"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 24 de abril de 2013

CONDENADOS PELO STF, GENOÍNO E JOÃO PAULO AJUDAM A APROVAR NA CCJ UMA PEC QUE LIMITA OS PODERES DO... STF! NÃO É UM MOMENTO LINDO?


Ai, ai… Antes, Banânia era um país meio atrapalhado. Depois foi piorando. Nazareno Fonteles, um deputado do PT do Piauí, teve uma ideia: “E se a gente decidisse botar ordem no Supremo?” E aí resolveu fazer uma Proposta de Emenda Constitucional.
Certo! A porta de entrada para a tramitação de um texto é a Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ, onde brilham os condenados José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP). Os dois, ora vejam!, ajudaram a dizer “sim” ao texto. Leiam o que informa Laryssa Borges, da VEJA.com. Volto depois com algumas considerações, talvez menos óbvias do que o embate sugere.
*
Em uma ação coordenada das bancadas governistas na Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que submeterá algumas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ao aval do Congresso.
De acordo com a proposta, que passou pela comissão sem sequer ser debatida, as decisões do STF sobre as chamadas ações diretas de inconstitucionalidade (Adin) terão de ser analisadas pelo Legislativo. Outro ponto do texto estabelece que as súmulas vinculantes (mecanismo editado pelo STF que deve ser seguido por todas as instâncias do Judiciário) também serão submetidas ao crivo do Congresso antes de entrar em vigor. Caso os parlamentares rejeitem as decisões do Supremo no julgamento de uma Adin, o tema será decidido por meio de consulta popular.
A proposta altera o quórum obrigatório para que o STF possa declarar uma lei inconstitucional: será necessário quórum de 4/5 dos ministros da corte. O texto ainda proíbe que um ministro do Supremo, em decisão individual, conceda uma liminar para suspender a eficácia de uma emenda constitucional.
A proposta agora será analisada por uma comissão especial na Câmara e, se aprovada, seguirá para o plenário. Depois, também é necessário passar pelo Senado antes de ser promulgada.
Com o nome formal de PEC 33 e patrocinada pelo deputado petista Nazareno Fonteles (PI), a proposta foi aprovada em votação simbólica pela CCJ na mesma semana em que foi publicado o acórdão com as sentenças do mensalão. Dois réus condenados, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), participaram da votação.
“Precisamos resgatar o valor da representação política, da soberania popular e da dignidade da lei aprovada pelos representantes legítimos do povo, ameaçadas pela postura ativista do Judiciário”, argumentou Fonteles.
A tentativa de amordaçar o Supremo havia sido prometida pelo ex-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que ameaçou retaliação à corte por ter determinado a cassação do mandato dos quatro deputados mensaleiros – João Paulo, Genoino, Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Na época, Maia ameaçou acelerar a tramitação dos projetos que alteravam consideravelmente as atribuições do Supremo.
24 de abril de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja Online
 

RENEGOCIAÇÃO DE ITAIPU


Em 2009, o professor Marco Aurélio Garcia - assessor internacional da Presidência e percebido como o principal gerente da política externa brasileira para assuntos sul-americanos – não escondeu seu entusiasmo quando o Congresso aprovou o acordo fechado entre o Brasil e o governo do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, renegociando os termos do Tratado de Itaipu.
 
MAG, como Garcia é chamado informalmente nos corredores do Planalto, tinha razão para estar se achando o máximo. Afinal fora um dos que mais defendera a mudança no Tratado, cuja aprovação foi arrancada a fórceps do Congresso. 
Dessa maneira, o Brasil passou a pagar três vezes mais do que antes pagava ao Paraguai pela energia que nos cede em Itaipu. Em pior, o acordo perdeu sua virgindade.
 
Na cabeça do Professor MAG, parece não haver se consolidado a noção que é tão claramente explicitada nos manuais introdutórios do Direito Internacional Público: a de que os acordos internacionais são compromissos estabelecidos entre Estados e não entre governos.
 
Que se dane o Direito Internacional Público. Tendo o presidente Fernando Lugo como parceiro ideológico do outro lado da ponte da Amizade, proferiu o professor a seguinte pérola à Agência Brasil (em 28.5.2009, viva a Internet):
O tratado (de Itaipu) surgiu em determinada circunstância histórica, que não fomos nós que criamos nem o atual governo paraguaio”.
 
Juro que fico com calafrios na espinha só de pensar se essa extraordinária manifestação de tão graduado assessor tivesse sido feita em relação aos tratados que definem nossas fronteiras.
 
Não foram os governos aos quais tem prestado sua assessoria o professor MAG que assinaram tais acordos. E daí? Deixam der menos válidos por isso?
 
Voltemos ao professor, que naquele mesmo dia deu outras declarações à Agência Brasil: Lembrou que, no caso, haviam dois tipos de reivindicações que precisavam ser compatibilizadas: uma de ordem econômica, para as quais são necessários recursos, outra de ordem simbólica e política:
 
E o atual governo paraguaio foi eleito levantando algumas bandeiras, então ele tem hoje que prestar algum tipo de satisfação. Vamos ter que encontrar um denominador comum para atender a todas essas reivindicações. O presidente Lula e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, têm um diálogo muito bom e eu acredito que isso vai chegar em um bom ponto”, concluiu MAG.
 
Normalmente, quem tem juízo busca usar a reflexão para evitar problemas no futuro. O Brasil poderia ter proposto algum tipo de benefício ao país vizinho que o auxiliasse a concretizar suas aspirações desenvolvimentistas, mas nunca poderia mexer num acordo juridicamente perfeito. Pacta sunt servanda! Foi quase que o lema nosso querido ministro Rezek nas aulas do Instituto Rio Branco.
 
A trapalhada de 2009 começaria a mandar cobranças em 2012, depois de o governo paraguaio (já então execrado por MAG, por conta do impeachment de Lugo) propor nova renegociação para aumentar o valor pago pelo Brasil pela energia excedente de seu país.
O mesmo assessor presidencial que favorecera a mudança três anos anos, a mostrou-se inflexível e descartou a possibilidade de uma nova renegociação.
 
Mas agora, brasileiros e brasileiras, preparem-se! Uma vez que o Tratado de Itaipu já foi mexido uma vez, não há razão, pela ótica do Paraguai, que não seja mexido novamente.
Só que agora o jogo paraguaio será muito mais sofisticado.
 
O governo de Assunção convidou um dos economistas de maior visibilidade internacional, Jeffrey Sachs, para estudar a situação energética do país e, muito em particular, o Tratado de Itaipu. O detalhado estudo que sua equipe fez sobre o assunto será apresentado ao presidente-eleito Horácio Cartes dentro de mais algumas semanas.
 
