O grito de guerra dos militantes ainda ecoa no Planalto Central. “Dirceu guerreiro! Do povo brasileiro!”, o refrão estremece o salão, como um canto de torcida organizada no estádio ou o coro de um funk carioca num bailão.
Mas Dirceu é guerreiro modesto e discreto, nunca falou sobre as suas ações revolucionárias, seus confrontos com as forças da repressão, suas batalhas de arma na mão pelo povo brasileiro. Talvez para não humilhar companheiros que não tiveram tanta bravura como ele na luta contra a ditadura, ou cometeram erros estratégicos que levaram à prisão e à morte de companheiros. Ou talvez porque nunca tenham acontecido. Quando lhe perguntam se matou alguém em combate, dá um sorrisinho maroto e faz cara de mistério.
O guerreiro chama a presidente Dilma de “companheira de armas”, mas embora ela tenha pago na própria carne pela sua coragem revolucionária, não há qualquer notícia, documento ou testemunha da presença de Dirceu, ou de “Daniel”, seu nome de guerra, em nenhuma ação armada durante a ditadura. Talvez a Comissão da Verdade faça justiça à sua combatividade, ou desmascare o guerreiro que foi sem nunca ter sido. Talvez algum dia reapareçam os disquetes com a sua biografia escrita por Fernando Morais, em que ele dizia ter contado tudo sobre a sua vida guerreira, mas foram misteriosamente roubados da sua trincheira.
Na Câmara, ele foi um incansável guerreiro, se recusando a assinar a Constituição democrática de 88, batalhando pela rejeição da Lei de Responsabilidade Fiscal e denunciando o Plano Real como uma farsa eleitoreira da direita. Perdeu essas batalhas, mas não a sua guerra.
Notável estrategista, ele começou como um dos líderes estudantis que, em 1968, convocaram um congresso “secreto” da UNE em uma fazenda em Ibiúna, onde os 500 congressistas foram facilmente cercados pela polícia e pelo Exército e presos, aniquilando o movimento estudantil. Em entrevista recente, Dirceu disse que, mesmo cercado por centenas de policiais e soldados armados, “queria resistir”, mas foi voto vencido.
Com um guerreiro desses, o povo brasileiro não precisa de inimigos.
Nelson Motta - 09/09/2011
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
domingo, 11 de setembro de 2011
JUDICIÁRIO MENSALEIRO (1)
Qual o julgamento mais importante sobre corrupção nos próximos 12 meses? O Mensalão, sem dúvida alguma. Não pelo dinheiro que representa o crime em si, mas por ser a falcatrua hospedeira do esquema montado por Lula que afundou o Brasil na corrupção, gerando um prejuízo que alguns dizem ser de R$ 40 bilhões e outros de até R$ 70 bilhões, a cada ano.
O Mensalão é o símbolo da corrupção política no Brasil, da compra de votos, do loteamento do Estado, da distribuição de dinheiro público para uma vasta base aliada.
O grande problema é que o Mensalão pode dar em nada, tendo em vista o péssimo desempenho da Justiça brasileira, hoje mais preocupada em atender às suas próprias remunerações mensais.
O que é este novo aumento do Judiciário, este vergonhoso aumento do Judiciário, a não ser um Mensalão autoconcedido para favorecer uma verdadeira casta existente em nosso país?
Que diferença existe entre superfaturar uma obra pública ou superfaturar o próprio salário, usando subterfúgios legais?
Se ampliarmos o conceito, isto também não caracterizaria a existência de uma sofisticada organização criminosa, pelo menos em termos morais e éticos?
É revoltante que os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal estejam sendo aumentados para R$ 30,6 mil mensais, com um reajuste anual de quase 15%. E que somado ao aumento dos servidores do Judiciário, de estratosféricos 56%, gere um efeito cascata que custará R$ 7,7 bilhões anuais aos cofres públicos.
Façamos uma conta rápida. O Poder Judiciário, segundo dados de outubro de 2010, possui 131.000 funcionários. Isto significa que cada servidor custará, em 2012, mais R$ 59 mil ou R$ 4,9 mil mensais. É ou não é um absurdo que cada servidor da Justiça vá receber, em média, mais 9 salários mínimos mensais, enquanto nos últimos 15 anos os 25 milhões de aposentados estão com uma defasagem de 100% nos seus proventos?
