"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 20 de novembro de 2011

UMA QUESTÃO DE VOCÁBULO

SITE DO JORNALISTA MINO PEDROSA EXIBE GRAVAÇÕES DE JOSÉ DIRCEU QUE COMPROMETEM LUCIANO COUTINHO, PRESIDENTE DO BNDES, E ARMAM NOMEAÇÕES NO IBAMA

O sempre atento comentarista Carlo Germani nos manda este furo de Mino Pedrosa, um dos maiores jornalistas brasileiros. São três gravações, que estariam autorizadas pela Justiça, com diálogos do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. De acordo com o jornalista Mino Pedrosa, os diálogos foram autorizados pela Justiça e, em breve, serão juntados ao processo do Mensalão, que deve ser julgado no início de 2012. Como se sabe, Dirceu é apontado como “chefe da quadrilha” na denúncia da Procuradoria Geral da República.

O excelente site 247, que repercutiu a matéria do blog de Pedrosa, lembra que, desde que deixou o governo e teve seu mandato de deputado federal cassado no Congresso Nacional, Dirceu passou a atuar como consultor de empresas. Os áudios, divulgados sábado por Mino Pedrosa, tentam caracterizar o ex-ministro como uma espécie de “grande operador” do Estado brasileiro – e também de negócios governamentais em outros países latino-americanos.

No primeiro áudio (escute aqui), ele fala com um interlocutor sobre um contrato de U$S 40 milhões na República Dominicana. No segundo (escute aqui), ele menciona um possível encontro com Luciano Coutinho, presidente do BNDES. No terceiro (escute aqui), Dirceu conversa com um prefeito num diálogo que trata de nomeações no Ibama.

Responsável por um dos maiores furos da história do jornalismo brasileiro (o caso do motorista Eriberto, na revista Istoé, que derrubou o ex-presidente Fernando Collor), Mino Pedrosa é também um jornalista bastante polêmico, que se move nos subterrâneos da política. No início do governo Lula, Mino foi consultor do empresário de jogos eletrônicos Carlinhos Cachoeira – o mesmo que gravou o famoso vídeo com Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu.

Fora da grande imprensa, ele se mantém à frente do blog Quidnovi, que se especializou em guerras políticas da pesada, como a que, hoje, opõe Joaquim Roriz e o PT no Distrito Federal.

Procurado por jornalistas dos mais diversos veículos, Dirceu está sumido. por motivos óbvios.

Carlos Newton

UMA SUPERESTRUTURA PARA LULA DA SILVA!!!


O resultado está aí. Em julho de 2008, a SECOM - Secretaria de Comunicação da Presidência da República, chefiada por Franklin Martins, com status de ministro, contratou por R$ 15 milhões anuais o Grupo CDN, uma das maiores empresas de comunicação do país, para cuidar da imagem do Brasil no exterior.

No lugar de “Brasil”, leia-se “Lula”. Associada à Fleishman-Hillard, outra gigante das relações públicas internacionais, com mais de 80 escritórios no mundo, a empresa contratou sete jornalistas sênior, com salários mensais na casa dos R$ 20 mil, fluentes em inglês, espanhol e francês, com um único objetivo: colocar a marca “Lula” na mídia global.


Nenhum outro líder mundial possui tamanha estrutura de imprensa trabalhando full time para polir a sua imagem e plantar boas notícias no mundo inteiro, com outra diferença.

Quer vir ao Brasil fazer uma reportagem? Lula convida, Lula paga a viagem, Lula abre as portas do Brasil para o fascinado jornalista, inclusive, muitas vezes, com direito a uma “exclusivazinha” para elevar o prestígio. Este ano, o que prova que grande parte dos R$ 15 milhões está sendo paga lá fora, a CDN cobrou apenas R$ 6,4 milhões do Governo Federal, até novembro.

Mas os resultados foram simplesmente espetaculares. Em 2009, Lula concedeu 114 entrevistas, das quais 43 exclusivas para as maiores redes de comunicação internacionais e para os maiores jornais e revistas, oferecidas tanto no Brasil quanto no exterior. Frente a tudo isso, fica fácil entender a razão pela qual o premiadíssimo Lula, no ano da grande crise, saiu maior do que o Brasil, em termos de imagem internacional. A pauta era essa mesmo.

Mercador de ilusões

Os países que mais incensaram Lula foram os Estados Unidos da América, onde Obama o chamou de "meu cara". A Espanha, cujo maior jornal elegeu o presidente brasileiro Homem do Ano, assim como a França, onde o periódico mais importante escolheu Lula como o personagem de 2009. E também teve a Inglaterra, onde o Financial Times identificou o brasileiro como um dos líderes que moldaram a década. Graças ao apoio à Ahmadinejad, até a Al Jazeera trombeteou que Lula resolveu os problemas das favelas do Brasil.

Haja espaço para a arrogância e o narcisismo de Lula. Mas em termos práticos, o que o Brasil ganhou com isso? Os Estados Unidos compraram 45% menos produtos e serviços brasileiros no ano que passou. A Espanha reduziu as suas compras em 34%. A França importou menos 33%. E a Inglaterra cortou em 9% as compras do Brasil. O resultado final é que os países que transformaram Lula em sucesso global compraram U$ 15 bilhões a menos em 2009.

Vale ressaltar que a maior “lambeção” para cima de Lula foi a protagonizada por Sarkozy e a sua linda concubina. Pois é. Além de um superavit de mais de U$ 1 bilhão para a França, o francês quase fechou uma venda de U$ 10 bilhões em caças que nunca voaram além da Provence. Como o interesse de Lula e do PT é apenas o discurso interno, números são apenas um pequeno detalhe.

A não ser manter os 80% de popularidade do mercador de ilusões, custe o que custar.

Ray Pinheiro
Brasília, DF

O NEM DO PT E O ZÉ DIRCEU DA ROCINHA



Pena que os dois tenham nascido em épocas diferentes. Pena que um tenha crescido no morro e outro no PT. Se o destino tivesse sido mais generoso, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e José Dirceu de Oliveira e Silva, o Comandante Zé, estariam há muito tempo celebrando entre tragos e tragadas, no quarto de hotel de luxo ou no botequim da viela, as semelhanças e afinidades que eternizam a amizade. Ambos ficaram famosos como chefes de quadrilha. Enriqueceram com atividades criminosas. Gostariam de ser Lula. E também acham, como o ídolo comum, que o Brasil precisa acabar essa mania de tratar coisas iguais de forma distinta.

Precisa mesmo, comprovou o tratamento dispensado aos colegas de ofício no feriadão do 15 de Novembro. Enquanto o chefe do tráfico tentava escapar da Rocinha cercada por mais de mil soldados, o chefe do mensalão estrelava numa Brasília sem polícia o II Congresso Nacional da Juventude do PT. Enquanto Nem era fotografado em posição fetal no porta-malas de um carro, Zé Dirceu posava para a posteridade exibindo uma camiseta, encomendada por jovens milicianos, que transforma culpado em inocente.

As imagens berram que a capital da corrupção anda implorando por uma ocupação policial de dimensões superlativas. Mas não custa lembrar que Brasília é mais traiçoeira que qualquer morro sem lei. Convém escalar para a captura do Nem do PT os dois tenentes da PM que recusaram o suborno milionário oferecido pelo Zé Dirceu da Rocinha.

Por Augusto Nunes - Veja Online

Comentário: Essa comparação feita pelo jornalista Augusto Nunes não poderia ser melhor. Até parece que o pensamento de milhares de brasileiros se materializou nessa nota. Pensei a mesma coisa quando assisti a prisão dos bandidos do narcotráfico da Rocinha. No que diferencia os ladrões 5 estrelas que pertencem ao maior bando de ladrões do dinheiro público, pensei: Por quê será que, a justiça faz essa diferença? Os bandidaços estão sob o manto protetor dos ternos de griffe que usam? Ou: aquela pose nojenta de autoridade fedendo corrupção? A minha, a sua lista de comparação com o bandido Nem, é imensa. Sabemos que no topo dessa organização criminosa, está o maior cancro de todos os tempos, o agente da destruição lenta e silenciosa.

O CASO DOS DEZ MOLUSCOS

O melhor livro de Agatha Christie foi “O Caso dos Dez Negrinhos” (Ten little niggers, 1939). Nele, um a um, os personagens vão sendo assassinados até que não sobra ninguém. Os americanos, cheios de dedos, deram ao livro o título “And then there were none” (Então não sobrou ninguém), a velha delicadeza gringa contando o final já na capa.
O nome do anfitrião da ilha de Devon que convidou as dez vítimas chamava-se U. N. Owen (“unknown” em inglês significa desconhecido). Salvo as depravações de algumas versões da obra, o fato é que não se descobre o assassino no final, pois todos viram vítimas de um Owen desconhecido.

No Brasil, vivemos o drama intitulado “O caso dos dez moluscos”. A ilha, Brasília. Todas as vítimas – já estamos na sétima – teriam sido convidadas por alguém, conhecido como Mr. Squid Smith. Um a um vão caindo ministros-vítimas, derrubados.

Mr. Squid permanece por trás da trama, num enredo em que ainda cairão outros. Dizem que há duas futuras vítimas já escolhidas. Um homem e uma mulher. Faltará um apenas para completar o décimo molusco. Quem será? As apostas estão abertas. Haddad não vale, pois sairá para concorrer à prefeitura de São Paulo. O PT tem tanto ódio pela capital dos paulistas que deseja Haddad para prefeito.

Até o momento em que estas linhas são traçadas, o sétimo molusco demonstra-se, ao mesmo tempo, o mais resistente e o mais mentiroso. Para abatê-lo, Mr. Squid precisa da ajuda de Veja, Estadão, Folha e Época, todas juntas, senão o homem não cai. Ainda não está abatido, mas será.
A sanha de Mr. Squid não parará em 2011. Dentre os vários ministros, há vários candidatos a cadáveres políticos. Mr. Squid e sua turma ainda não sabem direito quem adentra e quem não avança no ano eleitoral que se aproxima.

Três perfis das vítimas já foram catalogados. Um caiu por ser boquirroto e presunçoso. Cinco por corrupção ou “malfeitos”, como costumam dizer os autores de neologismos recentes, como “recursos não contabilizados” (o mesmo que caixa dois) ou “aloprados” (grupelho inepto enfiado em missão estabanada de compra de dossiê furado) e agora o mais recente, por ser um mentiroso contumaz.
Corruptos, mentirosos, malfeitores, falastrões. Estes são os ministros do governo Dilma, endossados por Mr. Squid. Vão caindo pelas tabelas um a um.