Esse estudo terá duas partes: de um lado vão propor formas de que o país utilize parte da energia que cede ao Brasil em Itaipu para possibilitar que a indústria paraguaia dê um grande salto. De outro, há a questão da usina binacional.
Sobre o assunto, Sachs adiantou ontem à imprensa de Assunção: “estamos analisando os aspectos financeiros relacionados com a geração hidrelétrica do Paraguai, em particular Itaipu. Em minha opinião, o Paraguai realmente deveria obter melhores condições de Itaipu, substancialmente melhores do que já obteve”.
 
Sachs disse ao ABC Color que “uma grande parte da dívida contratada para construir Itaipu já foi paga, pelo menos no que diz respeito à parte paraguaia da mesma”. “Se pelos livros de contabilidade Itaipu deve ainda quase vinte bilhões de dólares, metade dessa dívida é do Paraguai e isso, quando nos debruçamos sobre os números, não faz o menor sentido”.
 
Não faz sentido, na opinião de Sachs, pois se for tomada a quantidade de energia exportada ao Brasil pelo Paraguai desde o início de Itaipu, e sobre essa quantidade se colocar qualquer preço minimamente realista, fica claro que o Paraguai já terá pago a maior parte de sua dívida, ou talvez ela toda.
 
- Acho que o Brasil e o Paraguai deveriam chegar a um entendimento muito melhor em torno dessa situação, e espero que isso possa se dar com o novo governo, através de discussões sensatas e transparentes.
 
Em minha opinião, questões tais relevantes como essa não devem e não podem ficar na mão de assessores, independentemente do cargo que ocupem ou da relevância que pensem ter. Questões de Estado, como esta de Itaipu, devem ser negociados com quem acumulou competência no passado para isso: o Itamaraty. Não faltam quadros experimentados na instituição.

24 de abril de 2013

Pedro Luiz Rodrigues
é diplomata e jornalista
 
Fonte: Coluna do Claudio Humberto
COMENTO: o desgoverno petista está conseguindo destruir tudo que havia de valor na sociedade brasileira, tanto no aspecto econômico, quanto nos culturais, políticos e diplomáticos. A bancarrota da empresa dos Correios, que já foi tida como a mais eficiente da América Latina; da Petrobrás, das Forças Armadas, e do Itamaraty são exemplos da ação deletéria dessa quadrilha que se aboletou no poder e tem como objetivo impor uma "nova sociedade" na América Latina, a partir do Brasil. A ação do "Chanceler da Boca Podre" conseguiu jogar na lama todo o trabalho do Barão do Rio Branco e de seus seguidores. A diplomacia brasileira, que ofereceu ao mundo exemplos de atuação como Alexandre de Gusmão, Rui Barbosa, e mais recentemente Sérgio Vieira de Mello, foi completamente desmoralizada após os fiascos ocorridos nos episódios em que pretendeu interferir equivocadamente em assuntos internos de países como Honduras (caso Zé Laya), Paraguai (deposição legal do bispo reprodutor), Venezuela (apoio ao então candidato chavista), e inúmeras outras cagadas promovidas pelo Megalonanico hoje empoleirado no Ministério da Defesa e pelo Antonio da Patota, que se sujeitaram a ser comandados pelo Chanceler da Boca Podre, deixando que a honorabilidade de sua carreira fosse pelo ralo.

AMERICANOS, FIQUEM ATENTOS: EX-PRESIDENTE LULA TERÁ COLUNA MENSAL NO "NEW YORK TIMES"




O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 67, assinou na segunda-feita (22) nos Estados Unidos um contrato com o jornal norte-americano "The New York Times" para escrever uma coluna mensal que será distribuída pela publicação. Segundo o UOL apurou, a coluna não deve ser publicada em veículos brasileiros por exigência do próprio Lula.
 
Comentário: Como é possível o jornal "The New York Times" dar voz a um dos maiores animadores contra os USA que fez por inúmeras vezes coro junto aos maiores ditadores sanguinários proclamando guerra ao capitalismo americano. Lula da Silva é um dos maiores crápulas que faz o discurso falso da "fome e miséria", mas sempre com o olho esticado no dinheiro alheio. Quem não se lembra de seu amigo Hugo Chávez esgoelando-se em ódio contra os Estados Unidos. Os dois jovens terroristas são capturados pela polícia americana, um deles, é assassinado recentemente no atentado em Boston, e deixam esse perigosíssimo ajudante de terrorista "escrever" no espaço americano? Quais os cuidados que os americanos devem ter com esse tipo de gente que se infiltra?
 
 

24 de abril de 2013
movcc
 

ONU: OBSCURANTISMO TARDA MAS NÃO FALHA

Há dois anos, comentei o livro Deutschland schafft sich ab (A Alemanha se destrói), de Thilo Sa rrazin, no qual ex-diretor do Bundesbank e membro do Partido Socialdemocrata Alemão (SPD) acusa os imigrantes turcos e alemães de constituírem “o coração do problema”, devido à sua escassa integração e sua dependência massiva das ajudas sociais. Em 2009, às vésperas do 20º aniversário da queda do Muro, em entrevista para a revista Lettre International, dizia Sarrazin:

“A integração requer um esforço por parte de quem quer se integrar. Eu não respeito quem não quer fazer este esforço. Não tenho porque reconhecer aqueles que vivem das ajudas públicas, mas negam a autoridade do Estado que as outorga, não educam seus filhos e produzem constantemente mais meninas com véus. Isto vale para 70% da população turca e 90% da população árabe em Berlim”.

E mais: alegou que os imigrantes muçulmanos "produzem constantemente meninas com lenços na cabeça" e faziam parte de "uma subclasse que não faz parte do ciclo econômico normal. Um grande número de árabes e turcos (em Berlim) não têm nenhuma função produtiva a não ser no comércio de frutas e verduras".

O autor ainda alertava: “A gente que bebia no bar do Titanic tampouco se dava conta de nada: a orquestra tocava, todo mundo estava bem, e nas primeiras horas ninguém notou o problema. Apesar disto, estavam condenados à morte, porque a água continuava entrando na nave”.

Tais denúncias têm sido condenadas pelas esquerdas européias, em nome do tal de multiculturalismo, como racistas e xenófobas. A defesa do ilícito virou norma entre os intelectuais do Velho Continente: os imigrantes ilegais têm todo o direito a permanecer em território europeu. Foi criado até mesmo um neologismo inadequado para definir quem defende o Estado de direito: islamofobia. Literalmente, medo do Islã. Ora, os europeus não têm exatamente medo do Islã. Têm, isto sim, é asco.

Intelectuais de esquerda julgaram ofensivas as observações de Thilo Sarrazin sobre os imigrantes muçulmanos, embora os promotores tenham rejeitado as acusações, citando as leis de liberdade de expressão. No entanto, um comitê da ONU – esse festival permanente de discursos inúteis - discordou e acusou a Alemanha de violar uma convenção anti-racismo.

