram autuados pelo crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito.
Mais de 47 mil motoristas se recusaram a fazer o teste do bafômetro, sendo submetidos a sanções administrativas, em razão do previsto no parágrafo terceiro do Artigo 277 do CTB, que permite à autoridade executiva de trânsito aplicar as mesmas penalidades previstas no Artigo 165 (infração administrativa de direção alcoolizada) a quem se recusa ao teste, que consistem no recolhimento da CNH, quando não aparece condutor habilitado e sóbrio para conduzir o veículo no local, além da multa de R$ 957,70, perda de sete pontos na carteira, suspensão do direito de dirigir por doze meses e frequência obrigatória a curso de reciclagem de motoristas infratores, sendo considerada uma infração de natureza gravíssima.
Já em São Paulo, os dados de janeiro a outubro do ano passado, dão conta de que 170 mil pessoas foram paradas em blitzes da Polícia Militar. Destas, 2,7 mil estavam embriagadas e menos de 1% dos motoristas se recusaram a fazer o teste.
Geralmente, não havendo a comprovação da quantidade de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, através do teste de alcoolemia, caso em que o motorista se recusa a soprar o bafômetro, mesmo comprovada a embriaguez em Auto de Exame de Embriaguez, no IML, o Ministério Público opta pelo arquivamento do processo criminal.
Com a nova proposta em estudo no Congresso, a coisa mudará de figura. O andar trôpego, a fala desarticulada, o hálito etílico, as roupas em desalinho, a excessiva agressividade ou o estado de torpor, observados através de testemunhos dos agentes da autoridade e outras pessoas presentes no local, imagens, vídeos ou o exame médico-pericial (Auto de Exame de Embriaguez) passarão a ser provas suficientes para o enquadramento no crime de dirigir alcoolizado, que precisa ser severamente fiscalizado no Carnaval.
18 de fevereiro de 2012
Milton Corrêa da Costa
Deste total, cerca de 130 mil condutores foram multados e quase 30 mil veículos rebocados, sendo que cerca de 53.500 motoristas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação recolhida.
Os agentes de trânsito aplicaram mais de 603 mil testes com o bafômetro. Desse total, cerca de 5.300 condutores sofreram sanções administrativas e quase 2 mil foram autuados pelo crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito.
Mais de 47 mil motoristas se recusaram a fazer o teste do bafômetro, sendo submetidos a sanções administrativas, em razão do previsto no parágrafo terceiro do Artigo 277 do CTB, que permite à autoridade executiva de trânsito aplicar as mesmas penalidades previstas no Artigo 165 (infração administrativa de direção alcoolizada) a quem se recusa ao teste, que consistem no recolhimento da CNH, quando não aparece condutor habilitado e sóbrio para conduzir o veículo no local, além da multa de R$ 957,70, perda de sete pontos na carteira, suspensão do direito de dirigir por doze meses e frequência obrigatória a curso de reciclagem de motoristas infratores, sendo considerada uma infração de natureza gravíssima.
Já em São Paulo, os dados de janeiro a outubro do ano passado, dão conta de que 170 mil pessoas foram paradas em blitzes da Polícia Militar. Destas, 2,7 mil estavam embriagadas e menos de 1% dos motoristas se recusaram a fazer o teste.
Geralmente, não havendo a comprovação da quantidade de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, através do teste de alcoolemia, caso em que o motorista se recusa a soprar o bafômetro, mesmo comprovada a embriaguez em Auto de Exame de Embriaguez, no IML, o Ministério Público opta pelo arquivamento do processo criminal.
Com a nova proposta em estudo no Congresso, a coisa mudará de figura. O andar trôpego, a fala desarticulada, o hálito etílico, as roupas em desalinho, a excessiva agressividade ou o estado de torpor, observados através de testemunhos dos agentes da autoridade e outras pessoas presentes no local, imagens, vídeos ou o exame médico-pericial (Auto de Exame de Embriaguez) passarão a ser provas suficientes para o enquadramento no crime de dirigir alcoolizado, que precisa ser severamente fiscalizado no Carnaval.
18 de fevereiro de 2012
Milton Corrêa da Costa
O ELEITORADO PRECISA COMPLETAR O SERVIÇO QUE A LEI DA FICHA LIMPA SÓ COMEÇOU
A aplicação da Lei da Ficha Limpa já nas eleições deste ano é uma notícia animadora.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal, serão imediatamente varridos para longe das urnas obscenidades como Joaquim Roriz e Severino Cavalcanti, que renunciaram aos mandatos no Congresso para driblar a cassação inevitável. E as listas de candidatos ficarão menos apavorantes com o sumiço de candidatos que foram condenados por algum tribunal.
Concordo com meu amigo Ricardo Setti: desde ontem, o país ficou um pouco melhor. Mas a Lei da Ficha Limpa é uma pedra no caminho insuficiente para obstruir a passagem da multidão de casos de polícia, todos portadores de salvo-condutos emitidos pelo eleitorado. As restrições aprovadas pelo STF podem, por exemplo, livrar o Senado de um Jader Barbalho, mas não impedirão que outros barbalhos apareçam em Brasília cavalgando centenas de milhares de votos. É assim em qualquer Estado. É assim no país inteiro.
“Não se deve esquecer que essa tal opinião pública é a mesma que elege os chamados candidatos ficha-suja”, argumentou o ministro Gilmar Mendes, que considera a lei inconstitucional. A frase não tem força suficiente para sustentar a tese de Gilmar, mas é verdadeira. A paisagem política só se tornará menos assustadora quando milhões de eleitores pararem de votar contra o Brasil.
augusto nunes
17/02/2012
Por decisão do Supremo Tribunal Federal, serão imediatamente varridos para longe das urnas obscenidades como Joaquim Roriz e Severino Cavalcanti, que renunciaram aos mandatos no Congresso para driblar a cassação inevitável. E as listas de candidatos ficarão menos apavorantes com o sumiço de candidatos que foram condenados por algum tribunal.
Concordo com meu amigo Ricardo Setti: desde ontem, o país ficou um pouco melhor. Mas a Lei da Ficha Limpa é uma pedra no caminho insuficiente para obstruir a passagem da multidão de casos de polícia, todos portadores de salvo-condutos emitidos pelo eleitorado. As restrições aprovadas pelo STF podem, por exemplo, livrar o Senado de um Jader Barbalho, mas não impedirão que outros barbalhos apareçam em Brasília cavalgando centenas de milhares de votos. É assim em qualquer Estado. É assim no país inteiro.
“Não se deve esquecer que essa tal opinião pública é a mesma que elege os chamados candidatos ficha-suja”, argumentou o ministro Gilmar Mendes, que considera a lei inconstitucional. A frase não tem força suficiente para sustentar a tese de Gilmar, mas é verdadeira. A paisagem política só se tornará menos assustadora quando milhões de eleitores pararem de votar contra o Brasil.
augusto nunes
17/02/2012
PODE AFRONTAR O BRASIL, MAS O LULA, NÃO?
Lula é quem segura Mantega, mas Dilma quer Nelson Barbosa.
A presidenta Dilma Rousseff ainda não substituiu o ministro Guido Mantega pelo secretário-executivo Nelson Barbosa, no Ministério da Fazenda, para não afrontar o ex-presidente Lula. Os dois estão virtualmente rompidos, após áspera discussão sobre o escândalo de corrupção que derrubou o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, amigo pessoal de Mantega, que o escolheu para o cargo. (Do site do Claudio Humberto)
Comentário
É impossível essa gente que hoje está no poder pensar no Brasil. Não há necessidade dessa espécie de gente estar assentando poltronas macias do palácio e do congresso, com as devidas exceções, posando para foto em 9 anos perdidos.
O Brasil anda sozinho. Não precisamos dos costumeiros desocupados, fingindo que trabalham em benefício do país. Estamos cada vez mais diminuidos com os noticiarios de cada dia.
A pauta do Brasil resume-se em corrupção e as tais "gracinhas" da ignorância do espanca projeto, além daqueles paparicos à corruptos em dia de posse.
As figuras que desfilam naquele palco dos horrores é para nenhum apóstolo da ignorância colocar defeito. Enfim, existe um programa de TV - cujo título é bastante sugestivo para o modelo atual da política do submundo. MUVUCA.
Meu filho, retira quando vê aquela "KOISA" baixa, deseducada, desorganizada porque não sei exatamente a que classe social aquilo é dirigido. Assim é que vemos aquelas criaturas que aparecem para discursar em pról do partido da quadrilha oficializada. Não afronte o chefe, o Brasil, sim!
A presidenta Dilma Rousseff ainda não substituiu o ministro Guido Mantega pelo secretário-executivo Nelson Barbosa, no Ministério da Fazenda, para não afrontar o ex-presidente Lula. Os dois estão virtualmente rompidos, após áspera discussão sobre o escândalo de corrupção que derrubou o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, amigo pessoal de Mantega, que o escolheu para o cargo. (Do site do Claudio Humberto)
Comentário
É impossível essa gente que hoje está no poder pensar no Brasil. Não há necessidade dessa espécie de gente estar assentando poltronas macias do palácio e do congresso, com as devidas exceções, posando para foto em 9 anos perdidos.
O Brasil anda sozinho. Não precisamos dos costumeiros desocupados, fingindo que trabalham em benefício do país. Estamos cada vez mais diminuidos com os noticiarios de cada dia.
A pauta do Brasil resume-se em corrupção e as tais "gracinhas" da ignorância do espanca projeto, além daqueles paparicos à corruptos em dia de posse.
As figuras que desfilam naquele palco dos horrores é para nenhum apóstolo da ignorância colocar defeito. Enfim, existe um programa de TV - cujo título é bastante sugestivo para o modelo atual da política do submundo. MUVUCA.
Meu filho, retira quando vê aquela "KOISA" baixa, deseducada, desorganizada porque não sei exatamente a que classe social aquilo é dirigido. Assim é que vemos aquelas criaturas que aparecem para discursar em pról do partido da quadrilha oficializada. Não afronte o chefe, o Brasil, sim!
MENSAGEM QUE CIRCULA NA INTERNET PREGA A MORALIZAÇÃO DA ATIVIDADE PARLAMENTAR
O jornalista Nilo Braga nos envia uma mensagem que está correndo celeremente pela internet, pedindo que cada um que leia, se concordar com seus termos, a repasse por e-mail.
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Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços e pedir a cada um deles para fazer o mesmo.
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso para 2012 (emenda da Constituição)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente do mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta emenda na Constituição é agora. É assim que poderemos consertar o Congresso.
Se você concorda com o exposto, REPASSE, Se não, basta apagar.
“Existem duas opções na vida: Se resignar ou se indignar, e eu não vou me resignar, nunca”
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Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços e pedir a cada um deles para fazer o mesmo.
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.
Lei de Reforma do Congresso para 2012 (emenda da Constituição)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente do mandato.
2. O Congresso contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.
3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.
4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.
5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.
6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.
Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta emenda na Constituição é agora. É assim que poderemos consertar o Congresso.
Se você concorda com o exposto, REPASSE, Se não, basta apagar.