O mistério prossegue e nas próximas semanas teremos os próximos “presuntos”. Por um lado, já não se aguenta mais esse negócio de ministro ladrão, sem vergonha ou mentiroso.
Se levarmos em conta os últimos nove anos, já perdi a conta de quanta “gente boa” – e que deveria estar presa – já desembarcou da ilha de Mr. Squid.
Por outro, se a gente fosse incluir outros fatores como incompetência, cretinice ou burrice, bom, reforma ministerial total haveria de ser total e com difícil recomposição.
Aguarde os capítulos finais desta história, mais intrincada do que a cabeleira da Luciana Genro, mais despudorada do que a dança da Ângela Guadagnin e mais escabrosa do que a biografia de José Dirceu.
E nós achando que a campanha da Beneton é um escândalo.

glauco fonseca

O TRIUNFO! "E O SOL DA IMPUNIDADE BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESTE INSTANTE"


No mundo inteiro assiste-se ao triunfo da estupidez sobre o bom senso.
À esquerda e à direita, princípios éticos vão dando lugar ao vale-tudo.

No Brasil, corruptos de colarinho branco montam esquemas de desvio de dinheiro público, são flagrados, denunciados e já não sentem sequer vergonha.

Reagem debochando da sociedade.
Certos da impunidade, contam as mentiras mais cabeludas. São desmentidos por fatos, fotos, vídeos, recibos.
Mas nem assim coram.

Inventam outra lorota e riem-se de nós, os otários que trabalham e os sustentam pagando impostos. Aonde essa insustentável situação vai chegar?

Pobre Brasil. Depois de enxotar Collor do poder, imaginava-se novos tempos na política. Nunca que políticos ditos de esquerda se aliariam com a banda mais podre da direita e, juntos, protagonizariam a mais deslavada pilhagem dos cofres públicos de que se tem notícia na história do país.

Não que antes não houvesse corrupção.
Sempre houve e há quem diga que sempre haverá.

Mas os pilantras de antigamente pareciam se envergonhar quando a ladroagem vinha à tona. Antigamente, um flagrante de um ministro dizendo divulgar o que é bom e esconder o que era ruim já liquidava o sujeito.

Hoje, tudo mudou. Haja cara de pau. Haja casca grossa, como recomendou o doutor honoris causa dessa gente.

Em que lugar do mundo, um sujeito cassado pelo parlamento, apontado como chefe de quadrilha pelo procurador-geral da República e réu no Supremo Tribunal Federal teria encontros secretos com ministros de Estado num quarto de hotel e seria levado a sério ao dizer que a onda de denúncias contra corruptos amigos pode fazer mal ao país?
Só no Brasil, não é?

Sinto orgulho da meia dúzia de parlamentares que não se deixaram seduzir pelo dogma da "revolução pela corrupção". Não fosse o assalto cotidiano e sistemático ao erário, era possível ampliar a distribuição de renda no país, investir mais em educação, saúde e reduzir as desigualdades sociais.

A lenga-lenga de que se não deixar a "tchurma roubar" não se governa no Brasil é cascata. O que falta mesmo é vergonha na cara de certa "esquerda".

Quando vejo esse pessoal do dólar na cueca defendendo a censura à mídia, temo pelo futuro do país.

Quem vai gritar quando roubarem o leite das criancinhas?

Plácido Fernandes Vieira

PIB CAI, BRASIL ESTÁ EM ALTA E MAIS PERTO DA RECESSÃO...


A agência de classificação de risco Standard & Poor"s, que recentemente rebaixou os EUA, elevou a classificação da dívida de longo prazo do Brasil em um degrau:
de BBB- para BBB.

A notícia, um atestado de confiança no país para investidores externos, não poderia ter vindo em melhor hora: ocorreu justamente em meio ao agravamento da crise mundial e no mesmo dia em que o Banco Central revelou a retração de 0,32% na atividade da economia brasileira no terceiro trimestre do ano.

Economia encolhe 0,53% no terceiro trimestre e analistas não descartam nova queda do PIB nos últimos três meses do ano

Mesmo com o governo alardeando que o país está protegido, o Brasil vem pagando a fatura da caos financeiro que afunda a Europa.

No terceiro trimestre de 2011, a economia encolheu 0,3%, o que não ocorria desde o início de 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país) recuou 2,40%, no auge da crise desencadeada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

Para não repetir um desempenho negativo nos últimos meses do ano, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, decidiu bombar a economia com cortes na taxa básica de juros (Selic) e com medidas que impulsionam o crédito.

Ainda assim, predomina no mercado a descrença em relação ao último trimestre do ano e a perspectiva de uma recessão técnica (dois trimestres consecutivos de queda) começa a ganhar contornos de realidade.

No mercado futuro, a queda do PIB, captado pelo Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), foi vista como motivo para mais afrouxamento monetário e os principais contratos de juros derreteram, colocando mais uma vez no radar a possibilidade do BC reduzir a Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom ), em 29 e 30 de novembro.

A preocupação dos analistas, entretanto, é que a retração do país, diferentemente do que desejava a equipe econômica, veio acompanhada por uma inflação que não cede.

Além de 2011, que vai fechar com a carestia colada ao teto da meta, de 6,5%, a perspectiva para 2012 e 2013 não é boa: uma taxa acima de 5% ao ano.
Inflação
Economistas que participaram do encontro trimestral que o Banco Central realiza com especialistas do mercado, alertaram para a preocupação com o custo de vida.

"Ninguém está tranquilo com a inflação. Realmente houve uma retração no terceiro trimestre, mas, com todos os estímulos dados, se não houver uma ruptura, como na crise de 2008, a retomada da economia brasileira em 2012 vai ser vigorosa até demais", ponderou um economista de um banco.

Já para Flávio Serrano, economista do Espírito Santo Investment Bank, o quadro é alarmante. "Estamos trocando um crescimento baixo, mas ligeiramente acima do que ele viria em condições normais, por inflação", lamentou.

Segundo ele, as medidas adotadas pelo BC nos últimos meses têm um tempo de defasagem e só serão sentidas na economia brasileira a partir do segundo trimestre de 2012.

Zeina Latiff, do Royal Bank of Scotland, explicou que, mesmo as medidas macroprudenciais do BC, que no passado impulsionaram o PIB, agora foram aplicadas em um contexto muito pior.

"Não quer dizer que vão ter o mesmo impacto positivo de antes. O processo de piora da economia mundial ainda não se consolidou", disse.

Na visão de Zeina, o risco para o quarto trimestre do ano é grande. "A indústria continua a patinar. Não ousaria arriscar um número, mas podemos dizer que será um PIB que anda de lado, tanto para o último trimestre quanto para o primeiro de 2011", observou.

"Temos ainda o risco de aprofundamento da crise, inclusive com revisões para baixo do crescimento da China, o que não é neutro para o Brasil. Não dá para dizer que o pior já passou."

O desempenho ruim do trimestre, pelos dados do IBC-Br, foi selado em agosto e setembro, no primeiro mês com uma queda de 0,53% e, no segundo, com uma expansão praticamente nula, de 0,02%.

O fraco desempenho da indústria, sobretudo da automotiva, foi o principal responsável pela queda da atividade econômica do período. O comércio também registrou ritmo fraco em agosto e setembro.
Carestia
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor — Semanal (IPC-S) acelerou em cinco capitais brasileiras na segunda semana de novembro.

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), em Brasília — cidade que vinha sustentando a alta do indicador — a carestia desacelerou de 0,55% para 0,35%.
O Rio de Janeiro também apresentou inflação menor, de 0,25% para 0,22%.

Victor Martins Correio Braziliense

E AÍ? MARAVILHA MEMBEMBE! ATA OU DESATA? FAZER OU GASTAR?


Fazer ou gastar?

Pelos conselhos que ela andou dando aos EUA e à Europa sobre como enfrentar a crise, está claro que a presidente Dilma Rousseff fará de tudo para impedir que o crescimento econômico perca o rebolado.

O ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) está há três trimestres em queda e já acena para um crescimento anual de 3%, vindo de 7,5% no ano passado. À luz das ações tomadas pelo Banco Central, o juízo é de que o consumo está anêmico e precisa ser reanimado o quanto antes.

É o caminho clássico em tempos de retração.A questão a entender é se, como noutros períodos assemelhados, a economia precise mais de juros menores e prazos maiores do crédito, como o Banco Central decidiu (para o PIB voltar a arrancar e virar o ano apontando para um crescimento acima de 4,5% em 2012), que de tapete vermelho para o investimento.
Essa escolha não leva ao mesmo resultado.

A pilotagem dos fatores que impressionam o consumo é o jeito mais fácil de aquecer a economia. Mas, apesar de indicadores de crédito e de criação de emprego corroborar o senso de menor dinamismo da economia, não estão neles — já que, ainda assim, seguem crescendo acima da média histórica — as causas do emagrecimento do PIB.

Também não repercute, pelo menos não ainda, o clima recessivo na Europa, nos EUA e no Japão. A desaceleração do ritmo de crescimento da economia, de 7,5% em 2010, para o entorno de 3% este ano, choca à primeira vista.

Mas a comparação apropriada é com a média dos anos anteriores, para ajustar os momentos extremos da economia, como a recessão em 2009 (queda de 0,3% do PIB) e o forte salto em 2010, devida à orientação do então presidente Lula para fechar com chave de ouro seu duplo mandato e minimizar o risco da eleição de Dilma.

Contra a média de crescimento do PIB entre 2008 e 2010, de 4%, a redução para algo como 3% fica mais palatável. Economistas diriam que essa seria a taxa próxima ao crescimento potencial, estimado em algo como 4,5%, talvez um pouco mais, sem pressionar a inflação nem o deficit externo, financiado com a entrada de capitais.

É mais fácil recuperar a tração do crescimento quando a economia fraqueja por indução da política econômica.
Assim está o Brasil. E isso não está suficientemente esclarecido pelo governo.

Ajustando o contexto

O BC apertou os juros e o multiplicador do crédito, e a Fazenda, a execução do gasto fiscal e os financiamentos da banca estatal, sobretudo o BNDES, para retirar os excessos no fim do governo Lula, responsáveis por afastar a inflação do centro da meta (4,5%) — agravada pelo choque de preço dos produtos agrícolas em 2010.

Posto em perspectiva, o movimento da economia no Brasil fica mais lógico.

Mas, especialmente, se diferencia da crise da Zona do Euro e dos impasses políticos nos EUA. Ajuda também a dar o devido peso à decisão da agência Standard & Poor"s de aumentar a nota de risco do Brasil.

Ela ainda está três degraus abaixo da pontuação dada à Itália, cuja dívida pública de 120% do PIB — mais que o triplo da do Brasil em termos líquidos —, faz a Zona do Euro estremecer.

A nota que nos importa

Um diretor da Standard & Poor"s atribuiu a promoção do Brasil ao endurecimento da política fiscal contra a inflação, abrindo espaço para a redução dos juros.

Está implícito que ele se refere mais à solvência dos papéis da dívida soberana (preocupação que não mais se coloca nas análises sobre o Brasil), que ao desenvolvimento potencial da economia.

Agências dialogam com os interesses de quem as contratam:
basicamente, grandes investidores internacionais.

