Mesmo amando o solo onde nascemos, ninguém melhor do que nós mesmos para saber de suas mazelas e de seus defeitos. Da mesma forma que não existe ninguém perfeito; igualmente os países têm suas vantagens e desvantagens em seu “modo de ser”.
Mas, é inegável que o Brasil de uns tempos para cá vem se tornando um verdadeiro “samba do crioulo doido” em matéria de coerência (vão querer me processar por racismo). Algumas coisas têm acontecido que, sinceramente, deixariam de cabelo em pé o mais manso dos monges budistas e paralisariam o mais temível e fanático terrorista.
Todo mundo lembra que, depois do “Onze de Setembro”, os americanos endureceram dramaticamente suas medidas de segurança para estrangeiros. Absolutamente todos os passageiros são obrigados (até hoje) a retirarem seus sapatos para que os mesmos sejam vistoriados em busca de possíveis explosivos.
Uma grande e idiota celeuma foi levantada por alguns setores da esquerda brasileira quando um de nossos embaixadores, voando em avião de carreira, teve de se submeter ao mesmo tipo de revista que todos os demais passageiros.
Pela simples falta de bom senso em compreender que aquilo era uma norma de segurança PARA TODOS e que tinha como objetivo a proteção do avião e de seu conteúdo em vidas (sem falar nas vidas em terra) e o costume de receber privilégios pelo simples fato de ocupar cargo público (a famosa república do “você sabe com quem está falando”); a grita geral era de que o governo “de direita” de FHC havia se submetido aos “imperialistas” e passado uma “vergonha” humilhando nossa nação.
Pois é. Para mostrar como essa gente pensa apenas em seus próprios umbigos e não está nem aí para a soberania de nossa nação (desde que os cofres sejam mantidos abertos), episódio bem semelhante (este sim humilhante dadas as proporções que tomou) se repetiu no governo esquerdista que ocupa agora o poder.
Longe de ser “desacatado” por uma medida de segurança imposta por uma outra nação soberana em seu território e só aplicada lá; o governo brasileiro foi publicamente xingado e sofreu uma descompostura internacional ao ser chamado “às favas” por um representante de uma mera empresa particular que nos julgou incompetentes, preguiçosos e dignos de um “chute no traseiro” para que o mundo todo ouvisse em alto e bom som. Como sempre, os “nacionalistas” pularam e gritaram que o tal representante seria “banido” das negociações e o Brasil, como “nação soberana”, não mais sentaria à mesa com “aquele cidadão”.
Bastou que o presidente da tal entidade (a FIFA) batesse o pé: “Se quiserem a Copa é com Fulano e só”. E toda aquela revolta nacionalista foi para o vinagre com uma velocidade espantosa. Agora, se era uma humilhação atender a uma lei de outra nação soberana em seu território; o que será ser xingado por um mero ASPONE de uma simples empresa e depois de espernear e vomitar asneiras, sentar-se ao lado do mesmo ASPONE como se nada tivesse acontecido e ainda trocar sorrisos com ele?
Outra coisa estranha que acontece por aqui é a forma imbecil e pusilânime como conduzimos nossas relações com nossos vizinhos continentais. O Mercosul é uma mera fantasia bancada por nós, enquanto a Argentina e outros países torpedeiam nossos produtos com tarifas alfandegárias “a dar com o pau”; retém documentos ou criam dificuldades para a exportação de nossos produtos (acabaram de proibir a importação de nossa carne de porco e derivados) sem que ninguém lhes dê o troco ou mostre que somos o fiel da balança no continente e não vamos aceitar ser feitos de bobo.
O exército boliviano invadiu nosso território com tropas armadas, atacou e incendiou casas de cidadãos brasileiros em nosso lado da fronteira e tudo que nosso governo fez foi “cuidar do caso” enviando dez soldados (isso mesmo) para uma região de floresta maior do que a Cidade do Rio de Janeiro. É lógico que ninguém vai declarar guerra contra a Bolívia (afinal de contas, uma possível conquista daquele país ia trazer mais problemas do que soluções ou lucros). Mas, uma nação que deseja ser chamada de potência não pode deixar que unidades militares regulares invadam seu território a mando de um governo estrangeiro e fique tudo por isso mesmo.
Criticou-se o governo FHC em relação ao fechamento da área de fronteira do Rio Paraguai que vinha se transformando num verdadeiro paraíso das armas e drogas. Para a "esquerda” a coisa soava como fascista e imperialista e para os paraguaios (aquele país ordeiro e cheio de gente que segue as leis à risca, com uma polícia atuante e honesta como a nossa) era algo inominável. Abandonamos o fechamento e, hoje, quem quiser pode assistir as imagens das cargas de drogas, armas e qualquer coisa desejada passar por barcos bem embaixo dos olhos de nossos fiscais na “ponte da amizade”.