“Existem duas opções na vida: Se resignar ou se indignar, e eu não vou me resignar, nunca”
DE BESTIALIZADOS A CIDADÃOS
O chamamento pela Internet que culminou no movimento popular do sete de setembro, especialmente em Brasília, levou milhares de pessoas a protestar durante o desfile oficial. Foi um evento que não pode ser analisado superficialmente, mesmo porque, para entender o presente é preciso recuar até ao passado. Num pequeno artigo seria impossível historiar o que se passou no Brasil desde sua descoberta, como fiz em um dos meus livros, “América Latina – em busca do paraíso perdido”, mas, pelo menos, podemos recortar no tempo alguns acontecimentos históricos e políticos importantes.
A vinda da corte portuguesa, em 1808, e o modo como se realizou a independência em sete de setembro de 1822, trouxeram várias consequências. Em primeiro lugar a presença da família real fortaleceu a unidade política do colosso territorial, ao contrário do Império Espanhol que se fragmentou em várias nações entre 1810 e 1838. Segundo, apesar de alguns movimentos importantes, mas isolados, a independência foi obra do príncipe regente e de minorias políticas enquistadas nos bastidores do poder. Não houve, pois, o sentimento nacionalista que marcou os episódios libertadores das colônias espanholas, sentimento que no nosso caso foi substituído por meros interesses individualistas que nada tinham a ver com percepção de pátria ou ideal de bem comum.
Foram também a partir de 1808, que se instalaram no Brasil de uma vez por todas as características do velho Estado português, que em terra nova não perderia sua essência patrimonialista magistralmente explicada por Raymundo Faoro em sua obra, “Os donos do poder”: “Os reis portugueses governaram o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público”.
Era um Estado também corrupto na medida em que para tudo se dependia dele, do seu excessivo quadro de funcionários, da morosidade típica da burocracia, correndo soltas as propinas para aligeirar licenças, fornecimentos, processos, despachos, etc. Nas entranhas do desajeitado e ineficiente Leviatã conduzido por D. João VI traficavam-se influências, negociava-se a coisa pública em proveito próprio. Imagino que os leitores devem estar notando que a realidade de hoje não difere muito do nosso já distante passado.
Acrescente-se que os fatos mais marcantes da nossa história não contaram com a participação popular. Por isso, a proclamação da Republica não sensibilizou a massa, nem sequer no Rio de Janeiro, quanto mais nas vastidões afora do país. José Murilo de Carvalho cita em seu livro, “Os bestializados”, Aristides Lobo, adepto incondicional da nova forma de governo e um dos mais desapontados. Segundo este, “o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido o protagonista dos acontecimentos, assistiu a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”.
Muita coisa foi mudando como não poderia deixar de ser. Vários movimentos aconteceram. Alguns, como as diretas já e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor levaram o povo às ruas. Mas sempre houve lideranças partidárias, sindicais, apoios da Igreja e de estudantes que conduziram multidões. Em showmícios a massa aplaudia entusiasticamente tanto oradores políticos quanto artistas preferidos do grande público.
Na era Lula/PT em que a decadência partidária avança, os valores se extinguem, a corrupção sempre havida é exacerbada de modo impressionante juntamente com a impunidade dos “colarinhos brancos” e a propaganda transforma cidadãos em bestializados, aconteceram fatos que o domínio petista não deve ter digerido bem.
Um deles foi o sonoro não ao desarmamento da população, em plebiscito levado a cabo por ordem de Lula da Silva. Posteriormente, um movimento via internet ajudou a pressionar parlamentares para que a famigerada CPMF, que está prestes a ser ressuscitada pela presidente Rousseff, fosse extinta. Outros abaixo assinados como aquele a favor da “ficha limpa” ou centenas de artigos e de opiniões críticas ao governo que se entrecruzam em e-mails mostram que, ao contrário dos muitos satisfeitos, por enquanto, com sua situação financeira, uma minoria consciente das classes médias que lê jornais e revistas começa a perceber que a avassaladora corrupção que se espraia por todos os cantos do poder é danosa aos interesses da nação.
Surgiram, porém, criticas entre os próprios internautas. Muitos dizem que não basta escrever, seria preciso agir, ganhar as ruas, expressar publicamente a indignação.
A Internet ficou pulsando até aglutinar um movimento espontâneo que fez do virtual o real, materializando no sete de setembro em vários Estados e, principalmente, em Brasília, milhares de pessoas, sobretudo, jovens, que tiveram como foco o combate à corrupção. Pela primeira vez um movimento não teve líderes, foi consciente, apartidário, não expressava ideologia tanto de esquerda quanto de direita, não era individualizado, mas em defesa de um objetivo comum.
Digam os críticos desse inédito acontecimento que ele é efêmero e difuso, queiram alguns espertamente se apropriar dele, mas o fato é que brasileiros foram ao desfile de sete de setembro e assistiram a parada militar não como bestializados, mas como cidadãos. Tomara que esses compatriotas sejam o fermento de uma progressiva transformação rumo à consciência cívica que tanto nos falta.
12 de setembro de 2011
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
A vinda da corte portuguesa, em 1808, e o modo como se realizou a independência em sete de setembro de 1822, trouxeram várias consequências. Em primeiro lugar a presença da família real fortaleceu a unidade política do colosso territorial, ao contrário do Império Espanhol que se fragmentou em várias nações entre 1810 e 1838. Segundo, apesar de alguns movimentos importantes, mas isolados, a independência foi obra do príncipe regente e de minorias políticas enquistadas nos bastidores do poder. Não houve, pois, o sentimento nacionalista que marcou os episódios libertadores das colônias espanholas, sentimento que no nosso caso foi substituído por meros interesses individualistas que nada tinham a ver com percepção de pátria ou ideal de bem comum.
Foram também a partir de 1808, que se instalaram no Brasil de uma vez por todas as características do velho Estado português, que em terra nova não perderia sua essência patrimonialista magistralmente explicada por Raymundo Faoro em sua obra, “Os donos do poder”: “Os reis portugueses governaram o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público”.
Era um Estado também corrupto na medida em que para tudo se dependia dele, do seu excessivo quadro de funcionários, da morosidade típica da burocracia, correndo soltas as propinas para aligeirar licenças, fornecimentos, processos, despachos, etc. Nas entranhas do desajeitado e ineficiente Leviatã conduzido por D. João VI traficavam-se influências, negociava-se a coisa pública em proveito próprio. Imagino que os leitores devem estar notando que a realidade de hoje não difere muito do nosso já distante passado.
Acrescente-se que os fatos mais marcantes da nossa história não contaram com a participação popular. Por isso, a proclamação da Republica não sensibilizou a massa, nem sequer no Rio de Janeiro, quanto mais nas vastidões afora do país. José Murilo de Carvalho cita em seu livro, “Os bestializados”, Aristides Lobo, adepto incondicional da nova forma de governo e um dos mais desapontados. Segundo este, “o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido o protagonista dos acontecimentos, assistiu a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”.
Muita coisa foi mudando como não poderia deixar de ser. Vários movimentos aconteceram. Alguns, como as diretas já e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor levaram o povo às ruas. Mas sempre houve lideranças partidárias, sindicais, apoios da Igreja e de estudantes que conduziram multidões. Em showmícios a massa aplaudia entusiasticamente tanto oradores políticos quanto artistas preferidos do grande público.
Na era Lula/PT em que a decadência partidária avança, os valores se extinguem, a corrupção sempre havida é exacerbada de modo impressionante juntamente com a impunidade dos “colarinhos brancos” e a propaganda transforma cidadãos em bestializados, aconteceram fatos que o domínio petista não deve ter digerido bem.
Um deles foi o sonoro não ao desarmamento da população, em plebiscito levado a cabo por ordem de Lula da Silva. Posteriormente, um movimento via internet ajudou a pressionar parlamentares para que a famigerada CPMF, que está prestes a ser ressuscitada pela presidente Rousseff, fosse extinta. Outros abaixo assinados como aquele a favor da “ficha limpa” ou centenas de artigos e de opiniões críticas ao governo que se entrecruzam em e-mails mostram que, ao contrário dos muitos satisfeitos, por enquanto, com sua situação financeira, uma minoria consciente das classes médias que lê jornais e revistas começa a perceber que a avassaladora corrupção que se espraia por todos os cantos do poder é danosa aos interesses da nação.
Surgiram, porém, criticas entre os próprios internautas. Muitos dizem que não basta escrever, seria preciso agir, ganhar as ruas, expressar publicamente a indignação.
A Internet ficou pulsando até aglutinar um movimento espontâneo que fez do virtual o real, materializando no sete de setembro em vários Estados e, principalmente, em Brasília, milhares de pessoas, sobretudo, jovens, que tiveram como foco o combate à corrupção. Pela primeira vez um movimento não teve líderes, foi consciente, apartidário, não expressava ideologia tanto de esquerda quanto de direita, não era individualizado, mas em defesa de um objetivo comum.
Digam os críticos desse inédito acontecimento que ele é efêmero e difuso, queiram alguns espertamente se apropriar dele, mas o fato é que brasileiros foram ao desfile de sete de setembro e assistiram a parada militar não como bestializados, mas como cidadãos. Tomara que esses compatriotas sejam o fermento de uma progressiva transformação rumo à consciência cívica que tanto nos falta.
12 de setembro de 2011
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
QUESTÕES MORAIS? VAMOS MUDAR DE ASSUNTO...
Presidente do PT não quer saber de “temas morais” em campanha.
É? Então eu quero! E viva o ziriguidum!
Uma semana mais curta, mas muito cheia, não? Gostem eles ou não, o fato é que tiveram de dançar conforme a nossa música e foram obrigados a vir a público para se explicar. Notaram?
A ministra Eleonora Menicucci se viu compelida a emitir uma nota desmentindo o que ela mesmo dissera em entrevista. Uma Universidade Federal, a de Santa Catarina, fez um papelão e censurou a página com as palavras de Eleonora, num movimento inútil. A estupefaciente entrevista já havia ganhado o mundo.
Gilberto Carvalho, sempre ele!, teve de se justificar com os evangélicos.
Fernando Haddad tenta confundir com homofobia as críticas sensatas e fundamentadas ao absurdo kit gay preparado pelo seu ministério.
No Estadão desta sexta, Rui Falcão, presidente do PT, disse não acreditar que a eleição em São Paulo vá debater o que chamou de “questões morais”.
Em suma: o PT tem medo de debater “questões morais”, o que, convenham, faz todo sentido…
O governo Dilma é ruim. À diferença dos modernos cantores de qualquer ritmo, ele “não tira o pé do chãããooo”. Está com a âncora enterrada no fundo do mar. Não deslancha. O país cresceu 2,79% no ano passado e se estima que não vá além dos 3% neste 2012. Os investimentos públicos encolheram. Programas-vitrine, como o “Minha Casa Minha Vida”, estão parados. As creches só existem na fantasia da petezada. À medida que se vai conhecendo o “modelo” de privatização petista nos aeroportos, qualquer pessoa sensata conclui que se contratou foi uma crise.
Atenção! O PT perdeu a guerra ideológica contra as privatizações porque teve de se ajoelhar. A questão, e o futuro dirá, é que o partido privatiza mal, com danos ao erário e aos usuários dos serviços.