O obscurantismo tarda, mas não falha. O comitê para a Cerd (Eliminação da Discriminação Racial) repreendeu a Alemanha com um texto forte, dizendo que o país violou uma convenção internacional. É o que dizem os jornais. O que está em jogo são aquelas declarações polêmicas feitas em 2009, sobre turcos e os árabes, que segundo Sarrasin, sugavam o governo e eram incapazes de se integrar, entre outras coisas.

De acordo com o Comitê da ONU, as palavras de Sarrazin constituíram uma violação da Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. Ou seja, afirmar o óbvio virou crime. Fica proibido afirmar que imigrantes árabes e turcos vivem à custa da generosidade européia. A ONU está tentando transformar a Europa, berço da democracia e da livre expressão do pensamento, em republiqueta de Terceiro Mundo, onde impera a vontade de quem tem detém o poder. Pretenderá a ONU proibir o livro de Sarrazin?

"Esta é uma decisão histórica", disse a TBB Turkish Union, a organização cultural que submeteu o caso ao comitê, numa declaração feita na quinta-feira passada. "O Cerd determinou que os comentários de Sarrazin atingem um sentimento de superioridade racial ou ódio racial e contêm elementos de incitação à discriminação." Afirmar o óbvio agora é racismo.

Há mais de três anos, comentei Os últimos dias da Europa, no qual o historiador alemão Walter Laqueur analisa os problemas da imigração africana e muçulmana na França, Alemanha, Reino Unido e Espanha. Para dar uma idéia do livro, vou ater-me ao Estado alemão que, a crer-se no relato do autor, rendeu-se definitivamente à barbárie islâmica.

Laqueur nos traz relatos insólitos dos bairros de Kreutzberg, Wedding, Neukoelln e outros habitados por turcos. Neles existem bancos, agências de viagem, lojas e consultórios médicos turcos. Rapazes param as pessoas nas ruas e lhes dizem que, se não são muçulmanas, devem deixar as redondezas. Isto não é sentimento de superioridade racial ou ódio racial.

As crianças alemãs têm sido expulsas de playgrounds. Na escola, os não-muçulmanos são pressionados a jejuar durante o ramadan, as garotas não-muçulmanas são coagidas a usar roupas parecidas com as das garotas muçulmanas ou, pelo menos, saias, calças ou camisetas que não sejam consideradas indecentes. Pais de estudantes tiveram conhecimento de que, sejam quais forem as orientações que a escola lhes dê, a mesquita e suas aulas têm sempre a prioridade. Isto também não é um sentimento de superioridade racial ou ódio racial. Muçulmano pode discriminar à vontade. Alemão não pode nem criticar.

O Cerd também fez um ultimato à Alemanha, dando ao país 90 dias para informar ao comitê sobre as medidas que tomará para lidar com a opinião. Ele também recomendou que o país "reveja suas políticas e procedimentos em casos de suposta discriminação racial" e distribua amplamente essas informações aos promotores e órgãos judiciais. A tendência da Alemanha é abrir as pernas. "O documento com a opinião do comitê está no Ministério da Justiça e será revisto", disse o governo ao jornal Der Tagesspiegel.

A ONU quer entregar os europeus de pés e mãos atadas aos bárbaros. Sem que possam exercer sequer o direito de protestar. Se bem conheço os bois com que lavro, em breve a moda chega até nós.


24 de abril de 2013
janer cristaldo 

FACE LENHOSA

Dilma mente ao negar que está em campanha, mas deveria informar quando começará a governar

 

Dilma Vana Rousseff, a companheira Vanda, aprendeu rapidamente as lições de mitomania ministrada por seu mentor eleitoral, o lobista-fugitivo Luiz Inácio da Silva.

Com a campanha pela reeleição lançada com quase dois anos de antecedência, em fevereiro, pelo próprio Lula, a presidente agora alega que não pensa no assunto e que não trabalha para tal.

Durante exposição do músico Carlinhos Brown no Palácio do Planalto para o lançamento oficial da “caxirola”, instrumento sonoro que atormentará os amantes do futebol durante a Copa de 2014, Dilma negou que esteja em campanha. “Talvez a única pessoa que não tem interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu”, disse.

A única coisa que Dilma Rousseff tem feito nos últimos meses é adotar medidas que beneficiem uma campanha escancarada e que cambaleia no limiar do abismo da crise econômica.
Por viver em um país que ainda é democrático, Dilma pode dizer o que bem quiser, mas é preciso lembrar que suas declarações são mentirosas.
A seu mando, o governo tem dificultado o repasse de verbas a estados governados por membros de partidos que lhe fazem oposição ou serão concorrentes na corrida presidencial. É o caso de Eduardo Campos, governador de Pernambuco.

Dilma, sem qualquer dose de constrangimento, vem usando a máquina estatal para encurralar Eduardo Campos, cada vez mais forte como candidato à sucessão presidencial.
A pressão começou com o envio de arapongas do governo para monitorar no porto pernambucano de Suape os sindicalistas que se opõe à MP dos Portos. Primeiro capítulo de uma batalha que promete ser imunda, a ação foi intimidatória e típica de regimes de exceção.

Dilma deveria de fato abandonar a campanha e informar aos brasileiros quando começa de fato o seu mandato, pois nos últimos dois anos o Brasil viveu à sombra da incompetência de um governo que conduz a nação como se essa fosse um boteco chinfrim de porta de fábrica.

Esse discurso visguento e falso de que não Dilma não está em campanha encontra explicação na necessidade de o governo encontrar uma fórmula mágica, talvez uma varinha de condão, para liquidar a crise que atormenta cada vez mais o brasileiro.
E isso não acontecerá nos próximos dois anos. Por isso a mentira vociferada pela presidente, que sabe ser o desgoverno que comanda o pior de todos os palanques eleitorais.

24 de abril de 2013
ucho.info

VISÃO OBTUSA

Dilma tenta enganar prefeitos e o povo com discurso da desoneração da folha de pagamento

 

A desoneração da folha de pagamento de diversos setores da economia é a forma encontrada pelo governo federal de manter o nível de emprego no País, disse Dilma Rousseff na noite de terça-feira (23) durante a abertura do 2º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, realizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

“Porque nós precisamos, sem demitir ninguém, ter o custo da mão de obra mais barato e a forma de reduzir o preço da mão de obra é reduzir a folha de pagamento das empresas.

Nós hoje somos um país que tem um dos menores índices de desemprego no mundo, 5,7%. Esse menor nível de desemprego permite também que nós tenhamos um mercado pujante, uma demanda imensa sobre o setor de serviços e permite também que nós tenhamos junto o controle da inflação”, disse a presidente.

Dilma pode enganar a todos por muito tempo, mas não o fará durante o tempo todo. A desoneração da folha de pagamento, que é temporária, é saída que o governo encontrou para reverter momentaneamente a crise econômica e garantir o eventual sucesso do projeto petista de deixar a presidente por mais quatro anos no Palácio do Planalto, a partir de janeiro de 2015.