As verdadeiras “asas do fascismo” estão presentes na alma das esquerdas brasileiras que pararam no tempo e se imaginam impondo à nação brasileira parâmetros de controle estatal dignos da “Era Stálin” ou mesmo práticas do Nacional Socialismo Alemão.
E antes que você militante de esquerda venha me xingar; saiba que esta constatação é de um dos maiores expoentes da atual esquerda brasileira, o Senador Randolfe Rodriguez do PSOL/AP. Ele chegou a essa conclusão (que para mim é óbvia e se manifesta claramente na forma criminosa como é conduzida a militância petista e da esquerda em geral nos dias de hoje) ao ser acusado por membros de seu próprio partido de “ter-se vendido ao imperialismo” pelo simples fato de propor a criação de um ponto turístico no Amapá. Seria um Museu que mostraria a participação do povo amapaense no esforço aliado no combate ao nazifascismo durante a Segunda Grande Guerra. Tudo isso pelo fato do museu ser criado com verbas da Secretaria da Cultura do Amapá e do Governo Americano (já que, a exemplo do Nordeste, havia uma base americana lá durante a guerra).
Crítica igualmente estúpida se deu quando ele buscou investimentos estrangeiros para alavancar a economia do Amapá. Seus correligionários embarreiraram o processo por acharem que se tratava de “uma conversão ao capitalismo”. Como sempre, nossa esquerda prefere que o povo passe fome – dentro do mais profundo pensamento socialista – ou fique dependente das esmolas que lhes são atiradas sob o disfarce das famigeradas bolsas (assim se garantem escravos votantes).
O corajoso senador ainda dispara:
E você, o que acha disso?
10 de maio de 2012
visão panorâmica
Mas, é inegável que o Brasil de uns tempos para cá vem se tornando um verdadeiro “samba do crioulo doido” em matéria de coerência (vão querer me processar por racismo). Algumas coisas têm acontecido que, sinceramente, deixariam de cabelo em pé o mais manso dos monges budistas e paralisariam o mais temível e fanático terrorista.
Todo mundo lembra que, depois do “Onze de Setembro”, os americanos endureceram dramaticamente suas medidas de segurança para estrangeiros. Absolutamente todos os passageiros são obrigados (até hoje) a retirarem seus sapatos para que os mesmos sejam vistoriados em busca de possíveis explosivos.
Uma grande e idiota celeuma foi levantada por alguns setores da esquerda brasileira quando um de nossos embaixadores, voando em avião de carreira, teve de se submeter ao mesmo tipo de revista que todos os demais passageiros.
Pela simples falta de bom senso em compreender que aquilo era uma norma de segurança PARA TODOS e que tinha como objetivo a proteção do avião e de seu conteúdo em vidas (sem falar nas vidas em terra) e o costume de receber privilégios pelo simples fato de ocupar cargo público (a famosa república do “você sabe com quem está falando”); a grita geral era de que o governo “de direita” de FHC havia se submetido aos “imperialistas” e passado uma “vergonha” humilhando nossa nação.
Pois é. Para mostrar como essa gente pensa apenas em seus próprios umbigos e não está nem aí para a soberania de nossa nação (desde que os cofres sejam mantidos abertos), episódio bem semelhante (este sim humilhante dadas as proporções que tomou) se repetiu no governo esquerdista que ocupa agora o poder.
Longe de ser “desacatado” por uma medida de segurança imposta por uma outra nação soberana em seu território e só aplicada lá; o governo brasileiro foi publicamente xingado e sofreu uma descompostura internacional ao ser chamado “às favas” por um representante de uma mera empresa particular que nos julgou incompetentes, preguiçosos e dignos de um “chute no traseiro” para que o mundo todo ouvisse em alto e bom som. Como sempre, os “nacionalistas” pularam e gritaram que o tal representante seria “banido” das negociações e o Brasil, como “nação soberana”, não mais sentaria à mesa com “aquele cidadão”.
Bastou que o presidente da tal entidade (a FIFA) batesse o pé: “Se quiserem a Copa é com Fulano e só”. E toda aquela revolta nacionalista foi para o vinagre com uma velocidade espantosa. Agora, se era uma humilhação atender a uma lei de outra nação soberana em seu território; o que será ser xingado por um mero ASPONE de uma simples empresa e depois de espernear e vomitar asneiras, sentar-se ao lado do mesmo ASPONE como se nada tivesse acontecido e ainda trocar sorrisos com ele?
