Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
O MUNDO SEM CÂNCER
Há alguns meses circula na web este vídeo, no original, e em inglês. Agora, o mesmo vídeo em português, oportunidade única para que o grande público interessado neste assunto possa ter alguns conhecimentos sonegados à humanidade há pelo menos seis décadas, já traz uma pequena retratação. Uma grande culpa está sendo mitigada por estes punhados de dados verdadeiros, embora insuficientes e temeroso de abrir todo o dramático jogo da vida contra a morte.
O câncer têm cura? Não tem, até pelo conceito de câncer como doença carencial crônica. Mas há salvação com números superiores aos da quimiterapia e radioterapia, sós, ou associadas.
Mas vejamos essa história dramática onde o câncer não é tão maligno quanto a ciência que o oculta. Já conclamo à sociedade científica honesta, abnegada, que continua correndo os riscos e os "azares" de sempre, a rever posições. Precisamos rever o status moral dessa ciência. É a nossa vida que está em jogo.
O texto do vídeo.
1. Todas as pessoas têm células cancerosas no corpo. Estas células não aparecem nos testes-padrão até que tenham se multiplicado e atingido o número de alguns bilhões. Quando os médicos dizem aos pacientes de câncer que não há mais células cancerosas nos seus corpos depois do tratamento, isto quer apenas dizer que os testes são incapazes de detectar as células cancerosas porque não atingiram o número detectável.
2. Células cancerosas ocorrem de 6 a mais de 10 vezes ao longo da vida das pessoas.
3. Quando o sistema imunológico da pessoa está forte, as células cancerosas são destruídas e impedidas de se multiplicar e formar tumores.
4. Quando uma pessoa tem câncer, isto indica que ela tem múltiplas deficiências nutricionais. Estas podem ser decorrentes de fatores genéticos, do meio ambiente, da alimentação e do estilo de vida.
5. Para superar as múltiplas deficiências nutricionais, mudanças na dieta e a inclusão de suplementos fortificarão o sistema imunológico.
6. A Quimioterapia envolve o envenenamento das células cancerosas de rápido crescimento e também a destruição das células saudáveis também de rápido crescimento da medula óssea, do trato gastrointestinal etc, e causa danos a órgãos como o fígado, os rins, coração, pulmões, etc., por acabar de vez com as defesas imunógicas.
7. A radiação, enquanto destrói células cancerosas, também queima, deixa cicatrizes e danifica células sadias, tecidos e órgãos.
8. Os tratamentos iniciais com quimioterapia e radiação freqüentemente reduzirão o tamanho do tumor. Contudo, o uso prolongado da quimioterapia e da radiação não resultará em maior destruição do tumor.
9. Quando o corpo tem uma carga muito grande de toxinas da quimioterapia e da radiação, o sistema imunológico é ou comprometido, ou destruído. Em conseqüência a pessoa pode sucumbir por várias espécies de infecções e complicações.
10. Quimioterapia e radiação podem ocasionar mutações nas células cancerosas, tornando-as resistentes e difíceis de destruir. A Cirurgia também pode espalhar as células cancerosas para outros lugares.
11. Um meio eficaz de combater o câncer é fazer as células cancerosas passarem fome, não lhes dando os alimentos de que necessitam para se multiplicar.
AS CÉLULAS CANCEROSAS SE ALIMENTAM DE:
1. O açúcar é um alimentador de câncer. Ao eliminar o açúcar é cortada uma importante fonte de alimentação para as células do câncer.
Substitutivos do açúcar como Nutra Sweet, Equal, Spoonful, etc, são feitos com Aspartame, que é altamente prejudicial. Um substituto natural melhor seria mel Manuka ou melado, mas somente em pequenas quantidades. Sal de mesa tem uma substância química adicionada para lhe dar a cor branca. Melhor alternativa é o sal marinho.
2. O leite faz o corpo produzir muco, especialmente no trato gastro-intestinal. O câncer se alimenta de muco. Cortar o leite, e substituí-lo por leite de soja sem açúcar faz com que as células do câncer morram de fome
3. As células de câncer prosperam em ambientes ácidos. Uma dieta a base de carne é ácida e é melhor comer peixe e galeto em vez de carne de vaca ou de porco. Carne bovina também contém antibióticos para o gado, hormônio do crescimento e parasitas, que são prejudiciais, especialmente para pessoas com câncer.
4. Uma dieta com 80% de vegetais frescos e sucos, grãos integrais, sementes, nozes e um pouco de frutas ajuda a colocar o corpo num ambiente alcalino. Cerca de 20% destes alimentos podem e devem ser pouco ou nada cozidos, inclusive feijões. Sucos de vegetais frescos proporcionam enzimas ativas que são facilmente absorvidas e descem até o nível celular dentro de 15 minutos para nutrir e estimular o crescimento das células sadias. Para obter enzimas ativas para formar células sadias experimente e beba sucos de vegetais frescos (a maioria dos vegetais inclusive brotos de feijão) e coma alguns vegetais crus 2 ou 3 vezes ao dia. As enzimas são destruídas a temperatura de 40º C (104° F). Enzimas são proteínas, e como estas se desnaturam longe da temperatura biológica.
5. Evite café, chá e chocolate, os quais contêm muita cafeína. Quanto à água - é melhor tomar água purificada, ou filtrada, para evitar toxinas conhecidas e metais pesados da água de torneira. Água destilada é ácida, evite-a.
6. A proteína da carne é de difícil digestão e exige um monte de enzimas digestivas. Carne não digerida ao permanecer no intestino apodrece e conduz a um aumento das toxinas. Essas enzimas são a quimiotripsina e a tripsina, ambas fabricadas pelo pâncreas. O pâncreas é chave para a destruição das células cancerosas.
7. As paredes das células cancerosas têm uma cobertura de proteína dura. Evitar, ou comer menos carne, libera mais enzimas para atacar as paredes de proteínas das células cancerosas e isso possibilita que as células matadoras do corpo (leucócitos) destruam as células cancerosas. Os cancerosos devem evitar as proteínas de origem animal - carnes, e leite, em particular, e seus derivados - yogurt, queijo, manteiga.
8. Alguns suplementos constroem o sistema imunológico por possibilitar que as células matadoras do próprio corpo destruam as células cancerosas. Outros suplementos, como a vitamina E, são conhecidos por acarretar apoptose, ou seja morte programada de células, método normal do corpo de desfazer-se de células danificadas, indesejadas ou desnecessárias.
9. O câncer é uma doença da mente, do corpo e do espírito. Um espírito preventivo e positivo ajudará o lutador contra o câncer a ser um sobrevivente. A ira, o não perdoar e a amargura colocam o corpo num ambiente de tensão e acidez. Aprenda a ter um espírito amoroso e de perdão. Aprenda a relaxar e desfrutar da vida.
10. As células cancerosas não prosperam em um ambiente oxigenado. Exercícios diários e respiração profunda ajudam a proporcionar mais oxigênio para o nível celular. A terapia com oxigênio é outro meio empregado para destruir células cancerosas. A ozonioterapia (O3) é uma opção válida.
******** *********
O que a Johns Hopkins ainda não disse, mas muito se aproximou de dizer, é o nome dos suplementos ou das vitaminas. Ainda há por parte desta instituição afamadíssima um medo de falar em VITAMINAS. Além disso, o conceito de câncer como uma doença carencial, metabólica e crônica, não foi expresso. Mas eu o expresso. O câncer é uma manifestação potencial, isto é, todos nós nascemos e morremos com células cancerosas. Quando as condições imunológicas enfraquecidas se apresentam, é chegada a hora do tumor. A medicina tradicional, isto é, aquela que é tutelada, sustentada e prisioneira da indústria farmacêutica, fala em câncer quando detecta um tumor em determinado órgão. A medicina tradicional (desde 1925 sob o domínio dos Rockefeller e sua rede de indústrias e escolas de medicina) ignora a causa mais palpável, mais clara e insofismável do câncer.
Quando nos libertamos dos conceiros criados a partir de 1925 ficamos abertos para reconhecer o câncer como uma doença tão carencial, tão faltante de uma vitamina especial, como as que acontecem em outras doenças carenciais. A Pelagra e o Escorbuto são resultados respectivamente da falta da Vitamina B3, a niacina, e da Vitamina C, o ácido ascórbico. Essas doenças não são infecciosas nem transmissíveis como se pensava até os anos 40 do século passado, são carenciais. É impossível legar sistemas imunológicos, debilitados ou não.
O resultado desta aparente ignorância é que as vitaminas são mal vistas ou subestimadas pela classe médica em geral. O poder da indústria farmacêutica sobre as escolas de medicina e a mídia em todo o mundo é assustador. Atualmente o Big Pharma está conseguindo impedir o livre acesso da humanidade às vitaminas e aos micronutrientes, como o magnésio, o selênio, o manganês. Se liberados, ficarão disponíveis em doses reduzidíssimas, subclínicas. Isto está sendo feito de propósito. As ervas e a sabedoria do seu uso ficarão proibidas. Se tornarão como os tóxicos ou as drogas. Uma camomila será mais criminosa e perigosa que a cocaína. No Brasil saem as vitaminas e entram as drogas. Procure saber o que é o Codex Alimentarius.
Procurem ver no Google VITAMINA B17, ou Laetrile. Ignore a desinformação ali contida - o Google permite a versão puxa-saca do “quack”, do “hoax”, para afastar o leitor dos dados reveladores. Ele é parceiro do poder combinado do Big Pharma, da mídia e das Escolas "Tradicionais" de Medicina. O conhecimento da língua inglesa seria essencial ao correto entendimento do mecanismo de destruição das células cancerosas pela Vitamina B17 ou nitrilosídeos, assim como o mecanismo das enzimas pancreáticas. Há milhares de publicações, textos, trabalhos, na internet. É claro que exige-se um pouco de conhecimento sobre biologia, química, física, e medicina, também.
Saibam que o câncer, como um fungo, odeia oxigênio. O câncer obtém energia para seu desenvolvimento avassalador através da fermentação, que é um método anaeróbico, isto é, onde não há oxigênio. Por isso, evite comer e beber, ou evite o contato com substâncias que produzem radicais livres. Estes "agarram" todo o oxigênio livre que encontram, reduzindo-os. Assim o câncer fica livre do oxigênio e prospera. Por isso, evite metais tóxicos como o mercúrio (encontrado nas vacinas brasileiras), o alumínio (também nas vacinas), lítio, e todos os metais não quelados pelo organismo.
Aspartame (adoçante), e o glutamato (acentuador de sabor dos alimentos), são neurotoxinas terríveis, porém são encontradas em mais de 6.000 ítens de alimentação das crianças. Consultem os pediatras e fique de boca aberta com a ignorância da maioria. O aspartame se torna em 10% metanol, um álcool venenosíssimo, e que ainda permite mais uma reação que o transforma em formaldeído. O próprio metanol pode lesionar o nervo ótico de maneira irreversível; continuar com ele leva à morte. Será que a presidente Dilma sabe disso?
Coma as sementes amargas das frutas - pêssegos, damascos, ameixas, frutinhas vermelhas, uvas, etc. Lá estão os nitrilosídeos ( Vit. B17).
O câncer não tem cura. O câncer tem tratamento. O indivíduo que tiver um tumor maligno lutará todos os dias de sua vida contra ele. Se o fizer da maneira correta, consumindo nucleosídeos (vitamina B17) e conjunto com outras vitaminas e micronutrientes, suas chances de sobrevivência aumentarão entre 40 a 80% contra os criminosos números da quimioterapia e radioterapia, combinadas ou não: 3%!
Sabe-se também que comer nitrilosídeos todos os dias desde a infância proporcionaria uma proteção blindada contra o câncer da ordem de mais de 80%!
Lembre-se da grande lição da natureza: não se obtém cura de doenças por meios que sejam estranhos à experiência biológica do ser vivo.
Quimioterapia é veneno. O primeiro quimioterápico foi usado na Primeira Guerra Mundial como arma biológica - era o gás de mostarda, ainda usado hoje em dia pelos oncologistas. A mostarda nitrogenada não pertence à experiência biológica dos seres vivos. Quanto aos mamíferos, o esgoto nitrogenado servido, no extremo é incompatível com a vida.
A radiação ionizante (não a de partículas), encontrada em níveis infinitamente pequenos, de uma origem cósmica da qual não podemos escapar, pertence à memória do seres vivos desde há milhões de anos neste planeta. Dessa radiação cósmica, se costuma dizer que é igual a encontrada em uma banana. Mas as doses "terapêuticas" (terrorpêuticas) que os pacientes com câncer recebem são centenas de milhares de vezes maiores, muitíssimo longe da "dose banana" inofensiva. Da radiação elevada só podemos falar em queimaduras venenosas, dores terríveis e a morte, do tumor e seu dono.
Mas como já aprendemos, tumor não é câncer; câncer não é o tumor. Os oncologistas do establishment comemoraram que o câncer do ex-presidente Lula diminuiu 70% dos 3 cm que tinha antes do "tratamento". Mesmo que desapareça todo pelo envenenamento e a queimadura radioativa (se vier a fazer), ainda assim o Lula continua com o câncer de laringe, e se candidatará a outros por toda a sua vida. Seu sistema imunológico foi destruído. É refém de uma combinação química infernal. Como muitas vacinas, a quimio é repetida, repetida, até que não pode ser mais. Por quê? Porque qualquer dose ulterior não matará mais células malignas senão matando o paciente. 3%!
São três os principais fatores do desequilíbrio imunológico e neuroimunológico: as vacinas nos primeiros anos de vida; os alimentos com conteúdos tóxicos; e remédios e doenças, todas inventadas pela civilização moderna.
Ainda existem os fatores genéticos que localizam, que determinam o lugar do câncer. Não sendo sua causa. São assim as substâncias ditas cancerígenas que a mídia em altos brados orgulhosamente gosta de usar, como o formaldeído, encontrado nas vacinas das criancinhas.
O foco que não podemos perder é que o câncer, qualquer que ele seja, é uma doença carencial (falta do consumo da vitamina B17), crônica e metabólica. Essa falta é o liame mais estreito que temos com a natureza. Perdemo-no há tempos quando evoluímos para um sistema biológico alheio aos princípios da boa saúde. Os freios e os contrapesos da mudança antropológica o provam.
Uma última nota sobre o pâncreas e seu papel na destruição das células cancerosas. Não quero aqui enveredar pela bioquímica médica, mas este órgão é o único produtor das enzimas proteolíticas (que destroem proteínas) no momento do desequilíbrio ou no equilíbrio, no exato momento que o câncer começa levar a melhor. No começo embrionário da nossa vida, o crescimento e a reprodução acelerada das células trofoblásticas (de trofo = trofein, do grego, que significa nutrir; e blasto, a massa celular específica) é o fato celular mais notável. Parecem-se ao crescimento rápido do tumor maligno, aquele onde preponderam as células cancerosas.
O estrogênio é o causador deste crescimento rápido. Em adultos, homens ou mulheres, quando há grande atividade estrogênica pode-se suspeitar de um tumor em fase rápida de crescimento
Mas esse comportamento frenético cessa subitamente às 8 semanas de vida do feto. Por quê seria? Porque é neste momento que o pâncreas e suas enzimas iniciam seu trabalho proteolítico. A quimiotripsina e a tripsina detêm as células que crescem rápido, como o câncer e o tecido trofoblástico. O trabalho enzimático das enzimas pancreáticas é destruir a camada protéica protetora das células cancerosas, permitindo que as células "matadoras" entrem na intimidade do tumor. É por isso que quem " está" com câncer não deve comer proteínas de origem animal porque estas desviam a quimiotripsina e a tripsina para o trabalho proteolítico.
Mas antes disso, a presença dos nucleosídeos já envenenou o tecido maligno. A golpes de HCN, uma molécula de ácido ciânico, e seu sal cianeto, venenos terríveis, que em contato com o sangue onde campeiam tais células malignas, se tornam inofensivos, mas a célula cancerosa começa a morrer. O câncer morre de fome.
Vejam também o vídeo THE WORLD WITHOUT CANCER ( de onde fiz o título no grog) no YOUTUBE. Está em inglês, mas as imagens ajudam muito o entendimento.
charles london
A TRAGÉDIA DO PARACETAMOL
A TRAGÉDIA DO PARACETAMOL
http://www.dailymail.co.uk/health/article-2074354/Desiree-Phillips-paracetamoll-overdose-Mother-20-dies-taking-extra-pills.html
"MÃE SOLTEIRA DE 20 ANOS MORRE DE TANTO TOMAR PARACETAMOL PARA UMA DOR SEVERA PÓS-CIRÚRGICA".
MEUS COMENTÁRIOS
O PARACETAMOL É 50 VEZES MAIS PERIGOSO DO QUE A DIPIRONA. A DESINFORMADA CLASSE MÉDICA MUNDIAL, NO ENTANTO, SÓ VÊ MAL NA DIPIRONA. A FORMAÇÃO MÉDICA É ORIENTADA A RECEITAR SOMENTE PARACETAMOL, ESPECIALMENTE EM CRIANÇAS. TAMBÉM FOI CRIADO O MITO DO "PAIN KILLER", DO PARACETAMOL MATADOR DA DOR. ISTO É FALSO. A MERA EXPERIÊNCIA REVELA QUE ISSO É FALSO: O PARACETAMOL É UM PÉSSIMO ANALGÉSICO.
O PARACETAMOL É ESPECIALMENTE PERIGOSO, E ÀS VEZES MORTAL, EM CRIANÇAS PEQUENAS. ENTRE ESTAS, O PERIGO É DOBRADO NOS NENÊS PREMATUROS RECÉM VACINADOS.
VOCÊS SABEM O QUE É, E O QUE FAZ O GLUTATION?
O GLUTATION É UM QUELANTE, UMA SUBSTÂNCIA QUE AGARRA OU SE GRUDA NOS METAIS QUE ESTĀO EM EXCESSO NO SANGUE OS ELIMINANDO DO CORPO (QUELAÇÃO).
O GLUTATION É ELIMINADO OU SEVERAMENTE REDUZIDO PELO ANTAGONISTA PARACETAMOL.
LOGO DEPOIS DE UM RECÉM-NASCIDO OU UMA CRIANÇA DE ATÉ 2 ANOS RECEBER UMA DOSE CAVALAR DE MERCÚRIO (TIMEROSAL), ESSE METAL NEUROTÓXICO NÃO SERÁ ELIMINADO DO CORPO, INDO, PELO CONTRÁRIO, DEPOSITAR-SE NO CÉREBRO, ACUMULANDO UMA NEUROTOXINA QUE PROVOCA FEBRE – AS MÃES EM DESESPERO PROCURAM AJUDA MÉDICA E A RECEITA FATAL QUASE SEMPRE É A MESMA: PARACETAMOL (TYLENOL). ASSIM, NO MOMENTO MAIS IMPORTANTE EM QUE O GLUTATION PODERIA REMOVER ESSE TÓXICO, ELE É PREJUDICADO PELO PARACETAMOL.
MUITAS REPETIÇÕES DESSE INCIDENTE PODEM SE DAR DURANTE A PRIMEIRA INFÂNCIA NAS QUAIS O PARACETAMOL PARTICIPA INVARIAVELMENTE.
O PARACETAMOL É HEPATOTÓXICO EM 100% DAS VEZES.
