Quem sabe um dia eles possam tornar-se realidade? Devemos pagar (no caso os pecados) para ver...
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
ESQUERDAS QUEREM CANONIZAR O TERRORISTA CARLOS MARICHELLA
Comentei, há dois dias, o filme Diário de uma Busca, no qual Flávia Castro faz de seu pai, um celerado pós-64, um herói das esquerdas. Hoje, a Folha de São Paulo anuncia um novo embuste:
Um dia, faz 40 anos, eu estava indo com meu pai para a escola e ele disse: 'Vou te contar um segredo: seu tio Carlos é o Carlos Marighella'. Assim começa o documentário Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, com estréia prevista para outubro. Em uma hora e 40 minutos, Marighella desfia a trajetória do ícone da esquerda brasileira que acabou baleado e morto dentro de um Fusca em 1969, em São Paulo.
Segundo Morris Kachani, meio século da história do país pode ser contado a partir dos acontecimentos em sua vida: a gênese do comunismo baiano, mulato, do qual Jorge Amado era partidário; o conflito entre integralistas e comunistas; a legalização do Partidão; a clandestinidade; a frustração com Stálin; o golpe militar e, por fim, a luta armada.
O terno titio da história é um dos tantos terroristas que pegaram em armas para transformar o Brasil em uma republiqueta soviética.
Mas o que torna Marighella único é o olhar íntimo que só quem era de dentro da família seria capaz de documentar: "Tio Carlos era casado com tia Clara. Eles estavam sempre aparecendo e desaparecendo de casa. Era carinhoso, brincalhão, escrevia poemas pra gente. Nunca tinha associado o rosto dele aos cartazes de 'Procura-se' espalhados pela cidade", continua a voz em off da própria Isa, que assina direção e roteiro do filme".
Há horas as esquerdas vêm tentando canonizar o santo homem. Em 2008, o grupo gaúcho Oi Nóis Aqui Traveiz encenava, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, a peça O Amargo Santo da Purificação.
Quem é o amargo santo da purificação? Nada menos que o assassino e terrorista baiano Carlos Marighella. Na época, Beth Néspoli, repórter de um jornal que se pretende defensor da democracia e do Estado de direito, o Estadão, fazia a apologia do terrorismo:
Numa das cenas, informações importantes chegam em versos cantados ao som do berimbau numa roda de capoeira da qual Marighella participa, uma de suas paixões, fica-se sabendo então, assim como o carnaval.
Nessa fase jovem, a interpretação de Pedro De Camillis humaniza Marighella e faz dele um personagem de forte empatia. Paulo Flores interpreta o político maduro, já engajado na luta armada. O humor popular e picaresco dá o tom no momento do encontro amoroso entre Marighella e sua mulher Clara, vivida por Tânia Farias.
Em novembro de 2009, coube à Folha de São Paulo fazer o hagiológio do terrorista. Em sua coluna, Mônica Bergamo noticiava as homenagens que seriam prestadas por sua família nos quarenta anos de sua morte.
Às 11 horas, Clara Charf, companheira de Marighella, seu filho, Carlos Augusto, e a neta, Maria Marighella, vão distribuir flores e ler um manifesto na altura do número 806 da alameda Casa Branca, onde ele foi morto em emboscada preparada pelos órgãos de repressão.
Às 19 horas, a Câmara concederá a ele o título de cidadão paulistano. No próximo dia 7, será aberta a exposição "Marighella Vive", no Memorial da Resistência de São Paulo, com fotos, documentos, cartas e poemas do líder guerrilheiro.
Sobre o “documentário”, anunciado para outubro, declara Isa Grinspum, não por acaso socióloga formada pela USP, a maior e mais antiga escola de comunistas no Brasil:
"A idéia é desfazer o preconceito que até pouco tempo atrás havia contra meu tio. Era um nome amaldiçoado, sinônimo de horror. Além da vida clandestina e do ciclo de prisões e torturas, procuramos mostrar também o poeta, estudioso, amante de samba, praia e futebol, e acima de tudo o grande homem de idéias que ele foi".
Que bonitinho! Marighella era então um poeta, estudioso, amante de samba, praia e futebol, e acima de tudo um grande homem de idéias. D
esde há muito, filmes de ficção vêm sendo chamados de documentários. Abaixo, reproduzo alguns preceitos do evangelho do santo homem. Que encontrei inclusive traduzido ao sueco nos anos 70 - Liten handbok för stadsgerilla -, quando vivia em Estocolmo.
OS SANTOS PRECEITOS DE SÃO CARLOS MARIGHELLA
Trechos do Manual do Guerrilheiro Urbano, de autoria do amargo santo da purificação:
A característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.
(...)
No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que veio da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
(...)
A metralhadora ideal para o guerrilheiro urbano é a INA calibre .45. Outros tipos de metralhadoras de diferentes calibres podem ser usadas - com o prévio conhecimento, dos problemas de munições. É preferível que o potencial industrial do guerrilheiro urbano permita a produção de um só tipo de metralhadora, para que a munição utilizada possa ser padronizada.
Cada grupo de tiro das guerrilhas urbanas tem que ter uma metralhadora manejada por um bom atirador. Os outros componentes dos grupos têm que estarem armados com revólveres calibre .38, nossa arma "padrão". O calibre .32 também é útil para aqueles que querem participar. Mas o .38 é preferível já que seu impacto usualmente põe o inimigo fora de ação.
As granadas de mão e as bombas convencionais de fumaça podem ser consideradas como armamento leve. Com poder defensivo para a cobertura e retirada.
As armas de carregador longo são mais difíceis de transportar para o guerrilheiro urbano já que atraem muita atenção devido seu tamanho. Entre as armas de carregador longo estão a FAL, as armas e rifles Máuser, as armas de caça tais como a Winchester, e outras.
(...)
A vida do guerrilheiro urbano depende de atirar, na sua habilidade de manejar bem as armas de pequeno calibre como também em evitar ser alvo. Quando falamos de atirar, falamos de pontaria também. A pontaria deve de ser treinada até que se converta num reflexo por parte do guerrilheiro urbano.
Para aprender a atirar e ter boa pontaria, o guerrilheiro urbano tem que treinar sistematicamente, utilizando todos métodos de aprendizado, atirando em alvos, até em parques de diversão e em casa.
Tiro e pontaria são água e ar de um guerrilheiro urbano. Sua perfeição na arte de atirar o fazem um tipo especial de guerrilheiro urbano – ou seja, um franco-atirador, uma categoria de combatente solitário indispensável em ações isoladas. O franco-atirador sabe como atirar, a pouca distância ou a longa distância e suas armas são apropriadas para qualquer tipo de disparo.
(...)
Quando já tem os recursos, o guerrilheiro urbano pode combinar a expropriação de veículos com outros métodos de aquisição.
Dinheiro, armas, munições e explosivos, como também veículos têm que ser expropriados. O guerrilheiro urbano tem que roubar bancos e lojas de armas, e conseguir explosivos e munições onde queira que os encontre.
Nenhuma destas operações se realizam com um só propósito. No entanto quando o assalto é somente pelo dinheiro as armas dos guardas também são tomadas. A expropriação é o primeiro passo para a organização de nossas logísticas, que por si assume um caráter armado e permanentemente móvel.
O segundo passo é o de reforçar e estender a logística, dependendo das emboscadas e armadilhas em que o inimigo será surpreendido e suas armas, munições, veículos e outros recursos capturados.
Uma vez que o guerrilheiro urbano tem as armas, munições e explosivos, um dos problemas de logística mais sérios que terá em qualquer situação, é encontrar um lugar de esconderijo no qual deixar o material e conseguir os meios de transportá-lo e montá-lo onde é necessitado. Isto tem que ser completado mesmo quando o inimigo estiver vigiando e tiver as estradas bloqueadas.
janer cristaldo
Um dia, faz 40 anos, eu estava indo com meu pai para a escola e ele disse: 'Vou te contar um segredo: seu tio Carlos é o Carlos Marighella'. Assim começa o documentário Marighella, de Isa Grinspum Ferraz, com estréia prevista para outubro. Em uma hora e 40 minutos, Marighella desfia a trajetória do ícone da esquerda brasileira que acabou baleado e morto dentro de um Fusca em 1969, em São Paulo.
Segundo Morris Kachani, meio século da história do país pode ser contado a partir dos acontecimentos em sua vida: a gênese do comunismo baiano, mulato, do qual Jorge Amado era partidário; o conflito entre integralistas e comunistas; a legalização do Partidão; a clandestinidade; a frustração com Stálin; o golpe militar e, por fim, a luta armada.
O terno titio da história é um dos tantos terroristas que pegaram em armas para transformar o Brasil em uma republiqueta soviética.
Mas o que torna Marighella único é o olhar íntimo que só quem era de dentro da família seria capaz de documentar: "Tio Carlos era casado com tia Clara. Eles estavam sempre aparecendo e desaparecendo de casa. Era carinhoso, brincalhão, escrevia poemas pra gente. Nunca tinha associado o rosto dele aos cartazes de 'Procura-se' espalhados pela cidade", continua a voz em off da própria Isa, que assina direção e roteiro do filme".
Há horas as esquerdas vêm tentando canonizar o santo homem. Em 2008, o grupo gaúcho Oi Nóis Aqui Traveiz encenava, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, a peça O Amargo Santo da Purificação.
Quem é o amargo santo da purificação? Nada menos que o assassino e terrorista baiano Carlos Marighella. Na época, Beth Néspoli, repórter de um jornal que se pretende defensor da democracia e do Estado de direito, o Estadão, fazia a apologia do terrorismo:
Numa das cenas, informações importantes chegam em versos cantados ao som do berimbau numa roda de capoeira da qual Marighella participa, uma de suas paixões, fica-se sabendo então, assim como o carnaval.
Nessa fase jovem, a interpretação de Pedro De Camillis humaniza Marighella e faz dele um personagem de forte empatia. Paulo Flores interpreta o político maduro, já engajado na luta armada. O humor popular e picaresco dá o tom no momento do encontro amoroso entre Marighella e sua mulher Clara, vivida por Tânia Farias.
Em novembro de 2009, coube à Folha de São Paulo fazer o hagiológio do terrorista. Em sua coluna, Mônica Bergamo noticiava as homenagens que seriam prestadas por sua família nos quarenta anos de sua morte.
Às 11 horas, Clara Charf, companheira de Marighella, seu filho, Carlos Augusto, e a neta, Maria Marighella, vão distribuir flores e ler um manifesto na altura do número 806 da alameda Casa Branca, onde ele foi morto em emboscada preparada pelos órgãos de repressão.
Às 19 horas, a Câmara concederá a ele o título de cidadão paulistano. No próximo dia 7, será aberta a exposição "Marighella Vive", no Memorial da Resistência de São Paulo, com fotos, documentos, cartas e poemas do líder guerrilheiro.
Sobre o “documentário”, anunciado para outubro, declara Isa Grinspum, não por acaso socióloga formada pela USP, a maior e mais antiga escola de comunistas no Brasil:
"A idéia é desfazer o preconceito que até pouco tempo atrás havia contra meu tio. Era um nome amaldiçoado, sinônimo de horror. Além da vida clandestina e do ciclo de prisões e torturas, procuramos mostrar também o poeta, estudioso, amante de samba, praia e futebol, e acima de tudo o grande homem de idéias que ele foi".
Que bonitinho! Marighella era então um poeta, estudioso, amante de samba, praia e futebol, e acima de tudo um grande homem de idéias. D
esde há muito, filmes de ficção vêm sendo chamados de documentários. Abaixo, reproduzo alguns preceitos do evangelho do santo homem. Que encontrei inclusive traduzido ao sueco nos anos 70 - Liten handbok för stadsgerilla -, quando vivia em Estocolmo.
OS SANTOS PRECEITOS DE SÃO CARLOS MARIGHELLA
Trechos do Manual do Guerrilheiro Urbano, de autoria do amargo santo da purificação:
A característica fundamental e decisiva do guerrilheiro urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição, há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas exropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução.
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos, sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão, e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.
(...)
No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que veio da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
(...)
A metralhadora ideal para o guerrilheiro urbano é a INA calibre .45. Outros tipos de metralhadoras de diferentes calibres podem ser usadas - com o prévio conhecimento, dos problemas de munições. É preferível que o potencial industrial do guerrilheiro urbano permita a produção de um só tipo de metralhadora, para que a munição utilizada possa ser padronizada.
Cada grupo de tiro das guerrilhas urbanas tem que ter uma metralhadora manejada por um bom atirador. Os outros componentes dos grupos têm que estarem armados com revólveres calibre .38, nossa arma "padrão". O calibre .32 também é útil para aqueles que querem participar. Mas o .38 é preferível já que seu impacto usualmente põe o inimigo fora de ação.
As granadas de mão e as bombas convencionais de fumaça podem ser consideradas como armamento leve. Com poder defensivo para a cobertura e retirada.
As armas de carregador longo são mais difíceis de transportar para o guerrilheiro urbano já que atraem muita atenção devido seu tamanho. Entre as armas de carregador longo estão a FAL, as armas e rifles Máuser, as armas de caça tais como a Winchester, e outras.
(...)
A vida do guerrilheiro urbano depende de atirar, na sua habilidade de manejar bem as armas de pequeno calibre como também em evitar ser alvo. Quando falamos de atirar, falamos de pontaria também. A pontaria deve de ser treinada até que se converta num reflexo por parte do guerrilheiro urbano.
Para aprender a atirar e ter boa pontaria, o guerrilheiro urbano tem que treinar sistematicamente, utilizando todos métodos de aprendizado, atirando em alvos, até em parques de diversão e em casa.
Tiro e pontaria são água e ar de um guerrilheiro urbano. Sua perfeição na arte de atirar o fazem um tipo especial de guerrilheiro urbano – ou seja, um franco-atirador, uma categoria de combatente solitário indispensável em ações isoladas. O franco-atirador sabe como atirar, a pouca distância ou a longa distância e suas armas são apropriadas para qualquer tipo de disparo.
(...)
Quando já tem os recursos, o guerrilheiro urbano pode combinar a expropriação de veículos com outros métodos de aquisição.
Dinheiro, armas, munições e explosivos, como também veículos têm que ser expropriados. O guerrilheiro urbano tem que roubar bancos e lojas de armas, e conseguir explosivos e munições onde queira que os encontre.
Nenhuma destas operações se realizam com um só propósito. No entanto quando o assalto é somente pelo dinheiro as armas dos guardas também são tomadas. A expropriação é o primeiro passo para a organização de nossas logísticas, que por si assume um caráter armado e permanentemente móvel.
O segundo passo é o de reforçar e estender a logística, dependendo das emboscadas e armadilhas em que o inimigo será surpreendido e suas armas, munições, veículos e outros recursos capturados.
Uma vez que o guerrilheiro urbano tem as armas, munições e explosivos, um dos problemas de logística mais sérios que terá em qualquer situação, é encontrar um lugar de esconderijo no qual deixar o material e conseguir os meios de transportá-lo e montá-lo onde é necessitado. Isto tem que ser completado mesmo quando o inimigo estiver vigiando e tiver as estradas bloqueadas.
janer cristaldo
O RETORNO. E NADA MAIS FOI DITO...
Lula aparece com Dilma em hotel de São Paulo. E nada mais foi dito até agora. A única diferença é que Lula está mais gordo. Como foi divulgado, Lula deve se submeter a nova dose de quimioterapia e os médicos têm afirmado que existe boa chance de cura do câncer que lhe atinge a laringe. A foto é do site do Estadão e divulgada pelo fotógrafo particular do ex-presidente.
aluizio amorim
"O BRASIL NÃO É UM ESTADO PLENAMENTE DEMOCRÁTICO", DIZ MARCO ANTONIO VILLA.
Para historiador, que lança o livro 'A História das Constituições', o Executivo é autoritário, o Legislativo é subserviente e o Judiciário é "o pior dos três"
Branca Nunes
O historiador Marco Antonio Villa
(Roberto Setton)
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
A prolixidade, a pouca ênfase nos direitos individuais e a dissociação entre o Brasil real e o legal. Essas são algumas das características comuns a todas as constituições brasileiras (sete ao todo, proclamadas de 1824 a 1988) que o historiador Marco Antonio Villa disseca em A História das Constituições – 200 anos de luta contra o arbítrio.
O livro, que será lançado nesta terça-feira em São Paulo, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915), também apresenta o contexto histórico da época em que foram instituídas e conta algumas peculiaridades tipicamente nacionais.
Um exemplo está na Constituição de 1891, que determinava que fosse colocada uma lápide em homenagem ao general Deodoro da Fonseca, que proclamou a República, na casa em que faleceu Benjamin Constant, um dos líderes do movimento republicano.
Em meio a livros de história, sociologia e ciências políticas, e a macaquinhos que vão até a varanda comer pedaços de frutas deixados pelos anfitriões, Villa conversou com o site de VEJA em sua casa na Serra da Cantareira, Zona Norte da capital.
Crítico impenitente da corrupção que assola o Brasil, o historiador discorre sobre as razões que o levaram a escrever um livro sobre o tema e outras mazelas brasileiras. Entre elas figuram um Executivo autoritário, um Legislativo subserviente e um Judiciário que desrespeita a Constituição que jurou defender.
Por que o senhor resolveu escrever um livro sobre as constituições brasileiras?
Quando estava escrevendo a minha tese de doutorado sobre a Revolta de Canudos li a Constituição de 1891 e, ao pesquisar sobre o governo Jango, li a de 1946. Nas duas encontrei episódios curiosos.
Ao estudar outros momentos da história, acabava lendo as constituições daqueles períodos e todas as vezes percebia algumas bizarrices, coisas que não faziam o menor sentido. Resolvi escrever um livro que desse uma visão de totalidade das constituições brasileiras, mostrando em que aspectos elas foram significativas, especialmente com relação aos direitos do cidadão. Também queria contar alguns absurdos. A de 1891, por exemplo, determinava que fosse colocada uma lápide em homenagem a Deodoro da Fonseca na casa em que faleceu Benjamin Constant. A de 1988 tem um artigo sobre a pesca das baleias e outro, sobre o ensino de história. Por que não matemática, geografia, português? Independentemente de serem importantes ou não, essas coisas não precisariam nem deveriam estar na Constituição.
Por que o Brasil teve tantas constituições?
As pessoas acham que é uma característica da América Latina, mas não é verdade. No México, por exemplo, a constituição em vigor foi promulgada em 1917. O problema é que temos a mania de querer refundar o Brasil. É como se estivéssemos falando a todo momento: “Agora o país vai pra frente!”. Li as constituições com o objetivo de tentar entender essas refundações. É por isso que, apesar de breve, o contexto histórico também está presente no livro. O texto constitucional não é produto do nada.
Qual a Constituição mais antiga do mundo?
Sem contar a Constituição da Inglaterra, que é oral, a mais antiga é a norte-americana, de 1787. Do fim do século XVIII até hoje ela teve apenas uma dúzia de emendas. Temos a ideia de que para usufruir de um direito ele precisa estar na Constituição, mas isso não é verdade. Pode estar num código, numa legislação ordinária.