A economia está sendo corroída pela inflação e o governo insiste em não promover as mudanças necessárias para eliminar o processo inflacionário. Essas mudanças exigiriam medidas impopulares, que Dilma não tomará para não prejudicar seu projeto de reeleição. Prova maior dessa situação foi a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de aumentar em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juro.

Ínfima e inócua, a decisão do Copom serviu apenas e tão somente para aumentar o valor da dívida interna do País, pois de resto soou como um fraco sopro de um paciente terminal. O Brasil está a um passo do precipício em termos econômicos, mas o governo do PT insiste em adotar medidas pontuais, tão inócuas quanto tardias.

O melhor exemplo é a desoneração do processo de produção do etanol, que só aconteceu para evitar que o setor sucroalcooleiro penda para a fabricação. Ao mesmo tempo, a medida serve para aumentar a oferta de etanol no País e minimizar o preço da gasolina, impedindo a alta da inflação. Tudo muito utópico e burro, além de ser excessivamente tardio.

24 de abril de 2013
ucho.info

COISA DE DOIDO OU DE QUEM COMEU TITICA

COLUNA DE LULA NO THE NEW YORK TIMES É PRÊMIO À INCOMPETÊNCIA DE ALGUÉM QUE BENEFICIOU OS EUA

 

Beira o inimaginável um jornal com a importância e a respeitabilidade do “The New York Times” ter entre seus colunistas o peremptório embusteiro Luiz Inácio da Silva, protagonista-mor do período mais corrupto da história brasileira.

Acusado de ter se beneficiado materialmente na esteira do escândalo do Mensalão do PT e investigado pela Polícia Federal por causa do escândalo de corrupção que teve a compra de parlamentares como pano de fundo, Lula selou a parceria com o tabloide nova-iorquino na terça-feira (23).

Apedeuta conhecido e avesso à leitura, como ele próprio já confessou, Lula por certo contratará um “ghost writer” para destilar pílulas de comunismo de boteco na terra do capitalismo. E o fará com a missão de defender o socialismo burro e atrasado que reina na América Latina, levando as nações ao atraso e o povo à miséria pasteurizada.

O convite do NYT a Lula só pode ser um prêmio à incompetência do petista que, como falso Messias, levou o Brasil ao buraco em apenas uma década. Prova disso é o apagão de infraestrutura que o País enfrenta, tornando sem competitividade a soja e o milho brasileiros diante dos similares ianques.

Lula deveria ser mais cauteloso em suas incursões na Terra do Tio Sam, pois alimentar o seu ego doentio pode lhe render problemas com a Justiça local, sempre implacável com os corruptos e suas hordas.

O que se sabe a respeito do escândalo do Mensalão do PT é a ponta de um iceberg formado pelo congelamento da água imunda que corre nas canaletas da corrupção verde-loura, algo que ganhou força com a chegada do petista ao poder central.

Lula que tome cuidado com esse excesso de exposição nos Estados Unidos, tomando como exemplo a falsa sensação de impunidade que sempre emoldurou a existência de Paulo Salim Maluf, agora um procurado pela Interpol graças à decisiva e importante atuação de Robert Morgenthau, então promotor de Manhattan.

24 de abril de 2013
ucho.info

PERDOA-ME POR ME TRAÍRES

 


O vazamento na revista Veja das investigações administrativas sobre Rosemary Nóvoa de Noronha, a “Rose do Lula”, que dirigia o gabinete presidencial em São Paulo, tem certos detalhes curiosos.

As investigações sobre as atividades de Rose foram sigilosas; e o relatório, entregue à Casa Civil da Presidência da República, também era secreto. Se secreto era, como apareceu na imprensa?

Vamos combinar que seria muito difícil um repórter, por mais hábil e competente, entrar sem ser notado na Casa Civil, ir direto à sala e à gaveta onde estava o relatório, copiá-lo discretamente e cair fora como se invisível fosse. Como um relatório bem educado não sai sozinho de sua gaveta (e, se o fizesse, teria grandes dificuldades em voltar para casa), resta então apenas uma hipótese: alguém com amplo acesso a ele entregou uma cópia à revista.

Abre-se então o leque: algum funcionário, eventualmente; algum dos responsáveis pela elaboração do relatório; ou alguém influente, interessado não em Rose, especificamente (embora, dentro do Governo, muita gente não goste dela, por considerá-la arrogante), mas em seu grande padrinho político.
O caso Rose incomoda o ex-presidente Lula, tanto que, desde que a questão se tornou pública, ele parou de dar entrevistas. Faz mais cinco meses que ele não recebe repórteres brasileiros – e, se há algo que o incomode, é ficar longe dos microfones. É Governo contra Governo.
Na linguagem de guerra, é fogo amigo. Na linguagem política, é “cuidado com meus amigos que com meus inimigos eu sei lidar”.

Resumo da obra

O título da nota anterior foi copiado de uma peça de Nelson Rodrigues, de 1957. Sinopse da peça: Glorinha, adolescente de 15 anos, de classe média, é levada pela amiga Nair a trabalhar num bordel de luxo, que só recebe gente muito influente, incluindo políticos importantes.

Aos poucos, seu tio Raul (que, na primeira temporada da peça, foi interpretado pelo próprio Nelson Rodrigues), lhe revela o passado da família.
A peça estreou há 56 anos, mas a vida continua.

Alô, grileiro! Devolva!

O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal que execute uma sentença de 2011 e retome para a União as terras da Fazenda Curuá, no Pará. As terras têm 4,5 milhões de hectares, maior que alguns países.

São o maior caso de invasão de terras públicas do mundo. A empresa que tomou ilegalmente a gleba, a Indústria, Comércio, Exportação Navegação do Xingu Ltda., faz parte do Grupo C. R. Almeida, que nasceu como empreiteira. O procurador da República Felício Pontes Jr. pediu também à Justiça que questione a Funai sobre ocupação ilegal de terras indígenas na área.

O Grupo C. R. Almeida, condenado pela grilagem, é também um dos maiores concessionários de estradas do país, que incluem o sistema Anchieta-Imigrantes e a ligação entre Curitiba e o Porto de Paranaguá.

Questão legal

Para acompanhar o caso, o endereço é http://goo.gl/JCQ9K. O processo é o de número 0044157-81.2010.4.01.3900 – 9ª Vara Federal em Belém.

Justiça que tarda é falha

Quase 20 anos depois do Massacre do Carandiru, em que 111 presos foram mortos na invasão do presídio pela tropa de choque da Polícia Militar paulista, 23 policiais foram condenados, cada um, a 156 anos de prisão.
Não serão presos, entretanto; os que permanecem na ativa na ativa continuarão, até que se esgotem os recursos possíveis. De acordo com os cálculos do promotor Mário Friggi, o prazo para que os recursos se esgotem é de aproximadamente dez anos.