O GLUTATION É PRODUZIDO AOS POUCOS PELO FÍGADO ENQUANTO ESTE ÓRGÃO SE DESENVOLVE, PROMOVENDO A LIMPEZA DE METAIS PESADOS DO CORPO. UM NENÊ PREMATURO É ESPECIALMENTE PREMATURO NO QUE RESPEITA AO FÍGADO. INTRODUZIR MERCÚRIO, ALUMÍNIO, E OUTROS METAIS NEUROTÓXICOS EM UM ORGANISMO INFANTIL E COM UM FÍGADO IMATURO, EXIGIRÁ UM GRANDE ESFORÇO DO GLUTATION QUE DEVERIA ESTAR EM QUANTIDADES NECESSÁRIAS E SUFICIENTES NO FÍGADO. ORA, O PARACETAMOL ROUBA O ESCASSO GLUTATION DE UM FÍGADO PREMATURO. NÃO RESTA MAIS NADA DA DEFESA NATURAL.
EM 2008, 22 NENÊS, NA MAIORIA PREMATUROS, MORRERAM NAS UTIs DO RIO DE JANEIRO POR OVERDOSE DO PARACETAMOL RECEITADO PARA BAIXAR A FEBRE EM MEIO A UMA EPIDEMIA DE DENGUE.
NO MUNDO FOI CRIADA UMA PRAXE ASSASSINA DE SE FAZER A VACINA ANTIHEPATITE B NO PRIMEIRO DIA DE VIDA DE UM RECÉM-NASCIDO.
E SE ELE FOR PREMATURO? PODERÁ MORRER E PROVAVELMENTE FALARÃO E DIAGNOSTICARÃO "MORTE SÚBITA".
Postado por charles london
http://www.dailymail.co.uk/health/article-2074354/Desiree-Phillips-paracetamoll-overdose-Mother-20-dies-taking-extra-pills.html
"MÃE SOLTEIRA DE 20 ANOS MORRE DE TANTO TOMAR PARACETAMOL PARA UMA DOR SEVERA PÓS-CIRÚRGICA".
MEUS COMENTÁRIOS
O PARACETAMOL É 50 VEZES MAIS PERIGOSO DO QUE A DIPIRONA. A DESINFORMADA CLASSE MÉDICA MUNDIAL, NO ENTANTO, SÓ VÊ MAL NA DIPIRONA. A FORMAÇÃO MÉDICA É ORIENTADA A RECEITAR SOMENTE PARACETAMOL, ESPECIALMENTE EM CRIANÇAS. TAMBÉM FOI CRIADO O MITO DO "PAIN KILLER", DO PARACETAMOL MATADOR DA DOR. ISTO É FALSO. A MERA EXPERIÊNCIA REVELA QUE ISSO É FALSO: O PARACETAMOL É UM PÉSSIMO ANALGÉSICO.
O PARACETAMOL É ESPECIALMENTE PERIGOSO, E ÀS VEZES MORTAL, EM CRIANÇAS PEQUENAS. ENTRE ESTAS, O PERIGO É DOBRADO NOS NENÊS PREMATUROS RECÉM VACINADOS.
VOCÊS SABEM O QUE É, E O QUE FAZ O GLUTATION?
O GLUTATION É UM QUELANTE, UMA SUBSTÂNCIA QUE AGARRA OU SE GRUDA NOS METAIS QUE ESTĀO EM EXCESSO NO SANGUE OS ELIMINANDO DO CORPO (QUELAÇÃO).
O GLUTATION É ELIMINADO OU SEVERAMENTE REDUZIDO PELO ANTAGONISTA PARACETAMOL.
LOGO DEPOIS DE UM RECÉM-NASCIDO OU UMA CRIANÇA DE ATÉ 2 ANOS RECEBER UMA DOSE CAVALAR DE MERCÚRIO (TIMEROSAL), ESSE METAL NEUROTÓXICO NÃO SERÁ ELIMINADO DO CORPO, INDO, PELO CONTRÁRIO, DEPOSITAR-SE NO CÉREBRO, ACUMULANDO UMA NEUROTOXINA QUE PROVOCA FEBRE – AS MÃES EM DESESPERO PROCURAM AJUDA MÉDICA E A RECEITA FATAL QUASE SEMPRE É A MESMA: PARACETAMOL (TYLENOL). ASSIM, NO MOMENTO MAIS IMPORTANTE EM QUE O GLUTATION PODERIA REMOVER ESSE TÓXICO, ELE É PREJUDICADO PELO PARACETAMOL.
MUITAS REPETIÇÕES DESSE INCIDENTE PODEM SE DAR DURANTE A PRIMEIRA INFÂNCIA NAS QUAIS O PARACETAMOL PARTICIPA INVARIAVELMENTE.
O PARACETAMOL É HEPATOTÓXICO EM 100% DAS VEZES.
O GLUTATION É PRODUZIDO AOS POUCOS PELO FÍGADO ENQUANTO ESTE ÓRGÃO SE DESENVOLVE, PROMOVENDO A LIMPEZA DE METAIS PESADOS DO CORPO. UM NENÊ PREMATURO É ESPECIALMENTE PREMATURO NO QUE RESPEITA AO FÍGADO. INTRODUZIR MERCÚRIO, ALUMÍNIO, E OUTROS METAIS NEUROTÓXICOS EM UM ORGANISMO INFANTIL E COM UM FÍGADO IMATURO, EXIGIRÁ UM GRANDE ESFORÇO DO GLUTATION QUE DEVERIA ESTAR EM QUANTIDADES NECESSÁRIAS E SUFICIENTES NO FÍGADO. ORA, O PARACETAMOL ROUBA O ESCASSO GLUTATION DE UM FÍGADO PREMATURO. NÃO RESTA MAIS NADA DA DEFESA NATURAL.
EM 2008, 22 NENÊS, NA MAIORIA PREMATUROS, MORRERAM NAS UTIs DO RIO DE JANEIRO POR OVERDOSE DO PARACETAMOL RECEITADO PARA BAIXAR A FEBRE EM MEIO A UMA EPIDEMIA DE DENGUE.
NO MUNDO FOI CRIADA UMA PRAXE ASSASSINA DE SE FAZER A VACINA ANTIHEPATITE B NO PRIMEIRO DIA DE VIDA DE UM RECÉM-NASCIDO.
E SE ELE FOR PREMATURO? PODERÁ MORRER E PROVAVELMENTE FALARÃO E DIAGNOSTICARÃO "MORTE SÚBITA".
Postado por charles london
ESTUDOS CITAM RISCOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE VITAMINAS
Duas pesquisas independentes publicadas esta semana servem como um alerta sobre os riscos do consumo desenfreado de suplementos
Algumas vitaminas fortalecem. Outras melhoram a visão, dão brilho aos cabelos e firmeza às unhas. Agora, porém, estudos indicam que as vitaminas também podem acelerar um câncer de próstata, e reduzir a expectativa de vida de outras maneiras. Duas pesquisas independentes publicadas esta semana, servem como um alerta sobre os riscos do consumo desenfreado de suplementos.
No primeiro estudo, pesquisadores financiados pelo Instituto Nacional da Saúde queriam descobrir se a vitamina E pode diminuir o risco de câncer de próstata. Para surpresa do grupo, o estudo concluiu que a vitamina parece fazer exatamente o oposto.
Os resultados, publicados no Journal of the American Medical Association, são parte da conclusão de um grande estudo sobre a prevenção do câncer. Como parte da pesquisa, Eric Klein, da Cleveland Clinic, e seus colegas, examinaram os efeitos de tomar suplementos de vitaminas.
Os resultados indicaram um aumento de 17% no índice de câncer de próstata para os homens que tomaram a vitamina, em comparação com aqueles que tomaram um placebo.
O mecanismo para o aparente efeito maléfico do consumo da vitamina ainda não está claro, e as conclusões são controversas. O intrigante é que o estudo faz parte de uma série de pesquisas publicadas recentemente com conclusões negativas sobre o consumo de vitaminas.
Talvez ainda mais preocupantes foram os resultados de um segundo estudo publicados poucos dias antes na revista Archives of Internal Medicine.
O estudo analisou a saúde e os hábitos de quase 40 mil mulheres durante mais de duas décadas. O pesquisador Jaakko Murso, da Universidade da Finlândia, mostrou que mulheres mais velhas que tomavam multivitaminas tinham uma expectativa de vida reduzida.
Isso podia ser observado apesar de que as mulheres que tomavam suplementos eram, em média, mais magras e tinham uma pressão arterial mais baixa do que as mulheres que não tomavam suplementos.
Estes resultados não significam que as pessoas devem descartar imediatamente todas as substâncias que contêm vitaminas, nutrientes essenciais. Além disso, determinar causa e efeito em estudos como estes é um processo notoriamente complicado. Não é a toa que os próprios pesquisadores parecem desconcertados com seus resultados.
Mas as descobertas devem convencer os devoradores mais vorazes de vitaminas a reduzirem esse consumo, pelo menos até que surjam estudos mais conclusivos.
O Centro para a Nutrição Responsável, um grupo norte-americano que representa a indústria de vitaminas, prontamente condenou as pesquisas como “uma caça às bruxas”. Essa reação era previsível, afinal, mais de 150 milhões de norte-americanos consomem vitaminas anualmente, gastando cerca de US $ 27 bilhões.
Economist
13.10.2011
Algumas vitaminas fortalecem. Outras melhoram a visão, dão brilho aos cabelos e firmeza às unhas. Agora, porém, estudos indicam que as vitaminas também podem acelerar um câncer de próstata, e reduzir a expectativa de vida de outras maneiras. Duas pesquisas independentes publicadas esta semana, servem como um alerta sobre os riscos do consumo desenfreado de suplementos.
No primeiro estudo, pesquisadores financiados pelo Instituto Nacional da Saúde queriam descobrir se a vitamina E pode diminuir o risco de câncer de próstata. Para surpresa do grupo, o estudo concluiu que a vitamina parece fazer exatamente o oposto.
Os resultados, publicados no Journal of the American Medical Association, são parte da conclusão de um grande estudo sobre a prevenção do câncer. Como parte da pesquisa, Eric Klein, da Cleveland Clinic, e seus colegas, examinaram os efeitos de tomar suplementos de vitaminas.
Os resultados indicaram um aumento de 17% no índice de câncer de próstata para os homens que tomaram a vitamina, em comparação com aqueles que tomaram um placebo.
O mecanismo para o aparente efeito maléfico do consumo da vitamina ainda não está claro, e as conclusões são controversas. O intrigante é que o estudo faz parte de uma série de pesquisas publicadas recentemente com conclusões negativas sobre o consumo de vitaminas.
Talvez ainda mais preocupantes foram os resultados de um segundo estudo publicados poucos dias antes na revista Archives of Internal Medicine.
O estudo analisou a saúde e os hábitos de quase 40 mil mulheres durante mais de duas décadas. O pesquisador Jaakko Murso, da Universidade da Finlândia, mostrou que mulheres mais velhas que tomavam multivitaminas tinham uma expectativa de vida reduzida.
Isso podia ser observado apesar de que as mulheres que tomavam suplementos eram, em média, mais magras e tinham uma pressão arterial mais baixa do que as mulheres que não tomavam suplementos.
Estes resultados não significam que as pessoas devem descartar imediatamente todas as substâncias que contêm vitaminas, nutrientes essenciais. Além disso, determinar causa e efeito em estudos como estes é um processo notoriamente complicado. Não é a toa que os próprios pesquisadores parecem desconcertados com seus resultados.
Mas as descobertas devem convencer os devoradores mais vorazes de vitaminas a reduzirem esse consumo, pelo menos até que surjam estudos mais conclusivos.
O Centro para a Nutrição Responsável, um grupo norte-americano que representa a indústria de vitaminas, prontamente condenou as pesquisas como “uma caça às bruxas”. Essa reação era previsível, afinal, mais de 150 milhões de norte-americanos consomem vitaminas anualmente, gastando cerca de US $ 27 bilhões.
Economist
13.10.2011
SUPLEMENTOS PROIBIDOS VIRAM FEBRE EM ACADEMIAS
Proibidos pela Anvisa, suplementos são vendidos ilegalmente na internet
19/12/2011
Uma nova mania nas academias é o uso de suplementos que prometem aumentar a energia, acabar com o cansaço e melhorar o rendimento. O problema é que, embora realmente tenham esses efeitos, eles também são nocivos à saúde — o que é omitido.
Os suplementos Jack3D, 1MR (sigla de “one more rep”, mais uma repetição) e Oxylin Pro são tomados antes do exercício físico intenso e facilitam o ganho de músculo, mas também afetam o sistema nervoso e causam graves problemas à saúde de seus usuários, como infarto, doenças gástricas e dependência química. E o pior: em pouco tempo.
Efeitos colaterais
Apesar de serem proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), eles são vendidos na internet ilegalmente. O uso destes suplementos é condenado por médicos e profissionais de educação física. Trata-se na verdade de drogas estimulantes, que podem causar euforia e deixar o usuário agressivo, além de serem responsáveis por vários outros efeitos colaterais, como tonteira, náusea, insônia e diarreia.
19/12/2011
Uma nova mania nas academias é o uso de suplementos que prometem aumentar a energia, acabar com o cansaço e melhorar o rendimento. O problema é que, embora realmente tenham esses efeitos, eles também são nocivos à saúde — o que é omitido.
Os suplementos Jack3D, 1MR (sigla de “one more rep”, mais uma repetição) e Oxylin Pro são tomados antes do exercício físico intenso e facilitam o ganho de músculo, mas também afetam o sistema nervoso e causam graves problemas à saúde de seus usuários, como infarto, doenças gástricas e dependência química. E o pior: em pouco tempo.
Efeitos colaterais
Apesar de serem proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), eles são vendidos na internet ilegalmente. O uso destes suplementos é condenado por médicos e profissionais de educação física. Trata-se na verdade de drogas estimulantes, que podem causar euforia e deixar o usuário agressivo, além de serem responsáveis por vários outros efeitos colaterais, como tonteira, náusea, insônia e diarreia.
DO OUTRO LADO DA CORRUPÇÃO
Políticos e suas decisões são um reflexo da sociedade brasileira.
A corrupção é sem dúvida um dos limitadores do desenvolvimento brasileiro. Todos os dias surgem notícias de novos e mais elaborados casos de corrupção.
A corrupção não é monopólio do setor público. Ela se dá, na maioria dos casos, entre um agente público e um privado. Para cada deputado ou vereador que aceita uma propina, do outro lado do balcão está um empresário ou um simples cidadão fazendo o pagamento ou dando “aquela mãozinha” na hora da campanha.
Quais as causas da corrupção que hoje assistimos todos os dias na televisão e no rádio? De onde ela surgiu? Devemos nos espantar cada vez que for demitido um ministro de estado sob denúncias de corrupção?
A classe política é endógena, ela é escolhida pelo povo. Nas últimas décadas, o brasileiro concluiu que não tem problema roubar, quebrar sigilo bancário, distribuir propina ou deixar as crianças sem merenda escolar. Afinal, o brasileiro comete pequenos crimes no seu cotidiano: passa com sinal fechado, usa software pirata, assiste à programação da TV à cabo com o aparelho da Net-Cat, rouba produtos no supermercado, sonega impostos etc.
Recentemente, o brasileiro também gostou da ideia de receber sem trabalhar, se aposentar sem contribuir para a Previdência Social e passar de ano sem ter que estudar. Descobriu que é legal ter uma vaguinha reservada na faculdade e que é bom tomar um crédito com juros subsidiado.
Isso não vale só para os indivíduos e famílias. Vale também para os empresários. Eles se acostumaram às negociatas e a não ter concorrentes. Competição? Agências Reguladoras? Não são necessárias, pois teremos grandes empresas brasileiras. E se vier competição do exterior? O que fazem os grandes empresários brasileiros? Demandam um aumento de IPI ao governo e depois, na hora da campanha, retribuem o favor.
Isso mesmo, do outro lado do balcão da corrupção sempre tem um agente privado. Não esqueça disso!
Vem aí a Copa do Mundo? Estádio público, é claro! Tudo muito simples. Eles põem a mão no bolso do pessoal e fazem a máquina funcionar. Não sem antes dar aquela superfaturadinha e embolsar o “vosso”. E a população? Vota novamente na próxima eleição e ainda vai dizer que fizeram mais do que o antecessor.
E os corruptos que são descobertos? Esses ficam soltos porque, afinal, somos todos brasileiros. Muitos se identificam com o bandido, pois muitos já pediram desconto se o produto não tiver nota fiscal na hora da compra. E a Justiça? Bem, esta também tem muitos brasileiros que passaram em concursos públicos e que também se identificam com os corruptos. E os médicos do SUS? São também brasileiros. Muitos assinam um contrato de 8 horas e trabalham 4. São muitos os casos e situações. Todas com suas devidas exceções, obviamente. Nem todo mundo é corrupto.
E assim vai, todos são brasileiros. É tudo endógeno! Os políticos e suas decisões são um reflexo da sociedade brasileira. É o brasileiro na sua imagem mais cristalina. Segundo alguns, é o que o Brasil tem de melhor.
E porque parece que a corrupção só aumenta? Com o aumento da renda e do tamanho do Governo, os casos de corrupção cresceram exponencialmente. Nada fora do normal. Cresceu o bolo, cresceram os participantes da festa e cresceram os tamanhos das fatias. Só isso. Não se espante com a “queda” de mais um ministro. Um outro entrará no lugar dele.
Mais um exemplar do que o Brasil tem de melhor!
Cristiano M. Costa,em 12.12.2011
A corrupção é sem dúvida um dos limitadores do desenvolvimento brasileiro. Todos os dias surgem notícias de novos e mais elaborados casos de corrupção.
A corrupção não é monopólio do setor público. Ela se dá, na maioria dos casos, entre um agente público e um privado. Para cada deputado ou vereador que aceita uma propina, do outro lado do balcão está um empresário ou um simples cidadão fazendo o pagamento ou dando “aquela mãozinha” na hora da campanha.
Quais as causas da corrupção que hoje assistimos todos os dias na televisão e no rádio? De onde ela surgiu? Devemos nos espantar cada vez que for demitido um ministro de estado sob denúncias de corrupção?
A classe política é endógena, ela é escolhida pelo povo. Nas últimas décadas, o brasileiro concluiu que não tem problema roubar, quebrar sigilo bancário, distribuir propina ou deixar as crianças sem merenda escolar. Afinal, o brasileiro comete pequenos crimes no seu cotidiano: passa com sinal fechado, usa software pirata, assiste à programação da TV à cabo com o aparelho da Net-Cat, rouba produtos no supermercado, sonega impostos etc.
Recentemente, o brasileiro também gostou da ideia de receber sem trabalhar, se aposentar sem contribuir para a Previdência Social e passar de ano sem ter que estudar. Descobriu que é legal ter uma vaguinha reservada na faculdade e que é bom tomar um crédito com juros subsidiado.
Isso não vale só para os indivíduos e famílias. Vale também para os empresários. Eles se acostumaram às negociatas e a não ter concorrentes. Competição? Agências Reguladoras? Não são necessárias, pois teremos grandes empresas brasileiras. E se vier competição do exterior? O que fazem os grandes empresários brasileiros? Demandam um aumento de IPI ao governo e depois, na hora da campanha, retribuem o favor.
Isso mesmo, do outro lado do balcão da corrupção sempre tem um agente privado. Não esqueça disso!