A expansão da riqueza nacional interessa mais a nós mesmos, assim como aos patrocinadores públicos e privados dos investimentos que a expandem.

É nesse sentido que importa a reflexão sobre as ações tomadas pelo governo para ativar o consumo e o ritmo da economia.

Como escapar do vício

O governo parece tratar como decorrente de um problema de fluxo (o consumo) e não de estoque (a capacidade instalada de produção) o motivo da rateada do crescimento, que, como vimos, perdeu pique por indução do próprio governo para frear a inflação, implicando as sequelas de uma fase de ajustes (juros altos, câmbio apreciado etc.).

E por que é assim toda vez que a economia cresce forte?

Porque a oferta não atende a demanda num quadro de pleno emprego — como tem sido desde meados de 2009 —, levando o consumo a vazar para o exterior, no que foi exacerbado pelo real apreciado, usado pelo BC de Lula como coadjuvante da Selic.

Esse é o nó:
o aumento da demanda favorecer as importações, não a indústria, prejudicando o investimento produtivo. É o círculo vicioso de sempre.

A prioridade virtuosa

Depois de pautada pelo ajuste das finanças públicas nos governos de FHC e no primeiro de Lula, e pelas políticas de transferência de renda em seu segundo mandato, a economia era para ser regida pela primazia do investimento com Dilma.

Isso ainda é uma expectativa.

Boa parte do ajuste fiscal deste ano, feito para cortar demanda e ajudar o BC no controle da inflação por meio de uma economia de R$ 50,8 bilhões de gastos orçamentários, saiu do aumento da receita e da postergação de investimentos, que o governo jurara não cortar.

É essa prioridade que precisa ser retomada, única forma de acabar com o para-anda do crescimento e para que os bons empregos, a renda e a educação comecem a dispensar a urgência das políticas sociais.

Antônio Machado/Correio Braziliense

ADMIRÁVEL GADO NOVO!


Ô... Ô... vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz.

ABATEDOURO : Endividados, brasileiros ganham mais crédito.

O governo volta a incentivar o crédito para o consumo em um momento que, teoricamente, tem ingredientes arriscados:
brasileiros nunca deveram tanto e nunca comprometeram parcela tão grande do salário para pagar as dívidas.

Desde a crise de 2008, quando o governo aumentou a oferta de crédito para manter a economia aquecida, a dívida total dos brasileiros saltou 80,7% e o valor das parcelas pagas mensalmente cresceu 60%.
Enquanto isso, o salário aumentou bem menos: 33,3%.

Dados do Banco Central revelam que o endividamento das famílias está no nível mais alto da história:
pessoas físicas devem cerca de R$ 715,19 bilhões aos bancos em operações das mais simples, como o microcrédito e o cheque especial, até financiamentos longos, como o imobiliário e de veículos, passando pelo caro cartão de crédito.

Segundo o BC, cada brasileiro deve atualmente 41,8% da soma dos salários de um ano inteiro, um recorde. Há pouco mais de três anos, quando começou a crise de 2008, brasileiros deviam o correspondente a 32,2% de sua renda de 12 meses.

O diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, disse no começo do mês que a instituição não está preocupada com o aumento do endividamento das famílias porque o prazo praticado pelos bancos cresceu e os juros têm caído. Além disso, o mercado de trabalho e a renda seguem em expansão.

Nos últimos dias, o BC retirou parte das amarras impostas ao crédito no fim do ano passado. Com o objetivo de aumentar a demanda interna, foram anunciados incentivos para financiamentos voltados ao consumo.

Além disso, o juro básico da economia cai desde agosto com o mesmo objetivo de baratear o crédito, incentivar o consumo e, assim, reduzir os efeitos da crise internacional - receituário bem parecido com o usado na crise de 2008.

Mas o quadro tem, gradualmente, mudado.

As forças geradas pelo complicado quadro global têm aparecido cada vez mais: estoques elevados, produção industrial cada vez mais lenta e desaceleração na geração de empregos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Camuflados

EM GOVERNO DE TORPES A MOEDA SÓ PODE SER PODRE


Nem os países da zona do euro, nem o baque de 38% na geração de emprego formal. Nada, mas nada está tão em baixa quanto a cotação da moral, forçada pela alta acelerada dos índices de sem-vergonhice e da cara-de-pau.

E os personagens desse mercado nefasto - que têm como praxe realizar lucros taxando de criminoso o denunciante e não quem prevarica -, se superam dia após dia. Apóiam-se em regras que só valem para uns, no status dos menos iguais, certos de que os chamados “malfeitos”, quando punidos, só o são da boca para fora.

Esquizofrênico como o mercado financeiro em meio às crises, as ações do governo só fazem reforçar danos.

Com o ministro do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff fez a cotação da mentira bater nos píncaros. Ela, a Câmara dos Deputados, o Senado, e, de resto, todo o país, ouviram mentiras, mais mentiras e outras mentiras de Carlos Lupi.

Depois, as desmentiras. Ainda assim ou por isso mesmo, deu-se, sabe-se lá por que, sobrevida ao ministro.

Quase imbatível nesse mercado, o ex-ministro José Dirceu - réu do mensalão, apontado pela Procuradoria Geral da República como chefe da quadrilha -, carimbou a moralidade como praga daninha que gera lideranças funestas, ao discursar no 2º Congresso da Juventude do PT.

“Lutas moralistas” teriam embalado Jânio Quadros e Collor de Mello, esse último cassado exatamente por um levante popular contra a corrupção. Mas isso, é claro, Dirceu não disse.

Na mesma balada, o presidente da Juventude do PT, Valdemir Pascoal, qualificou as denúncias de corrupção como “golpe das elites”. E, mais uma vez, a grande imprensa, a danada da mídia, materializou-se ali como um capeta a ser exorcizado.

Não por obra do acaso, na mesma semana, a idéia fixa da regulação da mídia voltou à tona em palestra do ex-ministro de Comunicação, Franklin Martins, no Congresso de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.

E Dirceu, sempre ele, elegeu a imprensa como “partido da mídia”.

Nas contas dos marqueteiros do governo, com a falação em torno da faxina ética Dilma já capitalizou o máximo que podia. Nessa seara, a ordem é continuar alimentando a idéia de conspiração contra o governo.

No mais, é não perturbar aliados, garantir a aprovação de matérias-chaves, como a DRU, a lei da Copa, o orçamento. E quando tiver de mexer em alguma coisa, continuar trocando seis por meia dúzia.

Mas regras de mercado costumam ser draconianas. As ações lastreadas em valores morais podem estar em baixa, mas, como metais nobres, são resistentes e jamais perdem o valor de face.

As de ocasião são voláteis. Delas nascem as bolhas que estouram.

Moeda podre

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

OPOSIÇÃO?!



HAY GOBIERNO? SOY A FAVOR!

Uma pesquisa com deputados estaduais e vereadores mostra que só há uma posição ideológica consistente na política brasileira: a adesão ao governo. A oposição está em extinção?

BANQUETE


O presidente da Câmara, Marco Maia (PT), o vice Michel Temer (PMDB) e o deputado Paulinho da Força (PDT) degustam um leitão numa festa em Brasília. Só está de fora quem ainda não achou boas condições para aderir (Foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)

Enquanto liderava a transição da ditadura para a democracia, o deputado federal Ulysses Guimarães fez a seguinte constatação a respeito da geração de políticos que chegava ao poder: “Nós temos um know-how formidável para fazer oposição, mas, depois de 20 anos fora do poder, perdemos o jeito de governar”. Dependendo do rigor com que se analisem as coisas atualmente, é possível afirmar que talvez ainda haja muito político procurando o tal jeito de governar. Mas não resta dúvida de que aquele formidável know-how para fazer oposição desapareceu.

Em agosto, numa entrevista a ÉPOCA, o filósofo Marcos Nobre falou sobre o severo estado de debilidade da oposição no Brasil. Ao tratar da eleição de 2010, afirmou que em nenhum momento o PSDB e seu candidato, José Serra, foram capazes de fazer uma campanha de oposição “digna do nome”. Serra, em sua opinião, apenas se colocava como alguém melhor que a petista Dilma Rousseff para dar sequência à política de Lula. Nobre sugeriu que tem sido fácil manter maioria no Congresso. E atribuiu a inexistência de uma oposição forte ao sucesso de um fenômeno que ele mesmo batizou de “peemedebização” do sistema político. Inspiradas no “jeito PMDB de ser”, que garante seu gigantismo, quase todas as siglas tentam ficar parecidas com o PMDB naquilo que ele tem de mais característico: o governismo.

Que Dilma dispõe de ampla maioria, todos sabem. Dos 23 partidos com representação no Congresso, 16 apoiam o governo. Na Câmara, isso é 62% dos 513 deputados. Outros 19% são de partidos que se declaram neutros. Apesar de a expressão sugerir isenção, as siglas que declaram neutralidade tendem a votar com o governo. A oposição mesmo é formada apenas pelos outros 19%, os deputados de PSDB, DEM, PPS e PSOL. Com pequenas variações, os índices do Senado são igualmente insuficientes para gerar qualquer tipo de ameaça ao governo.

Essa tendência fortemente governista estaria disseminada em Estados e municípios? A desidratação das oposições ocorre no plano regional? Para responder a essas perguntas, ÉPOCA pesquisou as correlações de força em 25 das 26 Assembleias Legislativas, na Câmara Distrital e nas Câmaras Municipais de 22 das 26 capitais. O resultado confirma a tese de Nobre. Em muitos locais, o adesismo é ainda mais radical que em Brasília. É alto, independentemente do partido do governante. O oposicionismo parece fora de moda, em extinção. As principais constatações da pesquisa.

· Nenhum governador enfrenta oposição que consiga reunir a maioria simples dos votos. Dos 1.063 deputados estaduais e distritais pesquisados, só 26% atuam em frentes oposicionistas. Os outros 74% fazem parte da base do governador ou se declaram neutros.

· Dos 27 governadores, 20 têm uma base aliada ou “neutra” com mais de 70% dos parlamentares. O caso mais avassalador é o Espírito Santo, onde 100% dos deputados são da base do governador Renato Casagrande (PSB).

· Com exceção do nanico PSOL, oposição nos quatro Estados onde tem deputado, nenhum partido atua contra o governo num índice superior a 50% dos Estados em que tem representação.

· A polarização presente na disputa nacional não se repete à risca nas assembleias. No Amapá, PT e PSDB estão unidos no apoio ao governo Camilo Capiberibe (PSB). No Maranhão, PT e DEM são parceiros na base de Roseana Sarney (PMDB). O mesmo ocorre em Mato Grosso e no Espírito Santo.

· O partido mais governista do Brasil é o PSB. Presente em 23 Estados, é base de 19 governadores. Isso dá 86% de adesismo. Logo atrás, com 82%, está o PSD, base em 18 dos 22 Estados onde atua. O PDT pode ser considerado o partido mais manso do país. Faz oposição apenas no Amapá. Só não é mais governista que o PSB e o PSD porque se declara neutro em quatro Assembleias.