Teremos muito tempo para falar desse assunto neste ano e nos vindouros. De todo modo, esses são temas ainda um tanto distantes da vida das pessoas. Leva um tempo para que atinjam a reputação da presidente, que ainda navega na popularidade das sete demissões que fez, segundo a agenda “da mídia”, como diz aquela canalha a soldo. Vale dizer: a tal “mídia” conseguiu dar a Dilma ao menos uma pauta, já que ela não tinha nenhuma.
Temas ligados à administração, ao mau uso do dinheiro público, à corrupção, essas coisas não mobilizam hoje muita gente. O PT tem clareza disso. Seu sonho, aliás, é atrair as oposições para um debate, vamos dizer, “administrativista”. Poderá, assim, acenar com suas utopias e redenções. Se os adversários ficarem nesse terreno, os petistas erguerão as mãos para os céus. O PT acha que essas coisas “não pegam”. E, convenham, a experiência têm dito que, nesse particular, o partido está certo!
Perceberam? Guido Mantega está na berlinda por causa do ex-presidente da Casa da Moeda. Nada de muitas explicações ou de agitação. O PT sabe que a esmagadora maioria dos eleitores ignora o assunto. Se a coisa esquentar mesmo, Dilma se livra do ministro e ganha mais um ou dois pontinhos na pesquisa (”essa decide”!!!). Já os tais “temas morais”… Ah, para esses, os petistas têm, sim, uma agenda muito determinada, mas não sabe como lidar com a reação do homem comum.
Ficamos, então, diante de uma situação curiosa. Quem freqüentemente convoca a sociedade para debater matérias atinentes aos costumes são os petistas e seus assemelhados, certo? Não foi Eleonora quem resolveu reavivar essa brasa? Não foi Haddad quem preparou o kit gay? Não é a senadora Marta Suplicy a liderar a negociação para que se aprove a tal lei contra a homofobia? Sim, eles querem tomar essas iniciativas, mas repudiam qualquer reação contrária a seus propósitos. Pretendem fazer esse debate apenas na classe média e com os militantes de ONGs, sem o “povão”. Afinal, um bom petista é obrigado a considerar que o povo não sabe direito o que é bom para si; quem sabe é o partido.
Ora, se Rui Falcão não quer saber dos temas que chama “morais”, vai ver seus adversários devam se interessar por eles, não é mesmo? Como vimos, nesta semana que passou, foi a moral que obrigou o petismo a se explicar.
*
Ziriguidum
Queridos,
Viajo daqui a pouco. Levo a minha conexão 3G porque, vocês sabem, “sou brasileiro e não desisto nunca”. E porque sou brasileiro, a conexão é uma porcaria, e o serviço é de quinta! Volto na quarta-feira. Conseguindo me conectar com o mundo, passo aqui para dar umas palavrinhas.
Espero que vocês vivam dias felizes ao lado da família e daqueles a quem amam.
Ah, sim: eles não cansam. Nem eu!
Até a volta!
17/02/2012
Por Reinaldo Azevedo
É? Então eu quero! E viva o ziriguidum!
Uma semana mais curta, mas muito cheia, não? Gostem eles ou não, o fato é que tiveram de dançar conforme a nossa música e foram obrigados a vir a público para se explicar. Notaram?
A ministra Eleonora Menicucci se viu compelida a emitir uma nota desmentindo o que ela mesmo dissera em entrevista. Uma Universidade Federal, a de Santa Catarina, fez um papelão e censurou a página com as palavras de Eleonora, num movimento inútil. A estupefaciente entrevista já havia ganhado o mundo.
Gilberto Carvalho, sempre ele!, teve de se justificar com os evangélicos.
Fernando Haddad tenta confundir com homofobia as críticas sensatas e fundamentadas ao absurdo kit gay preparado pelo seu ministério.
No Estadão desta sexta, Rui Falcão, presidente do PT, disse não acreditar que a eleição em São Paulo vá debater o que chamou de “questões morais”.
Em suma: o PT tem medo de debater “questões morais”, o que, convenham, faz todo sentido…
O governo Dilma é ruim. À diferença dos modernos cantores de qualquer ritmo, ele “não tira o pé do chãããooo”. Está com a âncora enterrada no fundo do mar. Não deslancha. O país cresceu 2,79% no ano passado e se estima que não vá além dos 3% neste 2012. Os investimentos públicos encolheram. Programas-vitrine, como o “Minha Casa Minha Vida”, estão parados. As creches só existem na fantasia da petezada. À medida que se vai conhecendo o “modelo” de privatização petista nos aeroportos, qualquer pessoa sensata conclui que se contratou foi uma crise.
Atenção! O PT perdeu a guerra ideológica contra as privatizações porque teve de se ajoelhar. A questão, e o futuro dirá, é que o partido privatiza mal, com danos ao erário e aos usuários dos serviços.
Teremos muito tempo para falar desse assunto neste ano e nos vindouros. De todo modo, esses são temas ainda um tanto distantes da vida das pessoas. Leva um tempo para que atinjam a reputação da presidente, que ainda navega na popularidade das sete demissões que fez, segundo a agenda “da mídia”, como diz aquela canalha a soldo. Vale dizer: a tal “mídia” conseguiu dar a Dilma ao menos uma pauta, já que ela não tinha nenhuma.
Temas ligados à administração, ao mau uso do dinheiro público, à corrupção, essas coisas não mobilizam hoje muita gente. O PT tem clareza disso. Seu sonho, aliás, é atrair as oposições para um debate, vamos dizer, “administrativista”. Poderá, assim, acenar com suas utopias e redenções. Se os adversários ficarem nesse terreno, os petistas erguerão as mãos para os céus. O PT acha que essas coisas “não pegam”. E, convenham, a experiência têm dito que, nesse particular, o partido está certo!
Perceberam? Guido Mantega está na berlinda por causa do ex-presidente da Casa da Moeda. Nada de muitas explicações ou de agitação. O PT sabe que a esmagadora maioria dos eleitores ignora o assunto. Se a coisa esquentar mesmo, Dilma se livra do ministro e ganha mais um ou dois pontinhos na pesquisa (”essa decide”!!!). Já os tais “temas morais”… Ah, para esses, os petistas têm, sim, uma agenda muito determinada, mas não sabe como lidar com a reação do homem comum.
Ficamos, então, diante de uma situação curiosa. Quem freqüentemente convoca a sociedade para debater matérias atinentes aos costumes são os petistas e seus assemelhados, certo? Não foi Eleonora quem resolveu reavivar essa brasa? Não foi Haddad quem preparou o kit gay? Não é a senadora Marta Suplicy a liderar a negociação para que se aprove a tal lei contra a homofobia? Sim, eles querem tomar essas iniciativas, mas repudiam qualquer reação contrária a seus propósitos. Pretendem fazer esse debate apenas na classe média e com os militantes de ONGs, sem o “povão”. Afinal, um bom petista é obrigado a considerar que o povo não sabe direito o que é bom para si; quem sabe é o partido.
Ora, se Rui Falcão não quer saber dos temas que chama “morais”, vai ver seus adversários devam se interessar por eles, não é mesmo? Como vimos, nesta semana que passou, foi a moral que obrigou o petismo a se explicar.
*
Ziriguidum
Queridos,
Viajo daqui a pouco. Levo a minha conexão 3G porque, vocês sabem, “sou brasileiro e não desisto nunca”. E porque sou brasileiro, a conexão é uma porcaria, e o serviço é de quinta! Volto na quarta-feira. Conseguindo me conectar com o mundo, passo aqui para dar umas palavrinhas.
Espero que vocês vivam dias felizes ao lado da família e daqueles a quem amam.
Ah, sim: eles não cansam. Nem eu!
Até a volta!
17/02/2012
Por Reinaldo Azevedo
A LINHA DO EQUADOR
Agora é fato: o Equador vive sob um regime ditatorial, ainda que velado. O jornal “El Universo”, principal do país, foi condenado a pagar multa de US$ 40 milhões por um editorial escrito em 2010 no qual o presidente Rafael Correa era chamado de “ditador”. Além disso, os proprietários do jornal foram condenados a três anos de prisão.
Correa, camarada do ex-presidente Lula, comemorou a “vitória histórica”, e disse que isso vai mudar o país. Segundo ele, ficou demonstrado “que é possível julgar não só os palhacinhos, mas também os donos do circo”. Ironia das ironias, o presidente, acusado de ditador, resolveu punir os “caluniadores” provando que é mesmo um tirano, e que “injúria” contra sua pessoa, tolerante e democrática, será punida com o rigor de um típico ditador latino-americano. O circo está completo!
Fica assim combinado agora: se uma prostituta for acusada de ser prostituta, cadeia no acusador. Se um político corrupto for chamado de corrupto, cadeia no difamador. O povo não pode mais ter direito a opinião própria, e publicá-la. O acusado tampouco vai buscar, como em países mais normais, indenização razoável por difamação e calúnia. São dezenas de milhões de dólares de pena, para quebrar logo o ousado, e xilindró para os proprietários.
O recado está dado. Se um blogueiro, por exemplo, acusar Correa de “ditador”, mesmo agora que ele deu claros sinais de ser um, vai à falência e ver o sol nascer quadrado. O caso absurdo me remeteu a uma antiga piada sobre o Dops no Brasil, onde um agente perguntava ao outro: “O que você pensa do presidente?” Sem saber o que responder, o outro agente diz: “Ora, o mesmo que você”. O primeiro rebate na hora: “Então está preso!”
Com esta medida, o Equador atravessa uma perigosa linha, que a Venezuela já atravessou antes e que a Argentina já ameaça atravessar. Todos camaradas do ex-presidente Lula e idolatrados por boa parte dos petistas. Por precaução, melhor só distribuir elogios aos “grandes democratas” do PT. Abre o olho, Brasil.
February 17, 2012
Posted by Rodrigo Constantino
Correa, camarada do ex-presidente Lula, comemorou a “vitória histórica”, e disse que isso vai mudar o país. Segundo ele, ficou demonstrado “que é possível julgar não só os palhacinhos, mas também os donos do circo”. Ironia das ironias, o presidente, acusado de ditador, resolveu punir os “caluniadores” provando que é mesmo um tirano, e que “injúria” contra sua pessoa, tolerante e democrática, será punida com o rigor de um típico ditador latino-americano. O circo está completo!
Fica assim combinado agora: se uma prostituta for acusada de ser prostituta, cadeia no acusador. Se um político corrupto for chamado de corrupto, cadeia no difamador. O povo não pode mais ter direito a opinião própria, e publicá-la. O acusado tampouco vai buscar, como em países mais normais, indenização razoável por difamação e calúnia. São dezenas de milhões de dólares de pena, para quebrar logo o ousado, e xilindró para os proprietários.
O recado está dado. Se um blogueiro, por exemplo, acusar Correa de “ditador”, mesmo agora que ele deu claros sinais de ser um, vai à falência e ver o sol nascer quadrado. O caso absurdo me remeteu a uma antiga piada sobre o Dops no Brasil, onde um agente perguntava ao outro: “O que você pensa do presidente?” Sem saber o que responder, o outro agente diz: “Ora, o mesmo que você”. O primeiro rebate na hora: “Então está preso!”
Com esta medida, o Equador atravessa uma perigosa linha, que a Venezuela já atravessou antes e que a Argentina já ameaça atravessar. Todos camaradas do ex-presidente Lula e idolatrados por boa parte dos petistas. Por precaução, melhor só distribuir elogios aos “grandes democratas” do PT. Abre o olho, Brasil.