Por qual motivo, por qual resultado, por qual produtividade este Poder Judiciário incompetente, solidário com a corrupção ao postergar por anos e anos julgamentos que poderiam limpar o país, merece aumento tão leonino? Alguém acredita que este Judiciário mensaleiro condenará algum membro da sofisticada organização criminosa do Mensalão?
coturno noturno
O Mensalão é o símbolo da corrupção política no Brasil, da compra de votos, do loteamento do Estado, da distribuição de dinheiro público para uma vasta base aliada.
O grande problema é que o Mensalão pode dar em nada, tendo em vista o péssimo desempenho da Justiça brasileira, hoje mais preocupada em atender às suas próprias remunerações mensais.
O que é este novo aumento do Judiciário, este vergonhoso aumento do Judiciário, a não ser um Mensalão autoconcedido para favorecer uma verdadeira casta existente em nosso país?
Que diferença existe entre superfaturar uma obra pública ou superfaturar o próprio salário, usando subterfúgios legais?
Se ampliarmos o conceito, isto também não caracterizaria a existência de uma sofisticada organização criminosa, pelo menos em termos morais e éticos?
É revoltante que os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal estejam sendo aumentados para R$ 30,6 mil mensais, com um reajuste anual de quase 15%. E que somado ao aumento dos servidores do Judiciário, de estratosféricos 56%, gere um efeito cascata que custará R$ 7,7 bilhões anuais aos cofres públicos.
Façamos uma conta rápida. O Poder Judiciário, segundo dados de outubro de 2010, possui 131.000 funcionários. Isto significa que cada servidor custará, em 2012, mais R$ 59 mil ou R$ 4,9 mil mensais. É ou não é um absurdo que cada servidor da Justiça vá receber, em média, mais 9 salários mínimos mensais, enquanto nos últimos 15 anos os 25 milhões de aposentados estão com uma defasagem de 100% nos seus proventos?
Por qual motivo, por qual resultado, por qual produtividade este Poder Judiciário incompetente, solidário com a corrupção ao postergar por anos e anos julgamentos que poderiam limpar o país, merece aumento tão leonino? Alguém acredita que este Judiciário mensaleiro condenará algum membro da sofisticada organização criminosa do Mensalão?
coturno noturno
O KINSEY GOSPEL DO BRASIL E O MARKETING DO SEXO EVANGÉLICO
Media Watch - Outros
Julio Severo expõe o jogo duplo e burlesco de Danilo Fernandes, que no site Genizah dá total espaço e apoio a liberais teológicos e socialistas, e simula, no site Observador Cristão, também de sua propriedade, o endosso de evangélicos conservadores ao Genizah.
Danilo Fernandes, o dono do tabloide sensacionalista Genizah, entrou no negócio rentável das pesquisas sexuais. Com sua pesquisa “O Sexo e o Crente” — supostamente sem fraudes e interesses comerciais — Danilo revela sobre o comportamento sexual evangélico brasileiro o que ninguém nunca ousou mostrar:
Quantos evangélicos cometem adultério?
Quantos evangélicos praticam homossexualismo?
Quantos evangélicos praticam sexo grupal?
Essas e outras questões são tratadas pela “pesquisa” do dono do Genizah.
Mas o que um marqueteiro entende desse assunto? É a mesma pergunta que se poderia fazer sobre Alfred Kinsey (1894-1956), que era um mero biólogo de vespas.
Considerando o fato de que Danilo não tem nenhuma grande empresa para ostentar seus dotes marqueteiros, bem provavelmente ele é como Kinsey: um caçador de vespas, pronto para usar seu talento do oportunismo.
Kinsey, autor do livro “Sexual Behavior in the Human Male” (Conduta Sexual no Homem), publicado em 1948, é considerado o pai da revolução sexual, inventando a teoria de que 10 por cento ou mais da população são homossexuais e definindo a promiscuidade sexual como um padrão da conduta humana.
O que Kinsey não contou foi que a maioria das pessoas entrevistadas por sua equipe era presidiária ou espécie semelhante, que estava muito mais aberta para falar de suas “proezas” sexuais. É impossível imaginar, em plena década de 1940, pessoas de bem prontamente se abrindo e contando detalhadamente suas práticas sexuais.
Ao contrário de Kinsey e sua equipe, a maioria da população era recatada e não adepta da depravação. Por isso, ele precisou recorrer tanto à população presidiária. Aliás, sua própria equipe era incentivada por ele a praticar vários tipos de relações sexuais, inclusive homossexuais, a fim de romper inibições e ajudar sua pesquisa. O próprio Kinsey já havia vencido tais inibições e seus entrevistados presidiários e depravados eram altamente desinibidos.