Como o senhor vê a relação entre o cidadão e o estado?
Sempre fortalecemos muito o estado. Quando acontece alguma reforma, ela é feita de cima para baixo. Nunca nasce da sociedade. Isso marca a nossa história e as várias correntes políticas. Quando a direita toma o poder, ela o exerce pela força.
Quando é a esquerda, ela acha que precisa aparelhar o estado para governar. É um ponto de aproximação dos extremos: a dificuldade de conviver com a democracia.
Tanto a direita quanto a esquerda não lidam facilmente com as diferenças, com as divergências e com a pluralidade, nem com a alternância de poder. Há sempre o desejo de se perpetuar.
Getúlio Vargas queria ser candidato em 1937. Como não podia, optou pelo golpe que instituiu o Estado Novo. O Jango também, nas eleições que ocorreriam em 1965 se os militares não o tivessem deposto. Se existe um fio condutor nisso tudo é sempre uma questão do cidadão contra o estado. E o estado sempre vence.
Como o senhor enxerga o desempenho dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário?
O Judiciário é o pior deles. Ao mesmo tempo em que é cioso da sua autonomia, interfere na esfera dos outros poderes. No caso da união civil entre pessoas do mesmo sexo, o STF fez uma leitura ousada e inconstitucional da Constituição. Não estou entrando no mérito do que é certo ou não, mas é triste ver um país que tem como guardião da Constituição um poder que a desrespeita. No próprio plenário os ministros descumprem a Constituição. O estado laico foi adotado no Brasil em 1891, mas atrás da mesa do presidente do STF existe um crucifixo.
O senhor acredita que o Supremo vai julgar o caso do mensalão do PT em 2012?
Duvido que o julgamento aconteça em maio de 2012. No ano que vem, outros ministros irão se aposentar e teremos um Supremo totalmente escolhido por Lula e Dilma Rousseff. Aí sim vão julgar o mensalão.
O sistema de nomeação dos ministros do STF, por meio de uma indicação do presidente da República, deveria ser modificado?
A forma como são escolhidos os ministros do STF é a mesma desde que ele foi criado. O Executivo escolhe e o Senado referenda ou não o nome proposto. O problema é que nunca o Senado disse não. Isso mostra uma subserviência do Legislativo com relação ao Executivo e o pouco interesse do Legislativo em ter um Judiciário efetivamente independente. Raramente houve sabatinas que fizeram alguma coisa além de dar as boas vindas ao ministro escolhido. O caso de Dias Toffoli é um dos mais escabrosos. Ele foi reprovado em dois concursos públicos para juiz, não tinha qualquer especialização na área e se transformou em ministro do STF. Isso só existe no Brasil. Uma canetada do presidente da República colocar o advogado do seu partido na instância máxima da Justiça. Isso é uma brasilidade.
O que o senhor acha da Constituição de 1988?
Apesar de prolixa e detalhista a Constituição de 1988 é a melhor que tivemos. Principalmente o artigo 5º, que trata das liberdades. É ele que não permite que haja censura. Mas existem coisas absurdas. Um exemplo é o vice-presidente da República assumir a Presidência toda a vez que o titular viaja para o exterior. Nada na Constituição determina que seja assim. É uma invenção e uma contradição. Um exemplo: Dilma está na África do Sul e assina vários acordos, porque ela é presidente. Ao mesmo tempo, Michel Temer também é presidente e, como tal, também pode assinar diversos acordos. Quem manda, então? Em 1962, quando o presidente João Goulart visitou John F. Kenedy, o deputado Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara, assumiu o posto e nomeou um novo ministério. Quando Jango voltou teve que renomear o seu ministério.
O senhor considera que vivemos uma democracia plena?
Mesmo hoje, com essa Constituição infinitamente melhor do que as outras, não vivemos num estado plenamente democrático. Se vivêssemos, nunca haveria tantas mazelas. Não teria havido por tanto tempo um Orlando Silva no Ministério do Esporte. É só comparar quantos artigos da Constituição são dedicados à preservação dos poderes e quantos são dedicados aos direitos dos cidadãos para constatar que o cidadão perde. É a predominância do estado com relação ao cidadão.
O PSD propõe uma nova Constituição. O que o senhor pensa disso?
Sou completamente contra. Primeiro, porque tenho receio que alguns direitos sejam retirados da Constituição. Além disso, porque sempre há o perigo do caudilhismo, um fantasma que ronda a América Latina e o Brasil. Hoje, a mobilização popular é muito pequena, há um desinteresse em discutir as questões do país e um individualismo excessivo. Corremos risco em relação às liberdades. Sempre existe uma tentativa de suprimi-las, como no caso da liberdade de imprensa. Quando se tem uma vitória eleitoral confortável, você acha que pode tudo. Isso é típico da América Latina, que tem muita dificuldade de conviver com a democracia. A constituição pode ter muitos defeitos, mas precisamos garantir a base dessa Constituição, especialmente o artigo 5º. Ele nos preserva da violência do estado.
Repito uma pergunta que o senhor faz na primeira parte do livro: quando vamos crescer?
Não sou otimista quando penso num futuro próximo. O país está no começo da adolescência, naquela fase em que ainda não se compreende muito bem as relações sociais, os símbolos. Não existem partidos organizados, sociedade organizada, debates sobre as grandes questões nacionais. O que há é um país que cresce economicamente, embora muito menos do que poderia crescer. Esse é o governo que teve o maior número de ministros que caíram por envolvimento em escândalos de corrupção na história republicana do país e, ao mesmo tempo, não há o desgaste da figura presidencial. É inacreditável.
Tem coisas que é só existem ao Sul do Equador, em especial no Brasil. Por que isso acontece? Porque não existe oposição política. Se existisse, ela capitalizaria isso, como em qualquer país do mundo. Mas tudo indica que a oposição continuará esperando de braços cruzados.
Branca Nunes
O historiador Marco Antonio Villa
(Roberto Setton)
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
A prolixidade, a pouca ênfase nos direitos individuais e a dissociação entre o Brasil real e o legal. Essas são algumas das características comuns a todas as constituições brasileiras (sete ao todo, proclamadas de 1824 a 1988) que o historiador Marco Antonio Villa disseca em A História das Constituições – 200 anos de luta contra o arbítrio.
O livro, que será lançado nesta terça-feira em São Paulo, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915), também apresenta o contexto histórico da época em que foram instituídas e conta algumas peculiaridades tipicamente nacionais.
Um exemplo está na Constituição de 1891, que determinava que fosse colocada uma lápide em homenagem ao general Deodoro da Fonseca, que proclamou a República, na casa em que faleceu Benjamin Constant, um dos líderes do movimento republicano.
Em meio a livros de história, sociologia e ciências políticas, e a macaquinhos que vão até a varanda comer pedaços de frutas deixados pelos anfitriões, Villa conversou com o site de VEJA em sua casa na Serra da Cantareira, Zona Norte da capital.
Crítico impenitente da corrupção que assola o Brasil, o historiador discorre sobre as razões que o levaram a escrever um livro sobre o tema e outras mazelas brasileiras. Entre elas figuram um Executivo autoritário, um Legislativo subserviente e um Judiciário que desrespeita a Constituição que jurou defender.
Por que o senhor resolveu escrever um livro sobre as constituições brasileiras?
Quando estava escrevendo a minha tese de doutorado sobre a Revolta de Canudos li a Constituição de 1891 e, ao pesquisar sobre o governo Jango, li a de 1946. Nas duas encontrei episódios curiosos.
Ao estudar outros momentos da história, acabava lendo as constituições daqueles períodos e todas as vezes percebia algumas bizarrices, coisas que não faziam o menor sentido. Resolvi escrever um livro que desse uma visão de totalidade das constituições brasileiras, mostrando em que aspectos elas foram significativas, especialmente com relação aos direitos do cidadão. Também queria contar alguns absurdos. A de 1891, por exemplo, determinava que fosse colocada uma lápide em homenagem a Deodoro da Fonseca na casa em que faleceu Benjamin Constant. A de 1988 tem um artigo sobre a pesca das baleias e outro, sobre o ensino de história. Por que não matemática, geografia, português? Independentemente de serem importantes ou não, essas coisas não precisariam nem deveriam estar na Constituição.
Por que o Brasil teve tantas constituições?
As pessoas acham que é uma característica da América Latina, mas não é verdade. No México, por exemplo, a constituição em vigor foi promulgada em 1917. O problema é que temos a mania de querer refundar o Brasil. É como se estivéssemos falando a todo momento: “Agora o país vai pra frente!”. Li as constituições com o objetivo de tentar entender essas refundações. É por isso que, apesar de breve, o contexto histórico também está presente no livro. O texto constitucional não é produto do nada.
Qual a Constituição mais antiga do mundo?
Sem contar a Constituição da Inglaterra, que é oral, a mais antiga é a norte-americana, de 1787. Do fim do século XVIII até hoje ela teve apenas uma dúzia de emendas. Temos a ideia de que para usufruir de um direito ele precisa estar na Constituição, mas isso não é verdade. Pode estar num código, numa legislação ordinária.
Como o senhor vê a relação entre o cidadão e o estado?
Sempre fortalecemos muito o estado. Quando acontece alguma reforma, ela é feita de cima para baixo. Nunca nasce da sociedade. Isso marca a nossa história e as várias correntes políticas. Quando a direita toma o poder, ela o exerce pela força.
Quando é a esquerda, ela acha que precisa aparelhar o estado para governar. É um ponto de aproximação dos extremos: a dificuldade de conviver com a democracia.
Tanto a direita quanto a esquerda não lidam facilmente com as diferenças, com as divergências e com a pluralidade, nem com a alternância de poder. Há sempre o desejo de se perpetuar.
Getúlio Vargas queria ser candidato em 1937. Como não podia, optou pelo golpe que instituiu o Estado Novo. O Jango também, nas eleições que ocorreriam em 1965 se os militares não o tivessem deposto. Se existe um fio condutor nisso tudo é sempre uma questão do cidadão contra o estado. E o estado sempre vence.
Como o senhor enxerga o desempenho dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário?
O Judiciário é o pior deles. Ao mesmo tempo em que é cioso da sua autonomia, interfere na esfera dos outros poderes. No caso da união civil entre pessoas do mesmo sexo, o STF fez uma leitura ousada e inconstitucional da Constituição. Não estou entrando no mérito do que é certo ou não, mas é triste ver um país que tem como guardião da Constituição um poder que a desrespeita. No próprio plenário os ministros descumprem a Constituição. O estado laico foi adotado no Brasil em 1891, mas atrás da mesa do presidente do STF existe um crucifixo.
O senhor acredita que o Supremo vai julgar o caso do mensalão do PT em 2012?
Duvido que o julgamento aconteça em maio de 2012. No ano que vem, outros ministros irão se aposentar e teremos um Supremo totalmente escolhido por Lula e Dilma Rousseff. Aí sim vão julgar o mensalão.
O sistema de nomeação dos ministros do STF, por meio de uma indicação do presidente da República, deveria ser modificado?
A forma como são escolhidos os ministros do STF é a mesma desde que ele foi criado. O Executivo escolhe e o Senado referenda ou não o nome proposto. O problema é que nunca o Senado disse não. Isso mostra uma subserviência do Legislativo com relação ao Executivo e o pouco interesse do Legislativo em ter um Judiciário efetivamente independente. Raramente houve sabatinas que fizeram alguma coisa além de dar as boas vindas ao ministro escolhido. O caso de Dias Toffoli é um dos mais escabrosos. Ele foi reprovado em dois concursos públicos para juiz, não tinha qualquer especialização na área e se transformou em ministro do STF. Isso só existe no Brasil. Uma canetada do presidente da República colocar o advogado do seu partido na instância máxima da Justiça. Isso é uma brasilidade.
O que o senhor acha da Constituição de 1988?
Apesar de prolixa e detalhista a Constituição de 1988 é a melhor que tivemos. Principalmente o artigo 5º, que trata das liberdades. É ele que não permite que haja censura. Mas existem coisas absurdas. Um exemplo é o vice-presidente da República assumir a Presidência toda a vez que o titular viaja para o exterior. Nada na Constituição determina que seja assim. É uma invenção e uma contradição. Um exemplo: Dilma está na África do Sul e assina vários acordos, porque ela é presidente. Ao mesmo tempo, Michel Temer também é presidente e, como tal, também pode assinar diversos acordos. Quem manda, então? Em 1962, quando o presidente João Goulart visitou John F. Kenedy, o deputado Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara, assumiu o posto e nomeou um novo ministério. Quando Jango voltou teve que renomear o seu ministério.
O senhor considera que vivemos uma democracia plena?
Mesmo hoje, com essa Constituição infinitamente melhor do que as outras, não vivemos num estado plenamente democrático. Se vivêssemos, nunca haveria tantas mazelas. Não teria havido por tanto tempo um Orlando Silva no Ministério do Esporte. É só comparar quantos artigos da Constituição são dedicados à preservação dos poderes e quantos são dedicados aos direitos dos cidadãos para constatar que o cidadão perde. É a predominância do estado com relação ao cidadão.
O PSD propõe uma nova Constituição. O que o senhor pensa disso?
Sou completamente contra. Primeiro, porque tenho receio que alguns direitos sejam retirados da Constituição. Além disso, porque sempre há o perigo do caudilhismo, um fantasma que ronda a América Latina e o Brasil. Hoje, a mobilização popular é muito pequena, há um desinteresse em discutir as questões do país e um individualismo excessivo. Corremos risco em relação às liberdades. Sempre existe uma tentativa de suprimi-las, como no caso da liberdade de imprensa. Quando se tem uma vitória eleitoral confortável, você acha que pode tudo. Isso é típico da América Latina, que tem muita dificuldade de conviver com a democracia. A constituição pode ter muitos defeitos, mas precisamos garantir a base dessa Constituição, especialmente o artigo 5º. Ele nos preserva da violência do estado.
Repito uma pergunta que o senhor faz na primeira parte do livro: quando vamos crescer?
Não sou otimista quando penso num futuro próximo. O país está no começo da adolescência, naquela fase em que ainda não se compreende muito bem as relações sociais, os símbolos. Não existem partidos organizados, sociedade organizada, debates sobre as grandes questões nacionais. O que há é um país que cresce economicamente, embora muito menos do que poderia crescer. Esse é o governo que teve o maior número de ministros que caíram por envolvimento em escândalos de corrupção na história republicana do país e, ao mesmo tempo, não há o desgaste da figura presidencial. É inacreditável.
Tem coisas que é só existem ao Sul do Equador, em especial no Brasil. Por que isso acontece? Porque não existe oposição política. Se existisse, ela capitalizaria isso, como em qualquer país do mundo. Mas tudo indica que a oposição continuará esperando de braços cruzados.
UM BATE-PAPO REVELADOR...
A DELETÉRIA LIGAÇÃO DO PT COM OS CRIMINOSOS
O Reinaldo Azevedo puxou do bau uma matéria publicada na Veja online de 2006. Lembram daqueles ataques do PCC durante a campanha eleitoral? Vale a pena ver de novo e também ouvir a gravação.
Como diz o Reinaldo, os fatos falam por si só. Tem razão. Não precisa acrescentar mais nada.
E isto prova o que já disse várias vezes aqui no blog: a insegurança pública que hoje assola todo o território brasileiro é fruto desse odioso contubérnio do PT com os criminosos.
É que os comunistas do PT acham que os bandidos são bandidos porque são vítimas do capitalismo, o que é uma fabulosa e histriônica mentira! Embora muitos dos prezados leitores já tenham lido no blog do Reinaldo Azevedo, transcrevo o post para registro aqui no blog:
O hoje assessor do Ministério da Defesa José Genoino recorreu à Justiça para tentar tirar do ar estes textos publicados por VEJA e reproduzidos na VEJA Online. Foram publicados na edição de 16 de agosto de 2006. A Justiça, obviamente, negou o pedido. Dona Maria Rita Kehl deve achar que esta lembrança só poderia mesmo partir de alguém “de direita”, não é mesmo?
Na campanha eleitoral de 2006, o PSDB não levou ao ar essas gravações. Bem, é dispensável dizer que eu as teria levado, sim! Até porque havia um Lula do outro lado acusando o governo de São Paulo de não cuidar direito da segurança pública. Aos textos.
*
Desde o primeiro ataque massivo do PCC em São Paulo, espalhou-se a notícia da existência de gravações telefônicas que revelariam uma suposta ligação da máfia dos presídios com políticos do PT. VEJA teve acesso a uma série de diálogos entre membros da organização criminosa, interceptados pela polícia, contendo referências ao PT e ao PSDB.
Neles, fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB (foi na gestão tucana, em 2003, que o estado de São Paulo implantou em alguns presídios o temido RDD - Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê isolamento rigoroso e é odiado pelos detentos).
Nenhuma das conversas às quais VEJA teve acesso, no entanto, comprova a existência de elo entre o PT e o PCC.
“É XEQUE-MATE, SEM MASSAGEM”
Conversa entre dois integrantes não identificados do PCC interceptada às vésperas de um dos ataques em São Paulo
A: A chapa esquentou pra nóis, hein, irmão.
B: Por quê?
A: Olha o salve do dia aqui. Geral aqui, que eu acabei de pegar com o Cara Branca: “Todos aqueles que são civil, funcionário e diretores e do partido PSDB: xeque-mate, sem massagem. E todos os irmãos que se (incompreensível) será cobrado com a vida. Salve geral, dia 12/6″. Peguei ele meio-dia.
B: Fé em Deus. Você tá aí na quebrada, irmão?
A: Tô aqui na quebrada. Vem pra cá que nós vamos puxar esse bando. Eu vou arrumar um menino bom pra nóis derrubar esse baguio aí, tio.
B: Então, é o seguinte, irmão: vou ver se dá pra mim ir hoje praí.
A: Então, se não der, arruma umas ferramentas (armas) aí. Nem que seja uns oitão. Pra gente juntar o baguio aí e sair no bonde aí.
B: Tá. Firmeza
“É PRA ELEGER O GENOÍNO”
Maria de Carvalho Felício, a “Petronília”, então mulher de José Márcio Felício, ex-líder do PCC, transmite ao preso José Sérgio dos Santos, a quem chama de “Shel”, orientação repassada por um líder da organização sobre as eleições de 2002
Maria de Carvalho Felício: Ele mandou uma missão pro Zildo (piloto-geral de Ribeirão Preto). Vamos ver se o Zildo é capaz de cumprir.
José Sérgio dos Santos: Tá bom. Você quer passar pra mim ou dou particularmente pra ele?
Maria: Não, não. Ele quer festa (ataques) até a eleição. E é pra eleger o Genoíno. E, ser for o caso, ele vai pedir pro pessoal mandar as famílias não irem nas visitas pra votar, entendeu? Ele falou que um dia sem visita não mata ninguém. Ele falou: “Fica todo mundo sem visita no dia da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”.
Santos: Não, mas isso… Acho que todo mundo… A maioria das mulher de preso… Vai votar no Al? Nunca.
