"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A LOUCURA DOS AUTOENGANADOS


          Artigos - Governo do PT 
Duda Mendonça tem sido um ator saliente desse mergulho regressivo que a sociedade brasileira tem feito desde 2002. É culpado em mais alto grau.

Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, Duda Mendonça declarou:
 "Hoje o eleitor é pragmático. Só quer saber qual voto pode melhorar sua vida. Não quer saber quem é mais ou menos correto, se é de direita ou esquerda."


Estamos diante aqui de um aparentemente argumento irrefutável de cunho utilitarista em prol da falta de escrúpulos do discurso eleitoral do PT, bem como de suas ações de governo.
O problema é que a sentença do Duda Mendonça é integralmente mentirosa, uma justificativa ex post facto para as estripulias eleitorais do partido governante.

O eleitor sempre foi pragmático e por isso no passado votava contra o PT, porque desde que Sócrates e os profetas hebreus apareceram no mundo sabe-se que a moral superior é o Bem e o pragmatismo que pode triunfar é aquele que o coloca em primeiro lugar. Não há contradição entre o bem comum e o bem estar individual.

Por isso saber quem é mais ou menos correto é o primeiro passo para melhorar a vida coletiva e individual, pautando a escolha dos dirigentes políticos pela rigorosa ética.
Saber se é de direita ou de esquerda também, porque a esquerda sempre esteve associada à revolução, à mentira, à impiedade, à tramoia, ao irracionalismo, ao errado.
A história da esquerda é a história da destruição.

A mentira escondida na sentença de Duda Mendonça é a de que o uso de recursos estatais de forma desmedida e imoral para a manutenção do poder é algo certo e que a população que vota enganada nos impostores não está sendo pragmática na falsa escolha induzida, mas o seu oposto.
Um maquiavelismo canhestro está implícito aqui. Colocar os piores no poder é ruim para toda gente, inclusive para os eleitores aparentemente utilitaristas, que pensam votar movidos pelos próprios interesses.

Essa mentira esconde que a verdade é conhecida. E qual é esta? A de que o Estado grande é antieconômico, dispendioso, desperdiçador, irracional.
A ciência econômica tem três séculos que descobriu as leis que mostram por “a” mais “b” que a iniciativa privada precisa capitanear a economia porque é mais eficiente e faz a mais justa distribuição de renda.
E que a união do poder político com o poder econômico tem a consequência nefasta de implantar as bases sobre as quais emerge o totalitarismo. Esse é um saber permanente que Duda Mendonça oculta, porque seu partido precisa dessa mentira para poder se eleger e se manter no poder. Unicamente quem ganhar com a mentira são os comissários do PT.

O discurso de Duda Mendonça é autojustificador de suas próprias tramoias pessoais. Creio que ele sabe discernir o certo do errado, a verdade do erro.
Ele aderiu à mentira de forma espontânea, utilitariamente, fazendo propaganda descarada da causa que utiliza a mentira como ferramenta para chegar ao poder.
É portanto um propagador profissional da mentira. Duda Mendonça se equipara aos piores militantes do PT, porque sabe o caminho certo e o oculta de propósito.

É um mentiroso em busca de resultados. As mentiras do PT deram lucros para Duda Mendonça em prejuízo de todos os brasileiros.

É preciso que se diga que no eleitorado do PT estão os extratos mais ricos da sociedade e da mais alta burocracia do Estado, incluindo os militares. Toda a gente que compõe a elite econômica e letrada aderiu ao projeto do PT.
É uma espécie de alucinação coletiva, que supõe que o socialismo é a melhor coisa e que o PT tem um propósito redentor, embora a ciência política e o bom senso digam o contrário. A loucura dos autoenganados vai custar muito caro para ser reparada na curva da história

Os pobres também aderiram ao discurso populista e irracional do PT. Não têm sequer a desculpa de serem pobres, porque pobreza não é sinônimo de burrice e mau-caratismo. A desculpa que lhe cabe é de terem sido enganados pela propaganda profissional mentirosa de gente como Duda Mendonça.

Duda Mendonça tem sido um ator saliente desse mergulho regressivo que a sociedade brasileira tem feito desde 2002. É culpado em mais alto grau. É um mentiroso profissional.

07 de janeiro de 2013
Nivaldo Cordeiro

COMEÇA JULGAMENTO DE PASTOR ACUSADO DE "CRIMES CONTRA A HUMANIDADE"

    
          Notícias Faltantes - Perseguição Anticristã 
scottLíder evangélico é vítima de grande orquestração esquerdista para torná-lo exemplo aos pastores que ensinarem que homossexualismo é pecado.
A Bíblia será um livro de crimes contra a humanidade?

Na manhã de segunda-feira, 7 de janeiro de 2013, começa num tribunal federal nos EUA o julgamento mais escandaloso da história dos EUA.

O julgamento é inédito porque nunca antes um cristão foi julgado, com base na lei de crimes contra a humanidade, exclusivamente por pregar que na Bíblia Deus condena o comportamento homossexual.

O perigo do julgamento é que se o pastor for condenado, nenhum cristão que expressar uma opinião contrária aos atos homossexuais estará a salvo de represálias legais injustas.

O Rev. Scott Lively, que está pedindo orações para a comunidade cristã internacional, será julgado a partir de um grande processo legal internacional que alega que ele cometeu “Crime contra a Humanidade”, ao falar contra a homossexualidade em Uganda.
Os acusadores dizem que o discurso dele em Uganda é prova suficiente para uma ação conforme o direito internacional.
Os acusadores são a organização homossexualista Minorias Sexuais de Uganda (MSU), e o escritório de advocacia que apresentou a ação judicial, o Centro de Direitos Constitucionais, uma organização marxista financiada por George Soros.

O Rev. Lively nunca defendeu violência contra os homossexuais. Mesmo assim, a ação legal faz parecer que a pregação dele contra a homossexualidade em Uganda tem sido a única causa de perseguição aos homossexuais nesse país.
De acordo com Lively, “O centro da atenção da prova da MSU de que homossexuais têm sido perseguidos em Uganda é o assassinato de seu líder, David Kato, em 2011. A queixa judicial omite descaradamente o fato (muito bem conhecido para MSU) de que Kato foi morto por um prostituto gay a quem Kato tinha tirado da cadeia, pagando-lhe a fiança, a fim de morar com ele e ser seu amante.
Esse homem confessou esmagar a cabeça de Kato com um martelo depois que Kato não lhe pagou conforme havia prometido. O criminoso foi levado a juízo pelo crime”.

Ativistas gays vivem vidas perigosas com seus amantes e prostitutos, e deveriam os pastores cristãos levar a culpa pelas escolhas imorais deles?

Suponho que se Lively fosse um líder muçulmano visitando Uganda e pregasse morte a todos os homossexuais, ele seria deixado em paz pelos grupos homossexualistas, pelas organizações financiadas por George Soros e até pelas leis antipreconceito dos EUA.