Vem aí a Copa do Mundo? Estádio público, é claro! Tudo muito simples. Eles põem a mão no bolso do pessoal e fazem a máquina funcionar. Não sem antes dar aquela superfaturadinha e embolsar o “vosso”. E a população? Vota novamente na próxima eleição e ainda vai dizer que fizeram mais do que o antecessor.
E os corruptos que são descobertos? Esses ficam soltos porque, afinal, somos todos brasileiros. Muitos se identificam com o bandido, pois muitos já pediram desconto se o produto não tiver nota fiscal na hora da compra. E a Justiça? Bem, esta também tem muitos brasileiros que passaram em concursos públicos e que também se identificam com os corruptos. E os médicos do SUS? São também brasileiros. Muitos assinam um contrato de 8 horas e trabalham 4. São muitos os casos e situações. Todas com suas devidas exceções, obviamente. Nem todo mundo é corrupto.
E assim vai, todos são brasileiros. É tudo endógeno! Os políticos e suas decisões são um reflexo da sociedade brasileira. É o brasileiro na sua imagem mais cristalina. Segundo alguns, é o que o Brasil tem de melhor.
E porque parece que a corrupção só aumenta? Com o aumento da renda e do tamanho do Governo, os casos de corrupção cresceram exponencialmente. Nada fora do normal. Cresceu o bolo, cresceram os participantes da festa e cresceram os tamanhos das fatias. Só isso. Não se espante com a “queda” de mais um ministro. Um outro entrará no lugar dele.
Mais um exemplar do que o Brasil tem de melhor!
Cristiano M. Costa,em 12.12.2011
A FICÇÃO DO AMAURY
O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro.
Disseminou-se a idéia de que a chamada “imprensa tradicional” não deu destaque ao livro, ao contrário do mundo da internet, para proteger o ex-candidato tucano à presidência José Serra, que é o centro das denúncias.
Estariam os “jornalões” usando dois pesos e duas medidas em relação a Amaury Jr, pois enquanto acatam denúncias de bandidos contra o governo petista, alegam que ele está sendo processado e, portanto, não teria credibilidade?
É justamente o contrário. A chamada “grande imprensa”, por ter mais responsabilidade que os blogueiros ditos independentes, mas que, na maioria, são sustentados pela verba oficial e fazem propaganda política, demorou mais a entrar no assunto, ou simplesmente não entrará, por que precisava analisar com tranqüilidade o livro para verificar se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações, e se tem provas.
Outros livros, como “O Chefe”, de Ivo Patarra, com acusações gravíssimas contra o governo de Lula, também não tiveram repercussão na “grande imprensa” e, por motivos óbvios, foram ignorados pela blogosfera chapa-branca.
Desde que Pedro Collor denunciou as falcatruas de seu irmão presidente, há um padrão no comportamento da “grande imprensa”: as denúncias dos que participaram das falcatruas, sejam elas quais forem, têm a credibilidade do relato por dentro do crime.
Deputado cassado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson desencadeou o escândalo do mensalão com o testemunho pessoal de quem esteve no centro das negociações, e transformou-se em um dos 38 réus do processo.
O ex-secretário de governo Durval Barbosa detonou a maior crise política da história de Brasília, com denúncias e gravações que culminaram com a prisão do então governador José Roberto Arruda e vários políticos.
E por aí vai. Já Amaury Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e oferta de vantagem a testemunha, tendo participado, como membro da equipe de campanha da candidata do PT, de atos contra o adversário tucano.
O livro, portanto, continua sendo parte da sua atividade como propagandista da campanha petista, e evidentemente tem pouca credibilidade na origem.
Na sua versão no livro, Amaury jura que não havia intenção de fazer dossiês contra Serra, e que foi contratado “apenas” para descobrir vazamentos internos, e usou seus contatos policiais para a tarefa que, convenhamos, conforme descrita pelo próprio, não tem nada de jornalística.
Ele alega que a turma paulista de Rui Falcão (presidente do PT) e Palocci queria tirar os mineiros ligados a Fernando Pimentel da campanha, e acabou criando uma versão distorcida dos fatos.
No caso da quebra de sigilo de tucanos, na Receita de Mauá, Amaury diz que o despachante que o acusou de ter encomendado o serviço mentiu por pressão de policiais federais amigos de José Serra.
Enfim, Amaury Ribeiro Jr, tem que se explicar antes de denunciar outros, o que também enfraquece sua posição.
Ele e seus apoiadores ressaltam sempre que 1/3 do livro é composto de documentos, para dar apoio às denúncias. Mas se os documentos, como dizem, são todos oficiais e estão nos cartórios e juntas comerciais, imaginar que revelem crimes contra o patrimônio público é ingenuidade ou má-fé.
Que trapaceiro registra seus trambiques em cartórios?
Há, a começar pela escolha do título ? Privataria Tucana ? uma tomada de posição política do autor contra as privatizações.
E a maneira como descreve as transações financeiras mostra que Amaury Ribeiro Jr. se alinha aos que consideram que ter uma conta em paraíso fiscal é crime, especialmente se for no Caribe, e que a legislação de remessa de dinheiro para o exterior feita pelo Banco Central à época do governo Fernando Henrique favorece a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas.
É um ponto de vista como outro qualquer, e ele tenta por todas as maneiras mostrar isso, sem, no entanto, conseguir montar um quadro factual que comprove suas certezas.
Vários personagens, a maioria ligada a Serra, abrem e fecham empresas em paraísos fiscais, com o objetivo, segundo ilações do autor, de lavar dinheiro proveniente das privatizações e internalizá-lo legalmente no País.
Acontece que passados 17 anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, e estando o PT no poder há 9 anos, não houve um movimento para rever as privatizações.
E os julgamentos de processos contra os dirigentes da época das privatizações não dão sustentação às críticas e às acusações de “improbidade administrativa” na privatização da Telebrás.
A decisão nº 765/99 do Plenário do Tribunal de Contas da União concluiu que, além de não haver qualquer irregularidade no processo, os responsáveis “não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa”.
Também o Ministério Público de Brasília foi derrotado e, no recurso, o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal decidiu, através do juiz Tourinho Neto, não apenas acatar a decisão do TCU mas afirmar que “não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus. Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa.”.
O livro de Amaury Ribeiro Jr. está sem sexto lugar na lista dos mais vendidos de “não-ficção”.
Talvez tivesse mais sucesso ainda se estivesse na lista de “ficção”
19 de dezembro de 2011
Merval Pereira
Fonte: O Globo
Disseminou-se a idéia de que a chamada “imprensa tradicional” não deu destaque ao livro, ao contrário do mundo da internet, para proteger o ex-candidato tucano à presidência José Serra, que é o centro das denúncias.
Estariam os “jornalões” usando dois pesos e duas medidas em relação a Amaury Jr, pois enquanto acatam denúncias de bandidos contra o governo petista, alegam que ele está sendo processado e, portanto, não teria credibilidade?
É justamente o contrário. A chamada “grande imprensa”, por ter mais responsabilidade que os blogueiros ditos independentes, mas que, na maioria, são sustentados pela verba oficial e fazem propaganda política, demorou mais a entrar no assunto, ou simplesmente não entrará, por que precisava analisar com tranqüilidade o livro para verificar se ele realmente acrescenta dados novos às denúncias sobre as privatizações, e se tem provas.
Outros livros, como “O Chefe”, de Ivo Patarra, com acusações gravíssimas contra o governo de Lula, também não tiveram repercussão na “grande imprensa” e, por motivos óbvios, foram ignorados pela blogosfera chapa-branca.
Desde que Pedro Collor denunciou as falcatruas de seu irmão presidente, há um padrão no comportamento da “grande imprensa”: as denúncias dos que participaram das falcatruas, sejam elas quais forem, têm a credibilidade do relato por dentro do crime.
Deputado cassado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson desencadeou o escândalo do mensalão com o testemunho pessoal de quem esteve no centro das negociações, e transformou-se em um dos 38 réus do processo.
O ex-secretário de governo Durval Barbosa detonou a maior crise política da história de Brasília, com denúncias e gravações que culminaram com a prisão do então governador José Roberto Arruda e vários políticos.
E por aí vai. Já Amaury Ribeiro Jr. foi indiciado pela Polícia Federal por quatro crimes: violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e oferta de vantagem a testemunha, tendo participado, como membro da equipe de campanha da candidata do PT, de atos contra o adversário tucano.
O livro, portanto, continua sendo parte da sua atividade como propagandista da campanha petista, e evidentemente tem pouca credibilidade na origem.
Na sua versão no livro, Amaury jura que não havia intenção de fazer dossiês contra Serra, e que foi contratado “apenas” para descobrir vazamentos internos, e usou seus contatos policiais para a tarefa que, convenhamos, conforme descrita pelo próprio, não tem nada de jornalística.
Ele alega que a turma paulista de Rui Falcão (presidente do PT) e Palocci queria tirar os mineiros ligados a Fernando Pimentel da campanha, e acabou criando uma versão distorcida dos fatos.
No caso da quebra de sigilo de tucanos, na Receita de Mauá, Amaury diz que o despachante que o acusou de ter encomendado o serviço mentiu por pressão de policiais federais amigos de José Serra.
Enfim, Amaury Ribeiro Jr, tem que se explicar antes de denunciar outros, o que também enfraquece sua posição.
Ele e seus apoiadores ressaltam sempre que 1/3 do livro é composto de documentos, para dar apoio às denúncias. Mas se os documentos, como dizem, são todos oficiais e estão nos cartórios e juntas comerciais, imaginar que revelem crimes contra o patrimônio público é ingenuidade ou má-fé.
Que trapaceiro registra seus trambiques em cartórios?
Há, a começar pela escolha do título ? Privataria Tucana ? uma tomada de posição política do autor contra as privatizações.
E a maneira como descreve as transações financeiras mostra que Amaury Ribeiro Jr. se alinha aos que consideram que ter uma conta em paraíso fiscal é crime, especialmente se for no Caribe, e que a legislação de remessa de dinheiro para o exterior feita pelo Banco Central à época do governo Fernando Henrique favorece a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas.
É um ponto de vista como outro qualquer, e ele tenta por todas as maneiras mostrar isso, sem, no entanto, conseguir montar um quadro factual que comprove suas certezas.
Vários personagens, a maioria ligada a Serra, abrem e fecham empresas em paraísos fiscais, com o objetivo, segundo ilações do autor, de lavar dinheiro proveniente das privatizações e internalizá-lo legalmente no País.
Acontece que passados 17 anos do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, e estando o PT no poder há 9 anos, não houve um movimento para rever as privatizações.
E os julgamentos de processos contra os dirigentes da época das privatizações não dão sustentação às críticas e às acusações de “improbidade administrativa” na privatização da Telebrás.
A decisão nº 765/99 do Plenário do Tribunal de Contas da União concluiu que, além de não haver qualquer irregularidade no processo, os responsáveis “não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa”.
Também o Ministério Público de Brasília foi derrotado e, no recurso, o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal decidiu, através do juiz Tourinho Neto, não apenas acatar a decisão do TCU mas afirmar que “não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus. Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa.”.
O livro de Amaury Ribeiro Jr. está sem sexto lugar na lista dos mais vendidos de “não-ficção”.
Talvez tivesse mais sucesso ainda se estivesse na lista de “ficção”
19 de dezembro de 2011
Merval Pereira
Fonte: O Globo
O DIFÍCIL RETORNO DO CAMPO DE BATALHA
Veteranos norte-americanos dos combates no Iraque e no Afeganistão são recebidos por uma nação que luta contra uma economia estagnada
Brett Quinzon serviu duas vezes no Iraque antes de abandonar o serviço militar em maio. Originalmente de Minnesota, Quinzon agora vive em Thomaston, uma pequena cidade a pouco mais de 100 quilômetros ao sul de Atlanta.
Numa cinzenta manhã de dezembro ele estava preenchendo formulários no maior hospital para veteranos de Atlanta, buscando tratamento para depressão. Desde que retornou do Iraque, ele diz ter mais “problemas com a raiva” do que antes.
Seu caso não é incomum: muitos soldados voltaram assim dos campos de batalha. Entre janeiro e maio, enquanto se preparava para deixar as forças armadas, Quinzon buscou centenas de empregos, mas como a maioria dos veteranos, ele se alistou logo depois de deixar o colégio, e, portanto, não tem um diploma universitário. Mas sua persistência se provou útil. Ele agora é um aprendiz numa empresa de aquecedores e ares-condicionados, e está recebendo treinamento para se tornar um operador de equipamentos pesados.
Nem todos os veteranos têm tanta sorte. Cerca de 800 mil deles estão sem emprego, 1,4 milhão deles vive abaixo da linha de pobreza, e um em cada três moradores de rua nos Estados Unidos é um veterano.
Embora o índice de desemprego entre os 21 milhões de veteranos do país (7,4%) seja menor o índice nacional (8,6%), entre os veteranos das recentes guerras contra o Iraque e o Afeganistão, ele chega a 11,1%. E entre os veteranos entre 18 e 24 anos, ele chegou a 37,9%, em novembro, um aumento de 7,5% em relação ao mês anterior.
Uma enorme quantidade de programas governamentais falhou na missão de colocar os veteranos de volta no mercado de trabalho. Uma lei aprovada por George W. Bush em 2008 pelo menos ajudou os veteranos a voltar para a escola, financiando a educação e o treinamento de todos os veteranos que serviram mais de 90 dias nas forças armadas após o 11 de setembro.
Barack Obama criou o Conselho de Empregos dos Veteranos em 2009, e o governo federal contratou mais de 70 mil veteranos. No dia 21 de novembro, Obama aprovou uma lei oferecendo isenções fiscais a empregadores que contratassem veteranos desempregados ou com deficiências físicas. Michelle Obama e Jill Biden, a esposa do vice-presidente e madrasta de um soldado, lançaram uma campanha de apoio às famílias de veteranos e militares. O Departamento do Trabalho oferece um serviço de empregos online, além de programas de aconselhamento para veteranos em 3 mil centros espalhados pelo país.
Ainda assim, não há muito que comissões, inciativas e incentivos podem fazer. A transição de uma vida militar regimentada para a falta de estrutura da vida civil é difícil.
Susan Hampton, que ajuda veteranos em um centro de Corbin, Kentucky, diz que os soldados tem problemas em transformar suas habilidades militares em habilidades civis que possam ser aproveitadas pelo mercado. “Currículos assustam muita gente, em especial os soldados, acostumados a receber ordens, que agora não tem ninguém para dizer a eles o que fazer e aonde ir”, diz Glenn Campbell, um fuzileiro veterano do leste do Kentucky.
Mais de 2 milhões de soldados serviram no Iraque e no Afeganistão. Os números parecem grandes, mas representam menos de 1% dos norte-americanos. Por mais impopular que sejam as guerras atuais, pelo menos os soldados não tiveram uma recepção como a dada aos soldados que retornaram do Vietnã, recebidos sob um onda de fúria popular.
“Veteranos são mais respeitados que qualquer um aqui”, diz Campbell. E essa receptividade não está restrita ao Kentucky. Por todo o país os veteranos que retornam da guerra são recebidos com gratidão. Mas gratidão não é o suficiente para pagar as contas.
19/12/2011
Brett Quinzon serviu duas vezes no Iraque antes de abandonar o serviço militar em maio. Originalmente de Minnesota, Quinzon agora vive em Thomaston, uma pequena cidade a pouco mais de 100 quilômetros ao sul de Atlanta.
Numa cinzenta manhã de dezembro ele estava preenchendo formulários no maior hospital para veteranos de Atlanta, buscando tratamento para depressão. Desde que retornou do Iraque, ele diz ter mais “problemas com a raiva” do que antes.
Seu caso não é incomum: muitos soldados voltaram assim dos campos de batalha. Entre janeiro e maio, enquanto se preparava para deixar as forças armadas, Quinzon buscou centenas de empregos, mas como a maioria dos veteranos, ele se alistou logo depois de deixar o colégio, e, portanto, não tem um diploma universitário. Mas sua persistência se provou útil. Ele agora é um aprendiz numa empresa de aquecedores e ares-condicionados, e está recebendo treinamento para se tornar um operador de equipamentos pesados.
Nem todos os veteranos têm tanta sorte. Cerca de 800 mil deles estão sem emprego, 1,4 milhão deles vive abaixo da linha de pobreza, e um em cada três moradores de rua nos Estados Unidos é um veterano.
Embora o índice de desemprego entre os 21 milhões de veteranos do país (7,4%) seja menor o índice nacional (8,6%), entre os veteranos das recentes guerras contra o Iraque e o Afeganistão, ele chega a 11,1%. E entre os veteranos entre 18 e 24 anos, ele chegou a 37,9%, em novembro, um aumento de 7,5% em relação ao mês anterior.
Uma enorme quantidade de programas governamentais falhou na missão de colocar os veteranos de volta no mercado de trabalho. Uma lei aprovada por George W. Bush em 2008 pelo menos ajudou os veteranos a voltar para a escola, financiando a educação e o treinamento de todos os veteranos que serviram mais de 90 dias nas forças armadas após o 11 de setembro.
Barack Obama criou o Conselho de Empregos dos Veteranos em 2009, e o governo federal contratou mais de 70 mil veteranos. No dia 21 de novembro, Obama aprovou uma lei oferecendo isenções fiscais a empregadores que contratassem veteranos desempregados ou com deficiências físicas. Michelle Obama e Jill Biden, a esposa do vice-presidente e madrasta de um soldado, lançaram uma campanha de apoio às famílias de veteranos e militares. O Departamento do Trabalho oferece um serviço de empregos online, além de programas de aconselhamento para veteranos em 3 mil centros espalhados pelo país.
Ainda assim, não há muito que comissões, inciativas e incentivos podem fazer. A transição de uma vida militar regimentada para a falta de estrutura da vida civil é difícil.
Susan Hampton, que ajuda veteranos em um centro de Corbin, Kentucky, diz que os soldados tem problemas em transformar suas habilidades militares em habilidades civis que possam ser aproveitadas pelo mercado. “Currículos assustam muita gente, em especial os soldados, acostumados a receber ordens, que agora não tem ninguém para dizer a eles o que fazer e aonde ir”, diz Glenn Campbell, um fuzileiro veterano do leste do Kentucky.
Mais de 2 milhões de soldados serviram no Iraque e no Afeganistão. Os números parecem grandes, mas representam menos de 1% dos norte-americanos. Por mais impopular que sejam as guerras atuais, pelo menos os soldados não tiveram uma recepção como a dada aos soldados que retornaram do Vietnã, recebidos sob um onda de fúria popular.
“Veteranos são mais respeitados que qualquer um aqui”, diz Campbell. E essa receptividade não está restrita ao Kentucky. Por todo o país os veteranos que retornam da guerra são recebidos com gratidão. Mas gratidão não é o suficiente para pagar as contas.
19/12/2011
LAVAGEM DE DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS E A CONEXÃO SURINAME-BRASIL
Bouterse, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner posam animados para fotos em reunião de republiquetas bananeiras esquerdistas da América Latina.
Esta matéria que segue é do site do jornal O Globo e faz um levantamento sobre o esquema de lavagem de dinheiro procedente do tráfico de drogas. Um dos chefões do tráfico no continente latino-americano é o atual presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse, que tem conexões no Brasil.
A foto acima aparece no Google Imagem mostrando Bouterse com Dilma e Cristina Kirchner.