Outra coisa estranha que acontece por aqui é a forma imbecil e pusilânime como conduzimos nossas relações com nossos vizinhos continentais. O Mercosul é uma mera fantasia bancada por nós, enquanto a Argentina e outros países torpedeiam nossos produtos com tarifas alfandegárias “a dar com o pau”; retém documentos ou criam dificuldades para a exportação de nossos produtos (acabaram de proibir a importação de nossa carne de porco e derivados) sem que ninguém lhes dê o troco ou mostre que somos o fiel da balança no continente e não vamos aceitar ser feitos de bobo.
O exército boliviano invadiu nosso território com tropas armadas, atacou e incendiou casas de cidadãos brasileiros em nosso lado da fronteira e tudo que nosso governo fez foi “cuidar do caso” enviando dez soldados (isso mesmo) para uma região de floresta maior do que a Cidade do Rio de Janeiro. É lógico que ninguém vai declarar guerra contra a Bolívia (afinal de contas, uma possível conquista daquele país ia trazer mais problemas do que soluções ou lucros). Mas, uma nação que deseja ser chamada de potência não pode deixar que unidades militares regulares invadam seu território a mando de um governo estrangeiro e fique tudo por isso mesmo.
Criticou-se o governo FHC em relação ao fechamento da área de fronteira do Rio Paraguai que vinha se transformando num verdadeiro paraíso das armas e drogas. Para a "esquerda” a coisa soava como fascista e imperialista e para os paraguaios (aquele país ordeiro e cheio de gente que segue as leis à risca, com uma polícia atuante e honesta como a nossa) era algo inominável. Abandonamos o fechamento e, hoje, quem quiser pode assistir as imagens das cargas de drogas, armas e qualquer coisa desejada passar por barcos bem embaixo dos olhos de nossos fiscais na “ponte da amizade”.
As verdadeiras “asas do fascismo” estão presentes na alma das esquerdas brasileiras que pararam no tempo e se imaginam impondo à nação brasileira parâmetros de controle estatal dignos da “Era Stálin” ou mesmo práticas do Nacional Socialismo Alemão.
E antes que você militante de esquerda venha me xingar; saiba que esta constatação é de um dos maiores expoentes da atual esquerda brasileira, o Senador Randolfe Rodriguez do PSOL/AP. Ele chegou a essa conclusão (que para mim é óbvia e se manifesta claramente na forma criminosa como é conduzida a militância petista e da esquerda em geral nos dias de hoje) ao ser acusado por membros de seu próprio partido de “ter-se vendido ao imperialismo” pelo simples fato de propor a criação de um ponto turístico no Amapá. Seria um Museu que mostraria a participação do povo amapaense no esforço aliado no combate ao nazifascismo durante a Segunda Grande Guerra. Tudo isso pelo fato do museu ser criado com verbas da Secretaria da Cultura do Amapá e do Governo Americano (já que, a exemplo do Nordeste, havia uma base americana lá durante a guerra).
Crítica igualmente estúpida se deu quando ele buscou investimentos estrangeiros para alavancar a economia do Amapá. Seus correligionários embarreiraram o processo por acharem que se tratava de “uma conversão ao capitalismo”. Como sempre, nossa esquerda prefere que o povo passe fome – dentro do mais profundo pensamento socialista – ou fique dependente das esmolas que lhes são atiradas sob o disfarce das famigeradas bolsas (assim se garantem escravos votantes).
O corajoso senador ainda dispara:
(…) É uma argumentação tosca, inadequada, e não é de esquerda. É fascista. Hitler e Mussolini defendiam a mesma ideia de realidades isoladas, sem diálogo com o mundo. (…)Isso sem falar nas recentes tentativas de impor a censura em obras consagradas de nossa literatura (Monteiro Lobato, Cabeleira do Zezé, Nega Maluca e outras obras imortais de nossa cultura agora são “racistas”) e a praga do politicamente correto que vem sendo implantada por setores “de alto zelo” da esquerda em busca verdadeiramente de notoriedade. Eles veem racismo e preconceito em tudo como forma de dar asas ao seu desejo de censurar a forma como pensamos e nos comunicamos e formatar nosso pensamento e nossa cultura conforme os ditames dos burocratas imbecis e sem talento de algum “movimento social”. Exatamente como os censores do Regime Militar, eles têm apenas sua própria mediocridade e ódio a criatividade como mola propulsora.
(…) Quando defendi a construção de um museu sobre a luta dos aliados no combate ao nazifascismo, afirmaram que eu tinha me convertido ao imperialismo. Existe uma lógica autofágica dentro do partido. Não há compreensão de muitos setores a esse espaço do Parlamento. Há uma conversão da idiotice em má-fé. Eles não leram uma obra básica do Lenin: Esquerdismo, a doença infantil do comunismo.(…)
E você, o que acha disso?
10 de maio de 2012
visão panorâmica