A ação judicial contra o Rev. Scott Lively é um precedente muito perigoso para todos os cristãos que estão lutando contra a agenda gay. Uma orquestração poderosa de indivíduos e grupos homossexualistas e socialistas está usando um grupo gay de Uganda para que Lively seja levado a juízo como “Criminoso contra a Humanidade”! Essa orquestração só foi possível porque os EUA aprovaram em 2009 uma lei anti-“homofobia”.

Se o julgamento contra o Rev. Scott tiver um resultado negativo no tribunal federal, nenhum cristão pró-família no Ocidente ficará seguro.
Você não estará seguro. Eu não estarei seguro.

No meu caso, tive de sair do meu país, o Brasil, a fim de escapar de pressões, perseguições e ações legais do MPF incitado pela ABGLT, a maior organização homossexual no Brasil que, com a assistência da secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton, recebeu oficial credenciamento no sistema da ONU em 2009.
Minha saída do Brasil, com minha esposa grávida e crianças pequenas, deveria ser suficiente para fazer com que a ABGLT me esquecesse, mas esse não é o caso. Mensagens interceptadas da ABGLT mostram que ela instruiu grupos gays do Brasil a descobrir minha localização.

Além disso, AllOut, a mesma organização gay dos EUA que lançou uma campanha internacional para derrotar a lei pró-família em São Petersburgo, teve êxito em sua campanha internacional para fechar minha conta do PayPal. Aliás, AllOut tem mirado Lively também!

Por causa da enorme e poderosa influência do governo americano pró-sodomia, os grupos gays estão com uma “temporada de caça” aos cristãos pró-família. Aliás, o governo dos EUA junto com a ONU estão financiando a maior campanha de imposição homossexual do mundo, conforme documenta este vídeo: http://youtu.be/HbjAFUGQ3Xg

Os EUA e a ONU pró-sodomia têm transformado o Ocidente num lugar traiçoeiro, onde os cristãos pró-família têm de viver sob opressivas e enganosas leis antipreconceito. E o Brasil e outras nações latino-americanas estão imitando bovinamente essas leis.

“Crime contra a Humanidade” é uma ameaça legal muito grave. Se tal acusação ridícula e sem fundamento pode ser feita contra Lively como um cristão pró-família americano, o que acontecerá com os cristãos pró-família brasileiros?

A Bíblia será um livro de crimes contra a humanidade?
Os que acreditam e pregam a mensagem da Bíblia serão considerados criminosos de alta periculosidade?

07 de janeiro de 2013
Julio Severo

A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

    
          Artigos - Conservadorismo 
Falam sobre direitos humanos como parte de uma agenda muito mais ideológica do que efetivamente humana.

Recentemente tive oportunidade de reapresentar meu velho repto. Estávamos num programa de debates. Meus dois interlocutores eram materialistas. Não apenas materialistas. Adversários militantes do Cristianismo em geral e da Igreja Católica em particular. Embora o tema do programa não fosse esse, a conversa acabou enveredando por aí. Lá pelas tantas, surgiu-me a oportunidade. Falaram em dignidade da pessoa humana. Perguntei, então, a ambos, lançando a questão como desafio: qual o fundamento da dignidade da pessoa humana?

 
É uma questão que coloca o materialismo e seus adeptos num beco sem saída. Para respondê-la, o microfone correu a mesa. Falaram, falaram e nem de longe trataram do tema. Quando retornou a mim, chamei a atenção para o fato de que não haviam me dado qualquer resposta. Mencionada por materialistas, a dignidade da pessoa humana é mera retórica.
 
Ante a provocação que fiz, um deles saiu-se com esta: "O fundamento da dignidade da pessoa humana é a reciprocidade nas relações". Ora, salta aos olhos que a reciprocidade, vale dizer, a equidade nas relações e trocas interpessoais e sociais, pode ser, em alguns casos, fundamento da justiça, mas nem de longe serve como alicerce para a dignidade do ser humano.
Em determinadas situações talvez seja consequência e, como tal, não pode ser fundamento. Todos aqueles que, do nascimento à morte, vivem de modo vegetativo, têm, como pessoas, dignidade igual à da mais eminente celebridade e à da mais justa e generosa das criaturas.
E em nada podem, os desvalidos em si mesmos, contribuir para a tal reciprocidade. Ademais, exigir reciprocidade pode ser, em certos casos, puro egoísmo. Por vezes, contudo, a reciprocidade (como critério de justiça), se fundamenta, sim, na dignidade da pessoa humana. E aquilo que nela se fundamenta não lhe pode servir, também, como fundamento.
 
Enfim, a questão que propus é irrespondível pelo materialismo. Se tudo é matéria, instinto e razão, o ser humano é apenas o mais complexo dos animais. E somente isso. Resulta, assim, meramente retórica toda menção que façam à dignidade humana.
A prova provada me veio logo após, quando, tendo eu comentado a animalização conceitual da pessoa, quando vista apenas como ser material, meu interlocutor da ocasião afirmou que "os animais também têm dignidade". É ou não é uma rendição? Homem e bicho é tudo a mesma coisa? Animais merecem respeito, mas a eminente dignidade, fundamento das melhores constituições, que a tem é o ser humano.
 
Há muitos anos proponho essa questão em debates e ainda não encontrei um materialista que fizesse a respeito dela qualquer afirmação consistente. Falam sobre direitos humanos como parte de uma agenda muito mais ideológica do que efetivamente humana.
O humanismo sem Deus é um humanismo desumano, reafirmou recentemente Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate. Com efeito, somente o revelado à tradição judaico-cristã satisfaz como resposta à questão contida no primeiro parágrafo deste artigo.
É por isso que nela se fundamenta toda uma civilização e o que há de melhor em sua cultura: o homem é imagem e semelhança de Deus, e objeto de Seu amor.
 
07 de janeiro de 2013
Percival Puggina

O TIGRE DE PAPEL

    
          Artigos - Cultura 
O Brasil já foi chamado “o país dos bacharéis”. O bacharelado – ou diploma universitário, em geral – costumava ser, na prática, a prova de que seu portador pertencia à classe média urbana. A formação universitária propriamente dita, ainda que melhor que a atual, importava menos que a existência do “canudo de doutor” (e todo bacharel era “doutor”; mestrado e doutorado eram coisas de estrangeiros).

De lá pra cá muito mudou, mas a importância relativa dos papeizinhos dotados de poderes mágicos só aumentou. Para que se possa considerar que mais gente pertence à classe média, o governo facilita o acesso a cursos superiores em função de critérios absolutamente irrelevantes do ponto de vista acadêmico, muda a faixa de renda que caracteriza a pobreza; em suma, muda o papel. Distribui papéis. É o papel que faz a realidade.