Um julgamento curiosíssimo: as testemunhas, por exemplo, foram chamadas a lembrar detalhes do que ocorreu há 20 anos, quando o presidente da República era Collor e Romário e Bebeto formavam a dupla de área da Seleção.
Os condenados receberam sentenças de 156 anos de prisão, convertidos em 30 (pena máxima pela lei brasileira), dos quais cumprirão cinco em regime fechado, se tiverem bom comportamento. Isso só depois de passado o longo prazo para recursos.
Não se discute o mérito da sentença: mas, com a demora, Justiça isso não é.

Pois é

O ex-presidente Lula assinou contrato com o The New York Times para enviar-lhe uma coluna mensal, que o jornal publicará no seu portal noticioso e distribuirá internacionalmente, exceto para o Brasil.
O pedido para não ser divulgado no Brasil foi feito pelo próprio Lula. A coluna de Lula deve tratar de política e economia, além de iniciativas para combate à fome e à miséria. O valor do contrato de Lula com o jornal americano não foi divulgado.

Com outros olhos

Não reclame: desta vez, a passeata na avenida Paulista, SP, que começa em frente à Fiesp, merece o apoio de todos. A caminhada comemora o Dia Internacional do Cão-Guia, hoje, dia 24, e é promovida pelo Instituto Íris, organização que se dedica a oferecer gratuitamente os caríssimos cães-guia a deficientes visuais.

A formação de um cão-guia é lenta, requer altos investimentos e profissionais especializados. O déficit, no Brasil, é de 12 mil cães-guia. Vale apoiar: um animal treinado muda para muito melhor a vida de quem o recebe.

24 de abril de 2013
Carlos Brickmann

CONFORMADOS E PREGUIÇOSOS, BRASILEIROS SE CALAM DIANTE DE AVAL DO BC À BISONHA FUSÃO ITAÚ-BMG

 


Escárnio oficial – Em um país minimamente sério e com um povo sabedor de seus direitos e conhecedor da lógica, algumas decisões tomadas pelo governo brasileiro jamais seriam aceitas, não sem antes provocarem protestos dos mais variados.

Mas no Brasil, essa terra de ninguém, o mais importante até dias atrás era tirar o deputado Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos, como se vivêssemos em um reduto de probidade e acertos.

Na terça-feira (23), sem que a massa pensante da população se manifestasse, o Banco Central (BC) aprovou a associação entre o Itaú-Unibanco e o Banco BMG na área de crédito consignado, sob a alegação de que “a operação não gera efeitos adversos à concorrência no mercado avaliado e que apresenta viés pró-concorrencial”.

 Desculpa no complexo “economês” para que a opinião pública não perdesse tempo em entender o negócio que resultou na criação do “Banco Itaú BMG Consignado”.
Que essa parceria bisonha aconteceria todos sabiam, mas é preciso ressuscitar fatos recentes que comprometem a decisão do governo do PT, que chegou ao poder central, em janeiro de 2003, no vácuo do discurso mentiroso da transparência e da retidão.

O mais importante empréstimo consignado feito pelo BMG foi ao Partido dos Trabalhadores, operação que recheou o escândalo de corrupção que ficou mundialmente conhecido como Mensalão. Os empréstimos concedidos ao PT pelos bancos BMG e Rural foram classificados por ministros do Supremo como fraudulentos, quando na verdade foram fictícios.

A explicação para essa epopeia bancária torna-se simples a partir do momento que a recente história política do PT é analisada com mais atenção e afinco. É sabido que no mundo do capitalismo inexistem benemerências e que banqueiros não acordam diariamente para caridades.

O dinheiro arrecadado com a cobrança de propinas em Santo André, no ABC paulista, estava depositado em contas bancárias no exterior e precisava ser repatriado de alguma forma.
E esse conjunto de empréstimos dúbios foi a saída encontrada pelos alarifes que ainda insistem em afirmar que o assassinato de Celso Daniel foi um crime comum. Coincidência ou não, o BMG conseguiu escapar do maçarico condenatório que foi aceso durante o julgamento da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal.

No contraponto, o Banco Itaú-Unibanco, que há muito investe em propaganda e marketing para vender aos clientes uma imagem de retidão, fechou os olhos para esse escárnio que emoldurou o maior escândalo de corrupção da história política brasileira.

Para quem não se recorda, essa parceria aprovada pelo BC torna-se ainda mais obtusa quando relembramos o moribundo fim do Banestado, instituição financeira que pertencia ao governo do Paraná e que mereceu uma CPI no Congresso Nacional, que deu em nada depois de um acordo espúrio com o PT.

O Banestado transformou-se, por meio das contas CC-5, em um misto de lavanderia financeira e catapulta de dinheiro ilegal para o exterior. A um passo da bancarrota, o Banestado acabou no colo do Itaú, através de operação capitaneada por fundos abutres de investimentos gerenciados pelo Goldman-Sachs. Os chamados créditos podres foram comprados por valor simbólico, sem que aos devedores fosse dado o mesmo privilégio, ou seja, o da quitação das dívidas com acintosos descontos.

Antes de assumir a operação do Banestado, o Itaú aguardou a liquidação da polêmica agência de Nova York do outrora banco estatal paranaense. A ordem para essa faxina de liquidação partiu de Tereza Grossi, então funcionária do Banco Central, que disparou para a mais badalada cidade do planeta um dos seus estafetas, o polêmico Vânio Aguiar. Para quem não se recorda, Tereza Grossi foi condenada pela Justiça Federal, juntamente com antigos parceiros do BC, na operação de salvamento dos bancos Marka e Fontecindam.

No mundo as coincidências simplesmente inexistem, exceto quando o vil metal fala mais alto. Por causa desse apêndice permissivo da regra, a coincidência fez com que Tereza Grossi acabasse na diretoria do Itaú, enquanto Vânio Aguiar abocanhava o cargo de liquidante do Banco Santos, cuja falência classificamos, sem receio de qualquer equívoco, como uma das mais covardes operações do mercado financeiro verde-louro.

24 de abril de 2013
ucho.info

PEDRO SIMON CRITICA DURAMENTE O PT E A PRESIDENTE DILMA POR CONTA DO CASUÍSMO CONTRA MARINA SILVA

 


Tiro ao alvo – Senador pelo PMDB gaúcho, Pedro Simon não poupou palavras nesta quarta-feira (24) para criticar a ação coordenada pelo PT e operada pelo governo.

No plenário do Senado Federal, Simon afirmou que Dilma começa a perder a credibilidade, algo que se um dia existiu foi apenas e tão somente por causa das esmolas sociais que garantem os resultados dúbios das pesquisas de opinião.

“Dilma começa a perder a credibilidade, aparecendo como política vulgar ao tentar impedir que Marina crie partido, enquanto o PT esquece sua história e se submete ao Palácio”, afirmou Pedro Simon.