Maria: Então, é pra pedir isso. Se, por exemplo, a mulher vai, daí a mãe, a irmã tudo vota pro Genoíno. Se só a mulher que vota, então essa mulher não vai na visita e vota no Genoíno. É pra todo mundo ficar nessa sintonia: Genoíno.
Santos: E é dali que vem, né?
Maria: Isso. É o (incompreensível)
Santos: Tá bom.
Maria: Tá bom, então?
Santos: Tô deixando assim um boa-tarde aí. Se cuida agora. Vai descansar.
O Reinaldo Azevedo puxou do bau uma matéria publicada na Veja online de 2006. Lembram daqueles ataques do PCC durante a campanha eleitoral? Vale a pena ver de novo e também ouvir a gravação.
Como diz o Reinaldo, os fatos falam por si só. Tem razão. Não precisa acrescentar mais nada.
E isto prova o que já disse várias vezes aqui no blog: a insegurança pública que hoje assola todo o território brasileiro é fruto desse odioso contubérnio do PT com os criminosos.
É que os comunistas do PT acham que os bandidos são bandidos porque são vítimas do capitalismo, o que é uma fabulosa e histriônica mentira! Embora muitos dos prezados leitores já tenham lido no blog do Reinaldo Azevedo, transcrevo o post para registro aqui no blog:
O hoje assessor do Ministério da Defesa José Genoino recorreu à Justiça para tentar tirar do ar estes textos publicados por VEJA e reproduzidos na VEJA Online. Foram publicados na edição de 16 de agosto de 2006. A Justiça, obviamente, negou o pedido. Dona Maria Rita Kehl deve achar que esta lembrança só poderia mesmo partir de alguém “de direita”, não é mesmo?
Na campanha eleitoral de 2006, o PSDB não levou ao ar essas gravações. Bem, é dispensável dizer que eu as teria levado, sim! Até porque havia um Lula do outro lado acusando o governo de São Paulo de não cuidar direito da segurança pública. Aos textos.
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Desde o primeiro ataque massivo do PCC em São Paulo, espalhou-se a notícia da existência de gravações telefônicas que revelariam uma suposta ligação da máfia dos presídios com políticos do PT. VEJA teve acesso a uma série de diálogos entre membros da organização criminosa, interceptados pela polícia, contendo referências ao PT e ao PSDB.
Neles, fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB (foi na gestão tucana, em 2003, que o estado de São Paulo implantou em alguns presídios o temido RDD - Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê isolamento rigoroso e é odiado pelos detentos).
Nenhuma das conversas às quais VEJA teve acesso, no entanto, comprova a existência de elo entre o PT e o PCC.
“É XEQUE-MATE, SEM MASSAGEM”
Conversa entre dois integrantes não identificados do PCC interceptada às vésperas de um dos ataques em São Paulo
A: A chapa esquentou pra nóis, hein, irmão.
B: Por quê?
A: Olha o salve do dia aqui. Geral aqui, que eu acabei de pegar com o Cara Branca: “Todos aqueles que são civil, funcionário e diretores e do partido PSDB: xeque-mate, sem massagem. E todos os irmãos que se (incompreensível) será cobrado com a vida. Salve geral, dia 12/6″. Peguei ele meio-dia.
B: Fé em Deus. Você tá aí na quebrada, irmão?
A: Tô aqui na quebrada. Vem pra cá que nós vamos puxar esse bando. Eu vou arrumar um menino bom pra nóis derrubar esse baguio aí, tio.
B: Então, é o seguinte, irmão: vou ver se dá pra mim ir hoje praí.
A: Então, se não der, arruma umas ferramentas (armas) aí. Nem que seja uns oitão. Pra gente juntar o baguio aí e sair no bonde aí.
B: Tá. Firmeza
“É PRA ELEGER O GENOÍNO”
Maria de Carvalho Felício, a “Petronília”, então mulher de José Márcio Felício, ex-líder do PCC, transmite ao preso José Sérgio dos Santos, a quem chama de “Shel”, orientação repassada por um líder da organização sobre as eleições de 2002
Maria de Carvalho Felício: Ele mandou uma missão pro Zildo (piloto-geral de Ribeirão Preto). Vamos ver se o Zildo é capaz de cumprir.
José Sérgio dos Santos: Tá bom. Você quer passar pra mim ou dou particularmente pra ele?
Maria: Não, não. Ele quer festa (ataques) até a eleição. E é pra eleger o Genoíno. E, ser for o caso, ele vai pedir pro pessoal mandar as famílias não irem nas visitas pra votar, entendeu? Ele falou que um dia sem visita não mata ninguém. Ele falou: “Fica todo mundo sem visita no dia da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”.
Santos: Não, mas isso… Acho que todo mundo… A maioria das mulher de preso… Vai votar no Al? Nunca.
Maria: Então, é pra pedir isso. Se, por exemplo, a mulher vai, daí a mãe, a irmã tudo vota pro Genoíno. Se só a mulher que vota, então essa mulher não vai na visita e vota no Genoíno. É pra todo mundo ficar nessa sintonia: Genoíno.
Santos: E é dali que vem, né?
Maria: Isso. É o (incompreensível)
Santos: Tá bom.
Maria: Tá bom, então?
Santos: Tô deixando assim um boa-tarde aí. Se cuida agora. Vai descansar.
EIS A VERDADE
AQUI, A PROVA DE QUE MARIA RITA KEHL USOU A TV CULTURA PARA ESPALHAR UMA MENTIRA SOBRE A POLÍCIA DE SP
Entre mim e Maria Rita Kehl, há muitas diferenças. Ela, todos sabem, é da esquerda chique — eu não sou; estou mais, fazendo uma graça, para a “direita que trabalha”. Outra diferença essencial é que, antes de falar, faço pesquisa, procuro os dados, busco números. Aquela senhora se contenta em falar o que lhe dá na telha. Seu compromisso não é com os fatos, é com sua militância. Claro, claro… Não é culpa sua se é chamada como entrevistadora num programa jornalístico. Ela vai lá fazer o que sabe: proselitismo infundado.
Maria Rita deve ignorar, mas existe uma coisa chamada Anuário Brasileiro de Segurança Pública, editado pelo… MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, ocupado por gente de seu partido. O link que vocês vêem aí é o do anuário de 2011, com números referentes a 2010.
Disse Maria Rita a FHC (ver posts abaixo): “A polícia de São Paulo, enfim, estado governado pelo seu partido, tem sido muito violenta e há muito tempo.”
Com reservas aqui e ali, sem saber, visivelmente do que falava e também sem ter dados, FHC acabou anuindo. Pois é. Se vocês acessarem o anuário, procurem a Tabela 9, na página 38. Ali, ficarão sabendo que as polícias Civil e Militar de São Paulo mataram, no ano passado, 510 pessoas, numa população de mais de 42 milhões de habitantes, o que representa 1,2 morte por 100 mil habitantes. A Polícia do Rio, onde o PT é base de apoio do governo, matou 855 pessoas, para uma população de 16 milhões de pessoas, o que significa 5,3 mortes por 100 mil habitantes. A senhora está entendendo como se toca o samba, dona Maria Rita?
Esta senhora, como se nota, lembra que São Paulo é governado pelo “partido de FHC”. E eu lembro que o PT, partido de Maria Rita, governa a Bahia pelo quinto ano. Em 2010, a polícia baiana matou 305 pessoas, ou 2,7 mortes por 100 mil habitantes, ou CENTO E VINTE E CINCO POR CENTO MAIS DO QUE SÃO PAULO.
Em 2010, o PT governava ainda o Acre, o Pará, o Piauí e Sergipe. Simplesmente inexistem dados dos três primeiros estados. Em Sergipe, os mortos são 0,8 por 100 mil. Ocorre que isso não diz tudo.
Em 2010, segundo dados do próprio governo federal, houve no Estado de São Paulo, 11,1 “Crimes Violentos Letais Interncionais (CVLI) por 100 mil habitantes (esse número, hoje, é inferior a 10, o que considerado pela ONU nível de violência não-epidêmico). Esses dados estão na tabela 8, página 36 do anuário. No Rio, foi de 28,8. A polícia do Rio matou 125% mais do que a de São Paulo; mesmo assim, o número dessa ocorrência foi 159% maior.
Vejam o índice de mortes violentas nos estados governados em 2010 pelo PT, da Dona Kehl:
- Bahia - 33,8%
- Pará - 36,6%
- Acre - 28,9%
- Sergipe - 38,2%
- Piauí - 7,8%
Só para registro: A categoria “Crimes Violentos Letais Intencionais” agrega as ocorrências de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
Não se trata de fazer campeonato de morte, não, mas de demonstrar que a petista Kehl falsifica a realidade quando transforma a Polícia de São Paulo numa máquina de matar. Os números não a autorizam. FHC certamente foi colhido de surpresa pela pergunta. Isso não desculpa sua resposta ruim. Se não tem os dados, melhor não falar nada. Esse negócio de condescender sempre com o interlocutor por educação, lhaneza e largueza intelectual é perigoso quando se é também um político. Colabora para dar razão a picaretas, a vigaristas que vão falando o que lhes dá na telha.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE MARIA RITA KEHL ESTÁ ERRADA.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE A TV CULTURA, SUSTENTADA PELO ESTADO E PELO BOLSO DOS PAULISTAS, FOI USADA PARA ESPALHAR UMA MENTIRA SOBRE A POLÍCIA.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE, NUM PROGRAMA DE JORNALISMO, FALTOU RIGOR JORNALÍSTICO E SOBROU IDEOLOGIA VAGABUNDA.
São Paulo, o estado com a maior população do país, que concentra, mais do que qualquer outro, os problemas decorrentes das conurbações, que podem induzir a violência, tem índices de homicídio, segundo o próprio governo federal, superiores apenas aos pequenos Amapá, Santa Catarina e Piauí. E olhem lá… Neste estado, os registros de homicídios se fazem de maneira rigorosa.
Para encerrar: o estado que, de longe, é o mais bem-sucedido na redução do número de homicídios também foi aquele que teve o maior número de policiais mortos em serviço em 2010: 25. Por eles, Kehl não derrama uma lágrima nem de hipocrisia — talvez seja esta a única qualidade do seu pensamento: em sua confusão mental, ela deixa muito claro de que lado está.
E que fique claro: o ideal é que não morra uma só pessoa no confronto com a polícia. O ideal é que não morra um só policial no confronto com bandidos. Mas temos pela frente a enorme realidade. Um estado que reduz em 80% o número de homicídios em 12 anos está no caminho certo. E está no caminho certo fazendo o contrário do que sempre recomendou o partido da dona Kehl.
Não fosse, aliás, a redução do número de mortos em São Paulo, o governo Lula teria assistido a uma elevação do índice de homicídios em seus oito anos de governo. Por quê? Porque eles crescem quase no Brasil inteiro, em especial no Nordeste, e caem sistematicamente em São Paulo.
Lula deveria ser grato à polícia de São Paulo.
Estude, dona Maria Rita! O estudo ainda é a melhor maneira de não falar porcaria.
PS - Estou cantando e andando para o que dizem de mim os “descoletes” nas mesas de bar. Não sou doce de coco. Podem me detestar à vontade. A depender de quem odeie, é um favor. O fato é que é inútil me xingar. “Ai, como Reinaldo é agressivo!” Agressiva é a mulher do padre!!! Eu lido com dados. E detesto lacanagem!
Agressivo é usar o dinheiro público para mentir!
Por Reinaldo Azevedo
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Doa a quem doer, o homem é chato!!! Sabem por quê? Simples como água: ele lida com o fatos, o que significa que lida com a verdade. Sem carapuças e escaramuças.
Não adianta partir para cima do homem com discursos pré-formatados, e pouco conhecimento da realidade, tentando calçar uma luva em argumentos "abstratos", porque não funciona. Não funciona porque o homem ataca com canhonaços que explodem as fantasias esquerdistas pouco fundadas na verdade. O homem respeita sim, a esquerda inteligente, que merece respeito.
E tem sido assim... Divirto-me a valer com esses paspalhões que partem para a "porrada" sem saber que o homem é faixa preta de karatê; karatê da razoabilidade, da astúcia dialética, da sabedoria de muitas leituras, muita pesquisa, muito pé na história e outro na estrada da vida.
E os paspalhos acabam afogados nas próprias 'historinhas' sem saber bem o que aconteceu. "AH! é é?"
Pior, quanto mais o ofendem, argumentos energúmenos e pouco convicentes de quem não tem mesmo condições de argumentar, mais a discurseira vai para o brejo. Tete a tete, cara a cara, olho no olho, palavra a palavra, o que assisto é o rubor da própria ignorância daqueles que chegam, abancam-se cheios de 'marra', com o coco cheio de teorias marxistas mal-acabadas, arrotando sapiências de poucas pesquisas e gaguejam ante dados concretos, reais, fotográficos...
Rolo de rir... O homem é uma muralha, e não venham com falsas cornetas de Jericó, a muralha não treme porque o homem tá com Deus e não abre!
Não adianta colarem epítetos de "direita" no homem. Ele é chato!!! Ou como se costuma dizer no nordeste, de pessoas intolerantes com a mentira, a falsidade ou a ignorância, que são logo alcunhadas de "Seu Lunga".
Como dizia meu avô, "escreveu, não leu, pau comeu!"
m.americo
Entre mim e Maria Rita Kehl, há muitas diferenças. Ela, todos sabem, é da esquerda chique — eu não sou; estou mais, fazendo uma graça, para a “direita que trabalha”. Outra diferença essencial é que, antes de falar, faço pesquisa, procuro os dados, busco números. Aquela senhora se contenta em falar o que lhe dá na telha. Seu compromisso não é com os fatos, é com sua militância. Claro, claro… Não é culpa sua se é chamada como entrevistadora num programa jornalístico. Ela vai lá fazer o que sabe: proselitismo infundado.
Maria Rita deve ignorar, mas existe uma coisa chamada Anuário Brasileiro de Segurança Pública, editado pelo… MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, ocupado por gente de seu partido. O link que vocês vêem aí é o do anuário de 2011, com números referentes a 2010.
Disse Maria Rita a FHC (ver posts abaixo): “A polícia de São Paulo, enfim, estado governado pelo seu partido, tem sido muito violenta e há muito tempo.”
Com reservas aqui e ali, sem saber, visivelmente do que falava e também sem ter dados, FHC acabou anuindo. Pois é. Se vocês acessarem o anuário, procurem a Tabela 9, na página 38. Ali, ficarão sabendo que as polícias Civil e Militar de São Paulo mataram, no ano passado, 510 pessoas, numa população de mais de 42 milhões de habitantes, o que representa 1,2 morte por 100 mil habitantes. A Polícia do Rio, onde o PT é base de apoio do governo, matou 855 pessoas, para uma população de 16 milhões de pessoas, o que significa 5,3 mortes por 100 mil habitantes. A senhora está entendendo como se toca o samba, dona Maria Rita?
Esta senhora, como se nota, lembra que São Paulo é governado pelo “partido de FHC”. E eu lembro que o PT, partido de Maria Rita, governa a Bahia pelo quinto ano. Em 2010, a polícia baiana matou 305 pessoas, ou 2,7 mortes por 100 mil habitantes, ou CENTO E VINTE E CINCO POR CENTO MAIS DO QUE SÃO PAULO.
Em 2010, o PT governava ainda o Acre, o Pará, o Piauí e Sergipe. Simplesmente inexistem dados dos três primeiros estados. Em Sergipe, os mortos são 0,8 por 100 mil. Ocorre que isso não diz tudo.
Em 2010, segundo dados do próprio governo federal, houve no Estado de São Paulo, 11,1 “Crimes Violentos Letais Interncionais (CVLI) por 100 mil habitantes (esse número, hoje, é inferior a 10, o que considerado pela ONU nível de violência não-epidêmico). Esses dados estão na tabela 8, página 36 do anuário. No Rio, foi de 28,8. A polícia do Rio matou 125% mais do que a de São Paulo; mesmo assim, o número dessa ocorrência foi 159% maior.
Vejam o índice de mortes violentas nos estados governados em 2010 pelo PT, da Dona Kehl:
- Bahia - 33,8%
- Pará - 36,6%
- Acre - 28,9%
- Sergipe - 38,2%
- Piauí - 7,8%
Só para registro: A categoria “Crimes Violentos Letais Intencionais” agrega as ocorrências de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
Não se trata de fazer campeonato de morte, não, mas de demonstrar que a petista Kehl falsifica a realidade quando transforma a Polícia de São Paulo numa máquina de matar. Os números não a autorizam. FHC certamente foi colhido de surpresa pela pergunta. Isso não desculpa sua resposta ruim. Se não tem os dados, melhor não falar nada. Esse negócio de condescender sempre com o interlocutor por educação, lhaneza e largueza intelectual é perigoso quando se é também um político. Colabora para dar razão a picaretas, a vigaristas que vão falando o que lhes dá na telha.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE MARIA RITA KEHL ESTÁ ERRADA.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE A TV CULTURA, SUSTENTADA PELO ESTADO E PELO BOLSO DOS PAULISTAS, FOI USADA PARA ESPALHAR UMA MENTIRA SOBRE A POLÍCIA.
EU ESTOU DEMONSTRANDO QUE, NUM PROGRAMA DE JORNALISMO, FALTOU RIGOR JORNALÍSTICO E SOBROU IDEOLOGIA VAGABUNDA.
São Paulo, o estado com a maior população do país, que concentra, mais do que qualquer outro, os problemas decorrentes das conurbações, que podem induzir a violência, tem índices de homicídio, segundo o próprio governo federal, superiores apenas aos pequenos Amapá, Santa Catarina e Piauí. E olhem lá… Neste estado, os registros de homicídios se fazem de maneira rigorosa.
Para encerrar: o estado que, de longe, é o mais bem-sucedido na redução do número de homicídios também foi aquele que teve o maior número de policiais mortos em serviço em 2010: 25. Por eles, Kehl não derrama uma lágrima nem de hipocrisia — talvez seja esta a única qualidade do seu pensamento: em sua confusão mental, ela deixa muito claro de que lado está.
E que fique claro: o ideal é que não morra uma só pessoa no confronto com a polícia. O ideal é que não morra um só policial no confronto com bandidos. Mas temos pela frente a enorme realidade. Um estado que reduz em 80% o número de homicídios em 12 anos está no caminho certo. E está no caminho certo fazendo o contrário do que sempre recomendou o partido da dona Kehl.
Não fosse, aliás, a redução do número de mortos em São Paulo, o governo Lula teria assistido a uma elevação do índice de homicídios em seus oito anos de governo. Por quê? Porque eles crescem quase no Brasil inteiro, em especial no Nordeste, e caem sistematicamente em São Paulo.
Lula deveria ser grato à polícia de São Paulo.
Estude, dona Maria Rita! O estudo ainda é a melhor maneira de não falar porcaria.
PS - Estou cantando e andando para o que dizem de mim os “descoletes” nas mesas de bar. Não sou doce de coco. Podem me detestar à vontade. A depender de quem odeie, é um favor. O fato é que é inútil me xingar. “Ai, como Reinaldo é agressivo!” Agressiva é a mulher do padre!!! Eu lido com dados. E detesto lacanagem!