Entretanto, quando se clica no link que hospeda a foto aparece o alerta: page no found [página não encontrada]. Mas ao que tudo indica é uma foto recente de um desses convescotes do Foro de São Paulo, a organização esquerdista que tem como principal fundador Lula, seus petralhas e como não poderia deixar de ser, Hugo Chávez e as FARC, o grupo narco-traficante ligado às organizações comunistas e que traça as diretrizes de ação para os governos esquerdistas do continente.
A reportagem de O Globo mostra quem é Bouterse e suas conexões com o crime organizado no Brasil que se transformou num paraíso de lavagem de dinheiro procedente da comercialização principalmente da cocaína.
Incrível é que Desiré Bouterse, proclamou em 1980, uma República Socialista, e no ano passado se elegeu Presidente e faz parte do clube da turma do Foro de São Paulo. Leiam:
Há três décadas Desiré Delano Bouterse é o líder político e militar mais poderoso do Suriname, antiga colônia holandesa na fronteira com o Pará, distante 1.500 quilômetros de Belém. Ex-chefe de uma ditadura que nos anos 80 proclamou no país uma "República Socialista", retornou ao poder na eleição do ano passado.
Ele tem mais 42 meses de mandato pela frente, até 13 de agosto de 2015. Então, Bouterse vai se tornar um narcotraficante de 70 anos com prisão decretada no Brasil e em mais meia centena de países, a pedido da Holanda, onde está condenado a 16 anos de prisão por tráfico de cocaína.
"A imunidade de um chefe de Estado começa no momento de sua posse e termina no momento em que deixe a função", lembra a embaixada dos Países Baixos, em nota dirigida ao GLOBO para explicar a posição do governo holandês sobre o caso do presidente do Suriname.
"Isso significa", continua, "que Bouterse, depois do mandato, poderá ser penalizado por qualquer ato que cometeu antes de ser presidente, pelos atos privados cometidos durante a sua presidência e pelos atos que venha a perpetrar depois da sua presidência."
Nos anos 80, ele foi um dos pioneiros na organização de rotas de tráfico de cocaína colombiana do Brasil para a Europa e os Estados Unidos, via Suriname.
Tinha um sócio brasileiro, o ex-garimpeiro Leonardo Dias Mendonça, preso em Goiás. Mendonça e Bouterse fizeram fortuna numa lucrativa frente de negócios com as Farc, a narcoguerrilha da Colômbia: vendiam armamento e recebiam em cocaína.
Registros financeiros indicam que Mendonça somou um patrimônio de US$ 70 milhões. Financiou o início de carreira de Luiz Fernando da Costa, o Beira-Mar — preso em Mossoró (RN).
E patrocinou uma rede de apoio político, na qual se destacou o ex-deputado federal Pinheiro Landim (PMDB-CE), recentemente homenageado na Assembleia do Ceará.
Bouterse, Mendonça e Beira-Mar são personagens de uma obscura rede financeira em expansão no Brasil, especializada em legalizar dinheiro obtido com atividades ilícitas (do narcotráfico à corrupção).
De terno e gravata no palácio presidencial em Paramaribo ou em uniformes das penitenciárias de Goiânia e Mossoró, eles movem seus lucros para a legalidade no país que se tornou o principal centro de lavagem financeira da América do Sul. A velocidade dessa transformação coincidiu com o ritmo de crescimento da economia nacional e da multiplicação das rotas de trânsito de droga do Brasil para EUA, Europa e Ásia (via África) na última década.
Um exemplo de como são feitas as operações: agentes financeiros usaram pelo menos 70 empresas e 112 pessoas para legalizar uma fatia de R$ 62 milhões dos ganhos de Beira-Mar no tráfico durante os últimos 19 meses. Não importa a origem do dinheiro, os padrões de lavagem quase sempre são os mesmos — segundo o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.
Governo admite a impunidade
Os dados do governo e do Judiciário sobre negócios feitos na fronteira das finanças ilegais são precários e de qualidade discutível, mas revelam um significativo crescimento no Brasil: 43,2 mil empresas e pessoas físicas passaram a ser investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro nos últimos 23 meses — mil a mais que o total de investigados nos quatro anos anteriores. Somente no ano passado, 30,5 mil se tornaram alvo dos "relatórios" que o Coaf envia às polícias, à Receita Federal e ao Judiciário. Foi o triplo do registrado em 2009.
Este mês começou com 51 empresas e cidadãos brasileiros sob investigação nos EUA. O Departamento do Tesouro situa o Brasil em quinto lugar na classificação de países com transferências de valores sob suspeita detectadas no mercado financeiro americano.
Os dados sobre o período de novembro de 2009 a junho deste ano mostram a Venezuela isolada na liderança (39% dos inquéritos abertos), seguida por Argentina, México e Emirados Árabes.
O Brasil se igualou a paraísos fiscais como Panamá e superou Uruguai, Hong Kong, Afeganistão e Ilhas Virgens Britânicas.
Na média, quatro em cada dez empresas ou pessoas físicas que passam à investigação no Brasil têm sido denunciadas por agências do exterior. Isso permitiu ao governo brasileiro êxito no bloqueio judicial de R$ 792 milhões em contas nos EUA, em Portugal, no Uruguai e na Suíça.
Além desse dinheiro, o país mantém um estoque de R$ 1,1 bilhão bloqueado por ordem judicial em contas-correntes, fundos de investimentos e de previdência privada de propriedade de empresas e de brasileiros investigados por crimes de lavagem.
No Rio, está interditado R$ 1 bilhão — 12 vezes mais que a soma dos bloqueios feitos em São Paulo (R$ 23 milhões), Ceará (R$ 18 milhões), Bahia (R$ 13 milhões), Minas Gerais (R$ 12 milhões), Pernambuco (R$ 10 milhões), Paraná (R$ 7 milhões) e Roraima (R$ 1,4 milhão).
Os tribunais receberam 3,5 mil novos inquéritos e ações penais por lavagem, no ano passado, mas os resultados são rarefeitos, segundo uma avaliação feita em abril pelo governo brasileiro em conjunto com a agência intergovernamental especializada (Gafi/Fatf): "São muito poucas as condenações", concluem, citando o risco que o país passou a representar e o tamanho do setor financeiro.
Márcia Cunha, juíza especializada em casos empresariais, no Rio, acha que a eficiência só vai aumentar com a repressão aos delitos financeiros: — Onde dói mesmo é no bolso, por isso precisamos ir atrás do dinheiro.
Há evidências de que máfias brasileiras passaram a financiar plantios, refino e logística de transporte do narcotráfico no Peru, na Bolívia e no Paraguai, acrescenta o sociólogo peruano Jaime Antezana:
— Iquitos, na fronteira do Peru com o Brasil, se tornou um paraíso para reinversão dos lucros.
Outra área onde os negócios florescem é o Paraguai. Desde 2009, a agência antidrogas americana (DEA) vigia operações na Tríplice Fronteira feitas pelo Banco Amambay com empresas de Horacio Cartes.
Cartes é líder do Partido Colorado e pré-candidato à presidência do Paraguai nas eleições de 2013.
Os relatórios da DEA informam que Cartes comanda uma grande "lavanderia" para máfias de vários países, principalmente o Brasil.
Esta matéria que segue é do site do jornal O Globo e faz um levantamento sobre o esquema de lavagem de dinheiro procedente do tráfico de drogas. Um dos chefões do tráfico no continente latino-americano é o atual presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse, que tem conexões no Brasil.
A foto acima aparece no Google Imagem mostrando Bouterse com Dilma e Cristina Kirchner.
Entretanto, quando se clica no link que hospeda a foto aparece o alerta: page no found [página não encontrada]. Mas ao que tudo indica é uma foto recente de um desses convescotes do Foro de São Paulo, a organização esquerdista que tem como principal fundador Lula, seus petralhas e como não poderia deixar de ser, Hugo Chávez e as FARC, o grupo narco-traficante ligado às organizações comunistas e que traça as diretrizes de ação para os governos esquerdistas do continente.
A reportagem de O Globo mostra quem é Bouterse e suas conexões com o crime organizado no Brasil que se transformou num paraíso de lavagem de dinheiro procedente da comercialização principalmente da cocaína.
Incrível é que Desiré Bouterse, proclamou em 1980, uma República Socialista, e no ano passado se elegeu Presidente e faz parte do clube da turma do Foro de São Paulo. Leiam:
Há três décadas Desiré Delano Bouterse é o líder político e militar mais poderoso do Suriname, antiga colônia holandesa na fronteira com o Pará, distante 1.500 quilômetros de Belém. Ex-chefe de uma ditadura que nos anos 80 proclamou no país uma "República Socialista", retornou ao poder na eleição do ano passado.
Ele tem mais 42 meses de mandato pela frente, até 13 de agosto de 2015. Então, Bouterse vai se tornar um narcotraficante de 70 anos com prisão decretada no Brasil e em mais meia centena de países, a pedido da Holanda, onde está condenado a 16 anos de prisão por tráfico de cocaína.
"A imunidade de um chefe de Estado começa no momento de sua posse e termina no momento em que deixe a função", lembra a embaixada dos Países Baixos, em nota dirigida ao GLOBO para explicar a posição do governo holandês sobre o caso do presidente do Suriname.
"Isso significa", continua, "que Bouterse, depois do mandato, poderá ser penalizado por qualquer ato que cometeu antes de ser presidente, pelos atos privados cometidos durante a sua presidência e pelos atos que venha a perpetrar depois da sua presidência."
Nos anos 80, ele foi um dos pioneiros na organização de rotas de tráfico de cocaína colombiana do Brasil para a Europa e os Estados Unidos, via Suriname.
Tinha um sócio brasileiro, o ex-garimpeiro Leonardo Dias Mendonça, preso em Goiás. Mendonça e Bouterse fizeram fortuna numa lucrativa frente de negócios com as Farc, a narcoguerrilha da Colômbia: vendiam armamento e recebiam em cocaína.
Registros financeiros indicam que Mendonça somou um patrimônio de US$ 70 milhões. Financiou o início de carreira de Luiz Fernando da Costa, o Beira-Mar — preso em Mossoró (RN).
E patrocinou uma rede de apoio político, na qual se destacou o ex-deputado federal Pinheiro Landim (PMDB-CE), recentemente homenageado na Assembleia do Ceará.
Bouterse, Mendonça e Beira-Mar são personagens de uma obscura rede financeira em expansão no Brasil, especializada em legalizar dinheiro obtido com atividades ilícitas (do narcotráfico à corrupção).
De terno e gravata no palácio presidencial em Paramaribo ou em uniformes das penitenciárias de Goiânia e Mossoró, eles movem seus lucros para a legalidade no país que se tornou o principal centro de lavagem financeira da América do Sul. A velocidade dessa transformação coincidiu com o ritmo de crescimento da economia nacional e da multiplicação das rotas de trânsito de droga do Brasil para EUA, Europa e Ásia (via África) na última década.
Um exemplo de como são feitas as operações: agentes financeiros usaram pelo menos 70 empresas e 112 pessoas para legalizar uma fatia de R$ 62 milhões dos ganhos de Beira-Mar no tráfico durante os últimos 19 meses. Não importa a origem do dinheiro, os padrões de lavagem quase sempre são os mesmos — segundo o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda.
Governo admite a impunidade
Os dados do governo e do Judiciário sobre negócios feitos na fronteira das finanças ilegais são precários e de qualidade discutível, mas revelam um significativo crescimento no Brasil: 43,2 mil empresas e pessoas físicas passaram a ser investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro nos últimos 23 meses — mil a mais que o total de investigados nos quatro anos anteriores. Somente no ano passado, 30,5 mil se tornaram alvo dos "relatórios" que o Coaf envia às polícias, à Receita Federal e ao Judiciário. Foi o triplo do registrado em 2009.
Este mês começou com 51 empresas e cidadãos brasileiros sob investigação nos EUA. O Departamento do Tesouro situa o Brasil em quinto lugar na classificação de países com transferências de valores sob suspeita detectadas no mercado financeiro americano.
Os dados sobre o período de novembro de 2009 a junho deste ano mostram a Venezuela isolada na liderança (39% dos inquéritos abertos), seguida por Argentina, México e Emirados Árabes.
O Brasil se igualou a paraísos fiscais como Panamá e superou Uruguai, Hong Kong, Afeganistão e Ilhas Virgens Britânicas.
Na média, quatro em cada dez empresas ou pessoas físicas que passam à investigação no Brasil têm sido denunciadas por agências do exterior. Isso permitiu ao governo brasileiro êxito no bloqueio judicial de R$ 792 milhões em contas nos EUA, em Portugal, no Uruguai e na Suíça.
Além desse dinheiro, o país mantém um estoque de R$ 1,1 bilhão bloqueado por ordem judicial em contas-correntes, fundos de investimentos e de previdência privada de propriedade de empresas e de brasileiros investigados por crimes de lavagem.
No Rio, está interditado R$ 1 bilhão — 12 vezes mais que a soma dos bloqueios feitos em São Paulo (R$ 23 milhões), Ceará (R$ 18 milhões), Bahia (R$ 13 milhões), Minas Gerais (R$ 12 milhões), Pernambuco (R$ 10 milhões), Paraná (R$ 7 milhões) e Roraima (R$ 1,4 milhão).
Os tribunais receberam 3,5 mil novos inquéritos e ações penais por lavagem, no ano passado, mas os resultados são rarefeitos, segundo uma avaliação feita em abril pelo governo brasileiro em conjunto com a agência intergovernamental especializada (Gafi/Fatf): "São muito poucas as condenações", concluem, citando o risco que o país passou a representar e o tamanho do setor financeiro.
Márcia Cunha, juíza especializada em casos empresariais, no Rio, acha que a eficiência só vai aumentar com a repressão aos delitos financeiros: — Onde dói mesmo é no bolso, por isso precisamos ir atrás do dinheiro.
Há evidências de que máfias brasileiras passaram a financiar plantios, refino e logística de transporte do narcotráfico no Peru, na Bolívia e no Paraguai, acrescenta o sociólogo peruano Jaime Antezana:
— Iquitos, na fronteira do Peru com o Brasil, se tornou um paraíso para reinversão dos lucros.
Outra área onde os negócios florescem é o Paraguai. Desde 2009, a agência antidrogas americana (DEA) vigia operações na Tríplice Fronteira feitas pelo Banco Amambay com empresas de Horacio Cartes.
Cartes é líder do Partido Colorado e pré-candidato à presidência do Paraguai nas eleições de 2013.
Os relatórios da DEA informam que Cartes comanda uma grande "lavanderia" para máfias de vários países, principalmente o Brasil.
O ATO FINAL DE UMA VIDA DE MENTIRAS
O 'Querido Líder' norte-coreano Kim Jong-il sofreu um ataque cardíaco durante uma viagem.
Por Evan Osnos
19/12/2011
Kim Jong-il, o assim chamado Querido Líder norte-coreano, não sobreviveu ao ano que se iniciou com a Primavera Árabe. No final, o que o matou não foi seu próprio povo, mas provavelmente as sequelas de um derrame. Ele tinha 69 anos. Sua saúde debilitada estava sendo um segredo oficial e uma ficção transparente — o ato final de uma vida vivida em mentiras desde sua infância.
Ele herdou o poder em 1994, quando seu pai, Kim Il-sung, que era conhecido como Grande Líder, morreu após governar por mais de quatro décadas. Ele presidiu sobre a fome e a repressão.
Nos seus anos finais, analistas estrangeiros debateram o prognóstico de Kim Jong-il e, por sua vez, os prospectos futuros do seu povo. Para medir os altos e baixos de sua saúde, observadores se baseavam na dispersão de indícios, incluindo o tamanho e o movimento de suas luvas em vídeo clipes oficiais.
Ele morreu resistindo a um convite de Beijing de tentar reformas econômicas que haviam transformado a China, sua aliada autoritária. Sua nação estava cada vez mais isolada na Ásia em um momento em que um dos últimos regimes desafiantes, Burma, estava fazendo gestos de abertura.
A Coreia do Norte raramente esteve tão sozinha quanto estava no final da era Kim. Nos dias à frente, o Querido Líder irá receber um adeus de realeza do governo que o temia e obedecia. Mas a reação do seu povo será o mais importante, e isso pode levar mais tempo para ser discernido. Por enquanto, o trono passou, como o fez para ele, ao seu sucessor escolhido, mas não testado: seu terceiro filho, Kim Jong-un, que está nos seus 20 anos e acordou nesta segunda-feira, 19, com a derradeira responsabilidade de gerir a vida de 25 milhões de pessoas que merecem mais.
Depois do anúncio da morte de Kim Jong-II, cenas de choro e desespero foram registradas na Coreia do Norte:
Por Evan Osnos
19/12/2011
Kim Jong-il, o assim chamado Querido Líder norte-coreano, não sobreviveu ao ano que se iniciou com a Primavera Árabe. No final, o que o matou não foi seu próprio povo, mas provavelmente as sequelas de um derrame. Ele tinha 69 anos. Sua saúde debilitada estava sendo um segredo oficial e uma ficção transparente — o ato final de uma vida vivida em mentiras desde sua infância.
Ele herdou o poder em 1994, quando seu pai, Kim Il-sung, que era conhecido como Grande Líder, morreu após governar por mais de quatro décadas. Ele presidiu sobre a fome e a repressão.
Nos seus anos finais, analistas estrangeiros debateram o prognóstico de Kim Jong-il e, por sua vez, os prospectos futuros do seu povo. Para medir os altos e baixos de sua saúde, observadores se baseavam na dispersão de indícios, incluindo o tamanho e o movimento de suas luvas em vídeo clipes oficiais.
Ele morreu resistindo a um convite de Beijing de tentar reformas econômicas que haviam transformado a China, sua aliada autoritária. Sua nação estava cada vez mais isolada na Ásia em um momento em que um dos últimos regimes desafiantes, Burma, estava fazendo gestos de abertura.
A Coreia do Norte raramente esteve tão sozinha quanto estava no final da era Kim. Nos dias à frente, o Querido Líder irá receber um adeus de realeza do governo que o temia e obedecia. Mas a reação do seu povo será o mais importante, e isso pode levar mais tempo para ser discernido. Por enquanto, o trono passou, como o fez para ele, ao seu sucessor escolhido, mas não testado: seu terceiro filho, Kim Jong-un, que está nos seus 20 anos e acordou nesta segunda-feira, 19, com a derradeira responsabilidade de gerir a vida de 25 milhões de pessoas que merecem mais.
Depois do anúncio da morte de Kim Jong-II, cenas de choro e desespero foram registradas na Coreia do Norte:
KIM JONG-II JÁ VAI TARDE, MAS NADA MELHORA TÃO CEDO...
Que fim-de-semana estranho. Tivemos a morte de um herói da democracia, dos direitos humanos e líder de um triunfo contra o comunismo soviético, o tcheco Vaclav Havel, e também a partida de um vilão que oprimia o seu povo e gerava pesadelos geopolíticos, a relíquia comunista norte-coreana Kim Jong-Il.
A morte de Havel é lamentada, motivo de reflexões sobre uma dura caminhada, mas reconfortante. Sim, as coisas podem melhorar, existem algumas primaveras de Praga. Já a morte do tirano norte-coreano, como a de um Stálin ou um Saddam Hussein, não merece lamentos. Não vamos chorar, como a apresentadora da TV que fez o anúncio do falecimento, mas vamos expressar preocupações sobre o futuro do país e da península coreana.