A mesma idolatria pelo papel explica sermos ao mesmo tempo um dos países em que é mais difícil conseguir habilitação para dirigir – requerendo cursos teóricos e práticos em veículos especialmente adaptados ao exame psicotécnico – e o terceiro lugar mundial em mortes no trânsito. O primeiro e o segundo lugar têm mais de um bilhão de habitantes cada, e bem menos mortes por cem mil habitantes. Em outras palavras, somos os campeões!

Ainda é a mesma papelucholatria que faz com que seja praticamente impossível conseguir autorização para porte de arma, mas tenhamos quase quatro vezes o número de mortes por arma de fogo que os “violentos” EUA.

Multidões de analfabetos funcionais lotam os bancos universitários e ganham seus canudos sem nunca terem lido um livro inteiro. Multidões de habilitados atropelam, colidem e fazem barbeiragens em geral, sendo condenados – após um processo judicial que implica em pilhas enormes de papel e leva alguns anos para ser concluído – a pagar cestas-básicas quando matam uma família.

Os professores não podem instruir, mas os alunos são automaticamente aprovados para que não deixem de receber seus papeizinhos mágicos; a polícia não pode investigar, mas cada ocorrência é criteriosamente registrada em fartas resmas e carimbada várias vezes antes de ser arquivada.

Carregamos carteirinhas do SUS, sabedores de que sem elas não conseguiremos uma vaga no corredor do hospital para agonizar em paz.
Somos todos identificados por carteiras de identidade, e temos a certeza de ter nascido que só uma certidão de nascimento pode dar.
No papel, somos os campeões. No papel, somos uma potência.
Pena que papel aceita qualquer coisa.

07 de janeiro de 2013
Carlos Ramalhete é professor.

Publicado no jornal Gazeta do Povo.

MAIS QUE A CARÊNCIA DE HERÓIS, FOI A FARTURA DE LADRÕES QUE TRANSFORMOU UM JUIZ DO SUPREMO EM CAMPEÃO DE POPULARIDADE

PUBLICADO EM 2 DE OUTUBRO

Brasileiro tem memória curta, logo esquece gatunagens protagonizadas por larápios influentes, concluíram os quadrilheiros do mensalão desde que Lula sobreviveu ao escândalo descoberto em 2005 e reelegeu-se no ano seguinte.

Brasileiro vive engolindo sem engasgos caciques da tribo que rouba mas faz, acreditaram nos últimos sete anos os sócios do grande clube dos cafajestes disfarçado de Congresso e financiado pelo Planalto.

A pátria de Macunaíma celebra heróis sem caráter desde a chegada das primeiras caravelas, provaram ensaios mambembes paridos por sociólogos com mais livros que neurônios na cabeça.

No país do jeitinho, só otários de nascença agem honestamente, ensina desde o primeiro assalto aos cofres públicos o hino da Frente Nacional dos Ladrões, Vigaristas e Canalhas em Geral.

A menos que a economia sofra algum enfarte, delinquentes de todos os partidos serão absolvidos pelas urnas mesmo se furtarem a poupança da avó ou o cofrinho da igreja da Candelária, garantiram analistas de pesquisas tão confiáveis quanto um parecer do consultor Palocci.

Candidato que denuncia bandalheiras alheias fica com imagem de briguento e despenca nas pesquisas, descobriram marqueteiros que erram até na combinação terno-e-gravata.

Combater a roubalheira nunca rendeu voto, o que decide eleição é programa de governo, endossou a oposição que não se opõe desde 2002. Melhor compor que lutar, vêm balbuciando poltrões promovidos a líderes oposicionistas por falta de coisa melhor: na Era da Mediocridade, os melhores e mais brilhantes são perseguidos como as ratazanas grávidas de Nelson Rodrigues.

A Ópera dos Embusteiros seguiria seu curso se um juiz de verdade não atravessasse a partitura com a protofonia da Constituição e os acordes do Código Penal. Designado relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa limitou-se a cumprir seu dever. Analisou provas, evidências e depoimentos, examinou os argumentos das partes envolvidas, enxergou as coisas como as coisas são, contou o caso como o caso foi, eviscerou o esquema criminoso e, amparado na lei, deixou claro que corrupção dá cadeia.

Tanto bastou para virar celebridade nacional, atesta o segundo vídeo estrelado pelo relator do mensalão, publicado na seção História em Imagens. A reação de milhões de brasileiros demonstra que o que parecia desinteresse era descrença.

Muito mais que a carência de heróis, é a fartura de ladrões impunes que transformou Joaquim Barbosa em ídolo da imensidão de indignados.
Sem ter feito mais que a obrigação, um ministro sem medo tornou-se campeão de popularidade. E o julgamento de José Dirceu nem começou

07 de janeiro de 2013
Augusto Nunes

CHAVISTAS TENTAM ADIAR AO MÁXIMO NOVA ELEIÇÃO NÃO POR MEDO DA OPOSIÇÃO, MAS POR MEDO DE ... SI MESMOS ! ESSA É A BOA NOTÍCIA

 
A Venezuela caminha para um impasse institucional, mais um, produzido pelo chavismo, que se mostra incapaz de seguir as leis criadas pelo próprio bolivarianismo. Que notável! Democracia e estado de direito não são conceitos sinônimos, embora assim costumem ser tomados. Por essa razão, neste blog, sempre que me refiro a esse par, opto pelo conectivo: “estado democrático E de direito”.
 
A Venezuela é hoje uma ditadura porque um grupo usa de modo ilegítimo a estrutura repressiva do estado para impor a sua vontade, tolhendo direitos individuais e impedindo o pleno exercício das liberdades públicas.
É possível, em tese, haver uma “ditadura de direito” desde que os próceres do regime se encarreguem de fazer valer as leis que estão escritas, ainda que repressivas. Ocorre que não há tirania no mundo que consiga responder ao imponderável. Por isso os regimes de força costumam ser também discricionários, mandando às favas as leis que eles próprios impuseram.
 
Estamos prestes a assistir a um espetáculo grotesco na Venezuela, que tende a coroar com a discricionariedade a ditadura. Caso isso se confirme, estou curioso para saber como reagirá o governo Dilma. Mas isso fica para o post seguinte.
Voltemos ao ponto. A Constituição da Venezuela foi escrita e referendada sob os auspícios da “revolução bolivariana”. Ali estão alguns dos pilares do regime chavista, que instituiu o unicameralismo, mudando, inclusive, o nome do país para “República Bolivariana da Venezuela”.
 
Essa Constituição — inegavelmente “bolivariana”, pois — não é nem omissa nem ambígua sobre o que fazer quando um presidente eleito não pode tomar posse. O Artigo 231 não poderia ser mais claro:
 
“O candidato eleito ou candidata eleita tomará posse do cargo de presidente ou presidente da República no dia dez de janeiro do primeiro ano de seu período constitucional, mediante juramento diante da Assembleia Nacional. Se, por qualquer motivo, o presidente ou presidente da República não puder tomar posse diante da Assembleia Nacional, ele o fará diante do Tribunal Supremo de Justiça”.
 