Agressivo é usar o dinheiro público para mentir!
Por Reinaldo Azevedo
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Doa a quem doer, o homem é chato!!! Sabem por quê? Simples como água: ele lida com o fatos, o que significa que lida com a verdade. Sem carapuças e escaramuças.
Não adianta partir para cima do homem com discursos pré-formatados, e pouco conhecimento da realidade, tentando calçar uma luva em argumentos "abstratos", porque não funciona. Não funciona porque o homem ataca com canhonaços que explodem as fantasias esquerdistas pouco fundadas na verdade. O homem respeita sim, a esquerda inteligente, que merece respeito.
E tem sido assim... Divirto-me a valer com esses paspalhões que partem para a "porrada" sem saber que o homem é faixa preta de karatê; karatê da razoabilidade, da astúcia dialética, da sabedoria de muitas leituras, muita pesquisa, muito pé na história e outro na estrada da vida.
E os paspalhos acabam afogados nas próprias 'historinhas' sem saber bem o que aconteceu. "AH! é é?"
Pior, quanto mais o ofendem, argumentos energúmenos e pouco convicentes de quem não tem mesmo condições de argumentar, mais a discurseira vai para o brejo. Tete a tete, cara a cara, olho no olho, palavra a palavra, o que assisto é o rubor da própria ignorância daqueles que chegam, abancam-se cheios de 'marra', com o coco cheio de teorias marxistas mal-acabadas, arrotando sapiências de poucas pesquisas e gaguejam ante dados concretos, reais, fotográficos...
Rolo de rir... O homem é uma muralha, e não venham com falsas cornetas de Jericó, a muralha não treme porque o homem tá com Deus e não abre!
Não adianta colarem epítetos de "direita" no homem. Ele é chato!!! Ou como se costuma dizer no nordeste, de pessoas intolerantes com a mentira, a falsidade ou a ignorância, que são logo alcunhadas de "Seu Lunga".
Como dizia meu avô, "escreveu, não leu, pau comeu!"
m.americo
QUEM MOSTRA E QUEM COBRE A CARA
O problema da jovem Dilma no tribunal é o photoshop na história, não na fotografia.
Peço que leiam com muita atenção este texto e outros que se seguem. No conjunto, eles caracterizam, entendo, a metafísica de um período da nossa história.
É raro podermos relatar, em tempo real, a falsificação da história. No geral, o trabalho fica para os pósteros. Agora, podemos fazer nós mesmos esse trabalho.
Vejam de novo esta foto, sobre a qual escrevi ontem. A petralhada ficou enlouquecida. Posso entender por quê. Essa gente nega até que o mensalão tenha existido, né? Tem dificuldades para conviver com a verdade.
Muitos, na rede, afirmam tratar-se de uma montagem. Outros falam que o Photoshop atuou pra valer. Há quem desconfie que ela tenha sido, de fato, torturada porque estaria muito bem etc. Bem, vejam de novo a imagem.
Volto em seguida.
Ela foi presa em 16 de janeiro de 1970, e o interrogatório foi feito em novembro. Daria tempo para ter se recuperado. O ponto que interessa à lógica é outro.
Sessões de tortura ao longo de 22 dias, conforme a versão influente, não eram prática dos trogloditas dos porões. As coisas costumavam ser mais rápidas e letais. Mas não! Eu não vou especular a respeito e, já escrevi aqui em outras ocasiões, acho que não se deve fazê-lo.
Até porque havia, sim, torturadores operando nos porões do regime. NINGUÉM PRECISA NEGAR A PRÁTICA DA TORTURA PARA DIZER AS COISAS CERTAS A RESPEITO DAQUELE TEMPO.
A foto teria sido resgatada por seu hagiógrafo no arquivo oficial. Não há razão para duvidar de sua veracidade. Tampouco acredito que tenha havido qualquer manipulação técnica.
ATENÇÃO, MEUS CAROS, O PHOTOSHOP QUE TEM DE SER COMBATIDO É OUTRO. O QUE SE PRETENDE COM O ESCARCÉU EM TORNO DESSA FOTOGRAFIA É OPERAR UM PHOTOSHOP NA HITÓRIA.
É isso que tem de ser combatido.
NÃO CAIAM NA CILADA DE DESCOFIAR DA VERACIDADE DA IMAGEM. TENHAM, ISTO SIM, É A CLAREZA PARA DESCONFIAR DO NOVO OFICIALISMO.
Conforme vocês verão no post abaixo, as esquerdas não eram compostas de anjos rebeldes, mas essencialmente bons, que estavam combatendo os dragões da maldade.
Essa narrativa que a foto sugere é uma falsificação grotesca da história.
No post abaixo, vocês constatarão, por exemplo, o que aconteceu com um homem chamado Orlando Lovecchio.
Conhecerão, ou vão se lembrar, de Carlos Eugênio da Paz, que era da ala militar da Ação Libertadora Nacional, liderada por Carlos Marighella.
Terão a chance, em suma, de ver de perto as esquerdas armadas, com a sua face real. A Dilma que aparece sentada ali num tribunal militar não remete àquela que tinha cargo de direção na VAR-Palmares, uma organização que era, sim, terrorista.
Os militares, que lêem papéis com o rosto coberto, geraram polêmica. Os mistificadores adoraram o contraste: ela, a jovem prisioneira, com o rosto à mostra; os fardados, que a julgavam, protegendo-se com as mãos.
Estranho? Nem tanto! Cometiam eles ali alguma ilegalidade para o estado de direito da época? Não! Agiam nos porões? Não! Faziam algo que contrariasse a lei, a exemplo dos torturadores? Também não!
Ocorre, e sei que alguns agora terão borborigmos estertorosos, que mostrar a cara, nesse caso, implicava um risco considerável. Uma das linhas de atuação das esquerdas armadas consistia, justamente, em matar militares… fardados!
Era uma recomendação explícita, por exemplo, do Minimanual da Guerrilha Urbana, de Carlos Marighella (em NEGRITO):
- “Hoje, ser “violento” ou um “terrorista” é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada”;
- “é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais: a exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.”
- “Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão”.
Um militar era, portanto, sempre um alvo. No dia 12 de outubro de 1968, um comando da VPR assassinou, por exemplo, Charles Chandler, capitão do Exército americano que estudava Sociologia e Política no Brasil com uma bolsa de estudos. Era considerado agente da CIA.
Na frente da mulher e de um de seus filhos, Jeffrey, de quatro anos (havia ainda Todd, de três, e Luanne, com três meses), Chandler levou seis tiros de revólver calibre 38 e 14 de metralhadora quando saía de casa, de manhã. Ah, sim: ele não era agente da CIA. Nomes de seus executores: Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antônio Braz de Carvalho.
E o que dizer da morte do marinheiro inglês David A. Cuthberg, no dia 5 de fevereiro de 1972, decidida pela VAR-Palmares (grupo de Dilma), ALN (grupo de Marighella) e PCBR (grupo ao qual pertenceu, depois, Tarso Genro)? Leiam trecho de um texto publicado, à época, no jornal “O Globo”:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender.
Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade.
Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês.
O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.
O tenente da FAB Mateus Levino dos Santos não teve melhor sorte em Pernambuco. O PCBR precisava de um carro para usar no seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26 de junho de 1970, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.
Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. O terrorista Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, Santos morreu, no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou os terroristas a desistir do seqüestro.
Era perigoso pertencer à Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar. No dia 22 de junho de 1969, militantes da ALN queriam as armas de dois soldados que estavam na rádio-patrulha 416. Não tiveram dúvida: incendiaram o carro, mataram os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira e lhes roubaram as armas.
No dia 1º de julho de 1968, Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, major do Exército alemão, foi assassinado no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.
Foi confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que cursava a mesma escola. Seus matadores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Sabem a que organização pertenciam? Colina (Comando de Libertação Nacional).
Sabem quem era uma das dirigentes? Dilma Rousseff. Tinha tal importância na turma que foi uma das pessoas que negociaram com Carlos Lamarca a fusão do Colina com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), dando origem à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). E foi justamente por divergências com o grupo de Dilma que Lamarca se descolou da nova organização para refundar a VPR.
Aquele ar de musa existencialista com cabelo à la garçonne faz photoshop na história, entenderam?
Esse é o retoque verdadeiramente nefasto. Acima, relato algumas execuções, e nada disso justifica a brutalidade dos porões ou a tortura. Nem remotamente.
Não adianta a canalha ficar me atribuindo o que não escrevi. Mas não me venham com conversa mole.
Militares, mesmo exercendo o seu papel legal, podiam estar cobrindo o rosto para preservar a vida.
A tortura é uma prática asquerosa. Mas o que dizer de grupos que matam inocentes e jogam em cima do cadáver um manifesto explicando os “motivos”, responsabilizando-o por sua própria morte? Será coisa, assim, tão moralmente superior?
Está em curso um processo, agora mais agressivo — e é impressionante que isso aconteça na democracia — de santificação de criminosos. O meu paradigma é a democracia, é o estado de direito.
Não reconheço grandeza, legitimidade ou beleza em assassinos convictos. A presidente Dilma Rousseff é beneficiária da democracia. A contribuição que ela deu a esse processo se conta a partir de sua reinserção da vida política, aproveitando-se, como todos nós, dos benefícios decorrentes DA LUTA POR DEMOCRACIA, NÃO DA LUTA PELO SOCIALISMO.
A luta armada era só o imaginário golpista com sinal invertido. Ou um bando que mata um homem inocente na frente da mulher e do filho de quatro anos com 20 tiros é muito diferente de uma súcia de torturadores? Com quem você dividiria a mesa do bar ou os seus afetos? Tenham paciência! Todos merecem o lixo. Ocorre que os torturadores são justamente execrados. Já aqueles assassinos são indenizados e ainda viram mártires.
Podem contar quantas mentiras quiserem a meu respeito, especialmente alguns vagabundos que foram puxa-sacos do regime militar, puxa-sacos do Sarney, puxa-sacos de FHC e que agora puxam o saco do PT.
Eu tive problemas com a ditadura, tratei Sarney aos pontapés, fiz a primeira capa de revista da imprensa brasileira alertando para o apagão de energia no governo FHC (e foi apenas uma das críticas) e trato o PT como se vê. Podem contar quantas mentiras quiserem, reitero, que continuarei a contar as verdades sobre eles.
Tontos ficam babando: “Alguns leitores deste blog têm saudades da ditadura”. Talvez um ou outro tenham, não sei. O que é certo é que a maioria sente uma certa nostalgia até do que não tiveram: uma democracia de direito, em que assassinos não posem (Emir Sader escreveria “pousem”) de heróis e mártires.
Nos comentários, reitero, peço comedimento. Temos de combater é o photoshop da história. Em nome da democracia e do estado de direito, fora dos quais não há solução. Esta é uma página contra golpistas, de direita ou de esquerda.
Se os esquerdistas são mais criticados, isso se deve ao fato de que, no momento, são os mais assanhados em justificar os próprios crimes. Afinal, estão no poder.
Por Reinaldo Azevedo, 05/12/2011
Peço que leiam com muita atenção este texto e outros que se seguem. No conjunto, eles caracterizam, entendo, a metafísica de um período da nossa história.
É raro podermos relatar, em tempo real, a falsificação da história. No geral, o trabalho fica para os pósteros. Agora, podemos fazer nós mesmos esse trabalho.
Vejam de novo esta foto, sobre a qual escrevi ontem. A petralhada ficou enlouquecida. Posso entender por quê. Essa gente nega até que o mensalão tenha existido, né? Tem dificuldades para conviver com a verdade.
Muitos, na rede, afirmam tratar-se de uma montagem. Outros falam que o Photoshop atuou pra valer. Há quem desconfie que ela tenha sido, de fato, torturada porque estaria muito bem etc. Bem, vejam de novo a imagem.
Volto em seguida.
Ela foi presa em 16 de janeiro de 1970, e o interrogatório foi feito em novembro. Daria tempo para ter se recuperado. O ponto que interessa à lógica é outro.
Sessões de tortura ao longo de 22 dias, conforme a versão influente, não eram prática dos trogloditas dos porões. As coisas costumavam ser mais rápidas e letais. Mas não! Eu não vou especular a respeito e, já escrevi aqui em outras ocasiões, acho que não se deve fazê-lo.
Até porque havia, sim, torturadores operando nos porões do regime. NINGUÉM PRECISA NEGAR A PRÁTICA DA TORTURA PARA DIZER AS COISAS CERTAS A RESPEITO DAQUELE TEMPO.
A foto teria sido resgatada por seu hagiógrafo no arquivo oficial. Não há razão para duvidar de sua veracidade. Tampouco acredito que tenha havido qualquer manipulação técnica.
ATENÇÃO, MEUS CAROS, O PHOTOSHOP QUE TEM DE SER COMBATIDO É OUTRO. O QUE SE PRETENDE COM O ESCARCÉU EM TORNO DESSA FOTOGRAFIA É OPERAR UM PHOTOSHOP NA HITÓRIA.
É isso que tem de ser combatido.
NÃO CAIAM NA CILADA DE DESCOFIAR DA VERACIDADE DA IMAGEM. TENHAM, ISTO SIM, É A CLAREZA PARA DESCONFIAR DO NOVO OFICIALISMO.
Conforme vocês verão no post abaixo, as esquerdas não eram compostas de anjos rebeldes, mas essencialmente bons, que estavam combatendo os dragões da maldade.
Essa narrativa que a foto sugere é uma falsificação grotesca da história.
No post abaixo, vocês constatarão, por exemplo, o que aconteceu com um homem chamado Orlando Lovecchio.
Conhecerão, ou vão se lembrar, de Carlos Eugênio da Paz, que era da ala militar da Ação Libertadora Nacional, liderada por Carlos Marighella.
Terão a chance, em suma, de ver de perto as esquerdas armadas, com a sua face real. A Dilma que aparece sentada ali num tribunal militar não remete àquela que tinha cargo de direção na VAR-Palmares, uma organização que era, sim, terrorista.
Os militares, que lêem papéis com o rosto coberto, geraram polêmica. Os mistificadores adoraram o contraste: ela, a jovem prisioneira, com o rosto à mostra; os fardados, que a julgavam, protegendo-se com as mãos.
Estranho? Nem tanto! Cometiam eles ali alguma ilegalidade para o estado de direito da época? Não! Agiam nos porões? Não! Faziam algo que contrariasse a lei, a exemplo dos torturadores? Também não!
Ocorre, e sei que alguns agora terão borborigmos estertorosos, que mostrar a cara, nesse caso, implicava um risco considerável. Uma das linhas de atuação das esquerdas armadas consistia, justamente, em matar militares… fardados!
Era uma recomendação explícita, por exemplo, do Minimanual da Guerrilha Urbana, de Carlos Marighella (em NEGRITO):
- “Hoje, ser “violento” ou um “terrorista” é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada”;
- “é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais: a exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.”
- “Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão”.
Um militar era, portanto, sempre um alvo. No dia 12 de outubro de 1968, um comando da VPR assassinou, por exemplo, Charles Chandler, capitão do Exército americano que estudava Sociologia e Política no Brasil com uma bolsa de estudos. Era considerado agente da CIA.
Na frente da mulher e de um de seus filhos, Jeffrey, de quatro anos (havia ainda Todd, de três, e Luanne, com três meses), Chandler levou seis tiros de revólver calibre 38 e 14 de metralhadora quando saía de casa, de manhã. Ah, sim: ele não era agente da CIA. Nomes de seus executores: Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antônio Braz de Carvalho.
E o que dizer da morte do marinheiro inglês David A. Cuthberg, no dia 5 de fevereiro de 1972, decidida pela VAR-Palmares (grupo de Dilma), ALN (grupo de Marighella) e PCBR (grupo ao qual pertenceu, depois, Tarso Genro)? Leiam trecho de um texto publicado, à época, no jornal “O Globo”:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender.
Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade.
Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês.
O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.
O tenente da FAB Mateus Levino dos Santos não teve melhor sorte em Pernambuco. O PCBR precisava de um carro para usar no seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26 de junho de 1970, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.
Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. O terrorista Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, Santos morreu, no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou os terroristas a desistir do seqüestro.
Era perigoso pertencer à Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar. No dia 22 de junho de 1969, militantes da ALN queriam as armas de dois soldados que estavam na rádio-patrulha 416. Não tiveram dúvida: incendiaram o carro, mataram os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira e lhes roubaram as armas.
No dia 1º de julho de 1968, Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, major do Exército alemão, foi assassinado no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.
Foi confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que cursava a mesma escola. Seus matadores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Sabem a que organização pertenciam? Colina (Comando de Libertação Nacional).
Sabem quem era uma das dirigentes? Dilma Rousseff. Tinha tal importância na turma que foi uma das pessoas que negociaram com Carlos Lamarca a fusão do Colina com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), dando origem à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). E foi justamente por divergências com o grupo de Dilma que Lamarca se descolou da nova organização para refundar a VPR.
Aquele ar de musa existencialista com cabelo à la garçonne faz photoshop na história, entenderam?
Esse é o retoque verdadeiramente nefasto. Acima, relato algumas execuções, e nada disso justifica a brutalidade dos porões ou a tortura. Nem remotamente.
Não adianta a canalha ficar me atribuindo o que não escrevi. Mas não me venham com conversa mole.
Militares, mesmo exercendo o seu papel legal, podiam estar cobrindo o rosto para preservar a vida.
A tortura é uma prática asquerosa. Mas o que dizer de grupos que matam inocentes e jogam em cima do cadáver um manifesto explicando os “motivos”, responsabilizando-o por sua própria morte? Será coisa, assim, tão moralmente superior?
Está em curso um processo, agora mais agressivo — e é impressionante que isso aconteça na democracia — de santificação de criminosos. O meu paradigma é a democracia, é o estado de direito.
Não reconheço grandeza, legitimidade ou beleza em assassinos convictos. A presidente Dilma Rousseff é beneficiária da democracia. A contribuição que ela deu a esse processo se conta a partir de sua reinserção da vida política, aproveitando-se, como todos nós, dos benefícios decorrentes DA LUTA POR DEMOCRACIA, NÃO DA LUTA PELO SOCIALISMO.
A luta armada era só o imaginário golpista com sinal invertido. Ou um bando que mata um homem inocente na frente da mulher e do filho de quatro anos com 20 tiros é muito diferente de uma súcia de torturadores? Com quem você dividiria a mesa do bar ou os seus afetos? Tenham paciência! Todos merecem o lixo. Ocorre que os torturadores são justamente execrados. Já aqueles assassinos são indenizados e ainda viram mártires.
Podem contar quantas mentiras quiserem a meu respeito, especialmente alguns vagabundos que foram puxa-sacos do regime militar, puxa-sacos do Sarney, puxa-sacos de FHC e que agora puxam o saco do PT.
Eu tive problemas com a ditadura, tratei Sarney aos pontapés, fiz a primeira capa de revista da imprensa brasileira alertando para o apagão de energia no governo FHC (e foi apenas uma das críticas) e trato o PT como se vê. Podem contar quantas mentiras quiserem, reitero, que continuarei a contar as verdades sobre eles.