February 17, 2012
Posted by Rodrigo Constantino
DUPLIPENSAR
A blogueira Yoani Sánchez, os aeroportos privatizados, os policiais amotinados – por três vezes, sucessivamente, o PT exercitou a arte da duplicidade, desfazendo com uma mão o que a outra acabara de fazer. Há mais que oportunismo na dissociação rotinizada entre o princípio da realidade e o imperativo da ideologia. A lacuna abissal entre um e outro sugere que, aos 32 anos, o maior partido do País alcançou um estado de equilíbrio sustentado sobre o rochedo da mentira.
Peça número 1: O governo brasileiro concedeu visto de entrada a Yoani Sánchez, enviando um nítido sinal diplomático, mas Dilma Rousseff se negou a pronunciar em Havana umas poucas palavras cruciais sobre o direito de ir e vir, enquanto seus auxiliares reverenciavam o “direito” da ditadura castrista de controlar os movimentos dos cidadãos cubanos.
A voz do PT emanou de fontes complementares, que pautaram as declarações presidenciais na ilha. Circundando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, diversos tratados internacionais e a Constituição brasileira, o assessor de política externa Marco Aurélio Garcia qualificou como um “problema de Yoani” a obtenção da autorização de viagem.
Ecoando o pretexto oficial castrista, a ministra Maria do Rosário (dos Direitos Humanos!) declarou que Cuba não viola os direitos humanos, mas é vítima de uma violação histórica, representada pelo embargo norte-americano.
O alinhamento automático do PT à ditadura cubana revela extraordinária incapacidade de atualização doutrinária. A social-democracia europeia definiu sua relação com o princípio da liberdade política por meio de duas experiências históricas decisivas: a ruptura com os bolcheviques russos em 1917 e o confronto com a URSS de Stalin na hora do Pacto Germano-Soviético de 1939.
O PT, contudo, não é um partido social-democrata. A sua inspiração tem raízes em outra experiência histórica, instilada no seu interior pelas correntes castristas que formam um dos três componentes originais do partido. Tal experiência é o “anti-imperialismo” da esquerda latino-americana, uma narrativa avessa ao princípio da liberdade política.
Peça número 2: Contrariando o renitente alarido petista de condenação da “privataria tucana”, o governo leiloou três aeroportos para a iniciativa privada, mas, ato contínuo, o PT regurgitou as sentenças ortodoxas que compõem um estribilho estatista reproduzido à exaustão. Uma nota partidária anunciou a continuidade da “disputa ideológica sobre as privatizações”, enquanto o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) se enredava na gramática da hipocrisia para formular distinções arcanas entre “concessões” e “privatizações”.
A explicação corrente sobre essa dissonância radical entre palavras e atos aponta as motivações eleitorais de um partido que descobriu as vantagens utilitárias de demonizar adversários indisponíveis para defender a própria herança. Há, contudo, algo além disso, como insinua uma declaração do presidente petista Rui Falcão, que classificou os “adversários” do PSDB como “privatistas por convicção”. O diagnóstico não faz justiça ao governo FHC, mas oferece pistas valiosas sobre a natureza de seu próprio partido.
O PT confusamente socialista das origens pouco se importava com o destino das empresas estatais, engrenagens do capitalismo nacional tardio erguido por Getúlio Vargas e aperfeiçoado por Ernesto Geisel. O partido só aderiu à ideia substituta do capitalismo de Estado após a queda do Muro de Berlim. No governo, aprendeu toda a lição: a rede de estatais configura um sistema de vasos comunicantes entre a elite política e a elite econômica, servindo ao interesse maior de perpetuação no poder e a uma miríade de interesses políticos e pecuniários menores. Os aeroportos foram privatizados para conjurar o espectro do fracasso da operação Copa do Mundo. Ao largo do território das convicções, sempre podem ser deflagradas novas privatizações: afinal, o partido antiprivatista tem como ícone José Dirceu, uma figura que prospera exercendo a função de intermediário entre o poder público e grandes grupos empresariais privados.
Peça número 3: O governo reprimiu o movimento dos PMs da Bahia e o PT condenou os atos criminosos de suas lideranças, mas não caracterizou a greve de militares como motim, deixando entreaberta a vereda para voltar a surfar na onda de episódios similares em Estados governados pela oposição. Os precedentes são conhecidos. Em 1992, quando o pefelista ACM governava a Bahia, o atual governador petista, Jacques Wagner, solidarizou-se com os PMs grevistas. Nove anos depois, quando a Bahia era governada pelo também pefelista César Borges, foi a vez do deputado Nelson Pelegrino, hoje candidato do PT à prefeitura de Salvador, proclamar seu apoio à greve dos PMs baianos. Durante a greve parcial de PMs paulistas, em 2008, no governo “inimigo” de José Serra, o PT formou uma comissão parlamentar de defesa do movimento.
A clamorosa duplicidade tem sua raiz profunda no papel desempenhado pelos sindicalistas do PT. A partidarização petista do movimento sindical moldou um corporativismo sui generis, que substitui os interesses da base sindical pelos do partido.
No sindicalismo tradicional, tudo se deve subordinar às reivindicações de uma categoria. No sindicalismo petista, as reivindicações da base sindical devem funcionar como alavancas do projeto de poder do PT. Hoje, os PMs da Bahia são classificados como criminosos; amanhã, nas circunstâncias certas, PMs amotinados serão declarados trabalhadores comuns em busca de direitos legítimos.
O pensamento duplo não é um acidente no percurso do PT, mas, desde que o partido alcançou os palácios, sua alma política genuína. A tensão entre princípios opostos é real, mas não explosiva. Num país em que a oposição renunciou ao dever de discutir ideias, o partido governista tem assegurado o privilégio de rotinizar a mentira.
17 de fevereiro de 2012
Demétrio Magnoli
Fonte: O Estado deS. Paulo, 16/02/2012
Peça número 1: O governo brasileiro concedeu visto de entrada a Yoani Sánchez, enviando um nítido sinal diplomático, mas Dilma Rousseff se negou a pronunciar em Havana umas poucas palavras cruciais sobre o direito de ir e vir, enquanto seus auxiliares reverenciavam o “direito” da ditadura castrista de controlar os movimentos dos cidadãos cubanos.
A voz do PT emanou de fontes complementares, que pautaram as declarações presidenciais na ilha. Circundando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, diversos tratados internacionais e a Constituição brasileira, o assessor de política externa Marco Aurélio Garcia qualificou como um “problema de Yoani” a obtenção da autorização de viagem.
Ecoando o pretexto oficial castrista, a ministra Maria do Rosário (dos Direitos Humanos!) declarou que Cuba não viola os direitos humanos, mas é vítima de uma violação histórica, representada pelo embargo norte-americano.
O alinhamento automático do PT à ditadura cubana revela extraordinária incapacidade de atualização doutrinária. A social-democracia europeia definiu sua relação com o princípio da liberdade política por meio de duas experiências históricas decisivas: a ruptura com os bolcheviques russos em 1917 e o confronto com a URSS de Stalin na hora do Pacto Germano-Soviético de 1939.
O PT, contudo, não é um partido social-democrata. A sua inspiração tem raízes em outra experiência histórica, instilada no seu interior pelas correntes castristas que formam um dos três componentes originais do partido. Tal experiência é o “anti-imperialismo” da esquerda latino-americana, uma narrativa avessa ao princípio da liberdade política.
Peça número 2: Contrariando o renitente alarido petista de condenação da “privataria tucana”, o governo leiloou três aeroportos para a iniciativa privada, mas, ato contínuo, o PT regurgitou as sentenças ortodoxas que compõem um estribilho estatista reproduzido à exaustão. Uma nota partidária anunciou a continuidade da “disputa ideológica sobre as privatizações”, enquanto o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) se enredava na gramática da hipocrisia para formular distinções arcanas entre “concessões” e “privatizações”.
A explicação corrente sobre essa dissonância radical entre palavras e atos aponta as motivações eleitorais de um partido que descobriu as vantagens utilitárias de demonizar adversários indisponíveis para defender a própria herança. Há, contudo, algo além disso, como insinua uma declaração do presidente petista Rui Falcão, que classificou os “adversários” do PSDB como “privatistas por convicção”. O diagnóstico não faz justiça ao governo FHC, mas oferece pistas valiosas sobre a natureza de seu próprio partido.
O PT confusamente socialista das origens pouco se importava com o destino das empresas estatais, engrenagens do capitalismo nacional tardio erguido por Getúlio Vargas e aperfeiçoado por Ernesto Geisel. O partido só aderiu à ideia substituta do capitalismo de Estado após a queda do Muro de Berlim. No governo, aprendeu toda a lição: a rede de estatais configura um sistema de vasos comunicantes entre a elite política e a elite econômica, servindo ao interesse maior de perpetuação no poder e a uma miríade de interesses políticos e pecuniários menores. Os aeroportos foram privatizados para conjurar o espectro do fracasso da operação Copa do Mundo. Ao largo do território das convicções, sempre podem ser deflagradas novas privatizações: afinal, o partido antiprivatista tem como ícone José Dirceu, uma figura que prospera exercendo a função de intermediário entre o poder público e grandes grupos empresariais privados.
Peça número 3: O governo reprimiu o movimento dos PMs da Bahia e o PT condenou os atos criminosos de suas lideranças, mas não caracterizou a greve de militares como motim, deixando entreaberta a vereda para voltar a surfar na onda de episódios similares em Estados governados pela oposição. Os precedentes são conhecidos. Em 1992, quando o pefelista ACM governava a Bahia, o atual governador petista, Jacques Wagner, solidarizou-se com os PMs grevistas. Nove anos depois, quando a Bahia era governada pelo também pefelista César Borges, foi a vez do deputado Nelson Pelegrino, hoje candidato do PT à prefeitura de Salvador, proclamar seu apoio à greve dos PMs baianos. Durante a greve parcial de PMs paulistas, em 2008, no governo “inimigo” de José Serra, o PT formou uma comissão parlamentar de defesa do movimento.
A clamorosa duplicidade tem sua raiz profunda no papel desempenhado pelos sindicalistas do PT. A partidarização petista do movimento sindical moldou um corporativismo sui generis, que substitui os interesses da base sindical pelos do partido.
No sindicalismo tradicional, tudo se deve subordinar às reivindicações de uma categoria. No sindicalismo petista, as reivindicações da base sindical devem funcionar como alavancas do projeto de poder do PT. Hoje, os PMs da Bahia são classificados como criminosos; amanhã, nas circunstâncias certas, PMs amotinados serão declarados trabalhadores comuns em busca de direitos legítimos.
O pensamento duplo não é um acidente no percurso do PT, mas, desde que o partido alcançou os palácios, sua alma política genuína. A tensão entre princípios opostos é real, mas não explosiva. Num país em que a oposição renunciou ao dever de discutir ideias, o partido governista tem assegurado o privilégio de rotinizar a mentira.
17 de fevereiro de 2012
Demétrio Magnoli
Fonte: O Estado deS. Paulo, 16/02/2012
A PETROBRAS ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO
Dilma tirou Gabrielli da Petrobrás para se antecipar a escândalo de desvio de verba com ONG baiana
Agora ficou evidente por que a Presidente Dilma Rousseff teve tanta pressa em tirar seu “querido” José Sergio Gabrielli da presidência da Petrobrás. Não foi para satisfazer a promessa a amiga Maria das Graças Foster e nem para agradar a Rainha da Inglaterra – com cujo Império o marido de Graça, o inglês Colin Vaughn Foster, tem ligações maçônicas diretas.