Kinsey era um “cientista” prático: ele mesmo praticava muitas das depravações que descrevia. Assim, ele podia falar por experiência, embora a mentira e a falsidade permeassem suas descrições. Integridade e desinibição sexual parecem não gostar de andar juntas.
Entretanto, o aspecto mais macabro de sua “pesquisa” é a revelação de que pedófilos haviam sido incumbidos de registrar os orgasmos das crianças, até mesmo bebês, que eram alvos de seus experimentos “científicos”. De novo, Kinsey pôde contar com outra classe de seres humanos que desconhecia a inibição, o recato e os padrões sexuais “puritanos”.
A metodologia “científica” fraudulenta de Kinsey foi abundantemente desmontada pelos estudos rigorosos da Dr. Judith Reisman, cujos livros sobre Kinsey deixaram nus o pervertido e suas perversões.
Quanto ao Kinsey gospel brasileiro, que ainda não encontrou uma Judith Reisman evangélica, ele é a seu próprio modo um calvinista sem puritanismo. Com sua pesquisa sexual, ele pretende apresentar a primeira visão da conduta sexual do evangélico brasileiro, numa abertura em que até anjos e querubins poderiam falar de seus desejos sexuais mais íntimos.
Os imorais são sempre os mais desinibidos em revelações sexuais. Essa também foi a maior descoberta de Kinsey. Assim, não é de admirar que ele tenha escolhido pedófilos, homossexuais e presidiários para chegar às suas conclusões depravadas, que foram extrapoladas para a população geral. Com os desinibidos de sua “pesquisa”, Danilo pode igualmente extrapolar para a população evangélica inteira. Extrapolar não é prática estranha ao vespeiro esquerdista Genizah.
Danilo Fernandes, Caio Fábio e Carlos Moreira.
O Kinsey gospel merece credito, pois ao seu lado está Caio Fábio, o Freud gospel. Com sua desinibição característica e experiências sexuais, o Freud gospel poderia facilmente ultrapassar o Kinsey gospel, mas seu divã o deixa tão ocupado com os blá-blá-blás sexuais das clientes que ele nunca teve tempo de fazer uma pesquisa “Conduta Sexual da Evangélica Brasileira”. Danilo passou a perna no mestre Freud!
Mas nunca é tarde. Se o Freud gospel fizer uma pesquisa, a partir da observação “científica” de suas clientes, Danilo terá de se contentar com o título de Kinsey calvinista. Em matéria de sexo, ninguém vai poder superar o Kinsey da “graça”.
O Kinsey gospel merece credito, pois a revista Cristianismo Hoje também participou da “pesquisa” “O Sexo e o Crente”. Essa é a mesma revista que tratou com deboche minhas posturas, que Kinsey classificaria como “puritanas”. A participação da revista poderia dar uma aparência de seriedade à “pesquisa” do dono do Genizah. Alguém poderia dizer: “Olha, Julio, reconhece-se hoje que Kinsey cometeu fraudes. Mas insinuar que o Danilo também cometeria fraudes não é exagero?”
De fato, recebo mensagens de leitores que, ao verem minhas denúncias contra o Genizah e seu dono, dizem: “Julio, pare de implicar com o Genizah. Não é só o liberal Genizah que ataca suas posturas conservadoras. O site Observador Cristão, pertencente a um líder reformado conservador, também ataca você!” Verdade, o Observador Cristão já postou vários artigos contra mim, inclusive um vídeo difamador de Caio Fábio, que já foi refutado por mim. Outros sites calvinistas divulgam o Observador Cristão como se fosse obrigação os reformados conservadores se unirem a todos os chamados reformados conservadores.
Entretanto, grande foi minha surpresa ao descobrir quem está por trás do site Observador Cristão. Em 16 de agosto de 2011, os registros de domínio de internet mostravam a seguinte informação sobre o proprietário do Observador Cristão:
Indivíduo: Jose Danilo Silvestre Fernandes Filho
Endereço: Rua Vieira de Morais, 1900 - 33
Endereço: São Paulo - SP
Endereço: 04617902 - BR
Telefone: +21 23096117
Empresa: maxperformance comercio de alimentos ltda
E-mail: danilo@genizahvirtual.com
Nessa mesma data, os mesmos registros identificavam o proprietário do Genizah no mesmo local e telefone do Observador Cristão:
Indivíduo: Jose Danilo Silvestre Fernandes Filho
Endereço: Rua Vieira de Morais, 1900 - 33
Endereço: São Paulo - SP
Endereço: 04617902 - BR
Telefone: +21 23096117
Empresa: maxperformance comercio de alimentos ltda
E-mail: danilo@genizahvirtual.com
Isso é uma coincidência cósmica, ou Danilo quer ser fiel em tudo ao Kinsey original, inclusive com práticas megalomaníacas de ludibriação?