Kim Jong-Il matava o seu povo de fome e pancada (em contraste a seu estilo de vida nababesco e excêntrico), enquanto alimentava a neurose internacional com seu arsenal nuclelar e chantagens para conseguir assistência. Uma transição fora armada desde que o déspota sofrera um derrame em 2008, agora esta mudança de guarda deve ser abreviada.
Na monarquia comunista norte-coreana, o poder passa de pai para filho. O falecido pegara o trono do seu pai, Kim Il Sung, o fundador deste regime abjeto.
E tudo caminhava para o poder passar no ano que vem, nas celebrações apoteóticas e bizarras do centenário do nascimento do fundador desta pátria isolada, perigosa e imprevisível, para o garotão Kim Jong-Un, que tem 27 ou 28 anos e já é general.
Obviamente, o garotão é inexperiente. O que se passa lá dentro, nos intestinos do poder, é meio indecifrável, mas se acredita que o tio do garotão, Jang Song-Thaek, deva ser uma espécie de regente do trono e os militares já estejam arregimentados para esta transição.
Pela lógica, o foco norte-coreano será interno nos próximos anos, sem perspectivas de avanços nas negociações nucleares. De acordo com a empresa de inteligência global Stratfor, a curto prazo pode se apostar em uma situação tensa, porém estável. No entanto, pode haver um jogo competitivo com o potencial de gerar conflitos internos.
O risco sempre nesta hora é que estes conflitos resvalem para o exterior, com uma postura mais agressiva, ainda mais nacionalista e mais paranóica. Em uma visão alarmista, facções ou o novo poder em torno do reizinho podem recorrer a mais testes nucleares ou provocações militares para amealhar legitimidade. Nas capitais internacionais, não interessa no momento tirar proveito da situação, pois o resultado poderá ser o caos ou justamente alguma loucura militar da parte dos norte-coreanos.
A suposição é uma resposta coordenada da Coreia do Sul, China (o único patrono da Coreia do Norte), Japão, Rússia e EUA para manter alguma medida de estabilidade na situação. O tom das primeiras respostas diplomáticas da comunidade internacional justamente evita o pânico. Basta dizer que a Coreia do Sul e China não querem “administrar” o caos ou absorver repentinamente um fluxo maciço de refugiados norte-coreanos.
Neste 2011 já partiram para o além ou para a prisão tantos ditadores. As mudanças ainda não são edificantes como na Praga de Vaclav Havel.
Caio Blinder
A morte de Havel é lamentada, motivo de reflexões sobre uma dura caminhada, mas reconfortante. Sim, as coisas podem melhorar, existem algumas primaveras de Praga. Já a morte do tirano norte-coreano, como a de um Stálin ou um Saddam Hussein, não merece lamentos. Não vamos chorar, como a apresentadora da TV que fez o anúncio do falecimento, mas vamos expressar preocupações sobre o futuro do país e da península coreana.
Kim Jong-Il matava o seu povo de fome e pancada (em contraste a seu estilo de vida nababesco e excêntrico), enquanto alimentava a neurose internacional com seu arsenal nuclelar e chantagens para conseguir assistência. Uma transição fora armada desde que o déspota sofrera um derrame em 2008, agora esta mudança de guarda deve ser abreviada.
Na monarquia comunista norte-coreana, o poder passa de pai para filho. O falecido pegara o trono do seu pai, Kim Il Sung, o fundador deste regime abjeto.
E tudo caminhava para o poder passar no ano que vem, nas celebrações apoteóticas e bizarras do centenário do nascimento do fundador desta pátria isolada, perigosa e imprevisível, para o garotão Kim Jong-Un, que tem 27 ou 28 anos e já é general.
Obviamente, o garotão é inexperiente. O que se passa lá dentro, nos intestinos do poder, é meio indecifrável, mas se acredita que o tio do garotão, Jang Song-Thaek, deva ser uma espécie de regente do trono e os militares já estejam arregimentados para esta transição.
Pela lógica, o foco norte-coreano será interno nos próximos anos, sem perspectivas de avanços nas negociações nucleares. De acordo com a empresa de inteligência global Stratfor, a curto prazo pode se apostar em uma situação tensa, porém estável. No entanto, pode haver um jogo competitivo com o potencial de gerar conflitos internos.
O risco sempre nesta hora é que estes conflitos resvalem para o exterior, com uma postura mais agressiva, ainda mais nacionalista e mais paranóica. Em uma visão alarmista, facções ou o novo poder em torno do reizinho podem recorrer a mais testes nucleares ou provocações militares para amealhar legitimidade. Nas capitais internacionais, não interessa no momento tirar proveito da situação, pois o resultado poderá ser o caos ou justamente alguma loucura militar da parte dos norte-coreanos.
A suposição é uma resposta coordenada da Coreia do Sul, China (o único patrono da Coreia do Norte), Japão, Rússia e EUA para manter alguma medida de estabilidade na situação. O tom das primeiras respostas diplomáticas da comunidade internacional justamente evita o pânico. Basta dizer que a Coreia do Sul e China não querem “administrar” o caos ou absorver repentinamente um fluxo maciço de refugiados norte-coreanos.
Neste 2011 já partiram para o além ou para a prisão tantos ditadores. As mudanças ainda não são edificantes como na Praga de Vaclav Havel.
Caio Blinder
CORÉIA DO NORTE REALIZA TESTE COM MÍSSIL APÓS ANÚNCIO DA MORTE DO DITADOR KIN JONG-II
Sinal de alerta – A morte do ditador norte-coreano Kim Jong-II, que de acordo com informações oficiais teria ocorrido no último sábado (17), já provoca polêmicas na Ásia, que está em alerta máximo por causa da possibilidade de ações militares serem deflagradas para reforçar o poder de Kim Jog-un, filho mais jovem do sanguinário tirano comunista que durante dezessete anos governou com mão de ferro o país.
Com forte programa nuclear, o que assusta os países vizinhos e preocupa as autoridades de todo o planeta, a hermética Coreia do Norte realizou, logo após o anúncio da morte do ditador, teste com míssil de curto alcance, a partir do litoral oriental.
A informação divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap reforça a teoria sobre a falta de unanimidade em torno do nome do sucessor, Kim Jong-un, que já estaria enfrentando uma intifada familiar, situação que pode provocar um golpe.
De acordo com a agência sul-coreana, autoridades militares da Coreia do Norte, não identificadas, informaram que o teste estava programado e não tem qualquer relação com a morte de Kim Jong-II, mas trata-se de uma operação estranha e temerosa.
ucho.info
CRISTINA KIRCHNER AGRIDE LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O jornal “O Globo” publicou o artigo abaixo que expressa a opinião sobre a ameaça a liberdade de expressão na Argentina. Para o veículo, o controle da produção e distribuição de papel de jornal pelo Estado, defendido pela presidente Cristina Kirchner, representa uma agressão aos princípios democráticos.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inicia seu segundo mandato acelerando a adoção demedidas restritivas à liberdade de expressão, o que enxovalha as credenciais democráticas do país, de resto já bastante arranhadas nos dois mandatos anteriores do casal K. Com a ampla vitória eleitoral obtida em outubro, que deu aos kirchneristas maioria nas duas Casas do Congresso, o governo apressou-se em submeter à Câmara o polêmico projeto que declara deinteresse público a produção e distribuição de papel de jornal, abrindo caminho para maior intervenção estatal neste que é um insumo vital para a imprensa. Cristina tentara aprovar projeto similar em 2009 e 2010, mas não contava então com o número necessário de votos.
Não há surpresa, portanto. Os governos K têm tendências caudilhescas e pontos de contato com o modelo criado por Hugo Chávez na Venezuela, com um Executivo cada vez mais forte, emdetrimento dos demais poderes. A imprensa profissional e independente é considerada uma perigosa inimiga tanto na Venezuela quanto na Argentina, pois “ousa” pautar seu comportamento pelo interesse público e não pelo dos governantes. Para sanar este “defeito”, o Estado avança sobre os meios de comunicação privados e cria uma rede de veículos – jornais, emissoras de rádio e canais de TV – que se torna porta-voz da “verdade” oficial.
Na Argentina, a queda de braço se dá em torno da empresa Papel Prensa, que pertence majoritariamente aos grupos de comunicação “Clarín” e “La Nación”, tendo o Estado argentino como acionista minoritário. Ela fornece 74% do papel consumido pela imprensa argentina e vendepara 440 diários. O projeto aprovado na Câmara, a ser submetido ao Senado esta semana, dá ao Estado o poder de determinar quanto as produtoras de papel devem investir e a que preço vender seus produtos. Determina também que a Papel Prensa deve abastecer todo o mercado argentino, e que o Estado fará o investimento necessário para tal se os acionistas privados não o fizerem.
Aqui se abre a porta para o Estado aumentar sua participação em detrimento dos acionistas privados, que já sofrem intensa pressão do governo – por exemplo, via restrição da propaganda oficial – devido a seu caráter profissional e, portanto, crítico e independente. Para a SociedadeInteramericana de Imprensa (SIP), o projeto da Casa Rosada “fere princípios fundamentais daliberdade de imprensa estabelecidos na Declaração de Chapultepec, em tratados assinados pelo país e no artigo 32 da própria Constituição argentina”.
Outro dos primeiros atos de Cristina Kirchner foi retomar a pressão sobre o Judiciário para que sejam derrogadas as liminares que suspenderam a aplicação do artigo 161 da Lei de Meios Audiovisuais. Ela obriga o grupo Clarín a vender boa parte de seus canais de TV e emissoras derádio.
A justificativa é aumentar o pluralismo na oferta de informações ao público – discurso também usado no Brasil. Mas o que realmente está por trás é o desejo de enfraquecer economicamente as empresas de comunicação, tornando-as mais dependentes da publicidade oficial; portanto, mais “dóceis”.
19 de dezembro de 2011
Millenium
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, inicia seu segundo mandato acelerando a adoção demedidas restritivas à liberdade de expressão, o que enxovalha as credenciais democráticas do país, de resto já bastante arranhadas nos dois mandatos anteriores do casal K. Com a ampla vitória eleitoral obtida em outubro, que deu aos kirchneristas maioria nas duas Casas do Congresso, o governo apressou-se em submeter à Câmara o polêmico projeto que declara deinteresse público a produção e distribuição de papel de jornal, abrindo caminho para maior intervenção estatal neste que é um insumo vital para a imprensa. Cristina tentara aprovar projeto similar em 2009 e 2010, mas não contava então com o número necessário de votos.
Não há surpresa, portanto. Os governos K têm tendências caudilhescas e pontos de contato com o modelo criado por Hugo Chávez na Venezuela, com um Executivo cada vez mais forte, emdetrimento dos demais poderes. A imprensa profissional e independente é considerada uma perigosa inimiga tanto na Venezuela quanto na Argentina, pois “ousa” pautar seu comportamento pelo interesse público e não pelo dos governantes. Para sanar este “defeito”, o Estado avança sobre os meios de comunicação privados e cria uma rede de veículos – jornais, emissoras de rádio e canais de TV – que se torna porta-voz da “verdade” oficial.
Na Argentina, a queda de braço se dá em torno da empresa Papel Prensa, que pertence majoritariamente aos grupos de comunicação “Clarín” e “La Nación”, tendo o Estado argentino como acionista minoritário. Ela fornece 74% do papel consumido pela imprensa argentina e vendepara 440 diários. O projeto aprovado na Câmara, a ser submetido ao Senado esta semana, dá ao Estado o poder de determinar quanto as produtoras de papel devem investir e a que preço vender seus produtos. Determina também que a Papel Prensa deve abastecer todo o mercado argentino, e que o Estado fará o investimento necessário para tal se os acionistas privados não o fizerem.
Aqui se abre a porta para o Estado aumentar sua participação em detrimento dos acionistas privados, que já sofrem intensa pressão do governo – por exemplo, via restrição da propaganda oficial – devido a seu caráter profissional e, portanto, crítico e independente. Para a SociedadeInteramericana de Imprensa (SIP), o projeto da Casa Rosada “fere princípios fundamentais daliberdade de imprensa estabelecidos na Declaração de Chapultepec, em tratados assinados pelo país e no artigo 32 da própria Constituição argentina”.
Outro dos primeiros atos de Cristina Kirchner foi retomar a pressão sobre o Judiciário para que sejam derrogadas as liminares que suspenderam a aplicação do artigo 161 da Lei de Meios Audiovisuais. Ela obriga o grupo Clarín a vender boa parte de seus canais de TV e emissoras derádio.
A justificativa é aumentar o pluralismo na oferta de informações ao público – discurso também usado no Brasil. Mas o que realmente está por trás é o desejo de enfraquecer economicamente as empresas de comunicação, tornando-as mais dependentes da publicidade oficial; portanto, mais “dóceis”.
19 de dezembro de 2011
Millenium
"AUTONOMIA" NÃO QUER DIZER SOBERANIA
Já disse aqui que gosto, com freqüência, dos votos do ministro Marco Aurélio de Mello. Mas sou assim, vocês sabem: quando gosto, aplaudo; quando não gosto, critico. O ministro concedeu uma liminar (ver post anterior) suspendendo o poder originário de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Na prática, enquanto valer a liminar — e caso seja esse o entendimento da maioria do tribunal quando o mérito for julgado pelo tribunal —, só chegarão ao Supremo os casos que tenham sido antes investigados pelas corregedorias locais.
É um grande retrocesso no processo de moralização do Poder Judiciário, que é, já escrevi aqui tantas vezes, o Poder dos Poderes. Todos nós sabemos que o Executivo e o Legislativo estão muito mais sujeitos a mecanismos de controle da opinião pública do que a Justiça.
A decisão de Marco Aurélio me parece ruim no conteúdo e na forma. O assunto ficou se arrastando tempo demais no Supremo para ter agora, como desfecho, ainda que temporário, uma liminar. Levanta-se a suspeita — certamente não se trata disso porque Marco Aurélio é um ministro corajoso — de que o momento para decidir não é bom porque a opinião pública está de olho, e melhor seria esperar a coisa esfriar.
Qual é a tese de fundo nessa história toda? A tal “autonomia político-administrativa” dos tribunais regionais. Seja na Justiça, seja na universidade, a “autonomia”, no Brasil, tem sido entendida como “soberania”.
Aí fica complicado. Pego um caso: se o máximo salário que se pode pagar no Brasil a um servidor público é o vencimento de um ministro do Supremo, e é!!!, isso me parece claro o bastante para excluir procedimentos ditos “autônomos”, que, muitas vezes, multiplicam esses ganhos por três, quatro vezes ou que instituem formas de remuneração ao arrepio da própria lei.
Se a corregedoria do CNJ não puder investigar um eventual caso notório de descumprimento da lei num tribunal regional a menos que haja um processo aberto na corregedoria local, então é forçoso admitir que essa corregedoria local é que tem poder sobre a corregedoria de alcance nacional — ou perdi alguma coisa? Li a Emenda 45, que trata do assunto, e não consegui encontrar nada que impeça o poder de investigação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Marco Aurélio, os ministros do Supremo e os magistrados de maneira geral deveriam ter claro que a média da população, e não sem razão, vê a Justiça com desconfiança porque a considera lenta demais, burocrática demais e tendente a garantir a impunidade.
Deveriam todos estar empenhados em, pela prática, mudar essa imagem. Vigora, infelizmente, nas ruas a máxima de que, no país, só são punidos os três “pês”: puta, preto e pobre. Não estou pedindo que se decida levando em conta um exagero retórico.
Estou cobrando o razoável: que o Conselho Nacional de Justiça, QUE NÃO É UMA ENTIDADE SECRETA, possa investigar, de forma discplinada, eventuais desvios de conduta de juízes. E em parceria, quando isso for possível, com as carregedorias regionais. É um capricho do corporativismo aceitar que estas sejam o limite daquela.
Todos vimos a condenação do democrata Rod Blagojevich, ex-governador do estado de Illinois, nos Estados Unidos, a 14 anos de prisão porque tentou vender uma vaga no Senado, justamente a que pertencia a Obama. Gernard Madoff, o trapaceiro, está em cana faz tempo. É evidente que isso ajuda a inibir a bandidagem. É a impunidade que alimenta o ciclo da corrupção.
Criar mecanismos que combatam a impunidade e garantam a celeridade da Justiça, pois, deveria ser a preocupação número um das entidades que reúnem juízes.
Em vez disso, muitos deles se ocupam de garantir privilégios e proteções corporativistas. É ruim para a Justiça, para o Brasil e para os brasileiros. E, definitivamente, é chegada a hora de debater o que significa “autonomia” numa República. Uma coisa é certa: não significa a criação de repúblicas independentes dentro da República.
Reinaldo Azevedo
Na prática, enquanto valer a liminar — e caso seja esse o entendimento da maioria do tribunal quando o mérito for julgado pelo tribunal —, só chegarão ao Supremo os casos que tenham sido antes investigados pelas corregedorias locais.
É um grande retrocesso no processo de moralização do Poder Judiciário, que é, já escrevi aqui tantas vezes, o Poder dos Poderes. Todos nós sabemos que o Executivo e o Legislativo estão muito mais sujeitos a mecanismos de controle da opinião pública do que a Justiça.
A decisão de Marco Aurélio me parece ruim no conteúdo e na forma. O assunto ficou se arrastando tempo demais no Supremo para ter agora, como desfecho, ainda que temporário, uma liminar. Levanta-se a suspeita — certamente não se trata disso porque Marco Aurélio é um ministro corajoso — de que o momento para decidir não é bom porque a opinião pública está de olho, e melhor seria esperar a coisa esfriar.
Qual é a tese de fundo nessa história toda? A tal “autonomia político-administrativa” dos tribunais regionais. Seja na Justiça, seja na universidade, a “autonomia”, no Brasil, tem sido entendida como “soberania”.
Aí fica complicado. Pego um caso: se o máximo salário que se pode pagar no Brasil a um servidor público é o vencimento de um ministro do Supremo, e é!!!, isso me parece claro o bastante para excluir procedimentos ditos “autônomos”, que, muitas vezes, multiplicam esses ganhos por três, quatro vezes ou que instituem formas de remuneração ao arrepio da própria lei.
Se a corregedoria do CNJ não puder investigar um eventual caso notório de descumprimento da lei num tribunal regional a menos que haja um processo aberto na corregedoria local, então é forçoso admitir que essa corregedoria local é que tem poder sobre a corregedoria de alcance nacional — ou perdi alguma coisa? Li a Emenda 45, que trata do assunto, e não consegui encontrar nada que impeça o poder de investigação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Marco Aurélio, os ministros do Supremo e os magistrados de maneira geral deveriam ter claro que a média da população, e não sem razão, vê a Justiça com desconfiança porque a considera lenta demais, burocrática demais e tendente a garantir a impunidade.
Deveriam todos estar empenhados em, pela prática, mudar essa imagem. Vigora, infelizmente, nas ruas a máxima de que, no país, só são punidos os três “pês”: puta, preto e pobre. Não estou pedindo que se decida levando em conta um exagero retórico.
Estou cobrando o razoável: que o Conselho Nacional de Justiça, QUE NÃO É UMA ENTIDADE SECRETA, possa investigar, de forma discplinada, eventuais desvios de conduta de juízes. E em parceria, quando isso for possível, com as carregedorias regionais. É um capricho do corporativismo aceitar que estas sejam o limite daquela.