Tontos ficam babando: “Alguns leitores deste blog têm saudades da ditadura”. Talvez um ou outro tenham, não sei. O que é certo é que a maioria sente uma certa nostalgia até do que não tiveram: uma democracia de direito, em que assassinos não posem (Emir Sader escreveria “pousem”) de heróis e mártires.
Nos comentários, reitero, peço comedimento. Temos de combater é o photoshop da história. Em nome da democracia e do estado de direito, fora dos quais não há solução. Esta é uma página contra golpistas, de direita ou de esquerda.
Se os esquerdistas são mais criticados, isso se deve ao fato de que, no momento, são os mais assanhados em justificar os próprios crimes. Afinal, estão no poder.
Por Reinaldo Azevedo, 05/12/2011
SOCIAL DEMOCRACIA SEM RUMO
Angela Merkel e Sarkozy querem ditar limites fiscais aos países satélites da zona do euro. Equivale é cassar a soberania desses países, algo que não têm como conseguir. A raiz da crise é a estrutura de poder social-democrata, que pressupõe gastos continuados ao infinito, para cumprir sua vã promessa de distribuir renda via Estado. A crise da social-democracia é terminal.
CHEGA DE IDEOLOGIA VAGABUNDA E MENTIROSA EM VESTIBULAR!
Que o estado de SP comece a dar o exemplo anulando questão mentirosa da Fatec!
O estado de São Paulo tem as chamadas Fatecs, as Faculdades de Tecnologia, que exercem um papel fundamental na formação de técnicos de nível universitário. É uma grande iniciativa.
Em vez da falsa expansão das universidades federais, com as faculdades de saliva criadas por Fernando Haddad, o modelo paulista deveria ser reproduzido no resto do país.
Por isso mesmo, as Fatecs têm de ser protegidas da vigarice intelectual, da mentira e da ideologização picareta.
No domingo, a Fatec fez o seu vestibular para o primeiro semestre do ano que vem. Não sei quem elabora aquilo, sei que precisa melhorar. Por isso mesmo, a questão 42 tem de ser anulada. E eu demonstro por quê. Ela começa citando um texto (em itálico) e formula depois a pergunta. Leiam. Comento em seguida.
O agronegócio envolve operações desde as pesquisas científicas relacionadas ao setor até a comercialização dos produtos, determinando uma cadeia produtiva entrelaçada e interdependente.
(ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de et alii. Geografia: sociedade e cotidiano. São Paulo: Escala, 2010.)
Podem-se acrescentar outras características ao agronegócio, dentre as quais a seguinte:
(A) mantém centros de tecnologia avançados, voltados à agricultura orgânica.
(B) expande os cultivos de grãos da região Centro-Oeste para a região Sudeste.
(C) promove a concentração de terras e o desemprego no campo.
(D) possibilita ao país a autossuficiência nas matérias-primas para a indústria.
(B) planeja a expansão das lavouras, barrando o desmatamento e os impactos ambientais.
Voltei
Bem, na versão que está na Internet ao menos, pra começo de conversa, há duas alternativas “B”, como vocês podem notar. Se o erro estiver também na prova impressa, já rende a anulação. O candidato não tem de ser perturbado pela incompetência do revisor.
Adivinhem qual alternativa é dada como a certa… É a “C”, claro!, já que um dos divertimentos dos esquerdopatas que seqüestraram os cursos de Geografia no Brasil é falar mal do agronegócio. Ignoram os dados e cobram dos alunos que adotem seus preconceitos. A questão é especialmente perversa porque o examinador decidiu fazer um teste para contestar o texto que ele próprio está oferecendo como referência.
Vamos lá. É claro que a alternativa “A” está errada porque o agronegócio não investe especialmente em agricultura orgânica, embora existam empresas do ramo. A “B” (a primeira B) está incorreta porque a expansão agrícola seguiu sentido inverso, do Sudeste para o Centro-Oeste.
A “D” não é boa porque, evidentemente, o agronegócio não garante a auto-suficiência de toda a indústria. A segunda alternativa “B” é a que mais se aproxima da verdade: o agronegócio está cada vez mais empenhado, SIM!!!, em planejar a expansão das lavouras.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) criou o projeto “Biomas”, premiado internacionalmente, cujo objetivo é chegar ao “desmatamento ilegal zero”. As grandes empresas do setor agroindustrial respondem hoje por boa parte das pesquisas que são feitas sobre produtividade, às vezes em associação com a Embrapa.
Qual é o problema com a alternativa C? O debate sobre a “concentração de terras” é bucéfalo porque os que eventualmente migram do campo para as cidades, vendendo suas propriedades, não o fazem por causa da presença do agronegócio. Entram outros fatores aí, que não cabem agora no texto.
O essencial, nesse caso, é considerar que a agroindústria não precisa comprar terra — que está cara — para obter os produtos nos quais possa estar interessada. Há várias maneiras de trabalhar em associação com o pequeno e médio proprietários, do arrendamento à compra garantida da produção.
Mas a grande, a monumental, a estúpida mentira é a que diz respeito ao desemprego. O que se dá é justamente o contrário. Há cerca de 9 milhões de pessoas trabalhando da porteira das propriedades para dentro. Esse número pode chegar a 16 milhões caso se considerem as atividades associadas à produção agropecuária — transportes, comércio de insumos e área de serviços. Caso se leve em conta toda a cadeia produtiva, há um terço da mão-de-obra brasileira comprometida com o chamado agronegócio. É o que o examinador chama “desemprego”.
Estudo recente comprova a elevação de renda dos municípios em que o agronegócio está presente. Reproduzo trecho de reportagem da Folha do dia 6 de novembro. Volto em seguida:
Cidades brasileiras que tinham os piores indicadores de emprego, renda, saúde e educação entre 2000 e 2009 conseguiram melhorias nesses setores, mas ainda vão levar 26 anos, a contar de agora, para alcançar um elevado grau de desenvolvimento.
Há, porém, uma exceção: o Centro-Oeste. Apoiada na expansão da fronteira agrícola e seu impacto no emprego, a região saiu de um patamar de desenvolvimento similar ao do Norte e Nordeste e se aproximou do Sudeste.
Tal retrato pode ser extraído do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, um indicador preparado por economistas da federação das indústrias fluminenses. O levantamento faz um raio-X do país com base em três indicadores: renda e emprego formal, saúde e educação. E se assemelha ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), divulgado pela ONU na semana passada.
Encabeçada por Barueri (SP), a lista dos 15 municípios com os mais altos níveis de desenvolvimento tem 14 cidades paulistas. A hegemonia quase absoluta é quebrada por Lucas do Rio Verde (MT), na oitava posição. O município é um dos mais dinâmicos do cinturão da soja de Mato Grosso, maior produtor do país e pólo da agroindústria que processa o grão, além de sede de uma ampla rede de frigoríficos. Mais duas cidades de Mato Grosso estão entre as cem mais desenvolvidas: Primavera do Leste e Sorriso.
As três apresentam evolução rápida no item emprego e renda - impulsionados pelo bom preço da soja e dos demais grãos no exterior e as sucessivas safras recordes. A pesquisa mostra que o efeito da renda maior no Centro-Oeste se irradiou, via tributos, para os cofres das várias cidades dos Estados, que passaram a prestar melhores serviços públicos.
Isso se traduziu em bons índices em educação e especialmente em saúde nesses três municípios, diz Júlio Miragaya, pesquisador do Conselho Federal de Economia.
Volto para encerrarAté quando nossos estudantes ficarão sujeitos a testes de controle ideológico promovido por meia-dúzia de esquerdistas tarados, que não têm o menor receio em mentir e trapacear?
A CNA deveria entrar na Justiça pedindo a anulação da questão. Ou, então, que o examinador prove o que diz. Não estamos diante de uma questão de “liberdade de expressão”. Ninguém está pedindo que o cretino que elaborou o teste seja legalmente punido por isso. O que se pede é que o estudante não seja punido pela patrulha ideológica desinformada.
Justiça nesses caras, ou eles continuarão a mentir!
*
PS - Ainda hoje comento as questões de português da prova. Essa gente enlouqueceu.
REINALDO AZEVEDO
05/12/2011
O estado de São Paulo tem as chamadas Fatecs, as Faculdades de Tecnologia, que exercem um papel fundamental na formação de técnicos de nível universitário. É uma grande iniciativa.
Em vez da falsa expansão das universidades federais, com as faculdades de saliva criadas por Fernando Haddad, o modelo paulista deveria ser reproduzido no resto do país.
Por isso mesmo, as Fatecs têm de ser protegidas da vigarice intelectual, da mentira e da ideologização picareta.
No domingo, a Fatec fez o seu vestibular para o primeiro semestre do ano que vem. Não sei quem elabora aquilo, sei que precisa melhorar. Por isso mesmo, a questão 42 tem de ser anulada. E eu demonstro por quê. Ela começa citando um texto (em itálico) e formula depois a pergunta. Leiam. Comento em seguida.
O agronegócio envolve operações desde as pesquisas científicas relacionadas ao setor até a comercialização dos produtos, determinando uma cadeia produtiva entrelaçada e interdependente.
(ALBUQUERQUE, Maria Adailza Martins de et alii. Geografia: sociedade e cotidiano. São Paulo: Escala, 2010.)
Podem-se acrescentar outras características ao agronegócio, dentre as quais a seguinte:
(A) mantém centros de tecnologia avançados, voltados à agricultura orgânica.
(B) expande os cultivos de grãos da região Centro-Oeste para a região Sudeste.
(C) promove a concentração de terras e o desemprego no campo.
(D) possibilita ao país a autossuficiência nas matérias-primas para a indústria.
(B) planeja a expansão das lavouras, barrando o desmatamento e os impactos ambientais.
Voltei
Bem, na versão que está na Internet ao menos, pra começo de conversa, há duas alternativas “B”, como vocês podem notar. Se o erro estiver também na prova impressa, já rende a anulação. O candidato não tem de ser perturbado pela incompetência do revisor.
Adivinhem qual alternativa é dada como a certa… É a “C”, claro!, já que um dos divertimentos dos esquerdopatas que seqüestraram os cursos de Geografia no Brasil é falar mal do agronegócio. Ignoram os dados e cobram dos alunos que adotem seus preconceitos. A questão é especialmente perversa porque o examinador decidiu fazer um teste para contestar o texto que ele próprio está oferecendo como referência.
Vamos lá. É claro que a alternativa “A” está errada porque o agronegócio não investe especialmente em agricultura orgânica, embora existam empresas do ramo. A “B” (a primeira B) está incorreta porque a expansão agrícola seguiu sentido inverso, do Sudeste para o Centro-Oeste.
A “D” não é boa porque, evidentemente, o agronegócio não garante a auto-suficiência de toda a indústria. A segunda alternativa “B” é a que mais se aproxima da verdade: o agronegócio está cada vez mais empenhado, SIM!!!, em planejar a expansão das lavouras.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) criou o projeto “Biomas”, premiado internacionalmente, cujo objetivo é chegar ao “desmatamento ilegal zero”. As grandes empresas do setor agroindustrial respondem hoje por boa parte das pesquisas que são feitas sobre produtividade, às vezes em associação com a Embrapa.
Qual é o problema com a alternativa C? O debate sobre a “concentração de terras” é bucéfalo porque os que eventualmente migram do campo para as cidades, vendendo suas propriedades, não o fazem por causa da presença do agronegócio. Entram outros fatores aí, que não cabem agora no texto.
O essencial, nesse caso, é considerar que a agroindústria não precisa comprar terra — que está cara — para obter os produtos nos quais possa estar interessada. Há várias maneiras de trabalhar em associação com o pequeno e médio proprietários, do arrendamento à compra garantida da produção.
Mas a grande, a monumental, a estúpida mentira é a que diz respeito ao desemprego. O que se dá é justamente o contrário. Há cerca de 9 milhões de pessoas trabalhando da porteira das propriedades para dentro. Esse número pode chegar a 16 milhões caso se considerem as atividades associadas à produção agropecuária — transportes, comércio de insumos e área de serviços. Caso se leve em conta toda a cadeia produtiva, há um terço da mão-de-obra brasileira comprometida com o chamado agronegócio. É o que o examinador chama “desemprego”.
Estudo recente comprova a elevação de renda dos municípios em que o agronegócio está presente. Reproduzo trecho de reportagem da Folha do dia 6 de novembro. Volto em seguida:
Cidades brasileiras que tinham os piores indicadores de emprego, renda, saúde e educação entre 2000 e 2009 conseguiram melhorias nesses setores, mas ainda vão levar 26 anos, a contar de agora, para alcançar um elevado grau de desenvolvimento.
Há, porém, uma exceção: o Centro-Oeste. Apoiada na expansão da fronteira agrícola e seu impacto no emprego, a região saiu de um patamar de desenvolvimento similar ao do Norte e Nordeste e se aproximou do Sudeste.
Tal retrato pode ser extraído do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal, um indicador preparado por economistas da federação das indústrias fluminenses. O levantamento faz um raio-X do país com base em três indicadores: renda e emprego formal, saúde e educação. E se assemelha ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), divulgado pela ONU na semana passada.
Encabeçada por Barueri (SP), a lista dos 15 municípios com os mais altos níveis de desenvolvimento tem 14 cidades paulistas. A hegemonia quase absoluta é quebrada por Lucas do Rio Verde (MT), na oitava posição. O município é um dos mais dinâmicos do cinturão da soja de Mato Grosso, maior produtor do país e pólo da agroindústria que processa o grão, além de sede de uma ampla rede de frigoríficos. Mais duas cidades de Mato Grosso estão entre as cem mais desenvolvidas: Primavera do Leste e Sorriso.
As três apresentam evolução rápida no item emprego e renda - impulsionados pelo bom preço da soja e dos demais grãos no exterior e as sucessivas safras recordes. A pesquisa mostra que o efeito da renda maior no Centro-Oeste se irradiou, via tributos, para os cofres das várias cidades dos Estados, que passaram a prestar melhores serviços públicos.
Isso se traduziu em bons índices em educação e especialmente em saúde nesses três municípios, diz Júlio Miragaya, pesquisador do Conselho Federal de Economia.
Volto para encerrarAté quando nossos estudantes ficarão sujeitos a testes de controle ideológico promovido por meia-dúzia de esquerdistas tarados, que não têm o menor receio em mentir e trapacear?
A CNA deveria entrar na Justiça pedindo a anulação da questão. Ou, então, que o examinador prove o que diz. Não estamos diante de uma questão de “liberdade de expressão”. Ninguém está pedindo que o cretino que elaborou o teste seja legalmente punido por isso. O que se pede é que o estudante não seja punido pela patrulha ideológica desinformada.
Justiça nesses caras, ou eles continuarão a mentir!
*
PS - Ainda hoje comento as questões de português da prova. Essa gente enlouqueceu.
REINALDO AZEVEDO
05/12/2011
PIADINHA DO DIA...
Em algum lugar neste país, durante o dia de uma terça feira
um prédio de 4 andares foi totalmente destruído pelo fogo; um incêndio terrível.
Todas as pessoas das 10 famílias de Sem-teto, que haviam invadido o 1º andar, faleceram no incêndio.
No 2º andar, todos os componentes das 12 famílias de retirantes, que viviam dos proventos da "Bolsa Família", também não escaparam.
O 3º andar era ocupado por 4 famílias de ex-guerrilheiros, todos beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um ParTido politico influente, com altos cargos em estatais e empresas governamentais, que também faleceram.
No 4º andar viviam engenheiros, professores, empresários, bancários, vendedores, trabalhadores com suas famílias. Todos escaparam.
Imediatamente o "Presidente da Nação" e toda a sua assessoria mandou instalar um inquérito para que o "Chefe do Corpo de Bombeiros" explicasse a morte somente dos 'cumpanheiros' e porque somente os moradores do 4º andar haviam escapado.
O Chefe dos Bombeiros respondeu:
- "é que Eles não estavam em casa - estavam trabalhando ou na escola...
um prédio de 4 andares foi totalmente destruído pelo fogo; um incêndio terrível.
Todas as pessoas das 10 famílias de Sem-teto, que haviam invadido o 1º andar, faleceram no incêndio.
No 2º andar, todos os componentes das 12 famílias de retirantes, que viviam dos proventos da "Bolsa Família", também não escaparam.
O 3º andar era ocupado por 4 famílias de ex-guerrilheiros, todos beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um ParTido politico influente, com altos cargos em estatais e empresas governamentais, que também faleceram.
No 4º andar viviam engenheiros, professores, empresários, bancários, vendedores, trabalhadores com suas famílias. Todos escaparam.
Imediatamente o "Presidente da Nação" e toda a sua assessoria mandou instalar um inquérito para que o "Chefe do Corpo de Bombeiros" explicasse a morte somente dos 'cumpanheiros' e porque somente os moradores do 4º andar haviam escapado.
O Chefe dos Bombeiros respondeu:
- "é que Eles não estavam em casa - estavam trabalhando ou na escola...
SEGUNDO VALÉRIO, FALTOU O ALIBABA
Valério questiona falta de Lula como réu do Mensalão
Em sua defesa final apresentada ao STF, o publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, questiona a ausência do ex-presidente Lula entre os 38 réus da ação penal que deve ir a julgamento em 2012. Valério se diz inocente, mas alega que, se fosse procedente a acusação da Procuradoria-Geral da República, ela deveria incluir os mandantes do esquema de compra de apoio político, entre eles o ex-presidente.
Valério questiona a ausência de Lula na ação do mensalão
Defesa do publicitário diz que, se ele é operador, "mandantes" devem responder
Nas alegações finais, porém, réu alega que é inocente e que esquema de compra de apoio no Congresso não existiu
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
Em sua defesa final apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, questiona a ausência do ex-presidente Lula entre os 38 réus da ação penal que deve ir a julgamento em 2012.
Valério se diz inocente, mas alega que, se fosse procedente a acusação da Procuradoria-Geral da República, ela deveria incluir também os mandantes do esquema de compra de apoio político, entre eles o ex-presidente.
Diz a defesa que a acusação é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]".
Lula informou, via assessoria, que não se manifestará sobre a defesa de Valério.
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de Valério foi "exagerada" na denúncia da Procuradoria para deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", citando novamente Lula.
"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário (...) dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve", diz trecho da defesa.
Marcos Valério foi apontado pelo Ministério Público como o operador do mensalão, revelado pela Folha em 2005.
Nas alegações finais do Ministério Público, enviadas ao STF em julho, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pede a condenação do publicitário pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.
Para a Procuradoria, Valério foi apontado como o "líder do núcleo operacional e financeiro". No mesmo documento, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) foi definido como "chefe de quadrilha".
A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema.
Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ocorreram para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente.
Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público.
Neste ponto, o publicitário ressalta que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação acionária, é uma empresa privada.
Ao final, a defesa de Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio.
PERDÃO JUDICIAL
Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.