De acordo com o texto do projeto de lei em questão, parlamentares que ingressarem em novos partidos não carregarão o tempo de rádio e TV e os recursos proporcionais que detinham em suas siglas de origem.
A nova norma é considerada casuísmo por Simon, porque atinge principalmente o partido que Marina Silva tenta criar, “Rede de Sustentabilidade”.

“Há pouco tempo foi permitida a criação do partido de Kassab, porque vinha apoiar o governo e agora mudam-se as regras para tirar Marina do jogo eleitoral”, desabafou Simon.

Fato é que a preocupação de Dilma Rousseff, que vem perdendo a confiança da população, está não apenas em Marina Silva, mas em todos os que acenam com candidaturas de oposição, como é o caso do governador Eduardo Campos (Pernambuco), presidente nacional do PSB.

Considerando o fato de que Dilma Rousseff dificilmente vencerá a eleição de 2014 no primeiro turno, uma aliança dos adversários na segunda etapa da corrida presidencial colocaria a presidente em situação de extrema dificuldade.

24 de abril de 2013
ucho.info

PROFECIAS DO DIABO

    
          Artigos - Cultura 
satainconciliogustavedoreO socialismo é substantivamente a unificação do poder político com o poder econômico, dissolvendo uma das principais garantias da liberdade na sociedade capitalista e anunciando a formação de uma superclasse governante onipotente e praticamente indestrutível.

Uma vida repleta de ocupações não tem permitido dar às minhas idéias a exposição escrita toda arrumadinha que algumas delas merecem.
Espalho-as, de maneira fragmentária e anárquica, em artigos, aulas e conferências, na vaga esperança de que, após a minha morte, alguma alma caridosa junte as peças e as monte em equipamentos mais utilizáveis pelo grande público.

Uma delas é a do poder imanente dos significados embutidos nos símbolos históricos. Ela diz, resumidamente, o seguinte:

A história é feita das livres escolhas e decisões humanas, mas, quando os homens se deixam guiar por idéias e símbolos cujo integral significado lhes escapa no momento, esse significado invisível acaba por se manifestar à plena luz do dia sob a forma de fatalidades históricas incontroláveis.

Mesmo depois do fato consumado ainda existe alguma dificuldade em perceber que já estavam enunciadas na formulação originária. Essa dificuldade emana do hábito moderno do pensamento metonímico, que concebe as propostas de ação tão somente por uma parte das suas qualidades autoproclamadas, sem sondar o sentido substantivo da ação planejada, e portanto, sem atinar com suas conseqüências inevitáveis.

Na história sacra e profética, esses desenvolvimentos anunciam-se previamente de maneira nítida.
O Antigo Testamento prevê com clareza o destino tormentoso dos judeus, e o Novo anuncia a autodecomposição da Igreja, que hoje, diante dos nossos olhos, enche de temor as almas dos crentes atônitos.

Na história profana, os símbolos vêm encobertos por densas camadas de confusão metonímica. A progressiva manifestação do seu significado simula, no quadro histórico maior, a evolução de uma neurose desde um trauma de infância longamente esquecido.

Assim como Hegel falava de uma “astúcia da Razão”, que conduzia os homens sem que eles o percebessem, pode-se perfeitamente falar de uma “astúcia do inconsciente”, em que os símbolos carregados de esperança guiam a humanidade em direção a catástrofes e sofrimentos.

Um exemplo é o projeto socialista, que se apresenta como “socialização dos meios de produção” em nome de uma “sociedade sem classes”. Por trás desses slogans, o socialismo é substantivamente a unificação do poder político com o poder econômico, dissolvendo uma das principais garantias da liberdade na sociedade capitalista e anunciando a formação de uma superclasse governante onipotente e praticamente indestrutível.

A profecia embutida não é discernível somente na formulação das teorias e propostas, mas também nos símbolos que as condensam para a imaginação popular. De algum modo, a letra do hino da Internacional comunista, composta em 1871 por Eugène Pottier e posta em música em 1888 por Pierre De Geyter, a qual, até hoje, fascina a mente das multidões militantes com a imagem da bela sociedade igualitária, já contém, na sua primeira estrofe, o anúncio da debacle apocalíptica que veio a constituir a história do comunismo.

Mesmo depois da queda da URSS, no entanto, essa profecia continua tão mal compreendida que muitos tentam ainda realizá-la por meios novos, mais inventivos e mais desnorteantes, enganando-se a si mesmos com uma feroz devoção ainda mais intensa e louca do que aquela que guiou os pioneiros da ditadura soviética.

Ao conclamar ao grande empreendimento da revolução socialista os “danados da terra” e os “condenados da fome” (“les damnés de la terre, les forçats de la faim”), o poema já insinua que quem os convoca à ação é, hegelianamente, “a Razão”, a deusa inspiradora de 1789. No entanto, de onde vem a voz dessa divindade? “La raison tonne en son cratère”: a Razão faz-se ouvir como o ronco temível de um trovão que, paradoxalmente, não vem dos céus, mas das profundezas de uma cratera.

Ela é aí concebida, com toda a evidência, não como um ideal superior que acena aos homens desde uma altura divina, mas como uma força ctonica, subterrânea, infernal. Há uma lógica dentro dela, mas é a lógica da astúcia demoníaca, aquela mesma com que Satanás surpreende o poeta no Inferno de Dante: “Tu non pensavi che’io loico fossi”:
“Não imaginavas que eu também fosse lógico”. A inevitabilidade interna do processo que inspira e dirige a ação das massas acaba indo, de fato, numa direção imprevista e catastrófica, mas nem por isso menos encadeada, com rigor implacável, a uma premissa obscura e mal compreendida.

Nem mesmo a geração de comunistas que foi levada ao desespero e até ao suicídio pela revelação dos crimes soviéticos em 1956 chegou a atinar, retroativamente, com a lógica trágica imanente ao ideal socialista. Todos explicaram o desastre como fruto acidental de traições e desvios, sem notar que com isso desmentiam no ato a sua própria teoria da necessidade histórica, na qual o acaso e os caprichos individuais contam para muito pouco, ou quase nada.

O verso seguinte é ainda mais eloqüente: “C’est l’éruption de la fin”. O fim emerge do ventre de um vulcão. Fim do quê? O verso não diz. A recepção metonímica aceita, sem exame, que é o fim das injustiças. Mas, com toda evidência, a expressão “o fim”, desacompanhada de um genitivo explícito, anuncia somente morte e destruição. E as palavras que vêm em seguida ressoam com um tom ainda mais sinistro: “Du passé faisons table rase”: apagar o passado, falsificar a história em nome de um apelo estimulante, tal tem sido, de fato, uma das principais ocupações da historiografia oficial esquerdista, induzindo as massas a entregar-se entusiasticamente à busca de um propósito cuja raiz desconhecem e cujos frutos, por isso, sempre hão de surpreendê-las com o sabor amargo de um enigma diabólico.