Nas Câmaras, a situação é parecida. Só em Florianópolis a oposição tem 50% dos votos. É assim graças a uma crise que envolve o prefeito Dário Berger (PMDB). Até o primeiro semestre, Berger tinha maioria. Em 18 das 22 capitais pesquisadas, a oposição não chega a 30%.

“Muitos que se declaram de oposição não discordam do governo. Só estão na oposição porque ainda não encontraram boas condições para aderir”, disse Nobre ao ser apresentado ao levantamento. “Esse é o retrato do peemedebismo.”

Foi o PMDB que aperfeiçoou a tecnologia do adesismo. Apoiava o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, apoiou o petista Lula na maior parte do tempo e hoje apoia Dilma. Indicou a candidata a vice do tucano Serra em 2002 e indicou o vice de Dilma em 2010, Michel Temer. Hoje, ao mesmo tempo que participa do governo Dilma, faz parte do governo tucano de Geraldo Alckmin em São Paulo, um dos cotados para concorrer com Dilma em 2014. E não importa se Alckmin e o prefeito paulistano, Gilberto Kassab, tenham tido conflitos. O PMDB também faz parte da prefeitura Kassab.

Em tese, o PMDB tinha tudo para dar errado. Na única vez em que ocupou
a Presidência, entre 1985 e 1990, o resultado deixou pouca saudade. Os anos do peemedebista José Sarney no Palácio do Planalto são lembrados pela hiperinflação, pelo baixo crescimento e pela desorganização social. Desde então comandado por um arranjo de lideranças regionais sem nenhuma afinidade ideológica ou programática, o PMDB nem lança candidatos próprios à Presidência. Nas únicas vezes em que disputou, deu vexame. Em 1989, Ulysses terminou em sétimo, com 4,7% dos votos. Em 1994, Orestes Quércia ficou em quarto, com 4,4% atrás do nanico Enéas Carneiro.


CONVERGÊNCIA

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em Brasília. O partido que ele criou, o PSD, já é o segundo mais governista do país
(Foto: Sérgio Lima/Folhapress)
Sem laços com sindicatos e movimentos sociais, o PMDB também não tem ligações consistentes com intelectuais ou entidades empresariais. Criticado por práticas políticas como o fisiologismo e o clientelismo, é uma das siglas mais atingidas pelas grandes denúncias de corrupção. No governo Dilma, dois dos três ministros peemedebistas derrubados caíram por suspeitas de desvios: Wagner Rossi, da Agricultura, e Pedro Novais, do Turismo. Com Lula, o PMDB foi vidraça em escândalos envolvendo os senadores Renan Calheiros e José Sarney. Com FHC, era alvo de denúncias com Jader Barbalho.

Apesar disso, o PMDB é um enorme sucesso do ponto de vista da disputa pelo poder. Quando não é o maior, é quase sempre o segundo ou terceiro partido em qualquer região. Em 2008, foi o campeão em número de prefeitos, 1.207, e vereadores, com 8.495 eleitos. Em 2010, conseguiu eleger senadores em quantidade suficiente para manter-se como o maior partido da Casa, com 19 cadeiras. Fez ainda o segundo maior número de deputados federais, 79, e o segundo de estaduais, 147. Na garupa de Dilma, instalou Temer na Vice-Presidência. E, apesar das quedas, continua tendo o maior número de ministros no governo depois do PT, quatro pastas.

“A peemedebização não tem a ver apenas com o crescimento ou a eventual hegemonia de um partido dentro do governo. Tem a ver com uma lógica”, escreveu Nobre, em artigo para a revista Piauí em 2010. Aderir em troca de apoio parlamentar, manter as portas abertas para a entrada de todo tipo de político e tergiversar sobre qualquer tema um pouco mais polêmico é uma estratégia que tem dado resultados. É essa lógica que, aparentemente, muitos agora querem copiar.

Um dos casos mais representativos do adesismo ocorre na Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner após décadas de predominância do grupo liderado por Antônio Carlos Magalhães. Classificado por muitos como oligarca, ACM sempre foi criticado por perseguir oposicionistas. Mas os governadores carlistas jamais conseguiram um índice de adesão tão alto quanto o atual. Dos 63 deputados estaduais baianos, 49 são da base de Wagner, ou 78%.

O governismo também produz comportamentos curiosos. Enquanto estava criando o PSD, Kassab disse que a sigla não seria nem de direita, nem de esquerda, nem de centro. Consolidado, o PSD foi fiel à descrição: apoia governadores tucanos, como Antonio Anastasia, em Minas Gerais, e petistas, como Wagner, na Bahia. O PSD não parece fazer distinção ideológica nem quando faz oposição. Nas duas únicas Assembleias em que não é governista (Acre e Rio Grande do Norte), opõe-se a um governador do PT, Tião Viana, e a uma do DEM, Rosalba Ciarlini.

Outro caso curioso é Rondônia. Após uma crise que minou a imagem do governador Confúcio Moura (PMDB), a maioria dos deputados resolveu sair da base. Nenhum achou que era o caso de virar oposição. Só passaram a dizer que são neutros. Assim como o Espírito Santo, em Rondônia não há sequer um deputado estadual de oposição. Na semana passada, o presidente da Assembleia e outros sete deputados foram presos pela Polícia Federal numa operação de combate à corrupção.

A fraqueza da oposição não é uma novidade no sistema político nacional. “É uma tradição nos Estados brasileiros: o governador tem a caneta e os deputados são muito suscetíveis a isso”, diz o cientista político David Fleischer. “Quem está aliado está por cima. Quem, além disso, estiver aliado com o governo federal está melhor ainda.” Para Nobre, a diferença essencial entre a situação atual e a do passado é o papel do PT, “o único partido que demonstrou ter condições de sobreviver na oposição”, diz. “Ligado aos movimentos sociais, conseguia crescer sem estar no governo. Quando o único partido do país que tem isso vai para o poder, a oposição acaba”, diz.

Nos países com poucos partidos, como Estados Unidos, França ou Inglaterra, a tendência de ocorrer um fenômeno assim é baixa. A identidade ideológica de cada partido é mais evidente. No Brasil, com quase 30 siglas, os limites são muito mais tênues. “A falta de oposição enfraquece ainda mais o Legislativo, que já é visto pela população como um mero acessório”, diz o cientista político Humberto Dantas.

O adesismo dá a falsa impressão de ajudar na governabilidade por tornar mais fácil aprovar leis e evitar impasses como os que travam os EUA, divididos entre republicanos e democratas. Mas no modelo brasileiro, segundo Nobre, não é o que acontece. “No pacto básico do peemedebismo, quem consegue entrar e se organizar como grupo de pressão ganha poder de veto sobre sua área de interesse.” Se um governante quiser fazer uma reforma profunda em alguma área, não conseguirá contrariar os interesses de um grupo que, além de aliado, já está instalado no Estado. “O resultado é a paralisia”, diz. País sem oposição é pobre em debates, fraco em controles, deficitário em democracia.

DANILO THOMAZ E RICARDO MENDONÇA. COM MATHEUS PAGGI

UMA ALIANÇA PELA LIBERDADE

Felipe Melo, 20 Novembro 2011
Artigos - Educação

A vitória de um grupo como a Aliança pela Liberdade dentro de uma instituição de ensino como a UnB possui um simbolismo claro: os estudantes da universidade estão fartos da hegemonia esquerdista dentro da academia brasileira.

O movimento estudantil foi concebido, desde sua origem, como uma ponta-de-lança da revolução gramsciana. Louis Althusser, em seu opúsculo “Aparelhos Ideológicos de Estado”, postula que a escola deve ser o alvo primário dos esforços subversivos para a criação de um ambiente social propício à revolução. Paulo Freire, o “pedagogo” responsável pela aplicação das teorias althusserianas na educação brasileira, transportou o conceito da luta de classes para dentro das escolas, transformando-as em campos de luta ideológica e solapando os valores sobre os quais o ensino foi constituído. Florestan Fernandes, outro dos grandes “intelectuais” idolatrados pela esquerda estudantil, declarou, convicto: “Ou os estudantes se identificam com o destino de seu povo, como ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo e, nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo.”

Antes, estudante era o status (por vezes temporário) de uma pessoa em busca de formação técnica e intelectual. Após a introdução dessas idéias, sobretudo durante o Maio de 1968, estudante passou a designar uma “classe” oprimida -- e, como tal, devia desenvolver uma peculiar “consciência classista” e lutar por seus “interesses de classe”, o que só podia ser alcançado através do processo revolucionário. É dentro desse contexto que surge o movimento estudantil da atualidade, e esse espírito está mais forte do que nunca.

O dia 27 de outubro de 2011, entretanto, marcou um ponto de inflexão nesse paradigma. A Universidade de Brasília, que foi concebida por Darcy Ribeiro especificamente para ser o grande laboratório acadêmico da esquerda no País, testemunhou a eleição de um grupo de estudantes que é a antítese do movimento estudantil como ele é. Pela primeira vez na história da universidade, um grupo não-esquerdista venceu as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE), órgão máximo do movimento estudantil dentro da UnB. O discurso que ganhou os corações da maioria silenciosa dos estudantes da universidade defende bandeiras diametralmente díspares daquelas pertencentes aos tradicionais estudantes profissionais da militância de esquerda: excelência acadêmica, não-ideologização da representação estudantil, policiamento constante dos campi, presença de instituições privadas de fomento à pesquisa científica, dentre outros.

A Aliança pela Liberdade, grupo que venceu as eleições para o DCE da UnB (e do qual, até bem pouco tempo, fiz parte), surgiu em 2009 como uma reação ao imobilismo ideológico e à truculência autoritária e intolerante do movimento estudantil na universidade. Em seu estatuto, estão elencados os valores e princípios nos quais o grupo se alicerça:

I - A liberdade de expressão, pensamento e manifestação;

II - O estudo diligente e disciplinado;

III - A reflexão e o debate;

IV - O respeito às minorias;

V - A contestação ordeira e respeitosa;

VI - A crença na supremacia dos direitos e liberdades individuais;

VII - O pluralismo político;

VIII - A igualdade de todos perante a lei;

IX - O Estado Democrático de Direito;

X - O direito inalienável de cada indivíduo em escolher seu próprio destino.

A vitória de um grupo como a Aliança pela Liberdade dentro de uma instituição de ensino como a UnB possui um simbolismo claro: os estudantes da universidade estão fartos da hegemonia esquerdista dentro da academia brasileira. As tergiversações falaciosas da esquerda, travestidas de rigor intelectual e acadêmico, que há décadas têm dominado as universidades no Brasil já não mais encontram eco no corpo discente. O universitário médio está interessado em melhorias de infra-estrutura, não na luta contra o “Estado de apartheid” judeu contra os “pobres” palestinos; ele quer livros recentes na biblioteca, não receber lições de eco-socialismo de Leonardo Boff; ele quer participar da economia de mercado capitalista, não destruí-la.