"É relevante considerar, na injusta e absurda hipótese de condenação, que Marcos Valério Fernandes de Souza, desde o inicio das apurações dos fatos, teve decisiva atuação como "réu colaborador" (...) [quando por exemplo] forneceu a lista de todas as pessoas que receberam recursos financeiros, indicadas pelo PT", finaliza.
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/09/2011.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Difícil é conseguir ler todos esses 'posts', sem sentir náuseas. Chegamos ao fundo do poço moral, civicamente. Por muito menos, Collor de Mello sofreu impeachment. Havia, ainda, resíduos de vergonha, impregnando o Congresso Nacional. Havia ainda alguns parlamentares com a capacidade de se acanhar perante a nação. Restava ainda alguma seriedade no trato com a corrupção. Ela podia existir, mas em dimensões que não ferisse o Governo, colocando em risco as instituições.
Com o lulismo, chegamos ao descalabro... É incompreensível que não tenha ocorrido o impeachment de Lula, como incompreensível até hoje fica a impunidade que assola essa República.
Inicialmente, temeroso de que desabasse o Palácio em sua cabeça, vem com discurso à nação, desculpar-se, alegando ignorar e ameaçando punir quem quer que fosse, de que Partido fosse, pela traição sofrida.
O discurso comovente, prevenia o possível impedimento. Traído, ignorava que estivesse sendo apunhalado à socapa pelos seus aliados políticos.
Quando percebeu que uma oposição covarde e fisiológica cumpria o que dissera antes - sobre os trezentos picaretas que lotavam o Congresso - adormeceu tranqüilo sobre os louros da mentira, da audácia, da arrogância que voltava a conceder-lhe o sono dos injustos e corruptos.
Mas na defesa intransigente da verdade, como disse o general Robert Nivelle na batalha de Verdún, 1ª guerra mundial, "no passarán".
Não permitiremos que a História esqueça o mais triste mandato que a República terá registrado em seus anais. Resistiremos até aonde for possível.
m.americo
Em sua defesa final apresentada ao STF, o publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, questiona a ausência do ex-presidente Lula entre os 38 réus da ação penal que deve ir a julgamento em 2012. Valério se diz inocente, mas alega que, se fosse procedente a acusação da Procuradoria-Geral da República, ela deveria incluir os mandantes do esquema de compra de apoio político, entre eles o ex-presidente.
Valério questiona a ausência de Lula na ação do mensalão
Defesa do publicitário diz que, se ele é operador, "mandantes" devem responder
Nas alegações finais, porém, réu alega que é inocente e que esquema de compra de apoio no Congresso não existiu
FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
Em sua defesa final apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), o publicitário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, questiona a ausência do ex-presidente Lula entre os 38 réus da ação penal que deve ir a julgamento em 2012.
Valério se diz inocente, mas alega que, se fosse procedente a acusação da Procuradoria-Geral da República, ela deveria incluir também os mandantes do esquema de compra de apoio político, entre eles o ex-presidente.
Diz a defesa que a acusação é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]".
Lula informou, via assessoria, que não se manifestará sobre a defesa de Valério.
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de Valério foi "exagerada" na denúncia da Procuradoria para deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", citando novamente Lula.
"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário (...) dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve", diz trecho da defesa.
Marcos Valério foi apontado pelo Ministério Público como o operador do mensalão, revelado pela Folha em 2005.
Nas alegações finais do Ministério Público, enviadas ao STF em julho, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pede a condenação do publicitário pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.
Para a Procuradoria, Valério foi apontado como o "líder do núcleo operacional e financeiro". No mesmo documento, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) foi definido como "chefe de quadrilha".
A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema.
Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ocorreram para quitar dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente.
Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público.
Neste ponto, o publicitário ressalta que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação acionária, é uma empresa privada.
Ao final, a defesa de Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio.
PERDÃO JUDICIAL
Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.
"É relevante considerar, na injusta e absurda hipótese de condenação, que Marcos Valério Fernandes de Souza, desde o inicio das apurações dos fatos, teve decisiva atuação como "réu colaborador" (...) [quando por exemplo] forneceu a lista de todas as pessoas que receberam recursos financeiros, indicadas pelo PT", finaliza.
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/09/2011.
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Difícil é conseguir ler todos esses 'posts', sem sentir náuseas. Chegamos ao fundo do poço moral, civicamente. Por muito menos, Collor de Mello sofreu impeachment. Havia, ainda, resíduos de vergonha, impregnando o Congresso Nacional. Havia ainda alguns parlamentares com a capacidade de se acanhar perante a nação. Restava ainda alguma seriedade no trato com a corrupção. Ela podia existir, mas em dimensões que não ferisse o Governo, colocando em risco as instituições.
Com o lulismo, chegamos ao descalabro... É incompreensível que não tenha ocorrido o impeachment de Lula, como incompreensível até hoje fica a impunidade que assola essa República.
Inicialmente, temeroso de que desabasse o Palácio em sua cabeça, vem com discurso à nação, desculpar-se, alegando ignorar e ameaçando punir quem quer que fosse, de que Partido fosse, pela traição sofrida.
O discurso comovente, prevenia o possível impedimento. Traído, ignorava que estivesse sendo apunhalado à socapa pelos seus aliados políticos.
Quando percebeu que uma oposição covarde e fisiológica cumpria o que dissera antes - sobre os trezentos picaretas que lotavam o Congresso - adormeceu tranqüilo sobre os louros da mentira, da audácia, da arrogância que voltava a conceder-lhe o sono dos injustos e corruptos.
Mas na defesa intransigente da verdade, como disse o general Robert Nivelle na batalha de Verdún, 1ª guerra mundial, "no passarán".
Não permitiremos que a História esqueça o mais triste mandato que a República terá registrado em seus anais. Resistiremos até aonde for possível.
m.americo
O CINISMO, ANTES E DEPOIS: "O MENSALÃO NUNCA EXISTIU." A GRANDE MENTIRA DO APEDEUTA.
Delúbio Soares empina o nariz para o Supremo Tribunal Federal: “Fiz, sim, e daí?”
Delúbio Soares, o tesoureiro do mensalão, obedecendo, parece, à orientação de seu advogado, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh — que gosta de pegar causas de heróis —, resolveu que a melhor defesa é o ataque. Já chego lá. Vamos lembrar antes algumas coisinhas.
Os petistas tentaram negar, inicialmente, a existência do mensalão. Numa entrevista ao programa “Roda Viva”, o então presidente da legenda, José Genoino, foi inequívoco: tudo mentira! Não admitiu nem mesmo o crime eleitoral.
Encerrou sua performance lembrando a sua condição de ex-preso político e chorou. Todos ficaram comovidos, claro! No dia 17 de julho de 2005, numa entrevista ao Fantástico, Lula lançou a grande linha de defesa dos petistas, inventada por Márcio Thomaz Bastos: tratava-se de crime eleitoral, e todo mundo faz o mesmo.
Surgiram, no entanto, evidências de compra até de partidos, com porteira fechada. A situação se agravava.
No dia 12 de setembro, Lula se viu obrigado a fazer um pronunciamento oficial. Pediu desculpas à nação. É aquele filme em que, curiosamente, ele fica falando e olhando para o alto (observem), sei lá por quê. Vale a pena rever o Apedeuta admitindo a prática de atos “inaceitáveis”. Volto em seguida.
Voltei
Lula foi recuperando aos poucos sua popularidade. À medida que o tempo passava, começou um processo de revisão da história.
Para tanto, entrou em campo o time da “Academia”, os petistas universitários. Liderados por Marilena Chaui, alguns “professores” inventaram a farsa de que a crise do mensalão era só uma tentativa de golpe das oposições, com o auxílio da “mídia”.
No terreno da propaganda, Franklin Martins, ministro da Comunicação Social, mobilizou uma súcia de ex-jornalistas para difamar a imprensa que tem vergonha na cara.
Os petistas se sentiram fortalecidos. E passaram a repetir em coro: “O mensalão nunca existiu”. As desculpas de Lula ficaram para trás.
O Babalorixá de Banânia recorreu àquele expediente, quando sua reputação estava indo para o ralo. Recuperado, voltou a demonstrar o temperamento agressivo de sempre.
Ao deixar a Presidência, anunciou que uma de suas intenções era descobrir o que de fato aconteceu naquele período, sugerindo que tudo não passou de uma tramóia das… oposições!
Dias de hoje
Chegamos, assim, aos dias de hoje. Orientado por Greenhalgh, o advogado do terrorista Cesare Battisti, Delúbio Soares não só nega a existência do mensalão como canta o seu “Non, je ne regrette rien”.
Ele não se arrepende de nada! Ao contrário, sente orgulho do que fez. Leiam o que informa Fabio Guibu na Folha Online. Volto em seguida.
*****
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, acusado de ser um dos mentores do mensalão, disse ontem à noite em Recife (PE) que não se arrepende de nada do que fez e afirmou que não vai deixar de fazer política, seja qual for a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o caso.
Segundo ele, ninguém enriqueceu e o ocorrido foi um “processo político”. “Vou falar em alto e bom som: não me arrependo de nada, dos cinco anos de isolamento, nada”, declarou Delúbio. “Parei de passear, de fazer as coisas, mas valeu muito e está valendo”, disse ele, referindo-se aos nove anos consecutivos do PT no comando do governo federal e do avanço do partido nos Estados e municípios.
Em debate sobre sua defesa no processo, realizado à noite no Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco, Delúbio repetiu que o mensalão não existiu. Segundo ele, os R$ 55 milhões captados foram distribuídos a políticos do PT e partidos aliados para pagar dívidas de campanha.
Delúbio é apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema, denunciado pela Folha em 2005. Se condenado, pode pegar até 111 anos de prisão pelos supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
“Delúbio Soares não enriqueceu, os parentes de Delúbio Soares não enriqueceram. Meus pais continuam vivendo da mesma maneira que viviam antes”, afirmou. “E não conheço nenhuma pessoa que pegou esses recursos e botou no bolso”, disse. “Isso eu falo com tranquilidade. Não teve enriquecimento com ninguém, foi um processo da política.”
No debate, promovido por dez diretórios municipais do PT no Estado, o ex-tesoureiro distribuiu às cerca de cem pessoas presentes uma cartilha com 77 páginas intitulada “A defesa de Delúbio Soares no STF” e um CD para a navegação automática no site e twitter do petista.
Ao lado dele, o advogado do partido Luiz Eduardo Greenhalgh defendeu o adiamento do julgamento, que deverá ocorrer no próximo ano. “Seria mais conveniente que o processo fosse julgado em ano não eleitoral, para que haja distanciamento das paixões políticas”, disse. Greenhalgh disse que recomendou a Delúbio que divulgue no país sua versão sobre o mensalão, porque considera sua única chance “escancarar o processo”. “O STF é isento, mas a opinião pública já está formada antecipadamente”, disse.
Para o advogado, mostrar o processo e formar o que chamou de “massa crítica”, representa uma oportunidade de “consertar o impacto de um julgamento antecipado”. Delúbio disse que ao longo do processo foram feitas “matérias distorcidas” e que não concederá mais entrevistas até o final do caso.
O processo do mensalão, segundo Greenhalgh, tem cerca de 500 mil páginas em 400 volumes. Ele estima que o julgamento levará cerca de 30 dias para ser concluído. “A ação ganhou um caráter midiático, e o Brasil vai parar para ver”, declarou.
Encerro
Está tudo dito aí. Ainda que fosse verdade que ninguém enriqueceu, pergunta-se: crime que não enriquece ninguém — que serve para o fortalecimento de um partido e para que este ponha em prática um projeto de poder — deixa de ser crime? Eles não têm nenhum pudor e, por isso, não têm também limites. Tudo lhes é permitido.
Caberá ao Supremo definir que futuro espera o Brasil: se Delúbio e a turma forem absolvidos, fica combinado o compromisso preferencial das instituições brasileiras com o crime. É simples assim.
Por Reinaldo Azevedo
Delúbio Soares, o tesoureiro do mensalão, obedecendo, parece, à orientação de seu advogado, o petista Luiz Eduardo Greenhalgh — que gosta de pegar causas de heróis —, resolveu que a melhor defesa é o ataque. Já chego lá. Vamos lembrar antes algumas coisinhas.
Os petistas tentaram negar, inicialmente, a existência do mensalão. Numa entrevista ao programa “Roda Viva”, o então presidente da legenda, José Genoino, foi inequívoco: tudo mentira! Não admitiu nem mesmo o crime eleitoral.
Encerrou sua performance lembrando a sua condição de ex-preso político e chorou. Todos ficaram comovidos, claro! No dia 17 de julho de 2005, numa entrevista ao Fantástico, Lula lançou a grande linha de defesa dos petistas, inventada por Márcio Thomaz Bastos: tratava-se de crime eleitoral, e todo mundo faz o mesmo.
Surgiram, no entanto, evidências de compra até de partidos, com porteira fechada. A situação se agravava.
No dia 12 de setembro, Lula se viu obrigado a fazer um pronunciamento oficial. Pediu desculpas à nação. É aquele filme em que, curiosamente, ele fica falando e olhando para o alto (observem), sei lá por quê. Vale a pena rever o Apedeuta admitindo a prática de atos “inaceitáveis”. Volto em seguida.
Voltei
Lula foi recuperando aos poucos sua popularidade. À medida que o tempo passava, começou um processo de revisão da história.
Para tanto, entrou em campo o time da “Academia”, os petistas universitários. Liderados por Marilena Chaui, alguns “professores” inventaram a farsa de que a crise do mensalão era só uma tentativa de golpe das oposições, com o auxílio da “mídia”.
No terreno da propaganda, Franklin Martins, ministro da Comunicação Social, mobilizou uma súcia de ex-jornalistas para difamar a imprensa que tem vergonha na cara.
Os petistas se sentiram fortalecidos. E passaram a repetir em coro: “O mensalão nunca existiu”. As desculpas de Lula ficaram para trás.
O Babalorixá de Banânia recorreu àquele expediente, quando sua reputação estava indo para o ralo. Recuperado, voltou a demonstrar o temperamento agressivo de sempre.
Ao deixar a Presidência, anunciou que uma de suas intenções era descobrir o que de fato aconteceu naquele período, sugerindo que tudo não passou de uma tramóia das… oposições!
Dias de hoje
Chegamos, assim, aos dias de hoje. Orientado por Greenhalgh, o advogado do terrorista Cesare Battisti, Delúbio Soares não só nega a existência do mensalão como canta o seu “Non, je ne regrette rien”.
Ele não se arrepende de nada! Ao contrário, sente orgulho do que fez. Leiam o que informa Fabio Guibu na Folha Online. Volto em seguida.
*****
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, acusado de ser um dos mentores do mensalão, disse ontem à noite em Recife (PE) que não se arrepende de nada do que fez e afirmou que não vai deixar de fazer política, seja qual for a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o caso.
Segundo ele, ninguém enriqueceu e o ocorrido foi um “processo político”. “Vou falar em alto e bom som: não me arrependo de nada, dos cinco anos de isolamento, nada”, declarou Delúbio. “Parei de passear, de fazer as coisas, mas valeu muito e está valendo”, disse ele, referindo-se aos nove anos consecutivos do PT no comando do governo federal e do avanço do partido nos Estados e municípios.
Em debate sobre sua defesa no processo, realizado à noite no Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco, Delúbio repetiu que o mensalão não existiu. Segundo ele, os R$ 55 milhões captados foram distribuídos a políticos do PT e partidos aliados para pagar dívidas de campanha.
Delúbio é apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema, denunciado pela Folha em 2005. Se condenado, pode pegar até 111 anos de prisão pelos supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
“Delúbio Soares não enriqueceu, os parentes de Delúbio Soares não enriqueceram. Meus pais continuam vivendo da mesma maneira que viviam antes”, afirmou. “E não conheço nenhuma pessoa que pegou esses recursos e botou no bolso”, disse. “Isso eu falo com tranquilidade. Não teve enriquecimento com ninguém, foi um processo da política.”
No debate, promovido por dez diretórios municipais do PT no Estado, o ex-tesoureiro distribuiu às cerca de cem pessoas presentes uma cartilha com 77 páginas intitulada “A defesa de Delúbio Soares no STF” e um CD para a navegação automática no site e twitter do petista.
Ao lado dele, o advogado do partido Luiz Eduardo Greenhalgh defendeu o adiamento do julgamento, que deverá ocorrer no próximo ano. “Seria mais conveniente que o processo fosse julgado em ano não eleitoral, para que haja distanciamento das paixões políticas”, disse. Greenhalgh disse que recomendou a Delúbio que divulgue no país sua versão sobre o mensalão, porque considera sua única chance “escancarar o processo”. “O STF é isento, mas a opinião pública já está formada antecipadamente”, disse.
Para o advogado, mostrar o processo e formar o que chamou de “massa crítica”, representa uma oportunidade de “consertar o impacto de um julgamento antecipado”. Delúbio disse que ao longo do processo foram feitas “matérias distorcidas” e que não concederá mais entrevistas até o final do caso.
O processo do mensalão, segundo Greenhalgh, tem cerca de 500 mil páginas em 400 volumes. Ele estima que o julgamento levará cerca de 30 dias para ser concluído. “A ação ganhou um caráter midiático, e o Brasil vai parar para ver”, declarou.
Encerro
Está tudo dito aí. Ainda que fosse verdade que ninguém enriqueceu, pergunta-se: crime que não enriquece ninguém — que serve para o fortalecimento de um partido e para que este ponha em prática um projeto de poder — deixa de ser crime? Eles não têm nenhum pudor e, por isso, não têm também limites. Tudo lhes é permitido.
Caberá ao Supremo definir que futuro espera o Brasil: se Delúbio e a turma forem absolvidos, fica combinado o compromisso preferencial das instituições brasileiras com o crime. É simples assim.
Por Reinaldo Azevedo
A VERDADE, TAL COMO DEVE SER MOSTRADA.
TODAS AS PESSOAS MORTAS POR TERRORISTAS DE ESQUERDA
16 DE DEZEMBRO DE 2010
O século XX ficará conhecido como o século da mentira, o XXI ainda continua, na mentira, através dos livros, das notícias, e da mídia. O que escondem? Somente a verdade, só isso!
Sempre noticiam que o Regime Militar, matou 424 seus militantes (terroristas, assaltantes de banco e torturadores). Provavelmente um número exagerado pela esquerda. Os mortos comprovados são 293, outros constam como "desaparecidos" e simplesmente se diz "mortos pelo regime militar". Diga-se de passagem, quatro militantes da ALN-Molipo foram mortos pelos próprios "companheiros".
O que não se diz é que os terrorista de esquerda mataram nada menos que 119 pessoas, muitas sem qualquer vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Uma verdadeira revolução cultural está sendo feita no Brasil.
Outra inverdade histórica, diz que as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.
Na primeira parte sobre as vítimas dos terroristas de esquerda, aparecem as pessoas mortas antes do AI-5: nada menos de 19. Observem os nomes dos assassinos.
Se procurarmos na lista dos indenizados do Bolsa Ditadura, muitos homicidas estarão lá, beneficiados por sua “luta contra a ditadura”. Suas famílias recebem o benefício, e o terrorista é colocado como herói.