24 de abril de 2013
Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio.

A GUERRA CONTÍNUA DA ESQUERDA CONTRA AS MULHERES


          Artigos - Desarmamento 
Ann Coulter: uma arma na mão de uma mulher maltratada muda a dinâmica do poder
O New York Times não quer que as mulheres tenham uma chance de lutar. Em vez disso, continua fazendo pressão por políticas desarmamentistas.

O jornal New York Times causou surpresa com seu longo artigo de 17 de março escrito por Michael Luo a respeito da recusa dos tribunais estaduais de tirar as armas das mãos de homens em situações de violência doméstica.
 
O objetivo principal do artigo era alfinetar a mais antiga organização de direitos civis dos EUA, a Associação Nacional de Rifles (National Rifle Association), por se opor a algumas das propostas desarmamentistas mais avançadas sendo discutidas nos legislativos estaduais, como a que permite aos tribunais confiscar as armas de uma pessoa com base em uma liminar.
 
É uma posição nova para os esquerdistas, a de se opor aos direitos do acusado. Geralmente o jornal Times pede para que até criminosos condenados tenham direito a voto, sentenças brandas, operações de mudança de sexo e refeições vegan (sem nenhum tipo de proteína animal) na prisão.
 
Outro artigo recente do Times sobre as comunidades que estão tentando manter criminosos sexuais fora de suas vizinhanças citava o dito esquerdista: “É contraproducente para a segurança pública, pois quando não temos nada a perder, estamos muito mais propensos a cometer um crime do que quando estamos reconstruindo a vida”.
 
Mas isso foi sobre estupradores de crianças condenados. Isto é sobre armas, então valem outras regras.
Como costuma ser o caso quando esquerdistas começam a propor restrições a armas, presumem que apenas os homens serão desarmados pelas leis que pretendem tirar armas de pessoas sujeitas a liminar.
 
Mas essas liminares não são tão difíceis de se conseguir. Mas não ocorre para os esquerdistas que um homem violento poderia também conseguir uma contra a esposa, sendo suas acusações verdade ou não.
 
Em vez de ajudar as vítimas de violência doméstica, essa proposta (e outras do New York Times sobre armas) só irá garantir que mais mulheres sejam assassinadas. Uma arma na mão de uma mulher maltratada muda a dinâmica do poder muito mais do que tirar uma arma das mãos do seu agressor, que geralmente pode matar a esposa de diversas formas.
 
A grande maioria dos estupradores, por exemplo, não se dá ao trabalho de utilizar uma arma porque, conforme destacou o famoso criminalista Gary Kleck, eles costumam ter “uma grande vantagem de poder sobre a vítima”, tornando o uso da arma redundante.
 
Como o Times chega a admitir no parágrafo 400: “Na verdade, nem sempre ficou claro que tal ordem (tirar armas do acusado de maltratar a esposa) teria evitado as mortes”.
 
Não diga! Em um dos casos citados pelo Times, Robert Wigg arrancou uma porta da dobradiça e a usou para ameaçar a esposa, Deborah, depois de tê-la jogado no chão pelos cabelos.
 
Deborah Wigg saiu de casa, conseguiu uma ordem de restrição contra o marido e pediu o divórcio. Mas as portas não foram um impedimento para Robert Wigg. Ele apareceu em sua nova casa e rapidamente arrombou a porta e a assassinou.
 
Por acaso ele utilizou uma arma, mas poderia ter usado os punhos. Ou uma arma ilegal, caso a justiça tivesse tirado sua arma legal. Ou outra porta.
 
Enquanto seu marido estava arrombando a porta, Deborah ligou para os pais e para a polícia. Seus vizinhos também ligaram para a polícia. Mas não chegaram a tempo. Até seus pais chegaram à casa antes dos policiais, e encontraram o corpo da filha assassinada.
 
A ordem de restrição não ajudou Deborah Wigg; a polícia não ajudou; os vizinhos e pais não ajudaram. Se apenas ela tivesse uma arma e soubesse usá-la, depois de ignorar tudo o que Joe Biden disse sobre o assunto, talvez tivesse salvado a própria vida.
 
Vários estudos, incluindo um realizado pelo Instituto Nacional de Justiça, órgão de pesquisa do Departamento de Justiça americano, mostra que vítimas de crimes que reagem com uma arma possuem menos chances de sair feridas do que as que não resistem de forma alguma, ou que resistem desarmadas. Isso vale até para quando o assaltante está armado.
 
O conselho dos esquerdistas para as vítimas de estupro e violência doméstica é: “Relaxa e goza”. O conselho do Times é: Consiga uma ordem de restrição. O conselho da Associação Nacional de Rifles é: Estoure os miolos do desgraçado. Ou, para os mais delicados: Reaja com uma arma, somente pelos meios necessários para impedir o ataque.
 
Aparentemente, muitas das mulheres abusadas preferem não relaxar e deixar acontecer. Observando os dados de Detroit, Houston e Miami, o casal de psicólogos Margo Wilson e Martin Daly descobriu que a grande maioria das mulheres que mataram seus maridos não foi sequer processada, muito menos condenada, porque se descobriu que elas agiram em autodefesa.
 
Mas o New York Times não quer que as mulheres tenham uma chance de lutar. Em vez disso, continua fazendo pressão por políticas desarmamentistas que não apenas não irão impedir homens violentos de assassinar suas esposas, mas também irão desarmar suas vítimas almejadas.

24 de abril de 2013
Ann Coulter
Tradução: Luis Gustavo Gentil

Do WND: Left’s continuing war on women

NA REVISTA VEJA: ARTIGO ENGANADOR SOBRE A ANTÁRTIDA E O AQUECIMENTO CLIMÁTICO

    
          Media Watch - Outros 
A revista “Veja” publicou em seu site, no dia 15 de abril, matéria que dificilmente seria mais habilmente apresentada para ludibriar o leitor.

O título bate no realejo do aquecimento climático planetário que vem sendo abandonado em países mais bem informados: “Degelo na Antártida aumentou 10 vezes em 600 anos”. O subtítulo acentua o alarme: “derretimento intensificou-se na segunda metade do século XX, diz estudo”.

O artigo se apoia numa pesquisa publicada pela revista Nature Geoscience. Ela é de autoria dos cientistas Nerilie J. Abram, Robert Mulvaney, Eric W. Wolff, Jack Triest, Sepp Kipfstuhl, Luke D. Trusel, Françoise Vimeux, Louise Fleet e Carol Arrowsmith, patrocinados pela grande Universidade Nacional da Austrália.

O leitor que passa rápido sobre matéria tem ali tudo para sair impressionado pelo aquecimentismo catastrofista: a Antártida toda estaria derretendo em proporções desusadas, notadamente desde a intensificação do desenvolvimento industrial no século XX.