O resultado das eleições para o DCE da UnB representa não apenas uma esperança, mas a real possibilidade de transformar a universidade em um espaço de debate intelectual honesto, de excelência científico-acadêmica, de liberdade -- não só de ensinar, mas principalmente de aprender. É evidente que esse resultado provocou uma grande agitação na escumalha esquerdista da instituição -- que, após chorar sua forçosa viuvez, chegou até mesmo a cogitar um golpe, forçando um segundo turno não-previsto pelo regimento eleitoral aprovado em assembléia geral dos estudantes.

Essa virada ocorrida na Universidade de Brasília não é, de modo algum, uma possibilidade exclusiva da instituição. Durante as vergonhosas (para não dizer criminosas) invasões da administração da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e da reitoria da USP, a tirania da esquerda estudantil foi duramente questionada pelos estudantes uspianos sérios. A ridícula greve geral (pura manifestação da “consciência classista” estudantil) convocada pelo DCE da USP também tem sido alvo de enfrentamentos-- um exemplo disso foi o esquema de piquetes na FFLCH, desfeito pelos universitários que querem exercer seu direito de estudar. A chapa Reação USP, formada pelo grupo Liberdade USP (que tem apoio da Aliança pela Liberdade), está concorrendo às eleições para o DCE daquela universidade e representa, de modo claro, a possibilidade de uma virada positiva.

Pouco a pouco, surgem sinais de que os estudantes dedicados, aqueles que realmente fazem valer o seu ingresso na universidade com “estudo diligente e disciplinado”, cansaram de ter suas instituições de ensino reduzidas a campos de treinamento da intelligetsia revolucionária. A universidade brasileira pode deixar de ser uma imensa usina de lixo ideológico e se transformar em um lugar onde o mérito, a honestidade e a dedicação venham a ser artigos não tão raros. A reação necessária exige, entretanto, que os alunos tomem posição e defendam, juntos, o verdadeiro ideal de universidade.

Isso só será alcançado através de uma grande aliança: uma aliança pela liberdade.

Felipe Melo, 20 Novembro 2011
Felipe Melo edita o blog da Juventude Conservadora da UNB.

ALÔ ESTUDANTES, QUE REALMENTE ESTUDAM DA UNIRIO E DO BRASIL!


A ESQUERDA ESTÁ SE BORRANDO DE MEDO E DECIDIU QUE EU SOU O SEU MAIOR INIMIGO!!! OU: COMENTANDO UM MANIFESTO ANALFABETO DOS ADMIRADORES DO ASSASSINO FEDORENTO

Universitários da Unirio, universitários do Brasil, brasileiros,

Começo este post com a narrativa de um assassinato:

“Acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre 32 no lado direito do crânio, com o orifício de saída no (lobo) temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto. Ao tratar de retirar seus pertences, não consegui soltar o relógio”

Essa verdadeira peça da poesia homicida foi produzida por Che Guevara — aquele que detestava banhos e a vida humana, capaz de matar um “companheiro” que pegara um pedaço de pão sem autorização e que achava que o ser humano tem de aprender a odiar para se converter numa “fria máquina de matar”.

O que vai acima é trecho de seu diário. Como se nota, além de assassino, ladrão!!! Foi o criador do primeiro campo de concentração na América Latina, ainda em 1960. Quem testemunhou seus métodos não foi nenhum reacionário, não, mas Régis Debray, que conta os detalhes de seu temperamento sórdido em “Loués Soient Nos Seigneurs” Por que este breve relato?
Che Guevara é a personagem que ilustra uma página de uma turma chamada “Coletivo Vamos à Luta”, que atua também na Unirio, que decidiu escrever um texto me atacando e acusando a chapa “UNIRIO LIVRE” de ser títere deste pobre jornalista. Eu nem conheço a moçada. Nunca falei com ninguém de lá!

O “Coletivo Vamos à Luta” pertence ao PSOL, aquele partido em que nem a Heloísa Helena conseguiu ficar!

Estudantes que estudam estão acordando

A EXTREMA ESQUERDA QUE SEQÜESTRA AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS ESTÁ EM PÂNICO. Os estudantes que estudam estão começando a reagir. Na USP, os fascistas deram um golpe e prorrogaram o próprio mandato, cassando as eleições. É que iriam perder a eleição para a chapa “Reação”.
Então os generais do PSOL, do PSTU, do PCdoB, do PT, da LER-QI e de outras minoridades decretaram o AI-5 uspiano, cassando o direito ao voto de 89 mil estudantes.
Estão bravos comigo porque estou noticiando a existência de alternativas. A propósito: a direção do DCE da USP está com o PSOL, a mesma turma do manifesto de agora.

Para os extremistas do sucrilho e do toddynho, tudo estava no seu devido lugar. O DCE era deles e pronto! Tratava-se de uma disputa entre primos que não se entendem muito bem. Estão divididos em vários partidos. Geralmente, a razão da dissensão está na Rússia revolucionária!!!

O que isso tem a ver com a sua vida real, estudante que estuda? Nada! Bastou que eu desse aqui a simples notícia de QUE EXISTE UMA CHAPA QUE NÃO É DE ESQUERDA DISPUTANDO O DCE DA UNIRIO e pronto! Virei alvo dos “bolcheviques” de Ipanema, Copacabana e Leblon!

Em São Paulo, os “revolucionários” costumam morar no Alto de Pinheiros, Butantã, Pacaembu… Pobreza de verdade, eles desconhecem. São antes agentes da folclorização da miséria para alimentar a sua culpada pureza revolucionária!

Vamos nos divertir

Quero me divertir um pouco — no post abaixo, revelo por que essa gente odeia os alunos de verdade! — comentando alguns trechos do “Manifesto Anti-Reinaldo Azevedo”.
Divirto-me (e divertimo-nos).

"A revista Veja está em campanha apoiando chapas nas entidades estudantis por todo país. Seu cabo eleitoral é Reinaldo Azevedo, aquele que passou de ex-líder estudantil de esquerda ao mais reacionário articulista da direitopatia tupiniquim. Na Unirio apoiam a chapa “UNIRIO LIVRE”, de oposição a atual gestão de esquerda do DCE" (leia em http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/tambem-a-unirio-pode-se-libertar-dos-seus-sequestradores/).

Um comunista mentir não é inédito. A VEJA, que eu saiba, não apóia ninguém. Quem decidiu jogar luzes sobre essas disputas fui eu. Essa gente se toma como medida de todas as coisas. Como todos ali são paus mandados de partidos e seitas de extrema esquerda, entendem que não pode haver independência em lugar nenhum. Mas eu gostei mesmo foi de vê-los empregando o termo “direitopatia”. Isso quer dizer que eles já estão me copiando, já que o termo “esquerdopatia”, assim como “petralha”, se espalha blogosfera afora. Aliás, para minha satisfação, “petralha” já foi até dicionarizado.

Os não-esquerdistas da “Aliança Pela Liberdade” venceram a eleição na Universidade de Brasília. Eu nunca havia escrito sobre eles. O que fiz foi aplaudir a sua vitória. E noticiei a existência da chapa “Reação” na USP e da “UNIRIO LIVRE”. Também a grande imprensa está coalhada de esquerdistas, como todos sabem. Essas chapas formadas por “alunos que estudam” costumam ser maltratadas por repórteres, que, muitas vezes, eram invasores de reitoria até anteontem. Eu sei de um caso escandaloso de uma moça que migrou da reitoria para a redação… O que fiz foi tratá-las com dignidade. Só isso! E VEIO O PÂNICO. As esquerdas se uniram na USP para dar um golpe e, segundo percebo, estão se borrando de medo na UNIRIO. Atenção para o que vem agora.

"Nos últimos meses, Reinaldo Azevedo se detém sobre a situação das universidades e eleições estudantis. Trata de unir as chapas yuppies em um único movimento, visando sua articulação orgânica nacional. Por isso, saúda com um estridente Anauê integralista as chapas de direita que disputaram a UFRGS, ganharam o DCE da UnB e os Reacionários da USP. Azevedo sabe da importância de organizar esse movimento nacional que dispute DCE’s e grêmios estudantis, tirando-lhes das mãos da esquerda que enfrenta o governo Lula e Dilma, também não se curva ao PSDB/DEM."

Não! Venho escrevendo a respeito nos últimos dias, notadamente depois que uma súcia de fascistas encapuzados invadiu a reitoria da USP. “Chapas yuppies”??? Santo Deus! Não é de estranhar que a vanguarda revolucionária do século 19 ainda tenha alguns inimigos do fim do século 20… “Articulação orgânica”? Esses pobres coitados intelectuais usam termos de esquerda cujo significado desconhecem.
O “anauê” era a saudação integralista, do fascismo verde-amarelo, que era antiliberal, nacionalista e, no limite, anticapitalista, como todo fascismo. Ora, se eu sou, como acusam, um “neoliberal”, então não posso ser nacionalista; por neoliberal, também não posso ser anticapitalista. O que eu posso fazer para o bem desses rapazes e moças (provavelmente, nem tão “rapazes” nem tão “moças”, já que são profissionais de causas…)? Sugerir que vão estudar história. E, pelo amor de Deus!, estudem um pouco de gramática. Participei, sim, do movimento estudantil. Mas não era ANALFABETO DE TERCEIRO GRAU.

Leiam isto:
“Azevedo sabe da importância de organizar esse movimento nacional que dispute DCE’s e grêmios estudantis, tirando-lhes das mãos da esquerda que enfrenta o governo Lula e Dilma, também não se curva ao PSDB/DEM.” Que língua é essa, Jesus Cristo? O certo é “tirando-OS das mãos da esquerda”. A propósito: qual é o sujeito daquele anacoluto “também não se curva ao PSDB/DEM”?

VÃO ESTUDAR!!! VÃO LER!!! VÃO SE INSTRUIR!!! VOTEM VOCÊS TAMBÉM NA “UNIRIO LIVRE”!!! LIBERTEM-SE DA TEIA DA IGNORÂNCIA!!!

Em seguida, os bravos analfabetos do Coletivo de Esquerda demonstram que entendem da realidade o que entendem de gramática. Acusam-me de ser um perigoso agente de multinacionais interessadas na privatização da educação. Uau!!! Um intelectual petista energúmeno já me acusou de ser agente da CIA. Outros tantos dizem que sou ligado ao serviço secreto de Israel (!!!). É tudo tão secreto que nem eu sabia disso! Agora, os partidários do assassino fedorento descobriram que estou querendo privatizar a universidade pública. E os meus “operadores” seriam as chapas não-esquerdistas.