A lista dos assassinados pela esquerda foi pesquisado pelo grupo "Terrorismo Nunca Mais.
“Ah, lista feita pelo pessoal da direita não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda, Vale?
Os fatos estão devidamente documentados. Abaixo, os nomes das 19 pessoas assassinadas antes do AI-5 e, sempre que possível, de seus algozes.
Ah, sim: PARA AS VÍTIMAS DA ESQUERDA, NÃO HÁ INDENIZAÇÃO. Como vocês sabem, eles não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Mentira.
AS VÍTIMAS DA ESQUERDA ANTES DO AI-5
Aqui:http://meublogsemcensura.blogspot.com/2010/12/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas.html
lilicarabina
16 DE DEZEMBRO DE 2010
O século XX ficará conhecido como o século da mentira, o XXI ainda continua, na mentira, através dos livros, das notícias, e da mídia. O que escondem? Somente a verdade, só isso!
Sempre noticiam que o Regime Militar, matou 424 seus militantes (terroristas, assaltantes de banco e torturadores). Provavelmente um número exagerado pela esquerda. Os mortos comprovados são 293, outros constam como "desaparecidos" e simplesmente se diz "mortos pelo regime militar". Diga-se de passagem, quatro militantes da ALN-Molipo foram mortos pelos próprios "companheiros".
O que não se diz é que os terrorista de esquerda mataram nada menos que 119 pessoas, muitas sem qualquer vinculação com a luta política. Quase ninguém sabe disso. Uma verdadeira revolução cultural está sendo feita no Brasil.
Outra inverdade histórica, diz que as ações armadas da esquerda só tiveram início depois do AI-5, de 13 de dezembro de 1968. É como se, antes disso, os esquerdistas tivessem se dedicado apenas à resistência pacífica.
Na primeira parte sobre as vítimas dos terroristas de esquerda, aparecem as pessoas mortas antes do AI-5: nada menos de 19. Observem os nomes dos assassinos.
Se procurarmos na lista dos indenizados do Bolsa Ditadura, muitos homicidas estarão lá, beneficiados por sua “luta contra a ditadura”. Suas famílias recebem o benefício, e o terrorista é colocado como herói.
A lista dos assassinados pela esquerda foi pesquisado pelo grupo "Terrorismo Nunca Mais.
“Ah, lista feita pelo pessoal da direita não vale!!!” E a feita pela extrema esquerda, Vale?
Os fatos estão devidamente documentados. Abaixo, os nomes das 19 pessoas assassinadas antes do AI-5 e, sempre que possível, de seus algozes.
Ah, sim: PARA AS VÍTIMAS DA ESQUERDA, NÃO HÁ INDENIZAÇÃO. Como vocês sabem, eles não têm nem mesmo direito à memória. Foram apagados da história pela Comissão da Mentira.
AS VÍTIMAS DA ESQUERDA ANTES DO AI-5
Aqui:http://meublogsemcensura.blogspot.com/2010/12/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas.html
lilicarabina
A PELEGADA SE ENGALFINHA PELA "BOQUINHA"...
Briga entre facções pelo controle do Trabalho: "Companheiros da CUT" x "Companheiros da Força".
Com a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, o PDT trabalha agora para evitar que o PT assuma a pasta no próximo ano.
Em reunião ontem com a Executiva Nacional de seu partido, Lupi disse aos aliados que "qualquer um" do PDT que assumir o cargo será alvo de pressões. Parte da legenda atribui a crise de Lupi ao PT - que trabalha para recuperar o comando do ministério, que deixou de controlar em 2007.
Nos bastidores, as centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada aos petistas, e a Força Sindical, vinculada ao PDT, têm interesse na pasta.
O PDT aguarda um chamado da presidente Dilma Rousseff para definir o futuro da legenda no governo, mas já está definido que eles não deixarão a base aliada.
Dilma só deverá decidir a participação do partido - no Trabalho ou em outro ministério - na reforma ministerial, prevista para janeiro. Diante da indefinição, o secretário nacional sindical do PT, João Felício, afirmou que a CUT não vai sugerir nomes.
"O Ministério do Trabalho sob o comando do PDT priorizou centrais sindicais com que tem afinidade. A CUT defende uma relação republicana com as centrais e uma modernização sindical, mas não indica nomes: da mesma maneira que não pedimos a saída, não indicamos", disse.
Os pedetistas criticam a ideia da pasta ser fundida com a Previdência na reforma.<b> "Acho um desastre. Um governo que se diz trabalhista acabar com o Ministério do Trabalho", disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
O PDT montou uma comissão para negociar o espaço do partido no governo.
A Executiva da sigla determinou que Lupi ficará fora do grupo para não atrapalhar as negociações com o Planalto. Lupi volta ao comando do PDT no começo do ano. Ele está licenciado da presidência do partido desde 2008.
Segundo relatos ouvidos pela Folha, Lupi disse a pedetistas que se demitiu após apelos de familiares e porque havia chegado ao seu limite. O Ministério Público Federal no Distrito Federal disse que vai apurar irregularidades no uso de um avião privado por Lupi.
Em 2009 ele viajou num jato pago pelo responsável por ONGs com contratos com o ministério.
(Da Folha de São Paulo)
Com a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, o PDT trabalha agora para evitar que o PT assuma a pasta no próximo ano.
Em reunião ontem com a Executiva Nacional de seu partido, Lupi disse aos aliados que "qualquer um" do PDT que assumir o cargo será alvo de pressões. Parte da legenda atribui a crise de Lupi ao PT - que trabalha para recuperar o comando do ministério, que deixou de controlar em 2007.
Nos bastidores, as centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada aos petistas, e a Força Sindical, vinculada ao PDT, têm interesse na pasta.
O PDT aguarda um chamado da presidente Dilma Rousseff para definir o futuro da legenda no governo, mas já está definido que eles não deixarão a base aliada.
Dilma só deverá decidir a participação do partido - no Trabalho ou em outro ministério - na reforma ministerial, prevista para janeiro. Diante da indefinição, o secretário nacional sindical do PT, João Felício, afirmou que a CUT não vai sugerir nomes.
"O Ministério do Trabalho sob o comando do PDT priorizou centrais sindicais com que tem afinidade. A CUT defende uma relação republicana com as centrais e uma modernização sindical, mas não indica nomes: da mesma maneira que não pedimos a saída, não indicamos", disse.
Os pedetistas criticam a ideia da pasta ser fundida com a Previdência na reforma.<b> "Acho um desastre. Um governo que se diz trabalhista acabar com o Ministério do Trabalho", disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
O PDT montou uma comissão para negociar o espaço do partido no governo.
A Executiva da sigla determinou que Lupi ficará fora do grupo para não atrapalhar as negociações com o Planalto. Lupi volta ao comando do PDT no começo do ano. Ele está licenciado da presidência do partido desde 2008.
Segundo relatos ouvidos pela Folha, Lupi disse a pedetistas que se demitiu após apelos de familiares e porque havia chegado ao seu limite. O Ministério Público Federal no Distrito Federal disse que vai apurar irregularidades no uso de um avião privado por Lupi.
Em 2009 ele viajou num jato pago pelo responsável por ONGs com contratos com o ministério.
(Da Folha de São Paulo)
FHC NO RODA VIVA
E nenhuma manchete nos jornais de hoje...
Os tucanos não sabem, efetivamente, nada de comunicação. Fernando Henrique Cardoso, o Grande, o Sábio, o Eterno, participou do Roda Viva, um dos principais programas politicos do Brasil ontem à noite, falou 1 hora e 53 minutos e não gerou nenhuma manchete para os jornais de hoje. Ao que parece o PSDB não tem mais nada de novo a dizer para o país. Depois se queixam que a campanha presidencial de 2010 repetia até mesmo falas gravadas em 2006, do candidato José Serra. Por não ter o que dizer ao país é que o PSDB busca reciclar o legado de FHC? É o que parece, depois do Roda Viva de ontem.
Os tucanos não sabem, efetivamente, nada de comunicação. Fernando Henrique Cardoso, o Grande, o Sábio, o Eterno, participou do Roda Viva, um dos principais programas politicos do Brasil ontem à noite, falou 1 hora e 53 minutos e não gerou nenhuma manchete para os jornais de hoje. Ao que parece o PSDB não tem mais nada de novo a dizer para o país. Depois se queixam que a campanha presidencial de 2010 repetia até mesmo falas gravadas em 2006, do candidato José Serra. Por não ter o que dizer ao país é que o PSDB busca reciclar o legado de FHC? É o que parece, depois do Roda Viva de ontem.
PIMENTEL, O MAIS NOVO CONSULTOR PETISTA, IMITA PALOCCI...
O ministro Fernando Pimentel segue os mesmos passos do seu coleguinha e companheiro Antônio Palocci. Os dois fizeram parte da equipe de transição de Dilma e, depois, ganharam os ministérios que pediram. Como no Caso Palocci, a cada dia surge uma novidade sobre milionária atividade de consultoria de Pimentel...
Na foto, Antônio Palocci, Wagner Rossi e, agora, Fernando Pimentel. Que ministério, hein?
Pimentel recebeu R$400 mil de firma ligada a empresa contratada pela prefeitura
Uma "empresa de informática pequeninha", nas palavras do próprio ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), pagou R$400 mil pelos serviços da P-21 Consultoria e Projetos Ltda, empresa mantida pelo petista entre sua saída do comando da prefeitura de Belo Horizonte, em 2009, e a chegada ao governo federal, em 2011.
Firma especializada em "cabeamento estruturado para rede de computadores", a QA Consulting Ltda pertence a Alexandre Allan, de 36 anos, e Gustavo Prado, de 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário de Pimentel na P-21 Consultoria.
O pagamento pela consultoria de Pimentel se deu em duas parcelas de R$200 mil. A primeira foi paga em 19 de fevereiro de 2011, dois dias antes de a QA Consulting receber R$230 mil da construtora HAP Engenharia para prestar serviços de "infraestrutura para soluções de rede".
A título de tributação, o serviço foi declarado como de engenharia civil mas, segundo o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), não há registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao serviço alegado pela empresa. A segunda parcela foi paga em maio de 2010.
Construtora acusada de desviar recursos
A HAP é velha conhecida de Fernando Pimentel: em maio deste ano, o ex-prefeito de Belo Horizonte tornou-se réu em ação civil pública ao lado do dono da empresa, Roberto Senna.
A construtora é acusada de superfaturar obra da prefeitura de Belo Horizonte em R$9,1 milhões e de desviar recursos para a campanha de Pimentel em 2004, quando o petista disputou a reeleição para a prefeitura da capital mineira.
Na época, Pimentel contratou sem licitação a Ação Social Arquidiocesana (ASA), da Arquidiocese de Belo Horizonte, para construir 1,5 mil casas.
A entidade subcontratou a HAP, e o custo da obra passou de R$12,7 milhões para R$26,7 milhões.
Segundo o Ministério Público, metade das casas não foi entregue. O processo corre na 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte.
A QA Consulting é a terceira maior cliente da consultoria de Pimentel, que em dois anos faturou R$2 milhões.
Conforme mostrou O GLOBO no domingo, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) pagou R$1 milhão por serviços ao ministro, e a construtora mineira Convap, outros R$514 mil, meses antes de abocanhar em consórcio R$95,3 milhões em contratos no governo do aliado de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB).
A QA pagou R$400 mil pela consultoria de Pimentel, apesar da sua peculiar situação financeira: de acordo com a Junta Comercial de Minas Gerais, está enquadrada como microempresa (faturamento anual de, no máximo, R$360 mil, de acordo com a nova legislação).
Procurado ontem de manhã na sede de sua empresa, o sócio Gustavo Prado não quis dizer se haviam contratado Pimentel. Também se recusou a dar qualquer detalhe a respeito dos serviços prestados pelo ministro à sua pequena empresa. Disse que se pronunciaria apenas por e-mail e pediu ao repórter que se retirasse.
À tarde, enviou e-mail dizendo que Pimentel havia prestado serviços de "consultoria econômica" e que a empresa teria perfeita "capacidade econômico-financeira para custear a consultoria contratada".
Mas não quis dizer qual foi o faturamento de sua empresa em 2009 e 2010, alegando se tratar de informação estratégica.
Sobre a contratação de seus serviços pela HAP, Prado disse não ter registrado ART no CREA-MG porque, em sua opinião, "o serviço não era de relevância e nem houve exigência do cliente".
- Os serviços foram corretamente declarados às autoridades fiscais, tendo sido realizado em mais de um estabelecimento da empresa - afirmou Prado.
Ao ser questionado sobre o enquadramento como microempresa, a QA Consulting atribuiu a situação a um erro do escritório de contabilidade que presta serviço para eles e informou que, na prática, já teria alterado o formato de pagamentos de impostos pela empresa.
O GLOBO também procurou ontem o empresário Gustavo Henrique Duarte, que foi sócio da QA Consulting entre a consultoria de Pimentel, em 2009, e o início deste ano, quando ele deixou a empresa.
- Eu não cuidava da parte administrativa, não posso falar nada sobre isso - disse, ao desligar o telefone e não mais atender as ligações do GLOBO durante a tarde de ontem.
O dono da HAP Engenharia, Roberto Senna, informou, por meio de sua assessoria, que as instalações de cabeamento da QA Consulting na sua construtora foram adequadamente executadas e negou ter usado a empresa do filho do sócio de Pimentel para transferir recursos ao ex-prefeito de Belo Horizonte, de quem sempre se declarou amigo publicamente.
"Não existe nenhuma relação entre estes serviços e eventual contratação, pela QA Consulting, de serviços de terceiros, inclusive de eventual contratação de empresa de consultoria do ministro Fernando Pimentel", escreveu a assessoria de Senna na nota oficial.
Na ação civil pública em que Senna é réu ao lado de Pimentel, o Ministério Público questiona a proximidade dos dois, em especial a doação de R$235 mil à campanha de Pimentel pela reeleição em 2004.
Laudos periciais solicitados pelo Ministério Público levaram o órgão a sustentar que o valor doado seria parte de uma parcela de R$1,2 milhão repassada pela prefeitura à ASA e, consequentemente à HAP, 11 dias antes do registro da doação. No processo, os advogados de Pimentel classificaram a acusação como "ilação do Ministério Público".
PSDB pretende convocar ministro
Os petistas saíram ontem em defesa de Pimentel, e descartaram a possibilidade de o ministro vir a ser o próximo da lista a ser bombardeado pela oposição no Congresso. A oposição, porém, considerou insuficientes as explicações dadas por Pimentel. O PSDB entra hoje, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, com pedido de convocação do ministro. ( De O Globo)
Na foto, Antônio Palocci, Wagner Rossi e, agora, Fernando Pimentel. Que ministério, hein?
Pimentel recebeu R$400 mil de firma ligada a empresa contratada pela prefeitura
Uma "empresa de informática pequeninha", nas palavras do próprio ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), pagou R$400 mil pelos serviços da P-21 Consultoria e Projetos Ltda, empresa mantida pelo petista entre sua saída do comando da prefeitura de Belo Horizonte, em 2009, e a chegada ao governo federal, em 2011.
Firma especializada em "cabeamento estruturado para rede de computadores", a QA Consulting Ltda pertence a Alexandre Allan, de 36 anos, e Gustavo Prado, de 35, filho de Otílio Prado, sócio minoritário de Pimentel na P-21 Consultoria.
O pagamento pela consultoria de Pimentel se deu em duas parcelas de R$200 mil. A primeira foi paga em 19 de fevereiro de 2011, dois dias antes de a QA Consulting receber R$230 mil da construtora HAP Engenharia para prestar serviços de "infraestrutura para soluções de rede".
A título de tributação, o serviço foi declarado como de engenharia civil mas, segundo o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), não há registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao serviço alegado pela empresa. A segunda parcela foi paga em maio de 2010.
Construtora acusada de desviar recursos
A HAP é velha conhecida de Fernando Pimentel: em maio deste ano, o ex-prefeito de Belo Horizonte tornou-se réu em ação civil pública ao lado do dono da empresa, Roberto Senna.
A construtora é acusada de superfaturar obra da prefeitura de Belo Horizonte em R$9,1 milhões e de desviar recursos para a campanha de Pimentel em 2004, quando o petista disputou a reeleição para a prefeitura da capital mineira.
Na época, Pimentel contratou sem licitação a Ação Social Arquidiocesana (ASA), da Arquidiocese de Belo Horizonte, para construir 1,5 mil casas.
A entidade subcontratou a HAP, e o custo da obra passou de R$12,7 milhões para R$26,7 milhões.
Segundo o Ministério Público, metade das casas não foi entregue. O processo corre na 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Belo Horizonte.
A QA Consulting é a terceira maior cliente da consultoria de Pimentel, que em dois anos faturou R$2 milhões.
Conforme mostrou O GLOBO no domingo, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) pagou R$1 milhão por serviços ao ministro, e a construtora mineira Convap, outros R$514 mil, meses antes de abocanhar em consórcio R$95,3 milhões em contratos no governo do aliado de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB).
A QA pagou R$400 mil pela consultoria de Pimentel, apesar da sua peculiar situação financeira: de acordo com a Junta Comercial de Minas Gerais, está enquadrada como microempresa (faturamento anual de, no máximo, R$360 mil, de acordo com a nova legislação).
Procurado ontem de manhã na sede de sua empresa, o sócio Gustavo Prado não quis dizer se haviam contratado Pimentel. Também se recusou a dar qualquer detalhe a respeito dos serviços prestados pelo ministro à sua pequena empresa. Disse que se pronunciaria apenas por e-mail e pediu ao repórter que se retirasse.
À tarde, enviou e-mail dizendo que Pimentel havia prestado serviços de "consultoria econômica" e que a empresa teria perfeita "capacidade econômico-financeira para custear a consultoria contratada".
Mas não quis dizer qual foi o faturamento de sua empresa em 2009 e 2010, alegando se tratar de informação estratégica.
Sobre a contratação de seus serviços pela HAP, Prado disse não ter registrado ART no CREA-MG porque, em sua opinião, "o serviço não era de relevância e nem houve exigência do cliente".
- Os serviços foram corretamente declarados às autoridades fiscais, tendo sido realizado em mais de um estabelecimento da empresa - afirmou Prado.
Ao ser questionado sobre o enquadramento como microempresa, a QA Consulting atribuiu a situação a um erro do escritório de contabilidade que presta serviço para eles e informou que, na prática, já teria alterado o formato de pagamentos de impostos pela empresa.
O GLOBO também procurou ontem o empresário Gustavo Henrique Duarte, que foi sócio da QA Consulting entre a consultoria de Pimentel, em 2009, e o início deste ano, quando ele deixou a empresa.
- Eu não cuidava da parte administrativa, não posso falar nada sobre isso - disse, ao desligar o telefone e não mais atender as ligações do GLOBO durante a tarde de ontem.
O dono da HAP Engenharia, Roberto Senna, informou, por meio de sua assessoria, que as instalações de cabeamento da QA Consulting na sua construtora foram adequadamente executadas e negou ter usado a empresa do filho do sócio de Pimentel para transferir recursos ao ex-prefeito de Belo Horizonte, de quem sempre se declarou amigo publicamente.