O estudo, entretanto, concentrou-se num local específico, a ilha James Ross, que fica fora do Círculo Polar Antártico, no norte da Península Antártica, e em partes da Antártica ocidental.

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Península Antártica, onde fica a Ilha de Ross: generalizar dados ao continente todo é erro primário

O contrapelo da NASA
Talvez se precavendo de críticas e para salvar a imagem de imparcialidade, a página da “Veja” acrescenta um link:"Leia também: Nasa afirma que camada de gelo encolhe no Ártico, mas se expande na Antártida".

Em meio a imensas oscilações interanuais e locais,  o gelo da Antártica está crescendo 1% cada década.  A linha amarela indica a média da expansão invernal.  Podem se apreciar diminuições na Antártica Ocidental (à esquerda)  e expansões em muitos outros pontos
Em meio a imensas oscilações interanuais e locais,
o gelo da Antártica está crescendo 1% cada década.
A linha amarela indica a média da expansão invernal.
Podem se apreciar diminuições na Antártica Ocidental (à esquerda)
e expansões em muitos outros pontos
Nesse link encontramos afirmado pela NASA exatamente o oposto do que diz o habilidoso artigo alarmista de “Veja”.

A matéria da NASA afirma, em concordância com numerosos e vastos estudos sobre a Antártida, que “houve um aumento geral na camada de gelo marinho na Antártida, que é o contrário do que acontece no Ártico”, segundo Claire Parkinson, cientista do Centro Goddard da NASA. “Entre 1978 e 2010, a extensão da Antártida cresceu 17 mil quilômetros quadrados por ano”, acrescentou ela.

No artigo “Alarma mundial porque uma pedra de gelo se derrete num copo. Enquanto isso, um elefante entra no salão” apresentei mais dados sobre o crescimento da superfície gelada da Antártida. Esse aumento desde 1979 supera a superfície do Estado de Texas (676.586,95 km²), deixando bem atrás a superfície de Minas Gerais: 586.528 km².

O título de “Veja” passa a ideia de que o oposto aconteceu nos últimos seis séculos. E, por meio de uma generalização improcedente, precipita o leitor na confusão e no erro.

Generalizações indevidas – provocadas talvez pela vontade do jornalista de fazer bonito para os responsáveis da redação ou de manifestar seu militantismo ideológico ambientalista – são frequentes no catastrofismo climático. Em qualquer caso, o resultado se soma à ofensiva antiocidental, anticivilizatória e anti-humana.

Balanço mal feito

A apresentação de “Veja” omite um dado indispensável para que o leitor não saia enganado. O aumento local anual das temperaturas e a rapidez do consequente degelo devem ser comparados com o fenômeno correlato e também anual do congelamento no inverno das superfícies que vão derreter no verão seguinte.

Mas o artigo de “Veja” funciona como um balanço contábil que só tem uma coluna: a de que mais gosta o “contador”.

O estudo citado pela NASA não cai neste erro primata: “A Antártida – diz – é um continente rodeado de águas abertas, que permitem ao gelo marinho expandir-se durante o inverno, mas que também oferecem menor proteção durante a temporada de degelo. A maior parte do gelo da região cresce e retira-se a cada ano, resultando em uma pequena quantidade de gelo perene na área”.


Claire Parkinson, responsável pelo estudo citado pela NASA, adota a teoria da mudança
climática, mas age com objetividade e esclarece que “o clima não muda de maneira uniforme. A Terra é muito grande e a expectativa, sem dúvida, seria que houvesse mudanças diferentes nas distintas regiões do mundo”.

Mas o artigo de “Veja” transfere os dados da ilha de Ross para a Antártida toda! E ainda sugere que o impacto pode ser planetário através do aumento (aliás, nunca verificado) do nível dos mares!

Estudo ponderado desfaz pânico
Entrementes, um outro estudo publicado na mesma revista Nature Geoscience explica a causa dos fenômenos detectados na Ilha de Ross, descartando o alarmismo preconcebido.



O esclarecedor estudo “Recent climate and ice-sheet changes in West Antarctica compared with the past 2,000 years”, foi elaborado por uma equipe muito mais numerosa liderada pelo pesquisador Eric J. Steig, do Quaternary Research Center and Department of Earth and Space Sciences, da Universidade de Washington, Seattle, EUA.


Este trabalho concluiu que:


Congelamento da superfície marítima no inverno é cada vez maior
Congelamento da superfície marítima no inverno é cada vez maior






























1) alterações na circulação atmosférica estão na base do derretimento referido na Península Antártica;

2) trata-se de alterações imprevisíveis de origem insuficientemente estudada até agora;

3) que alterações dessas vêm acontecendo há pelo menos 2.000 anos (e, portanto, não têm relação com o aquecimento global antropogênico); e por fim conclui:

4) que esta variabilidade representa uma fonte de incerteza permanente em tudo quanto se pode dizer sobre o derretimento do gelo na Antártida ocidental.

“Se pudéssemos olhar para essa região da Antártida nos anos 1940 e 1830, encontraríamos que o clima regional se assemelhava muito ao do dia de hoje, e acho que encontraríamos os glaciares se derretendo essencialmente como o fazem hoje” – comentou Eric Steig, líder desse trabalho ponderado e esclarecedor.

Em resumo, o derretimento no verão da Antártida é mais um sinal de que nada de anormal está acontecendo em matéria de derretimento!

“A análise apresentada mostra que o recente derretimento nessa área (Península Antártica), que causou recentemente uma boa dose de histeria nos círculos alarmistas, de fato é normal” [“Antarctic ice sheet melt 'not that unusual', latest ice core shows”].

"Tudo como d'antes no quartel de Abrantes"

Mais um estudo – “A synthesis of the Antarctic surface mass balance during the last 800 yr” – elaborado pelos pesquisadores italianos M. Frezzotti, C. Scarchilli, S. Becagli, M. Proposito e S. Urbini, do ENEA (Agenzia Nazionale per le nuove tecnologie, l’energia e lo sviluppo sostenibile) de Roma; do Departmento de Química da Universidade de Florença e do INGV (Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia) de Roma, chegou por outras vias à mesma conclusão desmistificadora do alarmismo.

Segundo os cientistas italianos, as mudanças no derretimento das geleiras antárticas são costumeiras há pelo menos 800 anos.

Mais ainda, o tamanho das geleiras antárticas está aumentando, com o crescimento das geleiras no Leste do continente compensando e superando as perdas das geleiras no Oeste.

Dado importante sonegado no “balanço de coluna única” do artigo de “Veja”: a velocidade do congelamento no inverno está num máximo comparável com a velocidade de derretimento no verão.

Conclusão dos cientistas italianos: não há prova alguma de estarmos diante de algo diferente de um ciclo natural!

“Tudo como d’antes no quartel de Abrantes” na Antártida.

E também no método de tapeação do alarmismo aquecimentista.


24 de abril de 2013

Luis Dufaur