Todos vimos a condenação do democrata Rod Blagojevich, ex-governador do estado de Illinois, nos Estados Unidos, a 14 anos de prisão porque tentou vender uma vaga no Senado, justamente a que pertencia a Obama. Gernard Madoff, o trapaceiro, está em cana faz tempo. É evidente que isso ajuda a inibir a bandidagem. É a impunidade que alimenta o ciclo da corrupção.
Criar mecanismos que combatam a impunidade e garantam a celeridade da Justiça, pois, deveria ser a preocupação número um das entidades que reúnem juízes.
Em vez disso, muitos deles se ocupam de garantir privilégios e proteções corporativistas. É ruim para a Justiça, para o Brasil e para os brasileiros. E, definitivamente, é chegada a hora de debater o que significa “autonomia” numa República. Uma coisa é certa: não significa a criação de repúblicas independentes dentro da República.
Reinaldo Azevedo
MINISTRO DO STF ESVAZIA PODERES DO CNJ
Péssima notícia - Em decisão liminar, ministro do STF esvazia poderes do CNJ
Em decisão liminar, Ministro esvazia poderes do CNJ
Por Felipe Seligman, na Folha.
Em decisão liminar nesta segunda-feira (19), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello suspendeu o poder “originário” de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra magistrados, determinando que o órgão só pode atuar após as corregedorias locais. A liminar concedida pelo ministro deve ser levada a plenário na primeira sessão do ano que vem, no início de fevereiro, para que seus colegas avaliem o tema. Até lá, no entanto, as funções da corregedoria do CNJ estarão esvaziadas.
Ficarão prejudicadas aquelas investigações que tiveram início diretamente no conselho, antes que tenham sido analisadas nas corregedorias dos tribunais onde os juízes investigados atuam. Como está previsto na Constituição, o CNJ pode ainda avocar [determinar a subida de] processos em curso nas corregedorias, desde que comprovadamente parados. O ministro afirmou que o conselho deve se limitar à chamada “atuação subsidiária”.
Em outras palavras, o que não pode é iniciar uma investigação do zero, fato permitido em resolução do CNJ, editada em julho deste ano, padronizando a forma como o conselho investiga, mas que foi questionada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). “A solução de eventual controvérsia entre as atribuições do Conselho e as dos tribunais não ocorre com a simples prevalência do primeiro, na medida em que a competência do segundo também é prevista na Constituição da República”, diz o ministro em sua decisão. “A atuação legítima, contudo, exige a observância da autonomia político-administrativa dos tribunais, enquanto instituições dotadas de capacidade autoadministrativa e disciplinar.”
Foi exatamente este assunto que colocou em lados opostos o presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, e sua corregedora, Eliana Calmon. O primeiro defendia exatamente a função subsidiária do conselho, enquanto a última afirmava ser fundamental a atuação “concorrente” e “originária”.
Calmon chegou a dizer que o esvaziamento dos poderes do CNJ abriria espaço para os chamados “bandidos de toga”. A ação da AMB está na pauta do STF desde o início de setembro, mas os ministros preferiram não analisar o tema, exatamente por conta desta polêmica. Como a última sessão do ano aconteceu durante a manhã e os ministros só voltam a se reunir em fevereiro, Marco Aurélio decidiu analisar sozinho uma série de pedidos feitos pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).
Além desta questão, o ministro também suspendeu mais de dez outras normas presentes na resolução do CNJ em questão. Entre elas, uma que permite a utilização de outra lei, mais dura que a Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), para punir magistrados acusados de abuso de autoridade. Outra regra, que também foi suspensa, dava direito a voto ao presidente e ao corregedor do CNJ.
Reinaldo Azevedo, 19.12.2011
A HISTÓRIA PASSOU NA JANELA E SÓ A FILHA DO GENRO NÃO VIU
Meu caro Quaglio,
em setembro de 1996, Vaclav Havel esteve no Brasil. A falta de parlamentares em Brasília impediu sua recepção no Congresso, como era de praxe. Havel trocou a visita por um passeio pela cidade. Admirou monumentos, contemplou o Alvorada como turista e terminou o passeio tomando cerveja sozinho em um restaurante do Lago Sul. As únicas “autoridades” que o receberam em sua visita foram alguns caciques da tribo uaimiri atroari, em Manaus. O Brasil teve a honra de receber um dos mais importantes líderes políticos do século e deixou-o entregue às moscas num boteco qualquer em Brasília.
A ida ao Congresso foi cancelada porque não havia quem recebesse o presidente tcheco de acordo com o protocolo. Os presidentes da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recusaram-se a marcar a audiência, já prevendo o esvaziamento. Havel opôs-se aos comunistas tcheco-eslovacos, sofreu mais de quatro anos de prisão e ainda ousou ser presidente de seu país. Foi tratado como leproso no Brasil.
Essa gente não tem cura, Quaglio. Em 1991, andou em Porto Alegre uma triste alma penada, convidado e patrocinado pelos bolches que tomaram posse da alcaiceria da capital gaúcha, o comunista grego Cornelius Castoriadis. Conivente a vida toda com o fascismo eslavo, desmoralizado em Paris por seus laivos de Madalena tardia, conseguiu encontrar ao sul dos trópicos, logo em Porto Alegre que eu julgava cidade culta, um palco para suas histrionices. A capital gaúcha desde há muito vem emburrecendo. Suas elites importam da Europa prostitutas decadentes de fim de noite, desde que tenham boca para qualquer prática como, por exemplo, tentar recuperar os restos podres do socialismo.
Fosse só isso, não era nada. Quando o Cornelius, papagueando o que há duas décadas se sabia na Europa, classificou como stalinista o regime de Castro, foi vaiado. Devagar nas pedras, Cornelius. As esquerdas tropicais são assim mesmo, lentas e fanáticas. Mesmo após a queda de Castro, necessitarão de mais algumas décadas para considerá-lo ditador.
(Falar nisso, ao comentar a morte do ditador norte-coreano Kim Jong-Il, escreve El País em sua edição de hoje: “Estuvo al frente de la única dinastía comunista hereditaria del mundo durante 17 años”. Pelo jeito o jornal esqueceu dos irmãos Castro, que estão no poder há 52 anos).
Luciana Genro vê na queda do Muro “a rebelião de um povo cansado da opressão e da miséria, em um sistema que nada tinha em comum com a idéia generosa do socialismo de Marx, Lênin e Trotsky”. Vê isto hoje, duas décadas após o acontecimento. Mais um pouco, com essa extraordinária capacidade que têm os comunistas de distorcer a História, e acabará se convencendo de que foram eles, os comunistas, que derrubaram o muro.
Ainda este ano, duas décadas após o desmoronamento da União Soviética, Luciana Genro conclamava seus seguidores no Twitter a participar do painel Atualidade do Marxismo, coordenado pelos presidentes do PSOL gaúcho e nacional. “Pedimos a cada um de nossos militantes, simpatizantes e amigos que participem e convidem colegas, vizinhos, familiares e amigos. Vamos juntos enriquecer nosso partido e fortalecer nossa unidade e luta”.
Imaginei, um dia, que o marxismo morreria com a morte de seus últimos cultores, que afinal não podiam renunciar à doutrina. Seria algo como dizer: fui uma solene besta minha vida toda. Que Tarso Genro continue stalinista se entende. Árvore velha não se dobra. Sempre defendeu o comunismo e o stalinismo e renunciar ao obscurantismo seria negar tudo o que escreveu. Esclerose é isso mesmo, enrijecimento do cérebro.
Mas Luciana Genro tinha 18 anos quando caiu o Muro. Tinha 20 quando a União Soviética esfacelou-se. Terá tapado a cabeça com um travesseiro para não ouvir o rumor do mar?
Parafraseando outro velho comunossauro: a história passou na janela e só a Luciana não viu.
janer cristaldo
em setembro de 1996, Vaclav Havel esteve no Brasil. A falta de parlamentares em Brasília impediu sua recepção no Congresso, como era de praxe. Havel trocou a visita por um passeio pela cidade. Admirou monumentos, contemplou o Alvorada como turista e terminou o passeio tomando cerveja sozinho em um restaurante do Lago Sul. As únicas “autoridades” que o receberam em sua visita foram alguns caciques da tribo uaimiri atroari, em Manaus. O Brasil teve a honra de receber um dos mais importantes líderes políticos do século e deixou-o entregue às moscas num boteco qualquer em Brasília.
A ida ao Congresso foi cancelada porque não havia quem recebesse o presidente tcheco de acordo com o protocolo. Os presidentes da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recusaram-se a marcar a audiência, já prevendo o esvaziamento. Havel opôs-se aos comunistas tcheco-eslovacos, sofreu mais de quatro anos de prisão e ainda ousou ser presidente de seu país. Foi tratado como leproso no Brasil.
Essa gente não tem cura, Quaglio. Em 1991, andou em Porto Alegre uma triste alma penada, convidado e patrocinado pelos bolches que tomaram posse da alcaiceria da capital gaúcha, o comunista grego Cornelius Castoriadis. Conivente a vida toda com o fascismo eslavo, desmoralizado em Paris por seus laivos de Madalena tardia, conseguiu encontrar ao sul dos trópicos, logo em Porto Alegre que eu julgava cidade culta, um palco para suas histrionices. A capital gaúcha desde há muito vem emburrecendo. Suas elites importam da Europa prostitutas decadentes de fim de noite, desde que tenham boca para qualquer prática como, por exemplo, tentar recuperar os restos podres do socialismo.
Fosse só isso, não era nada. Quando o Cornelius, papagueando o que há duas décadas se sabia na Europa, classificou como stalinista o regime de Castro, foi vaiado. Devagar nas pedras, Cornelius. As esquerdas tropicais são assim mesmo, lentas e fanáticas. Mesmo após a queda de Castro, necessitarão de mais algumas décadas para considerá-lo ditador.
(Falar nisso, ao comentar a morte do ditador norte-coreano Kim Jong-Il, escreve El País em sua edição de hoje: “Estuvo al frente de la única dinastía comunista hereditaria del mundo durante 17 años”. Pelo jeito o jornal esqueceu dos irmãos Castro, que estão no poder há 52 anos).
Luciana Genro vê na queda do Muro “a rebelião de um povo cansado da opressão e da miséria, em um sistema que nada tinha em comum com a idéia generosa do socialismo de Marx, Lênin e Trotsky”. Vê isto hoje, duas décadas após o acontecimento. Mais um pouco, com essa extraordinária capacidade que têm os comunistas de distorcer a História, e acabará se convencendo de que foram eles, os comunistas, que derrubaram o muro.
Ainda este ano, duas décadas após o desmoronamento da União Soviética, Luciana Genro conclamava seus seguidores no Twitter a participar do painel Atualidade do Marxismo, coordenado pelos presidentes do PSOL gaúcho e nacional. “Pedimos a cada um de nossos militantes, simpatizantes e amigos que participem e convidem colegas, vizinhos, familiares e amigos. Vamos juntos enriquecer nosso partido e fortalecer nossa unidade e luta”.
Imaginei, um dia, que o marxismo morreria com a morte de seus últimos cultores, que afinal não podiam renunciar à doutrina. Seria algo como dizer: fui uma solene besta minha vida toda. Que Tarso Genro continue stalinista se entende. Árvore velha não se dobra. Sempre defendeu o comunismo e o stalinismo e renunciar ao obscurantismo seria negar tudo o que escreveu. Esclerose é isso mesmo, enrijecimento do cérebro.
Mas Luciana Genro tinha 18 anos quando caiu o Muro. Tinha 20 quando a União Soviética esfacelou-se. Terá tapado a cabeça com um travesseiro para não ouvir o rumor do mar?
Parafraseando outro velho comunossauro: a história passou na janela e só a Luciana não viu.
janer cristaldo
OPRESSÃO SEDUTORA
Artigos - Movimento Revolucionário
Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família.
Hoje em dia, nos Estados Unidos, um pai de família pode ser expulso de casa, proibido de ver os filhos e obrigado a pagar quase todo o seu salário em pensão de alimentos, sem que haja uma só prova de que ele fez ou pensou em fazer qualquer coisa de errado. Basta que sua mulher diga à polícia – sem uma testemunha sequer – que ele ameaçou surrá-la ou abusar das crianças.
Quando o infeliz é avisado de que tem vinte e quatro horas para sair do pedaço e ver sua vida desfazer-se no ar como fumaça, ele vai ao delegado e reclama que não é justo ser condenado sem o mínimo direito de defesa.
E a autoridade, com o ar mais tranquilizante do universo, responde:
"Meu amigo, não há necessidade de defesa, pois o senhor não está sendo acusado de nada. É apenas uma medida cautelar – que pode, é verdade, ser renovada indefinidamente e durar pelo resto da sua porca vida. O senhor só será preso se violar a ordem, tentando encontrar-se com seus filhos fora dos horários prescritos (se algum há), passando perto da sua antiga casa num raio de, digamos, dois quilômetros, ou se metendo a besta caso a sua digníssima, liberta da sua opressiva presença, vá para a cama com um, dois ou quinze homens. Passe bem."
Cinquenta por cento das crianças americanas vivem sem um dos pais – quase sempre o pai. Uma das consequências diretas é o aumento exponencial dos casos de pedofilia doméstica, onde as estatísticas mostram que o culpado é quase que invariavelmente o namorado da mãe.
Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família, que seus mestres viam como condição indispensável ao triunfo do socialismo.
Tudo isso começou com os ares mais inofensivos que se pode imaginar, como campanha de proteção à mulher contra a "opressão machista".
Quem, em sã consciência, seria contra uma coisa dessas? Pouco a pouco, à medida que adquire força de lei, a providência humanitária vai ampliando seu raio de alcance até transformar-se num pesadelo, num instrumento de opressão mil vezes pior do que os males que lhe serviram de pretexto, porque agora é oficial e se sustenta no poder da polícia, dos tribunais, do sistema educacional e da propaganda maciça que demoniza os acusados ao ponto de ninguém ter mais a coragem de dizer uma palavra em favor deles.
E os resultados sociais catastróficos?
São explicados como efeitos de outras causas, que por sua vez dão motivo a novas medidas humanitárias, entregando cada vez mais a grupos ativistas cínicos o monopólio da autoridade moral e estendendo ilimitadamente o poder de intervenção da burocracia estatal na vida privada.
O problema é, por exemplo, a pedofilia? Acusa-se a educação católica (embora o número de pedófilos entre os padres seja menor do que em qualquer outro grupo de educadores) e, com um pouco de jeito, persuade-se até o Papa a se prosternar ante a mídia vociferante.
Os meninos criados sem um pai são inseguros, tímidos, fracos? Ótimo. Com alguma lábia, são levados a crer que são transexuais latentes, inadaptados, coitadinhos, no meio social machista.
São turbulentos, anti-sociais? Melhor ainda. Eis a prova de que a sociedade capitalista é intrinsecamente violenta, geradora de brutalidades. E assim por diante.
Cada novo efeito maléfico da guerra cultural já traz preparada, de antemão, uma teoria engenhosa que lança as culpas sobre a família, a religião, a cultura, o capitalismo – sobre tudo e sobre todos, exceto os autores do efeito, os ativistas pagos com dinheiro dos contribuintes para planejar, nas universidades, a destruição meticulosa e sistemática da sociedade.
A técnica é sempre a mesma. Primeiro, descobre-se um grupo social descontente e designam-se os culpados, produzindo-se contra eles uma tempestade de livros, filmes, teses universitárias, programas de televisão, artigos de jornal, conferências, debates, o diabo.
Apontados em público, olhados com suspeita pela vizinhança, os membros do grupo acusado começam a achar prudente marcar distância dele, mudando de vocabulário, de atitudes, e por fim juntando sua voz ao coro dos acusadores, para maior verossimilhança da conversão. Ato contínuo, concebem-se leis e medidas administrativas para amarrar as mãos dos malvados e, depois, puni-los.
Vitoriosa a batalha legislativa, começa a etapa decisiva: "ampliar a democracia", estender a área de aplicação dos "direitos" conquistados até que, dialeticamente, se convertam em meios de opressão estatal contra os quais já nada se poderá dizer sem incorrer, ipso facto, em suspeita de reacionarismo nostálgico dos velhos males, já superados, "incompatíveis com o alto estágio de civilização em que nos encontramos".
O circuito é tão repetitivo que suas vítimas só não o percebem com clareza porque, no decorrer do processo, foram consentindo em cortar suas próprias línguas e só falar na linguagem de seus acusadores, tornando-se, automaticamente, incapazes de se proteger.
No Brasil, a CNBB, enfatizando seu horror a "toda discriminação" no instante mesmo em que move débil oposição à PL-122, é o exemplo mais claro no momento.
Pensem nisso quando se sentirem tentados a crer que as leis "anti-homofóbicas" têm algo a ver com os direitos humanos dos homossexuais ou de quem quer que seja.
Têm a ver, isto sim, com a supressão da liberdade de consciência, inclusive a dos próprios homossexuais que desejarem permanecer cristãos e, amanhã ou depois, defender seu simples direito de pensar – como o pensaram Oscar Wilde, Julien Green, Octávio de Faria, Lúcio Cardoso, Cornélio Penna e tantos outros homossexuais ilustres – que aquilo que fazem na cama, embora lhes pareça irresistível e sumamente delicioso, é um pecado.
Olavo de Carvalho, 19 Dezembro 2011
Publicado no Diário do Comércio.
Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família.
Hoje em dia, nos Estados Unidos, um pai de família pode ser expulso de casa, proibido de ver os filhos e obrigado a pagar quase todo o seu salário em pensão de alimentos, sem que haja uma só prova de que ele fez ou pensou em fazer qualquer coisa de errado. Basta que sua mulher diga à polícia – sem uma testemunha sequer – que ele ameaçou surrá-la ou abusar das crianças.
Quando o infeliz é avisado de que tem vinte e quatro horas para sair do pedaço e ver sua vida desfazer-se no ar como fumaça, ele vai ao delegado e reclama que não é justo ser condenado sem o mínimo direito de defesa.
E a autoridade, com o ar mais tranquilizante do universo, responde:
"Meu amigo, não há necessidade de defesa, pois o senhor não está sendo acusado de nada. É apenas uma medida cautelar – que pode, é verdade, ser renovada indefinidamente e durar pelo resto da sua porca vida. O senhor só será preso se violar a ordem, tentando encontrar-se com seus filhos fora dos horários prescritos (se algum há), passando perto da sua antiga casa num raio de, digamos, dois quilômetros, ou se metendo a besta caso a sua digníssima, liberta da sua opressiva presença, vá para a cama com um, dois ou quinze homens. Passe bem."
Cinquenta por cento das crianças americanas vivem sem um dos pais – quase sempre o pai. Uma das consequências diretas é o aumento exponencial dos casos de pedofilia doméstica, onde as estatísticas mostram que o culpado é quase que invariavelmente o namorado da mãe.
Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família, que seus mestres viam como condição indispensável ao triunfo do socialismo.
Tudo isso começou com os ares mais inofensivos que se pode imaginar, como campanha de proteção à mulher contra a "opressão machista".
Quem, em sã consciência, seria contra uma coisa dessas? Pouco a pouco, à medida que adquire força de lei, a providência humanitária vai ampliando seu raio de alcance até transformar-se num pesadelo, num instrumento de opressão mil vezes pior do que os males que lhe serviram de pretexto, porque agora é oficial e se sustenta no poder da polícia, dos tribunais, do sistema educacional e da propaganda maciça que demoniza os acusados ao ponto de ninguém ter mais a coragem de dizer uma palavra em favor deles.