Sob o manto vampiresco de Danilo, o Observador Cristão nada mais é do que um grande embuste midiático gospel, para dar ao Genizah um suposto apoio calvinista ou reformado conservador que ele nunca poderia, em outras circunstâncias, obter de legítimos calvinistas e reformados conservadores. O Observador Cristão, a grande Vigarice Gospel, é a isca feita especialmente para pegá-los.
No passado, o blog Teóphilo Noturno foi enganado por tais vigarices, e hoje conhece o caráter do dono do Genizah. Aliás, o Teóphilo está disponibilizando um desagravo público contra aquele que se esconde atrás do Observador Cristão.
Antes de sua conversão ao calvinismo, Danilo era um homem de muitas mulheres. Depois, se tornou milagrosamente um celibatário progressista e eremita sexual, dedicando-se a um santo ascetismo voltado à pureza da apologética calvinista e, agora, a uma pesquisa sexual entre evangélicos que pretende causar uma revolução sexual gospel, seguindo de forma “santificada” e “pura” os passos do papai Kinsey. Toda essa proeza sem um pingo de puritanismo calvinista!
No caso de Kinsey, por trás de uma pesquisa depravada, fraudulenta e criminosa, havia um homem depravado, criminoso e mentiroso. Mas levou quase 50 anos para a verdade plena aparecer.
No caso do Kinsey gospel, o que há? Quanto tempo levará para a verdade aparecer?
Escrito por Julio Severo, 11 Setembro 2011
Julio Severo expõe o jogo duplo e burlesco de Danilo Fernandes, que no site Genizah dá total espaço e apoio a liberais teológicos e socialistas, e simula, no site Observador Cristão, também de sua propriedade, o endosso de evangélicos conservadores ao Genizah.
Danilo Fernandes, o dono do tabloide sensacionalista Genizah, entrou no negócio rentável das pesquisas sexuais. Com sua pesquisa “O Sexo e o Crente” — supostamente sem fraudes e interesses comerciais — Danilo revela sobre o comportamento sexual evangélico brasileiro o que ninguém nunca ousou mostrar:
Quantos evangélicos cometem adultério?
Quantos evangélicos praticam homossexualismo?
Quantos evangélicos praticam sexo grupal?
Essas e outras questões são tratadas pela “pesquisa” do dono do Genizah.
Mas o que um marqueteiro entende desse assunto? É a mesma pergunta que se poderia fazer sobre Alfred Kinsey (1894-1956), que era um mero biólogo de vespas.
Considerando o fato de que Danilo não tem nenhuma grande empresa para ostentar seus dotes marqueteiros, bem provavelmente ele é como Kinsey: um caçador de vespas, pronto para usar seu talento do oportunismo.
Kinsey, autor do livro “Sexual Behavior in the Human Male” (Conduta Sexual no Homem), publicado em 1948, é considerado o pai da revolução sexual, inventando a teoria de que 10 por cento ou mais da população são homossexuais e definindo a promiscuidade sexual como um padrão da conduta humana.
O que Kinsey não contou foi que a maioria das pessoas entrevistadas por sua equipe era presidiária ou espécie semelhante, que estava muito mais aberta para falar de suas “proezas” sexuais. É impossível imaginar, em plena década de 1940, pessoas de bem prontamente se abrindo e contando detalhadamente suas práticas sexuais.
Ao contrário de Kinsey e sua equipe, a maioria da população era recatada e não adepta da depravação. Por isso, ele precisou recorrer tanto à população presidiária. Aliás, sua própria equipe era incentivada por ele a praticar vários tipos de relações sexuais, inclusive homossexuais, a fim de romper inibições e ajudar sua pesquisa. O próprio Kinsey já havia vencido tais inibições e seus entrevistados presidiários e depravados eram altamente desinibidos.
Kinsey era um “cientista” prático: ele mesmo praticava muitas das depravações que descrevia. Assim, ele podia falar por experiência, embora a mentira e a falsidade permeassem suas descrições. Integridade e desinibição sexual parecem não gostar de andar juntas.