Leiam com atenção. Não há uma só palavra que aponte para a hipótese de uma posse automática, ainda que de um presidente reeleito, ou de uma prorrogação de mandato. Os chavistas estão vendo uma brecha inexistente na possibilidade de o presidente assumir o mandato diante do Tribunal Supremo de Justiça. Alegam que o texto é omisso sobre a data em que isso poderia ser feito.
 
A possibilidade de o eleito tomar posse diante do tribunal, não da Assembleia, é apenas uma das “defesas” do bolivarianismo contra um eventual choque entre o presidente e o Parlamento, que poderia, ainda que numa hipótese remota, ser hostil ao futuro mandatário.
Trata-se apenas de uma prevenção contra um eventual boicote ao futuro mandatário. Nesse caso, a Justiça lhe daria a posse.
OU POR OUTRA: ESSE TRECHO DA CONSTITUIÇÃO RESPONDE A UM IMPASSE POLÍTICO QUE FOSSE PROVOCADO PELOS PARLAMENTARES; NADA TEM A VER COM A IMPOSSIBILIDADE DE O PRESIDENTE TOMAR POSSE.
 
Há mais: o texto constitucional não para por aí. O Artigo 233 estabelece o caminho em caso de impedimento absoluto do presidente da República:

 “(…) se procederá uma nova eleição universal, direta e secreta, dentro dos trinta dias consecutivos seguintes”. Enquanto não se tem o novo presidente, “se encarregará da Presidência da República o presidente ou presidente da Assembleia Nacional”.
 
Fim de papo

Segundo o que estabelece a própria Constituição da dita “República Bolivariana da Venezuela”, fim de papo. Chávez não tem condições de comparecer diante da Assembleia na próxima quinta-feira.
Antes de deixar o país para uma nova cirurgia em Cuba, ele próprio acenou com a possibilidade de uma nova eleição — sabia lhe restar pouco tempo e anteviu a possibilidade do impedimento definitivo — e pediu apoio a Nicolás Maduro.

 
Nem o próprio Chávez foi tão, digamos, “ousado” na interpretação do texto constitucional. O mais curioso, ou nem tanto, desse debate é que o presidente da Assembleia, que tem de assumir o controle do país por 30 dias, marcando as novas eleições, é o também chavista Diosdado Cabello.
Ele e Maduro lideram correntes distintas do chavismo, e ninguém sabe, nem eles dois, com quais forças podem contar. O impasse constitucional artificialmente criado é, na verdade, um impasse do próprio chavismo sem Chávez. Para onde vai?
 
Vitória muito provável

A Venezuela realizou eleições regionais no dia 16 do mês passado. As forças sob o comando de Chávez conquistaram o governo de 20 dos 23 estados. Ainda que uma disputa em âmbito nacional tenha características peculiares, a vitória dos “bolivarianos” numa eventual nova disputa — que teria Maduro como o candidato — seria praticamente certa.
Chávez, vivo ou morto, seria o grande eleitor. Como todos estamos cansados de saber, na ditadura venezuelana, só as forças governistas têm acesso à televisão. O confronto se realiza em condições absolutamente desiguais.

 
Então por que não aplicar a Constituição, escrita pelos próprios bolivarianos se a vitória é praticamente certa? A resposta está na pergunta: PORQUE A VITÓRIA É PRATICAMENTE CERTA.
 
Uma eleição colocaria Nicolás Maduro — ou quem quer que fosse escolhido para representar o chavismo — acima dos outros “bolivarianos” que disputam o espólio. Os chavistas tentam adiar a nova eleição não por receio de que a oposição possa vencer. O que eles não querem precipitar é a sucessão no próprio movimento bolivariano. Em qualquer hipótese, no entanto, o tempo é curto. Por quê?
 
Segundo o tal Artigo 233, se um presidente é impedido nos primeiros quatro anos de governo — e se sabe que Chávez não terá tanto tempo, se é que ainda está vivo —, novas eleições têm de ser marcadas em 30 dias. O vice só assume o poder caso o impedimento se dê nos dois anos finais. Percebam: a menos que se golpeie a Constituição uma segunda vez, haverá eleições presidenciais na Venezuela em breve, mesmo que o ditador tenha reconhecido o novo mandato.
 
A boa notícia

Tudo bem pensado, há uma boa notícia nesse imbróglio: os chavistas tentam adiar ao máximo as eleições, ainda que por alguns dias, não porque estejam unidos, mas porque estão divididos. Não é da oposição que têm medo, mas de si mesmos. Não é só o tirano que agoniza, mas também o movimento que ele inspirou. É por isso que a ditadura tenta dar um golpe em si mesma.
 
07 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

BOMBACHA JUSTA - AO VIVO, OLÍVIO DUTRA, UM DOS FUNDADORES DO PT, COBRA A RENÚNCIA DE GENOÍNO E DIZ QUE O AGORA DEPUTADO E JOSÉ DIRCEU PERMITIRAM QUE "DINHEIRO PÚBLICO FOSSE USADO PARA NEGOCIATAS"

 
Pois é…
Olívio Dutra, ex-governador do Rio Grande do Sul (PT), parece andar com saudade do tempo em que os petistas podiam falar em nome da ética na política.
Ainda que não houvesse verdade naquilo — não é mesmo, Caso Lubeca (pesquisem a respeito!)? —, tratava-se de um discurso ao menos verossímil.
Hoje em dia, quando alguém do partido se sai com essa, todos caem na gargalhada. Adiante. Numa entrevista à Rádio Guaíba, Dutra cobrou a renúncia do agora deputado José Genoino (SP).
Acusou ainda o ex-presidente do PT e José Dirceu de terem permitido negociatas com dinheiro público.
 
Tivesse a fala saído da boca de algum oposicionista, Rui Falcão, Dirceu e a rede suja na Internet, financiada por estatais, se encarregariam de satanizar o vivente, como se diz lá nos pagos do Sul. Vamos ver como reagirão a Olívio Dutra. Leiam o que informa O Globo. Volto em seguida.
 
Ex-governador do Rio Grande do Sul, o petista Olívio Dutra disse, nesta segunda-feira, durante programa ao vivo da “Rádio Guaíba”, que o deputado José Genoino (PT-SP) não deveria ter assumido o cargo após ter sido condenado a 6 anos e 11 meses pela participação no esquema do mensalão.
Sem saber que seria confrontado, no ar, com Genoino, Dutra teve que repetir o que havia dito. O ex-governador criticou ainda o que considerou as “más companhias” do PT e o aparelhamento do Ministério das Cidades.
 
“Eu acho que tu deverias pensar na sua biografia, na trajetória que tem dentro do partido. Eu acho que tu deverias renunciar. Mas é a minha opinião pessoal, a decisão é tua. Não tenho por que furungar nisso”, disse ele a Genoino, que negou durante entrevista ter cometido algum crime.
 