E os resultados sociais catastróficos?
São explicados como efeitos de outras causas, que por sua vez dão motivo a novas medidas humanitárias, entregando cada vez mais a grupos ativistas cínicos o monopólio da autoridade moral e estendendo ilimitadamente o poder de intervenção da burocracia estatal na vida privada.
O problema é, por exemplo, a pedofilia? Acusa-se a educação católica (embora o número de pedófilos entre os padres seja menor do que em qualquer outro grupo de educadores) e, com um pouco de jeito, persuade-se até o Papa a se prosternar ante a mídia vociferante.
Os meninos criados sem um pai são inseguros, tímidos, fracos? Ótimo. Com alguma lábia, são levados a crer que são transexuais latentes, inadaptados, coitadinhos, no meio social machista.
São turbulentos, anti-sociais? Melhor ainda. Eis a prova de que a sociedade capitalista é intrinsecamente violenta, geradora de brutalidades. E assim por diante.
Cada novo efeito maléfico da guerra cultural já traz preparada, de antemão, uma teoria engenhosa que lança as culpas sobre a família, a religião, a cultura, o capitalismo – sobre tudo e sobre todos, exceto os autores do efeito, os ativistas pagos com dinheiro dos contribuintes para planejar, nas universidades, a destruição meticulosa e sistemática da sociedade.
A técnica é sempre a mesma. Primeiro, descobre-se um grupo social descontente e designam-se os culpados, produzindo-se contra eles uma tempestade de livros, filmes, teses universitárias, programas de televisão, artigos de jornal, conferências, debates, o diabo.
Apontados em público, olhados com suspeita pela vizinhança, os membros do grupo acusado começam a achar prudente marcar distância dele, mudando de vocabulário, de atitudes, e por fim juntando sua voz ao coro dos acusadores, para maior verossimilhança da conversão. Ato contínuo, concebem-se leis e medidas administrativas para amarrar as mãos dos malvados e, depois, puni-los.
Vitoriosa a batalha legislativa, começa a etapa decisiva: "ampliar a democracia", estender a área de aplicação dos "direitos" conquistados até que, dialeticamente, se convertam em meios de opressão estatal contra os quais já nada se poderá dizer sem incorrer, ipso facto, em suspeita de reacionarismo nostálgico dos velhos males, já superados, "incompatíveis com o alto estágio de civilização em que nos encontramos".
O circuito é tão repetitivo que suas vítimas só não o percebem com clareza porque, no decorrer do processo, foram consentindo em cortar suas próprias línguas e só falar na linguagem de seus acusadores, tornando-se, automaticamente, incapazes de se proteger.
No Brasil, a CNBB, enfatizando seu horror a "toda discriminação" no instante mesmo em que move débil oposição à PL-122, é o exemplo mais claro no momento.
Pensem nisso quando se sentirem tentados a crer que as leis "anti-homofóbicas" têm algo a ver com os direitos humanos dos homossexuais ou de quem quer que seja.
Têm a ver, isto sim, com a supressão da liberdade de consciência, inclusive a dos próprios homossexuais que desejarem permanecer cristãos e, amanhã ou depois, defender seu simples direito de pensar – como o pensaram Oscar Wilde, Julien Green, Octávio de Faria, Lúcio Cardoso, Cornélio Penna e tantos outros homossexuais ilustres – que aquilo que fazem na cama, embora lhes pareça irresistível e sumamente delicioso, é um pecado.
Olavo de Carvalho, 19 Dezembro 2011
Publicado no Diário do Comércio.
PRESIDENTE DA FRENTE PARLAMENTAR EVANGÉLICA FALA CONTRA A LEI DA PALMADA
Por incrível que pareça, esse fato realmente ocorreu. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) falou contra a Lei da Palmada da tribuna do Congresso Nacional. Mas esse fato não aconteceu neste ano. Foi em 2006, quando então quem presidia a FPE era o Dep. Adelor Vieira.
João Campos, o atual presidente da FPE, ainda não ocupou a tribuna para fazer a mesma fala.
Logo que vi, em 2006, o PL 2.654/03 sendo aprovado na Câmara dos Deputados, telefonei ao Dep. Adelor pedindo intervenção da bancada evangélica — o que de fato ocorreu. O projeto, de criminalização de pais que disciplinam filhos, era de autoria da ex-deputada petista Maria do Rosário e, de acordo com o discurso da tribuna do presidente da FPE, “se aprovada a referida Lei, o pai ou a mãe que se baseiam em princípios bíblicos para educar seus filhos terão seus valores e métodos de educação invalidados e passarão até a responder por crimes. Corrigir o filho com punição física branda é algo recomendado pela própria Bíblia Sagrada. O livro de Provérbios afirma que o pai que verdadeiramente ama seu filho não deixa de puni-lo com uma varinha”.
O Dep. Adelor mostrou de modo claro e oficial que nossas posturas cristãs estavam sendo violadas pela arbitrariedade de um projeto petista.
O próximo presidente da FPE foi Manoel Ferreira, homem alinhado com Lula e Dilma Rousseff — sem mencionar com os trabalhos do Rev. Moon.
Depois de Ferreira, João Campos se tornou o presidente da FPE, mantendo-a firme na trilha imposta anteriormente por Ferreira.
Com o Dep. Adelor, a bancada evangélica era oposição ao governo. Com Ferreira e Campos, tornou-se amistosa.
João Campos já ocupou a tribuna do Congresso para elogiar Manoel Ferreira e até já viajou aos EUA para participar, juntamente com Ferreira, dos trabalhos do Rev. Moon.
Quem dera agora João Campos ocupasse a tribuna para defender os pais da lei que estatiza os filhos em nome de uma suposta maior proteção às crianças e criminaliza os pais e seu mandato bíblico de usar a vara corretiva!
O Brasil precisa hoje de uma FPE muito mais corajosa e menos amistosa com a esquerda, pois a Maria do Rosário que anos atrás veio com um projeto de lei anti-palmada é hoje ministra, garantindo todo o peso obesivo do Estado em favor de suas pretensões ideológicas. O que era mero projeto de lei dela no passado agora virou projeto de governo.
Com ou sem a ajuda da FPE, nós, pais e mães, temos de lutar para que o Estado pare de violentar as famílias, seus direitos e autoridade.
Julio Severo
João Campos, o atual presidente da FPE, ainda não ocupou a tribuna para fazer a mesma fala.
Logo que vi, em 2006, o PL 2.654/03 sendo aprovado na Câmara dos Deputados, telefonei ao Dep. Adelor pedindo intervenção da bancada evangélica — o que de fato ocorreu. O projeto, de criminalização de pais que disciplinam filhos, era de autoria da ex-deputada petista Maria do Rosário e, de acordo com o discurso da tribuna do presidente da FPE, “se aprovada a referida Lei, o pai ou a mãe que se baseiam em princípios bíblicos para educar seus filhos terão seus valores e métodos de educação invalidados e passarão até a responder por crimes. Corrigir o filho com punição física branda é algo recomendado pela própria Bíblia Sagrada. O livro de Provérbios afirma que o pai que verdadeiramente ama seu filho não deixa de puni-lo com uma varinha”.
O Dep. Adelor mostrou de modo claro e oficial que nossas posturas cristãs estavam sendo violadas pela arbitrariedade de um projeto petista.
O próximo presidente da FPE foi Manoel Ferreira, homem alinhado com Lula e Dilma Rousseff — sem mencionar com os trabalhos do Rev. Moon.
Depois de Ferreira, João Campos se tornou o presidente da FPE, mantendo-a firme na trilha imposta anteriormente por Ferreira.
Com o Dep. Adelor, a bancada evangélica era oposição ao governo. Com Ferreira e Campos, tornou-se amistosa.
João Campos já ocupou a tribuna do Congresso para elogiar Manoel Ferreira e até já viajou aos EUA para participar, juntamente com Ferreira, dos trabalhos do Rev. Moon.
Quem dera agora João Campos ocupasse a tribuna para defender os pais da lei que estatiza os filhos em nome de uma suposta maior proteção às crianças e criminaliza os pais e seu mandato bíblico de usar a vara corretiva!
O Brasil precisa hoje de uma FPE muito mais corajosa e menos amistosa com a esquerda, pois a Maria do Rosário que anos atrás veio com um projeto de lei anti-palmada é hoje ministra, garantindo todo o peso obesivo do Estado em favor de suas pretensões ideológicas. O que era mero projeto de lei dela no passado agora virou projeto de governo.
Com ou sem a ajuda da FPE, nós, pais e mães, temos de lutar para que o Estado pare de violentar as famílias, seus direitos e autoridade.
Julio Severo
O CHOCANTE AMOR ÁRABE POR HITLER
A extensão do amor ou ódio do público a personagens históricos talvez possa ser determinado digitando o nome desse personagem na ferramenta de busca do Google. Hoje em dia, digitar o nome de ditadores árabes em caracteres árabes mostra uma insatisfação geral que os iguala a tiranos como Hitler. Mas e se você digitasse o nome do próprio “Hitler” em caracteres árabes no Google? O que vai encontrar? “Hitler” em árabe tem tantos resultados quanto o número de judeus que ele assassinou: mais de 6 milhões. Embora seja impossível ler 6 milhões de blogs e sites para apurar o que o mundo árabe pensa sobre ele, ler atentamente algumas centenas deles pode deixar os ocidentais chocados ao perceberem que a maioria dos comentários, de uma maneira ou de outra, elogiam ou glorificam Hitler.
Líder islâmico em reunião com Hitler
O primeiro site árabe possui um blog que o apresenta da seguinte forma: “Hitler não era um homem comum para ser esmagado pela roda do tempo e deixado para trás como poeira, para ser esquecido neste vasto universo. Tampouco era o rei apenas da Alemanha. Ele é um dos grandes entre poucos. É o rei da história”. Os ocidentais poderiam pensar que o primeiro comentário em um artigo como esse seria de repúdio. Nada disso. Muhammad Jasem postou: “Se os maiores líderes se juntassem, não se igualariam em magnificência a Hitler”. O restante dos comentários não focou longe disso. O segundo resultado foi um vídeo do Youtube intitulado “Os Judeus São Covardes”, mostrando um imitador de Hitler andando pelas ruas, com transeuntes judeus, supostamente apavorados, desviando-se dele. Isso “prova que judeus são covardes”, interpretavam os comentários.
A citação mais popular de Hitler em sites árabes é uma em que ele supostamente diz: “Eu poderia ter destruído todos os judeus, mas deixei alguns para que o mundo saiba um dia por que eu os matei”. O resultado seguinte é um vídeo do Youtube intitulado “A Declaração de Hitler sobre a Aniquilação dos Judeus”; o primeiro comentário dizia como Hitler “respeitava o Islã” e como ele chegou a convocar uma unidade muçulmana da SS e lhes conceder as pausas para orações.
Lendo com atenção, centenas de sites árabes mostram conteúdos similares. Alegrei-me ao ver o que pensei ser o primeiro comentário positivo, à maneira ocidental, entre milhares, que dizia: “Hitler era um psicopata. Ele também teria matado todos os muçulmanos” mas logo me decepcionei com “mas, para ser sincero, eu adoro o Hitler por sua capacidade de liderança”. É claro, isso foi rapidamente repreendido por outros: “Se Hitler odiasse os árabes, por que ele iria convocar soldados muçulmanos para os seus postos? Isso deve ser propaganda sionista”.
Acusações de “propaganda sionista” e teorias da conspiração empesteiam a internet em língua árabe; a história factual é descreditada como “conspiração sionista”. Concluí das minhas próprias experiências antissemitas da minha infância que uma cultura empesteada de teorias da conspiração geralmente é a mesma que as produz.
Um comentário bastante típico afirmava: “Hitler deixou a outra metade [dos judeus] viva para que a profecia de Maomé seja cumprida e abra o caminho para o Islã destruir o restante”. No site Alsaha.com, principal fonte de notícias do Golfo Árabe, uma notícia sobre um filme recém-lançado em Paris retrata pela primeira vez como a Mesquita de Paris salvou guerrilheiros da resistência judaica e muçulmana durante a Segunda Guerra Mundial. Os comentários mais comuns vão de negadores do holocausto, longos posts de como o Grande Mufti Haj Amin Al-Husseini, líder palestino que fez aliança com Hitler, era um grande herói e como Hitler havia supostamente citado o Corão: “a Hora está próxima, e a lua foi feita em pedaços”. A citação do Corão supostamente dita por Hitler era tão comum que Ayed Al-Qarni, um dos mais respeitados teólogos sauditas, observou que Hitler havia gravado essa frase nos canhões e tanques das tropas da SS.
Líder islâmico passa em revista tropa nazista de soldados muçulmanos
De acadêmicos muçulmanos a referências históricas, Hitler é um herói. Objeções ao amor de Hitler existem, mas raramente são isentas de contradições nos mesmos termos. Um comentário criticava tal amor: “Hitler era um nazista que acreditava na raça ariana… É óbvio que Hitler elogiava o islã porque estava aliado aos otomanos. Mas por que nós árabes temos que insistir nesse amor por Hitler? Só porque ele fez uma limpeza dos judeus? Maomé, e Omar depois dele, limparam Jerusalém deles muito antes de Hitler”. Se os ocidentais equiparassem Maomé a Hitler, a reação seria imensa. Mas não é incomum encontrar sites árabes afirmando que Hitler era um modelo que seguiu os passos de Maomé. “O único personagem na história que foi capaz de ganhar os judeus para mutilá-los foi Maomé”, Hitler foi citado dizendo. E é claro, consideraram um elogio.
Os comentários árabes não deixam de usar Hitler como exemplo para comparar tiranos árabes e para combater o extremismo. O site de notícias do Oriente Médio Walfajr.net publicou um artigo escrito por Al-Baqer Ali Al-Shamasi intitulado “Os Tambores Sionistas Tocam para a Guerra”. Ele escreve: “Hitler, esse nacionalista extremista, e seu amigo Mussolini, vieram e desencadearam uma guerra mundial que vitimou 60 milhões de pessoas”. Até aí tudo bem. Até que algumas linhas depois: “Quando Hitler fez o que fez com eles [os judeus], os sionistas usaram táticas para inventar o Holocausto”. Aceitar o Holocausto como uma realidade e negá-lo na mesma argumentação não é incomum nos sites árabes. Isso é sinal de um mentiroso patológico.
Pesquisar por “Hitler” em árabe foi uma jornada a um túnel de escuridão deprimente. “Hitler, o artista”, dizia um artigo. Hitler até mesmo “descobriu os desenhos de Walt Disney”, afirmava um comentário. Foi “Hitler quem desenhou pela primeira vez a ‘Branca de Neve e os Sete Anões’”. Do primeiro ao último comentário, o artigo foi um deleite.
O último comentário dizia que “Hitler odiava os judeus porque o médico de sua mãe, que era judeu, não cuidou dela e a deixou morrer. Foi um judeu que comprou as primeiras peças de arte de Hitler e lhe pagou pouco por elas, para depois revendê-las muito mais caro. Hitler mais tarde descobriu o roubo da sua arte pelos judeus. Essa foi a história que despertou a família de Hitler para quão trapaceiros são os judeus”.
Tudo isso me faz lembrar dos meus primeiros dias de escola na cidade de Belém, quando estudávamos os escritos do mais respeitado e eminente escritor egípcio, Anis Mansour, que uma vez escreveu: “Pessoas de todo o mundo vieram a se dar conta de que Hitler estava certo, pois os judeus são sanguessugas… interessados em destruir o mundo inteiro, que os enxotou e desprezou por séculos… e os queimou nos crematórios de Hitler… 1 milhão… 6 milhões. Se apenas ele tivesse terminado o serviço!”
Anis Mansour não passava de um marginal. Eu sei que isso pode irritar centenas de milhões de pessoas no mundo árabe que o respeitam. Talvez digam que eu fui infectado por uma conspiração americana. De fato, eu fui: chama-se “pensamento crítico”.
19 Dec 2011
Walid Shoebat
Traduzido por: Luis Gustavo Gentil
Líder islâmico em reunião com Hitler
O primeiro site árabe possui um blog que o apresenta da seguinte forma: “Hitler não era um homem comum para ser esmagado pela roda do tempo e deixado para trás como poeira, para ser esquecido neste vasto universo. Tampouco era o rei apenas da Alemanha. Ele é um dos grandes entre poucos. É o rei da história”. Os ocidentais poderiam pensar que o primeiro comentário em um artigo como esse seria de repúdio. Nada disso. Muhammad Jasem postou: “Se os maiores líderes se juntassem, não se igualariam em magnificência a Hitler”. O restante dos comentários não focou longe disso. O segundo resultado foi um vídeo do Youtube intitulado “Os Judeus São Covardes”, mostrando um imitador de Hitler andando pelas ruas, com transeuntes judeus, supostamente apavorados, desviando-se dele. Isso “prova que judeus são covardes”, interpretavam os comentários.
A citação mais popular de Hitler em sites árabes é uma em que ele supostamente diz: “Eu poderia ter destruído todos os judeus, mas deixei alguns para que o mundo saiba um dia por que eu os matei”. O resultado seguinte é um vídeo do Youtube intitulado “A Declaração de Hitler sobre a Aniquilação dos Judeus”; o primeiro comentário dizia como Hitler “respeitava o Islã” e como ele chegou a convocar uma unidade muçulmana da SS e lhes conceder as pausas para orações.
Lendo com atenção, centenas de sites árabes mostram conteúdos similares. Alegrei-me ao ver o que pensei ser o primeiro comentário positivo, à maneira ocidental, entre milhares, que dizia: “Hitler era um psicopata. Ele também teria matado todos os muçulmanos” mas logo me decepcionei com “mas, para ser sincero, eu adoro o Hitler por sua capacidade de liderança”. É claro, isso foi rapidamente repreendido por outros: “Se Hitler odiasse os árabes, por que ele iria convocar soldados muçulmanos para os seus postos? Isso deve ser propaganda sionista”.
Acusações de “propaganda sionista” e teorias da conspiração empesteiam a internet em língua árabe; a história factual é descreditada como “conspiração sionista”. Concluí das minhas próprias experiências antissemitas da minha infância que uma cultura empesteada de teorias da conspiração geralmente é a mesma que as produz.
Um comentário bastante típico afirmava: “Hitler deixou a outra metade [dos judeus] viva para que a profecia de Maomé seja cumprida e abra o caminho para o Islã destruir o restante”. No site Alsaha.com, principal fonte de notícias do Golfo Árabe, uma notícia sobre um filme recém-lançado em Paris retrata pela primeira vez como a Mesquita de Paris salvou guerrilheiros da resistência judaica e muçulmana durante a Segunda Guerra Mundial. Os comentários mais comuns vão de negadores do holocausto, longos posts de como o Grande Mufti Haj Amin Al-Husseini, líder palestino que fez aliança com Hitler, era um grande herói e como Hitler havia supostamente citado o Corão: “a Hora está próxima, e a lua foi feita em pedaços”. A citação do Corão supostamente dita por Hitler era tão comum que Ayed Al-Qarni, um dos mais respeitados teólogos sauditas, observou que Hitler havia gravado essa frase nos canhões e tanques das tropas da SS.