Dilma correu com Gabrielli porque sabia que estouraria um escândalo sobre desvio de dinheiro repassado pela Petrobrás a uma ONG baiana, com possível contribuição para campanha eleitoral petista.
A revista Época, que circula a partir desta sexta-feira, traz a má notícia que a inteligência do Palácio do Planalto já esperava sobre o esquema de “Mensalão Baiano”.
Documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que a ONG baiana Pangea não conseguiu comprovar como gastou nada menos que R$ 2,2 milhões dos R$ 7,7 milhões repassados pela Petrobras, entre os anos de 2004 e 2007. A CGU rastreou um cheque de R$ 25 mil entregue pela Pangea ao irmão de um político do PT que concorria à prefeitura da cidade baiana de Vera Cruz. Este é o indício de que a entidade serviria também como centro de repasse ilegal de dinheiro.
A CGU confirmou que a ONG baiana usou notas frias para prestação de contas. Pelo menos quatro empresas contratadas pela ONG, para justificar o gasto do dinheiro repassado pela Petrobrás, não foram encontradas nos respectivos endereços, Tudo indica que são “fantasmas”. Outra irregularidade denunciada foi a compra de um carro usado de Sérgio Santana, ex-deputado do PMDB e na época presidente da Pangea, com o patrocínio da estatal de economia mista que era presidida pelo baiano José Sérgio Gabrielli – cujo projeto político é se candidatar a governador da Bahia, em 2014.
Com tal denúncia, o plano já começa a ir para muito além das profundezas do pré-sal. E o caso será mais um pepino a ser gerenciado por Maria das Graças Foster (que jurou fidelidade incondicional a Dilma e a Petrobrás).
Mais M... na Petrobrás da Bahia
Na Bahia, uma liminar na Justiça do Trabalho interrompeu a polêmica eleição para a escolha de um representante dos empregados no Conselho de Administração da Petrobrás.
A empresa tenta reverter a decisão da Desembargadora Débora Machado, do TRF da 5ª Região, que recomendou “uma imperiosa investigação sobre os atos ilegais praticados pela comissão criada para a eleição de membros do conselho de administração da companhia”.
O processo eleitoral em curso só termina no dia 5 de março de 2012.
Ainda bem, para o governo, que na Bahia é carnaval...
17 de fevereiro de 2012
Jorge Serrão
Agora ficou evidente por que a Presidente Dilma Rousseff teve tanta pressa em tirar seu “querido” José Sergio Gabrielli da presidência da Petrobrás. Não foi para satisfazer a promessa a amiga Maria das Graças Foster e nem para agradar a Rainha da Inglaterra – com cujo Império o marido de Graça, o inglês Colin Vaughn Foster, tem ligações maçônicas diretas.
Dilma correu com Gabrielli porque sabia que estouraria um escândalo sobre desvio de dinheiro repassado pela Petrobrás a uma ONG baiana, com possível contribuição para campanha eleitoral petista.
A revista Época, que circula a partir desta sexta-feira, traz a má notícia que a inteligência do Palácio do Planalto já esperava sobre o esquema de “Mensalão Baiano”.
Documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) revelam que a ONG baiana Pangea não conseguiu comprovar como gastou nada menos que R$ 2,2 milhões dos R$ 7,7 milhões repassados pela Petrobras, entre os anos de 2004 e 2007. A CGU rastreou um cheque de R$ 25 mil entregue pela Pangea ao irmão de um político do PT que concorria à prefeitura da cidade baiana de Vera Cruz. Este é o indício de que a entidade serviria também como centro de repasse ilegal de dinheiro.
A CGU confirmou que a ONG baiana usou notas frias para prestação de contas. Pelo menos quatro empresas contratadas pela ONG, para justificar o gasto do dinheiro repassado pela Petrobrás, não foram encontradas nos respectivos endereços, Tudo indica que são “fantasmas”. Outra irregularidade denunciada foi a compra de um carro usado de Sérgio Santana, ex-deputado do PMDB e na época presidente da Pangea, com o patrocínio da estatal de economia mista que era presidida pelo baiano José Sérgio Gabrielli – cujo projeto político é se candidatar a governador da Bahia, em 2014.
Com tal denúncia, o plano já começa a ir para muito além das profundezas do pré-sal. E o caso será mais um pepino a ser gerenciado por Maria das Graças Foster (que jurou fidelidade incondicional a Dilma e a Petrobrás).
Mais M... na Petrobrás da Bahia
Na Bahia, uma liminar na Justiça do Trabalho interrompeu a polêmica eleição para a escolha de um representante dos empregados no Conselho de Administração da Petrobrás.
A empresa tenta reverter a decisão da Desembargadora Débora Machado, do TRF da 5ª Região, que recomendou “uma imperiosa investigação sobre os atos ilegais praticados pela comissão criada para a eleição de membros do conselho de administração da companhia”.
O processo eleitoral em curso só termina no dia 5 de março de 2012.
Ainda bem, para o governo, que na Bahia é carnaval...
17 de fevereiro de 2012
Jorge Serrão
MINISTRA ESPECIALIZADA EM ABORTO POR SUCÇÃO ARRANCA UMA MOÇÃO DA ONU A FAVOR DA LIBERAÇÃO DA PRÁTICA NO BRASIL
Não se iludam. Tudo o que a ONU faz contra o Brasil é preparado por brasileiros que usam a instituição para fazer valer as suas políticas. É uma estratégia velha e surrada. Agora a nova ministra de Políticas Para Mulheres vai até a organização uma semana depois da posse e de fazer a defesa pública da legalização do aborto livre e indiscriminado e a ONU faz relatório contra o Brasil. Inclusive produziram um número sem a mínima base legal ou oficial: 200.000 mortes por ano em função de abortos. Eles agora têm uma representante especializada em "aborto por sucção", com pós-graduação na Colômbia. E tem um número. Vejam a notícia abaixo, do Estadão.
O governo de Dilma Rousseff foi colocado contra a parede ontem por peritos da ONU, que acusam o Executivo de falta de ação sobre a morte de 200 mil mulheres a cada ano por causa de abortos de risco. Eles pedem que o País supere suas diferenças políticas e de opinião para salvar essas vítimas. A entidade apresentou seu exame sobre a situação das mulheres no Brasil e não poupou críticas ao governo. 'O que é que vocês vão fazer com esse problema político enorme que têm?', cobrou a perita suíça Patricia Schulz. Para os especialistas, a criminalização do aborto está ligada à alta taxa de mortes por ano.
Durante a 51.ª sessão do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulheres, em Genebra, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em suas cinco horas de debates não concedeu mais de dois minutos para tratar do assunto. Um dia antes da reunião, ela disse que não abria mão de suas convicções pessoais em relação ao aborto. Mas garantiu que apresentaria à ONU as 'diretrizes do governo'.
A ministra admitiu que o aborto está entre as cinco principais causas de mortes de mulheres no País, enquanto uma representante do Ministério da Saúde indicou que existem em funcionamento 60 serviços credenciados para realizar abortos dentro da lei e que essa rede será ampliada. A resposta não convenceu os especialistas, que apontam que a divisão na sociedade brasileira sobre como tratar o assunto não pode ser motivo para permitir que as mortes continuem ocorrendo. E insistiram que o Estado precisa fazer algo. 'As mulheres vão abortar. Essa é a realidade', disse Magaly Arocha, uma das peritas. 'O comitê da ONU não pode defender o aborto. Mas queremos que o Estado garanta que mulheres possam velar por suas vidas.'
Pressionada, a ministra limitou-se a dizer que o tema não era do governo. 'Essa é uma questão que não diz respeito ao Executivo, mas sim ao Congresso. Há um projeto de lei em tramitação e sabemos da responsabilidade de prevenir mortes femininas e maternas', disse Eleonora. A tentativa de jogar a responsabilidade para o Congresso não foi bem recebida. 'O que queremos saber é a posição do Estado brasileiro, que é quem está sendo avaliado', cobrou Magaly.
Outra crítica levantada pela ONU foi em relação ao Estatuto do Nascituro, que tramita na Câmara. 'Uma mulher não pode ser apenas o barco onde o feto cresce. Não se pode dar total prioridade ao bebê e deixar de lado a saúde da mulher', disse Patricia. 'Se o Congresso aprovar isso, lamentavelmente estaremos fazendo um tremendo retrocesso nos direitos reprodutivos', concordou Magaly.
Mais uma vez, Eleonora optou por uma resposta vaga. 'O projeto do Estatuto não saiu da secretaria. Saiu do Parlamento.' As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
17 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
O governo de Dilma Rousseff foi colocado contra a parede ontem por peritos da ONU, que acusam o Executivo de falta de ação sobre a morte de 200 mil mulheres a cada ano por causa de abortos de risco. Eles pedem que o País supere suas diferenças políticas e de opinião para salvar essas vítimas. A entidade apresentou seu exame sobre a situação das mulheres no Brasil e não poupou críticas ao governo. 'O que é que vocês vão fazer com esse problema político enorme que têm?', cobrou a perita suíça Patricia Schulz. Para os especialistas, a criminalização do aborto está ligada à alta taxa de mortes por ano.
Durante a 51.ª sessão do Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulheres, em Genebra, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em suas cinco horas de debates não concedeu mais de dois minutos para tratar do assunto. Um dia antes da reunião, ela disse que não abria mão de suas convicções pessoais em relação ao aborto. Mas garantiu que apresentaria à ONU as 'diretrizes do governo'.
A ministra admitiu que o aborto está entre as cinco principais causas de mortes de mulheres no País, enquanto uma representante do Ministério da Saúde indicou que existem em funcionamento 60 serviços credenciados para realizar abortos dentro da lei e que essa rede será ampliada. A resposta não convenceu os especialistas, que apontam que a divisão na sociedade brasileira sobre como tratar o assunto não pode ser motivo para permitir que as mortes continuem ocorrendo. E insistiram que o Estado precisa fazer algo. 'As mulheres vão abortar. Essa é a realidade', disse Magaly Arocha, uma das peritas. 'O comitê da ONU não pode defender o aborto. Mas queremos que o Estado garanta que mulheres possam velar por suas vidas.'
Pressionada, a ministra limitou-se a dizer que o tema não era do governo. 'Essa é uma questão que não diz respeito ao Executivo, mas sim ao Congresso. Há um projeto de lei em tramitação e sabemos da responsabilidade de prevenir mortes femininas e maternas', disse Eleonora. A tentativa de jogar a responsabilidade para o Congresso não foi bem recebida. 'O que queremos saber é a posição do Estado brasileiro, que é quem está sendo avaliado', cobrou Magaly.
Outra crítica levantada pela ONU foi em relação ao Estatuto do Nascituro, que tramita na Câmara. 'Uma mulher não pode ser apenas o barco onde o feto cresce. Não se pode dar total prioridade ao bebê e deixar de lado a saúde da mulher', disse Patricia. 'Se o Congresso aprovar isso, lamentavelmente estaremos fazendo um tremendo retrocesso nos direitos reprodutivos', concordou Magaly.