Esses tontos me acusam, no fundo, de ser uma INTERFERÊNCIA EXTERNA NA UNIVERSIDADE. Eu? Não mesmo! EU APÓIO OS ESTUDANTES QUE ESTUDAM!
- Interferência externa é ser membro do PSOL e tentar submeter alunos e professores às escolhas do PSOL!
- Interferência externa é ser membro do PSTU e tentar submeter alunos e professores às escolhas do PSTU!
- Interferência externa é ser membro do PT e tentar submeter alunos e professores às escolhas do PT!
- Interferência externa é ser membro do PCdoB e tentar submeter alunos e professores às escolhas do PCdoB!
- Interferência externa é ser membro do PCO e tentar submeter alunos e professores às escolhas do PCO!
- Interferência externa é ser membro da LER-QI e tentar submeter alunos e professores às escolhas da LER-QI!

Eu defendo que as entidades estudantis sejam dirigidas por estudantes interessados nos problemas dos… estudantes! Como sou esquisito, não!?

Agora prestem atenção a esse momento quase poético do manifesto:

“Os defensores do atraso teimam em afirmar a atuação do individuo isolado, desejam negar a existência da luta classes e das mobilizações coletivas. Mas as praças do mundo são um espectro que atormenta o irracionalismo deles: milhares e milhares lotando Tahir, Puerta del Sol ou Wall Street; greves gerais escritas em Grego, Italiano, Inglês e Português. Em todos os cantos surgem indignados que estão de saco cheio de gente como Reinaldo Azevedo e os mercados que ele tanto defende. São as maiorias ex-silenciosas que tomaram as ruas em todos os continentes, questionado o sistema capitalista e procurando uma alternativa. E, que nos desculpem os jovens integralistas da Veja, isso tende a continuar. Aliás, Amanhã vai ser maior.”

Uiuiui… Associar os eventos no mundo árabe aos protestos dos esquisitos de Wall Street é, que me desculpem eles, coisa de delinqüentes intelectuais, que não entenderam o que se passa nem de um lado nem de outro. Há três dias, a Praça Tahir voltou a ficar lotada. Era uma convocação feita pela Irmandade Muçulmana. Se e quando ela chegar ao poder, os primeiros que vão para a forca são os comunistas cretinos, como os que escrevem essa bobajada. Vejam o que aconteceu com a revolução islâmica no Irã. Não, bestalhões! Os que não estão pedindo teocracia nos países árabes estão justamente pedindo… capitalismo, democracia e sociedade de consumo!!! Tudo o que vocês odeiam. Eu sou pessimista. Acho que, no médio prazo, os pró-Ocidente perderão, infelizmente, a luta para os religiosos. Queridos amigos me dizem que estou errado. Tomara!

Quanto a Wall Street e aos protestos em outros países da Europa… Quem ali está pedindo socialismo? Onde estão os movimentos de “greve geral”? Que diabo vocês andam tomando no café da manhã, além de sucrilho e toddynho?

“Indignados com o saco cheio de Reinaldo Azevedo”? Devem existir mesmo, né? Se eu fosse meu adversário ideológico, também não gostaria de mim… O que me pergunto é por que vocês estão com tanto medo. Se vocês são tão queridos PELO CONJUNTO DOS ESTUDANTES — e não apenas pela meia-dúzia de sectários que têm o mesmo delírio —, por que o receio? A alternativa ao capitalismo já foi testada, seus tontos! Matou 25 milhões na URSS, 70 milhões da China, 3 milhões na Camboja…

“Ah, mas desta vez será diferente…” Ainda que fosse possível e que o movimento de vocês tivesse futuro, a gente nota como será diferente, não é mesmo? Vocês são incapazes de tolerar uma única chapa não-esquerdista! Ficam logo enxergando conspirações. É o caminho aberto para o assassinato de adversários. Ora, já que são maus e conspiradores, que sejam eliminados! E isso nos devolve àquele trecho do herói de vocês, relatando como atirou na têmpora de alguém que já havia sido rendido e ainda lhe roubou os pertences.

Encerram o texto assim:

"Apesar de toda gritaria histérica e inútil de Reinaldo Azevedo, seguiremos na luta. Somos os 99%. Os nossos sonhos não cabem na Veja. Ela não sequestrará nossa indignação".

Nossa! Como eles são cheios de moral e indignação! São os 99%??? Não sejam ridículos!
- Se são 99%, tenham a coragem de fazer assembléias realmente democráticas;
- se são 99%, tenham a coragem de ouvir o que pensa a maioria silenciosa;
- se são 99%, tenham a coragem de instituir um sistema de tomada de decisão em que cada aluno valha um voto! Mas isso vocês não farão porque são covardes!

99%??? Plínio de Arruda Sampaio, o candidato da turma do Coletivo de Esquerda, teve 0,87% dos votos nas eleições presidenciais! O PSOL pode achar que está bom, né? Afinal, ele ficou em quarto lugar!!! Esse é o seu real tamanho!

Eu estou me divertindo muito com tudo isso. Ao condenar os fascistas encapuzados da USP e seus métodos truculentos e ao simplesmente informar que existe uma chapa de não-esquerdistas disputando o DCE da Unirio, não sabia que provocaria tamanho desespero. Na USP, as esquerdas se uniram e deram um golpe; na UnB, fui atacado pelos derrotados na solenidade de posse da chapa vencedora; na Unirio, virei personagem de uma teoria conspiratória que me dá uma importância no movimento de libertação que obviamente não tenho.

Eu sei que é bastante difícil desalojar esses partidos que aparelham as universidades. Mas os vitoriosos da UnB demonstram que isso é possível! Eles, sim, são os verdadeiros heróis do que pode vir a ser um movimento: o movimento dos estudantes que estudam!

Libertem-se, estudantes do Brasil!
Libertem-se, estudantes da Unirio!
Por uma “UNIRIO LIVRE”!!!
Por Reinaldo Azevedo

TCU ENCONTRA MILHARES DE FRAUDES NO "MINHA CASA, MINHA VIDA"


Não é só o descumprimento das metas, pois o programa não entregou nem a metade do trombeteado na campanha eleitoral. O que espanta é falta de fiscalização do dinheiro aplicado, por parte da Caixa Econômica Federal, que transformou o Minha Casa, Minha Vida em mais um mar de corrupção no governo do PT. Abaixo, notícia do Valor Econômico.

O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou uma série de irregularidades envolvendo o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Os problemas incluem cadastros com informações falsas sobre a renda familiar de beneficiários e fiscalização precária. Segundo os auditores do tribunal, milhares de pessoas têm se beneficiado indevidamente do Minha Casa, ao apresentarem um perfil de renda inferior àquele que realmente têm.

A análise do tribunal baseia-se em uma amostra de 296 mil contratos firmados com a Caixa Econômica Federal (CEF) até setembro do ano passado. Desse total de contratos auditados, os quais somam R$ 18,2 bilhões de recursos fiscalizados, constatou-se que a renda apresentada pelos signatários de 55,9 mil contratos (23%) é superior àquela cadastrada no Sistema Integrado de Administração da Carteira Imobiliária (Siaci), que é a base de dados usada pela Caixa para executar o programa.

A partir dessa constatação, o tribunal checou a renda familiar apresentada à Caixa, já que é este o critério usado para a escolha dos beneficiários.

Foram identificados 8.098 contratos com indícios de omissão de renda ou de falha na análise dos rendimentos apresentados.

Em situação mais crítica estão 530 contratos que, de acordo com o relatório do TCU, foram aprovados pela Caixa com famílias que têm renda mensal superior a R$ 4,9 mil, valor máximo permitido para participação no programa. A Caixa tem 120 dias para revisar os contratos e oferecer uma resposta ao tribunal.

QUEM É PIOR PARA A DEMOCRACIA: O ANALFABETO ALIENADO OU O ALFABETIZADO RESILIENTE?


A manchete de capa veiculada hoje (17/11) em um dos jornais de maior circulação em Pernambuco, abordando o "cancro" do analfabetismo, é direta: "EM CADA CINCO PESSOAS, UMA NÃO CONSEGUE LER ESTE JORNAL".

A situação fica ainda pior ao considerarmos que, mesmo na parcela da população dita alfabetizada, a maioria, prendendo-se aos mais ridículos subterfúgios, tal como a falta de tempo, simplesmente abriu mão do hábito da leitura dos jornais "diários", enquanto outros, por serem "analfabetos funcionais", são incapazes de entender o que está escrito.

Como comprovação, relembro uma experiência vivida no início da década passada, época em que, em busca de uma atividade para exercer após a aposentadoria, voltei aos bancos universitários.
Na ocasião, tive uma enorme decepção, pois esperando reencontrar o espírito acadêmico que havia vivido na década de 1970, quando havia concluído meu primeiro curso universitário, deparei-me com um cotidiano de absoluto desinteresse, protagonizado, salvo raríssimas e honrosas exceções, por alunos semialfabetizados e professores desinteressados.

Uma situação tornou-se emblemática em relação aquela realidade, pois era comum que professores, tentando discutir algum tema repercutido na impressa local, perguntassem, logo no início de uma aula, quem havia lido o jornal do dia, tendo como invariável resposta a cínica negativa da imensa maioria da classe, mesmo tratando-se de alunos que faziam o curso de JORNALISMO.

Por essas e por outras, viramos um Brasil Tiririca...

Júlio Ferreira
Recife - PE

ANTONIO GRAMSCI


Para quem talvez ainda não conheça a estratégia do doutrinador italiano, ativista político e filósofo Antonio Gramsci, é bom deixar bem claro, pelo menos em poucas palavras, o que ele preconizava.

Segundo o líder comunista, falecido em 1937, após passar anos na cadeia elaborando sua estratégia, a instauração de um regime comunista em países com uma democracia e uma economia relativamente consolidadas e estáveis, não podia se dar pela força, como aconteceu na Rússia, país que sequer havia conhecido a revolução industrial quando foi aprisionada pelos bolcheviques. Seria preciso, ao contrário, infiltrar lenta e gradualmente a idéia revolucionária (sem jamais declarar, que isso estava sendo feito), sempre pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, por sinal, representam a grande maioria da população.

O objetivo somente seria atingido pela utilização de dois expedientes distintos: a hegemonia e a ocupação de espaços.

A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela análise de situação, de modo que quando o Comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo intelectual coletivo (o partido), que as dissemina pelos intelectuais orgânicos (ou, formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população.

É essa hegemonia, já adredemente fabricada, que faz com que todos os brasileiros, independentemente da idade, da condição sócio-econômica e do grau de instrução que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto, nacional ou internacional.

O poder de manipulação é tamanho que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta. Os exemplos são numerosos: do desarmamento, ao aborto, da eutanásia, do movimento gay às políticas sociais, do racismo ao trabalho escravo, da inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter social de movimentos comprovadamente guerrilheiros (FARC, MST, MLST, MIR, ETA, etc.), todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos interesses do partido.

É que esses valores representam um conjunto de virtudes diametralmente opostas aos conceitos que o partido deseja inserir no corpo social e que servirão de embasamento para as transformações que pretende implantar. Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões, atinge-se o que Gramsci denominava superação do senso comum, que outra coisa não é senão a hegemonia do pensamento.