Líder islâmico passa em revista tropa nazista de soldados muçulmanos
De acadêmicos muçulmanos a referências históricas, Hitler é um herói. Objeções ao amor de Hitler existem, mas raramente são isentas de contradições nos mesmos termos. Um comentário criticava tal amor: “Hitler era um nazista que acreditava na raça ariana… É óbvio que Hitler elogiava o islã porque estava aliado aos otomanos. Mas por que nós árabes temos que insistir nesse amor por Hitler? Só porque ele fez uma limpeza dos judeus? Maomé, e Omar depois dele, limparam Jerusalém deles muito antes de Hitler”. Se os ocidentais equiparassem Maomé a Hitler, a reação seria imensa. Mas não é incomum encontrar sites árabes afirmando que Hitler era um modelo que seguiu os passos de Maomé. “O único personagem na história que foi capaz de ganhar os judeus para mutilá-los foi Maomé”, Hitler foi citado dizendo. E é claro, consideraram um elogio.
Os comentários árabes não deixam de usar Hitler como exemplo para comparar tiranos árabes e para combater o extremismo. O site de notícias do Oriente Médio Walfajr.net publicou um artigo escrito por Al-Baqer Ali Al-Shamasi intitulado “Os Tambores Sionistas Tocam para a Guerra”. Ele escreve: “Hitler, esse nacionalista extremista, e seu amigo Mussolini, vieram e desencadearam uma guerra mundial que vitimou 60 milhões de pessoas”. Até aí tudo bem. Até que algumas linhas depois: “Quando Hitler fez o que fez com eles [os judeus], os sionistas usaram táticas para inventar o Holocausto”. Aceitar o Holocausto como uma realidade e negá-lo na mesma argumentação não é incomum nos sites árabes. Isso é sinal de um mentiroso patológico.
Pesquisar por “Hitler” em árabe foi uma jornada a um túnel de escuridão deprimente. “Hitler, o artista”, dizia um artigo. Hitler até mesmo “descobriu os desenhos de Walt Disney”, afirmava um comentário. Foi “Hitler quem desenhou pela primeira vez a ‘Branca de Neve e os Sete Anões’”. Do primeiro ao último comentário, o artigo foi um deleite.
O último comentário dizia que “Hitler odiava os judeus porque o médico de sua mãe, que era judeu, não cuidou dela e a deixou morrer. Foi um judeu que comprou as primeiras peças de arte de Hitler e lhe pagou pouco por elas, para depois revendê-las muito mais caro. Hitler mais tarde descobriu o roubo da sua arte pelos judeus. Essa foi a história que despertou a família de Hitler para quão trapaceiros são os judeus”.
Tudo isso me faz lembrar dos meus primeiros dias de escola na cidade de Belém, quando estudávamos os escritos do mais respeitado e eminente escritor egípcio, Anis Mansour, que uma vez escreveu: “Pessoas de todo o mundo vieram a se dar conta de que Hitler estava certo, pois os judeus são sanguessugas… interessados em destruir o mundo inteiro, que os enxotou e desprezou por séculos… e os queimou nos crematórios de Hitler… 1 milhão… 6 milhões. Se apenas ele tivesse terminado o serviço!”
Anis Mansour não passava de um marginal. Eu sei que isso pode irritar centenas de milhões de pessoas no mundo árabe que o respeitam. Talvez digam que eu fui infectado por uma conspiração americana. De fato, eu fui: chama-se “pensamento crítico”.
19 Dec 2011
Walid Shoebat
Traduzido por: Luis Gustavo Gentil
BRASIL: PARAÍSO FISCAL DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Brasil atrai 5% do investimento global, mas vira paraíso de lavagem de dinheiro.
A Folha de São Paulo põe na capa que o Brasil aumentou de forma significativa na última década sua capacidade de atrair investimentos produtivos de empresas estrangeiras.
O país deverá receber mais de 5% do total de novos recursos aplicados por multinacionais em todo o mundo, de acordo com projeções da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos e Empresas Transnacionais).
É pouco perto dos mais de 17% que serão destinados à China. Mas é o dobro do que o Brasil conseguiu atrair na década passada, em média.
Por sua vez, O Globo informa que o Brasil virou um paraíso de lavagem de dinheiro e que o governo federal admite a impunidade. 43,2 mil empresas e pessoas físicas passaram a ser investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro nos últimos 23 meses - mil a mais que o total de investigados nos quatro anos anteriores. Somente no ano passado, 30,5 mil se tornaram alvo dos "relatórios" que o Coaf envia às polícias, à Receita Federal e ao Judiciário.
Foi o triplo do registrado em 2009. Os tribunais receberam 3,5 mil novos inquéritos e ações penais por lavagem, no ano passado, mas os resultados são rarefeitos, segundo uma avaliação feita em abril pelo governo brasileiro em conjunto com a agência intergovernamental especializada (Gafi/Fatf).
A Folha de São Paulo põe na capa que o Brasil aumentou de forma significativa na última década sua capacidade de atrair investimentos produtivos de empresas estrangeiras.
O país deverá receber mais de 5% do total de novos recursos aplicados por multinacionais em todo o mundo, de acordo com projeções da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos e Empresas Transnacionais).
É pouco perto dos mais de 17% que serão destinados à China. Mas é o dobro do que o Brasil conseguiu atrair na década passada, em média.
Por sua vez, O Globo informa que o Brasil virou um paraíso de lavagem de dinheiro e que o governo federal admite a impunidade. 43,2 mil empresas e pessoas físicas passaram a ser investigadas por suspeita de lavagem de dinheiro nos últimos 23 meses - mil a mais que o total de investigados nos quatro anos anteriores. Somente no ano passado, 30,5 mil se tornaram alvo dos "relatórios" que o Coaf envia às polícias, à Receita Federal e ao Judiciário.
Foi o triplo do registrado em 2009. Os tribunais receberam 3,5 mil novos inquéritos e ações penais por lavagem, no ano passado, mas os resultados são rarefeitos, segundo uma avaliação feita em abril pelo governo brasileiro em conjunto com a agência intergovernamental especializada (Gafi/Fatf).
PF ENCONTRA ROM(U)BO DE R$ 1,2 BILHÃO NA INFRAERO DO PT
A revisão pela Polícia Federal (PF) de um dos casos mais rumorosos nas gestões petistas revelou a amplitude dos desvios do dinheiro público e a persistência dos riscos nos aeroportos brasileiros.
Depois de deflagrar a Operação Caixa Preta, em janeiro de 2010, a PF continuou a investigar os contratos assinados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para execução de obras em dez aeroportos. Um novo laudo foi produzido por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, da PF, em fevereiro deste ano.
O valor do superfaturamento nas obras, a cargo de diferentes empreiteiras, foi revisado de R$ 991 milhões para R$ 1,2 bilhão, valor efetivamente pago de forma indevida, segundo os peritos.
O Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek foi o segundo com maior valor superfaturado, R$ 206,6 milhões, montante inferior apenas aos desvios detectados no Aeroporto Santos Dumont (RJ), R$ 238,7 milhões.
O Correio teve acesso a uma cópia do laudo da PF, de número 334/2011. Uma das conclusões dos peritos diz respeito à segurança nos dez aeroportos investigados. A pista de pousos e decolagens de apenas um deles, o de Congonhas (SP), tem a chamada área de segurança de fim de pista (Resa, na sigla em inglês).
A Resa é preconizada pela Convenção de Aviação Civil Internacional e é considerada importante para a segurança de pousos e decolagens. No Aeroporto de Congonhas, essas áreas só passaram a existir depois do acidente com um Airbus A320 da TAM, em julho de 2007.
"A ausência das áreas de segurança foi considerada um dos fatores contribuintes para o acidente", citam os peritos da PF no laudo.
A Infraero confirmou ao Correio que os aeroportos investigados continuam sem as áreas de segurança.
"A inexistência de Resa em alguns aeroportos da rede não compromete a segurança das operações, pois a Infraero pratica certos processos operacionais, como o deslocamento da cabeceira da pista", diz a estatal, por meio da assessoria de imprensa.
Um plano de trabalho, em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), prevê a implantação de Resa em todos os aeroportos, segundo a Infraero. Essa foi uma das sugestões dos peritos da PF.
Entre os aeroportos investigados estão o de Goiânia, Guarulhos (SP) e Vitória, que juntamente com os aeroportos Santos Dumont, de Brasília e de Congonhas, foram os recordistas em superfaturamento na execução de obras contratadas entre 2003 e 2006, durante as duas gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dinheiro embolsado pelas empreiteiras, por meio do superfaturamento, seria suficiente para construir todas as casas de uma cidade de 123,5 mil habitantes, comparam os peritos.
Poucas vezes se viu uma operação da PF com um montante tão grande de recursos desviados. Depois de concluir o relatório final, em janeiro de 2010, as investigações prosseguiram — ainda há inquéritos abertos. Foi nesse contexto que o novo laudo foi requisitado, em fevereiro deste ano, aos peritos criminais.
O resultado foi encaminhado às Procuradorias da República nos estados, que também investigam o superfaturamento nos aeroportos. É o caso do Ministério Público Federal (MPF) de Goiás.
Na semana passada, o MPF propôs uma medida cautelar de protesto, direcionada ao presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale. O objetivo dessa medida é avisar o presidente da estatal sobre as irregularidades detectadas. O superfaturamento no aeroporto de Goiânia chegou a R$ 109,1 milhões, segundo o laudo da PF.
(Correio Braziliense)
Depois de deflagrar a Operação Caixa Preta, em janeiro de 2010, a PF continuou a investigar os contratos assinados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para execução de obras em dez aeroportos. Um novo laudo foi produzido por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, da PF, em fevereiro deste ano.
O valor do superfaturamento nas obras, a cargo de diferentes empreiteiras, foi revisado de R$ 991 milhões para R$ 1,2 bilhão, valor efetivamente pago de forma indevida, segundo os peritos.
O Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek foi o segundo com maior valor superfaturado, R$ 206,6 milhões, montante inferior apenas aos desvios detectados no Aeroporto Santos Dumont (RJ), R$ 238,7 milhões.
O Correio teve acesso a uma cópia do laudo da PF, de número 334/2011. Uma das conclusões dos peritos diz respeito à segurança nos dez aeroportos investigados. A pista de pousos e decolagens de apenas um deles, o de Congonhas (SP), tem a chamada área de segurança de fim de pista (Resa, na sigla em inglês).
A Resa é preconizada pela Convenção de Aviação Civil Internacional e é considerada importante para a segurança de pousos e decolagens. No Aeroporto de Congonhas, essas áreas só passaram a existir depois do acidente com um Airbus A320 da TAM, em julho de 2007.
"A ausência das áreas de segurança foi considerada um dos fatores contribuintes para o acidente", citam os peritos da PF no laudo.
A Infraero confirmou ao Correio que os aeroportos investigados continuam sem as áreas de segurança.
"A inexistência de Resa em alguns aeroportos da rede não compromete a segurança das operações, pois a Infraero pratica certos processos operacionais, como o deslocamento da cabeceira da pista", diz a estatal, por meio da assessoria de imprensa.
Um plano de trabalho, em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), prevê a implantação de Resa em todos os aeroportos, segundo a Infraero. Essa foi uma das sugestões dos peritos da PF.
Entre os aeroportos investigados estão o de Goiânia, Guarulhos (SP) e Vitória, que juntamente com os aeroportos Santos Dumont, de Brasília e de Congonhas, foram os recordistas em superfaturamento na execução de obras contratadas entre 2003 e 2006, durante as duas gestões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dinheiro embolsado pelas empreiteiras, por meio do superfaturamento, seria suficiente para construir todas as casas de uma cidade de 123,5 mil habitantes, comparam os peritos.
Poucas vezes se viu uma operação da PF com um montante tão grande de recursos desviados. Depois de concluir o relatório final, em janeiro de 2010, as investigações prosseguiram — ainda há inquéritos abertos. Foi nesse contexto que o novo laudo foi requisitado, em fevereiro deste ano, aos peritos criminais.
O resultado foi encaminhado às Procuradorias da República nos estados, que também investigam o superfaturamento nos aeroportos. É o caso do Ministério Público Federal (MPF) de Goiás.
Na semana passada, o MPF propôs uma medida cautelar de protesto, direcionada ao presidente da Infraero, Antonio Gustavo Matos do Vale. O objetivo dessa medida é avisar o presidente da estatal sobre as irregularidades detectadas. O superfaturamento no aeroporto de Goiânia chegou a R$ 109,1 milhões, segundo o laudo da PF.
(Correio Braziliense)
INFRAERO: O MODELO MAIS BEM ACABADO DA PRIVATARIA DO PT
As peripécias do processo dos leilões de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília continuam a causar estupor no mercado. O Tribunal de Contas da União (TCU) examinou a minuta do edital, elaborada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e mais que dobrou o valor mínimo total dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília, que passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 6,3 bilhões, sob a justificativa de que houve superestimativa de 25% dos investimentos necessários.
Dadas as condições em que se encontram esses aeroportos, a alteração é surpreendente.
Mas, ao publicar o edital fixando as condições para os leilões - marcados para o dia 6 de fevereiro -, o governo concordou com as avaliações do TCU. Embora o valor mínimo total das outorgas, de R$ 5,48 bilhões, seja 13,2% menor do que o determinado pelo TCU, é 89,7% maior do que constava na versão inicial do edital. O TCU afirmou que a revisão do preço para outorga não vai significar tarifas maiores para os usuários, o que só o futuro dirá.
Além disso, o Tribunal pressupõe que, com os lances iniciais mais elevados, a Infraero terá mais recursos para investir em aeroportos sob sua administração. Mas o órgão considerou - muito acertadamente, aliás - que a participação de até 49% da Infraero nas concessionárias que administrarão os três aeroportos é um risco para a concessão e recomendou que a Anac retirasse essa obrigatoriedade dos editais. Mas isso não foi feito.
O pior foi ter o governo, por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Secretaria da Aviação Civil, negociado com o Sindicato Nacional de Aeroportuários (Sina) um verdadeiro trem da alegria para os funcionários da Infraero que migrarem para as concessionárias.
A demonstração de fraqueza do governo diante de interesses corporativos diz muito mal de sua capacidade de gestão. Pelo acordo entre o governo e o Sina, será estruturado um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que simulará a dispensa desses funcionários, dando o direito a cada um de 1,2 salário por ano de serviço até o limite de R$ 180 mil.
Programas como este foram adotados em desestatizações para valer, mas, no caso dos integrantes do quadro da Infraero, eles terão, no "novo emprego", direito à estabilidade até 2018. E os aposentados da estatal nos últimos cinco anos também serão premiados por esse estrambótico PDV, com dois salários por ano de trabalho.
Quer dizer, o Sina trata a Infraero como se fosse de propriedade de seus funcionários e ainda ameaça impedir os leilões. O governo fez concessões absurdas depois de cinco meses de negociações com o sindicato, mas não obteve nem uma promessa sequer em troca.
"Não aceitamos a concessão de jeito nenhum", disse o presidente do Sina, Francisco Lemos, como noticiou o jornal Valor (8/12). "Agora, vamos partir para ações políticas e jurídicas (...). A gente vai para a Justiça e quer que esse debate vá para o Congresso Nacional, mas a gente tem que ter a responsabilidade de garantir o mínimo dentro do pior cenário."
O pior cenário, para Lemos, é uma maravilha para a Infraero, que permanecerá como poderosa sócia, podendo dar voz de comando nas futuras concessionárias. Do jeito que as coisas caminham, essa "privatização" pode comprometer a eficiência dos serviços aeroportuários e "dar errado", como vaticinou Tony Tyler, presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).
Tyler observou que incluir a Infraero como sócia das empresas que administrarão os maiores aeroportos brasileiros é o mesmo que "colocar uma raposa tomando conta das galinhas".
Estas são questões cruciais que precisariam ter sido resolvidas previamente para afastar riscos ao processo de outorga e, sobretudo, à eficiência da nova gestão dos três aeroportos. A concessão foi determinada pela presidente Dilma Rousseff como forma de apressar os investimentos no setor, que o governo não tem condições de realizar. Mas a experiência demonstra que privatização pela metade é como uma porta meio aberta e meio trancada. Não funciona.
Do Estadão, editorial intitulado "Privatização pela metade"
Dadas as condições em que se encontram esses aeroportos, a alteração é surpreendente.
Mas, ao publicar o edital fixando as condições para os leilões - marcados para o dia 6 de fevereiro -, o governo concordou com as avaliações do TCU. Embora o valor mínimo total das outorgas, de R$ 5,48 bilhões, seja 13,2% menor do que o determinado pelo TCU, é 89,7% maior do que constava na versão inicial do edital. O TCU afirmou que a revisão do preço para outorga não vai significar tarifas maiores para os usuários, o que só o futuro dirá.
Além disso, o Tribunal pressupõe que, com os lances iniciais mais elevados, a Infraero terá mais recursos para investir em aeroportos sob sua administração. Mas o órgão considerou - muito acertadamente, aliás - que a participação de até 49% da Infraero nas concessionárias que administrarão os três aeroportos é um risco para a concessão e recomendou que a Anac retirasse essa obrigatoriedade dos editais. Mas isso não foi feito.
O pior foi ter o governo, por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República e da Secretaria da Aviação Civil, negociado com o Sindicato Nacional de Aeroportuários (Sina) um verdadeiro trem da alegria para os funcionários da Infraero que migrarem para as concessionárias.
A demonstração de fraqueza do governo diante de interesses corporativos diz muito mal de sua capacidade de gestão. Pelo acordo entre o governo e o Sina, será estruturado um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que simulará a dispensa desses funcionários, dando o direito a cada um de 1,2 salário por ano de serviço até o limite de R$ 180 mil.
Programas como este foram adotados em desestatizações para valer, mas, no caso dos integrantes do quadro da Infraero, eles terão, no "novo emprego", direito à estabilidade até 2018. E os aposentados da estatal nos últimos cinco anos também serão premiados por esse estrambótico PDV, com dois salários por ano de trabalho.
Quer dizer, o Sina trata a Infraero como se fosse de propriedade de seus funcionários e ainda ameaça impedir os leilões. O governo fez concessões absurdas depois de cinco meses de negociações com o sindicato, mas não obteve nem uma promessa sequer em troca.
"Não aceitamos a concessão de jeito nenhum", disse o presidente do Sina, Francisco Lemos, como noticiou o jornal Valor (8/12). "Agora, vamos partir para ações políticas e jurídicas (...). A gente vai para a Justiça e quer que esse debate vá para o Congresso Nacional, mas a gente tem que ter a responsabilidade de garantir o mínimo dentro do pior cenário."
O pior cenário, para Lemos, é uma maravilha para a Infraero, que permanecerá como poderosa sócia, podendo dar voz de comando nas futuras concessionárias. Do jeito que as coisas caminham, essa "privatização" pode comprometer a eficiência dos serviços aeroportuários e "dar errado", como vaticinou Tony Tyler, presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).
Tyler observou que incluir a Infraero como sócia das empresas que administrarão os maiores aeroportos brasileiros é o mesmo que "colocar uma raposa tomando conta das galinhas".
Estas são questões cruciais que precisariam ter sido resolvidas previamente para afastar riscos ao processo de outorga e, sobretudo, à eficiência da nova gestão dos três aeroportos. A concessão foi determinada pela presidente Dilma Rousseff como forma de apressar os investimentos no setor, que o governo não tem condições de realizar. Mas a experiência demonstra que privatização pela metade é como uma porta meio aberta e meio trancada. Não funciona.
Do Estadão, editorial intitulado "Privatização pela metade"
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