Mais uma vez, Eleonora optou por uma resposta vaga. 'O projeto do Estatuto não saiu da secretaria. Saiu do Parlamento.' As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
17 de fevereiro de 2012
coroneLeaks
VALE À PENA LER DE NOVO...
Helio Fernandes fala sobre Ciro Gomes, que nasceu em Pindamonhangaba (São Paulo) e insiste em se manter no jogo eleitoral, já se apresentando para 2014.
23 de novembro de 2011
Ciro Gomes está de volta ao Brasil e à política, depois de seis meses no exterior, e se diz disposto a disputar a sucessão de Dilma Rousseff em 2014, se é que terá legenda no PSD ou mudará de partido. Seu último domicilio eleitoral foi São Paulo, onde ele não mora nem pretende morar. Diante dessa situação, vale à pena reler o artigo de Helio Fernandes, publicado dia 23 de outubro de 2009 e que continua atual, como quase tudo que o grande mestre escreve.
***
A QUESTÃO DO DOMICÍLIO ELEITORAL
Helio Fernandes
Ciro Gomes nasceu em São Paulo, em Pindamonhagaba, e não no Ceará. Isso é tão público e notório, que lamento e deploro que tanta coisa importante seja esquecida, para colocar na pauta um fato incontestável. Desde que absurdamente foi criado o domicilio eleitoral, durante a ditadura de 1964, (não confundir com a ditadura de Vargas, a partir de 1930), passou a existir o nascimento propriamente dito, no estado da moradia, e o outro, o de adoção, por interesses eleitorais.
Lula nasceu em Garanhuns, Pernambuco, mas derrotas e vitórias vieram de São Paulo. Sarney, alguém duvida que nasceu no Maranhão, e que dos 5 mandatos de senador (Nossa Senhora), dois foram comprados no Amapá?
Centenas de pessoas, antes da imposição do domicílio, escolheram um estado para reinar. Os Tenentes revolucionários de 1922, 1924, 1926, 1929, chegando ao Poder em 1930, como conservadores, negando tudo que pregavam, não mudaram apenas de convicção mas também de residência, de domicílio, de estado.
Reeditando as famosas Capitanias Hereditárias, escolheram um estado (às vezes o mesmo de nascimento) para fazer política. O mais conhecido, pela carreira subserviente, sempre ligada ao Poder, foi Juracy Magalhães, que enquanto era poderoso eu só chamava de Juracy Montenegro, seu primeiro sobrenome. Nasceu no Ceará fez carreira na Bahia. E chegou até Washington onde tornou pública a frase que o condenou para sempre: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Que República.
E com isso, vejam os cargos que ganhou. 1- Interventor. 2- Presidente da Vale. 3- Presidente da Petrobras. 4- Governador. 5- Ministro. 6- Como coronel, Adido Militar nos EUA. 7- General. 8- Novamente governador. 9- Como general, representante na Interamericana Militar. 10- Embaixador nos EUA. 11- Ministro da Justiça. 12- Candidato a presidente da República, preterido e vetado pelo seu próprio partido, a UDN, que preferiu um candidato de fora, Jânio Quadros.
Apesar de tantos leitores atentos e ilustres, Ciro Gomes nem se lembrava de Pindamonhangaba. Não precisava. Em dobradinha com Tasso Jereissati, dominaram inteiramente o Ceará. Prefeito de Fortaleza, governador do estado (os dois), obtiveram até projeção nacional.
Junto com eles, mais um apaniguado, Sergio Machado, também senador, enquanto os outros se revezavam no alto. O terceiro a ser governador seria ele, não foi, rompeu, hoje é donatário de uma poderosa capitania na Petrobras. Protegido pelo importante e invencível Renan Calheiros.
Jereissati e Ciro continuaram juntos. Em 2002, Tasso se elegeu senador (o óbvio, no Brasil, governador é quase sempre senador e vice versa, mesmo Jereissati tendo falido o Banco do Estado em 2001, até hoje responde a processo, “engavetado” no Supremo) e Ciro foi candidato a presidente.
Chegou a liderar as pesquisas, caiu tanto que não foi nem para o segundo turno. Com uma eleição no meio, na qual se elegeu deputado com enorme votação, Ciro novamente queria a presidência. Mas com duas jogadas estranhas. 1- Essa de voltar eleitoralmente a São Paulo. 2- A de se ligar a Lula, que não vai apoiá-lo de jeito nenhum. Lula jamais apoiará alguém como Ciro Gomes. Por enquanto é isso.
Num país de migrantes e imigrantes, não deveria existir a exigência da localização para qualquer candidatura. Fica forte e atuante, apenas a imigração financeira. Capitais poderosos globalizados, que se mudam, t-e-m-p-o-r-a-r-i-a-m-e-n-t-e para o Brasil, trazendo o chamado “capital motel”. Que jogam na Bolsa, ganham (na certa) pagando o mínimo de imposto sobre esses lucros. E depois compram títulos do governo, ganhando fortunas. Por isso, sempre pressionam o Banco Central (?) para aumentar os juros.
PS1- À última hora, recebo adendo de Antonio Santos Aquino, ligando Ciro aos acontecimentos que ocorrem do outro lado do mundo. E pergunta de forma textual: “Qual será o papel de Ciro Gomes na sucessão? Seria o Homem Bomba ou o Homem Supositório?”. Por enquanto fica sem resposta do repórter. Mas o assunto está aberto para todos.
23 de novembro de 2011
Ciro Gomes está de volta ao Brasil e à política, depois de seis meses no exterior, e se diz disposto a disputar a sucessão de Dilma Rousseff em 2014, se é que terá legenda no PSD ou mudará de partido. Seu último domicilio eleitoral foi São Paulo, onde ele não mora nem pretende morar. Diante dessa situação, vale à pena reler o artigo de Helio Fernandes, publicado dia 23 de outubro de 2009 e que continua atual, como quase tudo que o grande mestre escreve.
***
A QUESTÃO DO DOMICÍLIO ELEITORAL
Helio Fernandes
Ciro Gomes nasceu em São Paulo, em Pindamonhagaba, e não no Ceará. Isso é tão público e notório, que lamento e deploro que tanta coisa importante seja esquecida, para colocar na pauta um fato incontestável. Desde que absurdamente foi criado o domicilio eleitoral, durante a ditadura de 1964, (não confundir com a ditadura de Vargas, a partir de 1930), passou a existir o nascimento propriamente dito, no estado da moradia, e o outro, o de adoção, por interesses eleitorais.
Lula nasceu em Garanhuns, Pernambuco, mas derrotas e vitórias vieram de São Paulo. Sarney, alguém duvida que nasceu no Maranhão, e que dos 5 mandatos de senador (Nossa Senhora), dois foram comprados no Amapá?
Centenas de pessoas, antes da imposição do domicílio, escolheram um estado para reinar. Os Tenentes revolucionários de 1922, 1924, 1926, 1929, chegando ao Poder em 1930, como conservadores, negando tudo que pregavam, não mudaram apenas de convicção mas também de residência, de domicílio, de estado.
Reeditando as famosas Capitanias Hereditárias, escolheram um estado (às vezes o mesmo de nascimento) para fazer política. O mais conhecido, pela carreira subserviente, sempre ligada ao Poder, foi Juracy Magalhães, que enquanto era poderoso eu só chamava de Juracy Montenegro, seu primeiro sobrenome. Nasceu no Ceará fez carreira na Bahia. E chegou até Washington onde tornou pública a frase que o condenou para sempre: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Que República.
E com isso, vejam os cargos que ganhou. 1- Interventor. 2- Presidente da Vale. 3- Presidente da Petrobras. 4- Governador. 5- Ministro. 6- Como coronel, Adido Militar nos EUA. 7- General. 8- Novamente governador. 9- Como general, representante na Interamericana Militar. 10- Embaixador nos EUA. 11- Ministro da Justiça. 12- Candidato a presidente da República, preterido e vetado pelo seu próprio partido, a UDN, que preferiu um candidato de fora, Jânio Quadros.
Apesar de tantos leitores atentos e ilustres, Ciro Gomes nem se lembrava de Pindamonhangaba. Não precisava. Em dobradinha com Tasso Jereissati, dominaram inteiramente o Ceará. Prefeito de Fortaleza, governador do estado (os dois), obtiveram até projeção nacional.
Junto com eles, mais um apaniguado, Sergio Machado, também senador, enquanto os outros se revezavam no alto. O terceiro a ser governador seria ele, não foi, rompeu, hoje é donatário de uma poderosa capitania na Petrobras. Protegido pelo importante e invencível Renan Calheiros.
Jereissati e Ciro continuaram juntos. Em 2002, Tasso se elegeu senador (o óbvio, no Brasil, governador é quase sempre senador e vice versa, mesmo Jereissati tendo falido o Banco do Estado em 2001, até hoje responde a processo, “engavetado” no Supremo) e Ciro foi candidato a presidente.
Chegou a liderar as pesquisas, caiu tanto que não foi nem para o segundo turno. Com uma eleição no meio, na qual se elegeu deputado com enorme votação, Ciro novamente queria a presidência. Mas com duas jogadas estranhas. 1- Essa de voltar eleitoralmente a São Paulo. 2- A de se ligar a Lula, que não vai apoiá-lo de jeito nenhum. Lula jamais apoiará alguém como Ciro Gomes. Por enquanto é isso.
Num país de migrantes e imigrantes, não deveria existir a exigência da localização para qualquer candidatura. Fica forte e atuante, apenas a imigração financeira. Capitais poderosos globalizados, que se mudam, t-e-m-p-o-r-a-r-i-a-m-e-n-t-e para o Brasil, trazendo o chamado “capital motel”. Que jogam na Bolsa, ganham (na certa) pagando o mínimo de imposto sobre esses lucros. E depois compram títulos do governo, ganhando fortunas. Por isso, sempre pressionam o Banco Central (?) para aumentar os juros.
PS1- À última hora, recebo adendo de Antonio Santos Aquino, ligando Ciro aos acontecimentos que ocorrem do outro lado do mundo. E pergunta de forma textual: “Qual será o papel de Ciro Gomes na sucessão? Seria o Homem Bomba ou o Homem Supositório?”. Por enquanto fica sem resposta do repórter. Mas o assunto está aberto para todos.
OAB-RJ QUER RAPIDEZ NA INVESTIGAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA SOBRE DOLEIRO DE TRIBUNAL DO RIO
O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous defende interferência “urgente” do Conselho Nacional de Justiça nas investigações da movimentação bancária milionária de um servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
Pivô de uma crise no Judiciário por conta de 16 movimentações bancárias atípicas registradas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no valor de R$ 282 milhões, em 2002, o analista judiciário Rogério Figueiredo Vieira, conforme revelou o site Conjur, é dono de uma empresa de exportação em Miami e de uma casa adquirida por US$ 98 mil.
“Cada episódio apurado demonstra que estamos diante apenas da ponta do iceberg”, afirmou Damous. Segundo ele, a sociedade está “escandalizada”. “Infelizmente, o resultado das apurações não decorre de investigação do próprio Judiciário e sim da imprensa que neste momento cumpre um papel patriótico com esclarecimento desses fatos”, diz.