Entretanto, o aspecto mais macabro de sua “pesquisa” é a revelação de que pedófilos haviam sido incumbidos de registrar os orgasmos das crianças, até mesmo bebês, que eram alvos de seus experimentos “científicos”. De novo, Kinsey pôde contar com outra classe de seres humanos que desconhecia a inibição, o recato e os padrões sexuais “puritanos”.
A metodologia “científica” fraudulenta de Kinsey foi abundantemente desmontada pelos estudos rigorosos da Dr. Judith Reisman, cujos livros sobre Kinsey deixaram nus o pervertido e suas perversões.
Quanto ao Kinsey gospel brasileiro, que ainda não encontrou uma Judith Reisman evangélica, ele é a seu próprio modo um calvinista sem puritanismo. Com sua pesquisa sexual, ele pretende apresentar a primeira visão da conduta sexual do evangélico brasileiro, numa abertura em que até anjos e querubins poderiam falar de seus desejos sexuais mais íntimos.
Os imorais são sempre os mais desinibidos em revelações sexuais. Essa também foi a maior descoberta de Kinsey. Assim, não é de admirar que ele tenha escolhido pedófilos, homossexuais e presidiários para chegar às suas conclusões depravadas, que foram extrapoladas para a população geral. Com os desinibidos de sua “pesquisa”, Danilo pode igualmente extrapolar para a população evangélica inteira. Extrapolar não é prática estranha ao vespeiro esquerdista Genizah.
Danilo Fernandes, Caio Fábio e Carlos Moreira.
O Kinsey gospel merece credito, pois ao seu lado está Caio Fábio, o Freud gospel. Com sua desinibição característica e experiências sexuais, o Freud gospel poderia facilmente ultrapassar o Kinsey gospel, mas seu divã o deixa tão ocupado com os blá-blá-blás sexuais das clientes que ele nunca teve tempo de fazer uma pesquisa “Conduta Sexual da Evangélica Brasileira”. Danilo passou a perna no mestre Freud!
Mas nunca é tarde. Se o Freud gospel fizer uma pesquisa, a partir da observação “científica” de suas clientes, Danilo terá de se contentar com o título de Kinsey calvinista. Em matéria de sexo, ninguém vai poder superar o Kinsey da “graça”.
O Kinsey gospel merece credito, pois a revista Cristianismo Hoje também participou da “pesquisa” “O Sexo e o Crente”. Essa é a mesma revista que tratou com deboche minhas posturas, que Kinsey classificaria como “puritanas”. A participação da revista poderia dar uma aparência de seriedade à “pesquisa” do dono do Genizah. Alguém poderia dizer: “Olha, Julio, reconhece-se hoje que Kinsey cometeu fraudes. Mas insinuar que o Danilo também cometeria fraudes não é exagero?”
De fato, recebo mensagens de leitores que, ao verem minhas denúncias contra o Genizah e seu dono, dizem: “Julio, pare de implicar com o Genizah. Não é só o liberal Genizah que ataca suas posturas conservadoras. O site Observador Cristão, pertencente a um líder reformado conservador, também ataca você!” Verdade, o Observador Cristão já postou vários artigos contra mim, inclusive um vídeo difamador de Caio Fábio, que já foi refutado por mim. Outros sites calvinistas divulgam o Observador Cristão como se fosse obrigação os reformados conservadores se unirem a todos os chamados reformados conservadores.
Entretanto, grande foi minha surpresa ao descobrir quem está por trás do site Observador Cristão. Em 16 de agosto de 2011, os registros de domínio de internet mostravam a seguinte informação sobre o proprietário do Observador Cristão:
Indivíduo: Jose Danilo Silvestre Fernandes Filho
Endereço: Rua Vieira de Morais, 1900 - 33
Endereço: São Paulo - SP
Endereço: 04617902 - BR
Telefone: +21 23096117
Empresa: maxperformance comercio de alimentos ltda
E-mail: danilo@genizahvirtual.com
Nessa mesma data, os mesmos registros identificavam o proprietário do Genizah no mesmo local e telefone do Observador Cristão:
Indivíduo: Jose Danilo Silvestre Fernandes Filho
Endereço: Rua Vieira de Morais, 1900 - 33
Endereço: São Paulo - SP
Endereço: 04617902 - BR
Telefone: +21 23096117
Empresa: maxperformance comercio de alimentos ltda
E-mail: danilo@genizahvirtual.com
Isso é uma coincidência cósmica, ou Danilo quer ser fiel em tudo ao Kinsey original, inclusive com práticas megalomaníacas de ludibriação?