“Não contrariei norma sobre a conceituação do que é crime. Fiz escolhas políticas. Não podemos misturar isso com crime. Não fiz prática criminosa enquanto fui presidente do PT. Os dois empréstimos que avalizei estavam registrados no TRE e foram respondidos judicialmente pelo partido.
Em relação ao julgamento do STF eu respeito, mas não tem nada definitivo. Quando elas forem, eu as cumprirei, mesmo que eu discorde. Isto faz parte da democracia.”
 
Olívio Dutra disse ainda que José Dirceu e Genoino possibilitaram “negociatas” com dinheiro público. Ele defendeu a possibilidade de o PT explicar os erros cometidos. “Nem (José) Genoino nem (José) Dirceu tiraram dinheiro pra si, mas possibilitaram que outras figuras usassem o dinheiro público para negociatas e outras práticas que mancham a atividade política. O PT está tendo que se explicar sobre práticas que os inimigos costumavam se explicar.”
 
Ele afirmou na entrevista que avisou sobre as más companhias:
“Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido à medida que vão chegando pessoas.
Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos.”
 
Voltei

Depois de tudo o que sabemos sobre os tais “empréstimos”, é impressionante que o deputado José Genoino continue a afirmar a sua regularidade. Os autos deixaram mais do que claro que tudo não passava de operação de fachada. Não sou eu quem diz isso, mas os dados objetivos do processo. Para Genoino, como a gente nota, era tudo uma questão de “escolha política”.
 
Aqui e ali, vejo até gente de boa-fé tentando livrar a cara de Genoino:
“Ah, ele é pessoalmente honesto…” A resposta que deu a seu “companheiro” de partido define uma moralidade, não é mesmo? Em nome de uma “escolha política”, parece que tudo vale a pena.
O deputado, que agora deu para falar com jornalistas com o dedo em riste, explica, mais uma vez, por que foi condenado a quase 7 anos de prisão.
 
PS – Vamos ver quanto tempo vai demorar para que seja considerado gagá, carta fora do baralho, ressentido etc… A “máquina”, como se sabe, não perdoa, mata — de um jeito ou de outro.
 
07 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

EM CAMPINAS, PROGRAMA ANTICORRUPÇÃO RECEBE O NOME DE PAC

 

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), emprestou dos governos Lula e Dilma Rousseff a sigla PAC para batizar seu Programa Anticorrupção de Campinas, lançado como uma das primeiras ações de governo.

 
Donizette teve apoio de Aécio

O plano – que copia a sigla do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, batizado por petistas – prevê que todos os comissionados da prefeitura entreguem anualmente suas declarações de bens e estipula outras medidas de transparência e controle para coibir desvios de recursos. “São medidas para inibir fraudes e corrupção na prefeitura.
Não quero vender a ilusão de que com esse programa nada mais vai ocorrer”, disse Donizette.

Donizette foi eleito prefeito com 58% dos votos no segundo turno, derrotando o candidato do PT, Márcio Pochmann, indicado e apoiado diretamente pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-presidente Lula. Desde a campanha, ele explora a aliança do PSB com o PT no governo federal e com o PSDB no governo estadual.

(Transcito do jornal O Tempo)

07 de janeiro de 2013

ROSEMARY NORONHA NÃO É CELEBRIDADE OU AUTORIDADE PARA TER PRIVILÉGIOS NA JUSTIÇA FEDERAL

 


Proteção desnecessária – Reza a Constituição Federal, de maneira clara e inquestionável, que “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”.
Contudo, no Brasil, a terra do jeitinho e onde alguns são mais iguais que os outros, a Justiça ignora o que determina a legislação vigente e abre precedentes a quem não tem esse direito.
 
Namorada de Lula e flagrada pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, Rosemary Nóvoa de Noronha só não teve a prisão decretada por sua proximidade com o poder, o que fez com que alguém agisse nos bastidores em seu favor, mas a Justiça Federal determinou que a ex-chefe de gabinete do escritório paulistano da Presidência da República se apresentasse regularmente em juízo, além de estar proibida de deixar a cidade.
 
Nesta segunda-feira (7), cumprindo ordem judicial, Rosemary Noronha compareceu à 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo para informar e justificar suas atividades, mas antes disso teve algumas regalias que devem ser explicadas pela autoridade competente.
 
Rosemary entrou pela garagem do prédio da Justiça Federal e não falou com a imprensa. Pelo que se sabe, a Marquesa de Garanhuns não tem prerrogativa de foro e deve se submeter às regras como qualquer brasileiro comum.
Essas exceções são ilegais e levantam a suspeita de que gente graúda age nas coxias e que a investigação sobre o caso pode dar em nada, pois se for adiante certamente alcançará Luiz Inácio da Silva, responsável pelo período mais corrupto da história nacional.
 
Quando estava cometendo ilegalidades juntamente com os outros membros da quadrilha, Rosemary se valia da impunidade, que a Polícia Federal tratou de liquidá-la.
É preciso que a Justiça dispense a Rosemary Noronha o mesmo tratamento a que tem direito um reles cidadão, que entra pela porta principal do prédio e passa pelo constrangimento de ser procurada pela imprensa e tornar-se alvo de olhares desconfiados de pessoas que não mais suportam corrupção.
 
Dar regalias aos corruptos era o que faltava para que o Brasil se transformasse definitivamente em um enorme circo.
Os brasileiros precisam dar um basta a essa farra que continua acontecendo de norte a sul com a digital do Partido dos Trabalhadores.

07 de janeiro de 2013
ucho.info

MPF DENUNCIA 17 EM FRAUDE DO CRUZEIRO DO SUL

Entre os denunciados estão os ex-controladores do banco, Luís Octávio Azeredo Lopes Indio da Costa e Luís Felippe Indio da Costa

Luis Octávio Indio da Costa - Banco Cruzeiro do Sul
Luis Octávio Indio da Costa, presidente do Banco Cruzeiro do Sul, é um dos indiciados pelo MPF (Jefferson Dias/Valor/Folhapress)

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou nesta segunda-feira 17 ex-sócios e funcionários do Banco Cruzeiro do Sul.
 
Segundo o inquérito concluído pela Polícia Federal, os indiciados – entre os quais os controladores Luís Octávio Azeredo Lopes Indio da Costa e Luís Felippe Indio da Costa – faziam parte de uma organização criminosa que atuava em diversas frentes para prática de atos ilícitos.
 
Entre os delitos praticados estão, além de formação de quadrilha, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (como gestão fraudulenta, estelionato, apropriação indébita, “caixa dois”), crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro.
 
O inquérito da PF usado como base para indiciar os envolvidos aponta que a quadrilha efetuava inúmeras irregularidades. As fraudes em empréstimos consignados serviam para que eles captassem recursos para cobrir o caixa do banco.
O MPF afirmou, em nota, que foram criados 320 mil contratos de empréstimos falsos, com a utilização indevida dos CPFs de diversas pessoas e dos nomes de diversos órgãos públicos – o que acarretou falsa contabilização de ativos do banco no valor de 2,5 bilhões de reais.
 