Cada um de nós passa, assim, a ser um ventríloquo a repetir, impensadamente, as opiniões que já vêm prontas do forno ideológico comunista. E quando chegar a hora de dizer agora estamos prontos para ter realmente uma democracia (que, na verdade, nada mais é do que a ditadura do partido), aceitaremos também qualquer medida que nos leve a esse rumo, seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada, seja ela o fim mesmo da democracia como sempre a entendemos até então, acreditando que será muito normal que essa volta à pseudo-democracia, se faça por decretos, leis ou reformas constitucionais. Afinal, Hitler, também não foi eleito pelo povo e não passou a ditar normas legais?! É exatamente a superação do senso comum, que fez com que todos acreditassem piamente que a contra revolução de 1964, não passou de um ato impensado dos Militares que, à falta do que fazer, decidiram implantar uma ditadura.

Como uma única palavra não foi dita sobre a ditadura que esses mesmos comunistas estavam praticamente conseguindo implantar naquela época (como haviam tentado em 1935 e como voltariam a tentar entre o final dos anos 60 e meados dos 70), ficou impossível ao brasileiro médio compreender que a intervenção das Forças Armadas veio justamente impedir que aquela desgraça se concretizasse. E, se elas não intervém também agora, é porque o povo, já completamente anestesiado, não tem nem forças para ir às ruas exigir tal providência.

É exatamente essa hegemonia de pensamento, que pôde imprimir nos brasileiros a idéia de que só o Estado pode resolver seus problemas mais comezinhos, o que tem causado um gigantismo antes nunca visto, com o crescente aumento da carga tributária para sustentá-lo.

A cada dia são criadas mais delegacias especializadas, mais conselhos, mais isso e mais aquilo para controlar e fiscalizar as ações de cidadãos, antes livres. É exatamente ela, a hegemonia gramsciana, utilizada pelo PT que inculcou em todos os cidadãos a crença de que os sem-terra foram massacrados pela Polícia Militar em Eldorado do Carajás, no Sul do Pará, quando na verdade a fita de vídeo original, contendo a gravação do episódio, mostrava claramente que eles agiram em legítima defesa diante de um número muito maior de sem-terras que, armados com foices, enxadas e até mesmo revólveres (como aparece naquela fita), avançou para cima dos policiais. É exatamente isso que fez espalhar a crença de que os fazendeiros são todos uns malvados e escravizadores de pobres trabalhadores indefesos, servindo, assim, de embasamento para que, em breve, o direito à propriedade seja eliminada da Constituição, se nela for encontrado algum tipo de trabalho escravo, cuja definição legal nem mesmo existe.

É exatamente isso que autorizou todos os brasileiros a imaginar que o Brasil é um país racista, a despeito de contar com o maior número de mulatos do planeta e de jamais ter sido registrado um único caso de desavença entre negros e brancos por causa da raça, como acontece nos Estados Unidos e na África do Sul. E é também graças à força da hegemonia, que ninguém parou para pensar que todas as desavenças já havidas entre negros e brancos entre nós, iniciaram-se por motivos fúteis, que vão do futebol à briga por ciúmes, muitas vezes regadas a uma boa caninha, nada tendo a ver com a cor da pele, já que também ocorrem da mesmíssima maneira entre indivíduos da mesma raça.

Evidente que, depois do que estou escrevendo, nada impede que se fabrique uma briga por causa da raça, com notícias em todos os jornais, para servir de prova do racismo por aqui. Isso nada mais seria do que o intelectual coletivo, agindo para o bem de sua própria causa.

É exatamente essa superação do senso comum, que fez com que a maioria acreditasse que as armas de fogo matam mais do que os acidentes de trânsito ou a desnutrição crônica infantil, malgrado os índices infinitamente superiores de mortes por estas duas causas, sem que medida alguma seja tomada para eliminá-las ou diminuí-las e sem que nenhuma propaganda incisiva seja feita para alardear tais descalabros.

A maciça propaganda do desarmamento foi, portanto, uma mentira descarada que salta aos olhos dos que realmente os têm. É exatamente isso que fez com que todos odiassem Bush e os norte-americanos e, inversamente, amassem de paixões Fidel Castro – Hugo Chavez, e vissem os terroristas iraquianos como meros resistentes contra o imperialismo americano.

É exatamente isso que fez com que todos pensassem que o Comunismo acabou, com a queda do Muro de Berlim e a desintegração da União Soviética, quando na verdade ele está hoje mais vivo do que nunca, principalmente em nosso continente, é só querer ver.

É exatamente isso que faz com que todo mundo se escandalize com assassinatos de fiscais do trabalho, como ocorrido em Unaí, ou de Irmã Dorothy Stein, no Pará, só para ficar em exemplos mais recentes. Essa escandalização foi sutilmente preparada para que todos os despreparados ficassem indignados com tamanha brutalidade, como se esta tivesse sido o resultado de uma reação iníqua à cândida e legal atuação do Estado ou de ONGs a ele atreladas.

É exatamente isso que permite que aceitemos, como a coisa mais natural do mundo que se chame chacina a morte de dois ou três sem-terras, enquanto que a morte de dois ou mil fazendeiros continuará sendo chamada de morte, simplesmente.

E tem sido exatamente isso, enfim, que permite várias outras opiniões uniformes que não passariam pelo crivo do juízo crítico caso ele ainda encontrasse forças para entrar em ação.

Mas como encontrar forças com tamanho rolo compressor a aplainar toda e qualquer opinião sobre o que quer que seja?! Daí a facilidade com que chavões do tipo justiça social, cidadania, construção de uma sociedade justa e igualitária, direitos humanos, etc., que só servem para estimular a velha luta de classes proposta por Marx e Engels, em seu Manifesto Comunista – 1848, passaram a habitar o imaginário popular. Afinal, são eles, os comunistas, que não desistem nunca!

A outra técnica Gramsciana, amplamente utilizada pelo PT é denominada de ocupação de espaços. Já dava mostras tão evidentes de visibilidade entre nós, com a nomeação de mais de 20 mil cargos de confiança pelo PT, em todo o território nacional (só para cargos federais), que nem mesmo precisaria ser novamente denunciada. O que faltava, entretanto, era fazer a conexão com a primeira técnica – a hegemonia.

Ora, sabendo que a superação do senso comum é tarefa dos intelectuais orgânicos importa reconhecer a necessidade de que eles estivessem em toda parte como erva daninha. Daí a nomeação, pelo intelectual coletivo, para todos os escalões do desgoverno petista (federal, estaduais ou municipais), de pessoas alinhadas com a ideologia do partido. Não foi à toa que o presidente Lula colocou nos ministérios vários derrotados pelo povo nas eleições estaduais e municipais como: Olívio Dutra, Tarso Genro, Humberto Costa, além de outros que de há muito estão comprometidos com o Comunismo, inclusive com vinculações internacionais. Basta ver como e o quê aconteceu e acontece no Foro de São Paulo e no Fórum Social Mundial, bem como quem são os seus patrocinadores e entidades integrantes, sabidamente criminosas.

A conclusão é tão lógica e óbvia, que chega a ser surpreendente que a ela ainda não tenham chegado todos os brasileiros, principalmente muitos daqueles que ostentam diploma de doutor e que têm, por isso mesmo, a obrigação moral de alertar seus compatriotas.

Só se pode entender sua adesão incondicional às táticas gramscistas por uma de duas razões: ou porque, apesar de doutores, são, na verdade, ignorantes da pior espécie, deixando-se levar por uma esparrela dessa, ou porque estão a serviço da engenhoca. Não há outra explicação! O Brasil talvez seja o País no mundo onde a estratégia gramscista de tomada do poder utilizada pelo PT, mais se encontra avançada. A eleição de Lula foi apenas mais um passo numa estratégia muito mais densa. O Brasil atualmente não possui uma oposição política onde impere a pluralidade de idéias, estamos atolados na unanimidade dos desesperados, a prova disto é que a esquerda se radicaliza cada vez mais.

O que é ainda mais demonstrativo do atual avanço da Revolução Gramscista, utilizado pelo PT no Brasil, é que a consciência individual está sendo substituída pela idéia do politicamente correto e do relativismo moral, os exemplos são gritantes: Sem-Terras armados invadindo fazendas produtivas e grandes empresas multinacionais de pesquisas são vítimas; fazendeiros ao se defenderem são criminosos; os traficantes que estão incitados numa guerra civil no Rio de Janeiro e São Paulo, são vítimas do sistema, sequer chegam a ser culpados; nós, os cidadãos que respeitamos as Leis, também devemos ser um pouco responsabilizados por estes atos (assim nos diz a mídia, todos os dias); os pastores e padres que falam contra o aborto e o homossexualismo são monstros comedores de crianças, os ditos freis que embalados na teologia da libertação, afirmam que Cuba é o paraíso na terra, não importa os dezessete mil mortos, são expoentes máximos da cristandade.

Analisem agora friamente e com a razão essa afirmativa: Nenhum presidente na História do Brasil, teria se mantido no Poder, se houvesse sido acusado de pelo menos metade das irregularidades e dos crimes cometidos de fato pelo Partido dos Trabalhadores, sob a benemérita liderança do Senhor Luís Inácio Lula da Silva. Ou por exemplo, o caso Waldomiro Diniz que é uma gota d’água no oceano;-muito mais difícil de explicar são as irregularidades no Programa Fome-Zero, ou os abusos totalitários contra o patrimônio público cometidos por diversos membros do desgoverno Lula-Dilma (onde até a cadela do presidente, passeava de carro oficial tranqüilamente),-o caso do Mensalão, amplamente discutido e comprovado em CPI e, devidamente denunciado pelo Procurador Geral da República;-o caso de caixa dois do PT (verbas não contabilizadas) e, que o próprio presidente em entrevista confirmou ser esta, uma prática de rotina no Brasil; envio de dinheiro ao exterior de forma ilícita;-quebra de sigilo bancário, telefônico e postal, de um simples caseiro que ousou denunciar um Ministro do desgoverno Lula e, as alianças sinistras entre o PT e as FARC (Colombianas), MIR (Chileno), PCC (Partido Comunista Cubano), ELN (Exército de Libertação Nacional), FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), PRD (Partido da Revolução Democrática), FMLN (Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional), URNG (União Revolucionária Nacional da Guatemala), dentre outros.

O que me causa estranheza nestas alianças sinistras, é o quase segredo absoluto que impera sobre os fatos ocorridos no Foro de São Paulo, onde não se viu ou vê, nenhum comentário mais acirrado da mídia especializada (ou não), ou até mesmo um ato de repúdio de nossas Forças Armadas, sobre tais acontecimentos no mínimo suspeitos.

Parece até que tudo está cor de rosa, neste mar de lama chamado Brasil! Qualquer debate hoje no Brasil que envolva a Política Nacional, especialmente após os efeitos da queda do Muro da Vergonha, só pode ser considerado sério se discutido desde o ponto de vista da Revolução Gramscista, não por imposição ideológica, mas por verificação histórica, caso contrário tudo que teremos é um exercício de abstração teórica cujo conteúdo e implicações práticas não terão mais significação que uma discussão acalorada de mesa de bar.