Sob o manto vampiresco de Danilo, o Observador Cristão nada mais é do que um grande embuste midiático gospel, para dar ao Genizah um suposto apoio calvinista ou reformado conservador que ele nunca poderia, em outras circunstâncias, obter de legítimos calvinistas e reformados conservadores. O Observador Cristão, a grande Vigarice Gospel, é a isca feita especialmente para pegá-los.
No passado, o blog Teóphilo Noturno foi enganado por tais vigarices, e hoje conhece o caráter do dono do Genizah. Aliás, o Teóphilo está disponibilizando um desagravo público contra aquele que se esconde atrás do Observador Cristão.
Antes de sua conversão ao calvinismo, Danilo era um homem de muitas mulheres. Depois, se tornou milagrosamente um celibatário progressista e eremita sexual, dedicando-se a um santo ascetismo voltado à pureza da apologética calvinista e, agora, a uma pesquisa sexual entre evangélicos que pretende causar uma revolução sexual gospel, seguindo de forma “santificada” e “pura” os passos do papai Kinsey. Toda essa proeza sem um pingo de puritanismo calvinista!
No caso de Kinsey, por trás de uma pesquisa depravada, fraudulenta e criminosa, havia um homem depravado, criminoso e mentiroso. Mas levou quase 50 anos para a verdade plena aparecer.
No caso do Kinsey gospel, o que há? Quanto tempo levará para a verdade aparecer?
Escrito por Julio Severo, 11 Setembro 2011
INACEITÁVEIS OBVIEDADES!
Artigos - Conservadorismo
Quer ser impopular? Diga que há um desastre civilizacional em curso, motivado pela corrosão dos valores da tradição judaico-cristã.
Recebo muitas mensagens eletrônicas apontando o farisaísmo de quem critica a corrupção que vê e fecha os olhos para o extenso rol dos próprios desvios diários de conduta.
Certo, é farisaísmo mesmo. Essa inquietante observação sobre os comportamentos individuais conduz, ademais, à conclusão de que não existem sociedades virtuosas. Se as pessoas não o são, a sociedade tampouco o será. Aliás, é esse lado obscuro da natureza humana que, entre outras coisas, torna necessária a existência da lei, dos poderes de Estado e da política.
O artigo poderia terminar aqui se as proclamações feitas acima fossem as únicas verdades a serem ditas sobre o assunto, mas não é o caso. Aliás, quanto mais a toalha da renúncia à virtude for jogada no tablado da cultura contemporânea e quanto mais isso for objeto de indiferença social, maior será a corrupção dos corruptos e o farisaísmo dos fariseus.
Chegará o dia em que, virado o fio, o vício se converterá em virtude e a virtude em vício. Não, não estamos longe disso, leitor, numa época em que o adjetivo "sacana" pega melhor que o adjetivo "virtuoso". Ou não? E todos riem.
Que somos imperfeitos, sabemos. O que parece haver sumido das nossas reflexões sobre a sociedade é o fato de que somos aperfeiçoáveis. Assim como sempre podemos fazer melhor o que fazemos, sempre podemos ser melhores do que somos.
Portanto, as sociedades jamais serão plenamente virtuosas, mas os indivíduos temos um compromisso moral com o nosso aperfeiçoamento. O que se tornou saudável prática em relação ao condicionamento físico sumiu dos procedimentos em relação ao caráter. Tornamo-nos moralmente sedentários! Abandonamos os exercícios que envolvem a formação da consciência.
Eis aí, então, um dos mais graves problemas da sociedade contemporânea. Podemos nos abraçar em muitos erros e vícios, mas fugimos das decorrentes responsabilidades morais e, principalmente, do mais tênue sentimento de culpa. Opa, culpa não! Culpa faz mal à saúde.
No entanto, pergunto: como haver arrependimento e retificação das condutas sem que a consciência bem formada acuse o erro? Como corrigir o mal feito a outros sem que a percepção do erro, elaborada no plano da consciência, nos mobilize nessa direção? Em qual laboratório - que não no da consciência - pode nascer algo tão humano quanto o pedido de perdão? Cuidado!
São muito claros os sinais de que estamos nos alinhando nos viciosos degraus de uma escada pela qual apenas poderemos descer.
Onde anda o hábito de examinar a consciência, de refletir sobre ações e motivações, de corrigir erros, de pedir e oferecer perdão, de buscar o bem e evitar o mal?