O grupo também executou fraudes contábeis que ampliavam de maneira fictícia os resultados da instituição no balanço – elevando, desta forma, a remuneração variável (bônus) de todos os envolvidos. Ainda segundo o MPF, os indiciados manipularam ações do banco no mercado de capitais para forçar sua valorização. Além disso, eliminaram valores de contas da instituição por meio da simulação de contratos de fornecimento de mercadorias.
 
Outra fraude foi o desvio de quantias aplicadas por correntistas em fundos de investimento.
O desvio era feito, segundo a PF, por meio de lavagem de dinheiro. O inquérito aponta que os valores desviados eram direcionados para a empresa Patrimonial Maragato S.A., cujos donos eram Luís Octávio e Luís Felippe Indio da Costa.
 
Prisão – Luís Octávio e Luís Felippe Indio da Costa, pai e filho, foram presos no final de outubro de 2012, depois de terem tentado movimentar bens que estavam bloqueados desde junho, quando o Cruzeiro do Sul sofreu intervenção do Banco Central (BC), antes de ser liquidado em setembro.
 
Luis Octávio ficou preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros e Luis Felippe cumpriu prisão domiciliar por ter idade avançada, 81 anos. Ambos ficaram presos por dezessete dias e foram soltos em 9 de novembro. Outros diretores tiveram prisão decretada à época, mas conseguiram ficar em liberdade mediante pagamento de fiança.
 
Segundo a PF, foi pedido um prazo adicional para concluir as investigações sobre o caso Cruzeiro do Sul, evidenciando a possibilidade de novas descobertas em relação à fraude. De acordo com a Justiça Federal, trata-se de uma das fraudes mais graves da história financeira do país.
 
Leia também:

Ex-donos do Cruzeiro do Sul são alvo de nova ação penal
Cruzeiro do Sul é suspeito de montar pirâmide financeiraTire suas dúvidas sobre o escândalo Cruzeiro do Sul

07 de janeiro de 2013
Veja

LADRÕES DE COFRES E DE INSTITUIÇÕES. OU: NO TEMPO EM QUE UM NEGRO PROTEGIA COM GUARDA-SOL OS FIDALGOS PORCALHÕES

Na última edição de VEJA do ano passado, publiquei um artigo tratando dos aspectos legais do julgamento do mensalão e desmontando a farsa ridícula de que o STF recorreu a expedientes de exceção para condenar os mensaleiros.
Para ilustrar o texto, escolhi um quadro de Debret, que retrata um péssimo hábito no Brasil do século 19: fazer xixi na rua.
No 21, há quem pretenda emporcalhar também as instituições “para o bem do país”. Naquele tempo, um negro segurava o guarda-sol para os fidalgos porcalhões.
Há muita gente que não se conforma com o fato de que, dois séculos depois, um negro tenha sido um dos protagonistas de uma narrativa bem diferente. Queriam-no, ainda, a proteger os mijões.*Antes uma realidade quase intangível, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi parar na sala de estar dos brasileiros em 2012. No ano em que Carminha e Nina, da novela Avenida Brasil, embaralharam as noções corriqueiras de Bem e de Mal, os ministros se tornaram porta-vozes dos anseios de milhões de brasileiros justamente por terem sabido o que era o Bem e o que era o Mal.
Cumpre notar que os juízes do STF não acharam o direito nas ruas, no alarido dos bares ou nos debates das redações. Decidiram segundo a Constituição, as leis e a jurisprudência da Corte. Personagens como José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha se dizem vítimas de um tribunal de exceção e conclamam seus eventuais seguidores a julgar os juízes. Queriam ser tratados como sujeitos excepcionais. A questão é mais ampla do que se percebe à primeira vista.
A luta dos homens por igualdade perante a lei produziu tudo o que sabemos de bom e de útil nas sociedades; já o discurso da igualdade ao arrepio da lei só gerou morte e barbárie. Os atores políticos que tomam o mundo mais justo e tolerante anseiam por um horizonte institucional que universalize direitos para que emerjam as particularidades.
Nas democracias, porque são iguais, os homens podem, então, ser diferentes. Nas ditaduras, em nome da igualdade, os poderosos esmagam as individualidades. Nas tiranias, porque são diferentes, os homens são, então, obrigados a ser iguais.
Uma possibilidade acena para a pluralidade das sociedades liberais, e a outra, para os regimes de força, que encontraram no comunismo e no fascismo sua face mais definida.
O petismo no poder é fruto do regime democrático, sim, mas o poder no petismo é herdeiro intelectual do ódio à democracia e da crença de que um partido conduz e vigia a sociedade, não o contrário.
Na legenda, não são poucos os convictos de que certos homens, em razão de sua ideologia, de seus compromissos ou de seus feitos, se situam acima das leis. Eis o substrato das acusações infundadas de que os ministros do STF desprezaram a jurisprudência da Corte para condená-los.
Trata-se de uma mentira influente até mesmo entre aqueles que, de boa fé, saúdam a “mudança” do tribunal.
Doses de ignorância específica e de má fé se juntaram em pencas de textos sustentando, por exemplo, que, “sem o ato de ofício”, seria impossível punir um corrupto.
Fato! O truque estava no que se entendia por isso. Os atos de ofício designam o conjunto de competências e atribuições de uma autoridade, com ou sem documento assinado.
O Artigo 317 do Código Penal — uma lei de 1940 — assim define a corrupção passiva: “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.
Ora, como poderia assinar um documento quem ainda nem tomou posse? O voto de um congressista é um de seus atos de ofício. Se recebeu vantagens indevidas em razão dele, praticou corrupção passiva. Pouco importa se traiu até o corruptor.
A questão é igualmente vital quando se trata da corrupção ativa, um dos crimes pelos quais foi condenado José Dirceu, definida no Artigo 333 do Código Penal pela mesma lei de 1940: “Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”.
Nos dois casos, se o ato for efetivamente praticado, o que se tem é a elevação da pena.
Dirceu e seus sequazes, no entanto, sustentam que inexistem provas e que ele está sendo condenado com base numa interpretação falaciosa da chamada “Teoria do Domínio do Fato”, que busca responsabilizar criminalmente o mandante, aquele que, embora no domínio do fato criminoso, não deixa rastro.
É evidente que não pode ser aplicada sem provas. E não foi. Há não uma, mas muitas delas contra Dirceu. Parlamentares disseram em juízo que os acordos com Delúbio Soares tinham de ser referendados pelo então ministro; ficaram evidentes suas relações com os bancos BMG e Rural, como atestam depoimentos da banqueira Kátia Rabello; foi ele um dos articuladores da reunião, em Lisboa, entre Marcos Valério, um representante do PTB e dirigentes da Portugal Telecom etc.
O Artigo 239 do Código de Processo Penal trata das provas indiciárias: “Considera-se indício a circunstância conhecida e provada que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias”.
Não é uma inovação para perseguir Dirceu. A lei é de 1941. Em uma de suas intervenções, o então ministro Ayres Britto esclareceu:

”(…) os fatos referidos pelo Procurador-Geral da República (…) se encontram provados em suas linhas gerais. Eles aconteceram por modo entrelaçado com a maior parte dos réus, conforme atestam depoimentos, inquirições, cheques, laudos, vistorias, inspeções, e-mails, mandados de busca e apreensão, entre outros meios de prova. Prova direta, válida e robustamente produzida em Juízo, sob as garantias do contraditório e da ampla defesa. Prova indireta ou indiciária ou circunstancial, colhida em inquéritos policiais e processos administrativos, porém conectadas com as primeiras em sua materialidade e lógica elementar(…)”.
A última falácia dizia respeito à cassação dos mandatos dos deputados condenados com trânsito em julgado. Corria-se o risco, como se escandalizou o ministro Gilmar Mendes, de o Brasil ter um deputado encarcerado. Da combinação dos Artigos 15 e 55 da Constituição com o Artigo 92 do Código Penal, decidiu o STF que parlamentares condenados em última instância por crimes contra a administração pública estão automaticamente cassados. Inovação? Feitiçaria? Juízo excepcional? Não! Apenas a aplicação dos códigos que regem o país.
A gritaria que se seguiu à decisão chega a ser ridícula. Eis a redação do Artigo 92 do Código Penal, que cassa o mandato dos deputados mensaleiros, segundo autoriza a Constituição:
São também efeitos da condenação

1 – a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública:

b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.

É trecho da Lei n° 9268, de 1996, aprovada pela Câmara e pelo Senado. O Congresso, pois, já decidiu que deputados e senadores condenados em processos criminais, com trânsito em julgado, têm seus respectivos mandatos cassados, nas condicões discriminadas acima.
Para os crimes de pequeno potencial ofensivo, a palavra final é das duas Casas. O STF harmonizou os dispositivos constitucionais e deu eficácia à lei. Julgamento havido em 1995 tratava de caso muito distinto e, como se nota, se deu antes da lei de 1996.
Coube ao decano, Celso de Mello, o voto de desempate, alinhando-se com o relator e agora presidente da Casa, Joaquim Barbosa, que resistiu a todas as patrulhas e intimidações de 2007 a esta data:
“Não se revela possível que, em plena vigência do estado democrático de direito, autoridades qualificadas pela alta posição institucional que ostentam na estrutura de poder dessa República possam descumprir pura e simplesmente uma decisão irrecorrível do STF.”
O ministro estava dizendo, por outras palavras, que, nas democracias de direito, é a igualdade perante a lei que permite aos homens exercer as suas particularidades; é só nas tiranias que as particularidades de alguns igualam todos os outros na carência de direitos.
Uma fala oportuna, no momento em que certos “intelectuais” de esquerda e deslumbrados do miolo mole resolveram defender uma variante dita “progressista” do “rouba, mas faz”, na suposição de que o desvio ético seria um preço a pagar pelo avanço social. É espantoso. É o “rouba porque faz”.
Só há um jeito de isso ser considerado aceitável: além dos cofres, eles precisam ser bem-sucedidos em roubar também as instituições.
Em nome do povo — isto é, das leis —, o Supremo lhes disse “não”.
07 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

ALTO LÁ! A PRIMEIRA-AMIGA ÍNTIMA DE LULA MEREC E MAIS RESPEITO!


Rosemary Nóvoa Noronha, a dita “amiga íntima” do então presidente Lula, que chefiava o escritório da Presidência em São Paulo até ser defenestrada pela Operação Porto Seguro, parecia ser apenas a personagem quase folclórica de um esquema de corrupção incrustado no coração do Poder Executivo. Na VEJA desta semana, os repórteres Rodrigo Rangel e Daniel Pereira demonstram que não. A revista teve acesso à sua agenda. Reproduzo trecho da reportagem e volto em seguida.

*
Não era bem o que parecia. Quando o nome de Rosemary Nóvoa de Noronha veio a público com a deflagração da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, a amiga íntima do ex-presidente Lula e então chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo não passava de uma “petequeira”.
 
A expressão, cunhada pelo ex-deputado Roberto Jefferson para designar funcionários públicos que se deixam corromper em troca de ninharia, parecia feita para ela. Rose, como é conhecida, foi acusada de integrar uma quadrilha especializada em fraudar pareceres oficiais para beneficiar empresários trambiqueiros.
 
Defendia os interesses dos criminosos no governo e, em contrapartida, tinha despesas pagas por eles – de cirurgia plástica a prestações de carro. A versão da petequeira foi providencialmente adotada pelo PT. Rose, ventilou o partido, agiria apenas na arraia-miúda do governo e sem nenhuma relação com a sigla. Eis uma tese que os fatos vêm insistindo em derrubar.
 
No mês passado, VEJA revelou que a amiga de Lula usava o cargo para agendar reuniões com ministros de estado: abria as portas, inclusive de gabinetes no Palácio do Planalto, a interesses privados.
 
Agora, descobre-se que sua área de atuação abrangia também setores de orçamentos bilionários, como o Banco do Brasil (BB) e o fundo de pensão de seus funcionários, a Previ. Rose, a petequeira, participou ativamente das negociações de bastidores que definiram a sucessão no comando tanto do BB quanto no da Previ, defendeu pleitos de caciques do PT junto à cúpula do banco e atuou como lobista de luxo de empresários interessados em ter acesso à direção e ao caixa da instituição.
 
Sua agenda de compromissos como chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, obtida por VEJA, mostra que, graças à intimidade com o então presidente, a mulher que num passado não muito remoto era uma simples secretária se transformou numa poderosa personagem do governo Lula.
(…)

 Voltei

 Alto lá! Mais respeito com a primeira-amiga íntima de Lula! Embora os eventuais aspectos fesceninos da história possam provocar um desvio de atenção, Rose era uma poderosa lobista.
Sua agenda revela, por exemplo, que, entre, entre 2007 e 2010, ela manteve ao menos 39 reuniões com representantes da cúpula do Banco do Brasil — 28 delas com vice-presidentes! Ela também influía nas escolhas para cargos de direção. Nem é preciso agenda para demonstrar seu poder.
 
Leia isto: “A Rose levava as demandas institucionais do banco para o presidente. Esse contato direto foi muito positivo”.
De quem é essa fala? De Ricardo Oliveira, um dos vice-presidentes do banco até o ano passado e um dos mais fiéis aliados do atual presidente da instituição, Aldemir Bendine, cuja indicação contou com uma forcinha a primeira-amiga íntima.
 