Ele afirma, ainda, que após a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu o poder de punição do CNJ, o órgão de controle externo do Judiciário não pode ficar apenas observando as seguidas denúncias contra o servidor. “Precisa agir e já”, disse.
O servidor responde a cinco processos judiciais, um no Amazonas, outro no Paraná e três no Rio de Janeiro, por crimes contra o sistema financeiro e descaminho (importação de produtos estrangeiros sem pagamento de tributos). Na época das primeiras ilegalidades detectadas pelo Banco Central, em 2000, ele já era servidor da Justiça do Trabalho.
Seu ingresso, por concurso, ocorreu no TRT do Espírito Santo, mas em 1991 foi transferido para o TRT da 1ª Região, no Rio de Janeiro, segundo da assessoria de Imprensa da OAB-RJ.
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MOVIMENTAÇÕES ATÍPICAS
No inicio do ano, a divulgação de um documento de 13 páginas que forma encaminhadas no dia 12 de Janeiro ao STF pela corregedora do Conselho nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, contendo o relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) revelando que 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram movimentações consideradas “atípicas” no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010, teve efeito bombástico na imprensa e provocou a indignação da sociedade.
A pista para se chegar ao “doleiro” e servidor do TRT do Rio, Rogério Figueiredo Vieira, foi de que a existência de cerca de R$ 400 milhões desse total envolvem apenas quatro pessoas, facilitou a pesquisa do Coaf.
Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no TRT do Rio, Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
18 de fevereiro de 2012
Roberto Monteiro Pinho
Pivô de uma crise no Judiciário por conta de 16 movimentações bancárias atípicas registradas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no valor de R$ 282 milhões, em 2002, o analista judiciário Rogério Figueiredo Vieira, conforme revelou o site Conjur, é dono de uma empresa de exportação em Miami e de uma casa adquirida por US$ 98 mil.
“Cada episódio apurado demonstra que estamos diante apenas da ponta do iceberg”, afirmou Damous. Segundo ele, a sociedade está “escandalizada”. “Infelizmente, o resultado das apurações não decorre de investigação do próprio Judiciário e sim da imprensa que neste momento cumpre um papel patriótico com esclarecimento desses fatos”, diz.
Ele afirma, ainda, que após a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu o poder de punição do CNJ, o órgão de controle externo do Judiciário não pode ficar apenas observando as seguidas denúncias contra o servidor. “Precisa agir e já”, disse.
O servidor responde a cinco processos judiciais, um no Amazonas, outro no Paraná e três no Rio de Janeiro, por crimes contra o sistema financeiro e descaminho (importação de produtos estrangeiros sem pagamento de tributos). Na época das primeiras ilegalidades detectadas pelo Banco Central, em 2000, ele já era servidor da Justiça do Trabalho.
Seu ingresso, por concurso, ocorreu no TRT do Espírito Santo, mas em 1991 foi transferido para o TRT da 1ª Região, no Rio de Janeiro, segundo da assessoria de Imprensa da OAB-RJ.
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MOVIMENTAÇÕES ATÍPICAS
No inicio do ano, a divulgação de um documento de 13 páginas que forma encaminhadas no dia 12 de Janeiro ao STF pela corregedora do Conselho nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, contendo o relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) revelando que 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram movimentações consideradas “atípicas” no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010, teve efeito bombástico na imprensa e provocou a indignação da sociedade.
A pista para se chegar ao “doleiro” e servidor do TRT do Rio, Rogério Figueiredo Vieira, foi de que a existência de cerca de R$ 400 milhões desse total envolvem apenas quatro pessoas, facilitou a pesquisa do Coaf.
Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no TRT do Rio, Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
18 de fevereiro de 2012
Roberto Monteiro Pinho
CORTE DE 5 BILHÕES NA SAÚDE CHOCA PELO RETROCESSO QUE REPRESENTA
Reportagem de Martha Beck, manchete principal da edição de O Globo de quinta-feira 16, surpreende e choca a todos que conhecem a dança dos números, ao revelar que, a conselho do Ministério da Fazenda, o governo Dilma Rousseff concordou com os cortes recomendados à lei de meios, no montante de 55 bilhões de reais. Dois e meio por cento, já que o teto orçamentário é de 2 trilhões e 99 bilhões.
Muito pouco, pode-se pensar. Mas não no que se refere à saúde, cujo orçamento, com a diminuição que está no título desta matéria, desce, em números redondos, de 77 para 72 bilhões de reais. Um absurdo.Um absurdo porque tal recuo – a presidente da República foi mal assessorada – iguala as verbas deste ano para o MS ao montante despendido no ano passado. Zero a zero? Não. Na realidade, menos 6,3%, já que foi esta, de acordo com o IBGE, a taxa de inflação de 2011.
Além desta diminuição, uma outra menos aparente: 1,2% menor ainda porque este foi o índice de crescimento da população ao longo dos últimos doze meses. O retrocesso, assim, significa exatamente uma perda de 7,5 pontos. A inflação, de um lado. O crescimento demográfico de outro.
Além do mais, o corte orçamentário, por medida administrativa, é ilegal. Isso porque a lei complementar 141, sancionada por Dilma Roussef e publicada no Diário Oficial de 16 de Janeiro, estabelece que o orçamento da saúde será, no mínimo, atualizado pelo desempenho do PIB no ano anterior. Como este oscila em torno de 4%, pelo menos 4% teriam obrigatoriamente que incidir sobre o total do exercício anterior. Mesmo sem levar em conta a inflação oficial. A rubrica saúde deveria reunir recursos da ordem de 80 bilhões, no mínimo.
Um recuo evidente. Duplo. Primeiro, pela não aplicação da lei recente. Segundo, em função da não correção demográfica monetária. Outra contradição dos tecnocratas da Fazenda: a lei 141/2012 determina que os estados apliquem em programas de saúde no mínimo 12% de suas receitas tributárias. Os municípios 15%. Não há percentual obrigatório para a União. Se fosse adotada a mesma escala fixada para os governos estaduais, o governo federal teria que destinar para a saúde algo em torno de 110 a 115 bilhões de reais. E não apenas 77 bilhões.
A diferença é muito grande. Pela lei 141, o Rio de Janeiro, por exemplo, terá que aplicar este ano em torno de 5,5 bilhões. E não poderá adicionar, para tal fim, despesas com saneamento básico e alimentação escolar. Percentualmente, portanto, terá que despender e investir mais do que o governo federal. O Rio de Janeiro só, não. Todos os estados do país.
Onde estavam quando o ministro Guido Mantega anunciou ou concordou com os cortes as assessorias econômica e jurídica da presidência da República? Em lugar nenhum. Isso de um lado. De outro, cortes calculados na escala de 20 bilhões no orçamento de investimentos. Corte altíssimo: 19%, já que o orçamento de investimentos das empresas estatais, Petrobrás e Eletrobrás à frente, somam 106 bilhões.
A lei de meios, como eu disse no início, foi também sancionada por Dilma Roussef. Com o corte de 20 bilhões, como ficam as obras do PAC? Como ficam as obras da Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016?
Toda a decisão econômica – dizia o ministro Roberto Campos – tem que se basear num contexto político. Economia política é uma ciência múltipla que exige sensibilidade e não apenas manuais utilizados para o dever de casa, expressão horrível e diminutiva da importância de governar o país. Uma nação não pode ser reduzida à dimensão de uma escola ou uma empresa por maior que seja. Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança cai, como na marcha de carnaval da década de 40.
18 de fevereiro de 2012
Pedro do Coutto
Muito pouco, pode-se pensar. Mas não no que se refere à saúde, cujo orçamento, com a diminuição que está no título desta matéria, desce, em números redondos, de 77 para 72 bilhões de reais. Um absurdo.Um absurdo porque tal recuo – a presidente da República foi mal assessorada – iguala as verbas deste ano para o MS ao montante despendido no ano passado. Zero a zero? Não. Na realidade, menos 6,3%, já que foi esta, de acordo com o IBGE, a taxa de inflação de 2011.
Além desta diminuição, uma outra menos aparente: 1,2% menor ainda porque este foi o índice de crescimento da população ao longo dos últimos doze meses. O retrocesso, assim, significa exatamente uma perda de 7,5 pontos. A inflação, de um lado. O crescimento demográfico de outro.
Além do mais, o corte orçamentário, por medida administrativa, é ilegal. Isso porque a lei complementar 141, sancionada por Dilma Roussef e publicada no Diário Oficial de 16 de Janeiro, estabelece que o orçamento da saúde será, no mínimo, atualizado pelo desempenho do PIB no ano anterior. Como este oscila em torno de 4%, pelo menos 4% teriam obrigatoriamente que incidir sobre o total do exercício anterior. Mesmo sem levar em conta a inflação oficial. A rubrica saúde deveria reunir recursos da ordem de 80 bilhões, no mínimo.
Um recuo evidente. Duplo. Primeiro, pela não aplicação da lei recente. Segundo, em função da não correção demográfica monetária. Outra contradição dos tecnocratas da Fazenda: a lei 141/2012 determina que os estados apliquem em programas de saúde no mínimo 12% de suas receitas tributárias. Os municípios 15%. Não há percentual obrigatório para a União. Se fosse adotada a mesma escala fixada para os governos estaduais, o governo federal teria que destinar para a saúde algo em torno de 110 a 115 bilhões de reais. E não apenas 77 bilhões.
A diferença é muito grande. Pela lei 141, o Rio de Janeiro, por exemplo, terá que aplicar este ano em torno de 5,5 bilhões. E não poderá adicionar, para tal fim, despesas com saneamento básico e alimentação escolar. Percentualmente, portanto, terá que despender e investir mais do que o governo federal. O Rio de Janeiro só, não. Todos os estados do país.
Onde estavam quando o ministro Guido Mantega anunciou ou concordou com os cortes as assessorias econômica e jurídica da presidência da República? Em lugar nenhum. Isso de um lado. De outro, cortes calculados na escala de 20 bilhões no orçamento de investimentos. Corte altíssimo: 19%, já que o orçamento de investimentos das empresas estatais, Petrobrás e Eletrobrás à frente, somam 106 bilhões.
A lei de meios, como eu disse no início, foi também sancionada por Dilma Roussef. Com o corte de 20 bilhões, como ficam as obras do PAC? Como ficam as obras da Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016?
Toda a decisão econômica – dizia o ministro Roberto Campos – tem que se basear num contexto político. Economia política é uma ciência múltipla que exige sensibilidade e não apenas manuais utilizados para o dever de casa, expressão horrível e diminutiva da importância de governar o país. Uma nação não pode ser reduzida à dimensão de uma escola ou uma empresa por maior que seja. Nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que balança cai, como na marcha de carnaval da década de 40.
18 de fevereiro de 2012
Pedro do Coutto
CNBB PEDE QUE CASOS DE MINISTROS CORRUPTOS SEJAM APURADOS ATÉ O FIM
No rastro da reação dos evangélicos, Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), convocou esta semana uma entrevista coletiva para falar sobre a nova ministra Eleonora Menicucci, nomeada para ocupar a Secretaria de Política para as Mulheres, mas acabou abordando também a escalada da corrupção.