Todo esse percurso envolve etapas de ponderação e deliberação moral que, pouco a pouco, foram descartadas das práticas pessoais, familiares e, mesmo, religiosas. É como se a busca do bem tivesse deixado de ser saudável e o arrependimento fosse um desconforto a ser abolido do plano das consciências.
Quer ser impopular? Diga que há um desastre civilizacional em curso, motivado pela corrosão dos valores da tradição judaico-cristã. Quer desagradar a muitos? Proclame ser escandalosa a conduta de uma sociedade inteira que joga sua cultura e moralidade nos cínicos labirintos do relativismo até se extraviar totalmente de uma e de outra. E, depois, se queixa das consequências.
Escrito por Percival Puggina, 11 Setembro 2011
Zero Hora, 11/09/2011
Quer ser impopular? Diga que há um desastre civilizacional em curso, motivado pela corrosão dos valores da tradição judaico-cristã.
Recebo muitas mensagens eletrônicas apontando o farisaísmo de quem critica a corrupção que vê e fecha os olhos para o extenso rol dos próprios desvios diários de conduta.
Certo, é farisaísmo mesmo. Essa inquietante observação sobre os comportamentos individuais conduz, ademais, à conclusão de que não existem sociedades virtuosas. Se as pessoas não o são, a sociedade tampouco o será. Aliás, é esse lado obscuro da natureza humana que, entre outras coisas, torna necessária a existência da lei, dos poderes de Estado e da política.
O artigo poderia terminar aqui se as proclamações feitas acima fossem as únicas verdades a serem ditas sobre o assunto, mas não é o caso. Aliás, quanto mais a toalha da renúncia à virtude for jogada no tablado da cultura contemporânea e quanto mais isso for objeto de indiferença social, maior será a corrupção dos corruptos e o farisaísmo dos fariseus.
Chegará o dia em que, virado o fio, o vício se converterá em virtude e a virtude em vício. Não, não estamos longe disso, leitor, numa época em que o adjetivo "sacana" pega melhor que o adjetivo "virtuoso". Ou não? E todos riem.
Que somos imperfeitos, sabemos. O que parece haver sumido das nossas reflexões sobre a sociedade é o fato de que somos aperfeiçoáveis. Assim como sempre podemos fazer melhor o que fazemos, sempre podemos ser melhores do que somos.
Portanto, as sociedades jamais serão plenamente virtuosas, mas os indivíduos temos um compromisso moral com o nosso aperfeiçoamento. O que se tornou saudável prática em relação ao condicionamento físico sumiu dos procedimentos em relação ao caráter. Tornamo-nos moralmente sedentários! Abandonamos os exercícios que envolvem a formação da consciência.
Eis aí, então, um dos mais graves problemas da sociedade contemporânea. Podemos nos abraçar em muitos erros e vícios, mas fugimos das decorrentes responsabilidades morais e, principalmente, do mais tênue sentimento de culpa. Opa, culpa não! Culpa faz mal à saúde.
No entanto, pergunto: como haver arrependimento e retificação das condutas sem que a consciência bem formada acuse o erro? Como corrigir o mal feito a outros sem que a percepção do erro, elaborada no plano da consciência, nos mobilize nessa direção? Em qual laboratório - que não no da consciência - pode nascer algo tão humano quanto o pedido de perdão? Cuidado!
São muito claros os sinais de que estamos nos alinhando nos viciosos degraus de uma escada pela qual apenas poderemos descer.
Onde anda o hábito de examinar a consciência, de refletir sobre ações e motivações, de corrigir erros, de pedir e oferecer perdão, de buscar o bem e evitar o mal?
Todo esse percurso envolve etapas de ponderação e deliberação moral que, pouco a pouco, foram descartadas das práticas pessoais, familiares e, mesmo, religiosas. É como se a busca do bem tivesse deixado de ser saudável e o arrependimento fosse um desconforto a ser abolido do plano das consciências.
Quer ser impopular? Diga que há um desastre civilizacional em curso, motivado pela corrosão dos valores da tradição judaico-cristã. Quer desagradar a muitos? Proclame ser escandalosa a conduta de uma sociedade inteira que joga sua cultura e moralidade nos cínicos labirintos do relativismo até se extraviar totalmente de uma e de outra. E, depois, se queixa das consequências.