Já se noticiou que uma empresa de fundo de quintal de familiares de Rose celebrou um contrato de R$ 1,2 milhão com uma subsidiária do Banco do Brasil. A agenda revela que, no período de negociação, ela manteve reuniões na presidência do banco com funcionários ligados justamente à área que garantiu a boquinha.
 
Um deles era José Salinas, vice-presidente de Tecnologia até junho de 2010 e amigão de José Dirceu. Rose tentou emplacar a sua permanência no cargo. Não conseguiu. Salinas, no entanto, não tem do que reclamar. Atualmente, dá expediente em Nova York como gerente regional do BB para a América do Norte.
 
A agenda evidencia um encontro seu com o então advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, hoje ministro do Supremo. Também dava as boas-vindas a empresas estrangeiras que se instalavam no Brasil. Em 2009, ela se reuniu duas vezes com um representante da Boiron, multinacional do setor de medicamentos.
Só isso? Informa VEJA: “O rol de compromissos inclui ainda representantes de uma companhia japonesa, bancos privados, empresas aéreas e associações empresariais. Coisa digna de ministra de estado. Petequeira?”.
Encerro

O que uma simples chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo — uma desnecessidade absoluta — tinha a conversar ou a negociar com esses potentados? Eis, por enquanto ao menos, um dos segredos mais bem guardados da República.
Os petistas fazem um esforço danado para que essa desenvoltura pareça coisa natural. Em certos setores, até se lastimam, como posso escrever?, as escolhas do indivíduo Lula, como se estivéssemos diante de uma mera questão pessoal.
A agenda de Rose demonstra que é imerecido o tratamento às vezes pitoresco que se dá ao caso. Rose, como se vê, merece ser tratada como mais respeito, certo?
 
07 de setembro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

DE COSTAS PARA A SOCIEDADE

 

Se a decisão do Supremo Tribunal Federal, no caso do mensalão, representa um marco em direção ao fim do ciclo de impunidade histórica de agentes públicos no Brasil, a Câmara dos Deputados, em sentido contrário, se consolida como a resistência à moralização das práticas e costumes políticos.

O presidente da instituição, Marco Maia (PT-RS), e o que provavelmente o substituirá, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), indiferentes à opinião pública, empenham a simbologia do cargo maior do Parlamento em favor da peça farsesca que procura desqualificar a decisão judicial traduzindo-a por "ato político" da Suprema Corte.

Maia o faz pela estratégia de redução de danos adotada pelo seu partido diante da perda de capital político imposto pelo mensalão.

Alves o segue para garantir o cumprimento do acordo com o PT, que deverá fazê-lo sucessor.

Discurso diferente teria como consequência imediata a condenação pública à inacreditável posse de José Genoino (PT-SP) e o risco de uma sangria de votos no chamado baixo clero, onde rivais com pouca ou nenhuma chance garimpam votos.

É possível, mas não provável, que o peemedebista, com a experiência de 11 mandatos consecutivos na Câmara Federal, uma vez no cargo, coordene uma saída conciliadora e abandone o discurso de enfrentamento com o Judiciário.

Mas a simples necessidade de fazê-lo, pelo risco de perder os votos de seus pares, mostra o quanto o Legislativo virou às costas à sociedade, com índices negativos que o tornam uma das instituições mais desacreditadas do País.

07 de janeiro de 2013
João Bosco Rabello, O Estado de S. Paulo

AVALIAÇÃO PETISTA DA CRISE POLÍTICA NA VENEZUELA

Governo Dilma admite prorrogação do mandato de Chávez
07/01/2013 20:53
Governo brasileiro avalia que mandato de Chávez pode ser prorrogado. Constituição da Venezuela prevê que vice-presidente pode assumir cargo por até 6 meses, afirma Marco Aurélio Garcia


Catarina Alencastro - O Globo
Luiza Damé (

Marco Aurélio Garcia é o principal interlocutor de Dilma com o governo de Chávez Foto: Ailton de Freitas / Agência O GloboMarco Aurélio Garcia é o principal interlocutor de Dilma com o governo de ChávezAilton de Freitas / Agência O Globo

Embora admita que o estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seja “grave”, o governo brasileiro não considera ser preocupante o futuro político daquele país. Depois de passar dois dias em Havana, acompanhando, a pedido da presidente Dilma Rousseff, a evolução da doença de Chávez, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais,

Marco Aurélio Garcia, reproduziu a interpretação da constituição venezuelana feita pelos chavistas, de que caso o presidente não possa tomar posse no próximo dia 10, o vice de Chávez poderia ficar no poder por até seis meses (90 dias prorrogáveis por mais 90 dias).
- Evidentemente vamos ter que ver concretamente como a coisa evolui. A informação que obtive lá, e que depois foi confirmada pela leitura dos textos e pelas informações da nossa embaixada em Caracas, é que, na eventualidade de o presidente Chávez não poder comparecer dia 10 a Caracas, há uma cobertura constitucional do artigo 233, 234 para que seja dado um prazo, ao fim do qual, constatando-se a impossibilidade de ele efetivamente assumir ou no caso de que houvesse falecimento do presidente, seriam convocadas no prazo de 30 dias eleições presidenciais - afirmou Marco Aurélio, reconhecendo que “há muita divergência” sobre a constitucionalidade da sucessão na Venezuela.

Segundo Marco Aurélio, é impossível fazer previsões sobre a situação de Chávez, que enfrenta um câncer desde 2009. O assessor presidencial disse que nos dias em que esteve em Cuba, onde Chávez passou por sua quarta cirurgia, não pode visitar o líder venezuelano. O enviado do governo brasileiro esteve em Havana entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro e desde então mantém contato com interlocutores na Venezuela.

- Naquele momento (Chávez) estava enfrentando uma batalha muito difícil, depois da operação complexa que ele havia sofrido e que havia provocado como sequela uma infecção respiratória. Não estive com presidente Chávez, ele não estava recebendo visitas, estava com a família. As informações que eu tive foram de que ele estava muito enfraquecido, ainda que consciente - informou, acrescentando que o estado de saúde do presidente venezuelano “é grave”.

Em contato permanente com a presidente Dilma, a quem tem informado sobre Chávez, Marco Aurélio disse que ela ficou sentida com a situação do colega venezuelano:

- Evidentemente reagimos como reagimos sempre que um chefe de Estado, sobretudo de um país amigo, um país do Mercosul, sofre uma diminuição na sua capacidade física, como esta. Estamos penalizados com esta situação. Todos sabem do apreço que o governo brasileiro tem ao presidente Chávez, do apreço pessoal que alguns membros do governo brasileiro têm ao presidente Chávez. Portanto, vemos como algo lamentável.

O governo brasileiro, segundo Marco Aurélio, não vê possibilidade de golpe na Venezuela nem risco de instabilidade institucional. O assessor afirmou que a oposição está tendo uma posição moderada.

07 de janeiro de 2013
Catarina Alencastro - O Globo