"Não existe nenhuma relação entre estes serviços e eventual contratação, pela QA Consulting, de serviços de terceiros, inclusive de eventual contratação de empresa de consultoria do ministro Fernando Pimentel", escreveu a assessoria de Senna na nota oficial.
Na ação civil pública em que Senna é réu ao lado de Pimentel, o Ministério Público questiona a proximidade dos dois, em especial a doação de R$235 mil à campanha de Pimentel pela reeleição em 2004.
Laudos periciais solicitados pelo Ministério Público levaram o órgão a sustentar que o valor doado seria parte de uma parcela de R$1,2 milhão repassada pela prefeitura à ASA e, consequentemente à HAP, 11 dias antes do registro da doação. No processo, os advogados de Pimentel classificaram a acusação como "ilação do Ministério Público".
PSDB pretende convocar ministro
Os petistas saíram ontem em defesa de Pimentel, e descartaram a possibilidade de o ministro vir a ser o próximo da lista a ser bombardeado pela oposição no Congresso. A oposição, porém, considerou insuficientes as explicações dadas por Pimentel. O PSDB entra hoje, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, com pedido de convocação do ministro. ( De O Globo)
DEM LANÇA DEMÓSTENES TORRES PARA PRESIDENTE
O Democratas lançou informalmente nesta terça-feira o senador Demóstenes Torres (GO) como candidato a Presidente da República em 2014.
Durante a convenção nacional realizada na sede do partido, os integrantes da legenda foram unânimes em afirmar a necessidade de uma candidatura própria nas próximas eleições presidencias.
"Vamos saudar nosso candidato a presidente, Demóstenes Torres", afirmou o senador Jayme Campos (MT), após discurso do senador goiano. Nele, Demóstenes disse que a legenda "deve se preparar para ter candidato a presidente da República".
Parlamentares relataram ao Valor Econômico que o nome de Demóstenes já havia sido lançado em um jantar da cúpula do DEM neste ano na residência do senador.
Embora realizada para eleger o novo diretório nacional e confirmar o senador José Agripino (RN) como presidente do DEM até dezembro de 2014, todos os discursos feitos foram no sentido da candidatura própria. A tese majoritária agora é de que, sem candidato, o partido correria o risco de se extinguir.
"A sobrevivência passa por eleições. Os caminhos vão ser outros. Vamos fazer aliança com quem temos afinidade e onde houver conveniência política. Não emprestaremos nossa história a quem não tem história. Em 2012, vamos sair muito maiores do que entramos, com prefeitos em capitais e nas grandes cidades. E a eleição de 2012 vai ser a avant-première de 2014. Vamos crescer nas duas e se Deus quiser disputar as deleições para presidente em 2014", disse Agripino.
coroneLeaks
*******
Apoiado por DEM e PPS, mensaleiro disputa prefeitura
O diretório do PT na cidade de Osasco (SP) havia pendurado em seu site, na semana passada, um convite enigmático.
As “principais lideranças” do município foram instadas a comparecer a “um encontro especial” com três expoentes do petismo local.
São eles: o prefeito Emídio de Souza, o deputado federal João Paulo Cunha e o deputado estadual Marcos Martins.
Marcou-se o dia (5 de dezembro), a hora (18h) e o local: Colégio Nossa Senhora da Misericórdia.
A ilustração do convite insinuava uma confraternização de fim de ano: “Bom Natal e Feliz 2012”. Deu-se coisa bem diferente.
O encontro realizado na escola com nome de santa serviu para oficializar a candidatura de João Paulo Cunha a prefeito de Osasco.
Réu no processo do mensalão, à espera de julgamento no STF, João Paulo vai à disputa de 2012 escorado numa coligação de duas dezenas de partidos.
Frequentam o rol de apoiadores do candidato-mensaleiro legendas governistas como PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PR, PP e um interminável etc.
João Paulo é apoiado também –espanto (!), surpresa (!!), estupefação (!!!)— por um par de legendas oposicionistas: DEM e PPS.
Curiosamente, o principal antagonista de João Paulo deve ser Celso Giglio, do PSDB. Quer dizer: em Osasco, DEM e PPS preferem o petismo ao tucanato.
Aos olhos de um observador comum, o PT flerta com o risco ao optar pela candidatura de João Paulo na quinta maior cidade do Estado de São Paulo.
O STF cogita julgar o processo do mensalão no início do ano que vem. Se condenado, o candidato temerário viraria um postulante tóxico.
O PT parece trabalhar com duas hipóteses: ou dá de barato que João Paulo será inocentado ou avalia que o Supremo não vai se pronunciar antes da eleição.
Desde que foi pilhado com as mãos nas valerianas botijas do mensalão, João Paulo já enfrentou as urnas duas vezes. Retornou à Câmara em 2006 e 2010.
No início do ano, tentou voltar também à presidência da Câmara, cargo que ocupara entre 2003 e 2005, no alvorecer do primeiro reinado de Lula.
Como a desfaçatez parecia demasiada, João Paulo retirou-se da disputa. Antes, negociou uma compensação.
Foi guindado pela bancada de deputados do PT à poltrona do maior e mais importante colegiado da Câmara: a Comissão de Constituição e Justiça.
Agora, João Paulo tenta refazer, atenuar a biografia, alçando um inusitado voo rumo ao Executivo municipal.
Se não for abalroado por uma decisão adversa do STF, são reais as chances de êxito do deputado.
No ano passado, servindo-se da leniência do eleitor, João Paulo foi o deputado federal mais votado de Osasco, um dos petistas que mais amealhou votos no Estado.
Vingando os planos do PT, confirma-se o vaticínio de Delúbio Soares: o mensalão vai virar "piada de salão."
Josias de Souza
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NOTA AO PÉ DO TEXTO
Assim agem os Partidos políticos no Brasil. O DEM lança a candidatura, embora informalmente, do senador Demóstenes Torres, e apóia a candidatura do mensaleiro João Paulo Cunha para o Executivo municipal de Osaco, a quinta maior cidade do Estado de São Paulo.
O importante é o Partido ocupar cargos e, tanto melhor, se tais cargos podem semear votos aos futuros candidatos a alguma coisa.
Mas a ambição não fica apenas por conta do Partido, mas de políticos, que apostando no eleitor desinformado, do eleitor desmemoriado, do eleitor que ainda duvida da existência do 'mensalão', e que não há dúvida compõe a massa do eleitorado, aceita compartilhar o mesmo espaço com o que há de pior no cenário da politicagem e da politicalha - uma mistura de políticos e canalhas.
Mas tais reflexões caem na esparrela de julgar que há partidos políticos no Brasil. Ledo engano. O que há são legendas partidárias fisiológicas e oportunistas, verdadeiros vírus que apenas aguardam a ocasião para adoecer as instituições com a doença da corrupção. Verdadeiras trilhas para o oportunismo, para a esperteza de estar próximo das grandes negociatas, das alianças espúrias, do golpe para amealhar fortuna própria.
Agora, segundo consta nas notícias que percorrem os subterrâneos do Congresso, pelos menos três Ministros de Estado, começam a ocupar os espaços das manchetes calamitosas: Pimentel, Montenegro e Mantega.
Será que não vai terminar a história negra do petismo, da herança lulista da desditada República?
Até quando seremos surpreendidos pelas denúncias fundamentadas da imprensa?
Até quando resistirá o governo a esse 'mar de lama' que inunda e ameaça o Planalto?
Quem viver, verá.
m.americo
Durante a convenção nacional realizada na sede do partido, os integrantes da legenda foram unânimes em afirmar a necessidade de uma candidatura própria nas próximas eleições presidencias.
"Vamos saudar nosso candidato a presidente, Demóstenes Torres", afirmou o senador Jayme Campos (MT), após discurso do senador goiano. Nele, Demóstenes disse que a legenda "deve se preparar para ter candidato a presidente da República".
Parlamentares relataram ao Valor Econômico que o nome de Demóstenes já havia sido lançado em um jantar da cúpula do DEM neste ano na residência do senador.
Embora realizada para eleger o novo diretório nacional e confirmar o senador José Agripino (RN) como presidente do DEM até dezembro de 2014, todos os discursos feitos foram no sentido da candidatura própria. A tese majoritária agora é de que, sem candidato, o partido correria o risco de se extinguir.
"A sobrevivência passa por eleições. Os caminhos vão ser outros. Vamos fazer aliança com quem temos afinidade e onde houver conveniência política. Não emprestaremos nossa história a quem não tem história. Em 2012, vamos sair muito maiores do que entramos, com prefeitos em capitais e nas grandes cidades. E a eleição de 2012 vai ser a avant-première de 2014. Vamos crescer nas duas e se Deus quiser disputar as deleições para presidente em 2014", disse Agripino.
coroneLeaks
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Apoiado por DEM e PPS, mensaleiro disputa prefeitura
O diretório do PT na cidade de Osasco (SP) havia pendurado em seu site, na semana passada, um convite enigmático.
As “principais lideranças” do município foram instadas a comparecer a “um encontro especial” com três expoentes do petismo local.
São eles: o prefeito Emídio de Souza, o deputado federal João Paulo Cunha e o deputado estadual Marcos Martins.
Marcou-se o dia (5 de dezembro), a hora (18h) e o local: Colégio Nossa Senhora da Misericórdia.
A ilustração do convite insinuava uma confraternização de fim de ano: “Bom Natal e Feliz 2012”. Deu-se coisa bem diferente.
O encontro realizado na escola com nome de santa serviu para oficializar a candidatura de João Paulo Cunha a prefeito de Osasco.
Réu no processo do mensalão, à espera de julgamento no STF, João Paulo vai à disputa de 2012 escorado numa coligação de duas dezenas de partidos.
Frequentam o rol de apoiadores do candidato-mensaleiro legendas governistas como PMDB, PSB, PCdoB, PDT, PR, PP e um interminável etc.
João Paulo é apoiado também –espanto (!), surpresa (!!), estupefação (!!!)— por um par de legendas oposicionistas: DEM e PPS.
Curiosamente, o principal antagonista de João Paulo deve ser Celso Giglio, do PSDB. Quer dizer: em Osasco, DEM e PPS preferem o petismo ao tucanato.
Aos olhos de um observador comum, o PT flerta com o risco ao optar pela candidatura de João Paulo na quinta maior cidade do Estado de São Paulo.
O STF cogita julgar o processo do mensalão no início do ano que vem. Se condenado, o candidato temerário viraria um postulante tóxico.
O PT parece trabalhar com duas hipóteses: ou dá de barato que João Paulo será inocentado ou avalia que o Supremo não vai se pronunciar antes da eleição.
Desde que foi pilhado com as mãos nas valerianas botijas do mensalão, João Paulo já enfrentou as urnas duas vezes. Retornou à Câmara em 2006 e 2010.
No início do ano, tentou voltar também à presidência da Câmara, cargo que ocupara entre 2003 e 2005, no alvorecer do primeiro reinado de Lula.
Como a desfaçatez parecia demasiada, João Paulo retirou-se da disputa. Antes, negociou uma compensação.
Foi guindado pela bancada de deputados do PT à poltrona do maior e mais importante colegiado da Câmara: a Comissão de Constituição e Justiça.
Agora, João Paulo tenta refazer, atenuar a biografia, alçando um inusitado voo rumo ao Executivo municipal.
Se não for abalroado por uma decisão adversa do STF, são reais as chances de êxito do deputado.
No ano passado, servindo-se da leniência do eleitor, João Paulo foi o deputado federal mais votado de Osasco, um dos petistas que mais amealhou votos no Estado.
Vingando os planos do PT, confirma-se o vaticínio de Delúbio Soares: o mensalão vai virar "piada de salão."
Josias de Souza
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NOTA AO PÉ DO TEXTO
Assim agem os Partidos políticos no Brasil. O DEM lança a candidatura, embora informalmente, do senador Demóstenes Torres, e apóia a candidatura do mensaleiro João Paulo Cunha para o Executivo municipal de Osaco, a quinta maior cidade do Estado de São Paulo.
O importante é o Partido ocupar cargos e, tanto melhor, se tais cargos podem semear votos aos futuros candidatos a alguma coisa.
Mas a ambição não fica apenas por conta do Partido, mas de políticos, que apostando no eleitor desinformado, do eleitor desmemoriado, do eleitor que ainda duvida da existência do 'mensalão', e que não há dúvida compõe a massa do eleitorado, aceita compartilhar o mesmo espaço com o que há de pior no cenário da politicagem e da politicalha - uma mistura de políticos e canalhas.
Mas tais reflexões caem na esparrela de julgar que há partidos políticos no Brasil. Ledo engano. O que há são legendas partidárias fisiológicas e oportunistas, verdadeiros vírus que apenas aguardam a ocasião para adoecer as instituições com a doença da corrupção. Verdadeiras trilhas para o oportunismo, para a esperteza de estar próximo das grandes negociatas, das alianças espúrias, do golpe para amealhar fortuna própria.
Agora, segundo consta nas notícias que percorrem os subterrâneos do Congresso, pelos menos três Ministros de Estado, começam a ocupar os espaços das manchetes calamitosas: Pimentel, Montenegro e Mantega.
Será que não vai terminar a história negra do petismo, da herança lulista da desditada República?
Até quando seremos surpreendidos pelas denúncias fundamentadas da imprensa?
Até quando resistirá o governo a esse 'mar de lama' que inunda e ameaça o Planalto?
Quem viver, verá.
m.americo
CINISMO OU COISA PIOR 2
A farra bilionária do Banco Panamericano foi uma obra conjunta de Lula e Sílvio Santos.
O que houve entre o governo federal e o Banco Panamericano não foi um negócio. Foi um cortejo de negociatas envolvendo pequenos trapaceiros e figurões do Banco Central, do BNDES, da Caixa Econômica Federal, do PT e do Palácio do Planalto, além de auditores cafajestes, todos em perfeita afinação com punguistas disfarçados de executivos de uma instituição privada.
A queima de bilhões de reais tungados dos pagadores de impostos não foi uma solução de emergência. Foi uma operação criminosa premeditada para livrar da falência o dono de uma rede de TV especialmente útil a caçadores de votos que, para ganhar a eleição, vendem até a mãe. Em fatias, se o freguês preferir.
Todos os personagens da peça político-policial merecem espaço no palco, desde que não encubram a visão da dupla que concebeu e conduziu a trama bandida.
Como atesta o post de 11 de novembro de 2010 reproduzido na seção Vale Reprise, o buraco negro do Banco Panamericano foi escavado em parceria por Lula e Sílvio Santos.
O animador de comício e o animador de auditório planejaram a farra bilionária e mandaram a conta para a plateia. O elenco inclui numerosos coajuvantes. Mas os protagonistas são dois.
Postado por Marcos Lourenço Wanz
O que houve entre o governo federal e o Banco Panamericano não foi um negócio. Foi um cortejo de negociatas envolvendo pequenos trapaceiros e figurões do Banco Central, do BNDES, da Caixa Econômica Federal, do PT e do Palácio do Planalto, além de auditores cafajestes, todos em perfeita afinação com punguistas disfarçados de executivos de uma instituição privada.
A queima de bilhões de reais tungados dos pagadores de impostos não foi uma solução de emergência. Foi uma operação criminosa premeditada para livrar da falência o dono de uma rede de TV especialmente útil a caçadores de votos que, para ganhar a eleição, vendem até a mãe. Em fatias, se o freguês preferir.
Todos os personagens da peça político-policial merecem espaço no palco, desde que não encubram a visão da dupla que concebeu e conduziu a trama bandida.
Como atesta o post de 11 de novembro de 2010 reproduzido na seção Vale Reprise, o buraco negro do Banco Panamericano foi escavado em parceria por Lula e Sílvio Santos.
O animador de comício e o animador de auditório planejaram a farra bilionária e mandaram a conta para a plateia. O elenco inclui numerosos coajuvantes. Mas os protagonistas são dois.
Postado por Marcos Lourenço Wanz
CINISMO OU COISA PIOR...
O animador de palanque, o animador de TV, o Pai dos Pobres e a Mãe dos Ricos
O presidente Lula alega que não há como melhorar a saúde dos brasileiros sem os R$ 40 bilhões anuais da CPMF.
Falta o dinheiro que sempre aparece quando um amigo do governo precisa. Para tirar da UTI o Banco Panamericano, por exemplo, o animador de palanque ajudou o animador de auditório Sílvio Santos a conseguir um empréstimo de bom tamanho: R$ 2,5 bilhões. São 4,9 milhões de salários mínimos.
Tal quantia teria permitido ao Pai dos Pobres a construção de 41.667 mil casas populares, ou a distribuição de 12,5 milhões de bolsas-família. A Mãe dos Ricos não viu nenhum exagero no socorro financeiro que contemplou Sílvio Santos.
O Pai e a Mãe, claro, juram que nem tocaram no assunto no recente encontro com o homem do baú. Os colegas devem ter-se limitado à troca de ideias sobre a arte de lidar com plateias amestradas. Ou sobre o truque que reduz agressões ao adversário político a um arremesso de bolinha de papel.
O dinheiro é de outros bancos, recita o presidente que nunca tem nada com isso. Faz de conta que Lula só entrou na história como fiador simbólico, interessado em apressar o final feliz do negócio.
Já é mais que suficiente para garantir a gratidão do dono de outra emissora de grosso calibre. O SBT tem pelo menos dois bilhões e quinhentos milhões de motivos para incorporar-se à grande rede verde e amarela controlada pelo Palácio do Planalto.
Augusto Nunes
O presidente Lula alega que não há como melhorar a saúde dos brasileiros sem os R$ 40 bilhões anuais da CPMF.
Falta o dinheiro que sempre aparece quando um amigo do governo precisa. Para tirar da UTI o Banco Panamericano, por exemplo, o animador de palanque ajudou o animador de auditório Sílvio Santos a conseguir um empréstimo de bom tamanho: R$ 2,5 bilhões. São 4,9 milhões de salários mínimos.
Tal quantia teria permitido ao Pai dos Pobres a construção de 41.667 mil casas populares, ou a distribuição de 12,5 milhões de bolsas-família. A Mãe dos Ricos não viu nenhum exagero no socorro financeiro que contemplou Sílvio Santos.
O Pai e a Mãe, claro, juram que nem tocaram no assunto no recente encontro com o homem do baú. Os colegas devem ter-se limitado à troca de ideias sobre a arte de lidar com plateias amestradas. Ou sobre o truque que reduz agressões ao adversário político a um arremesso de bolinha de papel.
O dinheiro é de outros bancos, recita o presidente que nunca tem nada com isso. Faz de conta que Lula só entrou na história como fiador simbólico, interessado em apressar o final feliz do negócio.
Já é mais que suficiente para garantir a gratidão do dono de outra emissora de grosso calibre. O SBT tem pelo menos dois bilhões e quinhentos milhões de motivos para incorporar-se à grande rede verde e amarela controlada pelo Palácio do Planalto.
Augusto Nunes
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