Escrito por Percival Puggina, 11 Setembro 2011
Zero Hora, 11/09/2011
A COPA DO MUNDO E A PIOR DE TODAS AS CORRUPÇÕES: A DO ESTADO DE DIREITO
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, recorreu ao Supremo contra a tal lei que institui o regime diferenciado para as obras da Copa do Mundo e da Olimpíada. Entenda-se por “regime diferenciado” o relaxamento dos critérios para a aferição de custos. Nos corredores de Brasília já se acusa o procurador de estar retaliando o governo por causa do reajuste do Judiciário. A lei especial é tão escancaradamente inconstitucional que a especulação sobre a disposição subjetiva de Gurgel é expressão de pura má fé. E que se note: ainda que assim fosse, não seria outra a natureza do texto. Vejam em que lama institucional o PT meteu o país.
Estaríamos, então, diante da seguinte escolha: ou o Brasil cumpre a lei, e as obras da Copa não ficariam prontas a tempo, ou, então, as descumpre, e essa seria uma condição necessária para que não se assistisse a um grande vexame: se a Fifa perceber que a coisa caminha para a breca, muda a tempo a sede do torneio. Há países com infra-estrutura adequada para receber o evento, bastando alguns ajustes. O que há de particularmente interessante nisso é que o PT não inova; ao contrário, pode-se dizer que age até com método. No poder, o partido é um notório desrespeitador da lei e das instituições, que passam a ser consideradas empecilhos à boa governança.
É impressionante que o debate esteja posto nestes termos: “Ou se segue a lei ou se faz a Copa”. Infelizmente, essa abordagem começa a ganhar setores da imprensa respeitável. Estudo recente do IPEA demonstra que, dado o ritmo dos trabalhos, estádios, portos, aeroportos e as obras de mobilidade nas cidades-sede não estarão prontos a tempo. Muito bem! E qual é, então, a saída? Ora, mandar a lei e a Constituição às favas e adotar o tal regime especial!!! Fala-se isso abertamente. É como se dissessem: “Só faltava agora a gente não fazer a Copa só por causa da ordem legal!!!”
Da forma como as coisas caminham, a Copa do Mundo de 2014 tem tudo para atingir o estado da arte da roubalheira. Hoje, com algumas poucas obras mal saindo do papel, já se tem um show de desinformação. Reportagem da Folha traz um dado impressionante (em azul):
O Portal da Transparência do governo, montado pela Controladoria-Geral da União, diz que a Copa custará R$ 23,4 bilhões. A Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), que tem acordo de cooperação técnica com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Ministério do Esporte, trabalha com outros números. Estima em R$ 112 bilhões o custo total do Mundial e em R$ 84,9 bilhões, se considerado o recorte feito pelo Portal da Transparência, com o cálculo incluindo só aeroportos, portos, segurança, arenas e mobilidade urbana .
Não foi nenhum grupo inimigo ou interessado em derrotar o petismo que divulgou os dados. Ao contrário: a Abdib, como se informa acima, trabalha em parceria com a CBF e com o Ministério dos Transportes. O que farão os ministros do Supremo? Não tenho a menor idéia. E é ruim não ter. Afinal, a tarefa daqueles 11 (por enquanto, 10) não é tornar viáveis aeroportos, portos, estrada ou metrô. Isso está fora da alçada do Judiciário. A sua tarefa é fazer valer a lei. Seu papel não é julgar segundo o clamor — público ou privado —, mas segundo o que vai na Carta. O maior de todos os vexames seria tomar uma decisão de caráter político.
Só estamos diante deste falso dilema — ou a Copa do Mundo ou a lei — porque o governo Lula foi de uma estúpida incompetência. Passou dois longos anos fazendo proselitismo sobre o evento sem sair do lugar. Nesse particular, esses nove primeiros meses do governo Dilma não inovam. Há quase três anos, pois, os petistas se quedam inertes Quando decidiram agir, descobriram que havia leis no meio do caminho. E agora nos propõe um plebiscito indecoroso: “Copa com esculhambação ou decência sem Copa”. Que gente é essa, Santo Deus!? E cumpre lembrar: a Dilma ministra foi uma das pessoas que impediram a privatização dos aeroportos, por exemplo.
Numa democracia, essa oposição entre ordem legal e pragmatismo ilegalista é uma aberração. Se a moda pega, toda e qualquer urgência serão definidas por legislação de exceção, a exemplo do que fazem as ditaduras. Nestes dias, em que milharas marcham contra a lambança e a impunidade, o PT se mobiliza para a mais grave de todas as corrupções: a do estado de direito. Espero que o Supremo faça essa gente meter o rabo entre as pernas - ou será coadjuvante de uma tramóia bilionária.
Por Reinaldo Azevedo
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