Isto é exatamente em que será resumida a essência da intelligenzia nacional, quando todos os brasileiros se tornarem, sob as graças de Antonio Gramsci, intelectuais orgânicos, cuja única verdade é a mentira do partido. É dogmática ou romantizada a crença de que o homem é um fruto homogêneo de seu meio. Todavia, é deste último que a maioria das pessoas retira seus principais pontos de referência, distinguindo-se como indivíduos em sociedade. Raros são os homens que conseguem olhar dentro de si e não apenas em sua volta.

Por isso, reafirmo que o PT não tem Plano de Governo. Tem é Plano de Poder!

12 de novembro de 2011
Marcelo Prudente

NOTA AO PÉ DO TEXTO

A exposição da teoria gramsciana da "revolução silenciosa", não foge aos modelos das diversas análises que se faz. Ao indicar o PT como sendo portador da aplicação de tal teoria, creio que cabe esclarecer um ponto importante, chave na compreensão do "projeto de poder" do PT: a corrupção.
Ela é fruto já de um sistema implantado, geralmente autoritário, ditatorial, o que não é o caso do PT que fez do insipiente projeto de poder, um verdadeiro "projeto de corrupção".
O PT já não se representa como partido. Sua expressão ainda presente no espaço político, se faz através do personalismo, cujo principal expoente é Lula. O PT sem a figura carismática e demagógica, mentirosa e popularesca de Lula, pouco peso terá na política brasileira.
A cada dia, o PT é denunciado pelos escândalos, pela corrupção em dimensões que esse país jamais viu. Não tem sequer uma base suficiente para governar, daí essa inovação da "coalização", que em outras palavras, traduz apenas aquela antiga expressão política do "é dando que se recebe".
Se algumas transformações ocorrem na sociedade brasileira, é mais fruto do processo de políticas externas, a serviço de outros interesses, do que propriamente de iniciativas do PT, ao qual se deve, é claro, a implantação da cleptocracia, ou da corruptocracia.
A que poderá levar isso? Com toda certeza não será ao comunismo gramsciano, ou a qualquer modelo comunista - que já não existe mais, um dinossauro histórico, extinto pela próprio tamanho e capacidade de sobrevivência. Comunistóides existem, com a marca da ganância de poder. Fracassados ambiciosos que não resistirão â História.
Repito: a que pode levar toda essa história? A miséria e colonização do páis.
m.americo

A ASSOCIAÇÃO DE DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL E A GEMINI


A campanha “Brasil: país rico é país sem corrupção” – lançada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) em outubro último – é a grande esperança da sociedade na luta contra a corrupção, esse monstro que devora os recursos públicos e a reserva moral de nosso país.

Motivos não faltam para tal esperança. Entre eles, destacam-se:

1 – a iniciativa da campanha é de uma entidade que congrega funcionários de um órgão de elevada reputação;

2 – a Polícia Federal é dotada de inegável capacidade no setor de inteligência;

3 – o poder de polícia é absolutamente imprescindível no combate à corrupção, modalidade de ilícito praticada por dez entre dez “criminosos do colarinho branco”.

Não venham dizer que tal campanha é inconstitucional e fere os direitos básicos do cidadão. Não façam carga contrária a esta campanha, como fizeram contra a “lei da ficha limpa” e contra a “lei seca”. Não coloquem os “direitos” daqueles que não podem ser algemados acima do interesse da sociedade. Não aleguem que os corruptos e corruptores – por serem, antes de tudo, cidadãos – não podem merecer uma atenção especial da ADPF, devido ao fato de todos serem iguais perante a Lei.

Confiando na seriedade de citada campanha, e esperando que outros poderes não venham boicotá-la, senti-me estimulado a escrever este artigo, que está sendo encaminhado aos Delegados Marcos Leôncio Ribeiro e Cláudio Tusco, responsáveis pelo comando da mesma, segundo informações da própria ADPF.

Como se sabe, desde 2004, eu venho denunciando o caso da Gemini – espúria sociedade por meio da qual o governo brasileiro entregou o cartório de gás natural liquefeito (GNL) a uma empresa privada.

E quanto mais eu denuncio as suspeitíssimas vantagens dadas a tal empresa privada em detrimento do interesse público, mais comprometedores são os esforços para invalidar minhas denúncias, tornando, por isso, cada vez mais evidente a existência de uma rede de cumplicidade formada para blindar a Gemini.
Mentiras, distorções, interpretações tendenciosas e omissões não faltam para impedir a apuração desse autêntico crime de lesa-pátria. Como medida extrema para tentar me calar, ultimamente, estão tentando me imputar o crime de calúnia.

Logicamente, é impossível a existência de citada rede de cumplicidade sem a existência de um poderoso tráfico de influência – um crime que é irmão siamês da corrupção.

Todos sabem da dificuldade de se provar a prática do tráfico de influência. Porém, todos sabem, também, que, diante de certas evidências, muito mais difícil que provar a existência, é defender a inexistência.

Todos sabem, ainda, que a situação acima leva a um impasse, como a Nação, estarrecida, acompanhou no caso da consultoria dada pelo ministro Palocci.

Diante da constatação de tal situação, limito-me a narrar os fatos e ressaltar as evidências de tráfico de influência.
Descobrir quem é o responsável pelo crime é problema das autoridades, que têm o poder de ouvir os envolvidos.

Nada mais perfeito para que seja constatada a prática de tráfico de influência no caso Gemini que a mudança de procedimento do sindicato dos trabalhadores na indústria do petróleo (Sindipetro): sintomaticamente, o Sindipetro – que denunciou, de maneira desmoralizante, a prática de corrupção no caso – desistiu de continuar exigindo a apuração dos crimes relativos à Gemini, que já causaram, continuam causando, e ainda irão causar incomensuráveis prejuízos ao país.

Na realidade, a desistência do Sindipetro de exigir a apuração da entrega do cartório de GNL a uma multinacional pertencente, em sua totalidade, a um grupo norte-americano é bem mais que sintomática. Principalmente, ao se considerar que o Sindipetro é o mentor e grande comandante da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Esse lema nacionalista, utilizado por uma entidade que, vergonhosamente, se acovardou diante do poderio da Gemini, torna inevitável a pergunta: “nosso” de quem, Sindipetro?

É de se destacar que, em uma das diversas matérias publicadas em seu jornal, o Sindipetro escancarou, de maneira impressionante, a denúncia de corrupção: ilustrou a matéria com uma charge onde se vê uma pessoa com uma mala recheada de dinheiro. Pior: não bastasse a mala de dinheiro – a representação mais explícita da corrupção – na mala se encontra gravado o nome do corruptor (a empresa que foi beneficiada por aquilo que, no passado, era chamado de “maracutaia”).

E ainda continua o impasse: existe uma mala de dinheiro com o nome do corruptor à procura de alguém que se interesse em apurar o caso. Será este um caso para a campanha movida pela ADPF?

E o que dizer da carta datada de 26 de fevereiro de 2010, por mim protocolada para diversos conselheiros do Conselho de Administração da Petrobras?

Em tal carta, detalhei as denúncias de corrupção feitas pelo Sindipetro, e ainda ressaltei que a ela estavam sendo anexados três documentos: “os dois artigos cujos endereços eletrônicos estão indicados ao final (“Dilma, ó Dilma, onde estás que não respondes?” e “E o dinheiro público, para onde vai?”) e a cópia do documento “Dossiê Gemini: Maio de 2009”.

Apesar dos contundentes termos nela contidos, nenhum conselheiro se dignou a se manifestar sobre tal carta, que deu motivo ao artigo “Petrobras: Conselho de Administração sob suspeita” (http://www.alertatotal.net/2010/02/petrobras-conselho-de-administracao-sob.html), publicado no Alerta Total (http://www.alertatotal.net/) do dia 27 de fevereiro de 2010.

Quando se pensava que a omissão dos conselheiros era a maior das evidências de blindagem da Gemini, numa troca de correspondência que tive com a Diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, a situação ficou ainda mais comprometedora.

Em sua carta DG&E n° 75/2010, a mim encaminhada em 2 de dezembro de 2010, a diretora Foster informou-me que o contido na carta que eu encaminhei ao conselheiro Gabrielli em 26 de fevereiro de 2010 era mera repetição de fatos relatados desde 2004, fatos esses já esclarecidos.

Além disso, afastando-se muito da verdade, citada diretora declarou-me categoricamente que “todos os esclarecimentos sobre o assunto lhe foram exaustivamente prestados, não restando mais nada a ser acrescentado”. Isso é uma afirmativa absolutamente falsa, o que torna ainda mais evidente a existência de muito esforço para blindar os atos lesivos ao interesse público praticados nas operações da Gemini.

Porém, a coisa não terminou aí. Muito embora a diretora Foster e a Ouvidoria Geral da Petrobras (órgão ligado diretamente ao Conselho de Administração da empresa) tenham deixado claro que minhas denúncias eram do conhecimento dos conselheiros, achei por bem dirigir-me ao conselheiro Jorge Gerdau, representante dos acionistas minoritários no Conselho de Administração da Petrobras.

Em 22 de agosto de 2011, no artigo “Combate à corrupção: Ministério dos Transportes, Câmara de Gestão e Petrobras”, afirmei que não sabia qual das duas situações era mais preocupante: 1 – Gerdau encontra-se a par do caso Gemini, e evita se manifestar a respeito, agredindo a tão decantada transparência; 2 – Gerdau não tem conhecimento do autêntico crime de lesa-pátria cometido ao ser constituída a sociedade Gemini, e do risco que continua correndo os cofres da Petrobras, no dia a dia, por causa das operações da mesma sociedade.

Em 12 de setembro de 2011, por meio do artigo “O Conselheiro Gerdau e a corrupção na Petrobras”, o conselheiro Gerdau foi alertado para um fato gravíssimo: as brechas existentes no Acordo de Quotistas vinculado ao Contrato Social da Gemini possibilitam a prática de enormes superfaturamentos contratualmente “legais” contra a Petrobras.

Considerando que o conselheiro Gerdau pode não ter tomado conhecimento dos dois artigos acima citados, estarei protocolando a entrega de tais artigos, juntamente com o presente, para que ele tome conhecimento do prejuízo que estão tomando aqueles cujo interesse compete a ele defender.

Finalizando, informo aos responsáveis pela campanha “Brasil: país rico é país sem corrupção” que prestei depoimento na delegacia da Polícia Federal da cidade de Campos dos Goytacazes em 29 de setembro de 2011. Naquela oportunidade, além de me colocar à disposição para responder qualquer pergunta relativa às minhas acusações, apresentei um relatório contendo 10 folhas e 21 anexos. Continuo à disposição para ser questionado.
João Vinhosa é Engenheiro