O dirigente da CNBB declarou que é preciso levar ao final as investigações sobre políticos destituídos de cargos no Executivo após denúncias de irregularidades. “Não basta denunciar e o ministro cair. Uma sociedade madura pede que seu processo chegue ao seu fim, o que não tem acontecido de forma suficiente. Todos nós gostaríamos de que todo esse levantamento de corrupção chegasse até o fim”, salientou, destacando que a decisão favorável da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa foi considerada pela CNBB como um “presente à sociedade” e como um caminho para que “os políticos sejam realmente representantes do povo”.
Quanto á a nomeação de Eleonora Menicucci, amiga pessoal da presidente Dilma Rousseff, que agora comanda a Secretaria de Política para as Mulheres, é claro que não agradou aos católicos. Dom Leonardo Steiner declarou que a posição favorável da ministra sobre a descriminalização do aborto “incomodou muita gente”.
A seguir, porém, dom Leonardo amaciou a declaração e ressalvou disse que faz uma distinção: “Ela fez um pronunciamento pessoal, depois disse que não era a posição do governo”. Mas o secretário-geral da CNBB então reafirmou que a questão do aborto não pode ser entendida como questão ideológica. “Nós colocamos com o sentido de vida humana”, acentou.
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CARTA À PRESIDENTE DILMA
“A presidenta é livre para escolher seus ministros, de modo que não interferimos na escolha dos ministros. É claro que estranha, logo logo iniciado seu trabalho no ministério, [a ministra] já abordar uma questão que sabemos que é muito discutida na sociedade. E há outros temas, evidentemente, mais importantes a serem tratados”, afirmou dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB.
A presidência da CNBB não quis detalhar o conteúdo da carta que vai encaminhar à presidente Dilma Rousseff depois do carnaval e afirmou que não pode reclamar da relação da entidade com o atual governo.
Na coletiva, a CNBB foi questionada sobre outro tema polêmico da semana: a campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval contra a Aids. Dom Damasceno deixou claro que a entidade “evidentemente é contra” a distribuição de camisinhas.
Detalhe final: ao divulgar o que houve na coletiva do presidente e do secretário-geral da CNBB, a imprensa só deu destaque à questão do aborto e à distribuição de camisinhas. É lamentável.
18 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
O dirigente da CNBB declarou que é preciso levar ao final as investigações sobre políticos destituídos de cargos no Executivo após denúncias de irregularidades. “Não basta denunciar e o ministro cair. Uma sociedade madura pede que seu processo chegue ao seu fim, o que não tem acontecido de forma suficiente. Todos nós gostaríamos de que todo esse levantamento de corrupção chegasse até o fim”, salientou, destacando que a decisão favorável da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa foi considerada pela CNBB como um “presente à sociedade” e como um caminho para que “os políticos sejam realmente representantes do povo”.
Quanto á a nomeação de Eleonora Menicucci, amiga pessoal da presidente Dilma Rousseff, que agora comanda a Secretaria de Política para as Mulheres, é claro que não agradou aos católicos. Dom Leonardo Steiner declarou que a posição favorável da ministra sobre a descriminalização do aborto “incomodou muita gente”.
A seguir, porém, dom Leonardo amaciou a declaração e ressalvou disse que faz uma distinção: “Ela fez um pronunciamento pessoal, depois disse que não era a posição do governo”. Mas o secretário-geral da CNBB então reafirmou que a questão do aborto não pode ser entendida como questão ideológica. “Nós colocamos com o sentido de vida humana”, acentou.
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CARTA À PRESIDENTE DILMA
“A presidenta é livre para escolher seus ministros, de modo que não interferimos na escolha dos ministros. É claro que estranha, logo logo iniciado seu trabalho no ministério, [a ministra] já abordar uma questão que sabemos que é muito discutida na sociedade. E há outros temas, evidentemente, mais importantes a serem tratados”, afirmou dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB.
A presidência da CNBB não quis detalhar o conteúdo da carta que vai encaminhar à presidente Dilma Rousseff depois do carnaval e afirmou que não pode reclamar da relação da entidade com o atual governo.
Na coletiva, a CNBB foi questionada sobre outro tema polêmico da semana: a campanha do Ministério da Saúde para o Carnaval contra a Aids. Dom Damasceno deixou claro que a entidade “evidentemente é contra” a distribuição de camisinhas.
Detalhe final: ao divulgar o que houve na coletiva do presidente e do secretário-geral da CNBB, a imprensa só deu destaque à questão do aborto e à distribuição de camisinhas. É lamentável.
18 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
BRASIL: A ECONOMIA EM SEXTA COLOCAÇÃO E O POVO...
Algumas reflexões sobre a subida do Brasil para a sexta colocação no ranking da economia mundial.
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, demonstrou um bocado de otimismo ao comentar a projeção da CEBR (sigla em inglês para Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios), que aponta o Brasil como a sexta maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido. A seu ver, o país tende a consolidar a posição diante da crise que atinge economias de países desenvolvidos, mas prevê que pode demorar de 10 a 20 anos para ter o brasileiro um padrão de vida europeu.
A notícia é auspiciosa e era esperada, porque o Brasil tem a sexta maior população, ou seja, hipoteticamente deveria ter o sexto maior mercado interno. A subida do Brasil no ranking das maiores economias já era prevista desde outubro pelo Fundo Monetário Internacional e pelas consultorias EIU (Economist Intelligence Unit) e BMI (Business Monitor International).
Como disse o então “presidente” Médici, nos anos 70, durante a fase do chamado milagre brasileiro, quando o Brasil era o país que até então mais havia crescido no século passado, “a economia vai bem, mas o povo vai mal”.
De lá para cá, nesse particular não mudamos muito, pois ainda continuamos na 84ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, calculado pela ONU, com apenas 0,718, enquanto o Reino Unido está na 28ª colocação, com 0.863, na escala de 0 a 10.
Outra diferença enorme é a renda per capita, que no Reino Unido ainda é mais de 3 vezes superior à do Brasil. Assim, para chegarmos ao padrão europeu de qualidade de vida, segundo o próprio ministro Mantega, “nós vamos ter que continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população”, porque o país ainda precisa investir mais nas áreas social e econômica. E isso não será conseguido em 10 a 20 anos, este otimismo de Mantega não se justifica, infelizmente.
O município de Duque de Caxias, por exemplo, na Baixada Fluminense, está entre os 12 de maior arrecadação do país, à frente de muitas capitais e estados inteiros, com arrecadação anual de R$ 32 bilhões, mas continua com graves problemas de abastecimento d’água e saneamento básico. Se um município rico está assim, imaginem os pobres.
Quanto ao desenvolvimento do país, não há como estancá-lo, em função de seu invulgar potencial na agricultura e na agroindústria, num mundo de população crescente. Como diz o velho ditado, o Brasil cresce à noite, quando os políticos e governantes estão dormindo e não conseguem atrapalhar.
Carlos Newton
18 de fevereiro de 2012
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, demonstrou um bocado de otimismo ao comentar a projeção da CEBR (sigla em inglês para Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios), que aponta o Brasil como a sexta maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido. A seu ver, o país tende a consolidar a posição diante da crise que atinge economias de países desenvolvidos, mas prevê que pode demorar de 10 a 20 anos para ter o brasileiro um padrão de vida europeu.
A notícia é auspiciosa e era esperada, porque o Brasil tem a sexta maior população, ou seja, hipoteticamente deveria ter o sexto maior mercado interno. A subida do Brasil no ranking das maiores economias já era prevista desde outubro pelo Fundo Monetário Internacional e pelas consultorias EIU (Economist Intelligence Unit) e BMI (Business Monitor International).
Como disse o então “presidente” Médici, nos anos 70, durante a fase do chamado milagre brasileiro, quando o Brasil era o país que até então mais havia crescido no século passado, “a economia vai bem, mas o povo vai mal”.
De lá para cá, nesse particular não mudamos muito, pois ainda continuamos na 84ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano, calculado pela ONU, com apenas 0,718, enquanto o Reino Unido está na 28ª colocação, com 0.863, na escala de 0 a 10.
Outra diferença enorme é a renda per capita, que no Reino Unido ainda é mais de 3 vezes superior à do Brasil. Assim, para chegarmos ao padrão europeu de qualidade de vida, segundo o próprio ministro Mantega, “nós vamos ter que continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população”, porque o país ainda precisa investir mais nas áreas social e econômica. E isso não será conseguido em 10 a 20 anos, este otimismo de Mantega não se justifica, infelizmente.
O município de Duque de Caxias, por exemplo, na Baixada Fluminense, está entre os 12 de maior arrecadação do país, à frente de muitas capitais e estados inteiros, com arrecadação anual de R$ 32 bilhões, mas continua com graves problemas de abastecimento d’água e saneamento básico. Se um município rico está assim, imaginem os pobres.
Quanto ao desenvolvimento do país, não há como estancá-lo, em função de seu invulgar potencial na agricultura e na agroindústria, num mundo de população crescente. Como diz o velho ditado, o Brasil cresce à noite, quando os políticos e governantes estão dormindo e não conseguem atrapalhar.
Carlos Newton
18 de fevereiro de 2012
TRIBUNA DA IMPRENSA, DE CARLOS LACERDA A HÉLIO FERNANDES
Hoje, 27 de dezembro, há exatamente 62 anos surgia mais um jornal no país, a Tribuna da Imprensa, fundada por Carlos Lacerda, aproveitando título de coluna que assinava no Correio da Manhã. Nasceu para ser oposição e representar a opinião pública no confronto com o poder.
Um jornal apaixonado, corajoso, sempre pronto a enfrentar tempestades, e foram várias em sua história. Em 1962, Lacerda a vendeu a Nascimento Brito, que a revendeu a Helio Fernandes.
Jornalista mais preso, perseguido e censurado da História do Brasil, personagem e testemunha, Helio Fernandes ampliou ainda mais a marca de Lacerda. Esteve sempre ao lado da liberdade, em todos os sentidos, incluindo os direitos do trabalho humano contra a corrupção que uniu, através do tempo, políticos e empresários sem escrúpulos. Espécie dupla que cresceu enormemente nas últimas décadas.
A Tribuna, agora na internet, continua o seu destino. Deveria ter Helio Fernandes em suas páginas. Pois HF não está entre os heróis cansados, de Jules Dassin. Ao contrário, um herói da vida real, um espadachim da democracia, dos direitos humanos, da liberdade. Combater a seu lado é uma honra para qualquer um.
Pedro do Coutto
27 de dezembro de 2011
Um jornal apaixonado, corajoso, sempre pronto a enfrentar tempestades, e foram várias em sua história. Em 1962, Lacerda a vendeu a Nascimento Brito, que a revendeu a Helio Fernandes.
Jornalista mais preso, perseguido e censurado da História do Brasil, personagem e testemunha, Helio Fernandes ampliou ainda mais a marca de Lacerda. Esteve sempre ao lado da liberdade, em todos os sentidos, incluindo os direitos do trabalho humano contra a corrupção que uniu, através do tempo, políticos e empresários sem escrúpulos. Espécie dupla que cresceu enormemente nas últimas décadas.
A Tribuna, agora na internet, continua o seu destino. Deveria ter Helio Fernandes em suas páginas. Pois HF não está entre os heróis cansados, de Jules Dassin. Ao contrário, um herói da vida real, um espadachim da democracia, dos direitos humanos, da liberdade. Combater a seu lado é uma honra para qualquer um.
Pedro do Coutto
27 de dezembro de 2011
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